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Eu as trouxe para o deserto selvagem porque não

podíamos l idar com a realidade.


O plano era fazer uma nova vida que não incluía dor.
Sem pessoas. Sem tecnologia. Sem interferência.
Apenas nós.
Uma chance de consertar o que estava quebrado.
Mas o deserto selvagem é indomável e severo.
Extremamente cruel e implacá vel.
E não se importa com seus sentimentos.
A tragédia mora lá também.
Não esqueça as verdades que não o deixarão ir.
Tudo o que pode fazer é sobreviver onde o amor,
não importa quão horrível, é a única coisa com a qual
pode realmente contar.
Confuso. Erra do. Sinuoso. Lindo. Doentio.
O amor é selvagem.
E nós vamos deixá -lo livre .

Aviso: The Wild é uma história extremamente tabu. A maioria


achará que os temas deste livro o tornarão incrivelmente
desconfortável. Este livro é apenas para os corajosos, os de mente
aberta e os que desejam o amor, mesmo nas situações mais
sombrias. Os temas sexuais extremos e a violência em certas cenas
podem provocar os distúrbios emocionais encontrados nesta
história. Se você é sensível a temas tabus pesados, então essa
história não é para você.
“Ela tinha uma alma peregrina e selvagem mas quando amava,
amava com o caos e isso fez toda a diferença.”

- Ariana Dancu
The Wild é uma história extremamente tabu. A maioria vai
descobrir que os temas deste livro vão te deixar incrivelmente
desconfortável ou talvez até mesmo ofendê-lo. Este livro é apenas
para os bravos, os de mente aberta e aqueles que anseiam por amor,
mesmo nas situações mais sombrias. Temas sexuais extremos e
violência em algumas cenas pode desencadear os problemas
emocionais encontrados nesta história. Se é sensível a pesados
temas tabu, então esta história não é para você.

Sério, você foi avisado.


Não diga que não tentei.

Você provavelmente vai se encolher muitas, muitas, muitas


vezes.

Mesmo se estiver em cima do muro, não é provavelmente


uma boa ideia continuar.

No entanto, se está intrigado, é destemido e confia um pouco


em mim, então siga em frente. Este livro é para você.
PRÓLOGO

Passado

Perder uma criança é inconcebível.

Qualquer pessoa com um filho sempre tem essa preocupação


circulando continuamente em sua cabeça. Cada vez que estão no
parque aquático. Toda vez que prendem o cinto de segurança do filho
no assento do carro. Todas as vezes que enviam seus pequeninos para
passar a noite com um amigo.

Cada segundo.

Todo dia.

Sem falhar.

Esse medo permanece nas sombras de sua mente como um


monstro apenas esperando para sair e devorar tudo que guarda com
apreço.

A maioria de nós não tem que lidar com tais atrocidades.

O resto consegue saber em primeira mão como é vê-los levar seu


coração para dentro da terra. Cedo demais. Cedo pra caralho. Temos
que ver nosso cônjuge entrar em colapso e escolher a escuridão ao invés
do resto dos membros da família que ainda estão aqui. Todos que
perdem um filho descobrem que é como ter cada memória arrancada
de seu peito e jogadas ao vento. Não haverá novas memórias, tudo o
que você tem são as que rapidamente escapam de seu controle. "Papai?"
Sua voz, tão parecida com a do irmão gêmeo, tanto acalma
quanto me esmaga. Minha esposa e eu perdemos nosso filho. Mas
Devon perdeu o irmão. A outra metade de sua alma. Um ser humano
que ela compartilhou um útero. Aqueles dois eram como duas metades
de um inteiro. Sempre antecipando as emoções do outro e auxiliandose
quando necessário. Irmãos que, mesmo aos dez anos, não brigaram em
nossa casa.

Eles riram.

Eles cantaram.

Eles jogaram.

Eles amaram.

"Papai?"

Aperto meu nariz e desejo por uísque, mas acabou. Bebi tudo
quinta à noite. Embora nada possa atenuar a dor que me domina.
Foda-se, nada.

“Sim, Pip?”

Quando ela era bebê, seus gritos eram estridentes comparados


aos do irmão que eram altos e intensos. Eu o chamava de Rowdy porque
ele era indisciplinado demais e ela de Pip por causa dos seus gritinhos
agudos.

Outra dor acerta meu peito.

“Sinto falta de Drew.” Seu tom é triste. Nada além de um


sussurro.

Inclino-me para trás em minha cadeira do escritório e encaro


minha filha. O único filho que me resta. Aos dez anos, ela é alta e
magra. Seus grandes olhos azuis são inocentes e cheios de emoção.
Ultimamente eles andam preocupados. Seus pais caíram no fundo do
poço.

“Eu também, querida.” Bato levemente no meu colo e ela corre


para mim como fazia quando pequena. Quando a puxo para um abraço,
inalo seu cabelo. O mesmo shampoo que Drew usava. Um soluço feio e
desagradável escapa da minha garganta. “E-eu s-sinto muito,” sufoco,
lágrimas quentes caindo incessantemente por meu rosto.
Ela funga e eu a abraço apertado. O conselheiro diz que
precisamos ser fortes por nossa filha. Sabrina não pode sair da maldita
cama. Cabe a mim escolher nossa família e consertar as rachaduras.

Às vezes me pergunto se estamos quebrados demais.

Irreparáveis.

Perdidos.

“Mamãe amou mais o Drew? É por isso que ela está tão triste e
não fala comigo?” A voz de Devon quebra com emoção. Ela está com o
coração partido por muitos motivos. Perder seu irmão e a mãe,
essencialmente no mesmo momento deve ser difícil para ela. É
devastador para mim e sou um homem crescido.

“Claro que ela te ama também,” digo ferozmente. Acaricio seu


cabelo loiro suave. “Só precisamos dar-lhe tempo. Ela está triste.
Estamos todos tristes. Cada um vai se lamentar de sua maneira.”

“Prometa que vai sempre falar comigo, Papai,” ela implora com
lágrimas caindo. “Mesmo quando estiver muito triste ou irritado. Não
me deixe sozinha.”

Mais lágrimas rolam dos meus olhos e afundam em seu cabelo.


Choro tanto que não posso formular palavras. Tudo o que posso fazer
é acenar com a cabeça. Beijo sua cabeça e aceno. Ela estende a
mindinho e enrosco o meu no dela.

Uma promessa de mindinho é como que ela chama.

Comprometo-me a falar com ela e amá-la mesmo durante o


tempo mais sombrio. Embora, realmente não estou certo de como a
vida pode ficar mais escura do que isso.

Pode perder seu outro filho, o monstro ameaçador e sombrio na


minha cabeça rosna.

Aperto-a mais forte.

Aceno com a cabeça.

Beijo.

Aceno novamente.
“Eu prometo.” Minhas palavras são um leve sussurro, mas ela
ouve. Ela sempre ouve.

"Amo você, Papai." Aceno

com a cabeça.

Beijo.

Aceno novamente.

“Eu também te amo, Pip.”

Vou ser amaldiçoado se deixar algo acontecer com essa criança


também.

Essa é uma promessa que faço ao monstro feio dentro de mim e


o afasto para as sombras onde pertence.
CAPÍTULO UM

Presente

Sabrina olha pela janela, a expressão firme por trás dos óculos
de sol enormes e muita maquiagem. Aperto sua mão, mas ela não
aperta de volta. Seis anos após a morte de Drew e minha esposa ainda
não se recuperou. Depressão é seu nome do meio. Perder Drew foi a
gota d'água depois de anos e anos de tragédias que assolaram nossa
família. Não houve volta depois disso. Ela está perdida. Para mim,
perder Drew, é a maior opressão de todas as mágoas em minha vida. É
real. Palpável. Horripilante. E ainda assim não posso abandonar nossa
outra filha. Ela ainda está viva e muito desesperada por amor.

Devon e eu tivemos que continuar a viver, enquanto Sabrina vive


no passado. Com ele. Obcecada com as memórias que compartilharam.
Suspensa num tempo que não existe mais.

Este movimento é o meu último esforço para trazê-la de volta


para nós.

Uma prece.

Minha última esperança de um milagre.

“De acordo com dados compilados pela Wildlife Land e Water


Coalition, pessoas tem quarenta e cinco vezes mais probabilidade de
ser morto por um cão do que por um urso, cento e vinte vezes mais
chances de ser morto por abelhas do que um urso e incríveis duzentos
e cinquenta vezes mais chances de ser morto por um raio do que um
urso,” Devon fala empolgada atrás de mim, sua longa perna magra
estica para cutucar meu braço chamando a atenção.
Nossos olhos se encontram no espelho e ri. Esta menina e seus
fatos inúteis. “Pena que abastecemos com spray de pimenta então,
hein?” Provoco.

Seus olhos estão escondidos por trás dos óculos de sol que são
semelhantes aos de sua mãe, mas seu sorriso é amplo e
despreocupado. Aos dezesseis anos, ela é brilhante e cheia de vida.
“Quantos ursos acha que vamos ver, pai? Um por mês? Dois por mês?
Um por semana?”

Sabrina fica tensa em seu assento. Ela está fria com relação a
essa mudança. Mas ursos a assustam extremamente. Jurei que não
iria deixá-la ser morta por um.

“Um amigo fez um ano sabático na vastidão do Alasca e disse que


viu vários por dia. Eles são abundantes por estas bandas.” Sorrio para
ela no espelho. “Mas é por isso que Deus fez armas.”

“Papai!” Reclama Devon. “Não atire em nenhum urso.”

Dou de ombros. “Não é uma promessa que posso fazer, Pip.


Porque entre um urso vivo para pegar outro peixe amanhã ou minha
menina permanecendo ilesa, é melhor acreditar que vou matar o urso.”
Com isso, Sabrina bufa. “Ok, Davey Crockett 1.”

Devon ri e passa para sua mãe um folheto que pegou no último


posto de gasolina antes de começarmos nossa difícil jornada. “Olhe o
mapa, mãe. Bear Country é como chamam isso. Aposto cinco dólares
que papai tenta encarpetar a casa com pele de urso.”

Sabrina pega o folheto e o olha. Seus lábios estão pressionados


numa linha firme. Tenho certeza que está chegando a um acordo com
a realidade agora mesmo. Em mais ou menos seis horas, estaremos
bem no meio de nossa propriedade. Liquidei cada centavo de minha
empresa imobiliário global multimilionária e comprei milhares de
hectares no deserto do Alasca.

Depois de um episódio humilhante entre minha esposa e uma


mulher num dos clubes de elite da Califórnia onde éramos membros,
soube que tínhamos que fazer algo drástico. Sabrina levou um tapa de

1 Davey Crockett foi um herói estadunidense e um caçador de urso, famoso por sua precisão
extraordinária no uso do rifle.
uma mulher porque não gostou de como a mulher falava com seu filho.
Foi o colapso do século. Gritos. Choro. Xingamentos. Sabrina teve que
ser escoltada para fora do estabelecimento e fomos banidos do clube.
Para piorar a situação com a mídia social sendo uma cadela, sua raiva
psicótica foi filmada por dezenas de pessoas no clube. Espalhou-se na
internet como um incêndio florestal maldito, queimando a reputação
da família que ganhamos de forma suada em seu rastro de destruição.
Eu agi rapidamente.

Em vez de assistir os desenvolvedores e compradores se


afastarem da Jamison Enterprises, comecei a liquidar e vender.
Demorou quase um ano e muito tempo para planejar, mas estamos
finalmente prontos para seguir em frente com nossas vidas.

Apenas nós três.

Fora do mundo.

Como aquelas pessoas naturalistas loucas que Devon gosta de


provocar.

Quando mencionei a minha esposa e filha, esperava resistência.


Deveria saber que Devon estaria a bordo primeiro. Falamos com seus
professores da escola de meninas e eles a deixaram dobrar os estudos
para que pudesse concluir o ensino médio mais cedo. Minha filha,
brilhante como os raios do sol, esmagou seu segundo ano que em
última análise também se tornou seu último ano.

Sabrina foi um pouco mais difícil de convencer. Ela não pôde ver
do meu modo. Apesar dos planos que elaborei de uma cabana
aconchegante e ideias da coleta de água e plantio, ela ficou confusa.
Sua vida era nossa casa de milhões de dólares em San Francisco. Sua
vida não era nada além de fotos e coisas que pertenciam ao nosso filho.

Mas a convenci.

Disse que poderia trazer aquelas memórias com ela.

Que Drew adoraria o deserto selvagem. Nosso filho era aventura


em cima de aventura. Um verdadeiro selvagem.

Ela disse sim e aqui estamos.

Horas por uma estrada de terra cheia de árvores grossas em


direção ao lugar que faremos uma casa. O reboque que estamos
puxando está cheio das ferramentas que precisaremos. Vamos ficar no
motorhome2 que comprei até eu conseguir construir a cabana. Juntos,
como uma família, vamos criar novas memórias. Faremos uma vida em
que podemos ser felizes e livres das tensões do mundo exterior.

Sendo órfão, não tenho família que se importe. E prometemos aos


pais esnobes de Sabrina que iríamos para a Califórnia uma vez por ano
visitá-los. Fora isso, estamos livres.

“A universidade do Alasca tem uma alta taxa de suicídio entre os


alunos,” Devon deixa escapar. Mais informação inútil. “Parece que
faculdade está fora de questão.”

Balanço a cabeça. “Dois anos e então vai começar. Você


prometeu. Essa foi uma das ressalvas,” lembro-a.

Nosso huskie siberiano, Buddy, late como se protestasse. Seis


meses depois que perdemos Drew, trouxe o cachorro para ela. Ele não
substituiu seu irmão, mas deu a ela um companheiro.

Ela estoura a bolha do seu chiclete e ri. “Não é possível culpar


uma garota por tentar, pai. O que pode me ensinar na faculdade que
eu já não saiba?”

“Boa maneiras,” respondo.

Isto ganha uma risada de Sabrina. “Talvez como conseguir um


namorado.”

"Não. Rapazes. Nunca,” digo em tom dramático que provoca


indignação atrás de mim.

“Seja como for, Papai.”

“Apenas sendo realista, Pip.”

Ela bufa. “Não tente ser descolado. Você não é.”

2 Uma casa sobre rodas, muito usual nos Estados Unidos.


“Ela está certa,” Sabrina diz, com um sorriso iluminando seu
rosto bonito. “Não é descolado. Você está velho."

“Bem, enquanto esteve recebendo massagens,” digo e aponto


para Sabrina. “E enquanto você usava o Snapchat,” digo e inclino a
cabeça para Devon. “Eu estudei técnicas de sobrevivência. Cortei toda
essa madeira como prática também. Posso não ser descolado, mas sou
basicamente um deus. Deus do Grande Desconhecido.”

Ambas minhas garotas começam a rir e meu coração quase salta


do peito.

Isto é exatamente o que precisamos.

“Onde está sua mãe?” Pergunto quando entro no motorhome.

Buddy trota atrás de mim e caminha até Devon para dar-


lhe um beijo molhado.

Depois de limpar o rosto, Devon olha para cima afastando sua


atenção de um livro e franze a testa. "Dor de cabeça."

Reviro meus olhos. A qualquer momento que Sabrina está


deprimida, ela interpreta uma dor de cabeça. Sabe que não vou discutir
com isso e pode dormir em paz. “Vai escurecer em breve. Quer explorar,
Pip?”

Ela joga o livro de lado e sorri. “Deixe-me pegar as botas.”

Uma vez que ela se veste e coloca o moletom, pego meu rifle e
juntos partimos numa exploração. Estamos três ou quatro horas longe
do nosso destino. Mapeei, mas não quero arriscar dirigir o motorhome
e o reboque no escuro. Quanto mais longe chegarmos dentro da mata
densa, mais difícil será viajar. De acordo com o anterior proprietário da
terra, Atticus Knox, sei que no final da estrada está uma pequena
clareira com vista para um desfiladeiro onde um rio de água doce corre.
Fiquei apaixonado com as fotos que ele enviou por e-mail e paguei a
bolada. Ele garantiu que a área está despovoada. Ninguém em centenas
de quilômetros. Isolado de verdade. Exatamente o que espero. Desde
que viajamos para fora do estado, negociei para ele deixar alguns
equipamentos que comprei. Quando chegarmos lá, posso
imediatamente começar a trabalhar em nossa casa dos sonhos.

Devon se agacha para inspecionar uma planta e noto um arbusto


com muitos frutos. Seu cão fareja em torno e as orelhas ficam em pé
quando ouve um som além das árvores.

“Olha,” digo a ela com um sorriso enquanto passo por entre um


arbusto para alcançar o mato. “Frutas.”

"Papai! Não!"

Buddy late como se para gritar comigo também.

Afasto a mão e faço careta. "O que?"

“Baneberries. Aquelas são venenosas. Não queremos que tenha


uma parada cardíaca.” Ela levanta e faz um movimento com as mãos.
“Afaste-se de frutas brancas se quer viver.”

Eu rio, mas sabiamente me afasto. Aparentemente mais do que


informação inútil circula no cérebro dela. “Ok, então quais podemos
comer, Pip?”

Ela caminha lentamente por alguns metros e para na frente de


um arbusto com frutas vermelhas. “Estas não estão maduras ainda,
mas são seguras. Prometa que não vai comer nada sem me perguntar
primeiro?”

Ergo minhas mãos em defesa. "Prometo."

Ela mostra seu dedo mindinho e seus lábios formam um doce


sorriso me lembrando de quando era criança. Enrosco meu dedo
mindinho no dela.

“Promessa de mindinho,” falamos ao mesmo tempo.

Seus olhos estão cheios de amor e felicidade. Sei que este


movimento é uma mudança de vida. Vamos finalmente arrastar
Sabrina do inferno escuro onde ela vive. Com o tempo, tudo será
perfeito.

Ela solta minha mão e continua a caminhar ao longo da borda


da floresta espessa que pende na estrada. Já parei mais vezes do que
posso contar, quer para mover os galhos ou cortar com a motosserra.
Atticus alertou que as últimas horas de jornada seriam as mais difíceis.
Ele não ia à propriedade desde antes do inverno, quando comprei a
terra. Invernos aqui são difíceis e implacáveis. As árvores são poucas.

Buddy rosna e os pelos da minha nuca ficam em alerta. Um som


de algo esmagando ressoa cerca de trinta metros à nossa direita.

"Papai…"

"Fique calma."

Apesar de toda nossa pesquisa e aulas, ainda somos pessoas da


cidade. É tudo divertimento e jogos até que vê um urso pela primeira
vez.

Nós esperamos um bom tempo. Buddy fica entediado. Nada


terrível emerge das árvores. O sol está se pondo rápido e acredito que
nossa pequena exploração é demais para o dia.

“Vamos, Dev. Vamos entrar e preparar o jantar.”

Ela trota de volta para mim, evitando os pulos de Buddy e abraço


ela ao meu lado. Depois que Drew morreu e me levantei do chão, jurei
dar o amor que tinha para duas crianças para a que me sobrou. Leveia
ao cinema e lojas. Todos os dias a levei à escola e busquei. Qualquer
oportunidade quando não estava viajando ou trabalhando, passeei com
minha filha.

Sabrina com certeza não está fazendo o trabalho.

“Que tal torta de pimentão?” Pergunta Devon. “É o favorito da


mamãe.”

Aperto-a. “Você cozinha?”

Ela olha para mim e sorri. “Sou a única que sabe a receita.”

Com isso solto uma risada. “Primeiro passo, abra uma lata de
pimentão. Segundo passo, aqueça o pimentão. Terceiro passo, derrame
fritas em cima. Quarto passo, polvilhe queijo e cebola no topo. Esqueci
alguma coisa?”

“Você é tão sarcástico, Papai.”

Ela abre a porta do motorhome e revira os olhos para mim antes


de saltar os degraus ao subir.
“Não diga besteira, Pip.”

Fecho a porta e tranco por hábito, mesmo que ninguém vá nos


tirar daqui. Enquanto retiro as botas e casaco, Devon está trabalhando
duramente em sua especialidade. A maneira como facilmente se move
no pequeno espaço e suavemente cantando uma de suas canções pop
favoritas me lembra da maneira que Sabrina costumava ser.

Tão. Cheia. De. Vida.

“Vou verificar sua mãe,” digo a ela passando pela cozinha. Dou
um beijo no topo de sua cabeça antes de me afastar. Uma vez dentro
do quarto dos fundos, fecho a porta. Está escuro aqui dentro. Sabrina
dorme nua. Um convite. Às vezes, quando está num humor escuro, a
única maneira de trazê-la de volta é através do sexo. O motorhome é
pequeno e as paredes são praticamente inexistentes, mas Devon estará
distraída preparando o jantar.

Retiro minha roupa e rastejo na pequena cama ao lado da minha


esposa. Ela está acordada, mas não fala. Já ouvi essa música e dancei
vezes suficientes para conhecer todos os movimentos. A cada vez rezo
que ela saia disso tempo suficiente para me amar do jeito que
costumava fazer. Mas toda vez termino desapontado. O que não me
impede de tentar.

Minha boca encontra na sua garganta e beijo a pele macia. Seus


seios ainda são firmes, apesar dos trinta e tantos anos. Acaricio-os,
mesmo que ela não vá responder. Quando começo a beijar descendo
por sua garganta numa missão para sua buceta, ela balança a cabeça
no escuro e diz uma palavra simples.

Não.

Gemo de frustração e começo nossa rotina habitual. Separando


suas coxas, me acomodo em cima dela. Meu pau está tendo problemas
de ficar duro então acaricio-o rapidamente antes de entrar em seu
calor. Um suspiro acentuado é a única prova que estou transando com
uma mulher e não um cadáver.

Minha boca tenta beijá-la, mas ela vira a cabeça de lado. É como
se Sabrina se privasse de todas as formas de prazer e felicidade. Se
Drew não pode ter, então por que ela deveria? Mata-me que pensa dessa
maneira.
Tento desesperadamente ser silencioso, mas nossos corpos se
chocam. Os grunhidos vindos de mim são ferozes e estão no limite da
raiva. Às vezes quero agarrá-la pelo pescoço e colocar sentido dentro
dela.

Sabrina nunca goza.

Nunca.

Ela me deixa usá-la como uma saída para que eu possa gozar.
Então, pode nos unir, não importa o quanto isso não seja certo, da
única maneira que sabe. Nunca foi o suficiente. Raramente.

“Eu te amo,” sussurro, minha respiração saindo rápida.

Ela não responde.

Meus olhos fecham e gozo. Mal terminei de jorrar minha


libertação e já estou fora dela. Pego minha camisa e limpo meu pau
antes de jogá-la no canto. Nenhum de nós fala. Acabei de gozar e
deveria relaxar, mas estou chateado. Esta viagem deveria ajudar. Mas
ela parece pior na primeira noite em nossa terra.

“O jantar estará pronto em breve. Devon fez seu favorito,”


anuncio enquanto visto meu jeans.

"Não estou com fome."

Preciso de muito controle para não gritar.

“Boa noite,” digo.

Ela não responde.

Quando abro a porta divisória, Devon tem uma expressão


culpada enquanto olha a tigela de torta de pimentão frito. Ela está
servindo mais duas tigelas e ainda preparou um copo de limonada para
sua mãe. Amargura ameaça me rasgar ao meio, mas faço de tudo para
afastá-la.

“Cheira bem, Pip,” digo, meu tom ríspido.

Seus olhos lacrimejantes levantam para encontrar os meus. Isso


parte meu coração. Nenhuma garota de dezesseis anos deve lidar com
esta merda. Ela olha para meu peito nu e, em seguida, olha a comida.
“Sinto muito por que ouviu isso.” O sexo. A rejeição. A morte lenta
do meu casamento.

“Está tudo bem, Papai.”

Acomodo-me na frente dela e janto sozinho com minha filha.


Assim como todos os outros malditos dias.

E como a tigela intocada de Sabrina apenas para fazer Devon


sorrir novamente.

CAPÍTULO DOIS

Tento meu telefone celular, mas não tenho sinal. Perdi-o dias
atrás. Estamos realmente fazendo isso. Vivendo fora do mundo. Vou
encontrar um homem selvagem caipira sem dentes no meio da floresta
e ter todos os seus bebês.

Quando rio, os olhos do papai encontram os meus no espelho.


Seus olhos castanhos bondosos sempre me trazem conforto.

“Qual é a graça aí atrás?”


“Apenas imaginando encontrar um namorado caipira. Teremos
muitos bebês,” explico.

"Não. Rapazes. Nunca."

Buddy late novamente. O cachorro estúpido parece concordar


com Papai a cada vez.

“Acho que terei que esperar até a faculdade para ter uma
experiência sexual,” digo com um suspiro e finjo tédio. A verdade é que
não saberia o que fazer com um menino se o encontrasse. Fui para uma
escola só de meninas a vida toda e a única interação com garotos foram
os do meu bairro. Não fui beijada e certamente não fiz nada mais.

Papai rosna e mamãe ri. Ela é mais ela mesma hoje. Alguns
sorrisos aqui e ali. Ela até cantou comigo algumas antigas do CD que
gravei antes da mudança. Nunca vi Papai parecer tão feliz. Um dia
desses vou ajudar mamãe a lembrar que somos sua família. Que
precisamos dela. Ela vai rir, sorrir e nos amar como nós a amamos.

E Papai pode ser feliz novamente.

Verdadeiramente feliz.

Reed Jamison expressa força em seu rosto, mas o vi no


desespero. Chorando como uma criança. Isso esmagou meu coração.
Quando Drew morreu, eu chorei. Mas quando meu pai chorou, acho
que perdi uma parte da minha alma.

Mamãe sempre está triste. Desconectada. Perdida. Drew e eu


sempre sentimos que éramos um fardo para ela. E quando ele morreu,
ela ficou extremamente chateada, sem esperança de algum dia voltar
ao normal. Papai parece esperançoso e por ele, tenho esperança
também.

Prometi a mim mesma que sempre seria sua companheira. A


melhor amiga. Sua filhinha. Iria me esforçar na escola, me comportar
sempre e nunca discutia sobre as tarefas. Papai fez muito para nossa
família. É o mínimo que posso oferecer para ele.

“Não coma as frutas brancas,” lembro a todos no carro pela


milionésima vez. Buddy concorda e late.

Papai pisca no espelho. “Vamos guardá-las para seu namorado


caipira.”
Estou feliz lendo um dos meus romances quando o motorhome
começa a desacelerar.

"Ah, merda. Essa é grande,” ele reclama enquanto dirige até parar
na frente de uma enorme árvore caída.

“Estou contente que paramos,” mamãe diz na voz imparcial que


conheço tão bem. “Minha dor de cabeça está voltando.”

Calor sobe por minha garganta quando lembro de ontem à noite.


Eles fizeram sexo. Não pareceu divertido. Papai parecia zangado.
Mamãe não deu um pio. Tudo o que pude ouvir foi a respiração pesada
deles, o som de corpos se chocando e o grunhidos dele. Todo o
motorhome sacudiu e balançou. Fiquei tão envergonhada. Claro, vi
sexo em filmes e li sobre isso em meus livros, mas foi a primeira vez
que ouvi isso. Experiência ao vivo.

Quando levanto os olhos, papai está me olhando. Mais uma vez


expressando culpa. Quero dizer que não é culpa dele que ela é da
maneira como está, mas ele não vai acreditar. Ele é exatamente como
eu. Confiante de que podemos de alguma forma consertá-la.

“Vamos, Pip. Preciso de mãos extra e sua mãe está com dor de
cabeça,” ele diz ríspido, sua mandíbula apertando quando vira para
olhá-la.

Ela está imperturbável e simplesmente dá de ombros.

Com um palavrão estrangulado, ele abre a porta e sai. A porta


bate atrás dele me assustando.

“Vá ajudar seu pai antes que ele tenha um ataque cardíaco,” diz
ela num tom aborrecido.

“Está quente,” reclamo limpando o suor da testa.


Papai está com calor também, porque faz tempo que arrancou a
camisa. Ele está chateado e já faz três horas que estamos trabalhando
na árvore. Escapei apenas o tempo suficiente para nos buscar água.
“Vá para dentro com sua mãe,” ele ordena antes de chutar a
árvore.

Estremeço com sua explosão. "Papai…"

Ele me dá um olhar ardente. Meu pai geralmente é sempre


amável e sorridente. Sua raiva contra minha mãe colocou uma
carranca permanente em seu rosto hoje. Quero fazer isso ir embora.

Correndo até ele, envolvo os braços ao redor da sua cintura. Ele


fica rígido no começo, mas depois parece derreter com meu carinho.
Logo, seus dedos percorrem meu rabo de cavalo. Os lábios pressionam
o topo da minha cabeça num sinal de que tudo vai ficar bem.

Acredito nele.

Ele está suado e cheira um pouco por todo o trabalho duro no


final da tarde de maio, mas inalo e memorizo seu cheiro. Poucas coisas
me confortam e meu pai é uma delas. Seus batimentos cardíacos são
altos contra meu ouvido pressionado em seu peito. Gosto de ouvir o
forte fluxo. Quando era mais jovem, costumava inventar canções que
combinavam com a batida.

“Tudo vai ficar bem,” prometo e o abraço mais apertado.

Ele solta um suspiro. “Promete, Pip?”

“Promessa de mindinho.”
Mamãe dormiu o dia todo nos fundos. Normalmente, fere meus

sentimentos, mas hoje é diferente. Hoje encontraremos


nossa nova casa. Papai e eu estamos numa aventura.

Olho de relance em sua direção. Os óculos de aviador estão


acomodado no nariz e seus ombros relaxados. Um meio sorriso nos
lábios. Ele está animado como eu. A barba está começando a crescer
em sua mandíbula. Ela lhe dá uma aparência robusta. Antes de
sairmos de San Francisco, ele divertidamente brincou que deixaria
crescer. Não posso deixar de sorrir imaginando o rosto normalmente
barbeado do meu pai cheio de pelo áspero como do Sr. Bobbitt, meu
velho professor de química.

“Do que está rindo?” Pergunta ele, afastando a atenção da


estrada para me olhar.

Dou de ombros e balanço meus pés descalços. “Apenas pensando


em chegar ao nosso novo lar. Estou ansiosa.”

Ele se estica e pega minha mão. Ganho um aperto rápido de


garantia antes dele me liberar. A estrada parece sem fim e papai dirige
mais devagar que o habitual. Quando saímos do meio das árvores,
chegamos a uma pequena clareira no topo do que parece uma
montanha.

A estrada simplesmente termina.

“Papai!” Grito e aponto através do para-brisa. "Conseguimos!"

Ele está tão ansioso quanto eu. Nós dois nos apressamos para
fora assim que o motorhome estaciona. Papai atinge a borda do
penhasco primeiro. Aproximo-me lentamente. É um desfiladeiro de pelo
menos 30 metros. Um rio corre por entre as árvores lá embaixo.

“É lindo,” suspiro, a mão agarrando meu peito. “As fotos não


fizeram justiça.”

Ele me puxa e nos abraçamos. “Estamos aqui, Pip. Finalmente.”


Esperança tinge suas palavras. Esperança de que voltaremos ao
normal. Depois de todo esse tempo, seremos uma família novamente.

Ganho um beijo no topo da cabeça antes dele me soltar. Andando


até a borda, aponto para baixo. “Como vamos chegar lá? Quero ir lá em
baixo.”

“Não tenho certeza, vamos nos dedicar nisso amanhã,” ele


promete. Não preciso de seu dedo mindinho para saber que ele vai
cumprir a palavra. “Vou estacionar o motorhome paralelo a essa área.”
Ele aponta ao longo da borda. “Dessa forma, podemos bloquear o vento
do norte, se quisermos fazer uma fogueira a noite. O que você diz, Dev?
S'mores3? Pode ser a última vez que nos tenha visitando seus avós.”

3 Marshmallow entre bolachas, ou seja sanduíche de marshmallow.


Meu estômago ronca de fome. "Sim!"

Ajudo Papai a direcionar enquanto ele move o motorhome onde


quer. Demora algumas manobras e num ponto ele xinga quando uma
das rodas fica presa, mas, finalmente consegue estacionar do jeito que
necessita.

Enquanto Papai mexe em alguma coisa do lado de fora, corro


para dentro para dar a notícia a mamãe. Vejo-a olhando para fora
através da janela lateral de seu quarto com vista para o desfiladeiro.
Sem sorrisos. Sem emoção. Nada.

"Mamãe…"

Ela me dispensa com um aceno de mão. “Devon, minha cabeça


está me matando. Vá ajudar seu pai.”

Lágrimas pela rejeição enchem meus olhos e aceno. Obedeço e


vou ajudar meu pai.
Preparamos cachorros quentes sobre a fogueira e, em seguida,

os s'mores. Mamãe permanece no quarto.

“Está frio.” Enfio as mãos no bolso grande do meu moletom. “É


praticamente verão. Por que está frio?”

Papai ri e toma um longo gole de cerveja. “Mais cedo estava


reclamando que era muito quente. Qual é, Pip?”

Mostro a língua para ele, mas mantenho meus pés em direção ao


fogo.

“Venha aqui.” Ele dá um tapinha em seu colo como costumava


fazer quando eu era criança.

Com um sorriso bobo no rosto, salto para a chance de sentar no


colo do meu Papai. Ele é quente e aconchegante. Forte e protetor. Ele
me envolve num abraço e descanso a orelha em seu peito. O ritmo
familiar do seu coração ressoa em meu ouvido, abafando os sons da
floresta. Ele acaricia meu cabelo e, em seguida, beija o topo da minha
cabeça.
Devo ter adormecido porque acordo quando ele me carrega para
dentro. O fogo há muito tempo apagou. Ele me coloca no sofá-cama e,
em seguida, me cobre com minha colcha favorita. Seus dedos acariciam
meu rosto antes dele levantar e apagar as luzes do motorhome. Apesar
de estar com sono, sinto meus ouvidos atentos para cada som.

O deslizamento da porta que separa o quarto deles quando ele a


fecha.

O tilintar do cinto do meu pai.

Vozes murmuradas.

E então os grunhidos.

Calor queima através de mim enquanto o motorhome balança


como na outra noite. Mamãe parece participar porque deixa escapar
um gemido. Estou envergonhada quando calor começa a se reunir em
meu ventre. Levanto minha colcha e retiro meu jeans.

Grunhido. Grunhido. Grunhido.

Mais vozes murmuradas. As palavras pertencem ao pai. Ele


parece bravo.

Um tapa.

E então o motorhome realmente começa a balançar.

Mais tapas enquanto ela o chama de vários nomes.

Ele sussurra algo ininteligível para ela.

Então ouço o que parece algo esmagando.

Eles estão se beijando.

Um surto de ciúme me domina e fico imediatamente horrorizada.


Apenas me incomoda que ela nos ignorou durante todo o dia e então
recebe atenção e carinho dele. Ela não merece isso depois da maneira
como o trata.

Outro alto gemido.

Ondulações de vergonha percorrem meu corpo no momento que


deslizo os dedos entre minhas coxas. Já me toquei antes, mas não sou
muito boa nisso. Tudo o que sei é que é bom quando toco em
determinado ponto. Avidamente, esfrego naquele local. Estou
desejando o alívio que isso vai me dar. Alívio que encontrei diante da
ocasião. Sempre é difícil chegar lá e, por vezes, não acontece.

Meus ouvidos zumbem e abafa os sons deles enquanto


furiosamente me toco. Já não olho em direção a porta deles, mas em
vez disso cedo às sensações elétricas me queimando. Estou quente e
suada. Rapidamente, arranco meu casaco e, em seguida, volto a me
tocar. Deixo escapar um som sufocado no momento que o prazer me
rouba desta realidade. Um suspiro alto me escapa e abro os olhos.

Luz.

Ela brilha do banheiro para o corredor.

Papai está lá vestindo apenas calça jeans e me olhando. Quando


nossos olhos se encontram, ele balança a cabeça em desaprovação
antes de entrar no banheiro minúsculo. Ele bate à porta.

Lágrimas ardem em meus olhos. Vergonha me domina


manchando meu orgasmo recente. Como vou explicar a ele? Ele parece
tão chateado. Começo a chorar e rapidamente puxo o cobertor sobre
meu corpo mesmo que esteja suando. Quando meu pai finalmente sai
do banheiro, finjo dormir. Posso senti-lo me observando na escuridão
por alguns instantes antes de se retirar para seu quarto.

Sinto muito, Papai.

Acordo com um sobressalto.


Ouvi alguma coisa.

Medo agarra meu coração e escorrego para fora da cama correndo


para o quarto dos meus pais. Papai ronca suavemente e mamãe parece
estar dormindo também. Como fazia quando era uma garotinha, subo
entre eles. Deslizo meu braço na cintura da minha mãe e enterro o rosto
em seu cabelo. Ela dá um tapinha no meu braço distraidamente em
seu sono. O pequeno momento de carinho deixa meu coração em
chamas. Já estou relaxando quando papai rola e me abraça por trás.
Afasto-me de minha mãe e busco sua segurança. Papai é forte e sólido
atrás de mim. Seus braços me envolvem e os lábios encontram meu
cabelo. Isso me acomoda.

Nada vai acontecer com ele atrás de mim.

Ele ainda está respirando pesadamente em sono profundo e


abafa o que agora percebo ser um trovão. O motorhome balança com o
vento. Logo a chuva começa a cair. Um frio percorre meu corpo. Começo
a mexer para ficar sob as cobertas com eles. Eventualmente, consigo
deslizar sob a colcha. O peito quente de Papai pressiona contra minhas
costas através da camiseta e aquece meu corpo gelado.

Viro-me para cochilar, mas acordo de novo, porque a tempestade


está muito forte. Relâmpagos lampejam a cada poucos minutos e o
vento é tão forte que pode arrancar a parte de cima do motorhome. Fico
distraída, no entanto, quando Papai me abraça mais apertado. Como
se, mesmo durante o sono, ele soubesse que preciso de conforto.

Movo-me contra ele de novo e algo endurece atrás de mim. Seus


roncos continuam, mas o pau pressiona contra minha bunda através
da cueca. Meu corpo inteiro tensiona. A tempestade não é nada em
comparação com a forma como meu coração bate loucamente no peito.
Nunca vi ou senti um pau antes. Este cutucando me intimida. Começo
a me afastar, mas ele solta um grande ronco como se pudesse acordar
em breve. A palma da sua mão desliza debaixo da minha camiseta. Pele
contra pele. Calor queima através de mim num nível que não posso
calcular. Sei que ele teria um acesso de raiva se acordasse agora e nos
encontrasse desta maneira. E ainda assim não posso me afastar. Seu
toque me conforta como nenhuma outra pessoa pode. Quando a mão
desliza para cima sobre um pequeno seio, minha respiração para
completamente.

Quero que ele me toque em todos os lugares.

O pensamento, tão repentino e feroz, arranca um som baixo e


embaraçoso de mim. Seu polegar esfrega contra o mamilo fazendo-o
endurecer e estremeço. Nunca fui tocada por um garoto e aqui estou
na segunda base com meu pai.

Minha pele está pegando fogo.

Eu deveria me afastar.
Definitivamente não deveria estar movendo a bunda então ele
ficará duro. Fascina-me que um homem possa ter uma ereção durante
o sono.

“Sabrina,” ele murmura, a voz cheia de sono. Ele está preso


dentro do mundo dos sonhos e acha que sou mamãe.

Não o acordo ou corrijo.

Mordo meu lábio e aproveito seu toque suave e possessivo. A


forma como os quadris começam lentamente a investir contra mim. Sua
mão abandona meu peito e quase faço beicinho, mas depois minha pele
inflama quando a palma da mão desliza por minha barriga tonificada
até a calcinha. Ela está encharcada e estou horrorizada com quão
excitada estou. No momento em que seus dedos esfregam o local
delicioso sobre minha calcinha molhada, tremo em seus braços.

Sensações explosivas disparam através de mim, muito mais


poderosas que o relâmpago e trovão lá fora. Parece mil vezes melhor do
que quando me toco. Meu corpo está se contorcendo e movendo contra
seu toque, desesperado por mais. Mais do que? Não tenho certeza. Só
quero mais.

Sua respiração é calma agora e percebo que ele está acordado.

Tenho a chance de me afastar, mas agora ele está acordado e vai


enlouquecer quando perceber o que está acontecendo. Ainda assim,
não posso ser quem quebra o feitiço.

Ele beija meu pescoço e murmura o nome de minha mãe


enquanto os dedos deslizam dentro da minha calcinha.

“Tão molhada, Sabrina,” ele suspira contra minha pele.

Reviro os olhos no momento em que ele começa a empurrar o


dedo entre minhas dobras encharcadas procurando a entrada de um
lugar que nunca toquei. Explosão quente domina meu ventre. Quando
ele entra no meu corpo com apenas um de seus dedos, o calor é quase
demais para suportar. Deixo escapar um gemido quando uma lágrima
escorre, mas não quero que ele pare.

Todo seu corpo fica completamente rígido e imóvel. Lentamente,


ele afasta o dedo. Sinto que ele me apalpa e em seguida toca minha
mãe.
“Foda-se!” Ele rosna no escuro. "Porra!"

Mamãe desperta do seu lado da cama, mas não posso me mover.


Estou muito chocada com sua reação. Tento fingir que estou dormindo.

“Devon.” Sua voz falha e juro que ele vai chorar de novo. Como
nos primeiros dias depois que Drew morreu.

Um soluço me escapa e rolo para enfrentá-lo, buscando seu


conforto. Enterro o rosto contra seu peito, deleitando-me com a forma
como sua pele quente está suada contra minha barriga nua agora que
minha camiseta está empurrada para cima. A conexão envia fogo
através de mim mais uma vez e sua ereção salta.

“Foda-se,” ele rosna e me empurra para longe.

Ele sai da cama e começa a se vestir. Não consigo parar de


chorar. Não entendo por que ele está tão irritado. Quer dizer, lá no
fundo, eu entendo. Ele acabou de tocar sua filha no escuro. Mas não
foi culpa dele. Ele pensou que era mamãe. Sou a culpada porque deixei
acontecer.

"Papai..."

“Não, porra!” Ele grita, acordando minha mãe. "Preciso pensar."

Ele fecha a porta e começa a bater as coisas na cozinha.


Aconchego-me perto de minha mãe, as lágrimas caindo livremente.

“Tudo bem, querida?” Sua voz é suave e real. Como a que lembro
antes de perdermos Drew.

“Mamãe,” soluço.

O motorhome parece se movimentar. É papai nos levando para


algum lugar?

O som de algo quebrando fica intenso.

Minha barriga parece flutuar para fora do meu corpo quando sou
impulsionada da cama, minha cabeça batendo no teto.

O que está acontecendo?


CAPÍTULO TRÊS

Porra. Porra. Porra. Porra!

Eu não toquei na minha filha.

Essa.

Porra.

Não.

Aconteceu.
Histeria cresce no meu peito e engulo em seco. Lágrimas quentes
e furiosas ardem em meus olhos. Só arruinei nossas vidas num piscar
de olhos, porque pensei que era Sabrina me tocando. Deveria saber que
minha maldita esposa não responderia ao meu toque.

