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História - 3ºano - Caderno de História Segundo Bimestre
História - 3ºano - Caderno de História Segundo Bimestre
CADERNO
COMPONENTE CURRICULAR:
HISTÓRIA – 3ºano
ESTUDANTE:________________________________________________________Nº____
TURMA:____
PROFESSOR: JEFTER DA CUNHA NASCIMENTO
REFERÊNCIA: 2º Bimestre
A Primeira Guerra Mundial ocorreu entre 1914 e 1918 e envolveu diversos países. Ela foi uma
guerra de trincheiras e deixou mais de 10 milhões de mortos.
Tanque inglês da Primeira Guerra em exposição. Os tanques foram desenvolvidos durante a guerra e
foram fundamentais na vitória da Entente. [1]
A+A-A Primeira Guerra Mundial foi o conflito ocorrido entre 1914 e 1918 e que deixou milhões de
mortos, principalmente no continente europeu. O imperialismo, a política de alianças, a corrida
armamentista, o revanchismo francês e o nacionalismo exacerbado são apontados como as principais
causas da Primeira Guerra Mundial. O atentado de Sarajevo, em que o herdeiro da Áustria-Hungria foi
assassinado por um militante sérvio, é considerado o estopim da guerra.
De um lado do conflito lutaram as Potências Centrais, da qual faziam parte o Império Alemão, a
Áustria-Hungria, o Império Turco-Otomano e a Bulgária; do outro lutaram os países da Entente, formada
por França, Inglaterra, Rússia, Itália, entre diversos outros países. Em 1917, após uma revolução
socialista, a Rússia saiu do conflito e, no mesmo ano, os Estados Unidos entraram na guerra do lado da
Entente.
A guerra foi a primeira a utilizar em grande escala novas tecnologias bélicas, como metralhadoras,
lança-chamas, aviões, artilharia de longo alcance e outras que deixaram um número de mortos até então
nunca visto na história humana. A guerra terminou em 1918, com a derrota das Potências Centrais.
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Resumo sobre a Primeira Guerra Mundial
• A Primeira Guerra Mundial foi o conflito ocorrido entre 1914 e 1918. A guerra deixou
aproximadamente 20 milhões de mortos, entre militares e civis.
• O imperialismo é apontado como principal motivo da Primeira Guerra Mundial. A disputa por
territórios na África e Ásia criou atritos entre os países europeus que culminaram em guerra.
• A política de alianças, a corrida armamentista, o revanchismo francês e o forte nacionalismo na
Europa também são apontados como motivos da guerra.
• O Atentado de Sarajevo, em que o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, Francisco Ferdinando,
e sua esposa, Sofia, foram assassinados por um militante sérvio é considerado o acontecimento
que deflagrou o conflito.
• A guerra se iniciou com o avanço das Potências Centrais nas frentes orientais e ocidentais. Logo
o avanço foi contido, dando início à chamada guerra de trincheiras, que durou até 1918, quando
a Entente avançou sobre as Potências Centrais, vencendo a guerra.
• Em 1917 a Rússia deixou o conflito após uma revolução socialista. No mesmo ano os Estados
Unidos entram na guerra. O poderio industrial e bélico dos Estados Unidos desequilibrou o
conflito a favor da Entente.
• Após ter navios mercantes bombardeados pela Alemanha, o Brasil entrou na guerra em 1917,
enviando uma pequena esquadra para o Mediterrâneo e uma equipe médica para a França.
• O conflito terminou em 11 de novembro de 1918 com a rendição incondicional da Alemanha.
• Em 1919 foi imposto aos derrotados o Tratado de Versalhes. O tratado impôs duras penalizações
aos países derrotados.
Antecedentes históricos da Primeira Guerra Mundial
O período entre o fim da Guerra Franco-Prussiana (1871) e o início da Primeira Guerra Mundial
é conhecido como “Bela Época”, período caracterizado por grande desenvolvimento econômico,
tecnológico e cultural, sobretudo na Europa, Estados Unidos e Japão. É nesse período que foram
inventados o automóvel, a bicicleta, o avião, o telégrafo sem fio, o telefone e a lâmpada elétrica de
Thomas Edison.
Nas grandes cidades europeias a atividade cultural foi efervescente, com óperas, teatros, livrarias,
tabacarias, cafés e outros espaços se tornando comuns nas paisagens urbanas. A Bela Época também foi
um período de relativa paz entre as nações europeias, algo que não acontecia há séculos.
O nacionalismo era forte nesse momento, assim como o militarismo e uma espécie de
darwinismo social, em que as nações acreditavam que competiam umas com as outras e que, para
sobreviverem à seleção da história, deveriam crescer e até mesmo eliminar seus concorrentes.
Causas da Primeira Guerra Mundial
O imperialismo foi o principal motivo da Primeira Guerra Mundial. Com a segunda fase da
Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo industrial e financeiro, houve grande procura
por fontes de matérias-primas, fontes de energia e mercado consumidor. Os grandes impérios buscaram
esses recursos e mercados principalmente na África e na Ásia.
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dos grandes causadores da batalha mundial. Outros motivos importantes causaram a Primeira Guerra
Mundial, como a política de alianças que ocorreu a partir do terceiro quarto do século XIX. A corrida
armamentista e o fortalecimento dos militares nos governos do período também foram importantes
fatores relacionados ao início da guerra.
A corrida armamentista ocorrida durante a Bela Época empregou boa parte dos inventos da
segunda fase da Revolução Industrial na indústria bélica, que também ampliou a capacidade de produção
de armas. O avião, os tanques de guerra, o lança-chamas, os encouraçados, submarinos, armas químicas,
metralhadoras, artilharia de longo alcance e diversas outras tecnologias bélicas foram utilizadas em
grande escala na Primeira Guerra Mundial. Essas tecnologias foram responsáveis por uma quantidade
de mortos jamais vista na história humana.
O revanchismo francês foi outro fator que levou à guerra. A França perdeu a região da
Alsácia e Lorena para os alemães na Guerra Franco-Prussiana, e era para os derrotados uma questão de
honra retomar as regiões perdidas. O nacionalismo exacerbado estava no dia a dia das nações que
participaram do início do conflito mundial, existindo no período o pangermanismo, que pretendia unir
os povos de origem germânica em um único território, e o pan-eslavismo, que pretendia o mesmo com
os povos de origem eslava.
Em 28 de junho uma faísca fez com que o grande barril de pólvora explodisse, o chamado
Atentado de Sarajevo. O herdeiro do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, e sua esposa,
Sofia, visitaram a capital da Sérvia representando a Áustria. Enquanto os dois estavam desfilando em
carro aberto, um militante do pan-eslavismo, Gavrilo Princip, se aproximou do automóvel e atirou contra
o casal, assassinando os dois. Esse fato é conhecido como o “estopim da guerra”.
O atentando causou atritos entre as duas nações até que a Áustria-Hungria declarou guerra à
Sérvia. Na sequência a Rússia entrou no conflito para defender a Sérvia, fazendo com que a Alemanha
também entrasse no combate pois tinha uma aliança com a Áustria-Hungria. Com o passar do tempo,
outros países foram entrando na batalha, e iniciou-se, assim, a Primeira Guerra Mundial.
Países participantes da Primeira Guerra Mundial
Os países que lutaram na Primeira Guerra Mundial estavam divididos em dois blocos. Faziam parte
das Potências Centrais:
• Império Alemão;
• Império Austro-Húngaro;
• Império Turco-Otomano;
• Bulgária.
Do outro lado do conflito tivemos os países da Entente, aliança formada inicialmente pela:
• França;
• Reino Unido;
• Rússia.
Durante o conflito diversos países aderiram à Entente, entre eles a Itália, China, Estados Unidos,
Brasil e diversos outros. Vale lembrar que os grandes impérios recrutaram a população de suas colônias
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para que participassem, dessa forma boa parte dos atuais países africanos e asiáticos também
participou da guerra.
