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Cristina Massa
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Cara leitora, caro leitor,
A narrativa que você vai ler é uma ficção, mas tem como pano
de fundo alguns fatos e personagens reais. Há muitas versões
sobre a história dos quilombos, dos negros que lutaram por
sua liberdade e sobre a disputa entre portugueses e
holandeses pelas riquezas do nordeste brasileiro. A autora se
inspirou nesses fatos para criar a lenda de Aqualtune, que
mistura ficção e realidade. Ao final do livro, apresentamos
algumas informações históricas e indicações de sites que
tratam dos temas abordados na obra.
SUMÁRIO
Capítulos
Informações históricas
Alice acordou bem cedo. Antes do dia nascer e bem antes do
despertador tocar. Abriu os olhos e um grande sorriso. Férias
merecidas. Passou direto, sem ficar em recuperação em nenhuma
matéria. Tudo bem que história e matemática foram por muito
pouco, mas passou.
Menos um problema para resolver.
O outro problema era mais difícil, aliás, sem solução.
Como mudar de nome?
Ela queria ser Alice, mas quando olhava para a carteirinha da
escola, a identidade ou qualquer outro documento, lá estava ele, o
nome verdadeiro, com todas as letras: Aqualtune.
Aqualtune, esse era seu nome. “Diferente, original”, dizia a mãe,
“forte, imponente”, falava o pai.
Mas não adiantava, para ela era apenas “estranho, esquisito”.
Maria, a melhor amiga de Alice, se chamava Maria, de verdade.
Para Alice era um nome simples, bonito, e ninguém perguntava com
espanto, quando ela se apresentava:
– Oi, meu nome é Maria.
– Como? Maria? Você poderia soletrar?
Com Alice era assim, toda vez. Ou as pessoas não entendiam, ou
se espantavam:
– Aqualtune? Uau... como se escreve?
Ou:
– Nunca ouvi esse nome antes.
Ela não queria mais que fosse assim. Por isso a decisão de virar
Alice.
No começo, ninguém deu ouvidos a ela, nem em casa nem na
escola. Mas ela não desistiu e assinava Alice nas provas e trabalhos
da escola, ignorava quem a chamava de Aqualtune e, quando
conhecia alguém novo, se apresentava assim:
– Sou Alice.
Nunca mais ouviu alguém pedindo para ela repetir seu nome, já
que soletrar “Alice” realmente não tinha o menor cabimento.
Para os amigos, Alice era só um apelido. O mundo é cheio de
apelidos e diminutivos. Eduardo vira Edu, Luciana vira Lu, Ana vira
Aninha, José vira Zezinho.
Fora os apelidos malvados, que se utilizam das características
mais evidentes das pessoas: Guilherme vira Orelha, Clara vira Girafa.
Aqualtune virou Alice.
Nem eram seis da manhã, e Alice já estava de pé. Ansiosa pelas
férias, pela viagem que prometia ser muito boa.
Tudo arrumado para partir. O destino de parte das férias era uma
fazenda, longe da cidade e perto de um lugar com muito mato e
nome engraçado, Serra da Barriga, em Alagoas.
Os avós de Maria viveram nessa fazenda há muitos anos, mas
agora estava vazia e praticamente abandonada. Os pais dela
queriam reformar o casarão, que apesar de lindo, precisava de
obras, de pintura, de cor.
Quando Maria era criança, passava muitos finais de semana com
os avós, que ainda viviam lá. Mas desde que eles morreram, há
bastante tempo, nunca mais a família visitou o lugar.
Maria tinha algumas lembranças, poucas na verdade. Lembrava
de uma cama macia, onde dormia gostoso, do doce de leite que a
avó fazia, de uma chuva forte que um dia a deixou toda molhada
enquanto brincava no jardim, de um cachorro enorme que cismava
de correr atrás dela, e pronto.
Junto com elas, viajariam Guilherme, o Orelha, amigo inseparável
e os pais de Maria.
Guilherme só chegaria na manhã seguinte, ainda tinha uma prova
cheia de problemas para fazer naquele dia. Ele nunca soube como é
passar direto, sempre ficava em matemática.
Hora de ir.