Bile sobe na minha garganta.

Isso significa que minha filha gostou.

Rosno uma série de palavrões furiosos.

Provavelmente fodi sua cabeça pelo resto da vida por um


momento estúpido. Começo batendo armários em busca de uma
bebida. Preciso de uma porra de bebida para poder pensar em como
corrigir isso.

Eu.

Vou.

Consertar.

Isso.

Eu tenho que fazer. Essa é minha menina.

A tempestade está violenta lá fora e corresponde ao meu coração


em fúria. Tudo chacoalha e treme. Minha filha soluça no outro cômodo
fazendo meu coração quebrar em um milhão de pedaços.

Não se preocupe, Pip. Vou fazer isso normal novamente. Só deixe


eu me arrepender.

Um alto e mundano gemido é o único aviso que tenho que algo


está seriamente errado. E então estou caindo. Meu ombro bate contra
a parede antes de eu correr por toda a sala.

Triturar.

Esmagar.

Descanse em paz.

O uivo do nosso cão.

E muitos barulhos horríveis. Não posso dar sentido a tudo.

Pop! Pop! Pop!


Minha cabeça bate contra todas as superfícies e tudo o que posso
pensar é graças a Deus que Dev e sua mãe estão seguras no quarto.
Meu último pensamento antes de tudo fica preto.

Preto.

Preto.

E ainda caindo.

Acho que estou caindo direto no inferno.

Depois do que fiz, mereço ir para lá.

Mas elas com certeza não.

Preto.

Gritos.
Altos gemidos penetram minha orelha.

Devon.

Ela e Drew estão no quintal. Pela forma como grita e está tentando
acordar os mortos, sei que sente uma dor severa. Resmungo descendo
as escadas batendo em alguns quadros da parede enquanto vou em sua
direção. Meus pés descalços atingem os pisos de mármore e paro por
tempo suficiente para enfiar meus pés nas botas. Então, estou correndo
pela casa e pela porta dos fundos. A porta bate a tela atrás de mim e
corro em direção à borda da mata atrás da casa. Há muito tempo
desenhei e construí uma casa na árvore.

E se ela quebrou o braço?

Pior ainda, o pescoço?

Bile sobe na minha garganta enquanto corro.


Minha primeira inclinação é culpar Sabrina. Estou enterrado em
papelada enquanto ela faz Deus sabe o que. Ela provavelmente está
cochilando, porra. Deus me ajude se algo acontecer com Devon...

Encontro-a de pé na clareira, o cabelo loiro selvagem. Seu rosto


está vermelho brilhante e ela soluça. Correndo para ela, a puxo em meus
braços e em seguida, começo a avaliar os danos. Ajoelho pegando seu
pequeno rosto nas mãos.

“Onde está ferida, Pip?”

Seu rosto enruga enquanto ela soluça e aponta para a casa da


árvore. Meu coração para de bater.

“É Drew?”

Ela balança a cabeça.

“Fique aqui,” instruo e escalo a pequena escada até a casa.

Seus lamentos são tudo que posso ouvir.

Um som tão devastador que não tenho certeza se vou conseguir


tirar da minha memória. Provavelmente vai me assombrar até o dia que
eu morrer.

Minha cabeça está latejando.


Gritos.

Eles intensificam minha dor de cabeça, mas me tiram um pouco


da neblina. Distraidamente dou alguns tapinhas na minha testa acima
da sobrancelha direita. A pele está cortada e sangue quente escorre de
lá caindo em meu olho. Usando a mão pressiono a ferida para manter
o sangramento, tentando entender o que aconteceu.

Ainda estou no motorhouse.

Tudo está mutilado, amassado e quebrado.


O trailer está tombado e estou na parede entre os armários e
fogão.

“Devon,” eu resmungo. “Sabrina.”

Minha voz mal pode ser ouvida sobre o uivo do vento e torrenciais
chuvas que ainda sacodem o veículo. Gemo tentando me erguer. Nada
quebrado. Minha cabeça dói pra caralho.

"Papai!"

O grito, agudo e aterrorizado, me tira completamente do torpor.


Me faz lembrar o dia em que pensei que ela estava ferida. E, assim, em
seguida, luto para encontrá-la. Seus soluços histéricos estão vindo do
quarto onde a deixei.

Onde você teve o dedo dentro dela...

Cerro os dentes forçando os recessos da minha mente. Tenho


coisas mais importantes para me preocupar como minha esposa e a
segurança da minha filha. A caminhada até a parte de trás, onde seus
gritos não diminuem é difícil. A estrutura está em pedaços e a chuva
entra através de um buraco bem antes de eu chegar ao quarto. Viro
para arrancar a porta para poder me espremer através dela.

Um relâmpago brilha e tenho uma noção de onde Devon está.


Mais e mais relâmpagos iluminam o céu, me permitindo ver facilmente.
O que vejo quase me faz vomitar.

Uma árvore entrou da janela, um longo e fino pinheiro


atravessando até a outra janela. Como um palito direito furando uma
salsicha. As pernas da minha filha balançam da janela superior. Um
galho fino da árvore está na lateral. Cada vez que ela mexe, desliza
ainda mais contra o galho.

“Devon,” grito sobre a tempestade, finalmente encontrando


minha voz. “Não se mova.” "Papai!"

Apesar das minhas ordens, ela move as pernas freneticamente.


Subo até ela e solto minha testa para agarrar suas pernas num abraço
de urso então ela vai parar de se mover. Ela está chorando tanto que
seu corpo treme. Beijo sua pele e tento inspecionar o ramo a cortando.
“Ouça, Devon. Preciso que se acalme. Vou te tirar daqui.” Olho
em volta inspecionando o pequeno quarto arruinado e Sabrina está
longe de ser encontrada. Dor invade meu estômago. “Baby, pode ver
sua mãe? Diga o que pode ver.”

“Está chovendo muito,” ela grita. “Não posso ver nada. Um raio
vai me acertar!”

Cerrando os dentes, a levanto pela bunda. Ela começa a gritar de


dor.

“Veja se pode subir um pouco,” grito. “Preciso jogar esse ramo


para longe.”

Eu a ajudo a colocar o pé no meu ombro. Rapidamente ela


entende o que deve fazer e chuta contra mim. Seus gritos são
suficientes para esmagar meu coração, mas minha forte menina
consegue deslizar para fora do galho. Quando está livre, o agarro e
quebro. Então, lentamente facilito sua volta para dentro do quarto.
Assim que ela está livre, se agarra a mim, chorando.

“Dev, preciso parar o sangramento. Deixe-me ver a ferida.” Minha


voz é rouca pelo esforço. Caímos contra o colchão que está de pé já que
o trailer tombou. Não tenho energia para movê-lo. O sangue escorre do
corte na testa e nossos corpos estão lisos uns contra os outros por
causa da chuva e sangue de seu estômago.

“E-estou c-cansada, papai.” Seus dentes batem


descontroladamente. Acho que ela está entrando em choque.

Abro meus olhos. Estou cansado e atordoado, mas não posso


simplesmente ficar aqui. Sabrina sumiu. Ambos, Devon e eu temos
feridas que precisam ser cuidadas. E ainda não consigo me mexer.
Cegamente, alcanço a colcha e tento envolvê-la em nós. Devon treme
tanto que acho que aquecê-la é a primeira coisa que preciso fazer. Ela
se recosta em mim, como se estivesse tentando rastejar dentro da
minha pele. Abraço-a e beijo o topo de sua cabeça encharcada. Caímos
sentados no chão e ela quase me estrangula por isso não vou deixá-la
ir.

Ela chora e chora.

Tenho que ser forte por ela.


Meus olhos fecham e meus músculos parecem pesar uma
tonelada. Não consigo encontrar energia ou força para fazer outra coisa.
Suas unhas afundam em meu peito. Quando meus olhos começam a
fechar, tenho a premeditação de girá-la para que a ferida esteja
pressionada contra meu estômago. Esperemos que seja o suficiente
para parar o sangramento.

“Descanse um pouco, Pip.”

"Papai."
A voz suave e doce. Não ando em sua direção, eu corro.

Meus olhos se abrem e fico cego por um raio de sol que brilha em
mim. Leva um segundo horrível para lembrar o caos que aconteceu
ontem à noite. Quando começo a chorar, algo toca minha testa. Tento
me livrar, mas alguém agarra meu pulso e o puxa.

“Não toque. Eu enfaixei," Devon sussurra suavemente. Um


soluço e lágrimas vem dela. “Buddy desapareceu.”

Inclino a cabeça para a esquerda para evitar o sol brilhante e olho


minha filha. Seu cabelo loiro está ondulado, úmido, cheio de folhas e
coberto de sangue. O cão provavelmente está esmagado sob o veículo.

“Ele vai aparecer.” Mentiras. “Seu estômago”, resmungo, minha


mão tateando sobre o peito.

Ela solta um gemido quando puxo o tecido para cima para ver.
Todo seu peito está arranhado. Os pequenos seios suportaram o peso
do ataque. Mas o que mais me preocupa é seu estômago. Ela parecia
ter encontrado o kit de primeiros socorros porque seu abdômen está
enfaixado também. Sangue mancha a gaze. Provavelmente terei que
costurá-la em breve.
“Você foi lá fora? Já viu sua mãe?” Ainda estou franzindo a testa
para os arranhões em seus seios e estômago quando lentamente abaixa
a camisa.

“Pai...” Seu lábio inferior oscila. “Vamos apenas ficar aqui. Vou
te encontrar algo para comer.”

Fecho meus olhos. O horror em seus olhos é tudo que preciso


ver. Sabrina sumiu.

“Ajude-me.” Rosno.

Ela agarra meu pulso e me ajuda a levantar. Quando balanço,


ela abraça minha cintura. “Acho que tem uma concussão,” ela sussurra
contra meu peito sangrento.

Engulo e acaricio seu cabelo emaranhado. "Vou ficar bem.


Precisamos descobrir o que aconteceu.”

Sua cabeça se inclina para me olhar. Novas lágrimas surgem em


seus olhos os fazendo parecer lagos azuis. “O penhasco cedeu. Cedeu
bem abaixo de nós na noite passada. Deve ter sido toda a água da chuva
e o peso da motorhouse."

Culpa me inunda. "Isso é tudo minha culpa."

Ela balança a cabeça veementemente. "Não."

Aperto meu queixo dando um aceno de cabeça brusco. Ela me


libera e desajeitadamente começa a ir para a sala e para baixo através
do veículo. Sigo-a, a cabeça latejando de dor. Ela está com os pés
descalços e usa nada além de uma camiseta e calcinha sangrentas.
Estou somente com uma calça jeans, mas ainda sem camisa e descalço.
Nós somos uma bagunça. Vou precisar de roupas, mas primeiro preciso
achar Sabrina.

A janela que costumava ser ao lado da mesa está esmagada.


Como se ela já tivesse feito isso, Devon agarra a borda da janela e usa
o assento de banco na mesa para alavancagem, a atravessando. Suas
pernas se movem enquanto tenta atravessar. Pego as coxas finas e
empurro completamente. O metal da motorhouse geme enquanto
andamos ao longo do lado exterior. Minha cabeça dói como uma filha
da puta, mas facilmente me iço através da abertura já que sou mais
alto e mais forte que minha filha. No momento que estou fora do
buraco, minha respiração para na garganta.

Nós caímos.

Motorhouse. Reboque. Tudo.

Pelo menos sessenta metros pelo penhasco. Árvores, ao longo de


nossa trajetória de descida estão destruídas. Apenas uma parece ter
empalado a motorhouse. Todos os nossos pertences, ferramentas e
alimentos estão espalhados por árvores e ao longo do chão da floresta.
Quando olho para a esquerda, estou enojado de ver alguns boiando no
rio.

"Onde ela está?"

Devon aponta através de algumas árvores, mas não anda. Assim


que vejo Sabrina, desejo não ter olhado. Ela está de cabeça para baixo
numa árvore. Sua porra de braço, Jesus Cristo, foi arrancado do ombro
e balança ao vento, mal preso por um músculo. A outra perna pende
ao lado de forma obscena. Seus olhos permanecem abertos e a língua
para fora.

Porra.

Merda maldita do caralho.

"Papai…"

“Fique aí,” digo deslizando para a terra enlameada. Uma vara


apunhala meu pé, mas ignoro. Mancando até minha esposa, oro por
uma invenção da minha imaginação. Que ela não esteja morta.
Simplesmente desmaiada.

“Sabrina”, digo apressadamente.

Tanto sangue.

Enquanto tentava salvar nossa filha, ela estava aqui sangrando


até a morte. Não a olho. Só quis nossa filha e adormeci. Que porra é
essa?

Corro os dedos por meu cabelo rugindo a plenos pulmões.

Esta era para ser nossa vida nova.


Nossa maldita felicidade.

Não isso.

Nunca era para ser assim.

Caindo de joelhos, solto um grito sufocado. “S-Sabrina. Eu ssinto


muito.”

Devon, apesar que pedi para ficar, me aperta por trás. Os braços
finos abraçam meu pescoço enquanto soluços fazem todo seu corpo
tremer. Levanto afastando-a de mim.

“Volte para a motorhouse,” Rosno. “Preciso cuidar disso.”

“N-Não, pai. Eu vou ajudar.”

Olho-a, mas ela levanta o queixo em desafio. Quero gritar que


agora não é o momento para conversa. Ela precisa me escutar. Mas
parece tão corajosa e destemida agora. Sua mãe está morta pendurada
numa árvore como algo saído de um filme de terror e ela está
implorando para ajudar.

“Precisamos encontrar roupas.” Minha garganta dói pela emoção.


Há tanta coisa que precisa ser feito para cuidar dela. Estou
sobrecarregado pra caralho. Nem sei por onde começar. Mas odeio que
ela esteja ali de pé numa camisa e calcinha rasgada, coberta de sangue.

“Podemos procurar depois de ajudar mamãe,” ela sussurra. "Eu


prometo."

Com a mandíbula cerrada, chego para frente e ofereço meu dedo


mindinho. Ela conecta o dela no meu e, em seguida, soltamos as mãos.
Com um olhar triste tento agarrar o braço bom de Sabrina. Estou
aproximadamente a um metro.

“Coloque-me em seus ombros. Posso puxá-la," Devon diz ficando


na minha frente.

Uma vez que é a solução mais rápida, eu ajoelho. Ela desliza a


coxa por cima de um ombro e depois do outro. Agarro suas pernas para
que ela não caia enquanto me levanto. Oscilamos enquanto alcançamos
sua mãe.

Minha doce e corajosa filha tenta puxar sua mãe morta de uma
maldita árvore.
CAPÍTULO
QUATRO

A pele dela está fria e dura. Um soluço sobe por minha garganta,
mas me recuso a deixá-lo escapar. Papai está exausto e prestes a perder
a cabeça. A última coisa que preciso é ceder à histeria. Noite passada
foi o pior da minha vida. Quando acordei com a metade para fora do
trailer e um galho me apunhalando, fiquei louca.

Mas ele me salvou.

Sabia que ele iria me salvar.

Esta manhã, estava com medo quando acordei. Papai estava


apagado e pálido demais. Demorou um pouco, mas consegui encontrar
o kit de primeiros socorros no banheiro ainda intacto. Ele não acordou
nem nada quando fiz um curativo. Meu maior medo era perder meus
pais e ficar sozinha. Até mesmo meu cachorro desapareceu, embora
tenho uma suspeita secreta de que encontraremos seus ossos um dia
destes, debaixo do trailer. Meu coração sofre por toda a perda.
No fundo, sabia que mamãe partiu antes mesmo de encontrar o
corpo. Simplesmente senti no fundo da minha alma. E mesmo tão
devastada quanto estou agora, tudo o que continuo pensando é que ela
está feliz com Drew. Mamãe pode finalmente estar em paz.

Está frio esta manhã, especialmente depois da tempestade e


estremeço quando tento puxar mamãe pelo braço bom. O galho geme,
mas não a solta. Papai grita com o esforço enquanto tenta me segurar
na posição vertical. Por vários minutos, puxo e puxo.

"Hora de descer", ele pronuncia. “Isso não está funcionando.”

"Posso fazer," argumento, erguendo meu corpo inteiro de seus


ombros na tentativa de usar todo o meu peso para derrubá-la.

Um som de rachaduras é o meu único aviso antes de eu cair pelo


menos três metros até o chão da floresta. Papai tenta me segurar, mas
não é rápido o suficiente. Meu tornozelo torce de um jeito dolorido e o
corpo frio de minha mãe cai em cima de mim.

"Tire-a de cima de mim!" Grito.

Ele grunhe e tira o corpo de cima do meu. A dor quente e


vermelhidão irradiam do meu tornozelo e o agarro com cuidado,
lágrimas frescas escorrendo por minhas bochechas. Olho-o impotente.
"Vamos morrer aqui." Meu lábio oscila.

Uma feroz determinação cintila em seus olhos castanhos. "Não


vamos morrer, Pip. Não fale assim."

Engulo e aceno com a cabeça enquanto ele se ajoelha para


examinar meu tornozelo. Gentilmente, pega a parte de trás da minha
panturrilha e leva meu pé ao colo. Está inchando rapidamente. Ele
pressiona em alguns lugares e move-o de maneiras que me fazem gritar.
Então, levanta o pé e beija meu osso no tornozelo. É algo que sempre
fez. Beijar meus machucados. Desta vez, depois de tudo o que
aconteceu na noite passada, parece esquisito.

Calor mais uma vez pinica minha pele.

O embaraço me inunda e desvio o olhar.


"Preciso fazer algo com..." Ele para e sua garganta emite um som.
"Então, vou começar a coletar tudo que está espalhado. Precisamos
salvar o que puder.”

"O que devo fazer?"

Ele me ajuda a ficar de pé, as mãos fortes agarrando meus


cotovelos. Quando coloco peso no pé, grito de dor.

"Vá ficar lá dentro e descansar.”

Antes que possa argumentar, ele me toma em seus braços e


começa a caminhar de volta ao trailer destruído. Agarro-me a ele e
gostaria que isso fosse um pesadelo ruim. Talvez, tenha ido dormir
muito chateada ontem à noite sobre o toque acidental e vou acordar
logo com Papai fazendo panquecas.

Mas não acordo.

O ar frio me faz tremer.

A realidade é fria.

Ele me abraça mais perto.

"Não acho que posso te levar para dentro. Vou tentar puxar uma
das barracas do compartimento de carga. Essa parte do trailer parece
intacta, então espero que possamos ter algum abrigo esta noite." Ele
me põe na rocha antes de sair. O sol brilha, mas não é quente. Golpes
de ar frio do Norte me atingem a cada poucos minutos fazendo com que
meus dentes batam. Esfrego os braços e observo Papai enquanto ele se
puxa para cima na lateral do trailer. Os músculos de suas costas
flexionam enquanto ele abre a escotilha.

"Caralho, sim!" Ele grita antes de puxar a barraca ensacada do


compartimento e segurá-la acima da cabeça como um prêmio. Seu
bíceps flexiona e me pego encarando.

Na verdade, devo estar em choque total porque olho meu pai


como se ele pudesse desaparecer a qualquer momento. Memorizo todas
as suas expressões. O som de sua voz. Cada vez que me assegura que
tudo vai ficar bem.

Em quinze minutos, ele tem uma barraca montada. Então,


desaparece outra vez na direção do trailer. Quando volta, está
carregando alguns cobertores que estavam dobrados e armazenados
num armário que deve ter sobrevivido junto com dois travesseiros.

"Pode fazer nossa cama?" Ele pergunta enquanto segura os


cobertores.

Tento não corar. Nossa cama. Sou tão estúpida. Isso me lembra
a noite passada em sua cama.

“Sim, sim.”

"Assim que fizer, levante esse pé", ele instrui. "Eu irei..." Seu
olhar volta para onde o corpo de mamãe permanece imóvel a poucos
metros de distância. "Enterrá-la.”

Balanço a cabeça. "Não, Papai. O solo aqui não é profundo com


todas essas rochas. Gastará toda sua energia. Apenas..." Lágrimas
brotam em meus olhos e aponto para o rio que se precipita. "Apenas
deixe-a ir."

Seu rosto tenciona, mas posso dizer que está considerando


minhas palavras. Ele avança e afasta meus cabelos dos olhos. "Tudo
vai ficar bem, Pip. Podemos fazer isso. Tome decisões inteligentes. Seja
forte. Conseguiremos passar por isso."

Sorrio e aceno com a cabeça.

Ele vai rapidamente lidar com mamãe. Ele não fez promessa de
dedinho.
“Acorde, Devon. Tem que comer e beber alguma coisa.”

Acordo sobressaltada e olho confusa ao meu redor. O céu está


escuro e posso ver uma fogueira logo na frente da barraca.

"Por quanto tempo dormi?" Digo roucamente.

Seu rosto está coberto pelas sombras da tenda escura. Não


consigo distinguir as características. “Estou chutando umas doze
horas.”
"Papai!" Grito, horrorizada por ele ter lidado com a bagunça
sozinho. "Por que não me acordou?"

"Você precisava de descanso e eu tinha tudo sob controle. Coma


isso", ele instrui, me entregando uma lata quente com uma colher
saindo do alto.

Chili.

Devoro com fome a lata de chili. Ele me observa o tempo todo. É


então que percebo que ele se limpou um pouco e encontrou uma
camisa.

"Você encontrou nossas roupas?"

"Sim. Coloquei-as na outra barraca por enquanto com os outros


suprimentos que achei ser bom proteger do tempo e dos animais." Ele
alcança uma tigela e pega uma toalha pequena. “Também encontrei
sabonete.” Seu sorriso na escuridão parece iluminar o espaço. “Deitese
e me deixe olhar sua barriga.”

Entrego a lata vazia e me recosto nos cobertores. Um tremor se


espalha através de mim quando ele empurra minha camisa acima dos
seios. Minha respiração diminui, mas ele não parece notar. Ele tira as
ataduras e ofega. Logo, uma lanterna é ligada e ele a coloca entre os
dentes. Espio meu abdômen. A ferida ainda está aberta. De forma
clínica, ele se prepara para lavar todos os arranhões no meu tronco
com o pano morno e ensaboado. Dói e choro, mas ele não para. Quando
o pano corre sobre meus seios, meus mamilos endurecem. Solto uma
respiração aguda que faz sua mão parar. Ele limpa cada seio e depois
o resto do meu torso antes de inspecionar o corte.

"Vou ter que dar pontos", ele diz assim que tira a lanterna da
boca. "Pode doer, Pip. Será corajosa por mim?"

Concordo. Lágrimas já brotando dos meus olhos. Toda a situação


é dolorosa. O que é um pouco mais? Ele tem o kit de primeiros socorros
à mão. Com a lanterna mais uma vez na boca, enfia a linha na agulha
e depois se prepara para me costurar.

"Owwww", me queixo, as mãos apertando o cobertor.

"Não se mexa."
Fecho bem os olhos e tento respirar calmamente pelo nariz
enquanto ele fecha a ferida cuidadosamente. Cada vez que derrama
álcool, eu grito. Eventualmente, ele termina a sutura e me envolve em
ataduras.

"Tire suas roupas", ele ordena antes de sair da barraca.

Estou tão chocada e não me movo até que ele volte carregando
meu moletom e uma calça de ioga. Timidamente, arranco a camisa suja
e entrego-a para ele. Ele espera pelo resto, sua lanterna me cegando.
Meu coração está martelando no peito enquanto tiro a calcinha. Não
consigo ver seu rosto quando entrego a peça.

"Use o pano para se limpar. Vou trazer um pouco de água e um


ibuprofeno num minuto." Ele desaparece mais uma vez.

Rapidamente, tomo um banho de esponja e espero conseguir


lavar o sangue e a sujeira do meu cabelo. Uma vez que estou limpa,
visto minhas roupas quentes. Todos os movimentos me deixam
exausta. Papai eventualmente retorna com uma bolsa. Ele a deixa
dentro da barraca junto com uma espingarda. Então, leva a tigela de
água.

Quando retorna, ele tropeça.

"Você está bem?"

"Estou cansado", ele diz com a voz grossa quando fecha a


barraca.

Nossa barraca é pequena, foi pensada somente para mim, mas


fazemos funcionar. A outra é a que meus pais deveriam compartilhar.
Ele tira os sapatos que encontrou e espero até que se encoste no
travesseiro ao meu lado antes de pegar o cobertor para nos cobrir.
Enrolo-me contra seu corpo quente e o aperto com força.

"Estou com medo", admito num sussurro.

"Eu também."

"Vamos morrer?"

Ele acaricia meus cabelos emaranhados e beija o topo da minha


cabeça. “Pip, vamos viver. Dia após dia. Nós vamos conseguir. Seja forte
por mim. Prometa isso.”
Levanto meu mindinho e ele o segura. Nós enlaçamos os
dedinhos, mas desta vez não os soltamos enquanto rapidamente
adormecemos.

Algo rosna do lado de fora da no ssa tenda no meio da


noite. Posso ouvir seu ronco quando ele cheira ao redor. Só quando
acho que vai rasgar nossa cabana e nos atacar, os passos pesados
recuam. A temperatura caiu e estou congelando. Me aconchego mais
perto de Papai buscando calor.

"Papai", sussurro. "Estou com frio."

Ele acorda e a mão distraidamente acaricia minha bochecha. "O


que, baby?"

"Estou com frio."

"Tire seu moletom.” Sua voz é cheia de sono. Com certeza não
ouvi direito.

"Não, está muito frio.”

Ele solta um suspiro cansado. "Calor corporal. Estou com frio


também." Ele senta e tira a camisa. "Pip, tire isso.”

Aceno com a cabeça e relutantemente tiro o casaco. Antes que


consiga me queixar de frio, seu braço me envolve e ele me abraça por
trás. Seu braço está quente contra minha carne fria e ele corre as
palmas sobre o osso do meu peito. Logo, sua respiração se estabiliza,
mas meu coração ainda martela no peito. Os pensamentos da noite
anterior continuam se reprisando. A maneira como seu polegar roçou
meu mamilo. Como empurrou o dedo dentro de mim. Nem percebi que
estou me mexendo de necessidade até sentir sua dureza contra minha
bunda.

Congelo e ouço seus roncos, mas ele está quieto. Não se afasta
como ontem à noite. Em vez disso, ele me mantém presa.
"Vou manter você a salvo", ele sussurra, a respiração quente
contra meu pescoço.

Meu corpo inteiro relaxa com suas palavras. "Obrigada."

O sono deve me ter me vencido porque acordo em algum


momento, com muito calor. Estamos de frente um para o outro numa
confusão emaranhada de membros. Enquanto ele dorme, exploro seu
peito rígido com as pontas dos dedos. Meus dedos continuam a
caminhada até seus ombros esculpidos e depois pela garganta. Toco
sua bochecha desalinhada e depois os lábios macios.

"Vá dormir, Pip.” Sua voz é um tremor profundo enquanto ele


segura meu pulso e me puxa contra ele. Meus seios são esmagados
contra seu peito quente.

"OK."

Ele aperta meu pulso com força, mas no momento em que


começa a roncar suavemente novamente, subo minha coxa até sua
perna tonificada. Minha respiração fica presa quando meu joelho
esfrega contra sua ereção. Eu pego fogo. Os pensamentos e sentimentos
que atravessam minha mente são pecaminosos e errados, mas não
consigo parar de pensar sobre o modo como ele me tocou na noite
passada.

Estou perdendo a cabeça, claramente.

Minha mãe foi brutalmente morta. Ainda sinto sua perda. É como
se minha mente tivesse desligada dessa realidade. Quando estremeço,
ele me abraça mais forte. Minha coxa é pressionada contra sua ereção
quente através do jeans e continuo me mexendo contra ele como se
estivesse buscando o alívio na fricção.

"Por favor, vá dormir, Devon. Por favor." Sua voz é tão cheia de
dor e tão crua que não posso deixar de obedecer.

"OK."

E eu faço.
CAPÍTULO CINCO

Acordo com uma ereção embaraçosa. Minha filha está agarrada


a mim como se eu fosse deixá-la a qualquer momento, seminua devo
acrescentar e meu pau está duro.

É apenas uma ereção matinal.

É isso que digo a mim mesmo.

A resposta natural do meu corpo.

Estou temendo o dia à minha frente. Ainda há muito a ser feito.


Ontem arrumei nossa merda toda ao ponto de exaustão. Hoje, mal
posso me mover.

A palma da mão de Devon desliza para baixo do meu estômago e


prendo a respiração. Sei que ela está dormindo. O som de sua
respiração é rítmica. Ao contrário de ontem à noite.

Calor borbulha dentro de mim. Um calor irritado. Ela está


ficando confusa e não sei o que fazer sobre isso. Sua vida foi
literalmente virada de cabeça para baixo. Ela está se agarrando a tudo
o que pode. Sou tudo que ela tem. Gostaria de saber como desfazer o
que já aconteceu no entanto. As partes onde acidentalmente a toquei e
como ela agora acha que pode me tocar livremente.

Não sou um psicopata.

Não sou um pedófilo filho da puta.


Seu joelho bate no meu pau e gemo. Tenho que sair desta
barraca. Com um resmungo, deslizo para longe e pego minha camisa.
Estou de joelhos vestindo-a quando a sinto me olhando. Eu, muito
estúpido, arrisco um olhar em sua direção.

Ela está deitada com o braço curvado acima da cabeça. O


cobertor revela seu seio esquerdo arranhado, o mamilo duro. Seus
lábios carnudos estão separados e ela me encara com um olhar que
não entendo.

Ela está fodendo com minha cabeça.

“Vista-se,” digo e depois saio da barraca antes que ela possa ver
minha ereção.

Quando a ouço fungando, ignoro antes de fazer algo mais


estúpido do que já fiz, como voltar para ela e consolá-la.

É preciso haver limites.

Agora.
Já se passaram cinco dias desde que caímos do penhasco. Devon

não pode andar ainda, seu tornozelo está muito fraco, então
lhe dou tarefas que pode fazer sentada. Fazendo uma triagem através
de pilhas de coisas coletadas. Preparando a refeição. Inventário.

Enquanto isso, estou obcecado em construir uma casa para nós.


As barracas são boas para o verão, mas preciso ter um abrigo de
verdade antes do inverno chegar. Minha motosserra sobreviveu ao
acidente mas não tenho muito gás para ela. Terei que reservá-la para
usos especiais. Todas as outras ferramentas manuais e pregos foram
recuperados no entanto. Será um trabalho duro e manual, mas vou nos
construir uma casa, nem que seja a última coisa que faça.

“Vou explorar,” Grito quando pego o machado.

Devon levanta os olhos azuis para encontrar os meus e franze a


testa. “Sem mim?” A dor escrita por todo seu rosto é o suficiente para
me esmagar. Claro, tenho a evitado tanto quanto possível. Ela ainda se
agarra a mim como um macaco-aranha no meio da noite, mas até agora
conseguimos não ter nenhum percalço com toques. Não falamos sobre
o que aconteceu entretanto. Definitivamente, devo isso a ela como seu
pai, tentar conversar sobre os sentimentos confusos que está tendo.

“Você não pode andar.”

Fogo aparece em seus olhos e ela se levanta. Ela envolveu o


tornozelo com um dos lenços velhos de sua mãe para ajudar a apoiálo.
Seus movimentos são lentos mas ela manca na minha direção,
determinação levando-a para frente. Não posso evitar sorrir.

“Vai me aborrecer com informação inútil o tempo todo?” pergunto


conforme pego um par de garrafas de água que reciclei e as atiro na
bolsa.

Ela revira os olhos. “Minha informação inútil nos salvará um dia.


Eu vou e terá que suportar meu falatório.”

Estico a mão e ela a aperta. Juntos começamos uma caminhada


lenta através da selva. Caminhamos pelo que parecem horas até Devon
choramingar cada vez que coloca pressão sobre o pé. A floresta é densa
nessas partes, mas ainda posso ouvir o rio perto.

“Uma caverna!” Devon grita, sua voz me lembrando de quando


era pequena.

“Fique aqui,” instruo. "Sente."

Ela se estatela num tronco caído e me observa enquanto exploro


a fenda na lateral da montanha. Quando coloco a cabeça dentro, franzo
a testa ao ver alguns morcegos. Mas além disso, a abertura tem um
metro de largura e quase três de profundidade. Pequena demais para
ursos e não há qualquer esterco de animais indicando alguma coisa
vivendo aqui. Entro e toco a superfície da pedra lisa. Frio. Será uma
grande fuga neste verão quando ficar quente e perfeito para armazenar
coisas no inverno.

Eu examino a terra fora da caverna. É relativamente plana e perto


do rio. As árvores são abundantes aqui, então teria muito com o que
trabalhar e não terei que arrastá-las muito. Pego um galho caído e
espanto todos os morcegos. Devon grita atrás de mim e rio. Uma vez
que considero seguro, vou até ela e a pego nos braços. Seu sorriso é
brilhante e cheio de amor. Esta é a filha que conheço. Podemos
consertar os pequenos danos que fizemos. Simplesmente sei. Vamos
voltar as coisas como devem ser.

Coloco-a na borda da pequena fenda e sorrio. "O que acha?"

“Parece bom,” ela exclama, enquanto deita de costas na pedra


fria. “Muuuuuito bom.”

Rio e subo ao lado dela. Há merda de morcego em todos os


lugares, mas nenhum de nós se importa. É frio e refrescante neste dia
quente. Ela pega minha mão e entrelaça nossos dedos juntos.

“É meio pequena, mas adoro.” Seu olhar escurece. “E o melhor


não posso ver os destroços.”

“Eu gosto também.” Inclino-me para a frente e beijo sua testa.


“Vou construir uma casa para nós contra esta fenda.”

Ela sorri e me comprometo naquele momento que vou fazê-la


sorrir assim mais a cada dia. "Obrigada."

Meu coração aperta no meu peito. “É meu dever cuidar de você.”

A palma da sua mão toca minha bochecha e ela fica com aquele
olhar sonhador novamente. “Quero cuidar de você também.”

O encanto é quebrado conforme a vergonha se arrasta por minha


espinha. “Vamos voltar.” Meu tom é rude quando tiro a mão de seu
aperto.

“Podemos ir nadar hoje?”

Falo com ela por cima do meu ombro enquanto saio da caverna.
“Não acho que seja seguro para você.”

Ela franze a testa. “Quero lavar meu cabelo.”

A ideia de tomar banho com ela no rio deixa meu cabelo em pé.
Mas é meu dever me certificar que ela tome banho. Não posso mantêla
no comprimento de um braço para sempre.

“Tudo bem, mas você não vai andar na volta.” Dou-lhe um


sorriso. “Nos meus ombros ok?”

Seu sorriso brilhante está de volta e é a porra de um alívio ao


meu coração sangrando.
Tiro a minha camiseta e jeans, mas deixo minha c
ueca. Meu olhar permanece no chão conforme vejo suas roupas caírem
em cima da minha pilha. Com uma barra de sabonete na mão e um
frasco de shampoo na outra, ela entra na água gelada.

“Merda! Está fria!”, reclama.

Rindo, viro para vê-la fazer seu caminho para dentro da água. De
costas, ela nem sequer parece com minha Devon. Só uma calcinha rosa
minúscula. Sem camisa. Nada. Sua bunda é muito redonda e muito
feminina. Estou feliz que ela morrerá virgem. Ficará a salvo dos rapazes
universitários de merda para sempre.

“Oh!”, ela grita conforme desliza.

Chego até ela e prendo-a pela cintura antes que seja levada pela
correnteza. Ignorando o sangue correndo por meu corpo, mergulho na
água com ela nos braços.

“Lave-se. Não vou te perder também,” resmungo.

Ela solta um suspiro mas começa a ensaboar seu corpo,


enquanto seguro o frasco de shampoo. Sua pele está escorregadia, mas
não a deixo ir. Encontro um lugar para sentarmos. Com ela entre
minhas pernas e meus braços ao seu redor, ela não vai a lugar nenhum.
Ela se mexe e logo a calcinha rosa está na sua mão. Meu olhar é fixo
na peça enquanto ela a esfrega com o sabão. Quando termina, ela a
torce em volta do seu pulso para que não flutue.

“Você quer se lavar?” Suas palavras são ofegantes e fracas.

“Não se tiver que te soltar.”

Estremeço pela forma como as palavras podem ser mal


interpretadas. Ela torce em meus braços e fica de joelhos na minha
frente. A água bate em seus seios, um som perturbador que tento
desesperadamente não focar.

“Faço isso por você.”


Meu aperto fica mais forte. Fecho os olhos quando ela corre o
sabonete sobre meu peito. Quando ela move a mão ensaboada para
baixo no meu abdômen e passa os dedos contra o cós da cueca, eu
rosno.

“Devon.” É um aviso.

Ela banca a inocente e começa a lavar meus ombros. Quando


termina, nós trocamos o sabão pelo shampoo.

“Tenho que molhar meu cabelo,” murmura. Suas pernas


envolvem minha cintura para que ela possa se segurar e flutua de
costas na água.

Por um momento, estou hipnotizado. Não consigo tirar os olhos


de seus mamilos que pulam fora da água enquanto ela molha o cabelo.
E o que realmente fode com minha cabeça é o fato de que ela está nua
com as pernas abertas diretamente contra meu pau. Como se o
chamasse para a ação, fico embaraçosamente duro contra seu corpo
mole.

“Devon, se apresse,” falo entre os dentes.

“Ok,” ela suspira, enquanto esfrega os cabelos.

Fecho os olhos e tento pensar em qualquer coisa para fazer


minha ereção ir embora. Estou surpreso que Deus não me mata aqui
no rio.

“Deixe-me lavar o seu,” diz ela, fazendo-me abrir os olhos.

Ela está limpa e extremamente bonita com a água do rio


escorrendo por seus cílios escuros. Deixo escapar um gemido, mas me
inclino para trás para molhar o cabelo. Uma vez que sento, ela esguicha
um pouco de shampoo no meu cabelo e começa a esfregar. É bom ser
cuidado. Por muito tempo Sabrina negou-me algo tão simples quanto
um carinho. Os toques suaves da Devon acalmam minha alma
maltratada.

“Enxague,” ela ordena.

Sorrio e me inclino para trás. Seus seios pressionam contra mim


enquanto ela se inclina para frente para me ajudar a tirar o sabão. É
fácil confundir o que somos neste momento. Com o sol escaldante em
nós e a água correndo, é fácil fingir que somos apenas um homem e
uma mulher na selva.

Ela tem dezesseis anos.

E é sua filha.

Tomo juízo rapidamente e levanto com ela nos braços. Meu pau
ainda está duro como pedra. Tenho certeza que ela pode sentir, mas
nenhum de nós fala sobre isso. Carrego minha filha nua para as
margens do rio.

“Hoje à noite precisamos conversar,” digo quando a coloco


sentada.

Ela grita e olha para mim confusa. “Estou em apuros, Papai?”

Olho para o céu azul claro e oro a Deus por força. Todo este
calvário é muito difícil para minha mente. Estou quebrando. Assim
como o buraco na lateral da montanha. Estou alargado e dividido bem
no meio até que a única coisa que se encaixa é ela e eu.

E isso não pode acontecer, porra.

Nunca.
Ela me olha sobre o fogo, medo dançando em seus olhos. Temos

que discutir as coisas, mas estou esperando ganhar um


pouco de coragem. E com uma das garrafas de Jack que encontrei numa
das minhas caçadas, a coragem líquida está começando a surgir. Tomo
outro gole da garrafa. Ela morde o lábio inferior carnudo e me dá um
outro olhar preocupado. Suas mãos se ocupam em trançar seu cabelo
louro comprido.

Ela é tão bonita.

Fecho os olhos e balanço a cabeça.

Foco.
“Aquela noite nunca deveria ter acontecido. Eu preciso me
desculpar.” Minhas palavras são roucas conforme arranco nosso
BandAid imaginário.

"Papai…"

“Não,” digo. “Vamos discutir isso.” Esfrego meu rosto e dou-lhe


um olhar duro. “Eu sou seu pai. Não seu namorado.” Minhas palavras
são fortes e rígidas e imediatamente desejo poder retirá-las.

Seus lábios cheios abrem e lágrimas enchem seus olhos. “Não


disse isso,” ela sussurra.

“Mas você está pensando. Seja qual for a noção romântica que
esteja em sua cabeça termina hoje à noite. Estamos entendidos?”

Ela engole e assente. "Eu só…"

"Não."

"Mas…"

"Não."

"Papai…"

“Jesus Cristo, Devon. Disse não porra. Preciso bater na sua


bunda para entrar nessa cabeça dura?”

Ela sacode a cabeça na minha direção e me olha. "Eu te odeio."

“Vá para a cama,” rosno. “Arrume-se e vá dormir.”

Lágrimas escorrem por suas bochechas e ela corre para a


barraca. Fico para trás e me sinto estúpido. Horas atrás deveria ter
entrado e pedido desculpas, mas não confio em mim mesmo. Linhas
estão borradas e porra isso é confuso para mim também.

Quando finalmente cambaleio de volta para a barraca, ela está


chorando baixinho. Culpa se eleva em mim. Tiro minhas botas e a
roupa ficando só de cueca e caio na cama ao lado dela. Ela está de
costas para mim. Quebra meu coração que tenha feito isso. Esmagado
minha doce menina feliz.

“Venha aqui,” ordeno.

"Não. Eu te odeio."
“Venha aqui!” resmungo. “Eu sinto muito, ok?”

Estendo a mão e ela me dá uma cotovelada. Implacável, coloco


meu braço em volta de sua cintura e a puxo para mim. Está frio para
porra e ela vai congelar sem o calor do meu corpo. Ela luta contra
minha força. Quando vira para mim e me bate, perco o controle.
Agarroa pelo pescoço e domino.

“Acalme-se, porra,” rosno.

Não posso vê-la no escuro, mas posso apostar que está me


olhando. Inclinando para a frente, beijo sua testa, só que não é sua
testa, são seus lábios. Carnudos e cheios lábios. Beijo-os novamente.
Seu corpo relaxa e meu aperto em sua garganta diminui.

Quero prová-la.

O pensamento me repugna, mas eu quero, no entanto.

“Você me confunde,” ela sussurra, o hálito quente contra o meu.

A palma da minha mão desliza para cima para embalar seu rosto
macio. “Não sei o que está acontecendo conosco. Tudo está mudando.
Só quero que sejamos como antigamente.”

Dou mais um beijo em sua boca antes de deitar de costas. Puxoa


para mim e a aperto. Ela já não tenta fugir. Nós nos moldamos como
em todas as noites.

“Sinto muito, Pip.”

“Eu também, Papai.”

CAPÍTULO SEIS
Posso lidar com um monte de coisas na selva, mas a menstruação
é o que me mata. Estamos aqui há dois meses. Cada vez que tenho meu
ciclo, fico miserável ao ponto de querer morrer. Claro, tenho uma
pequena quantidade de absorventes, mas estou inchada,
desconfortável e mal-humorada como o inferno. Além disso, é quase
Agosto e insuportavelmente quente durante o dia. Passo mais tempo na
caverna do que em qualquer outro lugar durante a semana infernal.
Meus hormônios também estão fora de controle.