Em verde, os países da Entente; laranja, Potências Centrais; cinza, países neutros. [1]
Fases e principais acontecimentos da Primeira Guerra Mundial
A segunda fase da guerra vai de novembro de 1914 até março de 1918 e é conhecida como
“guerra de posições”. Milhares de quilômetros de trincheiras foram escavados em duas frentes de
batalha principais, a ocidental e a oriental.
Quando o exército invasor conquistava a trincheira dos inimigos, estes recuavam, às vezes alguns
metros, e construíam novas trincheiras. Esse tipo de guerra provocava grande número de mortes e
poucas conquistas territoriais. Em Verdun, por exemplo, os alemães tentaram uma ofensiva que durou
quase dez meses, com mais de 300 mil soldados mortos na batalha, e o avanço das trincheiras em menos
de dez quilômetros.
Mesmo sem combates as trincheiras provocavam mortes pelas más condições, como frio,
calor, chuva, neve, entre outras intempéries. A fome era constante, assim como diversos parasitas como
piolhos e pulgas.
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Soldados franceses em ataque às trincheiras alemãs na Batalha de Verdun, no contexto da Primeira
Guerra Mundial.
O ano de 1917 marcou uma reviravolta na guerra, com a saída da Rússia após passar por uma
revolução e a entrada dos Estados Unidos, o que também levou o Brasil para o conflito. A entrada da
maior potência industrial na guerra derrubou o equilíbrio das forças em combate, e, a partir de março
de 1918, as tropas da Entente iniciaram o avanço sobre as trincheiras e territórios que estavam nas
mãos das Potências Centrais. O avanço durou até 11 de novembro de 1918, quando a Alemanha assinou
sua rendição. A Primeira Guerra Mundial terminou dessa forma.
Brasil na Primeira Guerra Mundial
Alguns navios mercantes brasileiros foram afundados por submarinos alemães no mar
Mediterrâneo e no mar do Norte durante a guerra, o que levou o governo brasileiro do presidente
Venceslau Brás a decretar guerra contra as Potências Centrais em 26 de outubro de 1917.
O Brasil enviou uma pequena esquadra para o mar Mediterrâneo, composta por sete navios
de guerra e dois navios de apoio. Também enviou uma equipe médica composta por mais de 80
profissionais, entre médicos e enfermeiras, que trabalharam na França, principalmente no Hospital
Franco-Brasileiro em Paris. Um contingente composto em sua maioria por sargentos foi enviado pelo
Brasil para combater no exército francês, e alguns aviadores pilotaram aviões da Real Força Aérea, do
Reino Unido. Para saber mais sobre a participação brasileira na Primeira Guerra Mundial.
Consequências da Primeira Guerra Mundial
Além das perdas humanas, houve grande perda de infraestrutura, como estradas, ferrovias,
hidrelétricas, hospitais, habitações, entre tantas outras. No fim da guerra mais um mal se abateu sobre
todo o planeta, a pandemia de Gripe Espanhola, que, apesar do nome, provavelmente se originou nos
Estados Unidos. O retorno de milhões de soldados para suas casas após o conflito ajudou na
disseminação da doença pelo planeta.
Cláusulas militares limitaram o exército alemão a 100 mil soldados, além de o país não poder ter
marinha de guerra nem força aérea. O presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, se opôs ao
tratado, afirmando que este era humilhante ao povo alemão e que, em breve, uma nova guerra seria
travada por causa dele.
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Três impérios derrotados chegaram ao fim, o Império Alemão, o Austro-Húngaro e o Turco
Otomano. Outro império que caiu durante o conflito foi o russo. Dos antigos territórios desses impérios
foram fundados novos países, como a Polônia, a Finlândia, a Estônia, Letônia, Lituânia, Áustria,
Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslávia.
A Primeira Guerra foi a primeira “guerra total”, em que todos os recursos do país foram
direcionados para o conflito. As mulheres tiveram papel fundamental na economia dos países que
estavam diretamente envolvidos na guerra. Durante a guerra, aumentou significantemente o trabalho
feminino nos três setores da economia, em diversos países. Após o conflito diversos movimentos
organizados por mulheres passaram a exigir direitos, principalmente o direito ao voto.
Podemos afirmar que o grande vencedor da Primeira Guerra Mundial foi os Estados Unidos. O
país não teve seu território atacado e só entrou no final do conflito no fim, além disso ele viu os grandes
impérios do mundo se digladiarem no palco europeu da guerra. O governo norte-americano e instituições
do país emprestaram bilhões de dólares para os países em guerra e ocupou parte do comércio global
antes controlado pelos grandes impérios enfraquecidos na guerra.
Outra consequência importante da Primeira Guerra Mundial foi a descrença de boa parte da
população europeia em relação à democracia. Esta era acusada de não conseguir manter a paz, a
estabilidade econômica e social.
Até mesmo na moda a Primeira Guerra Mundial provocou mudanças. Antes da guerra era
comum os homens usarem grandes barbas e bigodes. Durante a guerra mundial foram utilizadas armas
químicas e, para evitar a contaminação dos soldados, foram desenvolvidas máscaras antigás. Mas as
barbas e grande bigodes tornavam as máscaras ineficazes, assim os soldados tinham que se barbear.
Quem lucrou com essa história foi o norte-americano King Camp Gilette, que vendeu milhões
de aparelhos e lâminas de barbear para o exército dos Estados Unidos. Cada soldado recebia um kit
composto por aparelho e lâminas de barbear. Após o retorno desses soldados para casa, muitas pessoas
gostaram do novo visual, e o hábito de se barbear passou a ser comum para a maioria dos homens.
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Segunda Guerra Mundial
Além disso, os conflitos entre as potências europeias não foram solucionados com a
Primeira Guerra Mundial, e, para alguns historiadores, a Segunda Guerra Mundial foi apenas uma
continuação da anterior. A maioria dos líderes da Segunda Guerra Mundial foram combatentes na
primeira, como Stálin, Churchill, Hitler e Mussolini. Alguns historiadores chegam a afirmar que houve
apenas uma grande guerra, de 1 914 até 1945, com uma trégua de 21 anos entre elas. Para saber mais
sobre a Segunda Guerra Mundial.
Referências:
JUNIOR. Jair Messias Ferreira. Primeira Guerra Mundial. História do Mundo. Disponível:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/primeira-guerra-mundial.htm acesso em:
07/05/2024.
• Bolcheviques (maioria, em russo), liderados por Lenin, defendiam a ideia revolucionária da luta
armada para chegar ao poder.
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• Mencheviques (minoria, em russo), liderados por Plekhanov, defendiam a ideia evolucionista
de se conquistar o poder através de vias normais e pacíficas como, por exemplo, as eleições.
Opressão do Estado contra a população: o Domingo Sangrento
Em janeiro de 1905, um grupo de operários participava de uma manifestação pacífica em frente ao
Palácio de Inverno de São Petersburgo, uma das sedes do governo. O objetivo era entregar um abaixo
assinado ao czar, pedindo melhorias. A guarda do palácio, assustada com a multidão, abriu fogo matando
mais de mil pessoas. O episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento e provocou uma onda de
protestos em todo o país.
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No dia 7 de novembro (25 de outubro no calendário gregoriano), operários e camponeses, sob a
liderança de Lenin, tomaram o poder. Os bolcheviques distribuíram as terras entre os camponeses e
estatizaram os bancos, as estradas de ferro e as indústrias, que passaram para o controle dos operários.
Consequências da Revolução Russa
A Rússia se retira da Primeira Guerra
O primeiro ato importante do novo governo foi retirar a Rússia da guerra. Para isso, em 3 de
março de 1918, foi assinado o Tratado de Brest-Litovsk com as Potências Centrais.