Alice se despediu dos pais, que tomavam café, beijou-os,
distribuiu abraços e nem se irritou com a provocação do pai:
– Tchau, Aqualtune! Aproveita!
– Ô pai... Alice.
– Ô filha, Aqualtune é tão forte, imponente...
E a mãe emendou o papo:
– Diferente, original...
E Alice continuou:
– Estranho, esquisito, mãe.
– Um dia você vai gostar, filha. Vai ter orgulho de ser Aqualtune.
Já te contei essa história tantas vezes, filha. Lembra? Eu era criança,
minha avó contava uma história de uma mulher corajosa e linda que
se chamava Aqualtune. Aí pensei...
– Tá bom, pai, já sei... você pensou: “Se eu tiver uma filha, vou
dar esse nome para ela.” Você já me contou, pai, agora preciso
mesmo ir, estou atrasada! Beijos!
Alice saiu, sem pensar mais no assunto. A fazenda era distante,
foram horas de viagem, mas valeu a pena. Alice ficou impressionada
com o lugar.
Era realmente lindo.
A casa tinha dois andares e era tão grande que dava para se
perder lá dentro, com tantos corredores e quartos. E foi o que
aconteceu, logo que Maria e Alice entraram na casa:
– Alice? Cadê você?
Maria chamava a amiga, e nada, só escutava o próprio eco.
Os pais de Maria pararam diante do casarão e olharam a fachada
da casa, mas as meninas, assim que o carro parou, dispararam
escada acima e cada uma foi para um corredor diferente.
E aí, se perderam.
Maria insistia:
– Alice, cadê você? Responde!
Nada. Nenhuma resposta.
Alice, tão rápida, entrou por uma porta da casa, seguiu pela
cozinha, saiu por outra porta e de repente estava diante do jardim
mais bonito que já tinha visto na vida.
Esse jardim ficava atrás da casa e era imenso, cheio de árvores
altas, com troncos largos; longe, havia uma plantação de bananeiras
e um riacho que corria por entre as árvores.
Maria desistiu de ser boazinha, e fez de propósito:
– Aqualtune! Aqualtune!
Logo Alice, que estava antes muito distraída, despertou:
– Alice! Meu nome é Alice.
Maria sorriu e foi atrás da amiga, que já estava no jardim.
Assim que se reencontraram, as duas foram explorar o terreno.
Era uma fazenda da época dos escravos, e foram eles que
construíram tudo.
Aquele lugar foi, durante muitos anos, um engenho de cana-de-
açúcar.
Algumas construções da fazenda, o tempo destruiu, mas a casa
principal e a capela estavam em bom estado.
O lugar onde ficava a moenda, este sim, era só ruína.
Alice sentiu vontade de ir para lá, alguma coisa atraiu o olhar
dela.
Para muitas pessoas, as ruínas poderiam parecer apenas
escombros, restos de uma construção; para Alice, pareciam um
labirinto, um mistério, um lugar estranho, mas ao mesmo tempo
curioso.
O mato crescia alto em volta da construção, crescia
desordenadamente, sem cuidado. Roçava por entre as pernas de
Alice e de Maria, que vinha logo atrás da amiga.
Alice sempre foi desse jeito, impulsiva, curiosa mesmo. Desde
criança, olhava tudo e sempre tinha a mesma pergunta na ponta da
língua:
– Ué, por quê?
E prestava atenção nas respostas. Um simples “porque sim”, ou
“porque não” não valiam como resposta. Tinha que ser bem
explicado e bem entendido.
Sonia e Eduardo, os pais de Maria, olharam muito para o casarão
e confirmaram a necessidade de reforma urgente. Reboco solto,
pintura descascada. Teriam muito trabalho pela frente.
Eles pensavam também em transformar aquele lugar em uma
pousada bacana, um lugar de descanso, para relaxar, ou em algum
espaço interessante.
Antes de entrarem na casa, repararam nas meninas, soltas,
correndo pelo jardim:
– Será que é seguro?
– Claro, Eduardo, não irão longe. Aqui não tem perigo. Cresci
aqui, é tranquilo. Tranquilo até demais...