Sento-me e observo Papai trabalhar na nossa nova casa. Ele


derrubou vinte e seis árvores. Observei-o ao longo das semanas ganhar
massa muscular com o trabalho manual e não consigo parar de olhar.
Ele anda por aí sem camisa com a calça jeans baixa nos quadris
revelando músculos que parecem apontar direto para seu pau e isso
me deixa louca.

Desde a noite que brigamos, tentei muito voltar à forma como as


coisas eram. Papai tentou ainda mais. Mas estamos tensos. Está na
parte de trás de nossas mentes, sei disso, sem dúvida, mas nós dois
ignoramos. E à noite, nos aconchegamos como duas pessoas
aparentadas não devem.

Anseio por ele.

Seriamente.

Mais do que chocolate ou qualquer outra coisa que já não tenho


acesso.

Não quero nada disso.

Só a ele.

Quero correr os dedos por sua barba espessa e beijar os lábios


perfeitos.

Vergonha faz com que minha pele aqueça e pego a garrafa de


água. Minha barriga ronca e me pergunto se deveria pegar algumas
frutinhas. Elas são abundantes e estou tentando descobrir uma
maneira de preservá-las no inverno. Papai construiu armadilhas para
guardar sua munição. Comemos esquilos e coelhos. Além da tensão
proibida entre nós, a vida até que é boa. Às vezes, tarde da noite
conversamos sobre o quanto sentimos falta de mamãe, Drew e Buddy,
mas principalmente só abraçamos um no outro e encontramos consolo
na única outra pessoa na Terra que nos resta.

“Acho que vou fazer a porta para o Leste. Uma vez que tivermos
a cabana levantada, vou começar a cortar o metal do motorhome para
ser usado de telhado,” ele diz, enquanto ergue o machado do tronco.
Ele levanta o braço musculoso para limpar o suor da sua testa. Seus
bíceps levantam e o abdômen flexiona.

Oh Deus.

Meu corpo inteiro sente como se ele estivesse zumbindo de


energia elétrica. Não tenho como expulsar a energia.

“Parece bom,” digo, distraída. Meu olhar vai para sua bunda
quando ele inclina-se para pegar o machado. Os meninos no meu
antigo bairro nunca pareceram bons assim. Fortes. Musculosos.
Suados.

Vou entrar em combustão.

Tiro a blusa e deito na pedra fria. Ela faz maravilhas para me


esfriar.

“Coloque a camiseta de novo,” Papai diz, sua voz próxima.

Protejo os olhos do sol para encontrá-lo de pé bem na frente da


abertura da caverna. O olhar descaradamente em meu peito nu.

“Estou com calor,” faço beicinho.

Sua mandíbula aperta e ele desvia o olhar. “Preciso que verifique


as armadilhas perto do acampamento. Tire a pele de qualquer coisa que
pegarmos. Vou trabalhar um pouco mais em limpar a fundação. Logo
começarei a estrutura.”

Sento-me novamente. Meus seios estão inchados, já que estou


no meu período e estou feliz que estejam um pouco maiores que o
habitual. Seu olhar cai sobre eles novamente. Quando lambe os lábios
antes de se virar, meu coração acelera no peito.

"Camiseta. Vestida. Agora."


Revirando os olhos, coloco a camiseta antes de sair da caverna.
Volto ao acampamento. Só andei algumas centenas de metros quando
percebo que esqueci a faca. Num acesso de raiva, giro e volto. Papai
está longe de ser encontrado. Quando me aproximo da caverna, ele está
deitado lá dentro com as pernas para fora. Sua calça jeans está
empurrada para baixo nas coxas musculosas. Meu queixo cai ao ver
que ele está batendo para cima e para baixo seu pau duro. Estou
encantada com a forma como as veias em seu braço bronzeado
aumentam cada vez que ele empurra.

É a coisa mais quente que já vi.

Ele vai cada vez mais rápido até que geme de prazer. Quando
meu nome é sussurrado de seus lábios, congelo temendo ter sido pega
assistindo. Então fico hipnotizada pela porra espessa que dispara em
seu abdômen nu. Ele começa a se sentar e corro.

Isso deve ser o inferno.

Quente e miserável.

Brincando com o que nunca será capaz de ter.

A qualquer momento meu pai me manda embora para

fazer tarefas para ele e sempre me esgueiro de volta para


vê-lo se tocar. Muitas vezes, ele volta a trabalhar. Às vezes, porém, puxa
seu pau para fora e bate até se libertar. Sinto-me suja observando, mas
não posso evitar. Ele é meu vício. Estamos em meados de Setembro e
os dias quentes ficaram para atrás. As noites são muito frias. Passamos
muito tempo aconchegados para ter o calor do corpo.

“Sempre podemos acrescentar,” Papai diz, as mãos nos quadris


estreitos.

Ando em volta da nossa cabana que não tem telhado ainda. Amo
que ela esteja pressionada contra o lado da montanha e podemos
manter a caverna. “Parece grande o suficiente para mim. Minha parte
favorita é a varanda.”
Ele pisca para mim e entra na estrutura. “Vou nos fazer cadeiras
combinando e uma pequena mesa para que possamos sentar aqui e
tomar café da manhã.”

“Mal posso esperar.”

Seu olhar vai para meus lábios então eu os lambo. Encontro-me


desesperada para deixá-lo tão louco quanto ele me deixa.

“Volte ao trabalho,” ele diz e me dá um tapa brincalhão na bunda.

Reviro os olhos apesar do fogo ardente dentro de mim e começo


a raspar a casca do interior das paredes da cabana. Sou distraída,
porém quando ele começa a cortar a madeira que planeja usar no
telhado. Músculos sobre músculos. Meu pai nunca teve estes músculos
antes. Quer dizer, ele era esbelto e magro, mas nunca soube que
poderia ficar assim.

“Tire uma foto, durará mais,” ele brinca.

Calor se espalha por toda minha pele. Ele está flertando comigo?

“Você parece suado. Talvez devêssemos ir nadar e eu te lavo.”


Levanto uma sobrancelha em desafio.

“Menina má,” ele murmura antes de voltar para seu projeto.

Sorrio porque sinto que ganhei este round.

Hoje é dia de mudança. Está congelando e estou


cansada, mas nossa cabana está pronta. Estou morrendo de vontade
de sair da barraca. E ainda assim aqui estou, enrolada debaixo dos
cobertores temendo todo o trabalho duro à nossa frente.

“Pip,” Papai fala baixo conforme abre o zíper da barraca e fica de


joelhos ao meu lado. Seu sorriso é contagiante. "Tenho uma surpresa
para você."

Sento e esfrego o sono dos meus olhos. "Mostre-me."


Sua risada é quente e rica. Ela me aquece de dentro para fora.
“Venha, menina bonita.”

Derreto sob seu elogio e aceito a mão estendida. Uma vez que
estou vestida, caminhamos lado a lado para nossa nova casa. Assim
que entra na nossa vista, meu coração incha. Nós fizemos isso juntos.
Papai fez todo o trabalho pesado, mas me deixou ajudar muito. Estou
orgulhosa.

Lágrimas enchem meus olhos. Foi construída com orgulho. Papai


não fez economia. A varanda é um belo toque e nossa mesa e cadeiras
perfeitas. O telhado tinha lhe dado um trabalho dos infernos, mas ele
fez dar certo. É feito com troncos mas ele usou o metal do motorhome
para moldar um telhado que deve permanecer livre de vazamentos. As
peças extras de metal, ele alinhou no interior da nossa cabana para
isolar o frio. Juntos, desmontamos um dos bancos do motorhome e
fizemos um sofá para nosso espaço de estar. A cabana é espaçosa. Há
um quarto, uma sala de estar e uma pequena área de cozinha. É
perfeita.

“Feche os olhos,” ele murmura enquanto me leva mais perto da


nossa casa.

Fecho e o deixo me guiar para subir os degraus para a varanda.


Ele empurra a porta linda que fez e entramos. É mais quente do que o
ar frio lá fora e sorrio. Sou pega em seus braços e grito. Quando ele me
joga, grito e depois suspiro quando pouso em uma superfície macia.

Uma cama.

Ele me disse que o colchão estava arruinado dentro do


motorhome, mas aqui está ele com minha colcha favorita por cima.

Começo a chorar.

“Shhh,” ele murmura e senta ao meu lado na cama. Sou puxada


para seus braços quentes. “Achei que fosse gostar, querida.”

Soluço, mas olho para cima para ele. “Eu te amo, Papai.”

Seus olhos castanhos acendem e ele se inclina para frente.


Quando os lábios roçam contra os meus, quase derreto. Ele se afasta e
sorri. “Feliz aniversário, Devon.”

Pisco para ele confusa. "É meu aniversário?"


“Tenho me mantido atualizado com o calendário. Você tem
dezessete anos agora.”

“Sinto-me com quarenta,” brinco.

Ele afasta meu cabelo do rosto e me olha com expressão terna.


“Você se tornou uma mulher bonita.”

Calor torce minha barriga como uma cobra. “Obrigada.” Coro sob
seu olhar intenso. Finalmente, ele quebra nosso olhar e levanta.

“Vamos nos mudar. Estou pronto para começar a me preparar


para o inverno e me estabelecer aqui.”

"Eu também."

Já que está frio lá fora, nos enroscamos no sofá e desfrutamos

do nosso novo espaço. A nossa primeira noite em nossa casa


e meu aniversário.

“A idade legal para beber é de vinte e um, mas tenho certeza que
vou ter acabado com toda a sobra de álcool antes disso. Se tem alguma
chance de riscar isso da sua lista de vida, é melhor fazer em breve. E
que melhor momento que o seu aniversário?”

Ele coloca licor numa caneca de café que sobreviveu ao acidente.


Eu a levanto até o meu nariz e o franzo em desgosto.

"Ai credo. Como bebe isso?”

“Isso vai colocar pelo em seu peito, isso é claro.”

Eu rio e balanço a cabeça. “Não tenho certeza se quero pelo no


meu peito. Meio que gosto do jeito que está.”

Seu olhar escurece. “Apenas beba, Pip.”

O primeiro gole desce como se engolisse fogo. Queima-me de


dentro para fora. Tusso e o encaro. “Eca!” Mas então calor se espalha
através de meus ossos gelados e decido que gosto dessa sensação.
“Bom. Vou beber, mas apenas porque me aquece.”

“Prometo que sempre vou mantê-la quente,” ele murmura. Seu


dedo mindinho se junta no meu e os deixamos unidos.

Ficamos quieto conforme bebemos e o sol se põe, deixando-nos


na escuridão. Cada um de nós perdidos em seus próprios pensamentos.
Os meus são sujos. Não tenho ideia do que ele está pensando. Não
consigo lê-lo como costumava fazer antes desta viagem. Uma
tempestade sempre aparece em seus olhos. Como se estivesse lutando
uma guerra comigo. Gostaria que ele pudesse encontrar a paz.

“Acho que é o suficiente por uma noite,” ele resmunga, tirando a


caneca agora vazia de mim.

Resmungo, mas ele simplesmente ri de mim. Quando tento


levantar, tropeço. Como um relâmpago ele se levanta e me estabiliza
com as mãos nos quadris. Os jeans e o moletom com capuz parecem
demais.

“Hora de dormir, Pip.”

Tiro meu agasalho e camisa. Leva mais tempo para tirar o jeans.
Vou para baixo da nossa montanha de cobertas agora que as pegamos
tanto da barraca e do motorhome.

“Você vem para a cama?” Pergunto conforme me estico. Não sei


como ele trouxe o colchão todo o caminho até aqui sozinho, mas estou
no céu.

Seu cinto faz barulho e meus ouvidos se animam conforme suas


roupas batem no chão da cabana. Quando o colchão afunda com seu
peso, minha frequência cardíaca sobe. Envolvo meu corpo quase nu em
torno dele e solto um suspiro de satisfação.

“Teve um bom aniversário?” ele murmura.

“Foi o melhor. Queria uma coisinha no entanto.” Minha voz é um


sussurro, mas estou determinada a dizer. O licor me incentiva.

"O que?"
Inclino a cabeça para cima e corro os dedos por sua barba.
Nossas respirações quentes se misturam, picantes pelo álcool. "Um
beijo."

Ele ri. “Beijo você o tempo todo.”

Corro meu polegar sobre seu lábio inferior. "Um de verdade."

Papai não responde. A rejeição me dá náuseas.

“Nunca vou chegar a beijar um menino pela primeira vez. Nunca


irei para a faculdade. Nunca terei uma vida normal. Apenas pensei...”

Sou silenciada quando sua boca quente pressiona a minha.


Macia. Tão macia. Meu coração está acelerado no peito e parece que
borboletas dançam na minha barriga. Sua mão forte segura meu queixo
e ele o puxa de modo que minha boca abre. Deixo escapar um gemido
surpreso quando sua língua quente corre contra a minha. É estranho,
mas gosto. Ele começa a se afastar, mas não estou satisfeita. Enfio os
dedos em seu cabelo castanho comprido que paira nos olhos
ultimamente já que estamos longe demais de cortes de cabelo. Apertoo
e preciso que ele continue me beijando. Com um gemido, ele cede.

Beijamo-nos pelo que parecem horas.

Quero sua boca por todo meu corpo, mas a aceito na minha por
enquanto.

Seu pau está duro contra minha coxa. Tento reunir coragem para
tocá-lo através da cueca, mas me seguro.

“Devon,” ele fala contra a minha boca. "É o bastante. Teve seu
desejo de aniversário. Hora de dormir.” Culpa aparece em seu tom.

Não quero que ele se sinta culpado. Somos apenas nós dois.
Ninguém está nos julgando.

“Por favor,” imploro enquanto tento beijá-lo novamente.

Ele vira a cabeça para longe conforme rola e deita de costas. "Não.
Cama. Agora."

Não tenho medo de seu tom autoritário paternal. Acionando


minha coragem, estendo a mão e agarro sua ereção através da cueca.
Espero que ele me deixe acariciá-lo como faz a si mesmo.
“Caralho!” ele rosna. “Que porra é essa, Devon?!”

Ele me empurra para longe e meu orgulho é imediatamente


esmagado. Implacável, vou até ele novamente. Grito quando ele agarra
meu braço e me puxa para seu colo. Seu pau cutuca dolorosamente
minhas costelas enquanto ele arranca minha calcinha pelas coxas.

“O que...” minhas palavras dão lugar a um grito quando ele me


bate. Tento sair, mas ele me segura forte.

Palmada! Palmada! Palmada!

Soluço e me movo, qualquer coisa para escapar dele me batendo.


Não apanho desde que tinha dez anos.

Palmada! Palmada! Palmada!

Ele me bate com tanta força que sei que vou ficar dolorida. Uma
e outra vez até que vomito por todo nosso novo piso. Sou jogada no
chão quando ele se levanta e vai para fora da cabana com nada além
da cueca.

Confusa e magoada, rastejo para a cama e choro até desmaiar.

Nunca me senti tão sozinha em toda a vida.


CAPÍTULO SETE

Posso escrever um livro inteiro sobre todas as coisas erradas de


que sou culpado desde que fizemos a viagem para o Alasca. Cada único
pecado foi cometido contra ela. Minha garota. A única pessoa que me
resta no mundo. A que amo com toda a alma.

Ela não fala comigo.

Ela não come.

Durante todo o dia, dorme na nossa cama. Assim como a porra


de sua mãe.

Isso me mata.

Não deveria tê-la beijado. Alimentado pelo licor, cedi aos desejos
pecaminosos. Seus lábios são doces e perfeitos. Quero fazer isso
durante toda a noite. Mas então ela me levou ao limite. Tocou meu pau
e me deixou louco. Perdi a porra da minha cabeça e bati na minha filha.

Não é culpa dela. Ela é jovem e está confusa. Porra, sou velho e
estou confuso. Eu não entendo como navegar neste novo mundo onde
somos as únicas pessoas.

“Precisa sair da cama hoje,” falo da porta.

Ela não hesita. Com um suspiro, fecho a casa. Quero presenteála


com algo que achei, mas algo me diz que ela não vai se importar.
Acendendo uma vela que encontrei em uma das caixas, a coloco em
cima da mesa que fiz ao lado da cama. O brilho cintila nas paredes.
Meu olhar vai para seu cabelo loiro que está solto ao longo do
travesseiro. Ela está usando um dos meus moletons e decido que eu
gosto da maneira como ele fica nela. “Pip?”

Tiro minha camisa e a calça jeans antes de subir na cama.


Quando me enrolo contra ela, ela finge dormir. Sinto falta de sua voz.
Seus sorrisos. A porra da luz que irradia dela.

“Sinto muito,” murmuro pela milésima vez desde que bati nela
há uma semana. "Por favor, me perdoe."

Estou tão solitário. É como se estivesse no inferno sem ela. Ela


está aqui, mas não está. Odeio isso. Estou desejando sua pele quente
contra a minha. A necessidade é esmagadora. Meus lábios encontram
seu pescoço logo abaixo da orelha e a beijo suavemente. Quero trazê-la
de volta para mim. Seu corpo responde ao simples toque e acende um
fogo dentro de mim. Deslizo a palma da mão por seu quadril e, em
seguida, desligo meu cérebro conforme a coloco acima de sua barriga
reta antes de parar para segurar o seu pequeno seio. Sua respiração
acelera.

“Está frio,” murmuro. “Precisamos de calor corporal.”

O vento escolhe esse momento para uivar lá fora como se para


pleitear meu caso. Ela senta e tira a blusa. Então, empurra para baixo
as calças de ioga. Com mais pele nua disponível para mim, beijo de seu
pescoço até o ombro. Coloco-a de costas e continuo meus beijos ao
longo da clavícula.

“Diga-me para parar, baby. Minha cabeça está toda fodida agora
porque sinto tanto sua falta.” Minha respiração quente contra sua
carne sensível a faz estremecer. “Quero fazer coisas que nenhum pai
nunca deve fazer com a filha.”

“Beije-me,” ela implora. "Também senti sua falta."

Não espero mais um segundo antes de devorar seus lábios


carnudos. Ela geme contra minha boca, a língua tão ávida por mim
como estou por ela. Nós nos beijamos desesperadamente. Aperto seu
mamilo e depois alivio a dor com toques suaves.

"Papai…"
Fecho meus olhos. “Chame-me de Reed na nossa nova casa. Fode
muito com minha cabeça se não o fizer.”

Seus dedos entram no meu cabelo. “Reed. Quero te tocar.”

Concordo com a cabeça contra seus lábios. Ela desliza a palma


da mão para baixo do meu abdômen e mergulha na minha cueca.
Quando agarra meu pau dolorido, quase gozo. Minha respiração escapa
contra sua boca. Para alguém com experiência zero, ela acaricia meu
pau como uma profissional. Quase desmaio pelo intenso prazer.
Quando acho que vou gozar em sua mão, agarro seu pulso e a fixo no
colchão.

"Não."

Desgosto aparece em suas feições. A luz da vela bruxuleante a


faz parecer tão triste.

“Não, querida.” Beijo-a na boca. “Eu só ... Eu vou gozar e ainda


não estou pronto.”

Seu corpo relaxa e começamos a fazer novamente.

“Posso te beijar aqui?” Aperto seu seio pontudo.

“S... Sim.”

Ela solta um gemido baixo quando minha boca encontra seu


mamilo. Chupo a carne macia suavemente. Então, belisco com os
dentes. Ela tem um gosto bom o suficiente para comer. Quando tenho
certeza que dei atenção igual a cada um de seus seios, levanto e doulhes
uma pausa. Seus olhos estão encapuzados quando ela me encara com
um olhar sensual, um que nunca vi antes mas que fala com o animal
dentro de mim. Quero ver este olhar com mais frequência.

“Sei que você se toca,” murmuro, os olhos fixos nos dela. "Com
que frequência?"

Ela morde o lábio inferior. “Às vezes, quando você cai no sono.”

"É bom?"

“Queria que fosse você no lugar.”

Meu pau pulsa na cueca. “Quer que eu a toque lá?”


Ela balança a cabeça. "Por favor."

Beijo sua barriga até que chego no topo da calcinha cor de rosa.
Dou um longo beijo em seu clitóris através do tecido e inalo sua doçura.
Ela solta um gemido quando sento e puxo a calcinha para baixo de
suas coxas. Depois que a jogo de lado, seguro seus joelhos e os abro.
Sua vagina rosa brilha com excitação. Já que ela é loira, os pelos são
praticamente inexistentes lá e é quase como se estivesse raspada. Isso
me excita pra caralho.

Corro o dedo ao longo de sua fenda e me deleito com a forma


como ela tem solavancos de prazer. Vou explodir sua mente fodida.
Com nossos olhos fixos, coloco um dedo em seu canal apertado. Faz
meses desde que eu não fodo. Meu pau praticamente canta com a
perspectiva.

“Vou te beijar lá.” Meu dedo escorrega para dentro e para fora de
sua buceta molhada fazendo sons obscenos que deixam meu sangue
em chamas.

“Por favor, faça isso, Reed.”

Dou-lhe um largo sorriso, silenciosamente agradecendo-lhe por


me manter neste momento. Quando me inclino para a frente e minha
respiração faz cócegas, ela geme alto. Lentamente no início, começo a
lamber seu clitóris. Ela grita de prazer, os dedos envolvendo meu
cabelo. Faz sete anos pelo menos desde a última vez que fiz isso. Depois
que Drew morreu, Sabrina não me deixou dar prazer a ela. Preocupome
que estou sem prática, mas Devon não tem reclamações. “Oh, Deus,”
ela geme. “Isso é intenso.”

Vou mostrar-lhe o intenso.

Chupo seu clitóris enquanto giro o dedo dentro dela. Meu dedo
esfrega contra seu ponto G fazendo-a ficar sem ar. Quando introduzo
os dentes em seu clitóris, ela grita. A buceta aperta em volta do meu
dedo. Ela está perto. Ataco sua buceta com tudo o que tenho. Minha
boca suga, morde e lambe até que ela está gritando de prazer. Seu
corpo estremece por uns bons trinta segundos antes dela se acalmar.
Quando deslizo o dedo para fora e levanto para olhá-la, seus olhos
estão selvagens.

"Eu preciso…"
“Mais?” Brinco com uma sobrancelha levantada.

Ela assente com a cabeça. Estou feliz que ela seja minha parceira
de crime aqui. Se pensar em todo o mal que estamos fazendo, vou
enlouquecer. Então, ao invés disso, foco na garota que amo.

“Quero fazer amor com você,” digo a ela, minha voz crua. “Mas é
uma grande coisa, Devon.”

Ela franze a testa. “Quero isso. Quero você. Estou muito sozinha
sem você. Não gosto quando algo fica entre nós.”

Aperto meu maxilar. “Vai doer, baby.”

“Como o dia em que me espancou até eu vomitar?” Ela desafia.


“Acho que posso lidar com isso.”

Um grunhido sai de mim e salto sobre ela. Meu pau enrijece


contra a cueca conforme subo nela. Ela está tão molhada que molha
minha cueca. Nossas bocas se encontram e é fácil ficar preso em nosso
amor.

“Por favor,” ela implora. “Reed, quero você dentro de mim.”

Suas palavras me levam direto para o limite da sanidade. Alcanço


entre nós para tirar minha cueca e puxar para fora o pau dolorido.
Quando provoco sua abertura lisa, ela choraminga. Neste ponto, se me
dissesse não, não tenho certeza que poderia parar. Estou tão longe no
fundo do poço.

Mas porque a amo, dou mais uma chance.

“Diga-me para parar. Não é tão tarde. Tudo pode acabar agora,
baby.”

“Não quero que acabe nunca.”

Suas palavras tiram o último fio de controle que tenho. Não tão
suavemente, empurro minha grossura em sua buceta virgem e
apertada. Ela grita de dor mas vai doer não importa como. Fazer rápido
é a melhor coisa para ela. Balanço o quadril com força contra ela,
destruindo o fim da sua inocência. Seu grito é de outro mundo. Não
acho que ela perceba que está arranhando meus ombros.

“Baby ...” Beijo sua boca, mas não me movo.


Ela começa a chorar. “I... Isso dói.”

Afasto seu cabelo do rosto suado e beijo os lábios macios. Meu


pau está prestes a explodir com a necessidade de gozar, mas não me
atrevo a me mexer. Ela está chateada e não quero que isso pareça um
estupro ou essa merda. Quero que ela goste tanto quanto eu.

“Você é minha linda, menina corajosa, inteligente,” murmuro,


meus lábios adorando os dela. “Perco a cabeça perto de você e nem me
importo mais. Só te amo de um jeito que não posso sequer começar a
descrever.”

Seu corpo relaxa debaixo de mim. Nossas bocas acasalam.


Beliscando e chupando. Desesperados por um beijo. Depois de alguns
minutos, ela começa a se mexer. Sei que quando minha menina se
mexe significa que me quer. Lentamente, começo a deslizar dentro e
fora dela. Beijo-a forte enquanto encontro seu clitóris com a mão livre.
Ela solta um gemido quando massageio seu lugar sensível.

“Você é perfeita,” elogio. “Perfeita pra caralho.”

“Oh Deus,” ela grita, seu corpo dominado por um orgasmo feroz
e repentino. Porque ela é tão apertada, seu corpo contrai em volta do
meu pau de uma forma que quase me cega. Estou gozando dentro dela
antes que possa me impedir. Agradeço a Deus que ela acabou de
terminar seu período. Caso contrário, provavelmente iria engravidá-la
ou alguma merda. Terei que pensar sobre isso na próxima vez.

Próxima vez.

Ainda estou fantasiando sobre isso quando meu pau finalmente


drena o fim do meu orgasmo. Roço meu nariz contra o dela. “Isso foi
melhor do que eu poderia ter imaginado.”

"Mesmo?"

“Foi bom para você?” Pergunto, um meio sorriso puxando meus


lábios.

Ela balança a cabeça. “Foi alucinante.”

Deslizo para fora do seu corpo suavemente para não machucar


seu interior e depois puxo-a contra mim. Viro a cabeça e apago a vela,
nos encobrindo na escuridão.
“Eu te amo,” ela suspira, seu aperto forte em mim.

Ela parece feliz pra caralho. Bastou mergulhar no pecado com


ela. Tenho certeza de que tudo será diferente na parte da manhã, mas,
por agora, só vou aproveitar.

Amo essa garota.

Ela é minha, em todos os sentidos da palavra.

E não importa o que aconteça, nunca vou deixá-la ir.

Eu acordo gelado para caralho. Devon parece um


gelo escavado contra mim. Ainda estamos nus. Cerro meu queixo
quando a realidade aparece.

Eu fodi minha filha.

Jesus.

Culpa me infecta.

Lá fora na selva, minha mente está escorregando. Não sou o


milionário Reed Jamison, magnata do setor imobiliário global. Não sou
marido e pai.

Sou apenas um homem.

Brutal e selvagem.

Um animal.

Tomo o que eu quero. Ontem à noite, eu a levei. Minha doce e


bela Devon. É como se alguém enfiasse uma pá no meu peito e
arrancasse meu coração. Estou oco e vazio. Cheio de remorso. Ódio
apodrece dentro de mim.

Mas não sei como desativar meu lado animal. Mesmo quando
quase engasgo com auto aversão, estou acariciando seu cabelo loiro
macio. Pressionando os lábios em sua cabeça. Não posso ser duas
pessoas. Não sei como.
Quero-a com cada gota do meu ser.

Quando penso nela e eu aqui sozinhos, tudo faz sentido. Uma


fantasia tabu vem à vida. Quando permito que o mundo real me domine
sobre o que fiz, não posso evitar, mas penso em como ficaria para um
estranho. Na Califórnia, a polícia estaria batendo na minha porta. Não
só dormi com uma garota menor de idade, mas ela é minha garota.

Eles gritariam incesto.

Seria uma sensação na mídia.

Magnata do setor imobiliário corrompe a filha


adolescente.

Bile sobe na minha garganta. Se Sabrina estivesse aqui para


saber o que fiz, tenho certeza que tentaria me matar. Seus filhos eram
tudo para ela, mesmo que tivesse abandonado uma para lamentar
perpetuamente o outro.

“Bom dia, Reed,” Devon diz, com a voz entrecortada e sonolenta.

E simples assim, meu animal arranca a cabeça do velho homem


dentro de mim. O animal dentro move sua mão para o seio dela e roça
o nariz contra seu cabelo, inalando o doce perfume.

"Bom dia, linda."

Ela solta um suspiro de satisfação. Minha cabeça pode estar uma


bagunça fodida agora, mas ela acalma meus pensamentos. “Está frio lá
fora hoje.”

Nossas bocas se encontram e nos beijamos. Suave. Simples.

“Vou fazer uma lareira a lenha para aquecer nossa casa,” digo a
ela. “Há bastante resto de metal. Acho que eu posso usar o forno do
motorhome e o silenciador para ventilar a fumaça para fora da casa.
Não prometo que vai funcionar, mas quero tentar.”

Ela sorri para mim. “Isso seria maravilhoso. O frio é o pior.”

"Devon…"

Suas sobrancelhas sobem. "Sim?"


“O que aconteceu ontem à noite...” Engulo e afasto meu olhar do
dela. “Sabe que não está certo.”

Ela agarra minha bochecha e vira minha cabeça para olhá-la.


“Pareceu muito certo para mim.”

Cerro meu maxilar. Perder-me em seu olhar é fácil. Ela me fita


como se eu fosse tudo o que mais quer na vida. “É ilegal.” Uma pequena
risada escapa dela. “Talvez deva se entregar.”

“Espertinha,” rosno e aperto suas costelas.

Ela grita e então estamos lutando na cama. Faço cócegas e ela


grita. Isto continua até que os cobertores estão no chão e a tenho presa
pelos pulsos na cama. Foco em suas bochechas vermelhas e lábios
carnudos. Olhamos um para o outro. Ela está diferente da Califórnia.

Selvagem.

Livre.

Sem se importar com as consequências.

Oh, muito jovem.

“Ainda está dolorida de ontem à noite?” A pergunta surge como


uma lima.

Ela balança a cabeça. “Sim, mas gosto da picada.”

Meu pau bate contra sua carne. Triunfo reluz em seus olhos
azuis brilhantes.

“Quero ver conforme desliza para dentro de mim,” ela diz.

Fecho os olhos. Ela está aprendendo a me levar diretamente à


loucura. Facilmente. Com poucas palavras. Ela faz a contagem.

"Baby…"

Ela levanta os quadris e balança as coxas. Como o bastardo sem


cérebro que sou, permito que ela deslize as pernas para fora para que
possa envolvê-las em minha cintura. Meu pau está latejando contra
seus pelos pubianos macios. Estou sentindo dor para deslizar dentro
dela, mas meu cérebro ainda está em guerra esta manhã.
“Só se esfregue contra mim,” diz ela timidamente. Um brilho
malicioso dança em seus olhos azuis.

E porque estou achando cada vez mais difícil negar-lhe alguma


coisa, agarro seus pulsos mais forte e começo a me esfregar contra sua
buceta sensível. Ela choraminga, geme e implora, porra. Tenho que
fechar os olhos porque ela é tão quente que sinto que vou jorrar tudo
sobre ela só de olhar a forma como seus lábios se movem para dizer
meu nome.

“Foda-me, Reed,” ela ordena, o tom mandão como o inferno.

Arregalo os olhos e a fito. “Não diga palavras como essa. Sua boca
é bonita demais para deixar que coisas sujas como essa saiam dela.”

Ela lambe os lábios rosa e me provoca mais. “Pode sempre colocar


algo nela para me calar.”

Suas palavras me deixam louco. Começo a investir contra ela,


esfregando o lado de fora de sua buceta com meu pau duro como pedra.
Ela geme e implora por mais.

“Quero seu pau grande dentro de mim. Gosto do jeito que me


estica e enche com você. Isso é bom. Parece que estou inteira. Fodame.
Foda-me. Foda...”

Ela não consegue terminar as palavras, porque entro tão forte


que ela grita a plenos pulmões. Suas mãos lutam sob meu controle,
mas a seguro conforme fodo como ela quer. Nada macio ou suave nisso.

Sou um animal.

Ela provocou a besta, caralho.

Seus olhos são ferozes quando ela me fita enquanto a possuo com
meu pau. Ainda não estou acostumado a seu corpo apertado porque a
necessidade de gozar é esmagadora. Libero uma de suas mãos para que
possa agarrar sua mandíbula.

“Goze, Devon,” rosno. “Estou prestes a gozar em toda a sua


barriga lisa, mas quero que goze também. Não posso esperar mais.”

Ela assente e coloca a mão entre nós. Gemo conforme ela se


coloca para cima enquanto rasgo seu corpo ainda tão puro de dentro
para fora. É justo já que ela é a única que arrancou minha mente do
crânio e se alimentou dela.

Com meus dedos cavando sua mandíbula, me inclino para frente


e a beijo como um selvagem. Como se tentasse comer sua boca. Eu a
mordo. Faço-a gritar. Sinto gosto de sangue. Ela está matando o
homem que conheço e libertando a besta. Quando ela goza com uma
sacudida e morde o lábio inferior, eu explodo. Deveria estar puxando
para fora, mas estou muito envolvido na forma como seu corpo se
contrai em volta do meu e os tremores de seu orgasmo parecem vibrar
através do meu pau. Meu calor cresce dentro dela. E quando solto o
resto da minha libertação, desabo em seu corpo magro.

Nossos corações batem juntos como um só.

Ela é minha.

A única que poderia alcançar dentro de mim e libertar o


selvagem.

Nós somos um agora.

Mais do que família.

Tudo.

“Eu te amo,” ela ronrona, os lábios beijando o topo da minha


cabeça.

Eu a amo mais do que palavras podem expressar, porra. Não


entendo esse amor. É um choque brutal da história e do passado com
a necessidade feroz. É um homem e uma mulher com a conexão de dois
melhores amigos unidos pela tragédia. É confuso pra caralho e não
quero nem tentar compreender.

Só quero isso.

Só quero essa porra.


CAPÍTULO OITO

Sigo atrás do Papai, quer dizer Reed, conforme ele carrega o forno
pesado do motorhome. A razão para estar tão frio na noite passada é
que tivemos nossa primeira neve pesada. Nós nos agasalhamos, mas o
vento é brutal. Precisamos desesperadamente que isso funcione. À
medida que caminhamos, minha mente voa para a noite passada e o
início desta manhã.

Fizemos sexo.

Ontem à noite fizemos amor e esta manhã transamos.

Há uma enorme diferença e amo igualmente os dois.

Mas, meu Deus, estou dolorida. Enquanto ele trabalhava em


puxar o forno fora do motorhome, arrumei um pouco de neve na minha
luva e a segurei contra meu sexo dolorido.

“Se conseguirmos fazer essa coisa funcionar, quero um


ensopado,” digo a ele conforme marchamos juntos.

Ele olha por cima do ombro e sorri. Isso efetivamente afasta o frio
dos meus ossos, substituindo-o com calor. "Coelho?"

“E antes de nevar, encontrei algumas plantas comestíveis que


guardei na caverna.”

“Parece bom, baby.”

Minhas bochechas aquecem com o carinho. Ele me chama de


baby e não acho que tenha algo a ver com eu ser sua filha. Lá atrás
quando as coisas estavam boas, ele costumava chamar mamãe de
“baby.” É como ele mostra carinho pela mulher que ama.

Ele me ama.

Juro que meu coração vibra no meu peito como um pássaro na


gaiola. Não quero libertá-lo. Adoro como fica louco dentro da minha
caixa torácica em qualquer momento que ele olha na minha direção,
sorri ou me toca. Ele possui esse passarinho e serei amaldiçoada se
deixá-lo ir.

Uma vez dentro da nossa casa, ele começa a trabalhar. Tento


ajudar, mas ele está feliz fazendo todo o trabalho sozinho. E então
ganho um show quando ele fica com calor e tira os jeans. Meu sexo fica
molhado porque não posso parar de pensar nele pressionado contra e
dentro de mim.

“Vou vasculhar já que não precisa da minha ajuda,” digo a ele,


minha voz ofegante. Realmente, só quero me refrescar antes que fique
muito estranha e comece a tocar-me na cama enquanto ele trabalha.
Ele resmunga sua aprovação, mas não me olha. Corro os dedos pelo
seu cabelo suado antes de ir para fora da casa.

No caminho de volta ao nosso velho acampamento, penso onde


olhar dessa vez. Ele pegou um monte de coisas do motorhome para
usar, mas ainda existem peças no interior do reboque mutilado que não
fomos capazes de alcançar. Tenho certeza de que há coisas que
podemos usar se tivermos acesso.

Estou sorrindo quando ouço.

Um bufo.

Alto e selvagem.

E tão perto.

Quando olho para cima, estou olhando para um urso pardo


gigante com o dobro da minha altura a menos de cem metros de
distância. Deve pesar facilmente trezentos quilos. Toda a porcaria que
aprendi no folheto voa pela janela. É difícil lembrar as regras quando
está olhando um animal com garras do tamanho da sua mão.

Dou um passo para trás e o barulho da minha bota faz o urso


virar a cabeça em direção ao som. Um grunhido gutural sai do seu peito
enquanto ele fica na sua altura total. Ele faz um som que ecoa pelas
árvores e dá calafrios aos meus ossos.

Por favor, vá embora.

Ele rosna novamente antes de cair de volta nas quatro patas. Fico
incrivelmente parada esperando que ele vire e vá embora.

Mas não acontece.

Ele trota na minha direção, não é uma corrida, mas certamente


com pressa e tudo que posso pensar em fazer é gritar. "Papai!"

Assim que o urso se aproxima, me abaixo na terra e rolo numa


bola protegendo meu pescoço com as mãos. Uma pata pesada bate nas
minhas costas e o tecido do meu casaco rasga. Meu coração está
explodindo no peito e tenho medo que ele vá pular para fora. O urso
parece agarrar meu lado e as garras perfuram no casaco atingindo
minha pele. Um grito angustiante me escapa.

E então mentalmente apago.


“Quando crescer, vou ser como o papai,” Drew me diz, um largo
sorriso nos lábios.

"Eu também."

Ele bufa e joga um galho em mim. “Você não pode ser como o
papai. Você é uma garota. Tem que ser como a mamãe.”

Franzo a testa. Não quero ser como mamãe. Ela é quieta e dorme
muito. Quando está feliz e sorridente, ela é bonita. Mas quando está
triste, ela ignora todos nós. Uma vez perguntei ao papai com o que ela é
tão triste. Ele me disse com a vida. Não entendi. Eu ainda não entendo.

“Eu não me importo. Serei como o papai. Ele é forte, engraçado e


bom em nos divertir,” digo ao meu irmão gêmeo com uma bufada.

“Mas você tem seios,” ele argumenta.

Olho-o horrorizada e cruzo os braços sobre o peito. “Eu não tenho,”


resmungo.

"Tem sim."

"Não tenho."

Ele sobe na árvore para quebrar outro galho. Quando papai está
trabalhando e mamãe está dormindo, Drew e eu gostamos de ir para
nossa casa na árvore.

“Você é mau,” digo, meu lábio fazendo beicinho.

Ele sorri para mim, os olhos azuis brilhando. "Estou só brincando.


Eu preferiria ser como a papai também se fosse você.” Suas feições caem
e ele me encara com tristeza. “Mamãe não gosta de nós?”

Levanto meu nariz. “Ela nos ama.”

Ele pisca e sobe até pegar outro galho. “Há uma diferença, Dev.
Ela nos ama porque tem que amar. Mas ela não gosta de nós como papai.
Ela não brinca com a gente.”

Não gosto de falar sobre isso então mudo de assunto. “Quer ir


andar de bicicleta?”

Ele sorri para mim com a mão levantando. “Sim, wow!”


Sua mão vai para baixo e ele inspeciona seu pulso. “Eu me
arranhei com o galho!”

Rindo, levanto e estendo a mão para ele. “Isso é o que ganha por
destruir a árvore bonita da Mãe Natureza.”

“Está quente,” ele reclama e ignora minha mão estendida. “Vamos


em um minuto.”

Com uma careta, sento de volta e pego meu livro. Ele se enrola de
lado. Nós dois ficamos em silêncio por algum tempo enquanto leio e ele
descansa.

“Que livro está lendo?” Sua voz é um sussurro enquanto apoia a


mão em uma bochecha e me encara com as pálpebras caídas.

“The Children Boxcar. Eles estão desabrigados e vivem num vagão


de carga. Gosto de como vasculham para achar coisas e cuidam um do
outro.”

“Devon,” ele diz baixinho. “Eu não me sinto muito bem.”

Sua pele está pálida e ele está suando.

“Levante-se e vamos voltar para dentro.”

Ele fecha os olhos. "Eu…"

"Drew?"

Abandono o livro e rastejo até ele.

"Drew?!"

Tudo acontece tão rápido. Um minuto ele está bem. No próximo


está sonolento e pálido.

“Você está doente?” Pergunto, agarrando sua mão. Franzo a testa


quando a palma da minha mão toca em algo molhado. Quando olho para
seu pulso, não acho que parece que ele se arranhou. Parece uma picada
de cobra.

Um rápido olhar para a árvore onde Drew mexeu e a vejo enrolada


em torno do galho.

Grito. Eu grito a plenos pulmões porque tenho medo que ela vá me


morder também. Soltando meu irmão, engatinho para a escotilha e desço
pela escada para ir encontrar Papai. Culpa me consome, porque o deixei
lá em cima com ela.

Com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, grito de novo.

Pop!

Sou arrastada das memórias horríveis do dia em que perdi meu


irmão pelo som de um tiro. Já não estou na casa da árvore quente mas
ao invés disso enrolada como uma bola na neve fria.

O animal solta um grunhido, mas se afasta de mim, um rugido


saindo dele.

"Devon!"

Começo a soluçar e fico de joelhos. Vejo com horror quando o


urso corre a toda velocidade na direção de Papai.

Pop!

Pop! Pop!

Ele está segurando uma arma e descarregando no urso. Cada tiro


faz o urso cambalear. Ele ainda está se movendo rapidamente no
entanto. E quando se lança contra Papai, que usa nada além de calças
jeans uma vez que correu direto de casa, eu grito.

Um estalo perturbador faz bile subir por minha garganta. Vou


vomitar. O urso está em cima do meu pai. Ando cambaleando em
direção a ele, ignorando a dor lancinante onde as garras do urso me
pegaram e procuro uma vara grande para ferir o urso para que saia do
meu pai. Quando me aproximo, posso ver Papai tentando se mover,
mas o urso é muito pesado. Pelo menos o urso não está se mexendo.
Há sangue por toda parte e rezo para que pertença ao urso.

“A-ajude a tirar e-essa co- coisa de m-mim,” Papai fala


asperamente.