Este determinava a entrega da Finlândia, Países Bálticos, Polônia, Ucrânia e Bielorrússia, além de
distritos no Império Otomano e na região da Geórgia.
Guerra Civil (1917-1922)
Os primeiros anos de governo bolchevique foram marcados por uma guerra civil que abalou
profundamente o país. Igualmente, para evitar qualquer tentativa de restauração monárquica, o czar
Nicolau II e sua família foram assassinados sem qualquer tipo de julgamento, em julho de 1918. O
Exército Vermelho, criado por Leon Trotsky, derrotou o Exército Branco, formado por nobres e
burgueses, garantindo a permanência dos bolcheviques no poder.
A revolução estava salva, mas a paralisação econômica era quase total. Para restaurar a confiança no
governo, foi criada a NEP (Nova Política Econômica), que permitia a entrada de capital estrangeiro e o
funcionamento de empresas particulares. A aplicação da NEP resultou no crescimento industrial e
agrícola da Rússia.
A morte de Lenin e a ascensão de Stalin
Em 1922 foi estabelecida a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), sob liderança
de Lenin. Após sua morte, em 1924, iniciou-se uma luta pelo poder entre Trotsky e Stalin. Derrotado,
Trotsky foi expulso do país e, em 1940, foi morto na cidade do México, por um assassino a serviço de
Stalin. Sob seu governo, a URSS conheceu uma das mais violentas ditaduras da história, ao mesmo
tempo que passava por um crescimento econômico vertiginoso.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o país seria um dos principais inimigos do nazismo, aliado
dos Estados Unidos e do Reino Unido. Após o conflito, seria alçada à condição de segunda potência
mundial.
Referências:
SOUZA, Thiago. Revolução Russa (1917): o que foi, as causas e consequências (em resumo). Toda
Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/revolucao-russa/ acesso em 07/05/2024.
A Crise de 1929 foi uma crise econômica de grandes proporções que atingiu os Estados Unidos.
Um de seus efeitos mais críticos foi a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
“O mais alto padrão de vida do mundo”, diz o letreiro, contrastando com a fila de espera por
suprimentos na Crise de 1929.
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A Crise de 1929 foi uma crise econômica de grandes proporções, considerada um dos principais
abalos ao capitalismo liberal da história. Causada pela superprodução da indústria dos EUA e pelo
subconsumo dos mercados consumidores nos anos 1926-1929, teve efeitos desastrosos na economia
mundial.
Resumo sobre a Crise de 1929
• A Crise de 1929 foi uma crise econômica de grandes proporções, considerada um dos principais
abalos ao capitalismo liberal da história.
• Seus antecedentes históricos foram o papel dos EUA na reconstrução da Europa do pós-Primeira
Guerra e a expansão de sua indústria nesse contexto.
• As causas da Crise de 1929 foram: a superprodução da indústria americana aliada ao subconsumo
dos mercados consumidores, que, desde 1926, reduziam suas compras, situação acentuada em
1928 e 1929.
• A quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 29 de outubro de 1929, representou a falência
de milhares de bancos e empresas e a perda de milhões de empregos.
• A maior consequência da Crise de 1929 foi a Grande Depressão (1929-1932), materializada em
falências de empresas e bancos, desemprego e crise nas produções industrial e agropecuária.
• As consequências da Crise de 1929 para o Brasil foram a crise do café e a intervenção estatal
para estabilizar os preços do produto no cenário mundial.
O que foi a Crise de 1929?
A Crise de 1929 foi uma crise econômica de grandes proporções, considerada um dos principais
abalos ao capitalismo liberal da história. Ocorrida nos Estados Unidos no contexto do final da década
de 1920, portanto, no pós-Primeira Guerra Mundial, gerou efeitos que se alastraram por todo o mundo.
Antecedentes históricos da Crise de 1929
As causas da Crise de 1929 foram diversas. Em primeiro lugar, é importante ter em mente que o
contexto dos anos 1925 e 1926 foi determinante para a crise: os países europeus que estavam, desde
1918, em movimento de reconstrução encerraram esse processo e, portanto, passam a importar menos
da indústria dos EUA e a depender menos de seus empréstimos. No entanto, a produção industrial
estadunidense não diminuiu, o que gerou o subconsumo.
Em uma análise direta, a crise foi causada pela relação entre dois fatores antagônicos:
• a superprodução, ou seja, a produção industrial elevada, que produz além do que o mercado
normalmente quer comprar;
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• o subconsumo, ou seja, o consumo inferior ao normal, gerado por circunstâncias do contexto
histórico específico.
Quebra da Bolsa de Nova Iorque
Multidão aglomerada em frente à Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 29/10/1929, o dia mais
importante da crise.
Desde os anos 1920, as grandes indústrias dos EUA tinham aberto seu capital e suas ações eram
negociadas na Bolsa de Valores. Os altos índices de produção industrial e de consumo garantiram que o
valor das ações fosse crescente. No entanto, nos anos 1928 e 1929, o preço das ações das indústrias
começou a cair, devido à crescente produção e ao consumo em queda.
Ocorre que toda a economia do país estava atrelada ao mercado financeiro: bancos investiam
seus recursos em ações, empresas investiam seus capitais em ações, pessoas comuns investiam suas
economias em ações. Essa era uma forma relativamente fácil de multiplicar os lucros e, no contexto de
uma economia em crescimento eufórico, fazia sentido.
Quando, porém, os países da Europa deixaram de comprar em grande escala dos EUA e passou
a ocorrer o subconsumo, a produção industrial, para equilibrar a relação e evitar uma crise, deveria
reduzir a produção. Contudo, reduzir a produção significaria a redução de emprego, de vendas e do
preço das ações, parte central no esquema econômico do país, o que levou ao descarte dessa estratégia.
Assim, o problema não foi remediado e cresceu, até que, em junho de 1928, deram-se os
primeiros sinais da crise: entre junho e novembro de 1929, a queda no preço das ações foi tamanha que
levou bancos a emprestarem seis bilhões de dólares para as empresas, num esforço de artificialmente
aumentar a produção, mesmo sem o mesmo aumento no consumo, o que, em tese, estabilizaria o valor
das ações. A medida não obteve sucesso, e, até outubro de 1929, foram várias as tentativas de recuperar
o valor de mercado das indústrias.
O cenário era temerário: gigantescos estoques, esgotamento de capitais para novos empréstimos
e consumo em queda. Nesse contexto, chegou o mês de outubro de 1929, no qual, a partir da quinta-
feira, dia 24 de outubro, o mercado de ações iniciou suas atividades e não obteve nenhuma ordem de
compra.
Na prática, isso significou que o preço das ações caiu até o ponto de não ter valor algum, o
que levaria as empresas à falência. No dia seguinte, sexta-feira, a Bolsa de Valores de Nova Iorque não
abriu, para que fossem feitos novos arranjos e negociações para salvar as indústrias.
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terça-feira, 29 de outubro, na qual 33 milhões de ações foram postas à venda na bolsa, com procura
nula. A consequência desse contexto foi a quebra da Bolsa de Nova Iorque.
Consequências da Crise de 1929 no mundo
O Brasil em 1929 vivia o fim da Primeira República, no último governo oligárquico da chamada
república do café com leite: o do presidente Washington Luís, que governou de 1926 a 1930. Nessa
época, o café era o centro da economia brasileira e o governo se esforçava para investir nos produtores
e exportadores.
Com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, as exportações de café caíram sensivelmente, sobretudo
porque os EUA eram o maior comprador do café brasileiro. Com isso, para não reduzir drasticamente a
produção nacional e reverberar a crise em solo brasileiro, o governo comprou toneladas de café e
queimou, num esforço de manter os preços altos.
No entanto, essa manobra foi feita com dinheiro público, o que também acarretou prejuízos para
o Brasil, que contraiu pesados empréstimos para viabilizar a compra das safras.