Ele sorriu para a mulher e soltou a voz grossa e forte para as
meninas:
– Não demorem!
Maria escutou, bem de longe, e sem parar de correr ou olhar para
trás, respondeu, num grito alto e fino:
– Tá bom, pai! Pode deixaaaaaaar!
Alice nem escutou o pedido de Eduardo. E muito menos prestou
atenção na resposta de Maria.
Seus olhos estavam fixados nas ruínas que tinha diante de si.
Mal chegou, viu que estava certa. Parecia mesmo um labirinto,
com muros baixos e irregulares, algumas paredes ainda de pé, muito
mato em volta e pedras enormes espalhadas por todo canto.
De dia não parecia um lugar assustador, não tinha telhado,
entrava muita luz, mas à noite poderia ficar sinistro. Foi Maria quem
teve essa sensação e logo tratou de sussurrar para Alice:
– Amiga, esse lugar é fantástico, mas à noite eu não volto não.
Pode ter rato, cobra, sei lá...
– Mas nós vamos caçar vaga-lumes, trouxe uma lanterna para
mim e outra para você. Aqui deve ter muito vaga-lume de noite, vai
ser muito maneiro!
Maria sentiu um arrepio, mas não disse nada. Trataria desse
assunto mais tarde.
Aliás, a tarde já escurecia, numa mistura de nuvens pesadas e fim
do dia.
De repente, uma grande sombra tomou conta do lugar.
O céu ficou arroxeado, e um vento soprava com cheiro de
tempestade. Era hora de voltar.
As duas andavam por entre o labirinto de muros e pedras sem se
ver, brincando de procurar a outra:
– Alice?
– Maria?
Maria viu um atalho para chegar do outro lado e surpreender
Alice. Um buraco, no meio de uma parede, servia de passagem.
Ela passou pelo buraco na parede, e nesse instante uma rajada de
vento levantou poeira e folhas secas. Os cabelos de Maria voaram no
rosto, impedindo que ela enxergasse direito. Mas não impediu que,
em vez de Alice, ela avistasse alguém bem ali, escondido atrás de
uma árvore. Um garoto, nem criança nem homem, magro, negro,
com os cabelos bagunçados pelo vento e um rosto duro, sem vida.
Maria para.
Não dá mais nenhum passo, o vento atrapalha, e ela afasta o
próprio cabelo da testa, cerra os olhos para ver melhor, mas o
menino não está mais lá.
Em seguida, ela corre de volta por onde entrou e vê Alice, parada,
imóvel, com a voz embargada:
– Tem alguma coisa estranha aqui, Maria, nesse lugar. Você não
reparou no vento? Uma rajada forte, e só. Olha para o céu agora,
olha: nenhuma nuvem... e o vento foi embora. Me deu um arrepio.
Mas logo a própria Alice emenda a frase, finge não dar mais
importância e disfarça:
– Mas foi maneiro, hein... sinistro, mas muito legal. Quando a
gente for caçar de noite, eu...
Maria cortou a amiga:
– À noite? Eu nunca mais volto aqui... vi uma pessoa... um garoto
escondido, e quando olhei novamente, ele desapareceu... tinha algo
no rosto.
– Foi o vento, Maria, ilusão de ótica. Diante de tantas folhas
voando, mato se mexendo, você se confundiu.
Maria ficou muito furiosa:
– Eu vi! Não foi ilusão coisa nenhuma, foi uma pessoa, de carne e
osso!
Ela estava tão certa, que tirou totalmente a dúvida da própria
Alice:
– Eu acredito, amiga. Era um garoto, nem criança nem homem,
negro, magro, com os cabelos voando, não era?
– Você também viu?
– Só não vi o rosto, acho que ele usava uma máscara!
Nada mais falaram ali. Voltaram para a casa, juntas, quase
grudadas uma na outra.
Alice tinha os olhos bem abertos. Não sabia se era pela história,
que era boa mesmo, ou se pela maneira que vó contava, com
suspense, além da voz, que era boa de ouvir. Alice imaginava sim,
como era a princesa. Imaginava o rosto e o corpo dela, o reino,
tudo.