Agarro o braço maciço do urso e começo a puxar. Lágrimas


escorrem pelo meu rosto enquanto coloco toda minha força em puxar o
urso.

“Ele é muito pesado!” Minha voz é estridente e em pânico.


Papai não responde.

Oh Deus.

E se o urso o mordeu? E se ele está sangrando enquanto falamos?

Eu abandono o urso e encontro a perna do Papai. Com toda


minha força, dou um puxão em sua perna. De novo e de novo. Ele se
move pouco a pouco, mas é melhor do que nada. Meu corpo inteiro está
tremendo de medo e frio, mas não posso deixá-lo sob essa coisa. Não
posso ficar sozinha. Eu não posso. Preciso dele. Finalmente, o liberto
com um último puxão. Voo para trás e bato a cabeça num tronco de
árvore. Isso me deixa tonta e tenho que afastar o desejo de dormir.
Quando rastejo de volta para Papai, ele está deitado com os olhos
fechados. Está coberto de sangue. Um gemido de dor vem dele.

"Papai!"

Seus olhos se abrem, mas ele não fala. Apenas pega minha mão.
Aperto-a conforme começo a soluçar. Está muito frio aqui para ele estar
na neve sem camisa e machucado. Tenho que levá-lo para dentro.
Quando fico de pé e agarro seus braços, ele solta um gemido rouco de
dor. Está ferido e arrastá-lo de volta para a cabana não vai funcionar.
Não quero feri-lo mais. Com um soluço engasgado, o abandono e corro
todo o caminho de volta para a cabana. Corro para dentro e arranco
um pedaço do revestimento metálico do motorhome da parede. Então,
corro de volta. Colocá-lo sobre o metal é complicado e em certo ponto,
abro minha mão num corte, mas a adrenalina me faz seguir adiante.
Quando ele está seguro sobre o metal, começo a arrasta-lo por todo o
caminho coberto de neve.

Vinte longos minutos depois e chego com ele aos degraus da


cabana. Não consigo descobrir uma maneira de movê-lo sem feri-lo.
Assim, com uma respiração profunda, o seguro sob as axilas e puxo
para cima dos degraus. Ele geme de dor e isso parte meu coração, mas
preciso levá-lo para dentro. Consigo puxá-lo e fecho a porta atrás de
mim para manter o frio longe.

“E-eu preciso v-ver onde você está ferido,” gaguejo. Sangue pinga
da minha mão conforme passo a palma sobre ele. Sua respiração me
assusta. É barulhenta e agitada. Tento me acalmar e avaliá-lo. Antes
desta viagem, li muito sobre primeiros socorros. Com o peso do urso
caindo em cima dele, há uma boa chance de que tenha quebrado
algumas costelas. Meu estômago revira. Se uma dessas costelas
perfurou seu pulmão, ele vai morrer aqui.

Por favor, Deus, não o deixe morrer.

“Vou te limpar,” digo, minha voz mais firme do que antes. Não
posso desmoronar. Preciso manter a cabeça para poder cuidar dele.
Correndo de volta para fora, cutuco o fogo e fervo um pouco de água.
Então, busco um pano recentemente limpo e volto para seu lado.
Limpa-lo vai me permitir fazer um balanço dos ferimentos.
Cuidadosamente, o lavo da cabeça aos pés. Ele não tem cortes reais ou
marcas de mordida que possa ver o que é bom, mas sua respiração alta
significa que algo aconteceu dentro dele e parece horrível. Não posso
ver dentro para consertar. Rapidamente, limpo minha mão dolorida e
despejo um pouco de álcool na ferida. Então, uso uma gaze do kit de
primeiros socorros para envolvê-la com força. A dor na lateral das
minhas costas das garras do urso incomoda e precisa de limpeza, mas
pode esperar.

“Acorde,” peço, com a voz suave. “Preciso que me prometa que


vai ficar tudo bem.” Lágrimas quentes escorrem por meu rosto e caem
pelo peito.

Ele não fala, mas mexe o dedo mindinho. Soluço conforme o


agarro. É uma promessa.

Acordo com um sobressalto, grogue e confusa.


Consegui nos cobrir com uma colcha enquanto e me enrolei ao seu
lado. Sua respiração ainda está forte e barulhenta. Mas quando olho
para cima, ele me fita.

“Reed!” Prometi que o chamaria pelo nome na nossa cabana. Não


quebro minhas promessas também.

Ele tenta sorrir, mas, em seguida, estremece. Isso quebra meu


coração.
“Shhhh,” murmuro, meus dedos correndo através de sua barba.
“Deixe-me cuidar de você. Pode sentar? Eu quero levá-lo para a cama
quente.”

Ele balança a cabeça.

Progresso.

Afastando a colcha, monto em sua cintura com cuidado para não


machucá-lo. Então, coloco os braços sob suas axilas e luto para ficar
de pé. Ele é super pesado e agora está xingando como um marinheiro
com a voz falha, mas depois seus pés trabalham comigo e ele anda. O
caminho para a cama não é longo e consigo colocá-lo no colchão macio.
O som de chocalho é mais alto que nunca e isso me assusta.

Acomodo-o nas várias cobertas. Então, tiro seu cabelo comprido


dos olhos e beijo sua boca. “Diga-me onde dói.”

Ele geme. “Acho que quebrei as costelas.”

Minha frequência cardíaca acelera. “Ok, podemos fazer isso.


Costelas quebradas são melhores do que os cenários horríveis correndo
por minha cabeça. Elas podem se arrumar se descansar. Lembra da
vez que Drew quebrou uma quando caiu da casa na árvore?”

Seus lábios sobem de um lado com a menção de meu irmão.


"Bagunceiro."

Eu sorrio também. "Ele era."

Seus olhos encontram os meus. "Você está machucada?"

Levantando a mão enfaixada, aceno. “O metal me arranhou,”


admito, vergonha na minha voz. “Ainda não olhei o dano do urso nas
minhas costas.”

“Tire o casaco e deixe-me ver,” ele diz.

Tremendo com meus dedos frios, desabotoo o casaco e o tiro. Meu


moletom sai em seguida. Dad solta uma respiração afiada e em seguida
começa a tossir. Soa horrível.

“Você está bem?” Pergunto sobre meu ombro.

Seu olhar está nas minhas costas e lágrimas estão em seus olhos.
“Dói profundamente respirar, mas me lembro do médico dizer para nos
certificarmos que Drew respirasse profundamente a cada hora quando
foi ferido. Ajude-me lembrar.” Seus dedos tocam minha espinha. “Baby,
suas costas estão fodidas.”

Sento reta e balanço a cabeça. "Estou bem."

“Você não está bem. Vá pegar o kit de primeiros socorros. Acho


que precisa de pontos.”

Relutante, saio da cama para pegá-lo. Quando volto, mergulho


um novo pano em álcool e entrego a ele. Ele limpa as feridas que doem.
Enquanto faz isso, preparo a agulha. Leva uma eternidade, mas ele
consegue me costurar.

“Estou cansada, mas há muito a fazer,” digo-lhe, a voz trêmula


com lágrimas não derramadas.

“Descanse, baby.”

Enrolo-me ao seu lado dele, meus seios nus pressionados


suavemente contra o lado do seu braço. Inclinando-me, beijo sua boca.
Devagar no começo, mas então o beijo desesperadamente como se ele
pudesse desaparecer a qualquer momento. Quando ele começa a ficar
com a respiração ofegante de novo, gemo e me afasto.

“Descanse, baby,” ele murmura novamente.

Com um soluço engasgado, eu obedeço.


CAPÍTULO NOVE

Dor excruciante irradia de minhas costelas. Respirar é um quase


impossível, mas posso fazê-lo. Lembro-me do que o médico disse
quando Drew quebrou a costela. Disseram que ele precisava respirar
profundamente, embora chorasse sempre, então não teria pneumonia.
E é exatamente isso que faço. Respiro fundo mesmo que prefira a
respiração superficial. Não posso piorar aqui. Ela precisa de mim. O
tempo de cura desta merda é de seis semanas. Aqui no meio do nada,
não posso deixá-la fazer tudo sozinha por tanto tempo.

Quando olho seu rosto dormindo, meu coração dói. Ela é tão
bonita. O rosto sujo está manchado de lágrimas e inchado. Sua
cabeleira selvagem e loira está uma bagunça. Mas ela é tão bonita
quanto um anjo enviado apenas para mim. Estarei ferrado se um dia a
abandonar.

Esse urso atacando-a me assustou para caralho. É o mesmo grito


de quando descobrimos que seu irmão foi mordido por uma cobra
venenosa na casa da árvore. Apesar da corrida ao hospital e do
antidoto, seu coração parou e meu filho pequeno morreu na sala de
emergência. Quanto ao urso, não pude deixar de temer que também a
perderia. Ela não se movia e ele era tão grande. Puxei do meu jeans a
pistola de calibre 45 que está comigo o tempo todo e a descarreguei. No
instante em que o filha da puta me acertou, pensei estar perdido.

Mas minha menina...

Minha doce e corajosa garota tirou-me de debaixo do urso. Ela


foi inteligente e conseguiu me transportar de volta para a cabana.
Então, limpou e cuidou de mim. O mínimo que posso fazer é afastarme
disso. Foram três dias desde o incidente. Mostrei como colocar uma
bala na arma e agora ela a mantém quando vai fazer as tarefas. Sintome
um inválido. Ela me ajuda a urinar e defecar num balde porque não
posso me mover muito bem. Ela me alimenta, literalmente como uma
criança em todas as refeições. E me banha. Queria ter forças para fazer
mais.

O que mais me surpreende é que ela tirou a pele do urso e pegou


sua carne.

"Esta manhã, vamos ter sopa de urso mau novamente," ela diz
enquanto senta, o manto caindo de seu corpo nu.

Avanço e passo a ponta do dedo por seu mamilo. Ele fica duro
sob meu toque e as bochechas dela coram. Não posso deixar de sorrir.
"A sopa de urso mau é minha favorita. Você precisa ir agora?" Aperto o
mamilo e ela solta um suspiro.

"Prefiro ficar na cama com você," ela admite. “Mas não há


descanso para os cansados.”

Deslizo a mão para a calcinha e massageio entre suas pernas.


“Sinto falta de te tocar, baby.”

Ela geme. "Não deveria estar se mexendo. Você está machucado."

“Sempre pode montar no meu rosto e me deixar beijar sua bela


buceta.”

A boca dela fica aberta. “Você é sujo.”

"Você que deixaria meu rosto todo melado," sorrio para ela.

Ela desliza a mão para meu pau ereto e o acaricia. “Posso beijar
o seu também.” Suas palavras são baixinhas e envergonhadas, mas me
fodem. Especialmente quando sua língua lambe os cheios lábios corde-
rosa. Tenho uma rápida fantasia desses lábios perfeitos enrolados em
meu pau.

"Deixa eu te beijar primeiro. Então você pode ter sua vez,"


concedo, meu pau saltando de antecipação.

Seus olhos cintilam. "Tenho uma grande ideia. Vou deixá-lo ter a
boca em mim, mas vou ficar de quatro, ao contrário e te beijar também.
Ao mesmo tempo. Será como..." ela se afasta e ruboriza. “Como quando
transamos.”

Eu a fodi duas vezes e estou morrendo de vontade por mais. Não


digo que têm um nome para sua sugestão, 69, porque amo mantê-la
tão inocente quanto puder. Ela é minha. Tudo isso é dela para descobrir
por conta própria.

"É uma ótima ideia, baby. Agora, sente no meu rosto e deixe-me
te provar."

Ela solta um gemido baixo de constrangimento, mas tira a


calcinha. Então, com cuidado, monta em meu rosto. Seu cheiro familiar
desperta meu desejo, diretamente no pau. Sua bunda redonda e buceta
cor-de-rosa estão bem na minha cara quando ela assume sua posição.

“Você alguma vez já...” Paro. Estou prestes a perguntar à minha


filha que se transformou em amante se ela já fez sexo oral antes.
Felizmente, ela me interrompe.

"Não, mas prometo que vou te fazer se sentir bem."

Pego seu traseiro carnudo e corro a língua ao longo de sua fenda,


amando o gemido que ela solta. “Não tenho dúvidas, amor.”

Quando começo a chupar sua deliciosa buceta, gemo no


momento em que sua língua provoca meu pau. Não consigo ver o que
está fazendo, mas seus pequenos chupões e lambidas me deixam louco
de prazer.

"Coloque sua boca sexy ao redor do meu pau. Foda-o, linda,"


instruo, minha voz tensa.

Como uma boa garota, ela obedece e logo está sugando meu pau
com vigor. Dedico minha atenção a chupar seu clitóris e foder seu
buraco apertado com o polegar. Seu corpo treme em cima do meu.
Tenho certeza de que é estranho para ela, manter esta posição sem
machucar minhas costelas, mas a garota já provou ser forte. Seu corpo
é pequeno, mas desenvolveu alguns músculos sexys como o inferno
desde nosso acidente. Ofegos e gemidos de ambas nossas extremidades
são suficientes para fazerem minhas bolas apertarem.

Estou tentando me segurar até ela gozar. Ela está perto, com
base no jeito que treme. Deslizo o polegar para fora de sua buceta e
sondo o anel apertado de sua bunda. Ela grita quando começo a
empurrar para dentro.

"Oh Deus," ela diz em volta do meu pau. Mal comecei a foder esta
entrada quando ela aperta em volta de mim. Ela grita de prazer. A
excitação de sua boceta goteja no meu rosto e a tomo, ansiando por
cada gota. Quando meu pau atinge a parte de trás da garganta e ela
relaxa, perco o controle. Meu pau jorra violentamente e quase desmaio
quando ela engole. Ela engole meu pau. Meu orgasmo dispara pela
parte de trás de sua garganta que está me aceitando com um aperto
quente. Ela finalmente engasga um pouco e se afasta, sua baba e
alguma sobra perdida do meu esperma, caindo sobre mim.

"Isso foi..." Seu corpo treme e aperta.

Afasto meu polegar e dou um beijo no interior de sua coxa


encharcada. "Perfeito. Foi perfeito, baby. Agora nos faça um pouco de
comida, mulher," provoco e dou um tapa em sua bunda.

Ela grita e sai de cima de mim. Quando se vira para me fitar,


estou atordoado e sem palavras. Nunca vi nada tão lindo em toda a
vida. Seu cabelo está selvagem, assim como os olhos azuis. Sua boca
está inchada, vermelha e úmida. Os lábios estão inchados e os mamilos
eretos. Sua buceta está vermelha brilhante e molhada.

Quero estar bem porque então eu a jogaria sobre o colchão e a


foderia de um jeito rude. Agarraria seus lindos cabelos com os punhos
e meteria nela por trás com tanta força que assustaria todos os ursos.

"Você está duro novamente," ela diz, apontando meu pau


implacável.

Sorrio para ela. “Assim que me sentir melhor, faremos algo sobre
isso.”

Seus olhos escurecem enquanto ela morde no lábio. "Promessa?"

“É melhor acreditar nisso.”


Três semanas vieram e foram . Literalmente tenho
febre da cabana e isso me enlouquece. Pelo menos uma vez por dia,
minha doce Devon me monta e trocamos orgasmos. É a sensação mais
incrível, mas não basta. Desejo-a. Quero afundar meu pau dentro dela
e gozar com sua bucetinha apertada me prendendo. Não me
interpretem mal, a menina está se tornando uma mestre em chupar
meu pau. Só quero estar dentro dela.

“Hoje, vou fazer a lareira. Apenas me diga como.” Ela está


sorrindo enquanto tira a neve de sua jaqueta.

Resmungo em protesto. "Posso fazer isso. Apenas pegue meu..."

"Reed," ela diz exasperada. "Não. Eu posso fazer."

Relutantemente, concedo. Passamos horas enquanto a ensino a


construir a lareira. Minha garota é esperta e muito inteligente. E capaz.
Assisto com incrédula admiração, enquanto ela constrói a coisa inteira,
tão bem quanto eu faria. Graças a Deus, minhas ferramentas
sobreviveram ao acidente. Sem martelos, serras, pregos e todas as
outras ferramentas imagináveis, teríamos muito mais dificuldades em
sobreviver aqui.

"A parte mais difícil será selar esses orifícios para que a fumaça
não escape para a cabana," digo pensativo.

Implacável, ela martela fazendo cantos em forma de V para


ajustar as lacunas. Ela usa pregos demais, mas está bem vedada. Não
a critico nem digo como fazê-lo. Devon é inteligente e tem um plano na
cabeça.

Horas mais tarde, quando já cortou um buraco na cabana para


que o tubo do exaustor possa sair e também ficar afixado na parte de
trás da lareira, ela levanta as mãos e sorri para mim. "Hora de testar."
Ela desaparece, mas depois volta com um pouco de madeira, que sem
dúvida ela cortou. Vejo com orgulho enquanto ela faz fogo, bem como
ensinei, dentro da engenhoca. Quando se dá por satisfeita, ela senta e
observa. Surpreendentemente, a maldita coisa funciona. Calor sai em
ondas da porta aberta do forno, mas toda a fumaça está fluindo para o
tubo de exaustão e para fora.

"Você é brilhante demais," elogio.

Ela me olha enquanto tira seu casaco. "Agora podemos assar


bifes de urso mau diretamente da nossa cama, se quisermos. Que
romântico," ela suspira brincando. Deus, ela é muito fofa.

"Conheço outras formas de sermos românticos..."

Como se estivesse entendendo onde quero chegar, ela começa um


show de strip lento que faz meu pau doer debaixo do cobertor. Quando
está completamente nua, ela se arrasta na cama para meu lado.

“Sente no meu pau, Devon.”

Os olhos dela se alargam. "Mas você ainda está ferido.”

"Meu pau está perfeitamente bem," argumento.

Nossos olhos se encontram em desafio. Olho-a de um jeito que


não deixa espaço para discussão.

"Tudo bem," ela se irrita e claramente não está feliz.

"Não é diferente de quando me chupa, baby. Pelo menos, desta


vez posso olhar seus lindos peitos enquanto me cavalga."

Minhas palavras a excitam porque ela fica com aquele olhar, o


olhar que diz que quer desesperadamente transar.

Lentamente, ela empurra minhas coxas e pega meu pau na mão.


Então, seus olhos fixam nos meus. “Não sei como fazer isso.”

“Apenas monte e comece a cavalgar.”

Ela ri, mas guia cuidadosamente meu pau latejante para sua
buceta encharcada. Com um suspiro, ela desliza até o fundo.

"Uau…"

"O que?"

“Fica maior assim. Como se estivesse cutucando coisas dentro de


mim.”

"Dói?"
"Não... Apenas é estranho. Eu gosto disso." Ela bate os cílios para
mim.

"Vou tocar seu clitóris, mas quero te assistir brincar com seus
seios sexys," digo a ela enquanto meus dedos começam a massageá-la
entre as coxas.

Ela geme e acena com a cabeça. Suas palmas vão para seus
peitos e ela lentamente desliza para cima e para baixo em meu eixo. No
começo, é rígida e prática. Mas, depois de alguns momentos, ela perde
a cabeça para o êxtase. Ela aperta contra mim como uma mulher
selvagem, ansiosa por sua libertação. Ao vê-la tão livre e perdida pelo
prazer, minhas bolas se preparam ansiosas pelo gozo. Para meu horror,
começo a ejacular abruptamente dentro dela, antes que ela chegue ao
orgasmo. Mas, felizmente, parece que isso a impulsiona, porque sua
buceta se aperta junto comigo. Nossos corpos fazem sons suaves
enquanto ela continua me fodendo. Quando a última gota do meu jorro
derrama dentro dela, tomo um momento para encará-la enquanto seus
olhos ainda estão fechados.

Serena.

Feliz.

Minha.

"Precisamos ter cuidado," digo a ela, fazendo com que seus olhos
se abram. “A última coisa que precisamos aqui é um bebê.”

Sua boca se abre. "OK. Como?"

"Só precisamos nos comunicar. Quando estiver quase gozando,


eu vou te dizer. É chamado coito interrompido," digo com um sorriso.

Por mais que a ideia dela com uma barriga arredondada me


excite, não consigo nem imaginar se algo der errado. Ela tem apenas
dezessete anos e é pequena. Todos os tipos de complicações podem
surgir na gravidez e no parto. Antigamente, mulheres morriam no parto
o tempo todo. E ficaria louco se a perder por algo estúpido assim,
apenas porque é bom demais senti-la à minha volta quando estou
gozando.

"Coito interrompido. Entendido," ela me assegura. "Agora está


pronto para um bife, Senhor Romântico?"
Faço cocegas nas suas laterais. "Alimente-me, mulher.”

Ela afasta minhas mãos e arqueia uma sobrancelha desafiadora


para mim. "Mulher? Você é um homem da caverna agora?"

Gesticulando a fenda da caverna, dou um sorriso predatório.


“Tecnicamente sim. Mas vou me certificar de te foder ali em breve para
que não restem dúvidas ou confusão.”

CAPÍTULO DEZ

Já se passaram seis semanas desde o acidente do urso. Papai,


Reed, está melhor. Ele anda por aí, corta madeira, caça e faz um milhão
de tarefas. E então, quando caímos na cama à noite, ele
implacavelmente me ama. Temos o cuidado de sempre tirar, depois de
um ou dois acidentes no início.
Estou tão agradecida que ele voltou ao normal, porque
ultimamente estou exausta. O inverno é mais severo do que poderia
imaginar. A vida selvagem é abundante aqui, mas estou morrendo de
vontade de algo além de carne. Tentamos não tocar nos alimentos
enlatados que temos do motorhome e trailer, mas duas vezes implorei
e ofereci favores sexuais em troca de uma lata de frutas.

Meu estômago resmunga ao pensar em mais pêssegos.

Quando rolo sobre meu estômago para silenciar a barriga


barulhenta, fico triste em ver que Papai já está fora da cama e não pode
ser encontrado em nenhum lugar. Sinto um cheiro da carne que
guardamos na caverna e isso me deixa com o estômago embrulhado.
Com ânsia de vômito, salto da cama e pego o balde apenas a tempo de
botar as tripas para fora.

Estou aqui sentada, me sentindo mal, quando um pensamento


me ocorre.

Não menstruei ainda.

Contando, percebo que estou há quase dois meses sem ciclo.

Oh Deus.

E estou com náuseas esta manhã.

Oh Deus.

Meus seios estão doloridos e estou incrivelmente cansada.

Oh Deus.

Quando trago a mão para minha barriga, percebo que está


ligeiramente inchada. Não prestei muita atenção antes, mas agora
estou catalogando tudo.

Estou grávida. Deve ser isso. Aos dezessete anos.

Em vez de me preocupar como um ser humano normal, meu


coração se enche de felicidade. Um bebê. Nós fizemos um bebê. Com
amor. Não seremos mais só nós dois. Lágrimas de felicidade fluem por
minhas faces. Quero contar a Papai, mas tenho medo de como ele vai
reagir. Ele está mal humorado ultimamente e não sei por quê. Acho que
está estressado com alguma coisa, mas não tenho certeza do que. Terei
que contar a ele na próxima vez que estiver de bom humor.
Quando ouço suas botas na varanda, solto um grito e
rapidamente agarro um blusão para puxar sobre a cabeça. Ele entra,
uma onda de ar frio entrando junto e me olha com a testa franzida.

"O quê?" Pareço culpada e tento desesperadamente escondê-lo.


Fico feliz que o balde esteja no canto. Terei que me livrar do vômito
quando ele não estiver olhando.

"Ursos. Vi mais dois enquanto estava fora."

Pânico enche meu peito. Este lugar está infestado de ursos. "Eles
sentem o cheiro da pele do que foi morto?"

Ele revira os olhos e meu peito se aperta com dor. "Eles não se
importam nem um pouco com o couro que está secando lá fora na
árvore. Eles estão curiosos com nossa cabana, no entanto. Encontrei
marcas de garras perto da porta como se alguém estivesse tentando
descobrir como entrar."

Terror me domina. "O que faremos?"

Ele franze a testa. “Terei que reforçar melhor nossa casa e colocar
armadilhas.” Seus olhos estão cansados e ele parece mais velho hoje,
como se ele precisasse de uma soneca. "Vai ficar na cama o dia todo
como sua maldita mãe ou vai ajudar?" Ele me repreende.

Olho para ele com confusão. Qual diabos é seu problema hoje?
"Reed..."

"Apenas coloque umas roupas e me ajude. Há um monte de


merda para fazer," ele ladra e sai da cabana como uma tormenta.

Explodo em lágrimas.
"Estou cansada," reclamo, meus braços fracos de segurar o

pinheiro pesado em uma extremidade.

Ele me ignora enquanto atravesso pela neve atrás dele. Faz uma
semana que descobri que estou grávida. Todo dia é o mesmo. Enjoo
matinal. Fadiga. Dor nos peitos. Desejo louco por porcarias de frutas.
Mas o que é o pior: choro por qualquer coisa. Isso parece deixar Papai
louco todas as vezes. Ele não me tocou mais. Não sei há quanto tempo
venho passando minhas noites serpenteando na escuridão. Não sei o
que fazer.

"Coloque no chão," ele vocifera quando estamos perto da cabana.

Solto a árvore fina na minha extremidade e retiro as luvas. Ele


cai de joelhos e pega a faca. Do mesmo jeito que fez com as outras doze
árvores até agora, ele começa a esculpir uma ponta afiada numa das
extremidades. Ele está colocando cada uma delas dentro da terra,
apoiado numa espécie de cerca que construiu e apontando a parte
pontuda e afiada para longe da cabana. Sua teoria é que, se um urso
aparecer, ele vai ser empalado com a madeira muito antes de chegar
até nós. As árvores com ponta são horríveis de se olhar – como se
estivéssemos no meio de um apocalipse zumbi ou algo assim. No
entanto, Papai não se importa. Ele se joga no trabalho.

Enquanto ele trabalha, eu deixo minha mente derivar para o


passado. Quando ele nunca me olhava com olhos irritados.

Cobras.
Em todo lugar.

Comendo-me viva.

É o mesmo pesadelo que tenho há quatro anos desde que meu


irmão morreu por causa de uma picada de cobra.

“Papai!”

Da última vez que gritei por mamãe no meio de um sonho ruim, ela
me disse que era muito velha para ter pesadelos. Então, agora, apenas
chamo por Papai. Ele sempre vem. Ele sempre me salva.

Ouço a porta do quarto bater contra a parede quando ele corre de


seu quarto. Passos pesados se dirigem rapidamente para meu quarto. A
porta abre e logo ele está sentado na beira da minha cama de solteiro.

"Tudo bem, Pip? Cobras de novo?"


Começo a chorar porque os pesadelos me lembram do meu irmão.
Papai pega o cobertor e o levanta para que possa se juntar a mim na
cama. Enquanto soluço, ele me puxa contra seu peito quente e me segura.
Cada beijo no topo da minha cabeça me aquece e me acalma.

"Desculpe, eu o acordei," sussurro.

Ele acaricia meus cabelos. "Sempre virei por você. Não importa o
que aconteça. Se precisar de mim, estarei lá. Eu amo você, Devon. É meu
trabalho como pai protegê-la."

A amargura penetra na minha garganta. “Mamãe não gosta


quando tenho pesadelos.”

Ele solta um suave suspiro. "Eu sei. Sua mãe está lidando com
seus próprios problemas que não tem nada a ver com você. Às vezes, ela
joga em cima de você e isso não está certo. Sinto muito."

"Às vezes queria que fôssemos só nós," sussurro, principalmente


para mim. É verdade. Papai e eu temos mais diversão sem mamãe.
Quando ela está sorrindo, adoro. Mas ela mal sorri ou participa.

"Não diga coisas que não quer dizer," ele diz com firmeza, seu
corpo tenso.

Eu fungo. "Mas quero isso. Ela não é como as outras mães. É


embaraçoso."

Ele pega minha mão e entrelaça os dedos. “Ela tem seus motivos.”

"Que motivos?"

Posso ouvir seus dentes rangendo. “Nada para você se


preocupar.”

Não consigo entender quais motivos alguém teria para tratar a


filha sobrevivente e marido como se eles estivessem lhe incomodando.

"Eu queria que ela fosse como você. Você é o melhor."

Ele resmunga. “Dificilmente, Pip. Sou um cara com muitos


defeitos.”

"Mentira," digo, rindo.

“Estou falando sério. Sou um bom ator para você, mas estou longe
de ser perfeito. Sou um maldito bastardo e perco a paciência.”
"Mas nunca vejo isso," argumento.

Sua mão aperta a minha. "Porque faço meu melhor para manter
isso longe de você. Você não precisa ver meus dias ruins ou me ver perder
o controle. Guardo as coisas para mim, para protegê-la, porque te amo.
Um dia, você entenderá."

Eu me disperso pensando que ele diz besteiras, porque para mim,


ele é perfeito.

Fungo à medida que a memória desapa rece. Talvez


ele esteja escondendo algo para me proteger. Ele me avisou há muito
tempo que tinha sua própria parcela de problemas. Só queria que ele
conversasse comigo. Estou franzindo a testa quando posso jurar que
ouço vozes. Papai está gemendo enquanto corta a madeira e faz todos
os tipos de barulhos. Paro e me afasto dele para ouvir melhor. Meus
ouvidos estão animados tentando ouvir.

"Jesus Cristo, Devon," grunhe Dad. “Há muita merda para fazer
ao invés de ficar parada aí. Vá e faça algo útil.”

Fico de boca aberta quando o olho. Suas costas estão viradas


para mim e ele está tenso.

"Acho que devemos conversar," murmuro.

“Maldição, entre antes que eu pegue meu cinto.”

Lágrimas quentes brotam nos meus olhos e corro para a cabana.


Quando vejo a pele de urso na qual trabalhei por semanas, lavando e
lubrificando, decido que está bom o suficiente. Com um xingamento, a
puxo para baixo da lateral da cabana e arrasto a coisa pesada para
dentro. Tenho que pegar minha faca para poder cortá-la e fazer caber
no espaço. Certifico-me de colocar a faixa mais longa e mais espessa
entre o colchão e a lareira. Então, uso as peças extras para cobrir
outras partes do piso da cabana. Depois de chutar meus sapatos, quase
grito de entusiasmo: oficialmente temos um tapete. Quero chamar
Papai e fazê-lo vir olhar, mas ele está muito puto. Uma vez que tiro meu
jeans, coloco as calças de ioga de volta e visto uma camiseta
confortável. Minha barriga resmunga. Já que estou em apuros de
qualquer maneira, vou até a caverna e roubo uma lata de pêssegos dos
fundos. Ela tem um puxador para tirar a tampa e engulo cada pêssego
antes de beber a calda. Quando o ouço chegando, escondo-a na parte
de trás da caverna.

A porta se abre num estrondo e me viro, um olhar culpado no


rosto.

Ele cheira o ar e sei que estou ferrada. "O que está fazendo?"

"Nada."

“Não minta, Devon.”

Raiva me toma. Foda-se ele por me tratar assim sem explicação.


Levanto meu queixo. “Comi uma lata de pêssegos.”

Seus traços escurecem e ele vem para cima de mim depois de


fechar a porta. Ele me alcança com a mão forte e aperta meu maxilar.
Em cada inspiração, suas narinas se dilatam. "Tem outra coisa para
me dizer?"

Engulo e balanço a cabeça. Agora, definitivamente, não é hora de


dizer-lhe que estou grávida.

Ele franze o cenho. “Não posso te aguentar mentindo para mim.”

"E não posso aceitar que esteja agindo como um idiota


gigantesco," devolvo.

"Não se atreva a usar esse tom comigo, senhorita," ele grita com
sua voz de pai mais autoritária.

Eu zombo. “Mesmo? Agora quer desempenhar o papel de pai?


Aposto que também quer me bater outra vez.”

"Talvez esteja precisando de umas boas palmadas!" Ele ruge, seu


aperto ficando mais forte no meu maxilar.

Afasto sua mão e dou um tapa em seu rosto. Ambos olhamos um


para o outro em estado de choque. Ele rosna e isso me irrita tanto que
dou outro tapa. E de novo, e de novo, até que ele aperta meus ombros,
me vira e me coloca de frente para a caverna. Luto, mas então ele está
puxando minhas calças para baixo. Seu cinto voa com um zumbido e
ele me bate. Meu traseiro fica em chamas e grito. Ele me acerta
novamente.

"Eu te odeio!"

"Queria que realmente sentisse isso!"

Estou chorando quando o cinto é jogado no chão. Ele se remexe


atrás de mim e então seu pau pressiona entre minhas coxas. Com um
impulso duro, ele entra profundamente em meu sexo.

"Oh, Deus," choramingo. Olho sobre o ombro e encaro meu


homem selvagem. Desgosto brilha em seus olhos e não entendo. Choro
com mais força enquanto tento tocá-lo. “Eu te amo Papai. Por favor,
não fique com raiva de mim.”

Quando ele envolve seus braços ao redor de mim e me levanta,


seu toque é suave. Nossos corpos estão nivelados e ele me inclina
contra a fria pedra. Ele me beija com força no pescoço e giro a cabeça
em desespero para receber este beijo na boca. Nossas bocas se grudam
de forma selvagem enquanto ele entra em mim. Suas mãos estão sobre
mim. Minha barriga. Meus peitos. Meu clitóris.

Grito quando meu orgasmo chega. Ele suga minha língua e se


derrama dentro de mim. Ele sabe? Ele tirou toda vez. No momento em
que voltamos à consciência, ele se afasta e me pega nos braços. Sou
levada para a cama onde se senta para me depositar ali. Sua boca adora
meu corpo enquanto soluço. Quando troco um olhar com ele, seus
olhos estão vermelhos e cheios de lágrimas. A mão está esparramada
sobre minha barriga.

"Fiquei tão louco quando percebi que estava grávida. Contei os


dias. Observei os sinais," ele respira contra minha carne. “Não posso
perder você, Devon. Não posso te perder.”

Soluço tanto que acho que meu peito vai explodir enquanto
acaricio seu cabelo volumoso.

"Quero ter esse bebê com você," ele explode. “Tão foda. Mas
então, se morrer, vou enfiar minha 45 na boca e tirar minha vida. Não
posso fazer isso sem você, amor. Não posso.”

Passamos o resto do dia enrolados um ao outro fazendo amor.


Ele se desculpa uma e outra vez.
"Sua mãe me viu perder a cabeça algumas vezes," ele diz, sua voz
triste depois do jantar. "Fico mal-humorado quando estou chateado.
Infelizmente, sobrou para você."

“Está tudo bem, Reed.” Mais cedo, escorreguei e acabei


chamando-o de Papai.

"Não está tudo bem," ele respira. Sua boca desce pela minha
garganta até a clavícula. "Você é muito doce e perfeita para lidar com
isso. Eu fodi tudo."

"Não é o que os casais fazem? Brigam e depois fazem as pazes?"


Pergunto.

Ele levanta o olhar e sorri. "Suponho que sim. O sexo de


reconciliação foi bastante quente, admito."

Estava irritado e animalista.

Brutal e ardente.

Gozei tão forte que vi estrelas.

"Foi," concordo. "Mas da próxima vez que estiver com raiva, fale
comigo. É muito solitário aqui para ficar sozinha. Você é a única pessoa
que tenho. Quando não fala ou grita comigo, me sinto tão perdida. Por
favor, prometa que vai tentar."

Ele beija o caminho até minha barriga. “Prometo a você e ao


nosso pequeno aqui que eu vou ser o melhor pai de todos os tempos.”

Estendo meu mindinho e ele o pega.

Ele sempre o faz.


CAPÍTULO ONZE

Sons de passos na neve me acordam de um sono profundo. É


início da manhã e o sol apenas começou a brilhar. Quando Devon pediu
uma janela, encontrei uma das únicas que não estava quebrada, uma
pequena que ficava sobre a pia da cozinha no motorhome e a trouxe
para a cabana. Cortei um buraco perto do teto acima da mesa no lado
leste, então o sol da manhã entraria por ali e poderia aquecer nossa
cama. Depois de instalar a janela e apoiá-la com tábuas de madeira,
Devon fez cortinas com alguns dos lençóis rasgados do motorhome.
Acalma meu coração ver que esteja transformando a cabana em um lar.

Escuto os sons. Minha cerca não está completa. Espero terminar


nos próximos dias. Até então, estamos vulneráveis aos ursos. Ela
dorme profundamente ao meu lado. Seu corpo nu pressionado contra
o meu é quente e macio.

Porra, fui um idiota com ela ontem.

Eu sabia, no fundo, que ela estava grávida e perdi a cabeça.


Cenários horríveis onde ela morre sangrando tentando ter nosso bebê
se repetem como um disco emperrado em minha cabeça. Em meu medo
de perdê-la, eu a afastei de mim.

Coloco a mão sobre ela e corro o polegar sobre seu lábio carnudo.
Ela é tão inocente. Tão feroz e amorosa. Não a mereço, mas não me
importo. Ela é minha para amar. Inclinando-me para frente, espalmo
sua barriga que abriga nosso filho e beijo sua bochecha.

Crunch.
Meu corpo congela enquanto escuto. Lentamente, saio da cama
e puxo meu jeans. Se houver um urso sondando, planejo atirar no
bastardo antes que tenha a chance de entrar. Puxei a 45 do bolso e
coloco a mão na faca do meu cinto. Puxando uma camisa, caminho até
a mesa para olhar pela janela. Estou subindo na mesa quando ouço.

Vozes.

Antes que possa compreender se são reais ou não, nossa porta


abre. Um homem mais velho com cabelo castanho e grisalho e sem os
dentes sorri para mim com um pedaço de madeira afiado nas mãos.

"Mas que por…" Começo, mas então ele se lança contra mim.

O cara é mais alto que eu, mas sou mais pesado. Ele consegue
me acertar, mas rapidamente o supero. Dou um soco forte, dois, três
em seu rosto feio até o derrubar sentado.

"Papai!" Uma voz profunda grita da porta. Caralho há mais. Neste


ponto, Devon senta na cama e grita. O esquisito na porta de entrada
não deve ser mais velho que Devon. Quando seu olhar predatório
aterrissa em minha filha, lanço-me sobre ele.

Outro cara maior do que ele entra na cabana e me bate na


cabeça com uma rocha. Desmorono no chão, gemendo, tentando
desesperadamente evitar o apagão.

"Papai!"

Seu grito obriga meus olhos a se abrirem. O cara grandão pousa


o joelho nas minhas costas e uma lâmina pressiona a parte de trás do
meu pescoço. Vejo impotente enquanto a criança avança para minha
filha.

“Ela é sua, Nathaniel.”

A merda que ela é.

"Corra, Devon!"

Ela grita enquanto tenta correr nua pelo garoto, mas ele a agarra
pela cintura. O cara que me imobiliza está rindo e torcendo pelo garoto
como se essa merda fosse engraçada. Tento alcançar meu bolso traseiro
para pegar a arma, mas ele me segura pelo braço.
"Ela se mexe demais, Ezekiel" grita Nathaniel.

"Faça com que pare", Ezekiel desafia.

Porra.

Luto e rujo em vão. Assisto com horror quando Nathaniel começa


a levantar minha filha. Batendo a cabeça dela contra a lateral da
cabana, acertando mais e mais, chutando-a. Ela grita e implora. E
então o impensável acontece.

Ele a puxa para a cama com o rosto voltado para baixo. O filho
da puta puxa o pau e abre as coxas dela, apesar da luta. Sei o momento
em que ele começa a estuprá-la porque o grito descomunal faz meu
coração ficar preto de raiva.

“PARE!” Repito a ordem, mas sou ignorado.

Impotente, tenho que assistir enquanto ele entra nela


repetidamente. Seus soluços destroem pedaços de minha alma e a joga
por toda a cabana. Não consigo assistir e também não posso permitir
que ela fique sozinha no meio disso. Nossos olhos se encontram e
imploro que ela fique focada em mim.

O garoto atinge seu orgasmo em segundos. Então está de pé e


andando até Ezekiel.

"Minha vez" Ezekiel rosna.

"Não!" Grito.

Ele me chuta com força nas costelas ainda doloridas e uivo de


dor. O garoto ocupa seu lugar, mas não é tão forte. Assim que Ezequiel
monta minha filha, seus gritos ficam mais altos do que antes. Ele a está
machucando mais do que o garoto. Fico preto de raiva e ligo o modo
FODA-SE, apesar da lâmina espetando meu braço e da dor nas
costelas. Arranco minha arma do bolso e coloco uma bala no meio do
rosto de Ezekiel. Ele grunhe e cai em cima em Devon, cujos gritos não
param. Em seguida, coloco uma bala no crânio do homem inconsciente
no chão. Então, me viro, mas o garoto já está fugindo em disparada.

Saio atrás dele. Ele corre. Consigo dar dois tiros que o atingem no
ombro e na coxa. Seus uivos de dor me dão mais energia, mas Devon
está chamando meu nome.
“Papai! Papai! Papai!”

Por mais que queira ir atrás do filho da puta, não posso deixá-la
neste estado. Corro para dentro e vou até ela. O cara ainda está em
cima dela. Quando o afasto, fico furioso ao descobrir que ele estava em
sua bunda. Sangue está por toda parte. Ela está tremendo tão forte que
acho que vai vomitar. Arrasto-o e o outro cara para fora da cabana,
para que ela não precise olhá-los. Então, estou de volta, puxando-a
para meus braços.

Ela soluça muito e não consigo fazer nada para ajudá-la.

Minha palma acaricia seus cabelos sedosos e a beijo várias vezes.


Prometo que tudo vai ficar bem. Ela treme fora de controle. Não sei o
que diabos fazer. Tudo o que faço é apertar seu mindinho.

E então acontece.

Um uivo baixo e gutural rasga seu peito. "Não!"

Um líquido quente encharca as coxas dos jeans. Jesus. Porra.


Não.

"Nããooo!" Ela continua a gritar, sua cabeça balançando para


frente e para trás.

Aperto-a com força. "Baby... Que merda... baby..."

"Não!"

Suas lágrimas encharcam meu peito e logo percebo que estou


chorando junto com ela. Em um momento, nosso mundo foi
completamente destruído. Aqueles homens roubaram tanto da minha
filha. Eles a estupraram e a machucaram o suficiente para que ela
esteja perdendo nosso filho.

"Sinto muito," engasgo. “Pip, sinto muito.”

Quero ir atrás de Nathaniel. Q uero estripa-lo como


um peixe maldito e fazê-lo comer suas entranhas. Quero empurrar
minha faca em sua bunda até que possa senti-la na garganta. Quero
arrancar seus globos oculares e oferecê-los à minha filha para que
possa esmagá-los em seu punho.

Mas não faço nada disso.

Ainda.

Ela precisa de mim.

Passo uma hora limpando seu corpo e examinando as feridas.


Seu traseiro apenas sangrou um pouco pela intrusão, sem grandes
danos. Mas sua buceta foi brutalizada. Todo o sangue da perda do bebê
faz meu coração quebrar em mil pedaços. Ela está mentalmente
apagada. Desmaiou de choque e exaustão.