Referências:
CAMPOS, Tiago Soares. Crise de 1929. História do Mundo. Disponível:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/crisede29.htm acesso em: 07/05/2024.
O New Deal (do inglês, “Novo Acordo”, “Novo Trato” ou ‘Novo Pacto”) foi um conjunto de
medidas econômicas e sociais para resolver a Crise de 1929. O plano articulou investimentos estatais e
privados, reformas para adequar diversos setores da economia e estimular o consumo, reaquecendo
assim a economia daquele país. O New Deal foi levado a cabo entre 1933 e 1937 nos Estados Unidos,
com vistas a recuperar a economia estadunidense da crise de superprodução e especulação financeira
ocorrida em 1929.
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As medidas tomadas nesse período buscaram, acima de tudo, a geração de empregos. Com isso,
o governo pretendia aumentar do consumo dos trabalhadores assalariados, criando um ciclo virtuoso de
desenvolvimento.
Características
Podemos destacar algumas medidas do New Deal: Enormes investimentos em obras públicas de
infraestrutura, especialmente na edificação de estradas, ferrovias, usinas hidrelétricas, pontes, hospitais,
escolas, aeroportos e casas populares; Concessão de subsídios e empréstimos aos pequenos produtores;
Controle da emissão de moedas, paralelamente à desvalorização do dólar; Fiscalização e controle das
atividades de bancos e outras instituições financeiras e econômicas, de modo a dificultar as fraudes e
especulações; Controle da produção e dos preços agrícolas e industriais; Legalização dos sindicatos;
Redução da jornada de trabalho para oito horas diárias; Criação de Previdência Social e do salário
mínimo.
Contexto Histórico
Esta situação perdura até 1933, quando milhões de norte-americanos se encontravam na miséria,
com taxas de desemprego em torno de 30%. Por sua vez, no ano de 1932, é eleito presidente dos EUA,
o democrata Franklin Delano Roosevelt (1882-1945).
Para elaborar o "New Deal", ele se inspira nas ideias do economista britânico John Maynard
Keynes (1883-1946), que defendia a interferência do Estado na economia de modo a garantir o bem-
estar social. Mais tarde, esse pensamento seria conhecido como Keynesianismo. Assim, o presidente
americano cria dezenas de agências federais para organizarem diversos programas de combate à pobreza
e reaquecer a economia. Já em 1935, as medidas do novo pacto econômico já surtiam efeito, apontando
para a diminuição do desemprego e para o aumento na renda dos trabalhadores. Por sua vez, a produção
industrial e a geração de novos empregos era impulsionada.
Contudo, a oposição ao New Deal fez o programa desacelerar a partir de 1937, sob alegação de
que os gastos públicos elevados demais e as renúncias fiscais iriam aumentar a dívida pública. No
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começo da década de 1940, o New Deal era um sucesso, uma vez que colocou a economia estadunidense
no mesmo patamar em que se encontrava antes da crise.
A primeira-dama Eleanor Roosevelt visita obras promovidas pelo governo americano, em 1936
Entretanto, o desemprego ainda atingia 15% da população. Somente com a eclosão da Segunda
Guerra Mundial é que a condição de pleno emprego voltou a reinar, com a impressionante taxa de 1%
de desemprego. Afinal, o esforço de guerra e a mobilização da população masculina garantiram trabalho
para todos.
As orientações do New Deal irão se estender até fins dos anos 1960-1970, quando
o neoliberalismo econômico passa a vigorar nas principais economias capitalistas do mundo.
Referências:
Regimes totalitários
Os regimes totalitários foram muito fortes durante o período entre as guerras mundiais e
evidenciaram o enfraquecimento dos ideais da democracia representativa nesse período.
Queima de livros organizada pelos nazistas em 1933. A perseguição ao livre pensar é uma das marcas
de regimes totalitários.¹Crédito da Imagem: shutterstock
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Os regimes totalitários foram regimes políticos que existiram na primeira metade do século XX
e baseavam-se no totalitarismo, um sistema político fundamentado no controle absoluto de um partido
ou de um líder sobre toda nação. Dentro do sistema totalitarista, o líder ou o partido político detém
amplos poderes sobre a vida pública e privada e, assim, representam o Estado.
Os regimes totalitários baseavam-se em um forte militarismo, que servia muito para intimidar e
calar as vozes dissidentes. Junto do poder de intimidação, o totalitarismo apoiava-se em uma
intensa propaganda ideológica com o objetivo de doutrinar a população e ressaltar as supostas
benfeitorias realizadas pelo regime. Outra marca importante, muito em associação com o militarismo,
era o terror. Dentro dos regimes totalitários, o terror era utilizado para perseguir os opositores.
Após a Primeira Guerra, a destruição material e a quantidade de mortos tinham alcançado níveis
sem precedentes. Além disso, o desfecho do conflito havia deixado uma série de ressentimentos, o
crescimento do comunismo atemorizava as classes médias e altas da Europa Ocidental, e
as crises econômicas afetava a todos e levava países à falência.
Todos esses elementos levaram muitos a questionar as qualidades da democracia liberal e, com
isso, o autoritarismo passou a ser visto como a solução de todos os problemas que acometiam o mundo.
Essa defesa do autoritarismo fez com que inúmeras democracias ruíssem na Europa, e pouquíssimos
países conseguiram sustentar suas instituições políticas democráticas naquele período.
O termo “totalitarismo” surgiu na década de 1920 e foi criado, a princípio, para referir-se ao
fascismo italiano, o primeiro regime totalitarista que foi implantado. Foi a partir do sucesso do fascismo
italiano é que o fascismo conquistou força para espalhar-se como alternativa política em toda a Europa.
Características do totalitarismo
Os três grandes regimes totalitários da história foram o fascismo, o nazismo e o stalinismo.
Esses foram os grandes regimes totalitaristas do século XX, embora existam estudiosos que apontem a
existência de outros governos totalitaristas ao longo da história, como o Khmer Vermelho, que governou
o Camboja de 1975 a 1979, e o atual regime da Coreia do Norte.
Apesar das diferenças ideológicas, existem algumas características em comum entre os três regimes
totalitários citados, mas é importante frisar que cada um dos regimes totalitários enfocados neste texto
possuíam características que eram peculiares a si exclusivamente. As características em comum eram:
• Culto ao líder: o líder era reverenciado em todos os três regimes, e imagens deles eram
espalhadas em todo o país.
• Censura: os meios de comunicação não podiam emitir opiniões que não fossem aprovadas pelo
governo. A existência de opositores também era proibida e eles eram calados à força.
• Supressão dos partidos políticos: nos três regimes, somente existia o partido do governo.
Todos os outros eram proibidos.
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• Criação de inimigos internos e/ou externos: a retórica totalitária criava inimigos
internos/externos, e o combate a esses grupos justificavam a tomada de medidas extremamente
autoritárias.
Os regimes totalitários, além disso, promoviam a centralização do poder no líder ou no
partido, doutrinavam ideologicamente sua população, promoviam o terror para intimidar os
opositores etc.
• Fascismo
O fascismo foi o grande aliado do nazismo na Europa e, durante a Segunda Guerra Mundial, foi
parte do Eixo junto de alemães e japoneses. O regime fascista governou a Itália entre 1922 e 1945 e foi
derrubado do poder como resultado da derrota do Eixo, na Segunda Guerra.
• Nazismo
16
Saudação nazista realizada durante os Jogos Olímpicos de 1936. A saudação era uma parte do culto ao
líder imposto pelos nazistas.¹
A ideologia nazista foi resumida por Adolf Hitler em seu livro escrito durante o período em que
esteve preso – o Mein Kampf. Um dos pilares da ideologia nazista era o antissemitismo, nome pelo qual
conhecemos o ódio contra os judeus. O antissemitismo era uma ideologia já difundida na sociedade
alemã, desde o século XIX, e foi explorado pelos nazistas.
