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DECRETO Nº 1.274, DE 11 DE MAIO DE 2021

Regulamenta a Lei Complementar


n º 380, de 2007, que dispõe sobre o
Corpo Temporário de Inativos da
Segurança Pública no Estado (CTISP).

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, no uso das atribuições privativas que


lhe conferem os incisos I e III do art. 71 da Constituição do Estado, conforme o disposto na Lei
Complementar nº 380, de 3 de maio de 2007, e de acordo com o que consta nos autos do
processo nº sCC 0122/2021, DECRETA:

Art. 1ºO Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública (CTISP) de que trata a Lei
Complementar nº 380, de 3 de maio de 2007, obedecerá ao disposto neste Decreto.

Art. 2º Os integrantes do CTISP atuarão nas seguintes atividades:

I - militares estaduais da reserva remunerada ou reformados por idade da Polícia Militar do


Estado de Santa Catarina (PMSC):

a) em serviços de natureza administrativa e operacional na PMSC; e


b) em serviços de natureza administrativa e operacional em outros órgãos e em outras
entidades da Administração Pública Estadual Direta, Autárquica e Fundacional do Poder
Executivo, nos Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, no Ministério Público de Santa
Catarina (MPSC), no Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC), na
Defensoria Pública do Estado de Santa Catarina (DPE/SC) ou nos Poderes dos Municípios do
Estado;

II - militares estaduais da reserva remunerada ou reformados por idade do Corpo de


Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina (CBMSC):

a) em serviços de natureza administrativa e operacional no CBMSC; e


b) em serviços de natureza administrativa e operacional em outros órgãos e em outras
entidades da Administração Pública Estadual Direta, Autárquica e Fundacional do Poder
Executivo, nos Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, no MPSC, no TCE/SC, na DPE/SC
ou nos Poderes dos Municípios do Estado;

III - policiais civis aposentados por tempo de serviço da Polícia Civil do Estado de Santa
Catarina (PCSC):

a) em serviços de natureza administrativa e operacional no âmbito da PCSC; e

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b) em serviços de natureza administrativa e operacional em outros órgãos e em outras


entidades da Administração Pública Estadual Direta, Autárquica e Fundacional do Poder
Executivo, nos Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, no MPSC, no TCE/SC, na DPE/SC
ou nos Poderes dos Municípios do Estado;

IV - servidores integrantes do Grupo Segurança Pública - Perícia Oficial aposentados por


tempo de serviço do Instituto Geral de Perícia (IGP):

a) em serviços de natureza administrativa e operacional no IGP; e


b) em serviços de natureza administrativa e operacional em outros órgãos e em outras
entidades da Administração Pública Estadual Direta, Autárquica e Fundacional do Poder
Executivo, nos Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, no MPSC, no TCE/SC, na DPE/SC
ou nos Poderes dos Municípios do Estado;

V - policiais penais aposentados por tempo de serviço da Secretaria de Estado da


Administração Prisional e Socioeducativa (SAP):

a) em serviços de natureza administrativa e operacional na SAP; e


b) em serviços de natureza administrativa e operacional em outros órgãos e em outras
entidades da Administração Pública Estadual Direta, Autárquica e Fundacional do Poder
Executivo, nos Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, no MPSC, no TCE/SC, na DPE/SC
ou nos Poderes dos Municípios do Estado; e

VI - agentes de segurança socioeducativo aposentados por tempo de serviço da SAP:

a) em serviços de natureza administrativa e operacional na SAP; e


b) em serviços de natureza administrativa e operacional em outros órgãos e em outras
entidades da Administração Pública Estadual Direta, Autárquica e Fundacional do Poder
Executivo, nos Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, no MPSC, no TCE/SC, na DPE/SC
ou nos Poderes dos Municípios do Estado.