Uma vez que está limpa, eu a observo. Sua barriga está bastante
machucada, onde aquela criança filha da puta a bateu. Minha pobre e
doce garota. Estou doente, furioso e perdi a cabeça.

Não saio da cabana para verificar minhas armadilhas, trabalhar


na cerca de estacas ou qualquer coisa. Fico ao seu lado. Sussurrando
garantias. Alimentando-a com colheradas. Fazendo-a beber água.
Atendo suas necessidades. Meu braço dói demais onde ele me
esfaqueou, mas o melhor que pude fazer foi limpá-lo e envolvê-lo com
gaze.

Depois de um dia cansativo, abraço minha garota. Ela estremece


mesmo em seu sono. Os pesadelos estão de volta. E, como antes, vou
ajudar minha menina a superá-los.

Durante uma semana inteira, ela dorme. A cada segundo de cada


dia. Estou cansado e enlouquecendo, mas não posso deixá-la ainda.
Estou tentando desesperadamente trazê-la de volta para mim. Trouxe
latas de frutas que ficaram intocadas. Tentei contar histórias sobre
Drew. Nada a envolve.
É tão parecido com Sabrina que quase vomito.

Recuso-me a deixar Devon ser derrotada. Ela é muito mais forte


que sua mãe.

"Quando sua mãe teve o primeiro aborto espontâneo, aprendi de


primeira mão o que é depressão," murmuro contra o ombro dela
enquanto acaricio ternamente sua barriga nua.

Ela endurece, mas não responde, então continuo.

"Tudo estava bem. Só estávamos casados há um verão e ela ficou


grávida. Estava tão feliz. Nós dois estávamos. Mas então, um dia,
quando dirigíamos para casa depois do jantar, ela gritou. Lembro-me
até hoje do olhar em seu rosto. Horror absoluto. E então, ouvi um
soluço desesperado." Engulo minha emoção. “Fomos diretamente ao
hospital. Ela perdeu o bebê com treze semanas.”

Devon começa a chorar e a abraço com mais força.

"Por um ano inteiro depois disso, ela ficou quebrada. Aconteceu


mais uma vez e a derrubou. Mas então, vocês vieram." Sorrio contra
seu ombro e beijo-a suavemente. Revivendo toda a história, avanço
rápido para dois anos depois. “Quando estavam por volta dos quatro,
sua mãe engravidou novamente. Tinha medo de perder. Foi ao médico
obsessivamente. Tudo estava bem. Até que não estava mais. Na temida
marca de treze semanas, ela também perdeu o bebê.”

O corpo inteiro de Devon treme enquanto ela chora.

“Jesus, ela estava sempre deprimida. Queria cuidar dela, mas


não sabia como. Após as perdas, deitei na cama com ela assim.
Beijando e abraçando. Mas, da última vez, tinha que cuidar de você e
de Drew. Não conseguia me deitar com ela. Acho que isso a fez afundar
numa depressão mais profunda, mas eu não sabia o que fazer.”

"Por que nunca me contou isso?" Ela sussurra.

Esfrego meu nariz contra seu cabelo. “Disse que queria protegêla
das coisas ruins.”

“Cresci tão magoada com ela..”

"Shhh," eu murmuro. "Está tudo bem."


Ficamos aconchegados por um longo tempo antes de falar
novamente.

“Ela perdeu outro bebê logo antes do seu décimo aniversário.”

Devon fica tensa em meus braços. “Sinto-me tão mal por ela.
Eu... Estou devastada e foi apenas um bebê.”

"Você vai ficar bem, Dev. Eu prometo. Vai superar isso e um dia
teremos a família que merecemos. Mas até então..." Um grunhido
ressoa na garganta. “Não vou dormir até caçá-lo.”

Ela relaxa o corpo e vira para mim. Sua palma acaricia minha
bochecha coberta de barba e ela sorri pela primeira vez em uma
semana. “Quero que ele sofra.”

Pego seu mindinho com o meu e o beijo. “Isso é algo que posso
providenciar, baby.”

CAPÍTULO DOZE
Enquanto Papai trabalha em sua cerca, corto um pequeno ramo.
Estou fazendo uma cruz para pendurar na parede ao lado da nossa
cama. Para Peach. Não sei se nosso bebê era menino ou menina, mas
sinto como se fosse uma menina e a nomeei de Peach. Já se passaram
duas semanas desde que a perdi. Gastei horas de trabalho para tornar
isso perfeito. Até esculpi seu nome no ramo. Assim que o penduro,
choro tão forte que eventualmente adormeço.

“Você precisa comer algo.”

Pisco acordando do meu sono e franzo o nariz em confusão. Está


escuro lá fora. Quanto tempo dormi? Aceito a tigela fumegante de
ensopado de urso que já não revira meu estômago. Meu estômago
resmunga e com gratidão como.

Dou um olhar de relance para Papai enquanto ele se despe após


um dia duro de trabalho. Ele tira a cueca e não posso evitar, mas
observo seu corpo perfeitamente esculpido. Todo o trabalho físico o
moldou num Adônis. Meu coração parece bombear sangue pela
primeira vez. Observo enquanto ele caminha até a porta e desliza o
pesado ramo dentro do encaixe. É durável e mantém qualquer predador
longe.

“Terminei a cerca,” diz quando procura em volta querendo algo.

Eu como mais uma porção do meu ensopado e depois sorrio.


“Mesmo? Essas são ótimas notícias. O portão também?”

Ele balança a cabeça. “Ursos não vão entrar.” Ele não menciona
as pessoas e isso afasta o sorriso de meus lábios.

Quando retorna, está segurando uma das poucos garrafas de


licor preciosas que guardou. Devoro o resto do meu ensopado enquanto
ele adiciona madeira ao fogo. Ele pega a tigela vazia e a coloca na mesa.
Em seguida, ele caminha calmamente a minha frente. O fogo lança
deliciosas sombras por todo seu corpo. Sua cueca preta estica sobre
seu pau impressionante que nem sequer está duro. Calor corre para o
sul e coro. A última pessoa que esteve dentro de mim foi Ezkiel. Um
tremor me domina.

“O que está errado?” Pergunta ele, a preocupação estampada em


seu lindo rosto. Ele toma um gole de licor.
Ergo a mão trêmula para ele. “Estava apenas lembrando como
Ezekiel...” Paro e estremeço.

“Beba, querida.”

Nossos olhos se encontram e saboreio o líquido quente. Queima


todo o trajeto até o fundo do meu estômago. Logo acima, onde não estou
carregando mais meu filho. Este pensamento me faz beber novamente.
E de novo. E de novo. A garrafa é arrancada da minha mão. Papai bebe
avidamente enquanto levanta, seu olhar preso nos meus seios nus.

Alcanço a garrafa e ele me entrega. Dividimos a garrafa até que


todo meu corpo, não, toda a minha alma, está em chamas.

“Não quero que ele seja a última coisa que me lembro,” digo,
meus olhos marejados.

Ele seca a garrafa com um último gole e a joga sobre o tapete de


urso. Com pressa, ele abaixa sua cueca e a pesada ereção salta. Deito
sobre os travesseiros e abro meu corpo para ele. Ele se instala em cima
de mim, mas não faz qualquer movimento para entrar ainda. Em vez
disso, ele beija minha garganta.

Possessivo.

Com fome.

Selvagem.

Como se estivesse tentando me marcar com os dentes.

Choramingo e meu corpo responde com a necessidade dele


deslizar dentro de mim e apagar os horrores. Seu pau esfrega contra
meu clitóris me deixando tonta. Nossas bocas finalmente se encontram
e ele me beija como se precisasse de mim para respirar.

Meu Papai, meu melhor amigo, meu amante empurra dentro de


mim de repente. Nenhum aviso. Apenas um impulso, entrega total. Nós
combinamos. Perfeito e inteiro. Agarro sua pele enquanto o beijo em
desespero. Seus poderosos quadris balançam contra mim enquanto ele
me fode afastando a mágoa e dor. Nada mais existe neste momento,
exceto nós.

Ele corre em minhas veias mais quentes e mais fervorosas do que


o álcool que acabei de beber. Com ele, não é uma sensação, são todas.
Amor. Luxúria. Trevas. Luz. Certo. Errado. Tristeza. Felicidade.
Raiva. Tudo.

Quando seus dedos se movem para tocar meu clitóris, balanço a


cabeça. “Só me foda.”

Ele rosna. “De jeito nenhum. Não vai conseguir isso, querida. Não
vou jogar isto de novo.”

Não tenho nenhuma ideia do que ele está falando e no momento


em que toca meu clitóris, não me importo. Ele me conhece melhor do
que eu. Preciso desaparecer da realidade por um momento. Seus dedos
são experientes em me tocar e logo perco o controle. Minhas costas
arqueiam longe do colchão quando grito de prazer. O orgasmo é
intenso, mas afugenta todo o mal que parece estar me assombrando.
Seus dentes afundam em minha garganta e ele me morde com força
suficiente para me lembrar que estou viva. Quando gemo, lágrimas de
alegria escorrem por meu rosto, ele goza com um gemido. Jatos quentes
e explosivos de esperma dentro de mim. E egoisticamente, rezo por
outro bebê. Não quero substituir Peach, mas quero uma família com
Papai.

Uma vez que ele termina, puxa para fora e deita ao meu lado.
Seus dedos traçam padrões em meus seios e estômago. Fico olhando
seu rosto bonito que está relaxado e feliz.

“Você me ama como amou mamãe?” Pergunto, minha voz mais


como um sussurro.

Seu polegar acaricia meus lábios. “Amava muito sua mãe no


início. Mas ao longo do tempo, perdi esse amor. Nós apenas não
tínhamos mais um vínculo. Queria amá-la. Obriguei-me a amá-la. Mas
não estava apaixonado.” Ele se inclina para frente e me beija. “Mas
você? Porra, te amo mais do que palavras podem descrever. Não é um
sentimento, é como uma tempestade que bate em mim e me envolve.
Não pude evitar. Não estava preparado para isso. Só sei que é a melhor
coisa e ao mesmo tempo a mais assustadora que já aconteceu comigo.”
Franzo a testa para ele. “Por que a mais assustadora?”

A palma da sua mão desliza para envolver meu peito enquanto


ele franze a testa. “Porque nunca senti que não podia viver sem alguém.
O que temos não faz sentido fora desta cabana. Isso desafia as regras
e lógica que somos forçados a aprender. Leis estão sendo quebradas,
todas elas e sou culpado. Apesar das chances que temos de estar
juntos, estou mergulhando de cabeça. Não paro para pensar sobre
repercussões ou realidade. Tudo que sei é que te quero. Se isso significa
mantê-la aqui para sempre só para mim, eu farei. Não quero voltar para
a sociedade se isso significa que o que temos é visto como nojento ou
errado. E isso me assusta muito. Quando realmente penso sobre o fato
de que sou um homem de quarenta anos dormindo com sua filha de
dezessete, isso me enlouquece. Vivo cada dia com esta batalha moral.
O fato de que estou calmamente arrancando de mim a parte que se
preocupa com o que as pessoas pensam ou dizem que estou
enlouquecendo. Não sou o homem que dirigiu o motorhome aqui. Sou
uma besta do deserto. Pego o que quero e isso é você.”

Lágrimas escorrem pelos cantos dos meus olhos. “Você não


precisou me pegar. Entreguei-me a você. Sou sua. Aqui ou lá fora. Eu
sempre fui.”

Ele sorri e se inclina para frente para beijar meu mamilo. Sua
respiração é quente contra minha pele. “Amanhã caçarei esse filho da
puta. Então, vou voltar e fazer amor com você até que esteja grávida
novamente. Não vou deixar nada te acontecer. Então, Deus me ajude,
vou matar cada filho da puta neste planeta antes de deixar outra pessoa
sequer te olhar. Você é meu segredo. Meu tudo. Ninguém merece estar
em sua presença. Minha.”

Suas palavras possessivas não são brincadeira. Ele fala


realmente sério. Apenas o pensamento de ver alguém me assusta.
Sinto-me segura quando é só eu e meu Papai trancados sozinhos.

"Promete?"

Ele agarra meu mindinho no dele. “Pela minha vida. Porque se


alguma coisa ficar entre nós e te machucar, minha vida não importa
mais.”
Papai arruma uma mala. Comida. Armas. Outros suprimentos

de que precisa para sua missão de caça. Uma vez que tem
tudo pronto, me leva de volta ao nosso primeiro acampamento. Ele
vasculha o motorhome à procura de coisas e trabalho no reboque
mutilado. Um monte de coisas está esmagada e destruída. Foram
reviradas por animais. Com a paciência de um santo, lentamente puxo
tudo para fora. Há mais coisas na parte traseira do reboque. Ele foi
quase esmagado pela metade, mas uma vez que consigo mover as
coisas, sou pequena o suficiente para me espremer através do metal
retorcido. Está escuro além de alguns buracos na lateral do metal que
permite a luz do sol brilhar. Uma das primeiras caixas de plástico que
abro tem roupas. Pego uma peça e levanto em direção da luz.
Imediatamente reconheço como um dos vestidos com babados que
usava quando bebê numa foto quando tínhamos três anos. Lágrimas
inundam meus olhos. Mamãe guardou esse. Apesar de sua
personalidade individual, ela estava determinada a levar as memórias.
Memórias de Drew e eu. O vestido é tão bonito. Ficaria perfeito em
Peach.

Um soluço ameaça, mas o bloqueio. Enfio o vestido de volta na


caixa e fecho a tampa. Um dia, puxarei esta caixa e devidamente olharei
o que tem nela. A próxima caixa que abro tem livros e cadernos. É
minha. Deixo escapar um grito animado quando puxo alguns romances
para o colo. Acho um saco de lápis e um dos cadernos que tinha
planejado escrever. Ávida, encho meus braços com eles antes de fechar
a tampa. Voltarei para o resto mais tarde.

Demora algumas manobras, mas finalmente consigo voltar para


fora. Uma vez que estou fora do reboque, encontro Papai sentado numa
pedra começando a limpar um coelho.

“Pode tentar salvar a pele?” Pergunto quando me aproximo. “Acho


que posso usá-los como costumava usar a pele de urso.”

Ele olha para mim, o sangue pingando do coelho para o dorso da


sua mão e sorri antes de concordar. Aqui na selva, com a neve como
pano de fundo e ele parecendo tão selvagem enquanto trabalha na caça,
sinto minha frequência cardíaca acelerar. Ele parece maravilhoso para
uma capa de um romance ou algum calendário sexy do Alasca.

E ele é meu.

“Você está corando.”

Mordo meu lábio e dou de ombros. “Apenas pensando no quão


sexy você é.”
Sua sobrancelha escura arqueia. “O sentimento é mútuo.” Ele
pisca e o pássaro dentro da minha caixa torácica vibra. “O que tem aí?”

Sorrio e sento ao lado dele na pedra. “Alguns livros e um caderno.


Vou escrever.”

Ele se inclina e beija minha têmpora. “Você está brilhando. Está


feliz?”

“Agora, assim. Estou mais feliz do que pensei que poderia ser.”

"Bom. Eu também."

Eventualmente, ele termina com o coelho e voltamos para a


cabana. Ele me entrega a pele e me preparo para lavá-la. Vou precisar
esticá-la e untar com a gordura restante de urso, mas estou animada
para começar a recolher as peles macias. Vai ser perfeito para quando
tivermos um bebê ao lado da cama. Estou sentada na cadeira cantando
uma velha canção que mamãe e eu costumávamos ouvir no rádio
quando sinto que Papai está me observando. Sua feição é sombria
enquanto corta a carne de coelho para a nossa refeição.

“O que?” Pergunto, calor subindo por meu pescoço. Ele esteve


dentro de mim mais vezes do que posso contar e ainda fico quente e
envergonhada quando me olha como se quisesse me devorar.

“Amo quando canta.”

Sorrio e continuo com minha tarefa certificando-se de cantar


todas as músicas que posso pensar já que ele adora. Uma vez que
terminamos nossas tarefas e de comer, ele ferve um pouco de água.

“Antes de sair hoje à noite, quero dar banho em você.” Sua voz é
rouca e grosseira. Canta para a mulher dentro de mim que não se cansa
do animal dentro dele.

Enquanto ele termina com a água, retiro minhas roupas. Seu


olhar é ganancioso enquanto deriva sobre minha pele nua. Ele senta
numa das cadeiras e coloca a panela fumegante sobre a mesa.

“Venha sentar, Pip.” Ele dá um tapinha no joelho.

Vou até ele. Ele me ajuda a sentar então estou montando suas
coxas. Meu sexo está aberto e exposto. Isso me faz querer pedir-lhe para
colocar os dedos dentro de mim e preencher o espaço. Estes
pensamentos fazem um rubor se espalhar até meus seios.

“Você tem vergonha?” Ele pergunta enquanto ajunta meu cabelo


num único lado. Ele penteia os nós com os dedos, uma sobrancelha
arqueada em questão.

“Estou excitada,” admito.

Seu sorriso é predatório, mas não tenho medo. “Estou sempre


excitado perto de você.” Ele agarra meu pulso e orienta a palma da
minha mão para onde sua ereção está dura e pulsando dentro da calça
jeans. "Veja."

Em vez de me tocar onde quero, ele pega o pano molhado e torce.


Lentamente, passa o pano escaldante ao longo da minha pele. Sibilo
porque queima, mas é bom porque é ele que está fazendo. Rapidamente,
esfria. Ele passa sobre meus seios e meus mamilos ficam duros.
Inclinando-se para frente, ele passa rapidamente a língua sobre um e
experimenta.

“Seus pequenos mamilos são minhas coisas favoritas para


colocar na boca,” ele respira com veemência contra meus seios.

Deixo escapar um gemido e corro os dedos por seu cabelo


despenteado. Ele precisa levantar meus braços, onde limpa debaixo
deles e, em seguida, move-se para baixo por minha barriga. Meu
coração chega na garganta quando seus dedos permanecem na minha
barriga e temos um momento de silêncio para reconhecer nossa perda.
Lágrimas quentes derramam por meu rosto e pingam em seu braço. Ele
coloca o pano sobre a mesa e pega meu rosto entre as mãos. Seus lábios
encontram os meus e então ele lambe minhas lágrimas como um leão
tocando sua leoa. Inclino a cabeça ligeiramente para trás e deixo ele
afastar a dor. Quando estou bem e seca, ele continua lambendo minha
mandíbula e descendo pela garganta. As palmas das suas mãos
passeiam por meu corpo de uma forma que parece no meio do caminho
entre ele marcar seu território e procurar doenças. Preocupação e
posse. Partes iguais de obsessão.

“Minha,” ele murmura e seus dedos estão bem onde quero


enquanto ele beija minha garganta. Um dedo empurra dentro de mim
rapidamente seguido por outro. A palma da sua mão esfrega rudemente
contra meu clitóris enquanto ele usa os dedos para me foder. “Sempre
tão molhada para mim. Boa garota.”

Choramingo e balanço contra sua mão. As sensações de prazer


ondulando através de mim são intensas e avassaladoras. Amo como ele
avança em mim cada vez que nos conectamos. Ele me deixa em ruínas.
Destruída. E amo a sensação enquanto ele me profana.

Sua mão apalpa meu pequeno seio, enquanto a outra trabalha


dentro de mim. A realidade me abandona quando me perco no
momento. Gozo forte e com um grito quando meu orgasmo sucumbe.
Estou fraca, tonta e perto das lágrimas pelo prazer quando ele fica de
pé comigo nos braços. Ele nos leva para cama e fico diante dele. Olho
avidamente enquanto ele retira a camisa e descobre seu peito sólido e
esculpido. Seus peitorais se contorcem e o abdômen ondula com o
movimento. Minha boca se enche de água com vontade de correr a
língua sobre os músculos em forma de V que apontam direto para seu
pau que é meu dono.

Estou aberta e esperando. Minha excitação pingando quando a


necessidade dele se torna quase insuportável. Ele é rápido com seus
movimentos em despir-se, mas não rápido o suficiente para meu gosto.
No momento em que sua calça jeans e cueca saem, olho seu pau que
aponta diretamente para mim. Longo. Grosso. Cheio de veias. Sei por
experiência que é como veludo na minha mão. Macio e flexível do lado
de fora, mas duro e inquebrável embaixo. Ele tem gosto de sal, almíscar
e homem. Meu estômago praticamente rosna por ele.

Ele pega meu tornozelo e beija o osso. Então, lentamente deixa


trilhas de beijos quentes ao longo da minha panturrilha e para no
interior do meu joelho. No momento em que sua barba faz cócegas na
minha coxa, solto um gemido. Ele beija todo o percurso para meu
clitóris. Lá, ele me beija de uma forma obscena que provavelmente faria
as pessoas corarem. Desesperado e com fome. Sugando como se
quisesse puxá-lo direito do meu corpo e devorá-lo. Ainda estou muito
sensível do meu último orgasmo e gozo com seu nome nos lábios. E
então seus beijos continuam ao longo da minha barriga, entre os seios
e depois para os lábios. Sua língua mergulha dentro da minha boca no
momento exato em que seu pau empurra dentro de mim. Gemo de
surpresa com a intrusão, mas ele não me dá uma chance de
recuperação. Como um animal selvagem, ele empurra contra mim.
Estou em todos os lugares ao mesmo tempo.

Estou em lugar nenhum exceto aqui.

Minha mente é uma cacofonia de pensamentos e sensações fora


de controle enquanto ele me mostra como é quando duas almas se
unem.

Enroscadas juntas. A trança apertada do homem e da mulher.


Uma ligação que não pode ser cortada. Estamos além da emoção e a
necessidade de se sentir bem. Estamos apaixonados. Loucamente.
Profundamente. Desesperadamente. Doentes.

Morrerei sem ele.

Entendo suas palavras de antes.

Não se pode sobreviver quando a outra metade de seu coração


sangra. Estão conectados, o que significa que você sangra também.

Ele resmunga ao gozar. Calor me queima por dentro e, mais uma


vez, peço por um bebê. Quando o amor é tão intenso, tão explosivo, tão
real, milagres acontecem.

Quero meu milagre.


CAPÍTULO TREZE

Ela soluça da varanda enquanto caminho para longe na noite


escura. Porra, não quero deixá-la, mas não tenho escolha. O filho da
puta que bateu na minha filha e depois a estuprou, fazendo com que
abortasse nosso bebê, ainda vive e respira em algum lugar lá fora. Vou
encontrá-lo e matá-lo. Ela está com minha espingarda que é para usar
primeiro e fazer perguntas depois. Ninguém vai tocá-la. Ela tem comida
e lenha suficiente para mantê-la segura na cabana até eu voltar.

E vou voltar.

“Eu te amo,” ela grita.

“Também te amo.” Aceno uma última vez. O eco da porta


fechando e o tronco a trancando acalma meu coração errático. Deixála
é tão difícil.

A mochila é pesada nas minhas costas e a 45 está no meu aperto


pronta para disparar. Se vir qualquer urso, vou matá-lo com um rápido
tiro na cabeça. Mas se vir Nathaniel, vou incapacitá-lo antes de tomar
meu tempo assassinando o doente do caralho.

Caminho através da escuridão, meus ouvidos cientes de todos os


sons, minha mente voltando para mais cedo. Com cada momento que
passa, me torno apaixonado por Devon. É uma queda infinita. Cada vez
mais profundo. Não posso explicar como essa porra é aterrorizante,
mas estou obcecado com isso. Sou loucamente consumido por ela. Não
fico bem a menos que esteja enterrado dentro dela. Não fico completo a
menos que nossas bocas estejam coladas como nossos corpos o fazem
tão bem. Não estou feliz a menos que ela esteja feliz. Seus sorrisos são
meu sustento. Não preciso de comida ou água. Só preciso ver seus
olhos azuis brilhando com amor, adoração e alegria.

Eles a estupraram.

Roubaram tanto dela.

Seu senso de segurança. Seu filho. Sua mente.

E ainda assim ela atravessa a escuridão e me encontra. Ao


contrário de Sabrina, minha garota forte e feroz me encontra.
Procurame como se estivesse com sede. Estou ferozmente fodido por
ela também.

A cada dia aqui no deserto, sinto minha sanidade escorregando.


Crescemos com normas e comportamentos que são considerados
aceitáveis. No entanto, quando todas as facilidades da vida são tiradas
e somos empurrados para algo árduo, as normas são esquecidas. Elas
dão lugar ao instinto que orienta o caminho. A mente não é mais
necessária. Um órgão inútil. É o coração que fica selvagem. Ele forja o
caminho. Ele toma decisões que desafiam a razão e por vezes quebra
as regras que não existem aqui.

O coração torna-se uma besta egoísta e faminta.

Ele devora a mente e alimenta os desejos.

Meu coração está livre.

Já não enjaulado pelo mundo, mas liberto pelo amor.

Não sei quanto tempo andei, mas já não posso ver ou sentir o
cheiro da fumaça de nossa cabana. Se tivesse que adivinhar, andei por
horas. O vento vem e sinto cheiro de fumaça. Cerro meu queixo porque
estou perto. Posso praticamente cheirar o inimigo.

Pessoas.

Eles são o inimigo.

Este barraco não pode deter o estuprador, mas guarda outros


que podem tentar roubar o que é meu. E por isso, eles vão pagar com
suas vidas. Ninguém virá em minha propriedade e tocar meu amor.
Algo rosna e paro. Meus olhos saltam para as sombras. Pode ser
um lobo, o som parece mais de um K9.

“Calma aí,” murmuro enquanto levanto a arma.

O animal para de rosnar e choraminga. O som é familiar e


diminui meu cérebro desligando. Agora curioso, me aproximo das
sombras. Os gemidos aumentam. Ajoelho-me batendo na coxa.

“Vem aqui,” ordeno.

Com a cabeça abaixada e uma corda no pescoço, meu maldito


cão se arrasta para mim. Estou tão dominado pela alegria que pulo
para a frente o abraçando. Ele lambe meu rosto como se estivesse feliz
pra caralho por me ver. Rapidamente corto a corda em seu pescoço com
minha faca e afago a pele ali. Ele praticamente me ataca. Sua cauda
abana e ele lambe meu rosto. Quando o nariz toca minha mão e ele
deixa escapar uma pequena fungada, sei que ele cheira Devon.

“Ela está na cabana, menino,” digo. “Vou levá-lo para casa. Só


tenho que cuidar de algo primeiro. Vou fazê-los pagar.”

O cão, porra de leal, dá uma volta em torno de mim. Quando


aponto para a cabana, ele parece farejar o ar. Solto-o quando começa a
cheirar ao longo do caminho que venho. O cheiro de Devon o deixa
ansioso. Faço meu caminho para frente do barraco.

Empurro a porta ligeiramente aberta notando um fogo aceso na


lareira. Dormindo no chão em frente a dois caras perto da idade de
Ezequiel. Barbudos. Desdentados. Imundos. Eles são bandidos com
paus nas calças. Paus que entraram em minha filha. Paro um rosnado
enquanto puxo a faca. O mau cheiro de sexo está no ar. Na sala de trás
do barraco, posso ouvir sons. Porra.

Ajoelho ao lado do maior cara cavando a lâmina profundamente


em sua garganta antes de cortar passando a carótida. Sangue jorra,
manchando meu rosto, e, em seguida, ele está borbulhando, olhos
arregalados em confusão enquanto agarra a garganta. O homem ao
lado dele se mexe e o ataco. Ele desperta quando tento cortá-lo, me
bloqueando. Seus olhos estão cheios de terror e surpresa. Ele é fraco
comparado a mim e o corto rapidamente. A faca mergulha em sua veia.
Eu o rasgo e me sujo com mais sangue antes de me levantar. Meu
coração martela no meu peito.
Nathaniel.

Sei que ele está lá. Posso praticamente sentir.

A porta range quando a empurro.

“Agora não, John,” Nathaniel grunhe, sua bunda flexiona


enquanto entra em alguém. “Prometeu que ela seria minha esta noite.”
Outra lareira está nesta sala iluminando-a para mim.

Sua coxa tem uma cicatriz profunda vermelha de onde atirei.


Mostro os dentes antes de atacar. Puxando um punhado de seu cabelo
oleoso, o arranco de sua festa do caralho. Seu pau sai com um ruído
horrível. Uma rápida olhada na cama improvisada e meu coração para
no peito. Uma garota com cabelos castanho selvagens e desordenados,
lágrimas escorrendo pelo rosto e as pernas bem abertas. Ela não fala e
está nua entre as coxas. Se tivesse que adivinhar, não é mais velha do
que onze. Doze no máximo.

“Não machuque minha irmã!” Ele implora, me fazendo desviar o


olhar para a cena horrível.

Rosno de raiva o jogando no chão. Ele tenta lutar. Apenas uma


maldita criança, mas cheio de maldade. Em outra vida, uma criança
como esta poderia ter sido amigo de meu Rowdy. Mas nesta, ele é o
vilão. A porra do monstro.

Esfaqueio seu peito esperando acertar o pulmão. Ele não é fácil


como os outros filhos da puta. Esfaqueio novamente, desta vez no
abdômen. Murmúrios e gritos saem dele. Rosno afundando a faca em
seu lado. Ele uiva, grita e implora como a porra de um covarde.

Quando fazia minha filha gritar a estuprando e roubando seu


bebê, ele não pediu perdão. Simplesmente pegou e tomou.

Então eu o pego e foda-se.

Minhas mãos absorvem seu sangue e o golpeio repetidamente


uma e outra vez contra o peito. Quero roubar seu coração como ele
roubou o dela. Quero a porra da coisa no meu punho. A menina na
cama soluça e me pergunto brevemente se devo matá-la também. Mas
então lembro do terror e desânimo em seus olhos. Ela não pediu por
isso. Eles tomaram dela também.
Ele para de se contorcer enquanto vomita sangue e engasga. Não
suporto o olhar indefeso no seu rosto. Com a raiva que me consome,
esfaqueio seu rosto.

Novamente.

Novamente.

Novamente.

Minha faca fica presa entre os ossos e puxo tão forte que escuto
a pressão no pescoço. Consigo libertar minha faca pousando de bunda
com um baque no chão. Quando meu olhar varre sobre ele, paz se
instala como uma névoa refrescante. Aquele que feriu meu bebê está
morto. Brutalmente extinto.

Sorrio.

Como a porra de um louco.

Com os gemidos da menina me levanto. Ela foge de mim. Minha


faca está agarrada ao meu aperto. Deveria cortar sua garganta e tirála
de sua miséria. Seu lábio oscila enquanto ela arrasta os cobertores para
se cobrir.

“Obrigada.” O sussurro de seus lábios acalma minha alma.

“Pode sobreviver por conta própria?” Minha voz é rouca.

Ela balança a cabeça.

“Estou levando a porra do meu cão,” estalo.

Seu corpo treme e ela assente mais uma vez.

“Se tentar chegar perto da minha casa e roubar de nós ou nos


machucar, vou te estripar como um maldito peixe.”

Ela amplia os olhos enquanto lágrimas caem.

“Mas se precisar de ajuda,” Rosno. "Nós podemos ajudar."

Sua cabeça balança para trás e para frente. “Não preciso de


ajuda.”

Resmungo, porque não acredito nela.

“Eles mereciam,” murmuro. “Eles machucaram minha menina.”


Lágrimas escorrem por seu rosto. “Estou feliz que o matou.”

Chego a minha mochila e puxo uma lata de frutas. Um gemido


escapa dela quando me ajoelho ao seu lado e a coloco no chão. Bato em
sua cabeça e, em seguida, fico de pé novamente. Antes mesmo de sair
da sala, posso ouvir o pote sendo aberto atrás de mim.

Essa menina estará morta até o final da semana.


Estou quase na cabana quando Buddy trota até mim.

Esqueci da cerca e o portão. Ele esperou pacientemente até


que eu voltasse. Sua cauda abana descontroladamente enquanto me
aproximo.

“Bom menino. Sua mãe vai ficar feliz,” digo a ele quando coço
atrás das orelhas. Abro a porta andando para a varanda. “Devon, sou
eu!”

Ouço passos no interior e a trava desliza para fora. Ela responde


usando apenas minha camisa. Suas longas pernas nuas estão em
exibição e caralho como senti falta disso.

“Oh,” ela engasga ao ver minha aparência horrível. Estou coberto


de sangue de outros homens. Por ela. Sempre por ela.

Buddy empurra e um grito de surpresa escapa dela. Mas no


momento em que percebe que é seu amado animal de estimação, ela
cai de joelhos soluçando. Acho que está mais animada por ver o cão do
que a mim. Ele a beija todo e aperta a vida fora dele. Neste momento,
sou transportado para o passado.

“Quem é um bom cão?” Devon fala estendendo um


biscoito.
Buddy lamenta, mas permanece sentado. Ele sabe o que fazer.
“Você é um bom cão,” ela elogia e lhe dá o lanche. Ele o pega e
corre feliz para um canto do quintal. Quando ela se levanta, as mãos nos
quadris estreitos, franzo a testa.

“Quis deixar o trabalho cedo para vir nadar?” Ela pergunta, o


sorriso largo. Não posso ver seus olhos azuis brilhantes por trás dos
óculos, mas sei que estão brilhando de esperança. Mal posso negar-lhe
algo.

“Vim para casa mais cedo para que pudéssemos levar mamãe ao
cinema, mas...”

Ela abaixa a cabeça e franze a testa. “Ela não quer ir.”

Cerro os dentes e aceno. “Quer chamar alguns amigos?”

“Seth perguntou se poderia vir, mas você disse que nada de


meninos, certo?” Seus dentes mordem o lábio inferior.

Abaixo o olhar para seu corpo num biquíni preto. Os triângulos mal
cobrem as pequenas ondulações de seus seios e os pequenos mamilos
estão eretos sob o tecido molhado. A parte inferior é ainda menor. Ela
tem quadris largos e uma cintura fina. Sonho de cada adolescente.
Inferno, ela está me custando amizades porque escutei um dos meus
companheiros de golfe conversando com outro cara no clube que gostaria
de ser seu Sugar Daddy4.

Meninos são uma péssima ideia.

O único homem que ela terá sou eu porque posso protegê-la deles.

“Nenhum menino,” Concordo com um grunhido.

Ela ri. “Escutei que Seth é um péssimo beijador de qualquer


maneira. Você só me salvou, papai.”

“Sempre vou te salvar,” juro.

Recebo um sorriso doce antes dela virar e ficar pronta para


mergulhar. Estava certo. O material mal cobre seu traseiro. Raiva cresce
dentro de mim que homens e meninos em todos os lugares estão
começando a perceber os dezesseis anos de minha filha. Logo estaremos
fora para o deserto do Alasca e ninguém a olhará.

4 Sugar Daddy - Homem que oferece apoio (financeiro ou material) a um indivíduo mais jovem.
Ela pula na piscina e submerge o corpo sob a água. Sem esforço,
ela nada para um lado. Ainda estou olhando imerso em pensamentos,
quando ela sai na outra extremidade. Comportas de água escorrem de
seu corpo enquanto ela faz o caminho para a banheira de
hidromassagem. Após o dia e tanto que tive, incluindo a parte em que eu
gritei com Sabrina por ser uma cadela egoísta, poderia relaxar na
banheira de hidromassagem.

Rapidamente mudo de ideia. Sabrina está na cama nua, um


convite silencioso para compensar, mas estou muito zangado. Eu a
ignoro como ela sempre me ignora e coloco minha sunga. Antes de sair,
pego uma cerveja fazendo meu caminho até a banheira de
hidromassagem.

Devon está cantando com as costas pressionadas contra os jatos.


Ela é tão bonita com o cabelo molhado agora amontoados
desordenadamente em cima da cabeça. Sua cabeça se move no ritmo
que toca em sua cabeça quando entro na água quente. Uma vez que estou
sentado, inclino a cerveja para trás tomando um gole frio.

“Não é justo,” ela faz beicinho vindo até mim. Nem sequer discuto
quando ela toma a garrafa e bebe um gole. Ela rouba minhas cervejas
desde que me lembro. “Acha que vamos nadar muito no Alasca? Mesmo
com a neve o tempo todo?”

Rio e tomo a cerveja de volta. “O que? A Senhorita Sabichona não


verificou as temperaturas?”

Ela coloca a língua para fora. "Eu fiz. Nos verões pode ser quente.
Só gostaria de ter certeza. Eu amo nadar."

Quando ela pega a minha cerveja de novo, troco de mão e a


mantenho longe. Ela se lança em mim para pegá-la. Seus seios tocam
meu peito e congelo. Nenhum pai quer sentir os seios de sua filha. Ainda
é tão esquisito que quando ela pega a garrafa, a libero. Em vez de se
afastar, ela se instala no meu colo. Como milhares de outras vezes.
Malestar passa rapidamente pela minha coluna desta vez. Talvez seja o
fato de que estamos com trajes de banho. Talvez seja o fato de que está
apenas me preocupando com o fato de parecer uma mulher agora. Seja
o que for, estou com medo de me mover. Não quero ferir seus sentimentos.
Ela é tão sensível por causa da negligência flagrante da mãe. Nós sempre
fomos próximos. Nunca a afastei. Macacos me mordam se começar
agora.
“Li sobre como curtir peles. Há óleos e outras coisas que pode
comprar, mas você pode usar fontes naturais também. Pergunto-me como
Buddy vai se sentir se alguma vez uma pele de um animal estiver ao seu
redor.” Ela ri e bebe a cerveja. “Aposto que ele achará bárbaro.”

Eu rio, os braços envolvendo sua cintura como sempre. “Acha que


estará lá fora curtindo peles? Para que no mundo precisaria de peles de
animais?”

Ela dá de ombros e inclina-se contra meu peito. "Para animais de


estimação."

Bufando, pego minha garrafa de volta tomando um longo gole.


“Isso é bobagem. É para isso que tem Buddy.”

“Mas coelhos são tão suaves,” diz ela, com um sorriso na voz.
Então olha para mim. Quando foi que ela cresceu?

“Eles são. Está realmente pronta para deixar tudo isso para trás?
Sem mais banheiras de hidromassagem, piscinas ou beijadores ruins
como Seth.” Rosno a última parte fazendo-a rir.

Ela pega a cerveja e toma o resto. Então mexe a bunda contra mim
quando se inclina para a frente até a borda. O movimento provoca uma
reação fisiológica que não esperava.

Uma ereção filha da puta.

Eu a empurro para longe limpando a garganta. “Tenho que pegar


outra cerveja já que bebeu a minha.” Minha voz está rouca e sinto como
se meu rosto corasse de vergonha.

Ela levanta da água quente e coloca as mãos nos quadris


novamente. Seu traje de banho está um pouco fora de ordem de um lado
e o rosa de um mamilo aparece.

Afastando meu olhar corro para fora da banheira de


hidromassagem cuidando para manter a estúpida e nojenta ereção
longe de sua visão. “Eu já volto,” digo.

Não pego uma toalha, basta correr para a casa fria. Meu pau está
latejando e estou chateado com isso. É tudo culpa de Sabrina, decido. Se
ela fosse ao cinema com a gente, eu não teria um momento assustador
com minha filha. Doente do caralho.
Invado a casa pronto para brigar com Sabrina. Quando atravesso
o quarto, ela ainda está deitada lá como um burro preguiçoso. Nua. Com
um rosnado, abaixo os meus calções molhados e vou até ela. Bato em
sua coxa, fazendo-a ganir. Então, agarro seus tornozelos e a puxo para
o fim da cama. Ela grita quando a viro. Minha ereção está doendo por
libertação. Deslizo-a além de sua bunda para a buceta. Com um forte
impulso, entro nela. Chegando à frente, emaranhado seu cabelo no
punho. Eu a fodo com força e sem desculpas. Várias vezes, bato em sua
bunda com tanta força que ela grita. Quando estou pronto para gozar,
minha mente escapa por um momento. Um vislumbre do proibido. Quase
vomito de nojo de mim mesmo. E ainda assim gozo mais forte do que
nunca. Saindo, gozo na bunda vermelha de Sabrina.

“Isso foi tão bom,” ela geme da cama.

“Vai ao cinema conosco?” Digo, raiva ainda dentro de mim.

“Você me esgotou,” diz ela com uma pequena risada. “Ficarei de


fora.”

Cerro os dentes. Quero tirar a merda fora dela para colocar algum
sentido dentro. Ela está destruindo sua família.

“Claro,” rosno.

Uma vez que tomei banho e se me vesti, volto para fora. Devon se
anima quando me vê. Ela sai da banheira de hidromassagem e vem até
mim. Jesus. Quem lhe ensinou a andar assim, balançando os quadris e
essa merda? Estou irritado comigo mesmo por ser fraco. Furioso com
Sabrina por desistir. E incomodado por Devon que está seduzindo partes
masculinas de mim que estão estritamente fora dos limites para ela.

“Você está bravo?” Seu lábio inferior faz beicinho. “Foram só


alguns goles, Papai.”

Esfrego a mandíbula e balanço a cabeça. “Não estou bravo com


você, Pip. Vamos ver um filme só nós.”

Ela sorri e fica na ponta dos pés para dar um beijo molhado muito
perto de meus lábios. "Você é o melhor. Estarei pronta em trinta minutos.”

Com vergonha correndo por minhas veias, vejo como sua bunda
rebola em direção a casa.

Estou perdendo minha maldita mente.


CAPÍTULO
QUATORZE

"Estou tão feliz!” Grito procurando os olhos de Papai. Ele está


franzindo a testa e faz uma careta. Tão bonito e tão feroz quanto parece
com sangue espalhado por todo o rosto barbudo, gosto dele limpo para
que possamos nos beijar. “Vá sentar na cadeira.”

Ele pisca saindo de seu torpor e me dando um pequeno sorriso


antes de fazer como falei. Com pressa, ele retira a jaqueta e camisa até
que veste nada além da calça jeans e meias. Alimento Buddy com
alguns pedaços de coelho e uma tigela de água. Ele parece satisfeito no
tapete de pele de urso, roendo a carne.

Quando viro para olhar Papai, ele está sentado com um olhar
predatório que me faz tremer. Fervo um pouco de água e, em seguida,
me preparo para limpá-lo. Meus olhos deslizam sobre o peito sempre
que podem. Seus músculos são uma obra de arte. Estou pronta para
lavar o sangue de seu rosto e cabelo. Seus olhos castanhos escuros
perfuraram os meus. Ele está extremamente intenso hoje à noite. Quer
dizer, ele matou alguém. Estou supondo que isso deixa qualquer um
intenso. Em vez de sentir medo, fico aliviada. Ele está vivendo sua
promessa de me proteger não importa o custo.
“Lembra da última vez que planejamos ir ao cinema antes de vir
para cá?” Sua voz é tensa. Rouca.