Vó continuou:
Ich ritt voraus die Talmündung hinauf; sie war ganz trocken. Auf
ihrer anderen Seite fand ich doch noch ein paar kleine Tümpel mit
schwach salzhaltigem Wasser, mit welchem die Hunde
vorliebnahmen. Im Talgrunde aber griffen die Männer zu den Spaten;
es wurde ein Brunnen gegraben, der in einer Tiefe von 56
Zentimeter kaltes süßes Wasser gab.
Obwohl wir am 8. Juli nur 14 Kilometer marschierten, konnten nur
27 Kamele das Lager Nr. 33 (5041 Meter) erreichen. Sie waren jetzt
so erschöpft, daß wir aus Furcht, eines oder mehrere der Tiere zu
verlieren, an und für sich unbedeutende Pässe umgehen mußten.
Der heutige Paß (5059 Meter) ließ sich jedoch nicht umgehen,
und der Lama, der ihn rekognosziert hatte, versicherte, daß er nicht
schwer sei. Die Steigung war auch unbedeutend, aber für die
kraftlosen Tiere trotzdem mühselig. In der Nähe des Kammes
grasten 8 Yake; einer von ihnen, ein alter Stier, war recht dreist,
durfte aber nicht unnötigerweise geschossen werden; das Fleisch
war vermutlich zäh und schlecht. Ein einzelner Kulan umkreiste uns
in den tollsten Kurven und erregte durch seine urkomischen
Manöver große Heiterkeit.
Auf der Südseite des Passes war das Relief der Landschaft
verwickelter und ungünstiger. Mehrere Kämme zeigten sich, die
überschritten werden mußten.
Jetzt ritt Schagdur voraus und meldete, er glaube kaum, daß die
Kamele imstande sein würden, die nächste Schwelle zu
überschreiten, da diese zu hoch für sie sei. Schon waren drei
zurückgeblieben, auf die wir je eher, desto besser warten mußten,
unter ihnen mein großer Veteran. Daher machten wir bei einem
Tümpel Halt, obwohl die Weide dort schlecht war. Den Tag darauf
schleppten sich zwei von den drei zurückgelassenen Kamelen noch
nach dem Lager hin, das dritte lag kalt und steif auf dem Flecke, wo
wir es verlassen hatten.
Daß es so nicht weitergehen konnte, war klar. Eine Veränderung
mußte in der Marschordnung vorgenommen, alle schwachen Tiere
mußten ausgeschieden werden, mit dem Reste würde ich dann in
längeren Tagemärschen nach Süden ziehen. Zunächst mußte die
Gegend rekognosziert werden, denn jetzt hatten wir das Gefühl, in
einem Sacke zu stecken, aus dem wir irgendwo heraus mußten.
Tschernoff ritt nach Osten und fand das Terrain dort ganz unmöglich
und von steilen Bergen versperrt. Mollah Schah, der es nach Süden
hin versucht hatte, erklärte, er sei dort über einige kleinere Pässe
geritten, die nicht besonders schwierig seien.
Dann wurde die Auslese vorgenommen. Elf Kamele, von denen
fünf die letzten Tage schon keine Last mehr getragen hatten, und
sechs Pferde sollten hier zurückgelassen werden, um sich einige
Tage auszuruhen und dann unserer Spur in kurzen Tagemärschen
nachgeführt zu werden. Dieser wichtige Auftrag wurde Tschernoff
anvertraut; er wurde Chef der Nachhut, die außerdem noch aus Rosi
Mollah, Mollah Schah, Kutschuk, Chodai Kullu und Almas, einem
Tscharchliker, dessen hochtönender Name „das Juwel“ bedeutet,
bestehen sollte. Die vier Hunde Maltschik, Hamra, Kalmak und Kara-
Itt gehörten auch zur Gesellschaft, ebenso ungefähr die Hälfte des
noch vorhandenen Dutzends der Schafe.
Die Auslese der untauglichen Kamele wurde von Turdu Bai und
den Kosaken sorgfältig gemacht. Es waren ihrer zehn, aber beim
Aufbruch wurde noch eines zurückgestellt. Acht Kamellasten, die
beinahe ausschließlich aus Proviant bestanden, sollten von der
Nachhut übernommen und auf die elf Kamele verteilt werden. Alle
Instrumente und wichtigeren Dinge nahmen wir mit.