Art. 3º Fica vedado aos integrantes do CTISP exercer as seguintes atividades:

I - qualquer outra atividade além daquela para a qual o servidor inativo for designado;

II - funções de Comandante-Geral, Subcomandante-Geral, Chefe do Estado-Maior Geral,


Diretor Setorial, Chefe do Gabinete do Comando-Geral, Chefe da Ajudância-Geral, Chefe da
Ouvidoria-Geral, Chefe da Controladoria Interna, Chefe da Corregedoria-Geral, Comandante
Regional, Comandante de Batalhão, Comandante do Centro de Ensino, Chefe de Seção do
Estado-Maior Geral, Comandante de Guarnição Especial, Comandante de Companhia,
Comandante de Pelotão, Sargenteante de Batalhão ou Companhia, Comandante de
Grupamento ou de Destacamento;

III - funções previstas no Decreto nº 144, de 12 de junho de 2019, especificamente as de


Delegado-Geral de Polícia Civil, Delegado-Geral Adjunto, Diretor de Polícia, Gerentes,
Assistentes, bem como as funções de Delegado Titular de unidade policial e de responsável

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por Expediente de Delegacia de Polícia de Município, bem como Diretor de Polícia;

IV - funções gratificadas vinculadas ao IGP; e

V - funções gratificadas vinculadas à SAP.

Art. 4º Cada órgão de gestão de pessoas das corporações e instituições ao qual está
vinculado o servidor inativo do CTISP deverá:

I - designar um servidor para exercer a função de Coordenador do CTISP; e

II - manter cadastro atualizado dos servidores inativos interessados em ingressar no CTISP.

Art. 5º Cabe ao Coordenador do CTISP o gerenciamento cadastral do servidor inativo,


incluídas as seguintes atribuições:

I - realizar a inscrição e o cadastro dos servidores inativos do CTISP;

II - emitir informação acerca do cumprimento dos requisitos legais previstos na Lei


Complementar nº 380, de 2007, e neste Decreto; e

III - produzir as informações necessárias aos registros, a cargo do órgão de gestão de


pessoas, e a remuneração dos servidores inativos.

Art. 6º São requisitos para a inscrição do servidor inativo no cadastro do CTISP:

I - aceitar as normas estabelecidas na Lei Complementar nº 380, de 2007, e neste Decreto,


por meio da assinatura do Termo de Adesão e Aceitação, conforme Anexo Único deste
Decreto;

II - ser:

a) militar estadual da reserva remunerada ou reformado por idade;


b) policial civil aposentado por tempo de serviço;
c) servidor integrante do Grupo Segurança Pública - Perícia Oficial aposentado por tempo de
serviço;
d) policial penal aposentado por tempo de serviço; ou
e) agente de segurança socioeducativo aposentado por tempo de serviço.

III - não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado ou pena privativa da liberdade,
medida de segurança ou qualquer punição incompatível com a função a ser exercida;

IV - quando militar estadual, estar classificado, no mínimo, no comportamento/conceito "BOM"


quando da sua passagem à inatividade;

V - ter o Coordenador do CTISP aferido o cumprimento dos requisitos legais previstos na Lei

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Complementar nº 380, de 2007, e neste Decreto;

VI - estar apto em inspeção de saúde realizada pela Formação Sanitária, para os militares
estaduais, ou pela Perícia Médica do Estado, para os demais servidores inativos; e

VII - não ter sofrido nenhuma penalidade no exercício da função, quando policial penal ou
agente de segurança socioeducativo da ativa.

§ 1º Na inspeção de saúde, os exames clínicos e laboratoriais serão solicitados a critério da


Formação Sanitária, para os militares estaduais, e da Perícia Médica do Estado, para os
demais servidores inativos.

§ 2º Os exames clínicos e laboratoriais devem estar adequados à idade do candidato e às


atividades que desempenhará no CTISP.

Art. 7º Somente poderão ser designados os servidores inativos cadastrados no CTISP.

Parágrafo único. Os servidores inativos considerados aptos para o CTISP serão designados
para a realização de tarefas por prazo determinado, nos termos da Lei Complementar nº 380,
de 2007, por meio de ato administrativo próprio de designação dos comandantes-gerais,
diretores e chefes dos órgãos ou das instituições aos quais estiverem vinculados.

Art. 8º As atividades dos servidores inativos designados serão desempenhadas nos locais
indicados pelo órgão beneficiado com a prestação do serviço.

