Metencéfalo (→ ponte e cerebelo)

- Flexura pontina – divide o metencéfalo do

mielencéfalo
Mielencéfalo (→ medula oblongada)
Aula 7: Sistema Nervoso
1. Desenvolvimento embrionário do SN
2. Sistema Nervoso – Função
3. Sistema Nervoso – Organização
4. Meninges

✓ Desenvolvimento embrionário do Sistema

Nervoso:
Início da 3ª semana, a partir do ectoderma – placa
neural
Placa neural → Pregas neurais + Sulco neural →
Tubo neural (começa na região cervical e cresce
em sentido cranial e caudal)

4. O lúmen do tubo neural (e posteriormente das

• Extremidade cefálica do tubo neural
apresenta 3 dilatações – vesículas
encefálicas primárias:
1. Prosencéfalo 2. Mesencéfalo 3. Rombencéfalo
• Tubo neural forma duas flexuras:
Flexura cervical (entre o rombencefálo e a
medula) Flexura cefálica (no mesencéfalo)
• Quando o embrião tem 5 semanas
observam-se 5 dilatações encefálicas:
1. Prosencéfalo divide-se em:
Telencéfalo (→ hemisférios cerebrais
primitivos)
Diencéfalo (→Vesículas óticas, Talamo,
Epitalamo, Hipotalamo)
2. Mesencéfalo
(→ conecta o 3º e o 4º ventrículo)
Istmo romboencefálico: separa o mesencéfalo do
rombencéfalo
3. Rombencéfalo divide-se em:
vesículas encefálicas) dá origem aos 4 ventrículos:
Ventriculo laterais – cavidades do
telencéfalo
3º Ventriculo – cavidade do diencéfalo
4º ventrículo – cavidade do rombencéfalo
Este lúmen estende-se pela medula espinhal –
forma o canal central
• Medula espinal: tubo neural que se
estende para além da flexura cervical.
Quando o tubo neural fecha as células
diferenciam-se em células neuroepiteliais, que se
dividem e formam a camada neuroepitelial ou
neuroepitélio. Da camada neuropitelial começam
a diferenciar-se os neuroblastos (precursores de
neurónios) – formam a camada do manto em
redor da camada neuroepitelial.
Medula espinal vai apresentar 2 camadas:
Camada do manto – substância cinzenta da
medula espinal;
Camada marginal – camada mais externa
da medula espinal, contém fibras nervosas que se
originam nos neuroblastos e forma a substância
branca.
 uma resposta motora ou eferente para o orgão
efector – neurónios motores.

• Células da glia:
Têm origem nos glioblastos (diferenciam-se da
camada neuroepitelial ao fim da diferenciação dos
neuroblastos).
Exceção: células da microglia que surgem
depois e têm origem mesenquimatosa.
Quando as células da camada neuroepitelial param ✓ Sistema Nervoso – Organizações
de produzir tecido nervoso, diferenciam-se nas
Vários sistemas de organização:
células ependimárias.
• Células: Neurónios e células da glia
Depois da formação do tubo neural há um grupo • Sistema Nervoso Central (Encéfalo, Medula
de tecido com origem ectodérmica – crista neural espinal) e Sistema Nervoso Periférico (Nervos
– que se estende ao longo de todo o tubo neural. Gânglios)
• Sistema Nervoso Autónomo e Sistema
Crista neural: vai dar origem a vários Nervoso Somático
constituintes do SNP (gânglios nervosos, células • Função
de Schwann e meninges).