• Stalinismo
17
Josef Stalin governou a União Soviética entre 1924 e 1953.²
O stalinismo foi o regime totalitário imposto durante o período em que a União Soviética foi
governada por Josef Stalin. Existe um debate entre historiadores sobre o caráter totalitário do stalinismo,
uma vez que existem historiadores que questionam essa classificação, embora grande parte dos
historiadores concorde que o stalinismo tenha sido totalitário.
Josef Stalin era um dos membros do alto escalão do governo soviético, mas acabou assumindo
o poder do país depois que Lênin morreu, em 1924. Em 1929, tornou-se o líder supremo da União
Soviética e governou o país de maneira totalitária até 1953, o ano de sua morte.
Uma das marcas do stalinismo foi o culto à imagem do líder tanto que quando Stalin morreu,
em 1953, a reação de muitos foi de assombro. Isso porque parte da sociedade soviética não conseguia
imaginar o país sem o líder no poder. Percebe-se que figura do líder e do Estado confundiram-se durante
os anos do stalinismo. No stalinismo, outra marca muito evidente foi a perseguição de todos os opositores
e todos aqueles que eram entendidos como uma ameaça ao Estado. Muitos dos perseguidos eram
torturados ou sumariamente executados ou enviados para campos de trabalhos forçados, conhecidos
como gulag. Até pessoas do serviço público foram vítimas de Stalin durante os expurgos da década de
1930.
Um dos momentos mais conhecidos do stalinismo foi a coletivização das fazendas, que
aconteceu na década de 1930. Durante esse momento, os camponeses da União Soviética foram
obrigados a entregarem suas terras e posses para o Estado (propriedade privada eram proibidas no país).
Os camponeses também trabalhavam nessas terras e o que era produzido era entregue ao Estado por
preços baixos. O objetivo da coletivização era financiar a industrialização da União Soviética e resultou
na morte de milhões de pessoas por conta da insuficiência de alimentos. Esse evento ficou conhecido na
história como Holodomor. Além dos que morreram de fome, existem também milhares de camponeses
que foram executados por resistirem à coletivização das terras.
Referências:
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Aula 06 – Fascismo
O Fascismo foi um governo político autoritário liderado pelo ditador Benito Mussolini, que
concentrou nas mãos do governante o poder político total. A exaltação do nacionalismo e o militarismo
foram características marcantes na sociedade.
Para manter o autoritarismo do regime, Mussolini reprimia toda mobilização contrária a ideologia
fascista, utilizava-se da violência ou pena de morte dos opositores e censurava toda informação dos
veículos de comunicação.
Após a Primeira Guerra Mundial a Itália entrou em uma crise que provocou a instabilidade
política, social e econômica. Grupos mobilizadores de esquerda começaram a surgir, a exemplo
do comunismo, socialismo e anarquismo. E é exatamente nesse contexto que nasceu as ideias
fascistas sob a liderança de Mussolini, com o grupo Fasci di Combatimento (Grupo de Combate).
Pode-se concluir que o fascismo foi uma forma de governo radical totalitário em que existiu forte
exaltação do Estado, devoção a um líder central e forte, e a ênfase ao militarismo. Além disso, todos as
áreas sociais estavam sob o domínio pessoal da tirania do governante e do poder estatal.
Diferentemente do comunismo, no governo fascista as pessoas tinham direito à propriedade privada.
Entretanto, foi um direito qualificado.
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• Protecionismo econômico: Para Mussolini os interesses da economia nacional estavam acima dos
demais interesses econômicos e ainda sob o controle estatal;
• Propaganda fascista: a divulgação da propaganda fascista era através dos veículos de comunicação,
como TV e rádio, meios pelos quais reforçava-se as posições individuais de Mussolini como benéficas
ao povo;
• Censura: ditador, Mussolini não permitia nenhuma mobilização contrária ao seu governo e, por isso,
reprimia e censurava qualquer tipo de contrariedade política e controlava os meios de comunicação de
massa;
• Militarismo: para torna-se mais forte na política e militarmente, o governo fascista investia em
armamentos de guerra e em poderio bélico;
• A mulher na sociedade fascista: a figura feminina era entendida apenas para o ambiente doméstico,
familiar e a maternidade;
• Juventude: o desenvolvimento da moralidade era realizado durante a juventude, pois era o melhor
momento da vida humana para formar um cidadão atuante;
• Comportamentos desviantes: a homossexualidade, a prostituição e a pornografia eram considerados
comportamentos desviantes e sem moral.
Significado da palavra fascismo
A palavra fascismo tem sua origem na língua latina e significa fasces. Já no idioma italiano
é fascio. Em ambos idiomas o significado é “feixe”, que retrata a ideia do principal símbolo do fascismo
– um feixe de varas enroladas em um machado.
Na Roma Antiga existia um instrumento chamado de fascio ou fascio littorio, que era exatamente
um machado entrelaçado com varas de madeiras. O fascio ou fascio littorio era utilizado pelos lictores,
homens guarda-costas, para punir e exercer o poder. Já nessa época esse instrumento simbolizava a ideia
de união, pois vários feixes são resistentes.
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Mussolini liderou o movimento chamado Marcha sobre Roma em 1922 para tomar o poder (Foto:
Wikipédia)
Partido Nacional Fascista
Em 1919, Mussolini criou o Fasci di Combatimento (Grupo de Combate) para eliminar o Senado,
fazer uma nova constituinte e colocar o poder das fábricas nas mãos dos operários. Posteriormente, esse
grupo passou a ser chamado oficialmente de Partido Nacional Fascista, em 1921.
A tomada do poder por meio de eleições, ainda que fraudulentas, e uso da violência no combate
aos adeptos do socialismo eram os principais objetivos dos fascistas. A intimidação opositora era ainda
reforçada através da militarização, ou seja, organizações de jovens milicianos uniformizados de camisas
negras.
O objetivo do Partido Nacional Fascista era estabelecer um Estado forte, com o poder
centralizado nas mãos de Mussolini. A figura desse líder absoluto passou-se a chamar de Duce, termo
do idioma italiano. Por isso, utilizava-se a violência constantemente através das organizações milicianas,
afim de enfraquecer a política socialista e manter o controle estatal.
O modelo político fascista além de se instalar na Itália aconteceu também em Portugal e na
Espanha. O fascismo português foi liderado por Antônio de Oliveira Salazar no período de 1932 e 1968.
E o fascismo espanhol foi liderado pelo governante Francisco Franco, no período de 1939 a 1976.
No Brasil o movimento político fascista foi iniciado através da figura de Plínio Salgado. Ele foi um
político, escritor modernista e fundador da Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento fundado em
7 de outubro de 1932. Esse movimento foi desenvolvido na Sociedade de Estudos Paulista (SEP).
Resumo sobre o fascismo
Referências:
ARAÚJO, Andréa. Facismo, EDUCA+Brasil. Disponível em:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/fascismo acesso em: 08/05/2024.
21
Aula 07 – Stalinismo
Stalinismo
Stalinismo foi um regime totalitário de caráter comunista ocorrido na União Soviética, de 1927
a 1953, durante o governo do ditador Josef Stalin. O governo stalinista promoveu a coletivização de
terras e industrializou a Rússia até transformá-la na segunda potência industrial do mundo. Igualmente.
perseguiu seus adversários políticos, instalou a censura e a vigilância estrita da população.
Uma vez que o país é pacificado, começa a implantação do socialismo em todos os níveis da
sociedade. A fim de reunir as diversas regiões do antigo Império Russo é criada a União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas, em 1924.
No entanto, com a morte de Lenin em 1924, Leon Trotsky (líder do exército vermelho) e Stalin
(chefe do Partido Comunista) lutam para serem o herdeiro político do falecido líder. Trotsky defendia
que a Russa deveria apoiar os movimentos revolucionários pelo mundo, enquanto Stalin era partidário
de que a revolução acontecesse somente na Rússia.