Art. 9ºOs servidores inativos cadastrados e designados que desejarem a cessação da


designação ou dispensa do CTISP deverão apresentar o respectivo requerimento no órgão de
gestão de pessoas pertinente, o qual providenciará seu encaminhamento à autoridade
competente para expedir o ato de dispensa.

Parágrafo único. No caso de cessação de designação ou dispensa, o servidor inativo deve


comprovar a devolução de armamento, equipamentos de proteção individual e fardamento,
quando for o caso.

Art. 10. Os integrantes do CTISP podem ser dispensados:

I - a pedido; e

II - ex officio.

Parágrafo único. A dispensa ex officio ocorrerá nas seguintes situações:

I - por conclusão do prazo de designação;

II - por ter cessado o motivo da designação;

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III - por interesse ou conveniência da Administração;

IV - por ter o integrante do CTISP obtido dispensa de saúde por mais de 60 (sessenta) dias,
contínuos ou não, no período de 1 (um) ano;

V - por ter o integrante do CTISP sido julgado fisicamente incapaz para o desempenho da
designação, em inspeção realizada pela Formação Sanitária, para os militares estaduais, ou
pela Perícia Médica do Estado, para os demais servidores inativos, a qualquer tempo; ou

VI - por ter o integrante do CTISP atingido a idade limite de 70 (setenta) ou 75 (setenta e


cinco) anos, prevista no inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal.

Art. 11. O treinamento do servidor inativo do CTISP, quando for o caso e se necessário, será
realizado pelo órgão de origem ou de destino e terá duração compatível com a atualização
dos conhecimentos profissionais e conteúdo direcionado às atividades para as quais ele for
designado.

Art. 12. Quando for necessário para o desempenho de atividades, o servidor inativo
designado usará uniforme e equipamento adequados à função, que no caso dos militares
estaduais serão os de uso regulamentar nas Corporações, neste caso obrigatoriamente
também usará uma peça sobreposta ao seu uniforme, a ser regulamentada pelos
Comandantes-Gerais das Corporações Militares, de modo que identifique a sua condição de
integrante do CTISP.

Art. 13. Quando se justificar o uso de armamento ou equipamento de proteção individual,


estes serão fornecidos pelo órgão beneficiário do serviço, conforme especificações e normas
da instituição de origem do servidor inativo.

Art. 14.As normas gerais de execução e as diretrizes de serviço são as mesmas existentes
em cada instituição ou órgão a que pertence o servidor inativo.

Art. 15. Compete aos órgãos de gestão de pessoas das instituições ou dos órgãos de origem
dos servidores inativos integrantes do CTISP divulgar aos mesmos as normas mencionadas
no art. 14 deste Decreto.

Art. 16. As situações administrativas não previstas neste Decreto serão reguladas por meio
de ato administrativo próprio dos comandantes-gerais, diretores e chefes das corporações e
instituições aos quais estão vinculados os servidores inativos do CTISP.

Art. 17. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 18. Fica revogado o Decreto nº 333, de 31 de maio de 2007.

Florianópolis, 11 de maio de 2021.

CARLOS MOISÉS DA SILVA

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Governador do Estado

ERON GIORDANI
Chefe da Casa Civil

LEANDRO ANTÔNIO SOARES LIMA


Secretário de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa

RICARDO JOSÉ STEIL


Presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, designado

ANEXO ÚNICO
TERMO DE ADESÃO E ACEITAÇÃO AO CTISP

ESTADO DE SANTA CATARINA


SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL E SOCIOEDUCATIVA

TERMO DE ADESÃO E ACEITAÇÃO AO CTISP

ÓRGÃO:

NOME:

MATRÍCULA: CARGO:

DATA DE NASCIMENTO: _____/______/_____

Declaro conhecer e aceitar as normas que regem o Corpo Temporário de Inativos da


Segurança Pública (CTISP), estabelecidas na Lei Complementar nº 380, de 3 de maio de
2007, e no Decreto nº , de .... de 2021.

LOCAL, DATA ASSINATURA DO CANDIDATO


Atos que alteram, regulamentam ou revogam este Decreto:
Nenhum Ato.

Atos que são alterados, regulamentados ou revogados por este Decreto:


Lei Complementar nº 380/2007 de 03/05/2007

Decreto nº 333/2007 de 31/05/2007

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