• Sistema Nervoso Central

✓ Sistema Nervoso – Funções
• Transmissão do impulso eléctrico: Responsável pela integração da informação
Informa o animal sobre o seu ambiente (externo e recebida pelos neurónios sensoriais e pela
interno), e é responsável pela interacção estímulo- iniciação de uma resposta adequada ao estímulo
resposta entre o ambiente e o organismo; recebido.
Coordena e regula os outros sistemas/aparelhos do Encéfalo:
animal, juntamente com o sistema endócrino e Cerébro
imunitário do indivíduo; Cerebelo
Mantém a homeostase do indivíduo – regula e Tronco Cerebral
coordena todas as actividades necessárias para Medula espinal
manter o equilíbrio do organismo;
Actividade mental – o encéfalo é responsável por
todas as actividades mentais (pensamento,
consciência, memória e emoções).

Informação sensorial (Sensory input): a

informação/estímulos do ambiente externo e
interno do indivíduo são recolhidas por neurónios
especializados – neurónios sensoriais que
transmitem a informação sensorial.
Integração: processamento e integração da
informação recebida. Sistema Nervoso Periférico
Resposta motora (Motor output): depois de Inclui todas as formações nervosas (nervos e
processada a informação, é iniciado uma resposta, gânglios) que se encontram fora do SNC.
através de neurónios especializados, que enviam
 Nervos crânio-espinhais: estão
directamente relacionados com o SNC.
Nervos espinhais (nervos raquidianos):
estão ligados à medula espinal. São nervos mistos
(constituidos por uma raíz dorsal, sensitiva e uma
ventral, motora). Nervos cranianos: derivam do
encéfalo. São nervos mistos.
Gânglios: acumulações de corpos
celulares de neurónios fora do SNC (da substância
cinzenta).
Gânglios aferentes: formados pelos
corpos dos neurónios sensoriais (neurónios
aferentes) - gânglios do corno dorsal da espinal
medula.
Gânglios eferentes: formados por corpos
celulares dos axónios pós-ganglionares simpáticos
ou parassimpáticos.
Fibras pré-ganglionares (nervos
crânio-espinais)
Fibras pós-ganglionares
• Sistema Nervoso Somático e Sistema
Nervoso Autónomo
Sistema Nervoso somático: nervos que se
originam ou terminam nos músculos esqueléticos.
Sistema nervoso autónomo: nervos que
se originam ou terminam nos orgãos (vísceras) e
sistema circulatório. Inclui todos os músculos
lisos e glândulas.
Sistema nervoso simpático
Sistema nervoso parassimpático
Sistema Nervoso Entérico
Plexos nervosos no interior do Aparelho
digestivo: plexos mioentéricos (Plexos de
Auerbach) ou plexos da submucosa (Plexos de
Meissner).
Funcionamento autónomo (não necessita da
coordenação do SNC), mas pode ser influenciado
pelo SNA.
• Função:
Sistema Nervoso – Organização funcional:
Vias aferentes ou sensoriais – recebem a
informação através dos dendritos. É o local da
origem do impulso nervoso.
cativas
proprio
✓ Vias aferentes somáticas é igual
→
a via
gerais ?
✓ Vias aferentes viscerais
✓ Vias proprioceptivas
Vias eferentes ou motoras – envia a informação
para as células efectoras, através da zona final dos
axónios, os telodendros. Estas vias são também
designadas como Neurónio Motor Inferior (NMI)
ou Neurónio Motor Superior (NMS).
✓ Vias eferentes somáticas gerais
✓ Vias eferentes viscerais gerais
Vias aferentes ou sensoriais: Capazes de detetar
diferentes estímulos e convertê-los num impulso
nervoso (modulação) – através de receptores;
Estímulos: tácteis, térmicos, mecânicos, químicos,
de pressão, de concentração de gases (CO2 e O2),
gustativos, olfactivos, luz e som.
Nocicepção: percepção da dor (estímulos
nociceptivos – nociceptores).
Propriocepção: capacidade de reconhecer a
posição, orientação e localização espacial do
corpo (propriorreceptores)
Sensibilidade epicrítica (toque fino):
conduz as sensações cutâneas mais finas e
seletivas (ex. permite diferenciar distâncias entre
dois pontos, tal como diferenciar objetos pelo
toque).
Sensibilidade protopática (toque grosso):
sensações cutâneas menos finas, como alterações
de temperatura, pressão ou dor.
Vias aferentes somáticas: recebem estímulos do
meio ambiente.