Devido aos atritos, Trotsky foi afastado do governo por Stalin. Posteriormente seria expulso da
URSS, e finalmente, assassinado no México em 1940, a mando de Stalin. Assim, Stalin tomou o poder,
governou a URSS e implantou um regime totalitário de esquerda que durou até sua morte, em 1953.
Características do stalinismo
O stalinismo é um regime político totalitário. Sendo assim, suas principais características são o
nacionalismo, o unipartidarismo (partido único, o Partido Comunista), centralização política, o
militarismo e censura dos meios de comunicação. Além disso, a delação era estimulada e os filhos eram
alentados por seus professores a denunciar os pais e eles mesmos eram vigiados pelos estudantes.
Durante o governo de Stalin, qualquer manifestação religiosa foi proibida, assim como aquelas
de caráter nacional nos distintos países que compunham o mosaico da União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas. Quem não estivesse de acordo com o programa do partido era taxado de “burguês”, "inimigo
do povo" e confinado aos Gulags. Ao mesmo tempo, Stalin investiu grandes quantidades de capitais na
indústria de armas e na pesquisa científica. Com isso, transformou a União Soviética numa potência
militar em uma década. Contudo, a sociedade russa sofria a falta de liberdade de expressão o que resultou
na morte, deportação e exílio de milhões pessoas.
Plano Quinquenal
Diante do panorama que a Rússia se encontrava após a Primeira Grande Guerra, Stalin focou no
desenvolvimento econômico e industrial do país, através da aplicação dos "planos quinquenais". Este
plano consistia em desenvolver uma categoria econômica específica e modernizar a União Soviética o
mais rápido possível. Para tanto, planejava-se os objetivos daquele setor para um período de cinco anos.
A primeira categoria que recebeu o plano quinquenal foi a agricultura com a coletivização das
terras. O regime stalinista se apropriou de terras cultiváveis e distribuiu aos sovkhozes (fazendas do
Estado) e kolkhozes (fazendas cooperativas). Contudo, a coletivização das terras, inicialmente, resultou
num grande fracasso, pois não houve uma preparação adequada e se trabalhava até a exaustão para
conseguir alcançar as metas impostas pelo governo.
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Os camponeses que se opunham a despropriação de suas terras foram mortos, deportados para
Sibéria ou deslocados de suas zonas de origem. O mesmo passava com as regiões que foram
incorporadas à União Soviética como, por exemplo, a Ucrânia, onde milhares de pessoas morreram de
fome num episódio que passou à história como Holodomor.
Fim do Stalinismo
O stalinismo termina com a morte de Stalin, em 1953. Seu sucessor, Nikita Kruschev, denuncia
todas as atrocidades cometidas por Stalin durante o seu governo. Três dias após a morte de Stalin, 1,5
milhão de prisioneiros políticos foram liberados. Mais tarde, vários prisioneiros de guerra, que até o
momento estavam na URSS, voltaram para seus países. A partir daí, o regime político da União Soviética
ainda poderia ser considerado totalitário. Contudo, a repressão já não era tão acentuada como nos tempos
stalinistas.
Referências:
BEZERRA, Juliana. Stalinismo. Toda Matéria. Disponivel em:
https://www.todamateria.com.br/stalinismo-na-urss/ acesso em: 08/05/2024.
Aula 08 – Nazismo
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Império alemão e a Austro-Hungria. No tratado, estão previstas uma série de medidas punitivas para o
pós-guerra.
A Alemanha, uma das nações derrotadas, foi obrigada a abrir mão de 13% do seu território, 75%
das suas reservas de ferro e 26% das de carvão. O país teve seu exército reduzido, sua indústria de armas
foi controlada – assim como a produção de tanques e aviões – , perdeu todas as suas colônias e pagou
uma indenização pelos prejuízos da guerra aos países vencedores.
A Alemanha pós-guerra
Além do sentimento negativo em ter perdido uma guerra e ter de cumprir todas as exigências do
Tratado de Versalhes, a Alemanha estava num caos econômico, seu território estava destruído e sua
população enfrentava graves problemas. Foi instituída, em 1919, a República de Weimar. A Alemanha
era antes um Império – ou seja, uma forma de monarquia – e passava a ser um país republicano. A
República de Weimar que visava a resolver esses problemas, dando prioridade à reestruturação política
e econômica do país.
Houve melhora econômica por conta de um acordo entre a Alemanha e os Estados Unidos com
a instituição do Plano Dawes, que dava incentivos econômicos para a reconstrução e reestruturação
alemã. Mas, por conta da crise da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, não foi mais possível obter
ajuda externa.
A Alemanha continuou a passar por enormes dificuldades: a inflação só crescia, o desemprego se
alastrava e os comandos políticos eram vistos com descrédito e desconfiança por parte da população.
Foi a partir desses sentimentos e desse contexto que o Nazismo começou a tomar forma…
A História do Nazismo e de Adolf Hitler
O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães foi o principal vetor do Nazismo. No
início da década de 1920, Adolf Hitler assume a liderança e dá outro nome a ele: Partido Nacional
Socialista, ou Partido Nazista. Hitler era austríaco – fato desconhecido por muitas pessoas –, nascido em
1889. Foi soldado durante a Primeira Guerra Mundial e, ao seu fim, associou-se ao Partido dos
Trabalhadores Alemães, assim como muitas outras pessoas: jovens, estudantes, agricultores, soldados;
pessoas de todas as classes sociais.
Os principais objetivos do partido eram o de união dos alemães, a expulsão de estrangeiros e
tornar a Alemanha um país poderoso e com muitos territórios. Hitler e seus aliados tentaram fazer um
golpe de Estado em 1923 e, por ser o líder do movimento, Hitler foi preso. Em sua biografia,
denominada Mein Kampf (Minha Luta, em alemão) e escrita durante seu tempo na cadeia, no cerne de
sua filosofia política Hitler delineou o antissemitismo – o preconceito e ódio contra os judeus – e
o anticomunismo – a negação do comunismo e de seus seguidores.
Aos poucos, o Partido Nazista foi colocando pessoas no governo, já na República de Weimar –
receberam 38% dos votos na eleição para o Parlamento em 1932. A partir de então, Hitler tomou o poder
por meio de um golpe de Estado e declarou-se: presidente, chanceler e Führer – o líder.
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Como em todo regime autoritário, o governo censurava e controlava emissoras de rádio, a
imprensa, produtos artísticos – músicas, artes visuais, teatro – e buscava também utilizar esses meios
como uma forma de impulsionar a imagem do próprio regime. O famoso ministro da propaganda de
Hitler, Joseph Goebbels, foi utilizado como referência para diversos regimes totalitários que vieram
depois do nazista.
Uma das maiores características do nazismo foi a militarização. Acreditava-se no uso do poder
militar, que era assumido pela polícia, chamada SS, e pela Gestapo, uma polícia secreta do regime. A
Gestapo era uma polícia política que decidia as penas que iria aplicar, sem o intermédio de um tribunal.
Investigavam também possíveis afrontas ao regime por meio de agentes infiltrados em fábricas e lugares
comuns e, quando queriam descobrir certas informações úteis ao regime ou mesmo sabiam de pessoas
que eram ideologicamente contra ele, essas pessoas eram presas e torturadas.
É importante salientar que no início do regime, o povo alemão apoiava o regime nazista e
acreditava na ideologia pregada por Hitler – que sempre entoava um discurso de salvação nacional, de
melhorias na economia, de superioridade racial e cultural germânica. Portanto, quanto à perseguição da
polícia com comunistas e judeus, a própria população por vezes contribuía ao delatar uma ou outra
pessoa. Conforme os anos foram evoluindo, principalmente no início da Segunda Guerra Mundial, o
terror gerado pela polícia foi generalizado.
