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Processamento de Imagem Médica

2022/2023 – 2º Semestre

Guião 1
Introdução ao MATLAB

Objetivos
1. Instalação do software MATLAB
2. Introdução à interface do MATLAB
3. Utilização de ficheiros .m
4. Criação e manipulação de vetores e matrizes
5. Visualização de imagens
6. Leitura e gravação de imagens

1. Instalação do software MATLAB

a. De modo a utilizar o MATLAB na sua interface web, ou a partir de uma instalação


local, aceda a:
https://www.mathworks.com/products/matlab.html

b. Selecione a opção “Get a free trial”, disponível no fundo da página, como


demonstrado na Figura 1.

Figura 1: Zona de seleção da opção "Get a free trial".

c. Preencha o formulário de inscrição inicial com o seu email, como demonstrado na


Figura 2.

Figura 2: Formulário de introdução de email.

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d. Preencha o formulário apresentado de seguida, selecionando o pacote “Image
Processing and Computer Vision”, tal como ilustrado na Figura 3.

Figura 3: Formulário de criação de conta.

e. Confirme o processo de inscrição, crie a sua palavra-passe e aceite os termos e


condições apresentados.

f. Na interface geral de gestão de conta, demonstrada na Figura 4, é possível continuar


para a utilização do software através de duas formas:

• Utilização online no browser, ao clicar em “Open MATLAB Online”;


• Download e instalação local no computador, em “Install MATLAB”.

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Figura 4: Interface de gestão de conta do MATLAB.

Nota: A utilização do MATLAB em condições de “free trial” está limitada a um mês, pelo que
após cada um destes períodos é necessário renovar a instalação.

2. Introdução à interface MATLAB

A interface do MATLAB inclui diversas áreas que irão permitir que o utilizador consiga
implementar as diferentes análises e processos. A Figura 5 demonstra a visualização da
interface, de onde é possível notar as seguintes áreas:

a. Current Folder: apresenta o conteúdo da sua pasta de trabalho. Todos os trabalhos


que irá realizar serão gravados nesta pasta.

b. Workspace: apresenta as variáveis em uso pelo seu programa. À medida que as


variáveis vão sendo criadas ou importadas, estas vão sendo guardadas no
Workspace, com detalhes referentes ao Nome, Valor, Min e Max.

c. Command Window: é o local onde os comandos MATLAB são executados e onde os


resultados são apresentados. É também nesta janela que irão aparecem todas as
mensagens de aviso e de erro que o sistema gera.

d. Command History: lista os últimos comandos executados na sessão corrente e


anterior. Esta secção apresenta a hora e data de cada sessão num formato curto para
o sistema operativo, seguido dos comandos dessa sessão. Esta secção não está
presente na imagem acima, mas irá surgir a partir do momento que exista um
histórico de comandos a apresentar.
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A C

Figura 5: Interface do MATLAB.

e. Toolstrip: a barra superior apresenta um leque de funcionalidades que permitem uma


interação fácil e rápida do utilizador.

• New Script: permite criar um ficheiro (ou script) com a extensão .m.

• Open: permite selecionar um ficheiro .m da diretoria (mais detalhes sobre a


diretoria do trabalho estão descritos abaixo, neste documento) em MATLAB
para abrir e editar.

• Clear Commands: permite limpar a Command Window, ficando o utilizador


impedido de utilizar mais os comandos que aqui estavam presentes até então.

• Layout: permite selecionar a disposição preferencial que irá ser apresentada


no MATLAB. Isto significa que o utilizador poderá organizar as diferentes
janelas apresentadas na Figura 5 de um modo que melhor lhe convenha.

f. Diretoria de Trabalho: é a diretoria hierárquica do sistema de ficheiros. É na diretoria


de trabalho onde irão estar todos os scripts que iremos executar. Note-se que para
executar um script é necessário que este se encontre na mesma diretoria de trabalho
que está atualmente a ser utilizada pelo software MATLAB.

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3. Utilização de ficheiros .m

É possível usar a Command Window para executar comandos do MATLAB, e é recomendado


que se utilize quando se quer realizar um programa simples com poucos comandos. No
entanto, à medida que o programa é expandido, torna-se mais prático criar um ficheiro .m e
inserir o código que estamos a realizar dentro desse ficheiro.

Para tal, o utilizador terá de carregar em New Script. O MATLAB irá abrir um ficheiro, onde
se poderá escrever o programa. Ao criar um ficheiro, irão aparecer 4 novos separadores:
Editor, Publish, File Versions (não utilizável) e View. A Figura 6 demonstra a nova barra
superior.

Figura 6: Barra superior após criação de ficheiros .m.

De modo a guardar o ficheiro .m criado, o utilizador deve guardar o script na diretoria de


trabalho em Save.