Corro os dedos pelo cabelo. “Claro que sim.” Foi uma das
primeiras vezes que senti sensações hormonais incomuns. Com meu
Papai de todas as pessoas. Quando o limpo, acho que volto para aquele
dia.
Nunca estive num encontro. Não tenho idade suficiente,

papai diz. Mas cada vez que ele e eu saímos juntos, finjo
que é exatamente isso. Ele sempre se veste bem, muito melhor do que os
idiotas de que sou amiga e moram no bairro. Estou orgulhosa que ele
está ao meu lado. E sempre estarei ao dele. Desde que mamãe não sai
com ele, acho que merece alguém bonita em seu braço. Alguém feminina.
Hoje à noite, em vez de meu jeans habitual e camiseta, escolho um
vestido azul que complementa meus olhos e cabelos. Junto com
sandálias de tiras e cabelo liso. Quando está tranquilo assim, papai,
distraído me toca muito. Gosto quando ele toca meu cabelo.
Normalmente, não uso um monte de maquiagem, mas esta noite fico uma
boneca para ele. Mais cedo, na banheira de hidromassagem, ele pareceu
com raiva de mim. Não quero que fique bravo.

Uma vez que passo perfume, pego uma pequena bolsa e desço as
escadas. Ele está esperando, parecendo jovem e bonito, numa calça
preta e camisa branca de botão. A camisa está passada e ele deixou os
dois botões abertos na garganta. Ele também arregaçou as mangas
revelando os antebraços tonificados. Sorrio porque ele parece muito bem.

Quando nossos olhos se encontram, os seus vagueiam


rapidamente pela frente do meu corpo antes dele balançar a cabeça.
"Não."

Machuca meu coração e faço uma carranca. "Não?"

“Esse vestido ...” Ele cerra o queixo e olha para o lado. “É muito...
extravagante.”

Olho para o vestido de verão com o decote. Ele é justo e fino como
seda, mas não é vulgar. “Papai,” Faço beicinho. “Eu gosto deste vestido.”
“O vestido não é o problema,” ele resmunga. “É como as pessoas
vão reagir quando te verem nele.”

Sorrio. “Tem medo que eu encontre um namorado esta noite?”

Ele não ri como espero. Em vez disso, franze a testa e os dedos


percorrem meu cabelo liso. “Você é muito bonita.”

Meu coração vibra com suas palavras. “Então me proteja desses


caras,” digo a ele, radiante. “Isso é o que pais fazem.” Agarro seu
antebraço e ele tensiona. Tudo que eu vejo é um aceno de cabeça,
concordando. É o suficiente.

Trinta minutos mais tarde estamos pela cidade no carro esporte


preto do meu pai. Passamos pelo cinema e franzo a testa em confusão.
Ele nos leva para o cais e parques ao longo do lado da estrada. Assim
que saio do carro, posso sentir o cheiro de frutos do mar e meu estômago
ronca.

“Pensei que poderíamos jantar em vez de ir ao cinema. Esse


vestido é muito bonito para um lixo de sala de cinema,” diz ele
rispidamente.

Meu coração floresce como uma flor. Ele pega minha mão e não me
sinto como sua filha. Sinto-me como uma mulher bonita no braço de um
homem bonito. Essas pessoas não nos conhecem. Elas podem assumir
que somos um casal. O pensamento é perigoso, mas não indesejável. Ele
envia arrepios de calor através de mim. Ele aperta minha mão e sorrio.

“Gostaríamos de uma mesa ao ar livre com vista para a baía,”


Papai diz a anfitriã.

A anfitriã sorri e nos mostra à mesa. Não posso impedir o rubor


envergonhado que se arrasta até meu pescoço quando meu pai puxa a
cadeira para mim. Seus dedos estão em meus cabelos e tremo. Em
seguida, ele senta na minha frente, os olhos castanhos mais escuros que
o habitual.

“Quando tiver oitenta anos tem permissão para começar a


namorar,” ele brinca com um sorriso de lobo que vira meu interior do
avesso. “Veja a atitude de como um homem deve tratá-la.”

Aceno e dou um sorriso. “Estou tomando notas.”


Ele sorri o que faz com que um calor externo inunde meu corpo.
Sua perna roça contra a minha debaixo da mesa e deixa meus nervos
em pé. Na hora do jantar papai pede uma garrafa de vinho. O garçom
não questiona minha idade. Simplesmente traz a garrafa e serve em
nossos copos.

O jantar é divertido. Nós rimos, conversamos e desfrutamos da


comida. Nós dois estamos animados sobre a próxima aventura no
Alasca. Posso ver a alegria dançando nos olhos do meu pai. Ele está
pronto para o próximo passo. Estou pronta também. Egoisticamente,
estou ansiosa por mais tempo com ele. Ele trabalha tanto que sinto como
se eu nunca o visse. Como o álcool vibra através do meu sistema, fico
acidentalmente roçando as pernas mais frequentemente. Seus olhos são
positivamente maníacos quando me olha. Não entendo o olhar, mas
parece fazer meu coração trovejar no peito.

Depois do jantar, ele me guia para um bar onde pessoas estão


dançando. Ele pede bebidas, mas só me permite ter uma. Faço beicinho
e ele ri. Seus dedos, como se tendo vida própria, brincam com uma mecha
do meu cabelo. Tenho certeza de que qualquer encontro nunca será capaz
de superar este com meu pai. Quando o álcool nos tem solto e rindo com
mais frequência, ele me leva para a multidão de corpos suadas. A música
é rápida e começamos a nos mover com a batida. Ele é todo sorrisos e
gosto quando suas mãos continuam a tocar meus quadris. Fico em
chamas a cada vez que ocorre. Num ponto, estou dançando na frente
dele, de costas para seu peito enquanto a palma da mão repousa contra
meu estômago. Desejo ardente surge através de mim. A palma da outra
mão desliza para baixo por minhas costelas e deixo escapar um gemido
embaraçoso que, felizmente, é coberto pela música.

Estou bêbada.

Os sentimentos que rastejam através de mim são por causa do


álcool.

Seus dedos deslizam mais para baixo em meu estômago. Não acho
que ele percebe que seu mindinho toca meu osso púbico. Estou tão
excitada que fico tonta. Minha calcinha está cheia com desejo e meu
vestido encharcado de suor. Quando meus joelhos falham, ele me agarra
de repente, o forte antebraço apenas sob meus seios.

“O que há de errado?” Ele exige, com a voz em pânico contra meu


ouvido. "Você está doente?"
“Tonta. Estou apenas tonta.”

Ele me puxa de lado e guia para longe da pista de dança. Uma vez
fora do bar ocupado, ele encontra uma única cadeira no canto. O vento é
mais frio agora que o sol se pôs e minha pele arrepia. Ele senta na
cadeira e me puxa para seu colo. Nossos corpos estão pegajosos de suor,
mas o vento me faz tremer.

“Só vamos tirar o álcool. Não deveria ter te deixado ter essa
bebida," diz ele, a voz revestida de vergonha. Seus dedos percorrem meu
cabelo e minha barriga treme.

Aconchego-me contra ele buscando calor. “Ficarei bem em um


minuto. Estava muito quente. Agora estou congelando.” Rio da tolice dele.

Seus braços me puxam mais perto. Papai é quente, seguro e forte.


Começo a divagar. Sua palma esfrega círculos nas minhas costas, mas,
eventualmente, ele para e a deixa na minha bunda. Não acho que ele
percebe que está me tocando, mas não o corrijo. Gosto de sua mão lá.

Acordo mais tarde com ele me levando para a cama. Não lembro
muito, mas estou ansiosa para dormir. Ele remove os sapatos e, em
seguida, me cobre com a colcha. Estou tranquila como seus dedos
acariciando meus cabelos. Seus lábios pressionam em minha testa e ele
sussurra algo que quase não ouço.

“Prometo que não vou me permitir ter mais uma noite egoísta como
esta.”

Meu coração afunda porque sua noite egoísta foi a melhor da


minha vida. Mas quando ele está longe, não posso deixar de sorrir no
escuro.

Ele não fez promessa de mindinho.

“Eu te quis naquela noite,” admito, minha voz


trêmula.
Seus olhos castanhos escuros ardem nos meus. "Você quis?"
“Você estava com raiva de mim após a hidromassagem e não
tinha certeza do porquê. Só queria agradá-lo. É por isso que fiquei tão
bonita. Para você.” Sorrio quando coloco o pano de volta na mesa.

Seus traços são selvagens. Um animal por trás de seus olhos.


“Não estava com raiva. Senti nojo de mim mesmo. Você se esfregou
contra mim. Deixou meu pau duro. Eu pensei que era um doente.”

Franzo a testa e balanço a cabeça. “Você não é doente. Nunca


foi.”

Ele faz uma carranca. “Fodi sua mãe.” Ele pisca envergonhado.
“Mas não estava satisfeito. Algo proibido estava dentro de mim. Não
tinha certeza de como desligar. Naquela noite, egoisticamente queria
afastar esta ferida interna. Não teria feito qualquer coisa para cruzar a
linha, mas só precisava...”

Olho-o debaixo dos meus cílios, um calor tímido queimando meu


rosto. “Fiquei tonta na pista de dança por causa da maneira que me
tocava. Eu queria mais. Eu queria tudo. Não tinha certeza de como
processar esse pensamento. Seus dedos estavam tão perto.”

Ele rosna e esfrega a parte de trás do meu pescoço. “Quase te


toquei naquela noite. O álcool me confundiu. Meus olhos estavam
fechados. Estava perdido no momento. Se não tivesse falado, tenho
medo de que poderia ter roçado os dedos em seu clitóris.”

Toda a conversa daquela noite deixa minha calcinha molhada.


Tiro a camisa e revelo meus seios nus. Seios que uma vez ele achou
estarem fora dos limites. Eles nunca estiveram. Aqui ou lá, tenho
certeza que teria lhes oferecido em algum ponto.

“Eu teria deixado,” admito num sussurro. “Eu teria deixado seu
dedo em mim. Na frente de todos. Eu queria seu toque.” Procuro sua
mão. “Ainda quero.”

Ele se levanta e fica em cima de mim. Quando giro, deixo escapar


um gemido chocado. Seus quadris começam a se mover numa música
imaginária. Mordo meu lábio quando sinto sua ereção me cutucando.
Suas mãos sussurram por minha pele nua, recriando aquela noite. Um
toque no meu lado faz cócegas, mas a um nível perigosamente baixo no
meu estômago me faz ver estrelas. Fecho os olhos e volto para aquela
noite. Seus dedos se movendo debaixo do meu vestido. Deslizando em
minha calcinha e procurando meu calor. Dedos grossos empurrando
dentro de mim. Me possuindo. Grito de prazer. Minha excitação pinga
como nunca antes. Ele empurra minha calcinha pelas coxas e caem
nos tornozelos.

“Incline-se,” ele exige, a voz rouca.

Alcanço meus dedos do pé, oferecendo o corpo nu para ele. Seus


jeans e boxers batem no chão antes dele começar a esfregar sua ereção
quente contra meu sexo escorregadio.

“Deixaria eu te foder, ali mesmo, no cais se eu tivesse pedido?”


Sua voz é feroz e profunda. Estremeço quando seus dedos poderosos
afundam em meus quadris. “Diga-me, menina.”

Choramingo por sua voz sexy e palavras. “Sim. Toquei-me


naquela noite. Imaginei que fosse você. Às vezes fingia ter pesadelos
assim entraria no meu quarto usando apenas cueca. Gosto da forma
como nossos corpos se encaixam. Como é tão forte e viril. Sou pequena
e vulnerável. Quando na minha cama, você beijou e me segurou como
um amante faria. Possessivo e protetor. Você teria acariciado meu
cabelo como se eu fosse sua e só sua. Tantas vezes quis montar suas
coxas uma vez que começou a roncar e...”

Grito quando ele me segura forte pelos quadris. Meu corpo treme
como se eu pudesse entrar em colapso, mas seu aperto de morte em
meus quadris me impede de cair. Ele me fode com força. Tão forte que
nossa pele faz um alto som de tapa. Tão forte que o cão gane. Tão forte
que sei que estarei dolorida em todos os lugares.

“Forte,” Imploro.

Quero que ele me divida em dois e seja meu dono. Seus quadris
batem de forma erótica que me tem selvagem com luxúria. Gozo com
um tremor violento. Ele puxa para fora de repente e espero gozar. Em
vez disso, ele pressiona contra o buraco apertado da minha bunda.
Terror sobe por minha garganta, mas antes que possa escapar, ele
passa os dedos ao longo da minha espinha.

“Ele te tocou aqui,” ele rosna.

Sei exatamente o que ele quer dizer. Ezekiel foi a última pessoa
a me tocar lá. De repente, apesar da dor, eu também quero.
“Sim,” sufoco. "Foi."

Ele empurra lentamente e fogo me atravessa. Quase sufoco num


soluço que estou tentando sufocar. Papai não parece com o estuprador.
Ele é gentil, mas possessivo. Mal consigo me segurar e sou grata
quando ele senta novamente na cadeira me empalando em seu pênis.
O fogo dentro de mim está furioso, mas confio nele. Ele envolve o
antebraço musculoso em volta do meu peito e me puxa contra ele.
Inclino a cabeça para trás para descansar em seu ombro.

“Dobre os joelhos,” ele ordena, sua respiração quente fazendo


cócegas no meu pescoço.

Presumo sua posição desejada e sou grata ao que parece


diminuir a queimação dentro da minha bunda. Meu sexo está aberto e
exposto. E como um cão farejando um osso, ambas suas mãos me
exploram lá. Ele esfrega contra meu clitóris enquanto usa três dedos
em meu sexo ainda pingando. A intrusão dói, mas quando aperto em
resposta, o prazer me domina. Estou tão cheia dele. Em toda parte. Ele
me fode com os dedos, como se fosse seu poderoso pau. Estou tão
perdida em todas as sensações que sinto estar fora do meu corpo. Seus
dentes devastam minha carne em todos os lugares que pode chegar e
fico impotente. Ele está me devorando pouco a pouco e estou feliz.

Com um grito de abalar a alma eu gozo. Gozo em toda parte. Não


entendo isso. Eu não posso descrever. Simplesmente explode. Meu
corpo o aperta e me arrepio. A queimadura na minha bunda intensifica
à medida que seu pênis parece expandir. Em seguida, goza quente e
jorrando dentro de mim.

Estou sendo consumida.

Gozo de novo.

E então desmaio.
CAPÍTULO QUINZE

Aperto meu presente para Devon no bolso. Tenho que carregar


comigo desde então e puxo de onde o encontrei. Está na hora. Quero
que ela o tenha. Tem sido quase três meses desde que matei aqueles
homens. A culpa mora dentro do meu coração que deixei uma pequena
menina sem ninguém. Mas nada está dentro do meu peito oco, somente
Devon. Sempre Devon.

Farejando o ar frio, não posso deixar de notar que o tempo não


está tão frio. A primavera chegará em breve e derreterá tudo. Minha
querida menina estará em seu elemento novo no rio e a caça de frutas.
Não posso esperar para vê-la usando menos roupa também. Quando
em casa ficamos nu. Nosso fogão é quente e isso nos mantém
aquecidos. Mas depois de ver as lareiras na cabana, meu cérebro zumbe
com novos planos para a casa. Quero passar o muro de um lado e
estendê-lo. E quando fizer, farei uma lareira real com uma chaminé
para mantê-la aquecida.

Pego os dois coelhos mortos a meus pés e volto para a cabana.


Devon vai gostar do tamanho destes animais. Ela se tornou obcecada
com a coleta de suas peles. É a porra mais bonita como ela grita comigo
se não esfolar corretamente. Deus, eu a amo.

“Querida, cheguei,” meio de brincadeira falo quando entro pela


porta.

Ela está sentada de pernas cruzadas em nossa cama. Nua é claro.


Seu longo cabelo loiro está limpo e escovado. Ele cobre seus seios
pequenos. Um sorriso brinca em seus lábios enquanto usa o kit de
costura de sua mãe para unir as peles. O cobertor está ficando maior a
cada dia que levo um coelho para casa.

Ela levanta o olhar para o meu e me dá um de seus sorrisos que


iluminam a sala. “Não demorou muito.”

“Sai faz horas,” digo com uma risada, fechando a porta e


trancando. “Você só esteve perdida em sua tarefa.”

Ela boceja e move os suprimentos do cobertor e costura para o


chão. Retirando meu casaco, meus olhos nunca a deixam quando ela
se estende sobre a cama. Seu cabelo cai para longe dos seios que estão
um pouco inchados. Não perco o pequeno aumento em seu estômago.
Desta vez, em vez de tirar conclusões precipitadas ou enlouquecer, oro
por um bebê. Não mereço, mas quero de qualquer maneira.

“Você parece cansada,” observo ao tirar minhas roupas. Há uma


tonelada de merda para fazer, mas agora só quero deitar com minha
mulher.

Seus olhos são de um azul suave quando fala. Uma vez que estou
nu e ao seu lado, ela pega minha mão. Orienta-a para seu estômago e
a descansa ali. Um sorriso sereno brinca em seus lábios.

“Acho que estou grávida.” Ela morde o lábio inferior, preocupação


cintilando em seus olhos. Fui um idiota da última vez que descobri e
posso entender sua reação.

“Sério?” Meu sorriso é largo quando me inclino para beijá-la.

"Sério."

Devoro seus lábios esperando que ela vá sentir como estou feliz.
Após a perda de sua virgindade, nunca quis nada mais. Este bebê é
nosso e ninguém vai machucá-lo. Esse voto é um que posso sentir no
fundo da minha alma.

Afastando-me, guerrilho internamente se ela vai gostar do


presente. Mantive-o todos estes meses. No início, por outras razões.
Agora, significa algo completamente diferente.

Ou será, se ela aceitar.

“Levante,” ordeno.
Ela arqueia a sobrancelha loira, mas obedece. Minha garota
sempre obedece porra, porque confia em mim completamente. Coloco
a mão no bolso das calças de brim e retiro o presente. Ainda de joelhos,
tomo sua mão, a olhando.

“Devon Abigail Jamison. Sei que não terá uma vida normal, mas
estou lhe pedindo para vivê-la comigo. Para sempre. Só nós e as vidas
que criarmos. Seja minha esposa, baby. Por favor.” Seus olhos estão
arregalados e cintilantes de lágrimas. Beijo sua barriga quando ela
acena com a cabeça. Então, tomo sua mão e coloco o anel de casamento
de sua mãe. “Ela queria que tivesse isso um dia. Sei disso. Não tenho
nada para oferecer além disso. Se aceitar.”

Lágrimas correm pelas bochechas e sua mão treme. “É claro que


aceito, bobo. Eu te amo. Pertencemos um ao outro.” A puxo para baixo
em meu colo e nos beijamos.

Beijamo-nos até que o sol se põe.

E nos beijamos até que ele nasça para cima novamente.

Nós. Só. Beijamos.

“Pizza de Pepperoni com cogumelos ,” diz ela


gemendo. “Isso teria um sabor muito melhor que de coelho.”

Ela está definitivamente grávida. Dois meses atrás, quando


perguntei se queria ser minha esposa, assumi que estava. Mas agora
não há como negar. Seus seios estão maiores e deliciosos para caralho.
E, Jesus Cristo, mesmo sua barriga é linda. Pequena e redonda, mas
definitivamente carregando uma criança. Ela fica doente
frequentemente e dorme muito, mas tudo parece normal. Os desejos
são difíceis. Odeio negar, mas também não quero esgotar nossas fontes
em caso de emergências.

“Como feijão verde?” Pergunto indo até a fenda.

Ela bate palmas. “Mesmo? Podemos realmente ter um?”


Concordo com a cabeça pegando a lata. Ela está emocionada
como o inferno sobre uma lata de feijão verde. Deixa-me culpado não
poder dar todos os alimentos que ela quer o tempo todo. Mas esgueiro
uma lata de algo, frutas ou vegetais, pelo menos uma vez por dia,
porque sei que ela precisa de nutrientes extras e carne não é suficiente
para nosso bebê crescer.

Uma vez que cozinho o feijão e ofereço o pote inteiro, ela conta
alegremente sobre coisas que quer fazer para o bebê enquanto cheira o
feijão verde. Não me concentro muito no que ela fala, mas em como ela
diz. Seus olhos estão iluminados com alegria. Um sorriso permanente
fixo no rosto bonito. Ela está feliz para caramba. Nunca a vi assim. Tão
livre e em seu elemento.

“Você é linda,” deixo escapar, interrompendo-a.

Suas bochechas coram. "Obrigada."

Fico na frente na minha cadeira e acaricio seu longo cabelo.


“Quer dizer, não consigo parar de te olhar.”

Ela ri. “Você não é tão ruim de olhar também.”

Quando ela se lança em como quer arrastar algumas caixas de


trás do trailer, me perco a olhando. Minha mente vagueia para quando
arrumamos o trailer.
“Estou levando isso.” Sabrina deixa cair uma caixa de plástico na

minha frente. Seus olhos piscam com vida por uma vez.

“O que tem ai?” Pergunto, franzindo a testa. Deveríamos levar


menos lixo e mais suprimentos.

“Algumas memórias de quando nossos filhos eram pequenos.


Documentos importantes. Coisas assim.”

Quero que não, mas ela não pediu para fazer qualquer coisa. Se
isso é importante para ela, vamos fazer um quarto. Ele pode juntar poeira
no deserto como faz aqui.

“Ok,” cedo.
Ela me deixa e corre através de nossa casa agora quase vazia, de
volta para a cama sem dúvida. Estou carregando o resto do reboque esta
noite e partimos amanhã. Não levamos qualquer mobiliário. Nosso plano
é viver no motorhome até eu ter uma grande cabana construída na parte
superior da montanha. Assim que terminar, vou levar o motorhome e
reboque de volta à cidade para comprar móveis.

Coloco a caixa no trailer, juntamente com cerca de cinquenta mais.


Depois tranco para a noite e volto para dentro. Estou suando como um
filho da puta então retiro a camisa e vou para o chuveiro. Logo, chuveiros
como estamos acostumados será coisa do passado.

A música toca do quarto de Devon e destranco para ver como ela


está. Inclino-me contra a moldura da porta e observo. O quarto dela está
agora vazio só com a cama e cômoda que vendemos com a casa. Ela lê
um livro sobre sobrevivência e gira uma mecha do cabelo loiro. Não posso
deixar de sorrir.

"O que está fazendo?"

Ela senta e joga o livro na cama. “Aprendendo a suturar feridas e


que plantas são venenosas. A pergunta é, o que você está fazendo?” Seu
olhar desliza sobre meu peito nu e lamento instantaneamente ter tirado
a camisa. As coisas estão estranhas, já que algumas semanas atrás, eu
a levei para jantar. Perdi a cabeça naquela noite e estou tentando
desesperadamente recuperar o controle.

“Embalando as últimas caixas no trailer. Tem mais que precisa


levar?”

Ela sorri. "Apenas eu. Não se esqueça de mim."

“Nunca poderia esquecer de você.”

Ficamos em silêncio por um momento.

"Papai…"

"Sim?"

“Estou muito animada com isso.” Suas sobrancelhas arqueiam


quando se levanta da cama. “Você está fazendo a coisa certa. Por mãe.
Por nós.”
Odeio que meus olhos estúpidos vão para seus mamilos que
aparecem para fora da camisola de seda. Cerrando os dentes, forço meu
olhar ao encontro do dela. Ela me abraça e nem sequer reclama da minha
pele suada.

“Eu te amo,” ela diz, seu hálito quente fazendo cócegas no meu
peito.

Deixo escapar uma respiração profunda acariciando seu cabelo


loiro sedoso antes de beijar o topo de sua cabeça. “Também te amo, Pip.”

“Selvagem. Estamos realmente fazendo isso.”

Eu a abraço apertado. “Realmente estamos.”

“Reed!” Devon grita de dentro da cabana.


Abandono a madeira que estou cortando e corro para dentro,
Buddy em meus calcanhares. Quando entro, esperando o pior, a
encontro nua na cama com as palmas das mãos sobre a grande barriga
redonda. Imaginamos que ela está perto de cinco ou seis meses, mas
não temos certeza.

“Venha sentir,” ela me diz, o rosto brilhante e animado.

Vou até ela e coloco as mãos em sua carne dura. Estou franzindo
a testa quando algo dentro dela esbarra na minha mão. Nossos olhos
se encontram e juro que meu coração para de bater na porra do peito.

“Isso foi o bebê?”

“Não, é o alienígena que tomou conta do meu corpo,” ela brinca.

Rio, mas não tiro as mãos dela. Quero sentir se mover


novamente. “Esta é a coisa mais incrível que já senti.”

Ela me olha, pensativa. “Ainda mais surpreendente do que


quando sentiu Drew e eu na barriga de mamãe?”

Suas palavras, tão repentina e confusas, me assustam. Afasto as


mãos como se ela estivesse em chamas. Correndo os dedos pelo meu
cabelo, me afasto dela.
"O que está errado?"

“Lembrei que não trouxe essas caixas para você. Vou buscá-las
agora.”

Quando ela franze a testa e seu lábio oscila, volto para perto.
Seguro seu rosto em minhas mãos e a beijo. “Eu te amo,” asseguro.
“Amo nosso bebê também. Isso é incrível, Dev.”

Seu sorriso está de volta, mas não alcança os olhos. Aceno para
ela e saio. O clima mais quente derreteu um monte de neve. Estou
fervendo de dentro para fora. Puxo a camisa suada e coloco na parte de
trás da minha calça jeans quando vou em direção ao trailer. Leva três
viagens para trazer duas caixas a cada viagem antes de me decidir que
é o suficiente para o dia. Devon não está triste quando animadamente
aponta para onde as quer. Construí prateleiras e um armário para
guardar as coisas. Estamos superando rapidamente nosso pequeno
espaço. Agora que as temperaturas mais quentes estão aqui, vou
começar na extensão.

Pego o grande balde que usamos para água e vou em direção ao


rio. É a mesma viagem que faço pelo menos uma vez por dia. Já tracei
um caminho até as margens do rio. Um dia vou construir um pequeno
cais aqui para que possamos fazer piqueniques e desfrutar do sol sem
ter que ficar na sujeira. Estou perto de nossa casa quando escuto.

Uma voz.

Profunda e viril.

Um predador.

Um estuprador filho da puta.

Atirando o balde de água para baixo, pego o objeto mais acessível


que posso encontrar o que é a minha faca no cinto. Estou pronto para
destruir o filho da puta.

“Whoa, cara. Acalme-se.”

A voz é familiar. Meus olhos perfuram o estranho. Ele tira um


gorro e seu obscenamente longo cabelo castanho claro cai. Fito os olhos
coloridos.

“Reed Jamison?”
Endureço, buscando em meu cérebro de onde o conheço. “Atticus
Knox.”

Ele deixa escapar uma respiração lenta, balançando a cabeça.


“Quase não te reconheci, homem. Que barba do caralho.” Seus olhos
permanecem fixos na faca que ainda tenho que colocar na bainha.
Apesar de saber quem é o cara, minha coragem se levanta. Não confio
em ninguém. A única pessoa que confio é minha Devon.

Ele é um cara maior do que eu e isso me irrita. Voltei quando


comprei a terra e dividimos algumas cervejas após o encerramento.
Cara legal. Meados dos anos trinta. Jogou futebol na faculdade. Sua
família possui mais acres no Alasca do que todas as outras famílias
juntas.

Mas agora…

Ele é uma ameaça.

Todos são.

“Só vim te verificar agora que a neve derreteu. Você não apareceu
na cidade. Eu tinha certeza de que voltaria para abastecer ou algo
assim. Tenho amigos na loja de ferragens e mercearia mantendo um
olho. Fiquei preocupado com vocês durante todo o inverno. Quando vi
o que aconteceu, imaginei que estavam mortos. Mas então caminhei
até a garganta e tinha evidência de que alguém esteve ali. Estou tão
feliz que sobreviveram," diz ele, seu tom genuíno.

Raiva surge através de mim. “Minha esposa morreu pelo


impacto.”

Tristeza surge em seus olhos. "Sinto muito. Sua filha?"

Aperto a faca com mais força. Ciúme e proteção explodem dentro


de mim. Não o quero perguntando sobre ela ou falando seu nome. "Ela
está bem."

Ele deixa escapar um suspiro de alívio e coça a mandíbula


desalinhada. “Você está bem, cara?”

Rangendo os dentes, balanço a cabeça. "Você mentiu. Disse que


não haviam aqui. Pessoas. Estão. Aqui."
Ele dá um passo para trás. “Acalme-se agora, Reed. Isso é algo
de que vim avisá-lo. Na minha terra encontramos pelo menos cinquenta
posseiros este inverno. Alguns são violentos. Eles estão fodendo tudo.”
A palavra em sua língua tem lhe fazendo uma cara azeda. “Será que te
machucaram?”

Meu queixo cerra. “Eles a machucaram.”

Compreensão aparece e franze seu rosto. Tristeza assola suas


feições. Então, talvez ele não seja o inimigo. “Porra, cara. Como posso
ajudar?"

Engulo balançando a cabeça. “Eu os matei. Porra, eu os matei.”

Ele balança a cabeça em aprovação. “Ninguém se preocupa com


eles. Você não vai para a prisão.”

Como se desse a mínima para a prisão.

“O que quer?” Pergunto, meu tom áspero.

Ele ainda está me olhando como se eu fosse um urso selvagem


que precisa acalmar. “Só quero ajudá-los. Você precisa de algo?
Remédio? Comida?” Seu olhar passa rapidamente para a cabana. “Vejo
que está trabalhando na cabana.”

Meus pensamentos vão para Devon. Tendo um bebê em breve,


vamos precisar de suprimentos. Não posso ser estúpido e afastar a
única ligação com o mundo exterior que pode nos ajudar.
Relutantemente, aceno. “Na verdade, podemos usar algumas coisas.
Vai ficar para o jantar?”

Ele sorri, os dentes perfeitos e brancos, ao contrário daqueles


malditos selvagens. "Claro."
CAPÍTULO
DEZESSEIS

Perco-me ao repassar minha caixa de livros. Os heróis nas capas


são todos bonitos, mas não tão de tirar o fôlego quanto Papai. Ainda
assim, estou ansiosa para lê-los. Não há muito para fazer aqui como
diversão. Ler é divertido e não posso esperar para passar isso a nosso
filho. Estou um pouco triste por não ter livros para minha coisinha.
Talvez eu escreva algumas histórias para o bebê.
Pego meu caderno e escrevo um conto infantil sobre um homem
feroz que luta contra ursos assustadores. O nome do homem é Reed e
ele salva a princesa no final. Estou sorrindo enquanto rabisco a
história. Isso até que ouço.

Vozes.

Pânico tampa minha garganta e ofego. É muito perigoso no meu


estado avançado da gravidez subir na mesa para olhar pela pequena
janela. Uma das vozes é de Papai e ele não parece alarmado ou com
medo. Ainda assim, estou preocupada. Rapidamente, visto as calças de
yoga que preciso usar bem abaixo nos quadris, elas são uma das
poucas roupas que consigo vestir e depois pego uma das camisas de
Papai. Tudo que é meu está muito apertado. Uma vez que estou vestida
e com minhas botas e casaco postos, pego a espingarda e abro a porta
lentamente. Silenciosa como um rato, rastejo pela lateral da casa. Papai
está de costas para a cabana conversando com um homem.

O homem tem selvagens cabelos castanhos claros e sorri


enquanto fala com Papai. Ele não porta nenhuma arma. Ainda estou
com medo porque é mais alto e maior do que Papai. Se quisesse
machucá-lo, temo que seria capaz.

Chick-chuck!

Carrego a espingarda, pronta para disparar.

Papai se vira e o cara fica de boca aberta para mim.

"O... O que quer?" Exijo, minha voz tremendo de medo.

"Não estou aqui para te machucar," diz o homem, levantando as


mãos. “Vim ver se precisam de suprimento.”

“Este é Atticus Knox. O cara de quem comprei a terra,” diz Papai


em tom tranquilizador. Isso me acalma superficialmente. Mas o fato de
Papai ainda estar segurando firmemente sua faca não afasta
completamente meu medo.

"Suprimentos?"

"Qualquer coisa que precise. Posso buscar e volto em uma


semana ou duas," Atticus me assegura.
"Por que nos ajudaria?" Questiono, raiva e desconfiança
escorrendo por minha voz. "O que ganha com isso?"

"Dinheiro," Papai responde por ele. "Tenho algum no cofre que


sobrou depois do acidente no trailer."

"Se te der uma lista, conseguirá o que preciso?" Minha mente


começa a zunir com todas as coisas que precisaremos para o bebê.
Então, talvez eu não deva atirar nesse homem. Ele não parece os
estupradores de antes. Estremeço e encontro seu olhar com ferocidade.

Ele engole. "Qualquer coisa. Devon, certo?"

Meu aceno é brusco. "Se tentar nos machucar, atirarei em você,"


ameaço.

Atticus sorri de um jeito caloroso. "Compreendo. Só quero


ajudar."

Apesar das temperaturas mais quentes, ainda não é totalmente


primavera. Uma brisa fresca do Norte nos atinge. O sol vai se pôr logo
e sei que ficará frio esta noite.

"Ficará para o jantar?"

Tanto ele quanto Papai acenam.

Então, Atticus fala novamente. "Pensei em ficar alguns dias.


Mostrar-lhes uma ou duas coisas sobre como sobreviver aqui. Depois
disso volto a pegar a estrada."

Finalmente abaixo a arma. "OK."

Papai pisca para mim e meu coração aquece. Olho-o com alegria.
Atticus está impressionado com o interior da nossa cabana e com

o fato de utilizarmos a caverna também. Ele se maravilha


com a lareira que fizemos e com os móveis. Apesar disso, as manchas
de sangue nas colchas fazem com que desvie o olhar. Para mim, são um
constante lembrete de Peach e me recuso a esquecer.
Fico empacotada no meu grande casaco apesar do calor. Meu
bebê está a salvo de seus olhares luxuriosos. Mas eventualmente
começo a suar. Ele e Papai conversam compartilhando a garrafa de
uísque que Atticus trouxe. De vez em quando, Atticus me olha com
olhos suaves e tristes. Não quero este olhar em mim.

"Você quase não tocou no seu ensopado," observa Papai, com


uma expressão franzida estragando o rosto bonito.

"Não estou com fome."

Sua mandíbula treme, mas ele não diz nada sobre o assunto.
Continuo fazendo a lista de coisas que preciso enquanto eles conversam
e riem. Irrita-me que este homem esteja em nossa casa. Não quero
nenhum outro homem aqui além de Papai.

"Sobrou uma lata de frutas mistas com extra de cerejas que tanto
ama," diz Papai, o rosto ainda franzido. A preocupação está escrita em
suas feições. Ele quer que eu coma pelo bebê.

Com um suspiro, solto meu caderno e deixo cair o casaco.


Quando vou buscar a fruta, porque só de falar sobre isso meu estômago
ronca, pego Atticus olhando minha barriga grávida.

Horror.

Essa é a única maneira de descrever o olhar em seu rosto.

Abraço-me protetoramente enquanto passo por ele até a caverna.


Posso sentir seu olhar indesejado enquanto pego a lata de frutas.
Quando passo de volta, ele está franzindo a testa.

"Vou precisar de coisas para o bebê," digo severamente.

Ele engole e assente. “Anote o que precisa.”

Enfio-me sob as cobertas para me esconder e comer a fruta em


paz enquanto rabisco itens. Eventualmente adormeço porque Papai não
vai deixar esse homem me machucar. Mas, apenas por precaução,
mantenho a espingarda próxima.
Acordo com o coração na garganta quando alguém
beija meu estômago nu. Meu corpo relaxa ao notar os cálidos olhos
castanhos de Papai me fitando. Ele me ajuda a tirar a camisa e depois
remove o resto da roupa. Sua boca encontra a minha num casto beijo
e sinto o gosto de uísque nele. Quero sugar sua língua.

"Ele foi embora?"

Meus olhos se voltam para a porta e relaxo ao ver nossa


fechadura no lugar.

"Está acampando em sua barraca lá fora, apenas dentro da


cerca," ele me diz, a boca beijando meus seios muito maiores.

Desejo brota em meu núcleo e gemo quando ele suga com força
meu mamilo. Minha barriga está grande e fica no caminho, mas não o
impede de conseguir o que quer. A mim. Ele é esperto e sabe me
posicionar de maneiras que não são esquisitas ou que me machuquem.

Suas palmas esfregam o inchaço da minha barriga de maneira


possessiva e reverente. Ele beija a pele e sussurra para nosso bebê.
Meu coração derrete cada vez que ele faz isso. No momento em que sua
boca fecha no meu clitóris, estou tão excitada que mal consigo pensar.
Estar grávida significa que quero sexo o tempo todo. Papai está feliz em
me satisfazer.

Ele suga, mordisca e provoca até que estou me desmanchando


de necessidade. Puxo seu cabelo e imploro por mais.

"Por favor..." Meu gemido é alto. "Preciso de você."

“Goza para mim, baby. Vou te foder assim que gozar.”

Suas palavras têm o efeito pretendido porque começo a tremer.


Quando ele suga forte uma última vez, perco-me num glorioso orgasmo.
Mal paro de tremer quando ele se apoia nos calcanhares. Ele agarra
meus quadris e me puxa mais perto.

"Você é tão bonita," murmura, sua palma esfregando minha


barriga. "Eu te amo."
Sorrio, pronta para retornar o sentimento, mas então ele está
dentro de mim neste ângulo estranho que só parece funcionar quando
se está grávida. Seu pau me enche profundamente e tremores me
atravessam.

"Oh, Deus." Estou impotente enquanto ele segura meus quadris


e investe contra mim. Tudo o que posso fazer é me apoiar nos cotovelos
e observá-lo. Não consigo ver onde ele está entrando em mim por causa
da barriga enorme, mas posso ver a forma como os músculos do seu
peito flexionam a cada movimento. Lambo meus lábios e praticamente
babo sobre seu bíceps enquanto ele me segura. Seu cabelo escuro paira
sobre os olhos, pingando de suor e seus lábios cheios estão separados
enquanto ele me fode.

Ele é minha besta.

Delicioso, lindo e selvagem.

Nesse ângulo, perco o controle e tenho um orgasmo sem aviso


prévio. Isso faz com que ele solte um grunhido com meu nome antes de
gozar dentro de mim. Ele se afasta e me olha com um brilho dominador
nos olhos.

Eu sou dele.

Ele é meu dono.

E nunca discutirei isso porque amo ser sua.

Estou a salvo com ele.

Sempre.
A manhã seguinte é esquisita. Atticus já não está mais me

olhando de maneira triste, mas sim com pena. Olho-o e o


vejo apertando a mandíbula, como se estivesse freando fisicamente as
palavras. Isso me deixa curiosa. Por que a mudança súbita?

Como o tempo está bom, nós três descemos até o rio. Atticus tem
uma rede e está convencido de que pode nos conseguir um pouco de
peixe. A água está congelante, mas é Papai quem quer usar a rede.
Ficamos as margens do rio, observando Papai entrar na água fria,
amaldiçoando sobre o quanto está gelado.

"Você está grávida." As palavras de Atticus são entrecortadas e


baixas.

Franzo o cenho e olho para ele. "Estou."

"Quantos anos tem?"

Audaciosamente, respondo. "Dezessete. Quantos anos você tem?"

"Trinta e seis. Posso te perguntar uma coisa?"

Nervosa, torço minha aliança de casamento ao redor do dedo.


Algo me diz que não vou gostar da sua linha de questionamento. Seus
olhos verdes se voltam para meus dedos e ele amaldiçoa em voz baixa.

"Reed é o pai?" Ele pergunta, a voz rouca e enojada.

"É. Tem um problema com isso?" Desafio.

Nossos olhos se encontram e ele franze a testa. "Isso é incesto,


querida."

Meu lábio se encolhe. "Não é da sua conta."

Ele resmunga e cruza os braços gigantes sobre o peito. "É da


minha conta se eu achar que você foi coagida. Acho que está sofrendo
uma lavagem cerebral, Devon. Na noite passada, ouvi vocês. Fodendo
como animais selvagens. Isso não é normal." Ele engole e balança a
cabeça. “Dormir com seu pai não é normal. Sem não mencionar que é
extremamente ilegal no estado do Alasca.”

Papai grita que quase pegou um peixe. Sorrio para ele e levanto
meu polegar antes voltar a atenção para Atticus.

"Leis não são importantes aqui. Nós nos amamos. Esta é a nossa
casa." Aperto minha barriga e sorrio. "Este é o nosso bebê. Somos
felizes."

"Você ficará feliz no momento em que o bebê sair de você," ele me


diz em voz baixa. "Não sabe o que o incesto causa nas pessoas?"
Meu sangue gela porque não sei o que causa às pessoas. "O que
quer dizer com isso?" Odeio estar divertindo-o com perguntas sobre o
assunto.

Ele coça sua bochecha. "Defeitos de nascença."

O pânico quase para meu coração no peito. "O... o que?"

"Familiares consanguíneos que se reproduzem são extremamente


propensos a dar à luz a crianças com problemas. A maioria tem
problemas mentais, mas alguns podem ter anomalias físicas. Vivo na
região selvagem a tempo suficiente para ver de primeira mão o que o
incesto faz às famílias." Ele faz uma pausa e me olha com tristeza. "Os
invasores que te machucaram, eles pareciam normais?"

Tremo e olho para as pedras sob meus pés. Eles eram selvagens
e perdidos. Não havia humanidade em seus olhos. A loucura morava
dentro deles.

Meu bebê também será louco?

Bile sobe pela minha garganta e o mundo parece girar. Atticus


segura meu cotovelo.

"Você está bem?" Ele exige com preocupação na voz.

“Acho que vou vomitar.”

Praticamente nem terminei as palavras antes que Papai volte


espirrando água para todo lado. Com os braços frios e úmidos, ele me
segura contra seu peito. Lágrimas ardem em meus olhos enquanto ele
me leva para a cabana. Atticus fica longe, enquanto Papai me ajuda a
tirar as roupas e me coloca debaixo das cobertas.

"O que posso fazer para você se sentir melhor?" Ele pergunta
enquanto tira fios de cabelos da minha testa pegajosa.

Diga-me que vai ficar tudo bem.

Prometa-me que não teremos um bebê doente.

Um soluço sobe por minha garganta, mas o engulo. Não quero


que ele me veja triste sobre nosso bebê. Apesar de estar preocupada,
ainda quero nosso filho. Fizemos este bebê juntos, com muito amor.

"Descanse, Pip," ele diz, com um sorriso suave nos lábios.


Duas longas semanas passam com Atticus demorando

-se em sua estadia. Claro que ele é ótimo em ensinar


Papai algumas novas técnicas de sobrevivência e estão bem amigáveis
e aquece meu coração ver Papai feliz, mas estou estressada. Não
consigo parar de me preocupar com meu filho. Quando Papai está
cortando lenha e Atticus aproveita o momento para falar comigo de
novo. Estive evitando-o, então o fato de estarmos sozinhos me deixa
estressada.

“O que?” Digo rispidamente.

Ele está sentado na mesa e lê minha lista. "Quer que eu traga um


livro sobre endogamia5?"

Um som chocado me escapa. "Não."