Vias aferentes somáticas gerais: recebem
=
informação sobre o tacto, temperatura e estímulos
nocivos da pele ou de músculos esqueléticos.
Recebem estímulos de fora do organismo. Todos
os nervos espinhais e nervo craniano V.
Vias aferentes somáticas especiais:
recebem informação de orgãos sensoriais
específicos, como a visão e a audição. Nervo
craniano II e nervo craniano VIII.
FÁBIO coclear
Vias proprioceptivas:
estímulos averssivos
-
>
associados a
Propriocepção - capacidade de reconhecer
a posição, orientação e localização espacial do
corpo
Vias proprioceptivas gerais: recebem
- ✓ Sistema piramidal
informação sobre músculos, tendões e
articulações.
Também classificadas como Vias aferentes
somáticas Todos os nervos espinhais e nervo
craniano V.
Vias proprioceptivas especiais: recebem
Í
informação da posição e dos movimentos da
cabeça – sistema vestibular Nervo craniano VIII
Vias aferentes viscerais: recebem estímulos dos
orgãos.
Vias aferentes viscerais gerais: recebem
informação da cabeça e das vísceras das cavidades
torácicas, abdominal e pélvica Todos os nervos
espinhais e nervo craniano III, V, VII, IX e X
Vias aferentes viscerais especiais:
recebem informação de orgãos sensoriais
específicos, como o olfacto e o paladar Nervo
craniano I (olfacto) e nervo craniano VII, IX e X
(paladar).
Vias eferentes ou motoras: envia a informação
para as células efectoras, através da zona final dos
axónios, os telodendros. Estas vias são também
designadas como Neurónio Motor Inferior (NMI)
e Neurónio Motor Superior (NMS).
Vias eferentes somáticas gerais: enviam o impulso
nervoso para os músculos esqueléticos. Neurónio
Motor Inferior (NMI); Todos os nervoso espinhais
e todos os nervos cranianos, excepto o nervo
craniano I, II e VIII.
Vias eferentes viscerais gerais: enviam o impulso
nervoso para os músculos lisos, músculo cardíaco
e glândulas; Todos os nervoso espinhais e os
nervos cranianos III, VII, IX, X
Neurónio Motor Superior (NMS) e
Neurónio Motor Inferior (NMI):
Estão tradicionalmente associados ao Sistema
nervoso somático.
NMS - os neurónios estão contidos
exclusivamente dentro do SNC e vão comunicar
com interneurónios ou com NMI. Os seus axónios
agrupam-se em tractos específicos, que percorrem
o SNC.
Podemos agrupar os tractos em dois sistemas:
✓ Sistema extrapiramidal
Sistema piramidal: os corpos celulares de Membranas de tecido conjuntivo que envolvem o
neurónios estão localizados principalmente na SNC:
área motora do córtex cerebral. Atravessam a ✓ Dura-máter (Paquimeninge)
pirâmide do tronco cerebral. É a via mais ✓ Aracnóide (Leptomeninge) - Espaço
importante nos primatas. Envolvido na execução subaracnóideu
de accões/movimentos especializados (ex. ✓ Pia-máter (Leptomeninge)
capacidade de movimentos das mãos humanas). Principal função: protecção do SNC
Sistema extrapiramidal: corpos celulares dos
neurónios estão localizados no córtex cerebral
(incluindo a área motora). Não atravessam a
pirâmide do tronco cerebral. Podem fazer sinapses
com vários núcleos do tronco cerebral. É a via
mais importante nos animais domésticos.
Neurónio Motor Superior (NMS) - Funções:
Dura-máter (Paquimeninge): Na região do
1. Inicio da actividade voluntária do sistema motor encéfalo. Duas camadas:
2. Manutenção do tónus muscular necessário para Camada junto ao periósteo (camada
suportar o corpo e manter a postura corporal perióstea);
3. Controlar a actividade muscular associada a Camada junto da aracnóide: Foice do
funções viscerais (funções respiratórias, cérebro (ao nível da fissura longitudinal
cardiovasculares e de excreção) encefálica); Tentório membranoso do cerebelo (ao
nível da fissura transversa encefálica).
Neurónio Motor Superior (NMS) e Neurónio
Motor Inferior (NMI):
NMI – são neurónios eferentes que ligam o SNC a
um órgão efector (músculo estriado esquelético e
glândulas).
NMI alpha: enervam as fibras musculares
extrafusais (os clinicamente associados aos NMI)
NMI gama: enervam as fibras musculares
intrafusais (fibras musculares modificadas)
Função importante no controlo da postura.