Para correr o programa basta carregar em Run, visível na Figura 6. Quando este inicia, o
triangulo verde, agora visível, é substituído por um quadrado vermelho, que permite o término
do programa caso o utilizador o deseje.

4. Criação e manipulação de vetores e matrizes

O MATLAB permite facilmente criar e manipular vetores e matrizes. Para além da criação
manual e personalizada, os comandos básicos para a criação de matrizes são os comandos
zeros e ones que criam, respetivamente, matrizes com todos os elementos a 0 ou a 1. A partir
destes, é possível aplicar um conjunto de transformações e cálculos.

O MATLAB providencia uma página web com a documentação referente à criação e


manipulação de matrizes e vetores:
https://www.mathworks.com/help/matlab/learn_matlab/matrices-and-arrays.html

Nota: Caso necessite sobre um comando do MATLAB, pode executar, na Command Window,
o comando help ‘nome’, sendo este ‘nome’ uma funcionalidade (e.g.: uma função, um
método, uma classe, um toolbox ou uma variável).

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Exercícios
i. Crie um script “matrizes.m” na diretoria.
ii. Crie uma matriz de zeros, A, com dimensão 4x4.
iii. Crie uma matriz de uns, B, com 5 colunas e 7 linhas.
iv. Execute o ficheiro criado e observe o resultado na Command Window.
v. Altere a diagonal da matriz A para uns (1).
vi. Faça um padrão de xadrez com zeros e uns para a matriz B. Tire partido da alternação
de duas em duas células, X(a:2:b, c:d).
vii. Some 2 a todos os elementos da matriz A.
viii. Concatene a matriz A com ela própria.
ix. Execute o ficheiro criado e observe o resultado na Command Window.

5. Visualização de imagens

Uma imagem é uma representação no plano de como uma determinada informação está
distribuída. Na prática, é uma matriz em que cada elemento representa a informação
recolhida nessa localização espacial. Se a imagem for adquirida por uma máquina
fotográfica, a informação recolhida equivale à luz proveniente dessa localização espacial. O
Matlab tem um conjunto de comandos específicos para a visualização das matrizes (imagens):

a. imshow: é o comando de visualização de imagens mais comum. Abre uma nova


janela onde se visualiza a informação da matriz em que cada elemento numérico da
matriz é convertido em brilho (1 – branco, 0 – preto). Valores intermédios são
representados em tons de cinzento.

b. figure: dependendo das situações, por vezes é necessário observar mais do que uma
imagem em simultâneo de forma que estas possam ser comparadas. Através do
comando figure(#), onde # identifica o número da janela ativa, é possível a criação
de múltiplas áreas de visualização.

c. subplot: se dentro da mesma janela for conveniente colocar várias imagens, é possível
utilizar o comando subplot(m,n,p). Este comando divide a figura numa grelha de m
por n, onde p indica a posição pretendida na grelha.

Exercícios
i. Visualize a matriz B. Verifica o padrão esperado?
ii. Crie uma figura nova e visualize a matriz A. Verifica o padrão esperado? Aplique as
alterações necessárias para reverter o processo que causou a diferença.
iii. Tirando partido do comando subplot, visualize as matrizes A e B na mesma figura.

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6. Leitura e gravação de imagens

Os comandos para ler e gravar imagens são, respetivamente, imread e imwrite. Utilize o
comando help para compreender a especificação dos argumentos. A escolha do formato de
escrita deve ser feita cuidadosamente, porque, de forma a exercer compressões significativas
do tamanho da imagem, nem todos os formatos preservam toda a informação da matriz
(e.g. jpeg).

Nota: Não confundir o formato da imagem (e.g. jpeg) dado pela extensão do nome do
ficheiro com o do argumento das funções.

Exercícios
i. Crie um ficheiro .m para realizar os exercícios seguintes.
ii. Importe a imagem fornecida (hands.jpg), tal como disponível na Figura 7. Utilize o
comando Upload disponível no separador Home da barra superior.
iii. Visualize a imagem.
iv. Crie duas variáveis, A e B, que incluam, respetivamente, a mão esquerda e a mão
direita. Utilize o método size para validar o tamanho da imagem.
v. Visualize cada uma das novas imagens na mesma figura, utilizando o comando
subplot.
vi. Guarde cada uma das novas imagens no formato .jpeg.
vii. Confirme que as imagens estão bem guardadas lendo-as novamente. Atribua novas
variáveis às imagens lidas e visualize-as.
viii. Para confirmar se as imagens são idênticas subtraia ambas as imagens aos seus
respetivos originais. De forma a não perder informação garanta que a matriz
resultante da subtração esteja no formato double. Que espera obter para o valor de
cada elemento da matriz? Que observa na realidade? Use o comando min e max
para obter o valor mínimo e máximo da matriz resultante.

Figura 7: hands.jpg

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