"Olhe, Devon. Se quiser ir embora, posso te tirar daqui. Tudo o


que precisa fazer é dizer as palavras. Voltarei para a cidade e envolverei
a polícia. Você é menor de idade. Isso se chama abuso. Está
familiarizada com o termo?"

Zombo. "Ele não me estuprou!"

Ele ergue as mãos em defesa. “Entendo que, tendo passado pelo


que passou, veja isso desta forma. Mas ele se aproveitou de você numa
região selvagem. Ele não deveria transar com você todas as malditas
noites.” Ele grunhe por entre os dentes como se estivesse enojado. “Ele
não deveria ter te engravidado.”

"Apenas nos deixe em paz," imploro. "Não envolva ninguém. Isso


é da nossa conta. Somos felizes."

Ele franze a testa. "Voltarei em cerca de duas semanas com os


suprimentos. Vou trazer para você algum material de leitura sobre o
assunto. Quando voltar, tudo o que precisa fazer é dizer as palavras.

5 Endogamia ou consanguinidade é o método de acasalamento que consiste na união entre indivíduos


aparentados, geneticamente semelhantes.
Vamos sair e vou te dar a ajuda que precisa. Há terapeutas que podem
ajudar e..."

“Consiga meus suprimentos, mas não preciso das outras coisas


de que fala. Se meu bebê tiver problemas, vou lidar com isso. Você está
invadindo, Atticus. Agora, por favor, mantenha-se longe de nós.” Meu
olhar está cheio de ódio.

Ele suspira e balança a cabeça. “Nunca é tarde demais para


mudar de ideia.”

"Devidamente anotado," digo.


CAPÍTULO
DEZESSETE

Com Atticus longe, posso respirar mais fácil. Não gosto dos
olhares que ele me dava quando achava que eu não estava ciente. Nojo
e desaprovação. Ele sabe de minha filha e que teremos um bebê. Que
fazemos sexo e nos amamos. Mas com meus olhares de aviso, ele sabe
que não deve envolver ninguém. Vou matar qualquer um que tentar
afastá-la de mim e essa é uma promessa do caralho.

Ele se foi há dias. Quando falei sobre a garota do barraco, ele


quis dar uma olhada nela. Dei-lhe a direção e essa deveria ser a última
vez que o veríamos antes dele voltar com os muito necessários
suprimentos.

Devon está com um humor estranho desde que ele apareceu.


Pensei que fosse melhorar, mas parece perdida dentro de sua cabeça.
Dei um tempo, mas estou perdendo a paciência.

"O que está errado?" Pergunto depois de um longo e difícil dia de


construção do esqueleto da extensão de nossa cabana.

Ela furiosamente costura outra pele para o cobertor do bebê.


"Nada."

Mentirosa.
Quando ela era criança, sempre soube quando mentia. Seus
lábios se contraíam de um lado. Com um suspiro, tiro minha camisa e
chuto os sapatos. Estou suado e precisando desesperadamente de um
banho. Como se sentisse isso, ela abandona o cobertor para preparar
um pouco de água para mim. Sento na minha cadeira e ela
silenciosamente começa a me lavar.

“Por que não olha para mim? O que está passando nesta linda
cabeça?”

Ela dá de ombros e corre o pano por minha barriga. Irrita-me que


ela me ignore. Seguro seu pulso e a puxo para que nossos rostos fiquem
próximos. Seus olhos azuis estão arregalados de surpresa.

"Sente e me diga o que diabos está acontecendo," exijo.

Ela engole e joga o pano na tigela com um esguicho. Quando


tenta sentar-se na beirada do meu joelho, rosno antes de puxá-la
sentada de pernas abertas sobre meus quadris, de frente para mim. A
camisa que ela usa estica sobre a barriga que abriga nosso bebê. Suas
pernas estão nuas e a buceta está livre. Do jeito como amo tê-la. Um
arrepio a atravessa quando arranco sua camisa para que possa ver
tudo o que é meu.

“Adoro vê-la grávida de nosso filho,” elogio minhas mãos


envolvendo seus grandes peitos e a barriga ainda maior. "Isso me faz
querer colocar outros bebês aí dentro."

Quando levanto o olhar sorrindo, ela está franzindo a testa.

"Atticus me disse que o incesto pode levar a defeitos congênitos,"


diz ela. O lábio inferior treme e há lágrimas nos seus olhos. "E se algo
estiver errado com nosso bebê?"

Raiva surge dentro de mim. Não percebi que o filho da puta


colocou ideias horríveis dentro dela quando não estava prestando
atenção. Se estivesse aqui agora, socaria seu nariz. Ele está se metendo
em problemas que não são da conta dele.

"Nosso bebê ficará bem," prometo enquanto tento fazer com ela
um juramento de dedo mindinho.

Ela afasta meu dedo para longe. "Mas como sabe?" Lágrimas
furiosas caem por suas bochechas cor-de-rosa e molham os seios.
"Porque já passamos muita coisa para que algo arruíne nossa
felicidade. Nosso bebê será perfeito. Não deve se preocupar com essa
merda," rosno.

Seu lábio franze com fúria. "Tenho que me preocupar!" Sua voz é
estridente e no limite. "Este é o nosso bebê! Você está pouco se fodendo
com isso?!"

Pego sua mandíbula num aperto brutal e empurro-a até que os


nossos narizes se toquem. "Eu. Estou. Me. Fodendo. Com. Isso. Nunca
me acuse de não me importar, maldição. Cuidei de você desde o dia em
que a segurei nos braços. Por que diabos pararei agora?" Digo com
raiva.

Ela soluça enquanto tenta se livrar do meu aperto. Estarei


ferrado se a deixar ir. "Sabia que isso poderia acontecer," ela acusa.
“Você me fodeu sabendo que poderíamos ter um bebê doente.”

“Não fale assim comigo,” cuspo. "Isso não foi um plano maldito
para arruinar sua vida. Jesus, Devon! Quem diabos acha que eu sou?"

Ela está puta e histérica. Suas unhas agarram meu pulso até eu
soltar sua mandíbula. Então, ela me bate com seus punhos
minúsculos. Quando meus lábios cortam por causa dos nós de seus
dedos, já estou cheio. Seguro-a e bato em sua bunda redonda. Isso só
faz com que ela fique ainda mais enlouquecida.

"Eu te odeio! Você fez isso de propósito! Você sabia!" Seus soluços
são maníacos, enquanto ela me bate e arranha.

Acerto seu traseiro novamente. "Eu não fiz nada de propósito!"


Rujo. "A única merda pela qual sou culpado é por te amar quando não
deveria!"

Ela cai contra meu peito, todo seu corpo tremendo enquanto
chora. Envolvo-a nos braços e beijo seu cabelo. Nosso doce e perfeito
bebê se mexe em sua barriga entre nós. Orgulho corre através de mim.

Este.

Bebê. É.

Perfeito.

Sinto isso até meus dedos do pé.


"Juro que tudo vai ficar bem, querida,", sussurro.

Ela funga enquanto estende o mindinho. Pego-o sem hesitação e


aperto. Minhas promessas não são quebradas.

Não para Devon.

Devon é meu tudo.


"Não gosto dele," Devon diz quando me ajuda a coletar rochas do

rio para usar na lareira que planejo construir. Buddy foi


explorar, caçar se tiver que adivinhar, então não está à vista. Esse cão
fica mais corajoso a cada dia.

"Você não precisa gostar dele, Pip. Mas ele trará os suprimentos
que precisamos para o bebê. Pensou em algum nome?"

A cabeça dela se curva e ela dá de ombros. "Talvez. Não quero


ficar muito animada."

Chegando para frente, inclino seu queixo com os dedos. "Por que
não?"

"Porque..." Suas narinas dilatam e os lábios oscilam. "Não quero


dar um nome a ele e depois ter algo errado. Se esse bebê morrer, não
vou aguentar, Reed."

Cerro meus dentes. Quando Atticus voltar, ele e eu teremos uma


longa discussão sobre estar colocando toda essa merda estúpida na
cabeça dela, a preocupando de sol a sol.

"Nosso bebê está seguro e saudável. Nós o sentimos mexer o todo


o tempo. Não vai demorar mais e vou te provar," asseguro-lhe.

Ela está franzindo a sobrancelha então congela. "Papai…"

Lentamente me viro e um urso bate na água tentando pegar um


peixe a menos de cinquenta metros de distância. Pego minha arma e
aponto para a cabana. “Devon, vá.”

Seus dedos agarram minha camisa. "Não. Não vou te deixar."


Com sua grande barriga esfregando minhas costas, estou
oprimido com o desejo de proteger a ela e nossa criança a todo custo.
Permanecemos quietos e silenciosos para não alertar o urso. Mas
depois de algum tempo, ele está de pé e cheirando o ar. Ele vira e nos
vê, um grunhido baixo na garganta. Desta vez, não espero, ataco. Com
o braço erguido disparo contra ele.

Pop! Pop! Pop!

Todos os tiros penetram o crânio. O urso cai na água. E então,


vejo dois filhotes brincando nas árvores além da costa.

"Devon, vá para casa. Preciso fazer algo de que não vai gostar,"
murmuro antes de apertar meus dentes.

"O que..." Sua respiração fica presa quando ela os vê. "Não. Papai,
não. Eles são pequenos. Podemos mantê-los como animais de
estimação e treiná-los."

Giro e aperto o lado de seu pescoço. Meus lábios encontram os


dela e a beijo suavemente. “Desculpe, querida, mas não. Não funciona
dessa maneira aqui. Eles são animais selvagens.”

Ela começa a chorar, mas não tenho tempo para consolo. Esses
animais, se os deixar ir, vão crescer e se tornar feras que machucarão
minha menina e nosso bebê.

Vou na direção deles e com dois pops, acabo com o problema.

Sinto muito, Pip.

Os dias se transformam em semanas e Devon e eu estamos


ansiosos por saber que Atticus chegará em breve. Seu retorno traz
emoção e estresse. Se ele nos entregar, pode até trazer a polícia consigo.

Espero que tragam armamento pesado porque não vou ceder sem
uma briga.

Essa vida é nossa.

Fazemos o que queremos.


A barriga de Devon está gigantesca. Minúsculas marcas
prateadas alinham as laterais como se alguém tivesse desenhado listras
nela. Ela nunca foi uma pessoa vaidosa e nem as menciona. Mas amo
olhá-las. São evidências de que seu corpo está se esticando e
expandindo para acomodar nosso filho. Ela é pequena e não há dúvidas
de que esse garoto será grande como o pai. Isso me preocupa, mas eu
prometi a ela que não ficaria consumido por isso. Vamos resolver
quando chegar a hora. Até então, apreciamos cada dia.

Todas as manhãs, saio da cama mais e mais tarde, porque é a


hora do dia em que nosso filhote está mais ativo. Sua barriga se projeta
e move enquanto ela dorme. É o momento de silêncio, só eu e o bebê,
sozinhos. Falo ao anjinho que Devon será uma ótima mãe. Como ela é
feroz, corajosa e bonita. E que será inteligente como ela.

"Minhas costas doem," Devon murmura, a voz cheia de sono.

"Sente-se e deixe-me fazer uma massagem."

Requer algum esforço, mas ela consegue se erguer. Ela coloca os


longos cabelos bagunçados de lado e mostra suas costas nuas para
mim. Por trás, nunca poderia dizer que está grávida. Com movimentos
firmes, aperto os músculos de suas costas e lombar. Ter esta criança é
difícil para seu corpo. Faço meu melhor para aliviar a dor sempre que
possível.

Logo, a massagem se torna sexual, como sempre acontece.


Quando nos tocamos, nossos corpos parecem se ligar num pulso
elétrico que nos atrai. Sua cabeça se inclina para trás e ela se encosta
em mim. Envolvo os braços ao seu redor para tocar os seios que estão
tão grandes se preparando para alimentar nosso bebê. Seus mamilos
estão eretos e às vezes vazam com um líquido que acho que tem algo a
ver com o leite materno. Não temos certeza, mas gosto de prová-lo.
Gosto de prová-la toda.

Deslizando a mão ao longo de sua bunda, a toco por baixo. Meus


dedos deslizam facilmente em sua buceta molhada. Parece mais quente
e mais apertada do que o normal. Ela deve apreciar as mudanças
fisiológicas em seu corpo, porque assim que meus dedos estão dentro,
ela começa a gemer e agitar-se. Fodo sua entrada com dois dedos até
estarem molhados. Então, faço-a deitar novamente de lado enquanto
continuo massageando seu interior com a mão. No momento em que
ela goza, suave e ofegante, retiro os dedos e guio meu pau para dentro.
Seu corpo agarra o meu de uma maneira que me faz perder todo senso
de realidade.

"Eu amo você," murmuro, a respiração quente contra seu ombro.

“Também te amo.” Suas palavras são confusas e dirigidas pelo


prazer.

Deslizo o dedo molhado entre suas nádegas. Ela está acostumada


a ter-me aqui muitas vezes e seu corpo fica relaxado enquanto empurro
um e depois o outro dedo dentro. Gosto quando ela está cheia de mim
de todas as maneiras possíveis.

"Oh, Deus," ela geme.

“Goze no meu pau, menina. Quero que faça uma bagunça


fodida.”

Minhas palavras, como de costume, a excitam. Seu corpo


estremece e oscila. Sei o momento exato em que ela goza, pois seus
sucos quentes molham meu pau. Agora que ela está grávida, seu corpo
está muito mais excitado e ela me molha sempre. A primeira vez que
aconteceu, ela ficou envergonhada, mas quando lambi tudo e exaltei o
quanto era deliciosa, ela parou de se preocupar.

Minhas bolas apertam de prazer e gemo ao gozar dentro dela. Seu


corpo se aperta em torno do meu e ela ainda está gozando. Continuo
investindo até que meu pau esteja drenado e mole. Então, tiro os dedos
de dentro dela antes de tirar meu pau. Fizemos uma bagunça e adoro
isso.

"Acho que vou até o rio trazer mais pedras," digo a ela, os lábios
dando beijos em seus ombros. "Então acho que podemos..."

Bang! Bang! Bang!

Buddy late do canto da cabana em que dormia e seus pelos se


eriçam enquanto rosna para a porta.

Fico de pé num solavanco, meu pau pingando contra a perna e


agarro minha espingarda. Coloco-a na minha frente e aponto para a
porta. "Quem está aí?" berro.

Chick-chuck!

Carrego a espingarda e depois alguém fala.


"Uouu, Reed. Não atire na minha cabeça. Sou eu, Atticus."

Buddy começa a abanar a cauda e latir alegremente. Olho sobre


o ombro para Devon. Suas sobrancelhas estão unidas numa careta.

"Vista-se e tome café da manhã, baby," digo para ela e depois


para ele. "Já estarei aí fora!"

Ajoelho-me diante dela e beijo sua boca com força. "Não o deixe
te incomodar. Somos você e eu. Nada vai separar nosso amor, ok?"

Ela engole e acena com a cabeça, os olhos brilhando com


confiança. Pego seu mindinho no meu e ela sorri. Uma vez que estou
vestido, vou para fora. Buddy segue atrás de mim e corre para o mato,
sem dúvida atrás do café da manhã. Atticus está inclinado contra a
árvore com uma careta.

"Os suprimentos estão lá em cima. Vamos levar o dia todo para


descarregar o trailer e transportar cada item para cá," diz ele, apertando
a mandíbula.

“Vamos começar então.” Meu tom é frio.

Ele me entrega uma barra de proteína. Em vez de comê-la, vou


para dentro dar a Devon. Roubo mais um beijo. “Nós vamos
descarregar. Descanse, linda.”

Quando volto, ele balança a cabeça e me entrega outra barra.


"Coma essa," ele grunhe. "Precisará de energia. Temos um longo dia
pela frente."

Juntos, em silêncio, subimos pelo lado da montanha a meio


caminho entre a cabana e o barraco onde deixei a menina. A trilha não
é tão íngreme por aqui, mas ainda assim, Devon nunca conseguirá
percorrê-la com a gravidez. Quando finalmente chegamos ao topo e vejo
seu grande Ford-250 com um trailer anexo, não posso deixar de sorrir.
Está cheio dos suprimentos que desesperadamente precisamos. Mais
munições e armas. Pratos e talheres. Suprimentos médicos e
medicamentos. Artigos de bebê. Livros. Comida. Tanta coisa que vai ser
difícil levar tudo lá para baixo. Mas a cara de Devon valerá a pena.

Antes mesmo de começar, cruzo os braços sobre o peito e doulhe


um olhar penetrante. Não é nem meio dia e o sol está explosivo.
Provavelmente levaria Devon para nadar um pouco se ela estivesse a
fim.

"Temos que conversar."

Sua sobrancelha levanta e ele inclina o quadril contra o


caminhão. "Sobre estar fodendo e engravidando sua filha. Vamos
conversar."

Cerro os dentes e fecho as mãos. "Não é bem assim, preto e


branco."

Ele grunhe. "Seja como for, cara. É da sua conta. Enquanto ela
não estiver aqui como sua maldita prisioneira, farei meu melhor para
ignorá-los. Mas saiba que não está tudo bem para mim. Quando nos
encontramos para a venda, tudo o que podia fazer era falar sobre o
orgulho por sua filha. Como ela iria para a faculdade daqui a alguns
anos e que seria uma merda grande. O olhar em seu rosto era o de um
pai normal, como se falasse sobre sua filha. Mas agora..." Ele balança
a cabeça e suas narinas se dilatam. “Ela está grávida de um filho seu.
Assusta-se com a própria sombra. E você dois fodem todas as horas do
dia. Isso é doente, cara. Não apenas ilegal, mas malditamente imoral.
Aproveitou-se do fato dela ser jovem e não saber nada sobre essa
merda. Mas eu sei. Sei que o incesto pode ferrar seus filhos.”

Rosno e ele dá de ombros.

“Estou apenas deixando clara minha posição. Mas, então, se ela


demonstrar qualquer vontade de sair daqui, vou arrancá-la e levá-la
para a cidade. Vou deixar sua bunda confusa na porta dos Serviços de
Proteção Infantil. Vou enviar os policiais para lidar com você.” Seus
olhos verdes estreitam para mim. “A única razão pela qual não fiz essa
merda é que ela parece feliz e severamente dependente de você. Não
sou um destruidor de lares. A última coisa que preciso na minha
consciência é destruir uma família que quer estar junta.”

"Você a leva embora e vou te caçar," rosno através dos dentes


cerrados. “Vou te matar e cortar a garganta de qualquer um que tentar
tirá-la de mim.”

Ele sacode a cabeça e abre a porta traseira do trailer. “Tem que


protegê-la. Ela é sua filha. Mas estou apenas avisando que vou me
arriscar contra sua besta psicótica se isso significa protegê-la de algo
que ela não quer.”

Pego uma caixa de produtos enlatados e dou-lhe um olhar sério.


"E apenas estou avisando que minha besta psicótica vai protegê-la de
quem pensa que sabe o que é melhor para minha filha. As coisas são
diferentes aqui, Atticus. Não sou o homem para quem vendeu esta
terra. Não sou seu amigo. O único amigo que tenho é aquela que
carrega meu filho lá embaixo. Então, não tenha ideias loucas. Nada vai
me parar se eu estiver protegendo-a. Absolutamente nada."

CAPÍTULO
DEZOITO

Eles continuam trazendo mais e mais coisas. Tanta coisa que não
temos lugar para colocá-las. Vai ficando tudo empilhado em cima das
tinas que trouxemos do acidente em um dos cantos. Não gosto de
Atticus em nossa casa, nem da maneira como ele tenta me transmitir
mensagens secretas com os olhos. Simplesmente não gosto dele
mexendo em minha felicidade. Quando pousa uma caixa na minha
frente cheia de novos livros que não conheço, um grito de excitação me
escapa. Eles voltam a descarregar mais porcarias e mergulho na caixa
maravilhando-me com os novos romances. Pego um livro e franzo a
testa em confusão. Não me parece um romance. Assim que leio o título
meu coração troveja no peito.

Incesto na Natureza.

Eu o atiro para longe como se estivesse coberto de veneno.


Lágrimas quentes turvam meus olhos e por instinto, aperto a barriga
enorme como se quisesse proteger meu bebê. Pelo que parece ser para
sempre, soluço enquanto olho horrorizada o livro. Quando minhas
lágrimas finalmente secam, a raiva assume.

Como ele se atreve a continuar metendo o nariz onde não deve?

Com um som engasgado e furioso, pego o livro e preparo-me para


jogá-lo no fogo. Mas antes que possa lança-lo, uma coceira começa
profundamente dentro de mim. Talvez devesse ler apenas para saber o
que posso ter que enfrentar. O que esperar. Vou amar essa criança, não
importa como seja, mas sinto que devo isso a ele ou a ela para saber
com o que teremos que lidar.

Engulo a bile na garganta enquanto abro o livro.

Página após página, avidamente absorvo o conhecimento. O que


aprendo me desgosta e assusta. Tenho medo, mais do que antes.
Tantas complicações. Tantos potenciais problemas mentais.

Quando a porta abre, choro e com culpa, jogo o livro de volta para
a caixa. Papai olha meu rosto manchado de lágrimas e corre para meu
lado. Seus braços estão suados, mas protetores. Ele procura meu corpo
com as palmas das mãos como se ele pudesse encontrar o que está me
machucando.

É o meu coração.

Dói e sangra pelo nosso futuro.

Ele não pode consertá-lo.


Só Deus pode.

E pelas terríveis coisas que fizemos, tenho medo de que Deus nos
tenha dado as costas.

"Baby," ele murmura. "Diga o que está errado."

Aceito seu beijo e meu coração acalma um pouco. Papai vai fazer
qualquer coisa para proteger a mim e ao bebê. Ele nos ama
profundamente. Estou deixando Atticus e seu livro estúpido me
atingirem. Juntos, Papai e eu podemos fazer isso dar certo, não importa
o que aconteça.

"Nada. Hormônios de gravidez. Acho que estou muito com muito


calor," digo num suspiro esfarrapado.

Sua boca encontra meu pescoço e ele me beija. "Vou fazer uma
pausa para que possa nadar. Tanto quanto adoraria te ver nua sempre,
não quero que esse filho da puta te veja. Pode vestir seu maiô preto?
Sabe que amo aquele maiô em você. Sempre amei."

Viro para encontrar seu olhar cheio de calor. Ele admitiu, em


nossa banheira de hidromassagem, estar enlouquecido por mim antes
de virmos para cá. Fico molhada só de pensar que ele teve uma ereção
simplesmente por me olhar. Quando estava casado com mamãe.
Quando esses pensamentos eram muito mais perigosos do que aqui.

"Tudo bem," concordo com um sorriso.

Seus olhos ardem com necessidade, uma necessidade que


gostaria de saciar, mas temos um visitante estúpido e curioso.

Vinte minutos depois, vamos ao rio. Infelizmente para nós,


Atticus vai junto. Acho que ele está espreitando e esperando uma
oportunidade de falar comigo a sós novamente. Recuso-me a deixar isso
acontecer. Quando Papai me leva para o rio vestindo apenas boxers,
me agarro a ele. Talvez se ignorarmos Atticus, ele vá embora.

"Oh, meu Deus!" Grito. "Está tão frio!"

Está congelando, mas minha gravidez me deixa com tanto calor


o tempo todo e mal chegamos a primavera. Mergulhamos sob a água
corrente e gemo de alívio. Depois de um inverno inteiro de banhos de
esponja, é bom ficar submersa. Banhamo-nos primeiro com um pouco
de sabão e shampoo. Então, passamos horas descansando no rio.
Atticus eventualmente senta às margens e remexe em sua mochila.

"Preciso de você," sussurro para Papai quando envolvo as coxas


em torno de sua cintura. Minha barriga esmagada entre nós, mas ainda
posso beijá-lo.

Ele não argumenta enquanto nos beijamos. Simplesmente puxa


seu pau duro para fora. Ajudo-o movendo meu maiô para o lado.
Quando ele me penetra, grito de prazer. Atticus balança a cabeça e se
recusa a olhar-nos. Flutuo de volta com as pernas enroladas em Papai
e me perco nas sensações. As palmas de suas mãos avidamente
afastam a parte de cima do maiô até eu estar livre para seus olhos.
Meus seios rapidamente estão em sua boca, ele suga e morde a pele.
Isso faz com que minha buceta se aperte ao seu redor, desesperada
para gozar.

Como animais, fodemos no rio.

Dois selvagens.

Livres e selvagens.

Compelidos pelo amor e por nosso filho que ainda cresce.


"O que fará com as três peles de urso?" Atticus pergunta quando

assamos cachorros quentes que ele trouxe no gelo. O sabor


salgado deixa minha boca salivando. Após quase um ano de carne,
frutas ou vegetais enlatados, estou voraz pelos suprimentos que ele
trouxe. Algo tão simples quanto uvas frescas parecem boas demais para
ser verdade. Os dois homens riem quando pego o saco só para mim.

"Devon quer fazer mais tapete para a expansão," diz Papai


enquanto tira minha salsicha da vara e coloca-a num pão. Ele me
entrega e não coloco nenhum condimento. Simplesmente devoro.

"Posso ajudá-lo com a extensão," diz Atticus. "Em dois, não deve
demorar mais do que algumas semanas."
Eles se perdem na conversa sobre medidas e design, mas franzo
o cenho enquanto como o resto da comida. Pensei que ele iria entregar
os suprimentos e depois ir embora. Infelizmente, ele está de volta. Já
ficou parado de olho em mim. Desde que Papai me fodeu no rio ao
alcance do seu ouvido, Atticus pareceu desistir de sua cruzada para me
salvar de uma situação da qual não preciso ser salva. Sou grata pelos
suprimentos que nos trouxe, mas ainda estou infeliz com o livro. Então,
quando ele sugere dormir na cabana conosco, guincho em protesto.

"Não," Papai diz com firmeza. “Você tem sua barraca. Desculpe,
mas ela não se sente segura em relação a homens.”

Atticus dá de ombros como se não o incomodasse. Ele não quer


dormir na cabana. Ele só quer me estressar.

“O que aconteceu hoje?” Papai pergunta. “Sei que


alguma coisa aconteceu.”

Culpa nasce na minha garganta e tento me afastar. "Nada. É


estúpido."

Ele me puxa contra suas costas e coloca a coxa sobre a minha


para evitar que me afaste. Sua enorme palma cobre a parte inferior de
minha barriga. O bebê o cutuca e nós dois sorrimos por um momento,
distraídos de nossa conversa.

"Foi Atticus. Ele falou algo para você, não é?" As sobrancelhas
dele estão franzidas em preocupação. Às vezes tento me lembrar de
como ele era na casa em San Francisco. Era tão bom sempre? Sem
todos os pelos faciais e olhares ferozes, ele ainda era tão gostoso?

Minha mente se desloca para uma das noites que acabaram


levando a nossa chegada aqui. Quando acampamos em algum lugar do
Canadá.
"Sua vez," diz papai enquanto tira uma carta. Está chovendo e

gostaria que pudéssemos ir à piscina do acampamento. Em


vez disso, estamos presos aqui dentro enquanto mamãe dorme. Já
jogamos mais jogos de cartas do que posso contar. Com um bocejo, estico
as pernas para fora da mesa e as descanso sobre suas coxas.

Franzo o cenho para minhas cartas enquanto decido o que jogar.


Papai baixa a mão e começa a massagear meus pés descalços em seu
colo. Mordo o lábio inferior enquanto tento me concentrar nas cartas, mas
não posso ignorar o jeito como a excitação parece pulsar de onde ele está
me tocando. É um tipo de cócegas enquanto ele massageia a planta dos
meus pés, mas na maior parte é bom. Gosto que suas mãos sejam
gigantes em comparação com meus pés pequenos. Ele se inclina para
trás enquanto espera, mas continua a esfregar os pés.

Tomo o momento para olhá-lo sobre minhas cartas. Seu pomo de


Adão se sobressai na garganta com a cabeça inclinada para trás. A
camiseta cinza que usa se encaixa bem e mostra o corpo magro e forte.
Seu cabelo escuro está selvagem e bagunçado na cabeça.

Um sorriso brinca em meus lábios.

Finalmente iremos para o exterior. Faremos essas coisas o tempo


todo. Sem estresse. Sem escola. Sem emprego. Sem preocupações.
Normalmente, detesto o comportamento da minha mãe, mas agora estou
grata por ela nos dar tantos momentos sozinhos.

"Mmm," solto um gemido surpreso. Suas mãos nos meus pés


trazem sensações muito boas.

Sua cabeça gira e seu olhar poderia abrir um buraco em mim.


Franzo o cenho quando ele aperta o queixo como se estivesse bravo, mas
ele não me solta. É estranho olhá-lo, mas me recuso a desviar o olhar.
Amo sua atenção total. Quando as pontas dos dedos deslizam para cima
de meus pés, acariciando os ossos no tornozelo por baixo do meu jeans,
suspiro de surpresa. Parece íntimo com os dedos na parte de baixo das
minhas pernas, debaixo do jeans.
Ainda estou o olhando, admirando seu rosto robusto e bonito
quando ele limpa a garganta.

"Preciso de uma cerveja. Quer alguma coisa?"

Afasto meus pés. "Vou pegar, Papai. Fique aí."

Ele dá um sorriso aliviado que não entendo enquanto levanto para


nos buscar algo para beber. Abro uma cerveja para ele e a coloco na
mesa. E então, não tão inocentemente, vou até minha bolsa no sofá e
remexo nela, procurando algumas roupas mais confortáveis. Posso sentir
seu olhar em mim enquanto ele bebe a cerveja.

Desabotoo meu jeans e os empurro pelas coxas. Sobre meu


ombro, dou-lhe um sorriso. "Preciso das minhas calças de yoga," digo a
ele como se essa fosse a razão mais normal do mundo para uma
mulher se despir na frente de seu pai.

Ele toma outro gole e me dá um aceno de cabeça. Seu olhar se


afasta, mas, logo que me viro, posso senti-lo em mim. Meus movimentos
são lentos enquanto tiro meu jeans e depois me inclino para pegá-los.
Minhas calcinhas estão molhadas e isso provavelmente é doente, mas
agora estou fingindo que essa viagem é apenas nossa. Sempre me senti
tão segura e conectada com ele.

"Na verdade," digo com uma risada leve. "Está quente. Acho que
vou vestir shorts.”

Abro meu casaco e o tiro. Estou de pé usando uma regata e minha


calcinha na frente do meu pai. Ele não discute ou avança em mim. Ele
não diz uma palavra. Meus mamilos estão duros porque isso parece sujo
e errado, mas gosto. Encontro o short de algodão mais curto e justo que
possuo e o deslizo nos quadris. Uma vez que estou vestida, viro para
surpreendê-lo e ele está evitando olhar. Ando até a geladeira e pego uma
cerveja para mim, apenas para irritar Papai.

Quando volto, ficamos calados enquanto terminamos o jogo de


cartas. Apoio meu pé direito em sua coxa e ele o acaricia distraidamente
e por minha perna até chegar ao joelho. Estou tão excitada pelos toques
inocentes de Papai, que sei que vou gozar esta noite quando eles forem
para a cama.

As horas passam e vamos jogando cartas até que nenhum de nós


está mais interessado. Ele finalmente se levanta e desenrola o sofácama
para mim. Olho seu corpo esguio enquanto ele se move. Estou ficando
obcecada por olhá-lo fixamente.

"Não vá para a cama ainda," murmuro ficando de pé. Estou com


vontade de mantê-lo aqui. "Vou ler para você. Curiosidades chatas sobre
a região selvagem do Alasca. Será divertido."

Ele vira e olha para seu quarto antes de olhar para mim. Há
indecisão em seus olhos. Um mês atrás, ele se sentaria sem hesitação.
Alguma coisa está acontecendo com ele.

"Por favor," imploro. "Estou entediada. Você me distrai."

Um sorriso puxa um canto de seus lábios. “Bom. Deixe-me


entediado até que eu adormeça.”

Ele se estende na cama e dá tapinhas nos cobertores. Com um


sorriso que combina com o dele, vou para seu lado. Ele fica de lado e eu
de costas. Pego o livro do chão e começo a ler em voz alta. Sua respiração
finalmente fica estável quando adormece. Viro e o olho com egoísmo.
Enquanto está dormindo, parece mais novo que seus quarenta anos. Ele
pode passar facilmente por trinta. Deixo meu dedo passar de seu ombro
até o queixo. Papai e eu sempre fomos afetuosos, mas isso parece
diferente. Tabu, talvez. Ele não sabe que o estou tocando de maneira
íntima, cheia de desejo. Se ele acordasse, poderia ficar com raiva.
Eventualmente, um grande bocejo me deixa com sono. Enrolo-me contra
seu peito quente e quase choro de prazer quando seu braço me envolve
num possessivo abraço sonolento. Adormeço quase que
instantaneamente.

“Devon, baby, fale comigo.” Sua voz é ex atamente a


mesma. Preocupada e carinhosa. Cheia de amor. Ainda somos as
mesmas duas pessoas, apenas aconteceram muitas merdas entre
aquele tempo e o presente.

Abro os olhos, afastando as lembranças e sorrio para ele. "Eu te


amo."

Suas feições se suavizam e ele beija minha boca. "Eu te amo.


Sabe disso."
"Antes de termos começado esta viagem, meus sentimentos por
você começaram a crescer. Mais do que uma menina adorando seu pai.
Mais profundo. Mais escuro. Proibido. Acha que se não tivéssemos
acabado aqui, aconteceria de qualquer maneira?" Pergunto, minha voz
suave.

Seus olhos estreitam quando ele considera minha pergunta. "Não


sei."

Mentira.

A culpa em seu rosto me diz que teria.

"Papai," sorrio. "Quero dizer, Reed. Conte-me. Teria acontecido?"

Ele engole e olha fixamente um instante. "Estava bastante


horrorizado quando te toquei naquela noite. Mas quanto mais penso
sobre isso, mais sei que estava secretamente feliz por acontecer.
Imagino que, por volta da época em que partimos, algo aconteceu entre
nós. Sua mãe estava nos juntando, percebendo isso ou não. Nós dois
estávamos desesperados por seu amor e carinho e quando ela nos
negava, nos voltávamos um para o outro." Ele grunhe e encontra meu
olhar com vergonha em seus olhos. “É horrível, Devon. Começamos a
ter sentimentos que nenhum pai e a filha deveriam ter um pelo outro.
Se fosse unilateral, seria mais fácil negar. Mas nós dois estávamos
entrando de cabeça. Desculpe, sou um pai pedófilo, mas não lamento
por nós. Por este bebê. Nosso relacionamento sexual. Nosso amor.
Todos os componentes fazem um design confuso, mas é um com o qual
estou satisfeito, não importam as consequências.”

Sua capacidade de jogar tudo pela janela por mim aquece meu
coração. A decisão acalma meu coração. Sento e remexo na caixa.
Quando alcanço o livro, ele rosna. Viro para encará-lo e sento sobre
seus quadris.

“Quero queimar isso.”

Seu rosto escurece. "Tem certeza?" Posso senti-lo endurecer entre


minhas pernas.

"Agora."
Sem hesitação, ele joga o livro direto para a lareira e juntos
observamos enquanto queima. Levanto e aceito seu pau grosso no meu
corpo receptivo e que pertence apenas a ele.

Enquanto fodemos, como pai e filha não devem fazer, vemos o


maldito livro sobre incesto queimar até virar pó.

CAPÍTULO
DEZENOVE

Atticus, apesar de ter me chateado no início, tornou-se um bom


amigo. Sei que ele odeia o que Devon e eu temos. Na verdade, a cada
chance que tem, ele me aconselha duramente contra isso. Mas ele
também nos ajuda. Em vez de despejar os suprimentos e cair fora, ficou
por quase três semanas me ajudando com a extensão. Com outro corpo
forte e capaz, fomos capazes de acelerar o processo. Cada dia, Devon
fica mais e está mais miserável. Em determinado ponto, ela arrastou
tudo da caverna e agora passa muito tempo deitada numa pedra fresca.
Não temos um calendário muito preciso, mas sabemos que ela pode dar
à luz a qualquer momento. Estou emocionado e muito aterrorizado.
"Vou dar uma olhada em Eve e depois de um mês voltarei para
ver como estão. Vou trazer coisas que pode precisar e caso haja mais,
me avise." Ele ergue a mochila e esfrega o rosto.

"Eve?" Um grunhido ressoa no meu peito. "Quem diabos é Eve?"

Sua mandíbula aperta. “A menina. No barraco.”

Estou surpreso por ela ainda estar viva.

"Vai levá-la para a cidade? Chamar serviços de proteção à


criança?" Pergunto.

Ele franze a testa e balança a cabeça. "Ofereci-me para levá-la


para a cidade da última vez. Ela quase me estripou com uma navalha.
Exigiu frutas. Então, estou levando frutas."

"Quantos anos ela tem? Doze? Treze?"

“Algo assim, mas sabe como é aqui no mundo selvagem. Você se


acostuma com isso. O mundo exterior parece muito grande. Muito
barulhento. Eu apenas...” Suas feições escurecem. "Ela me lembra
minha irmãzinha. E como não tem família para cuidar dela, sinto que
deveria, pelo menos, verificar como está."

Solto um suspiro frustrado. “Diga a ela que é bem-vinda para nos


visitar se quiser. Sei que Devon gostaria de conversar com outra garota.
Fiquei muito chateado na época, mas não a machucaria agora.”

Ele acena com a cabeça como se aprovasse minhas palavras.


"Vou falar. E Reed?"

"Sim?"

"Se terá bebês, vai precisar de algo um pouco melhor do que sua
cabana. Posso juntar alguns planos para fazer uma casa de verdade lá
em cima." Ele aponta acima da linha de árvores onde nossa casa
original deveria estar. “Sei que você tem o dinheiro e posso conseguir
as ferramentas e suprimentos. Pode levar um ano se tivermos ajuda.
Mais um pouco se formos apenas nós dois.”

Eu o corto. “Só nós. Quero construir uma estrutura mais segura


para minha família, mas não quero ninguém na minha terra, além de
você e a pequena menina de cabelos castanhos. Vou colocar uma bala
no crânio de qualquer pessoa que invadir.”
Ele acena com a cabeça e aperta a mão. “Boa sorte. Vejo você em
breve.”

Aperto sua mão e depois ele sai.

Uma vez que não consigo mais vê-lo em sua retirada, volto para
dentro da nossa cabana muito maior. Cortamos a parede onde nossa
cama ficava e abrimos ali um novo espaço. Nossa cama foi movida para
o canto mais distante ao lado da lareira de pedras que construímos.
Ainda mantemos o aquecedor do trailer na sala da frente, mas
funcionará bem na parte de trás. É muito maior e pode manter o fogo.

Devon está ocupada organizando nossa cabana. Ela senta na


cama, que agora está dois pés acima do chão desde que Atticus e eu
construímos uma moldura para ela e dobra roupas de bebê. Um sorriso
enche seus lábios cheios e ela está em paz. Com as mãos nos quadris,
a olho. Caixas e baldes estão em todos os lugares, mas ela parece feliz
em descarregar tudo.

"Ele se foi?" ela pergunta quando percebe minha presença.


Nossos olhos se encontram e os dela brilham com amor.

"Foi ver Eve."

"Eve?" Seu nariz franze.

“A garota no barraco.”

Ela pressiona os lábios juntos e balança a cabeça. "Se ela não


for perigosa, não me importo em cuidar dela."

“Acho que ela não oferece perigo, mas é solitária. Atticus diz que
ela prefere estar lá.”

“Está bem então. Talvez devêssemos levar comida ou roupas.


Sinto-me mal por ela estar sozinha,” diz. Ela solta as roupinhas e se
afasta da cama. As mãos se fecham sobre sua barriga gigante coberta
pelo novo vestido de maternidade que Atticus comprou. Ela prefere
estar nua, mas, como tínhamos um visitante, ela teve que permanecer
vestida. Estou morrendo de vontade de rasgá-lo de seu corpo e beijar a
barriga nua.

"Podemos fazer isso," asseguro-lhe.


Nós nos abraçamos e seus cabelos cheiram a maçãs após o
banho mais recente no rio. Posso devorar essa mulher de sol ao sol.

"Li muito do livro que Atticus trouxe," ela murmura.

Pego seu maxilar e inclino a cabeça para cima. As sobrancelhas


dela estão franzidas.

"Outro livro de incesto?" Meu maxilar acende de raiva.

"Não," ela respira com preocupação passando por seu olhar


brevemente. "O que diz respeito ao parto natural em casa. É
assustador."

Beijo seus lábios. "Não tenha medo. Nós vamos conseguir. Você
é forte e capaz. Não vou deixar que morra no meu plantão, Pip."

As narinas dela se dilatam e a ponta do nariz fica vermelha. "Não


estou preocupada comigo. Fico tensa pelo bebê."

“O bebê ficará bem. As pessoas tinham bebês na natureza o


tempo todo antes da medicina moderna.”

Ela engole. "E se tiver algo errado com ele... complicações... do


incesto..." Lágrimas gordas transbordam de seus olhos. "Prometa que
você acabar com a miséria dele. Eu não poderei. Sou egoísta demais.
Você precisará fazer isso."

Meu peito dói. "Devon. Escute. Não vai haver nada de errado com
este bebê. Confie em mim. Esta história de incesto não passa de
besteira. Não deveria ser algo para se preocupar. Quando foi que te
conduzi erroneamente?"

"Nunca."

“Sempre prometi que eu iria protegê-la, não importa o que


acontecer. Tem que confiar nisso. Tudo o que faço é para o seu
bemestar e para manter seu coração intacto. Se houvesse algo com que
se preocupar, serei o único a ter todas as preocupações. Estou bem.
Excitado e ligeiramente nervoso, mas isso é porque não pego um bebê
há tanto tempo.”

Ela sorri. “Desde Drew e eu.”


Meu estômago gela dentro de mim. “Vamos fazer isso.
Continuaremos a fazer isso pelo resto de nossas vidas. Nós somos um
time. Somos assim desde sempre.”

Um longo suspiro sai dela. "Você está certo. Fiquei preocupada."

"Tudo bem. Agora tire as roupas e deixe-me ver sua bucetinha


bonita."

Ela grita, mas minha boa garota sempre obedece.

“Quantas. Caixas.” O suor gruda no rosto dela


quando se revira no espaço tentando organizar toda essa merda. Pelo
que li sobre gravidez, ela está arrumando o ninho. Isso significa que o
bebê estará aqui em breve. Meu coração dá um salto com o pensamento
de segurar nosso bebê nos braços.

Todas as noites rezo a um Deus que provavelmente me


abandonou, para que ela e nosso bebê fiquem bem. Espero que ele ame
os inocentes, e ela e nosso bebê definitivamente são inocentes, porque
não sobreviverei se algo acontecer com eles.

Preciso que eles estejam bem.

"Amanhã devemos começar a cultivar nossa horta," ela diz


enquanto se inclina para uma caixa. Estou morrendo depois de um dia
de trabalho e contente em olhar sua linda bunda se mexendo.