Ganz richtig war es wohl nicht, die Karawane gerade jetzt zu
teilen, da wir uns bewohnten Gegenden näherten und vielleicht nötig
haben konnten, in voller Stärke aufzutreten. Doch es blieb uns keine
Wahl, und auch die Nachhut war mit zwei Gewehren und mehreren
Revolvern bewaffnet.
Tschernoff hatte Befehl, noch zwei oder drei Tage im Lager Nr. 33
zu bleiben und dann unseren Spuren zu folgen, die in dem Boden
ziemlich lange erkennbar sein mußten. An Stellen, wo man ein
schnelles Verschwinden der Spuren befürchten konnte, wie in
Talfurchen oder auf festgepacktem Schutt, wollten wir kleine
Steinmale errichten. Wo ich mit der Hauptkarawane bleiben würde,
wußte ich selbst nicht; es würde von Umständen, die uns unbekannt
waren, und besonders von dem Vorkommen von Weide und
menschlichen Spuren abhängen. Doch das spielte keine Rolle, denn
selbst wenn Tschernoff einen ganzen Monat unterwegs sein sollte,
hatte er ja nur der Spur zu folgen, bis er ins große Hauptquartier
gelangte.
Zwölftes Kapitel.
Die ersten Tibeter.
Auch ich sah mir diesen rätselhaften Wanderer lange an. Wir
warteten eine ganze Weile, um ihn näherkommen zu lassen. Doch
mit der Zeit verwandelte sich unser Mann in einen Kulan, den wir in
Verkürzung gesehen hatten; die schwarzen Zelte waren einfach die
Schatten einer Erosionsterrasse, und die Herde bestand aus wilden
Yaken, die, sobald sie unsere Karawane witterten, angefangen
hatten, sich talaufwärts zu entfernen.
Bald darauf scheuchte Jollbars einen jungen Hasen auf, dem es
sicher schlecht gegangen wäre, wenn er den Hund nicht durch seine
schnellen Seitensprünge ermüdet und sich dann in eine kleine
Erdhöhle geflüchtet hätte. Hier war er jedoch auch nicht sicher, denn
Schagdur holte ihn mit der Hand heraus, band ihn und streichelte
das erschreckte Tierchen. Als die Karawane und alle Hunde
vorbeigezogen waren, löste ich seine Bande, um ihm die Freiheit
wiederzuschenken. Er hüpfte mit leichten Sprüngen vergnügt fort
und schien ganz erstaunt, daß er aus einem solchen Abenteuer mit
heiler Haut davongekommen war; aber noch war er nicht weit
gelangt, als ein Falke, den wir nicht bemerkt hatten, auf ihn
herabstieß. Schagdur eilte hinzu, kam aber zu spät. Der Falke ließ
seine Beute mit ausgehackten Augen in Todeszuckungen liegen.
Derartige Ereignisse sind die einzigen Unterbrechungen der
langen, einförmigen Ritte. Ich reite stets neben dem Lama, um mich
im Mongolischen zu üben, und allmählich nehmen unsere Pläne
nach Lhasa eine immer deutlichere Gestalt an.
Am linken Ufer eines neuen Flusses, der sich weiter abwärts mit
dem großen vereinigt, war die Weide besser als seit langem und
überall so viel Yakdung vorhanden, daß wir dort das Lager
aufschlagen konnten. Das Wetter war strahlend hell, in der Luft
summten sogar Fliegen. Ein wenig weiter oben zeichneten sich die
schwarzen Umrisse von 20 Yaken ab, und Kulane wie Antilopen
waren zahlreich vertreten. Ein Kulan spazierte ganz in unserer Nähe
auf dem gegenüberliegenden Ufer umher. Zwei Hunde schwammen
über den Fluß und jagten ihn eine Strecke weit, er blieb aber sehr
ruhig, graste weiter und ließ die Hunde bellen, soviel sie wollten.
Nicht einmal Rebhühner und Wildgänse mit ganz kleinen Jungen
fehlten in dieser Gegend, die uns außergewöhnlich gastfreundlich
aufnahm.