As características do Nazismo
O nazismo é considerado um regime fascista por contar uma série de similaridades, como: ser
autoritário, prever a concentração total do poder, glorificação de um líder, exaltação da coletividade
nacional, expansão de territórios, controle dos meios de comunicação. O nazismo é, portanto, uma forma
de manifestação do fascismo. Algumas das principais características da filosofia nazista desenvolvida
por Hitler era o racismo, a xenofobia, o nacionalismo e o antissemitismo. Vamos entender como e por
quê?
Unidade nacional
Por meio do nazismo, buscava-se uma unidade nacional, contendo também características
do nacionalismo. Criaram uma “comunidade do povo”, com o intuito de unir todos os alemães e excluir
os povos estrangeiros. Essa ideia se aplicava a todas as pessoas que não fossem germânicas e, por isso,
ela era xenofóbica: visava a afastar todas as pessoas, culturas, ideais e pensamentos diferentes do
germânico. Buscava-se a criação de uma sociedade homogênea. Além disso, defendia-se uma hierarquia
racial, em que povos germânicos eram vistos como uma “raça superior”, a chamada “raça ariana”.
Antissemitismo
Outro ponto elementar para entendermos o nazismo é compreender a importância
do antissemitismo dentro desse regime, isto é, o preconceito e ódio contra judeus. Uma lei que separava
os “arianos” dos judeus foi criada, chamada Leis de Nuremberg, que determinavam institucionalmente
essa segregação racial. O regime perseguiu, torturou, expulsou do território alemão e matou judeus –
além de muitas outras pessoas, como homossexuais, ciganos e pessoas com deficiência. Os negros,
alemães ou não, mas residentes no país, também sofreram com a segregação, foram hostilizados e
expulsos.
Essa perseguição se tornou um extermínio sistemático organizado pelo regime nazista na
Alemanha, que veio a se chamar Holocausto – o assassinato de milhões de judeus num verdadeiro
genocídio. Na época do nazismo, foram criados campos de concentração para colocar quem se opunha
ao regime e para lá foram muitos judeus, mortos então pela polícia. Durante a Segunda Guerra Mundial,
milhares de judeus foram deportados do país para guetos e campos de extermínio. Lá, eram levados a
câmaras de gás, em que morriam por asfixia.
Em 1945, dois em cada três judeus europeus tinham sido mortos, em torno de 6 milhões de pessoas.
Foram assassinadas mais de 1,5 milhão de crianças com idade inferior a 12 anos, sendo mais de 1,2
milhões de crianças judias, dezenas de milhares de crianças ciganas e milhares de crianças deficientes.
Teoria do Espaço Vital
A Teoria do Espaço Vital é uma ideia que surgiu da revolta pela Alemanha ter perdido territórios
depois da Primeira Guerra Mundial. É uma ideia relacionada a todas as outras, de que a raça ariana
deveria ter um único território e expandi-lo ao máximo, formando “um guia, um império, um povo”,
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conforme dizia Hitler. Foi um dos pontapés para a invasão da Polônia em 1939, fato que eclodiu
na Segunda Guerra Mundial.
O Nazismo é de direita ou de esquerda?
No blog do jornalista Guga Chacra no site do Estadão, o professor Michel Gherman, da
Universidade Hebraica de Jerusalém e coordenador do Centro de Estudos Judaicos da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, escreveu a respeito, buscando esclarecer dúvidas das redes sociais acerca do
espectro ideológico do Nazismo. Confira um trecho da coluna que resume bem essa questão!
“O Nazismo não acreditava em políticas universalistas e descentralizadas. O Estado Nazista, contrário
a (sic) luta de classes, se aproximava de grandes empresas, tinha um discurso anti especulativo (sic) e
tinha como objetivo a expansão racial, militar e territorial.
Mais uma vez, ao contrário de perspectivas social-democratas, socialistas ou marxistas, a
centralização estatal não tinha intenções distributivas, não pretendia combater a desigualdade
econômica ou diferenças sociais. Ao contrário, a razão de existência do Estado era manter as
diferenças, diferenças raciais. Estabelecer um estado racialmente hegemônico, escravizar e eliminar
raças inferiores. Combater e exterminar a oposição que falava em classes sociais.
(…) Mas não se enganem, nada mais distante, também, de qualquer posição de direita liberal. O
nazismo era um movimento de extrema–direita, o que em sua natureza é distinto da direita liberal
e democrática.”
Depois de polêmicas nas redes sociais, a BBC Brasil fez uma reportagem buscando elucidar essa
questão: afinal, o nazismo é de esquerda ou de direita? Em entrevista para o veículo, a professora de
História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense (UFF), Denise Rollemberg, afirma o
seguinte:
“Não era que o nazismo fosse à esquerda, mas tinha um ponto de vista crítico em relação ao capitalismo
que era comum à crítica que o socialismo marxista fazia também. O que o nazismo falava é que eles
queriam fazer um tipo de socialismo, mas que fosse nacionalista, para a Alemanha. Sem a perspectiva
de unir revoluções no mundo inteiro, que o marxismo tinha. (…)
Eles rejeitavam o que era a direita tradicional da época e também a esquerda que estava se
estabelecendo. Eles procuravam se mostrar como um terceiro caminho”.
Na mesma reportagem da BBC Brasil, há também o ponto de vista da antropóloga Adriana Dias, da
Unicamp, que estuda os movimentos neonazistas.
“Os comícios hitleristas eram profundamente antimarxistas. (…) O nazismo e o fascismo diziam que
não existia a luta de classes – como defendia o socialismo – e, sim, uma luta a favor dos limites
linguísticos e raciais. As escolas nacional-socialistas que se espalharam pela Alemanha ensinavam aos
jovens que os judeus eram os criadores do marxismo e que, além de antimarxistas, deveriam ser
antissemitas.”
Mas o nome do partido nazista não é Nacional-Socialista? Não seria, portanto, de uma ideologia
de esquerda? Bom, na reportagem da BBC Brasil, Izidoro Blikstein, professor de Linguística e Semiótica
da USP e especialista em análise do discurso nazista e totalitário, busca responder essa indagação:
“Me parece que isso é uma grande ignorância da História e de como as coisas aconteceram. (…) O que
é fundamental aí é o termo ‘nacional’, não o termo ‘socialista’. Essa é a linha de força fundamental do
nazismo – a defesa daquilo que é nacional e ‘próprio dos alemães’.”
Sobre essa questão, Thiago Tanji, editor na revista Galileu, escreve um texto sobre o fenômeno
de notícias falsas, da pós-verdade e de como é importante conhecer a história por trás do regime nazista.
Um trecho sobre a dicotomia esquerda x direita:
“E é justamente a partir desse ponto que desfazemos o nó entre a ideologia nazista e sua associação às
palavras “socialista” e “trabalhadores”. Inspirado em ideiais ultra-nacionalistas e de supremacia
racial, Adolf Hitler se mostrava como a figura política que lutava “contra tudo o que está aí”. Ao mesmo
tempo em que expunha as ameaças de uma revolução comunista em território alemão, atacava o sistema
financeiro e a ganância dos bancos — personificados na população judaica.”
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Aula 09 – Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é considerada o maior conflito militar do século XX.
Marcada pela destruição sem precedentes na história da humanidade, o conflito mobilizou nações em
todos os continentes, entre os quais estão Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Soviética, combatendo
a Alemanha, Itália e Japão.
Estima-se que o custo total da Segunda Guerra Mundial tenha chegado a 1 trilhão e 385 bilhões
de dólares. No entanto, mais alarmante do que os custos materiais são as perdas humanas causadas pelo
conflito: cerca de 45 milhões de mortos, 35 milhões de feridos e três milhões de desaparecidos.