Dura-máter (Paquimeninge): Na região da medula

espinhal:
Dura máter não está aderente ao osso –
existência de um espaço epidural. Dura máter
reveste as raízes espinhais até atingirem o forame
intervertebral (saída do nervo espinhal). Dura
máter envolve o filamento terminal.

✓ Meninges
Aracnóide (Leptomeninge): Espaço
subaracnóideu: local onde encontramos o Líquido
Cefalorraquidiano (LCR) e vasos sanguíneos.
Cisternas subaracnoideias – existem somente na
aracnóide que recobre o encéfalo. Zonas onde há
uma expansão do espaço subaracnóideu.
Cisterna cerebelomedular (Cisterna magna): Local
de colheita de LCR; Mielografias; Acesso –
articulação atlantooccipital.
Legenda: 1- Osso; 2- Dura mater; 3- Espaço
subdural; 4- Aracnóide; 5- Espaço subaracnóideu;
6- Piamáter; 7-Tentório membranoso do cerebelo;
8- Atlas; 9- Cisterna cerebelomedular (Cisterna
magna)
Aracnóide (Leptomeninge): Na medula espinhal o
espaço lombosagrado é utilizado como alternativa
à cisterna magna, para colheita de LCR ou para
realização de mielografias.
Carnívoros: entre a L4/L5 ou L5/L6
Ruminantes e Equinos: entre a L6/S1 – espaço
lombosagrado.
Legenda: 1-Vertebra lombar; 2- Sacro; 3-Vertebra
coccigea; 4- Cone medular; 5- Filamento terminal;
6- Espaço epidural; 7- Dura-máter; 8- Espaço
subaracnóideu;
Piamáter (Leptomeninge): Em contacto com o
tecido nervoso: recobre encefálo, medula espinhal,
raizes espinhais e nervo ótico (par craniano II). Ao
nível da medula espinhal: ligamento denticulados
– ajudam a suspender a espinhal medula no canal
vertebral, ligando-se directamente à dura-mater.
Meninges encefálicas
Encéfalo
Dura-máter - Espaço subdural (muito residual ou
não existente em condições fisiológicas)
Aracnóide
Pia-máter
Meninges espinhais
Medula espinhal
Espaço epidural
Dura-máter
 Espaço subdural (não existe em condições
fisiológicas)
Aracnóide
Pia-máter
Ligamento denticulado

Espaço epidural: cavidade que separa a

duramáter do periósteo.
Preenchida por tecido adiposo.
Apresenta o plexo venoso vertebral interno
ventral.
Local de administração de fármacos,
nomeadamente, analgésicos e anestésicos –
Anestesia Epidural.
Espaço lombosagrado – local onde
o espaço epidural tem maiores dimensões,
pelo que é a localização mais comum para
as anestesias epidurais.
Espaço sacro-coccígeo – usado em
cavalos, ruminantes e suínos
Espaço entre as duas primeiras
vértebras coccígeas (Cau1-Caud2) – usado
em cavalos, ruminantes e suínos.