Am 16. Juli blieben wir im Lager Nr. 38. Turdu Bai und Hamra Kul
wurden in das gewaltige Tal hinaufgeschickt, in dem ich es nicht
gleich mit der ganzen Karawane versuchen wollte; konnte es doch
so schwer zu erklimmen sein, daß wir hätten wieder umkehren
müssen.
Gerade als ich das Universalinstrument zum Observieren
aufgestellt hatte, brach ein heftiger Hagelschauer los. Der Himmel
wurde im Westen schwarz, der Donnergott rollte mit seinem
schweren Wagen durch die Wolken, und die Schläge folgten so dicht
aufeinander, daß die Erde unter ihnen bebte. Ich mußte hübsch
wieder unter Dach kriechen. Die Hagelkörner schmetterten auf die
Filzdecken meiner Jurte und tanzten wie Zuckerkügelchen auf dem
Erdboden, der bald weiß wurde.
Nun ertönte Geschrei und Rufen. Tscherdon, der die Wache
hatte, meldete, daß die anderen beiden Kosaken einen großen
Bären aufgetrieben hätten, der in scharfem Galopp nach dem Lager
eilte, aber rechtzeitig nach Osten abschwenkte, mit raschen
Schlägen über den Fluß schwamm, die gegenüberliegende
Uferterrasse hinaufkletterte und, die beiden Reiter hinter sich, die
Flucht fortsetzte.
Kaum war die wilde Jagd an uns vorübergesaust, als von
Tscherdons Zelt ein Schuß krachte. Ein großer, alter, weißgrauer
Wolf war vor dem Lager umhergeschlichen und mußte ins Gras
beißen.
Nach einer guten Stunde kehrten die Kosaken in scharfem Trab
zurück und sprengten gerade auf mich los; es war ihnen anzusehen,
daß sie mir etwas Wichtiges mitzuteilen hatten. Der Bär war ihnen
nach einem letzten Schusse freilich entkommen, d a f ü r a b e r
w a r e n d i e J ä g e r, g e r a d e w e g s i n e i n t i b e t i s c h e s Lager
h i n e i n g e r i t t e n ! Ein mit einer Flinte bewaffneter Mann
war bei
ihrem Herannahen hinter einem Hügel verschwunden, einige Pferde
weideten in der Nähe, und die 20 Yake, die wir gestern gesehen
hatten, waren also doch zahme Tiere.
Nun waren die Kosaken, die sich mit dem Manne nicht hatten
verständigen können, schleunigst umgekehrt, um mir von dem
Geschehenen Mitteilung zu machen.
Der Lama war sehr verdutzt, als ihm die gefährliche Wirklichkeit
auf den Leib rückte. Solange wir keine Spur von Menschen gesehen
hatten, war ihm mein Plan als etwas Unbestimmtes, noch in weiter
Ferne Schwebendes erschienen, aber jetzt standen wir an dem
Punkte, wo die ersten Eingeborenen auftauchten und von welchem
wir daher aufbrechen mußten. Wir fingen an zu glauben, daß der
Kulan, den wir gestern gesehen hatten, doch am Ende wirklich ein
Mann, jedenfalls aber ein Omen gewesen sein müsse, ein
Vorzeichen, daß menschliche Wohnungen nicht mehr weit entfernt
seien.
Wir berieten uns eine Weile über die Sachlage. Es war keine Zeit
zu verlieren, denn auf die Kosaken hatte es den Eindruck gemacht,
als hätten die Tibeter ihre Yake und Pferde nach dem Lager geholt,
um bald aufzubrechen. Wir mußten sie festhalten, denn teils konnten
sie uns wichtige Aufklärungen über Wege und andere Verhältnisse
geben, teils würde es besser sein, wenn wir versuchten, ihr
Vertrauen zu gewinnen und mit ihnen zusammenzureisen, um sie so
zu verhindern, unsere Ankunft zu verkünden, welche Nachricht
andernfalls wahrscheinlich wie ein Lauffeuer von Mund zu Mund bis
nach Lhasa dringen würde.