Hitler defendia o nacionalismo, a ideia que os arianos eram uma raça superior e as demais
deveriam ser submetidas ou eliminadas, especialmente, os judeus, considerados culpados de todos os
males. Isto gerou o chamado Holocausto, que foi o assassinato em escala industrial deste povo.
Igualmente foram condenados e assassinados descapacitados mentais e físicos, comunistas,
homossexuais, religiosos e ciganos.
A 2ª Guerra Mundial se iniciou com a invasão da Polônia pela Alemanha no dia 1º de setembro de
1939 e terminou com a rendição do Japão em 2 de setembro de 1945. A frente de batalha era formada
pelas nações do Eixo (integrado por Alemanha, Itália e Japão) e os países Aliados (Grã-Bretanha, França,
União Soviética e Estados Unidos). O Brasil declarou guerra ao Eixo em 22 de agosto de 1942 e mandou
soldados para a Itália em 1944. Além disso, os Estados Unidos usaram uma base aérea em Natal/RN.
A primeira fase da 2ª Guerra Mundial iniciou-se com a invasão da Polônia pela Alemanha em 1939.
Em reação à invasão da Polônia, França e Grã-Bretanha declararam guerra contra a Alemanha. Antes
disso, tentaram impedir as ações militares de Hitler por meio de sanções diplomáticas e econômicas,
mas sem sucesso. Eficaz no campo de batalha, a Alemanha realizou em 1940 uma operação em que
combinou ataques terrestres, aéreos e navais para ocupar a Dinamarca.
O exército alemão também tomou a Noruega como forma de salvaguardar o comércio de aço com
a Suécia e marcar posição contra a Grã-Bretanha. Para tanto, foi ocupado o porto norueguês de Narvik.
Em maio de 1940, Hitler ordenou a invasão da Holanda e da Bélgica. Após a ocupação desses países, as
tropas nazistas concentram-se na luta contra a França, conseguindo conquistá-la.
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A França assina o armistício com a Alemanha em 22de junho de 1940 e é dividida em duas áreas:
uma administrada pelos alemães e a outra pelo Marechal Petáin, que colaborava com os nazistas. Hitler
volta seus esforços para a Grã-Bretanha e, no dia 8 de agosto, a Alemanha bombardeou as cidades
britânicas com a Luftwaffe, a força aérea alemã. Embora tivessem em menor número, a Força Aérea
Britânica (RAF), conseguiu repelir o ataque.
Esta foi a única derrota de Adolf Hitler na primeira fase da guerra e permitiu aos Aliados a
recompor suas forças. No ano seguinte, em 1941, o exército de Hitler chegou à Líbia, no norte da África,
com objetivo de conquistar o canal de Suez. Em maio deste mesmo ano, Iugoslávia e Grécia foram
ocupadas por tropas do Eixo.
Com a vitória soviética em Estalingrado, os nazistas passaram a perder gradativamente seus territórios
ocupados.
O equilíbrio das forças caracteriza a segunda fase da Segunda Guerra. Esta etapa se inicia em
1941 com a invasão da União Soviética pelos alemães e termina em 1943 com a capitulação da Itália. A
conquista da União Soviética tinha como finalidade a ocupação das regiões de Leningrado (hoje São
Petersburgo), Moscou, Ucrânia e Cáucaso. A entrada do exército alemão ocorreu pela Ucrânia e,
posteriormente, seguiu para Leningrado. Quando as forças de Hitler chegaram a Moscou, em dezembro
de 1941, foram contidas pelo Exército Vermelho.
Batalhas no Pacífico
Paralelo ao conflito na Europa, os governos do Japão e dos Estados Unidos tinham as relações
estremecidas. Antes da guerra, na década de 30, o Japão invadiu a China e, em 1941, a Indochina
francesa. Como consequência, em agosto daquele ano, os EUA decretaram o embargo comercial ao
Japão, exigindo a desocupação da China e Indochina.
Em meio a disputas diplomáticas entre EUA e Japão, este bombardeou a base naval de Pearl
Harbor, no Havaí, e prosseguiu a ofensiva contra os americanos na Ásia meridional e no Pacífico. Diante
do ataque, os Estados Unidos declararam guerra ao Japão. Os japoneses invadiram a Malásia Britânica,
o porto de Cingapura, a Birmânia, a Indonésia e as Filipinas. No meio da tensão, o Japão ocupou o porto
de Hong Kong e ilhas no Oceano Pacífico que pertenciam à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos. Além
disso, a Alemanha e a Itália declararam guerra aos Estados Unidos.
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O momento da virada: derrota alemã na União Soviética
O cenário da Segunda Guerra Mundial começa a mudar ao final de 1942, quando os Aliados
passam a ter êxito contra os ataques do Eixo. A Batalha de Stalingrado marca o início dessa fase,
alterando o curso do conflito.
As forças britânicas e americanas também têm êxito na Líbia e Tunísia. A partir do norte da
África, os Aliados desembarcam na Sicília e invadem a Itália, em 1943.
A partir da capitulação da Itália, a Segunda Guerra Mundial entra na terceira fase, que termina
com a rendição do Japão em setembro de 1945.
Na Itália, o governo de Benito Mussolini (1883-1945) é destituído pelo rei Vítor Emanuel III em
julho de 1943. No norte do país é proclamada a República de Saló, um Estado reconhecido somente
pelos países do Eixo. Em setembro do mesmo ano, a Itália firma o armistício com os Aliados.
Após esse ponto, a Itália muda de lado e declara guerra à Alemanha em outubro de 1943. Em
abril de 1945, depois da captura das forças nazistas na Itália, Mussolini tentou fugir para a Suíça, mas
foi detido e fuzilado pela resistência.
Ainda na Europa, o Exército soviético libertou a Polônia em janeiro de 1945. No mesmo ano,
conquistou a Alemanha e derrotou o III Reich. Em 8 de maio, o conflito terminou na Europa. Já no
Pacífico, os Estados Unidos pressionam o Japão e no fim de 1944, conquistam as ilhas Marshall,
Carolinas, Marianas e Filipinas. A Birmânia é conquistada em 1945 e a ilha de Okinawa é ocupada.
Sem perspectiva de capitular, o Japão sofre a pior ofensiva bélica da Segunda Guerra Mundial.
Em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos jogam uma bomba atômica sobre Hiroshima e em 9 de
agosto fazem o mesmo em Nagasaki A rendição do Japão é assinada em 2 de setembro de 1945, pondo
fim ao conflito no Pacífico.
A Alemanha não foi declarada culpada da guerra, como no conflito anterior, porém passou por
um profundo processo de depuração ideológica. Além disso, teve seu território dividido entre a
Alemanha Oriental, vinculada ideologicamente à União Soviética, e a Alemanha Ocidental, próxima dos
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países ocidentais. Os países europeus se encontravam destruídos e com sua população reduzida. Somente
com a ajuda americana, através do Plano Marshall, foi possível a reconstrução da Europa Ocidental.
Também foi concretizada a criação de um fórum internacional, a Organização das Nações Unidas
(ONU), que seria um instrumento diplomático entre as nações para evitar a guerra. Um dos principais
vencedores do conflito foi os Estados Unidos, que tiveram somente o território do Havaí atacado e
tiveram perdas econômicas muito menores que os europeus. A impressionante vitória soviética também
alçou o país à condição de potência mundial.
A Europa também foi dividida em dois blocos econômicos consoante o país que libertou e ocupou
as nações. Países do leste europeu como Polônia, Hungria e Romênia passaram a sofrer influência da
União Soviética e construíram governos de caráter socialista. Já países como França, Bélgica e Holanda,
se viram ocupadas pelos Estados Unidos e inauguram a época do Estado de Bem-Estar Social. O
confronto entre as duas ideologias marcou o mundo inteiro e foi conhecido como Guerra Fria.
Referências: Pereira. Lucas. Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945): o que foi, as causas e fases. Toda
Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/segunda-guerra-mundial/ acesso em
08/05/2024
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