"Podemos fazer isso. Atticus trouxe sementes suficientes para


plantarmos daqui até Seattle," digo com uma risada.

Ela se vira e sorri. "Estou animada por uma horta. Tomates


frescos e pepinos. Oh, Deus, isso soa como o céu."

Meu pau se contrai ao ouvir seu gemido de prazer. “Você é


gostosa pra caralho assim, toda doméstica.”

Suas bochechas ficam vermelhas e ela me dá um sorriso tímido.


"Você é bonito pra caralho assim todo bárbaro."

Nós dois rimos.


Eventualmente, adormeço e ela cantarola enquanto ela trabalha.

Este é realmente o paraíso.

“Nada,” ela faz beicinho e depois estremece.


"Faz só quatro dias, querida. Plantas não crescem do dia pra
noite.”

Ela se aproxima da cama e deita. "Minhas costas estão me


matando."

"Descanse."

"Preciso acabar com a pilha de caixas e..."

"Devon, descanse." Meu tom é firme e não deixa espaço para


discussão.

“Tudo bem, Papai,” ela caçoa.

Isso me faz querer enfiar o pau em sua boca.

"Você conhece as regras," rosno.

"Então vou chamar você de Papai o tempo todo aqui," ela provoca,
a sobrancelha arqueada.

Deus, ela é tão sexy quando fica respondona.

"Continue com isso," consigo avisar.

"Ou o que?"

"Ou vou tapar sua boca com meu pau. O que acha disso, garota
má? "

Ela começa a rir e seus seios balançam com o movimento. “Se


pudesse ficar de joelhos sem toda essa dor, te chuparia com prazer,
Papai.”

"Deite-se e descansem," ordeno, meu pênis duro contra o jeans.


Obedecendo, ela se estende e descansa as mãos na barriga
enquanto me vê cruzar a cabana até ela. Ela morde o lábio inferior
quando desabotoo o jeans e puxo meu pau. Com os olhos presos nos
dela, acaricio-me com a mão esquerda. Com a direita, massageio sua
buceta escorregadia. Ela geme, soluça e se contorce. Amo o quão
molhada e excitada ela fica com meus dedos. Sei que suas costas doem,
então sexo está fora de questão, mas nós dois podemos gozar.

"Oh, Deus, Reed," ela ofega, os olhos brilhando. "Sim!"

Seu corpo vibra com um orgasmo sísmico apenas de tocar seu


clitóris. Isso traz meu próprio alívio e gozo com um grunhido. Minha
porra pegajosa esguicha sobre seus grandes seios, marcando e
reivindicando-a como minha. Fico satisfeito em vê-la coberta com meu
esperma. A menina suja passa os dedos através do meu gozo e os leva
aos lábios. Seus olhos azuis resplandecem com luxúria, enquanto ela
suga meu gozo.

"Yum."

Eu sorrio. "Tem muito mais de onde esse veio.”


“Não posso fazer isso sozinho, Sabrina.” Meu peito dói e estou

exausto. Completamente esgotado. Os gêmeos são difíceis


como sabia que seriam. Nada me preparou para ter que fazer tudo
praticamente sozinho.

Ela fala através do travesseiro que cobre sua cabeça. Sua voz é
irregular e sei que está chorando o dia todo. “Não posso fazer isso de
jeito nenhum.”

Com um suspiro, sento-me ao lado dela na cama. O aborto


espontâneo, de novo, não só aconteceu no pior momento possível, como
também a fez se aprofundar na depressão. Quero ajudá-la, mas não
posso desta vez. Tenho duas pequenas bocas lá que precisam de
alimentação.

"Você pode tentar? Por mim?" Imploro, minha voz estrangulada.


Ela se afasta de modo que suas costas se voltem para mim. Com
lágrimas quentes e furiosas nos olhos, deixo-a sozinha com seu
desespero. Vou ao escritório tomar uma bebida quando Devon me chama
do berçário.

"Pa."

Meu coração para de bater no peito. Drew fala o tempo todo, mas
Devon ainda não. Corro para o quarto, derramando lágrimas enquanto
sorrio para ela.

"O que é isso?"

"Pa." Ela choraminga e ergue as mãos. Seu cabelo loiro e retorcido


é fofo, todo bagunçado do sono. Drew dorme como os mortos, mas Devon
acorda no meio da noite se me ouve.

Nossas vidas desenvolveram recentemente esse padrão.

Ela acorda. Grita por mim. E eu a carrego pela casa enquanto faço
alguma merda sem importância. Uma vez que ela adormece, a coloco de
volta.

"Ei, Pip."

Ela sorri para mim, toda olhos sonolentos e sorrisão aberto e meu
coração derrete. Pego-a no colo e levo comigo para o escritório. Ao
contrário de seu irmão turbulento, Devon não corre pela casa e nem se
mete em encrencas o dia todo. Ela fica feliz em se sentar no meu colo e
mexer com o que dou para ela brincar.

Abaixo-me e lhe entrego uma caneta e papel. Uma vez que a ajudo
a agarrar a caneta, ela rabisca no papel, seus gritos de deleite são um
bálsamo para meu coração ferido.

Como pode Sabrina estar deitada e ignorar tudo isso?

Como pode jogar nossa oportunidade de finalmente ser pais no


lixo?

Claro, ela está sofrendo demais. Bem, então, porra, também estou.
Mas, como diabos ela pode ignorar esses dois milagres?

"Pa-pa-pa-pa!" Devon balbucia enquanto destrói o papel. Com


apenas dois anos, ela já é capaz de entrar dentro do meu coração e se
trancar ali.
As pessoas tinham conselhos para dar.

Sobre como lidar com nossa situação.

E no início, me perguntei como poderia amar alguém que quase


não conhece.

Mas tudo isso é deixado de lado no momento em que uma criança


sorridente de olhos azuis adormece contra seu peito. Você inala o
shampoo do bebê e conta suas bênçãos.

Gostaria que Sabrina saísse desta fossa.

Estes são nossos filhos.

Nós devemos amá-los.

Com certeza, eu os amo.

Rápido, repentino e inesperado.

Mas eu amo.

Foda-se, como amo.

"Pa!" Devon solta a caneta antes de se recostar com um suspiro


fofo.

Sorrindo, dou um beijo na cabeça suave e a acaricio.

Ela segura meu dedo mindinho com a mão minúscula. "Pa."

Acordo no meio da noite, a velha memória apertand


o meu coração. Isso me faz pensar se nosso bebê terá cabelo loiro ou
castanho. Olhos azuis ou castanhos. De qualquer forma, sei que será
lindo e feliz.

Devon fica sentada à mesa na outra sala com um balde plástico


nos pés. Ela está folheando alguns papéis e lendo-os. Olho para ela pelo
que parecem horas até voltar a dormir.

A vida é perfeita.
Tão perfeita.
CAPÍTULO VINTE

Reed diverte-se com meus ninhos. Não acho graça. Sinto-me


desestabilizada. Como se não arrumasse tudo e colocasse onde deve
estar, nunca será feito. Quero tudo perfeito para que quando o bebê
nascer possamos relaxar.

Nervosismo faz meu estômago roncar. Talvez nunca relaxemos.


Se houver algo errado com o bebê, talvez tenhamos que voltar à cidade.
E se precisarmos de um hospital ou tratamento extra?

Outra contração aguda e dolorosa me atinge. Li que podem ser


do parto. Mas também li que pode ser alarme falso. Quando minha
bolsa estourar, saberei que o bebê está prestes a nascer. Até lá,
aguentarei as dores.

O ronco de Reed é reconfortante. Ele trabalha duro a cada dia.


Casa. Comida. Tudo. Quando ele cai na cama, desmaia. Quero que
descanse. Agora que a extensão da cabine está terminada, talvez
consiga.

Grito quando outra contração me atinge. Isso faz Buddy


choramingar de preocupação. Solto um suspiro e o acaricio com o pé
descalço. "Shhhh."

Ele se acalma e olho as fotos que mamãe guardou. Papai me


segurando com dois anos de idade aquece meu coração. Ele parece tão
jovem e aterrorizado. Derrete meu interior. Caço através dos retratos
procurando os de quando éramos crianças. Eu pareço pequena. Com
uma carranca, cavo mais na caixa. No fundo, encontro um envelope
amarelo selado que diz: Privado. Não abra.

A curiosidade leva o melhor. Meus olhos piscam para Papai e ele


ainda dorme profundamente. Arrastando os olhos de volta para o
envelope, silenciosamente o abro. Dentro estão documentos judiciais.
Grampeado à parte dianteira, vejo uma foto de um jovem e linda loira,
não mais velha do que quatorze ou quinze anos, segurando bebês
gêmeos.

Ela tem meus olhos.

O pensamento me atinge forte e meu coração acelera no peito.

Arranco a foto e a jogo na mesa. Lágrimas ardem em meus olhos


quando a traição afunda dentro de mim. Ele mentiu para mim. Ele
mentiu sobre tudo.

Documentos de adoção.

Muitos deles.

Todos os mal-entendidos, mas em poucas palavras, Abigail


Hunter, deu seus direitos para meus pais.

Vou vomitar.

Bile sobe e rapidamente engulo.

Não pode ser verdade.

Toda preocupação com o que o incesto faz com bebês não


importa. Reed não é meu pai biológico. Um gemido doloroso sai do meu
peito o que faz com que ele se mexa, mas não acorde. Sinto como se
meu coração fosse arrancado. Lágrimas percorrem minhas bochechas
e gotejam nos papeis.

Não é de admirar que mamãe não nos amou.

Não somos dela.

Meu corpo treme enquanto afasto o cobertor e coloco meus pés


nas botas. As contrações que continuam cortando a parte inferior das
costas e envolvendo meu estômago não são nada em comparação com
a dor abrasadora e esmagadora em minha alma e coração.
Não sei onde vou.

Não me importo.

Mas não posso ficar aqui com ele.

Ele não é mesmo... não somos nem sequer...

Tiro o bloqueio do lugar e empurro a porta. O ar noturno é gelado


e esfria minha pele aquecida. Com os soluços sufocando-me, atravesso
o portão e corro. Não sei para onde ir, mas para longe daqui e dos
destroços de nossas vidas. Minhas botas soam no mato da floresta e
meus gritos são altos. Buddy obedientemente corre à minha frente
como se para matar qualquer coisa que pudesse entrar no meu
caminho.

Corro por pelo menos dez minutos quando ouço.

Dor.

Tristeza.

Devastação.

Raiva.

O rugido é meio humano, meio animal.

Ele ecoa através das árvores e me assombra.

Vindo para mim.

Isso me perseguirá até capturar.

Não quero ser capturada.

Eu quero ser livre.

Ódio, fúria e o sentimento doentio de ser enganada toda a minha


vida me alimentam. Uma dor aguda me atinge tão forte que tropeço e
quase caio. Tenho que segurar meu estômago e suprimir um grito até
passar. Uma vez que posso me mover de novo, tento avançar, embora
esteja muito mais lenta do que antes. Meu corpo treme pelos soluços.
"Devon!"

A maneira como ele diz meu nome é uma reivindicação. Uma


promessa. Um voto de amar, cuidar e proteger. Odeio a maneira como
ele fala. Ele não tem nenhuma reivindicação sobre mim. Não pertenço
a ele. Nunca pertenci.

Nosso relacionamento foi construído com mentiras.

Ele me deixou pensar coisas mais terríveis sobre mim, sobre nós,
sobre nosso bebê.

"Devon!"

Outra contração me atinge. Caio de joelhos. A dor é insuportável


e me cega. Estou perdida pela severidade absoluta. Ele está mais perto
agora. Posso ouvir seus grunhidos. Xingamentos. Suplicas. Choro.

Mais perto.

E mais perto.

A dor aumenta e paro com as pernas trêmulas. Passo após passo,


me movo para frente. Quase não dei três passos quando a contração
ataca novamente. Mais uma vez, caio de joelhos. Estou chorando e
agarrando desesperadamente a terra enquanto me afasto dele. Cada
extremidade nervosa no meu corpo está viva, exposta e se debatendo.
A dor é muito intensa.

Vou morrer aqui.

E pior ainda, ele está se aproximando.

"N... Não," engasgo enquanto rastejo. "F... Fique longe de mim."

Mas estou muito lenta. Não rápida o suficiente. Como uma


víbora, ele ataca. Seu punho está no meu cabelo e ele está me
provocando como aquele urso uma vez. Nada é gentil ou curioso. Ele é
áspero, territorial e exigente.

Grito quando ele pousa na sujeira atrás de mim e empurra minha


cabeça para trás. Seu braço forte envolve meu meio acima da barriga
proeminente de maneira possessiva. Em seus braços, me sinto segura
e sufocada. Minha mente está em conflito. Eu o quero, mas o odeio. Eu
o amo, mas não suporto ser tocada por ele.

"Minha." Seu grunhido é feroz e intimidante. Mais assustador do


que qualquer animal. "Minha."

"Não!" Grito e luto contra suas mãos.


Seu pênis é duro e intrusivo contra minhas costas. Odeio isso.
Eu amo isso. Não quero isso. Eu desejo.

"Minha!"

"Não!"

Sou empurrada para frente e mal tenho a chance de me


estabilizar com as mãos antes de empurrar meu vestido pelos quadris.
Com um puxão, ele rasga o tecido que cai na sujeira. Eu grito e chuto,
mas ele é forte. Determinado. Implacável.

Outra contração rouba minha respiração e sanidade. Ele


aproveita esse momento de fraqueza. Ele toma como se pertencesse a
ele. Como se fosse dono de cada parte minha. Seu pênis percorre-me
enquanto ele brutalmente empurra seu caminho para dentro. Isso não
é estupro como aquelas pessoas fizeram, porque apesar dos meus gritos
de horror, ainda o quero. Esta é uma aquisição hostil. Uma lembrança
de a quem pertenço.

"Eu odeio você!" Grito, mas paro de lutar. Caio em cima de meu
ombro com a bunda no ar.

"Eu te amo muito!" Ele rosna, os quadris batendo forte contra


minhas costas. "Você nunca vai me deixar! Nunca!"

Soluço, grito e amaldiçoo. Outra explosão dolorosa envolve meu


abdômen, deixando-me tonta por um segundo.

"Minha, Devon! Você é minha, maldição! Não me importo com


esses papéis!" Ele está chorando atrás de mim. Furioso, mas chorando.
"Sim, você foi minha no momento em que ela te entregou para mim."
Sua voz quebra e seu aperto brutal em meus quadris diminui. Ele corre
uma suave palma por minha coluna vertebral. "Eu não entendo, mas
você abriu seu caminho por meu coração com apenas dois anos quando
nós a conseguimos."

Nós dois estamos chorando e ele me fode devagar.

"V... Você... Deixo-me acreditar que algo poderia ser e... estar
errado c...com o bebê," acuso, minhas palavras confusas.

Ele me puxa meus cabelos de novo e empurra para que sua


respiração esteja no meu ouvido. Tudo dói, mas preciso dele como
preciso de ar. Eu o odeio. Eu o amo.
"Porque queria proteger seu maldito coração. Sabia que isso iria
te esmagar, meu amor. Por favor, entenda que todas as malditas coisas
que já fiz sempre foram por você." Ele torce o aperto no meu cabelo para
que nossas bocas se encontrem. Com uma intensidade que nunca
soube existir, ele me devora num beijo de reivindicação. Seu pênis está
fundo em mim e sou virada num ângulo desconfortável e dói como o
inferno. E, no entanto, eu o beijo com força.

"Eu odeio você," soluço.

Impulso. Impulso. Impulso.

"Eu te odeio…"

"Eu te amo, Pip".

"Eu te odeio…"

Impulso. Impulso. Impulso.

"Eu amo tanto você," ele ofega contra minha boca.

"Eu odeio você." Outro soluço pela dor intensa ondula através de
mim. Vou morrer. Bem aqui. Agora mesmo. No chão da floresta com
um pau profundamente em mim.

E ele não saberá.

Ele não saberá que são mentiras.

"Papai," engasgo. "Eu te amo."

"Eu sei, baby. Eu sei."

A dor que me envolve faz meu interior se contrair tão forte que
acho que vou vomitar. Atrás de mim, Reed goza com um grunhido feral.
"Porra!"

Ele mal sai quando uma onda de calor quente escorre. Ambos
estamos atordoados e começo a tremer, mas ele me segura.

"V...Você está tendo o bebê?!" Ele puxa o jeans com a mão livre.

Choro em resposta.

"Porra! Merda! Oh Deus!"


Ele me pega nos braços fortes e tudo o que posso fazer é tremer
incontrolavelmente. Nunca o odiei. Estou chateada e confusa, mas
nunca poderia odiá-lo. Ele é meu. Somos cósmicos e intocáveis juntos.

Estou aturdida enquanto ele corre pela floresta. Meus olhos estão
meio turvos e inchados, mas logo vejo um barraco. Ele ataca e com um
forte chute, abre a porta e entra na casa.

Uma garota grita, mas ele não parece incomodado. Coloca-me em


alguns cobertores que estão na frente da lareira.

"Eve!" Ele ruge. "Socorro!"

Ele se ajoelha na minha frente e separa minhas coxas. Quando


ele olha para baixo entre eles, seus olhos se arregalam de horror.

"O que?!" Exijo com a voz aguda. O terror me supera e tento olhar
meu estômago para ver.

"Deite-se," ele ordena, o tom abrupto. "O bebê está nascendo.


Apenas fique deitada, Devon."

Uma menina pequena olha para mim em choque. Seu cabelo


castanho selvagem é uma bagunça e os olhos estão arregalados. Ele
grita ordens para ela. Água. Toalhas. Todo tipo de coisas. Ele
mencionou a cabana. Perco a noção de realidade quando outra onda de
dor me atinge. A garota que fugiu.

"Eu ... não posso fazer isso," engasgo. "Eu vou m...morrer."

Ele olha para mim. "Caralho que você vai. Terá esse maldito bebê
agora e vai ficar bem. Verei se posso sentir a cabeça."

Meus olhos retrocedem quando ele começa a empurrar os dedos


grossos dentro de mim. Imediatamente, ele empurra e estremece.

"O que?"

"O bebê está invertido."

Em pânico, solto um grito. "Tem que virá-lo antes que seja tarde
demais!"

Suor cai de suas têmporas e os olhos disparam por toda parte


como se buscando um plano.
"Deite e tente relaxar," ele ordena.

Faço o que me fiz e ignoro a dor excruciante quando ele começa


a mover os dedos e depois a mão dentro de mim. Solto sons suaves
enquanto ele se move mais fundo dentro de mim. Ele usa a mão livre
para empurrar minha barriga. A dor é demais.

"Preciso que empurre," ele grunhe, seus olhos maníacos.


"Podemos fazer isso, mas preciso de sua ajuda."

Engasgo quando pressiono a parte superior do estômago para a


direita. Tudo muda dentro de mim e solto outro grito. Outra contração
me toma enquanto ele retira o braço.

Giro a cabeça de lado e expulso meu jantar. A dor é demais para


suportar. Suas mãos estão no meu rosto me avaliando e ele está de
volta entre minhas coxas. Minha energia está acabando e me sinto
sobrecarregada. Como se realmente morresse neste plano. Só espero
que nosso bebê viva.

"Você tem que ficar forte, Pip," ele diz, agarrando meu joelho.
"Fique comigo. Foco. Não posso tirar esse bebê de você. Vai ter que
fazêlo sozinha. Ajudará se ficar de joelhos?"

Gemo até que outra contração rouba minha respiração. Lágrimas


rolam por minhas têmporas. Não sei o que fazer. Só quero que a dor
suma. Quero o bebê fora de mim. Quero…

Empurrar.

O desejo é diferente de qualquer outro sentimento no mundo.

Torna-se meu único pensamento.

Empurrar.

Seguro meus joelhos e me abaixo, um som gutural saindo do meu


peito. Meus olhos estão fechados, mas posso ouvir Papai me elogiando.
O impulso passa e fico trêmula.

"Você está indo bem," ele me assegura. "Na próxima vez que a dor
vier, faça isso de novo."

Não precisamos esperar muito.

Dor explode através de mim novamente.


Abaixo e mantenho os olhos nele. Seus olhos estão para baixo.
Quando seu rosto se ilumina, me ajoelho contra ele em estado de
choque.

"Posso ver a cabeça! Porra, fizemos isso! Baby, posso ver o cabelo!
Escuro como o meu," ele diz.

Começo a rir ou a soluçar, não sei o que, mas estou feliz. Saber
que o bebê está tão perto, que parecerá com ele talvez, me deixa mais
determinada do que nunca.

Uma e outra vez.

Eu empurro e empurro.

"Oh, Deus," grito. "Isso dói!"

"Eu sei, querida. Você está indo tão bem. Apenas continue."

No próximo impulso, sinto algum alívio e os olhos de Papai se


arregalam.

"Santa merda! A cabeça está fora. Jesus, Devon, a cabeça está


fora!"

Não tenho tempo para me recuperar porque outra contração


dolorosa me toma. Eu sofro. Uma e outra vez até um alívio como se eu
nunca conhecesse as dores sai de mim para os braços do meu Papai.

Estou fora do mundo.

Por um momento.

Mas meus olhos estão arregalados.

"Não está chorando!" Eu grito. "Por que não está chorando?!"

O rosto de Papai está torcido enquanto ele entra em pânico. Ele


segura o bebê mole em seus braços e soluço ao vê-lo.

"Foda-se!" Ele grita. "Chore! Por que diabos ele não está
chorando?!" Lágrimas gordas tomam o rosto de Papai.

Ele?

"É um menino?" Pergunto, um soluço preso em minha garganta.

Ele acena com a cabeça. "Porra. Porra. Porra. O que fazemos?"


"Eu não sei!"

Ele agarra nosso filho pelos tornozelos e o vira de cabeça para


baixo. Estou horrorizado com o quão brutal ele está sendo. Então, não
tão gentilmente, ele bate no bumbum da criança. Estou prestes a gritar
com Papai quando ouço.

Fraco no primeiro.

Então, mais alto.

Seus pulmões. Eles são poderosos.

"Ele está chorando!" Exclamo. "Oh meu Deus, ele está chorando!"

Ele abaixa o bebê e o passa para mim. Meus braços o protegem


enquanto puxo-o contra meu peito. Ele é perfeito. Cabelo escuro, corpo
magro e comprido. Perfeito.

Meu.

Oh, Deus, ele é meu.

Deito chorando de alegria pelo que parece uma eternidade. O


bebê é pegajoso e sangrento pressionado contra mim. Ele não para de
chorar, mas tomo isso como uma boa notícia. O cordão umbilical ainda
está ligado a ele e a algum lugar dentro de mim.

Outras ondas de dores menores me atravessam. "Acho que a


placenta está saindo."

O rosto de Papai é frenético, pois ele faz seu melhor para retirar
a placenta. Ela sai facilmente. Estou tremendo e meus dentes batem
quando Eve volta para dentro da casa com os braços cheios e uma
mochila pendurada no ombro. Ela me traz uma toalha e envolvo-a ao
redor do meu filho.

Escuridão nubla minha visão e desmaio.


CAPÍTULO VINTE E
UM

Porra. Porra. Porra.

Seus olhos reviram na cabeça e entro em pânico. "Baby! Acorde!"


Ela pisca os olhos lentamente. "Estou tão exausta."

Alívio me percorre. "Além disso, você está bem?"

Seu aceno de cabeça é leve.

"Durma então. Cuidarei de você."

No momento em que ela dorme, pego minha faca e corto o cordão


umbilical. Ele trava como uma cobra, mas só preciso limpá-la. Com
movimentos cuidadosos, coloco nosso filho em seu peito e envolvo-o na
toalha. Ele chuta e grita. Quase choro quando percebo que ele tem seu
nariz. Com um beijo rápido, limpo seus cabelos pegajosos e levo-o até
uma Eve de olhos arregalados.

"Você consegue segurá-lo para que eu possa cuidar dela?"

Confiança não é algo que lido bem, mas ela apenas corre a toda
velocidade para me ajudar. Ela parece aterrorizada, não má. Suas
feições suavizam e ela acena com a cabeça. A criança não é muito
falante. Entrego o bebê e ela o toma. Minha atenção está de volta ao
meu coração, meu amor, minha fodida alma.

Ela é uma bagunça.

Eu a fodi e ela estava num maldito trabalho de parto.

Estou desgostoso comigo mesmo.

E, no entanto, sei que tinha que ser feito.

Ela precisava ser reivindicada e carimbada como propriedade.

Minha.

Totalmente minha.

No momento em que acordei e descobri que ela foi embora fiquei


louco. Os papéis por toda a mesa significavam que ela encontrou meu
segredo escuro. Um segredo que trabalhei tão duro para esconder.

Ela é minha filha.

No momento em que a segurei, eu soube.

Soube no momento em que descobrisse, se alguma vez, se


sentiria traída. Mas disse a ela. Porra, disse a ela que escondo coisas
se isso significa manter seu coração seguro. Este era um segredo que a
destruiria. Simplesmente não podia fazê-lo. Mesmo quando estava
doente de preocupação com os problemas relacionados ao incesto, não
pude contar. Este segredo é pior do que um pouco de medo sobre
defeitos congênitos. Este segredo tem o potencial de destruí-la.

No piloto automático, fervo um pouco de água e pego o kit de


primeiros socorros. Cuidadosamente, lavo Devon da cabeça aos pés.
Sua vagina está inchada e vermelha. Há um pequeno buraco que tenho
medo de costurar. Odeio que ela esteja ali, completamente desmaiada,
com as pernas abertas. Mas, ao mesmo tempo, preciso cuidar dela sem
me mover. Leva algum tempo, mas consigo arrumar e espalhar pomada
sobre as partes de sua buceta que parecem feridas. Uma vez que ela
está limpa e cuidada, a cubro com o cobertor que Eve trouxe da casa.

Meu filho chora e se retorce. Eve parece aterrorizada e com prazer


o entrega para mim. Sento no chão e coloco-o sobre uma toalha
dobrada. O ar frio parece irritá-lo e seus gritos ficam mais altos.
Rapidamente, lavo nosso filho precioso. Tudo sobre ele é perfeito. E
seus pulmões são poderosos. Ele lembra-me de Drew, pelo jeito que
chora.

"Você é barulhento, não é?" Embrulho-o num cobertor.

Seu punho voa livre e ele sufoca. Ando de joelhos com ele nos
braços para onde Devon dorme. Demora algumas manobras, mas
consigo aninhá-lo contra ela. Sua boca se abre enquanto ele procura
seu peito. Seguro seu corpo minúsculo de uma maneira que logo ele o
agarra. Seus gritos são silenciados enquanto ele puxa ansiosamente
seu mamilo. Com lágrimas nos olhos, fito Eve com um sorriso.

"Minha família."

Ela sorri de volta. "Linda."

Eve permanece na entrada da nossa cabana com


meu filho embrulhado firmemente nos braços enquanto abaixo Devon
em nossa cama. Uma vez que ela está coberta, me viro para aceitar meu
bebê. Passaram cerca de três horas desde que Devon desmaiou. Sabia
que tínhamos mais para fazer, então Eve seguiu obedientemente atrás
de mim enquanto levava meu amor para casa. Sou grato a Eve de uma
maneira que não posso explicar. Sem ela, isso seria quase impossível.

Uma vez que coloco meu filho dormindo na cama ao lado de


Devon, giro para fitar Eve. Ela solta um grito quando a envolvo nos
braços e abraço.

"Obrigado."

Seu corpo está tenso, mas ela não luta contra meu abraço.
Quando me afasta, ela estende a mão. "Fruta."

Sorridente, passo uma caixa com nossos produtos enlatados. A


menina é muito pequena para transportá-la, então encontro a mochila
e encho-a com latas de frutas. Vai ser difícil para ela levá-lo ao barraco,
mas ela é feroz. Não tenho dúvidas de que irá conseguir.

"Se ver Buddy, o trará de volta?" Pergunto.

Ela assente com a cabeça enquanto pega a mochila.

Aquele maldito cachorro sumiu quando me tornei um animal e


falei brutalmente com Devon. Acho que assustei a merda fora dele. Ele
ainda precisa retornar.

"Venha nos visitar," digo a para Eve. "A qualquer momento."

Outro aceno de cabeça.

Então ela se vai.


Acordo com um som de sucção. Minhas costas e pescoço estão

me matando. Dormir na cadeira ao lado da cama foi uma


má ideia, mas queria vigiar minha família.

E é minha família.

Devon é mais do que filha, esposa e amiga.

Ela é risada, vida e amor.


Sou grato pelo dia em que a menina de dezesseis anos, Abigail,
concordou em deixar seus gêmeos. Ela lutou quase dois anos na
tentativa de cuidar deles. Ter um bebê aos 14 anos seria difícil para
qualquer um. A garota simplesmente não conseguiu. Sabrina e eu
ficamos encantados porque significava que finalmente seríamos pais.

Meus olhos vão para Devon enquanto ela nutre nosso filho. Os
olhos dela estão moles enquanto observa com admiração. Ele é lindo.
Amo ambos pra caralho.

Perfeito.

Com um sorriso nos lábios, penso no dia em que Abigail entregou


os gêmeos.

"Devon é um bom bebê," diz Abigail, quase derrubando a criança.


"Dorme bem. É aquele brigão que tem que vigiar."

Lágrimas surgem olhos dele e ela solta um soluço chocado.

Sabrina me dá um olhar preocupado. Nada é real sobre esta


adoção. Não até estarmos em casa com eles e ela realmente acreditar.

"Vamos cuidar deles," digo, pegando a mão da jovem.

"É para o melhor, anjo," murmura a mãe de Abigail, Patricia. "Mal


posso dar ao luxo de alimentar a criança que tenho, muito menos duas.
Não depois do divórcio, especialmente."

Abigail endurece. "Eu sei, Ma." Então seus olhos azuis brilham
como dois lagos nos meus. "Posso falar com você um segundo? Sobre os
bebês."

Sua mãe tensiona, mas concorda em nos dar um tempo sozinho.


Sabrina e Patricia começam a discutir rotinas de alimentação enquanto
deslizo pela varanda da frente com Abigail.

"O que está errado?"

"Prometa-me que não mudará de ideia?"


Olho para ela como se estivesse perdendo a lucidez. "Eu juro."

Ela engole antes de envolver os braços ao meu redor num forte


abraço. Não posso deixar de abraçar a menina doce e triste. Ela cheira
a maçãs e inocência. Beijo sua cabeça macia porque parece certo.

"O que é isso?"

Suas palavras são sussurradas, mas as ouço. Meu coração quebra


no peito. O segredo é muito profundo e sombrio para qualquer um, exceto
nós dois, sabermos.

"Era papai."

Engulo e acaricio os cabelos da jovem adolescente. "O que era


papai?"

Ela estremece e quase desmorona, mas a seguro. "E... Ele


costumava entrar no meu quarto quando bebia demais. Eu não queria
isso, mas aconteceu... "

"Sinto muito."

Ela balança a cabeça. "Eu não. Não há nada de errado com eles.
Eles merecem ser amados. Mas não aqui…"

A cabeça dela se inclina e olha em seus olhos. "Preciso fugir.


Escapar. Não posso fazer isso com eles. Mamãe está cega. Papai nos
deixou pouco tempo depois de me engravidar. Menti para Ma. Disse que
foi um menino da escola. Se ela soubesse... "

"Não vou contar a uma alma," digo. Essa promessa arde


profundamente em meu coração.

“Obrigado. Eles são bebês inteligentes. Doces e interativos. Só


quero que sejam amados. Tenho medo de não lhes dar o que merecem.”

"Eu os amarei como se fossem meus."

"Obrigada."

"Embora acho que deva ir à polícia e denunciá-lo," digo


suavemente.

Ela se afasta e levanta o queixo. "Não. Não quero que ninguém


saiba ou tenha sequer uma ideia. Por favor."
Com tristeza no coração e pelo futuro desses dois bebês, aceno
com a cabeça.

"Eu prometo."

Ela me dá um sorriso adolescente largo e brilhante. "Promessa de


dedinho?"

Rio e ofereço-lhe meu mindinho.

Meu coração está pesado quando lembro de Abigail. Estávamos


com os bebês há duas semanas quando soube que a adolescente
morreu de overdose. Não percebi que sua fuga significava morte. Isso
me assombra até hoje.

Mas seus segredos de como minha Devon e Drew nasceram do


incesto permanecem trancados em meu coração. Devon nunca saberá.
Nunca. Ela é inteligente, bonita e perfeita. Não quero que duvide. Um
dia, quando estiver pronta direi a ela o quão doce e amorosa sua mãe
biológica era, mas é isso. Ela nunca saberá que nasceu de estupro e
incesto.

"Estou tão feliz," Devon diz olhando nosso filho.

Seu cabelo loiro está sujo e aninhado, mas nunca a vi tão serena
e linda.

"Eu também baby."

"Como devemos nomeá-lo?" ela pergunta.

Ele perde o aperto em seu mamilo e chora. Nós dois rimos


enquanto ela o ajuda a mamar.

"Ele é uma pequena coisa ruim."

Seus olhos azuis encontram o meu. “Rowdy combina com ele.


Depois é seu tio.”

Meu coração explode. "Amei isso. Rowdy Andrew Jamison."

"Obrigada."
Rio e sento ao lado dela no canto da cama. Meus dedos correm
seus cabelos bagunçados antes de acomodar minha palma em nosso
bebê. "Por que me agradece? Você fez todo o trabalho. Você fez isso,
Pip."

Ela sacode a cabeça quando as lágrimas caem. Seu lábio se


retorce. "Obrigada por me amar. Desde o primeiro dia e todos os dias
até agora. Nosso amor cresceu e transformou-se em algo que ninguém
mais tem neste planeta. Somos especiais."

Rowdy abre a boca enquanto os olhos fecham. Quem sabia que


bebês eram tão adoráveis? Perdi tudo com Drew e Devon. Neste
momento, admirando meu filho recém-nascido, é um momento que
nunca esquecerei.

"Vou começar a fazer o café da manhã," digo com um suspiro.


"Sem descanso para os cansados."

Ela bate na cama. "Prefiro que fique aqui conosco. A comida pode
esperar."

Estou cansado e dolorido.

A ideia de dormir com minha família é uma que não posso


recusar.

Tiro minha cueca e me arrasto para seu lado. Com o meu braço
em torno de ambos caio num sono feliz e pacífico.

Estou em casa.

Estamos finalmente em casa.


EPÍLOGO

Dois anos depois…

"Rowdy, não!" Giro enquanto ele corre em direção à lareira.


Minha barriga é gigante e tudo o que faço é passar os dias assim.
Felizmente, Reed é mais rápido que nós dois. Ele pega nosso filho e o
joga no ar.

Rowdy grita e abraça o pescoço do pai.

"Precisamos construir uma cerca e trancá-lo," reclamo e tiro uma


mecha de cabelo do meu rosto pegajoso. "Os terríveis dois anos são
piores do que terríveis."

Reed vira para sorrir para mim. Ele não está usando camisa e
seus músculos estão enormes. Meus hormônios, como na última
gravidez, estão fora de controle. Quero colocar Rowdy para tirar uma
soneca e escalar meu marido como uma árvore.

"Está me dando esse olhar, Devon," Reed rosna.

"Que olhar?" Finjo inocência.

"Foda-me até perder a razão."


Ridicularizo o que faz Rowdy rir. Ele não tem ideia do que está
rindo, o que faz Reed e eu rimos mais. "Não quero isso."

"É assim mesmo? Não reclamou quando te tive de joelhos na


noite passada," ele desafia.

Minha garganta arde com calor. Pigarreio e tiro Rowdy de seu


aperto antes de levar meu pequeno monstro para o berço. Felizmente,
ele ama seus cobertores e o coelho que fiz. No momento em que o deito,
ele arruma o cobertor e começa a chupar o polegar, os olhos pesados.
Quando viro, Reed está se despindo. No momento em que seu pau duro
está completamente nu, um gemido me escapa.

"Você me deixa louca," reclamo.

Ele sorri e inclino o queixo me chamando para ele. Como a


mulher obediente que sou, me atrapalho. Tiro o vestido de maternidade
ao longo do caminho e também a calcinha. Seu olhar de lobo devora
meu corpo grávido e nu. Adoro que ele pareça apreciar as mudanças
em meu corpo. Nunca me sinto menos do que linda em seus olhos.

Sempre mais.

Sempre.

"Você trouxe a Eve algum fruto enquanto estava caçando?"


Pergunto quando minha barriga roça seus abdominais.

Sinto-me mal por ela. Ela nos ajudou quando precisamos, mas,
além disso, ela não visita. Às vezes posso sentir seus olhos na floresta
nos observando, mas ela nunca se envolve. Rowdy adora os presentes
que ela deixa para ele no alpendre. Ela sempre está fazendo brinquedos.

"Sim. Disse a ela que precisava ver seu sobrinho ou eu a jogaria


no ombro e forçaria a vir de qualquer jeito." Ele ri. "Ela tentou me
ajudar."

Estremeço e agito minha cabeça. "Talvez com o tempo."

“Talvez. Ela ainda é selvagem. Não tenha esperanças.”

"Quando Atticus volta?" Pergunto, as palmas esfregando seus


peitorais esculpidos.

Suas mãos apertam meus quadris. Não suave. Possessivo e


áspero. Isso me lembra que eu sou dele.
"Ele teve que voar para Seattle por algo, mas estará de volta na
próxima semana. Está indo muito bem. Trabalharemos no telhado uma
vez que ele voltar."

Sorrio para ele. Eles trabalham na casa há dois anos. É


enquadrado, um monólito gigante no lado da montanha a cerca de meia
milha do local do naufrágio. Eles trabalharam duro nisso, mas foram
levados para sempre. Reed acha que em mais dois anos poderemos
mudar. Até então, continuamos a encher nossa pequena cabana.

"Deite-se, Papai," ronrono enquanto seguro seu pênis. Ele treme


em minha mão. "Mamãe quer mandar hoje."

Seu sorriso ardente quase me derrete no chão. Como um marido


obediente, ele deita na cama. Encaixo minha forma grávida sobre ele e
me apoio em suas coxas. Com os olhos cerrados, afundo em seu
comprimento latejante. Ambos sorrimos de prazer. Suas palmas vagam
por minha barriga e rimos quando nosso filho se mexe contra seu
toque. Então, seus dedos estão no meu peito provocando.

"Você vai se sentar aí, mulher, ou vai me foder?" ele murmura,


os quadris empurrando.

Gemo e me inclino para a frente descansando as palmas em seus


ombros. Lentamente, começo a balançar contra ele. O amor, brilhante,
profundo e poderoso, brilha em seus olhos. Isso me queima.
Escaldame. Marca-me. Sufoca-me.

Mas também me enche.

Combina-me.

Liberta-me.

Seus dedos estão no meu clitóris e ele está empurrando em mim.


Meu marido é um animal completo. Mesmo do fundo, ele domina e
controla. Com um tremor, fecho os olhos. Perco-me na maneira como
ele me possui.

Nós dois gozamos com sons animalescos. Não lembra em nada


dois humanos. Seu pau jorra dentro de mim e aperto em torno dele com
as contrações do meu orgasmo.

"Prometa que sempre será assim," sussurro.


Seus olhos castanhos são escuros com emoções ferozes que
remetem ao amor. Ele agarra meu mindinho no dele e me aproxima.
Mesmo com o estômago gigante entre nós e seu pênis ainda dentro,
conseguimos nos beijar.

"Promessa de mindinho, Pip".

E acredito nele porque este homem fará tudo o que estiver ao seu
alcance para que isso aconteça.

Mentir. Roubar. Matar. Enganar. Destruir.

Tudo em nome de manter meu coração seguro.

Não poderia pedir um amor mais dedicado.

Ele é meu.

Tudo meu.

Cinco meses depois…

Vejo quando Rowdy e Reed jogam bolas de neve um para o outro.


Rowdy tem um bom braço apesar de ser criança. Ronan grita de dentro,
acordado de sua soneca. Dou a Reed um grande sorriso enquanto entro
para cuidar do nosso pequeno. Quando passo pelo berço, ele está
chutando e tentando comer o punho. Esses meninos estão sempre com
fome.

Ele deixa de se mexer quando canto. Todos o fazem. Todos os três


amam quando canto. Seus olhos azuis estão grandes enquanto o pego
nos braços e sento na cama. Ele encontra meu seio com vigor.

Meus bebês são lindos.

Reed e eu fizemos crianças bonitas.


Pergunto-me se a próxima será uma garota. Não disse a Reed que
estou gravida novamente. Ele ficará emocionado, tenho certeza. Ainda
não terminaram a casa, mas não demorará. No próximo verão,
estaremos prontos para mudar. Nem tudo está pronto, mas podemos
viver lá. E até então, teremos um quinto membro a nossa família
crescente.

Alegria me enche.

Às vezes queria que mamãe estivesse aqui para vê-los.


Perguntome se ele iria colocá-la sobre seu feitiço. Arrastá-la da
escuridão. Reed me assegura que não. Depressão é uma doença que
não é facilmente curada por bebês lindinhos. Ele me lembra que ela
teve Drew e a mim e ainda ficou presa dentro de sua cabeça.

Outras vezes, me pergunto sobre minha mãe real. Reed queimou


os papéis de adoção porque disse que somos família de coração o que é
melhor do que sangue ou leis. Um peso sumiu no momento em que os
papéis foram incinerados. Ainda mantive a foto da minha mãe
biológica. Espanta-me quanto nos parecemos. Quando pergunto do
meu pai biológico, Reed dá de ombros e diz que não sabe. Acho que não
importa. Todos os momentos levaram a esse.

"Mamãe!" Rowdy grita quando entra. Ele corre para mim e me


deixa molhada com a neve fria.

"Ei, querido," digo a ele e bagunço seus cabelos escuros. Ele


parece muito com Reed, fazendo meu coração parar.

Reed se aproxima de mim e beija o topo da minha cabeça. "Como


está minha bela esposa e meu bebê?"

"Ele está com fome e eu estou grávida." Dou-lhe um sorriso.

Seu olhar estreita quando ele abaixa os olhos para meus peitos
cheios de leite. "Você está... nós ..."

Meu sorriso é largo e lágrimas inundam meus olhos. "Nós


estamos. Está feliz?"

Rowdy grunhe enquanto tenta puxar o pelo de Buddy. Buddy rola


sobre de costas e lambe o rosto de nosso filho selvagem até ele se
afastar.
"Devon," Reed rosna enquanto acaricia minha bochecha. "Você
me faz feliz a cada segundo de cada dia. Essas crianças. Você. O
maldito cachorro. Tudo é meu feliz para sempre."

Inclino a cabeça para que ele me beije. "Falou como um


verdadeiro romântico."

"Vou te mostrar romance uma vez que as crianças dormirem."

"Ficará excitado, Papai," digo com um sorriso enorme.

Ele lambe meu lábio inferior e rosna. "Promessa?" "Promessa

de mindinho."

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