Ihr Lager war, nach Sirkin, nicht mehr als drei Kilometer von uns
entfernt. Sie mußten uns auf jeden Fall gesehen haben, als wir
gestern ankamen; man konnte sich jedoch nicht wundern, wenn sie
sich absichtlich abseits hielten. Waren es tibetische Nomaden oder
tangutische Räuber? Oder am Ende nur friedliche Yakjäger, die
Fleisch und Felle auf zahmen Yaken nach Süden transportierten? So
früh hatte ich nicht erwartet, Menschen zu treffen. Merkwürdig ist es
auch, daß wir bisher noch keine Spur von alten Feuerstellen
gesehen hatten.
Einstweilen beauftragte ich den Lama und Schagdur, sofort
dorthin zu reiten und mit ihnen zu reden. Auch der Kosak kleidete
sich in ein mongolisches Gewand und sah, dank seiner Rasse, wie
ein echter Mongole aus, der er in Wirklichkeit ja auch war. Ich gab
ihm Silbergeld mit für den Fall, daß die Tibeter geneigt wären, uns
einige von ihren Pferden, sowie Tee und Tabak zu verkaufen, und
damit sie sehen sollten, daß sie es mit ganz freundschaftlich
gesinnten, ehrlichen Leuten zu tun hatten.
Die beiden Männer sprengten wieder durch den tiefen Fluß und
verschwanden in der Dämmerung.
Gerade jener Augenblick, den ich gern solange wie möglich
hinausgeschoben gesehen hätte, war jetzt ganz unerwartet
eingetreten. Es ist klar, daß es für uns wallfahrende Pilger vorteilhaft
gewesen wäre, wenn das starke Hauptquartier möglichst weit nach
Süden hätte vorgeschoben werden können, so daß wir nicht zu weit
von ihm abgeschnitten waren. Wir hatten verabredet, vorsichtig
vorzudringen und Halt zu machen, sobald wir Menschenspuren
entdeckten. Ja, wenn wir während des Marsches in der Ferne
Herden oder Zelte erblickten, wollten wir sofort anhalten, so daß wir
Pilger wenigstens Zeit hätten, uns „umzukleiden“, damit wir später,
wenn wir zurückritten und uns dem heiligen Lande auf einem
anderen Wege näherten, nicht dem Verdachte ausgesetzt wären, zu
der großen europäischen Karawane zu gehören.
Nach ein paar Stunden kamen die Reiter in dunkler Nacht
unverrichteter Sache wieder. Die Tibeter waren aufgebrochen; ihre
Spur ging nach Osten. Ihr Feuer aus Argol (Yakdung) glühte und
rauchte noch. Schagdur glaubte, daß sie erst nach dem Schusse der
Bärenjäger auf uns aufmerksam geworden seien und sofort
eingepackt hätten. Nach Ansicht des Lamas waren es drei Yakjäger
gewesen; zwei Yakschädel und einige Hufe lagen auf der Erde
verstreut. Wir überlegten, ob wir es versuchen sollten, die Tibeter
einzuholen; aber da sie sicher beabsichtigten, die ganze Nacht und
den ganzen nächsten Tag zu marschieren, mußten wir aus
Rücksicht auf den Zustand unserer Pferde auf die Verfolgung
verzichten.
Mit dem Frieden war es von diesem Tage an in unserem Lager
vorbei. Nachts wurden Wachen aufgestellt, und die Karawanentiere
durften nicht aus den Augen gelassen werden. Wir fingen an, halb
auf Kriegsfuß zu leben, und mir stieg der Gedanke auf, daß es am
Ende gefährlich sei, die Karawane zu verlassen; sie konnte leicht
überfallen werden, da es jetzt ohne Zweifel als bekannt gelten durfte,
daß eine Karawane im Anzuge war. Deshalb beschloß ich nach
Beratung mit Schagdur zunächst, daß Tscherdon im Hauptquartier
zurückbleiben müsse, um die Zahl der Verteidiger für den Fall eines
Angriffes zu vergrößern. Später würde sich dann auch noch
Tschernoff mit der Nachhut zu ihnen gesellen.
Dagegen hielten wir es für unnötig, das Hauptquartier schon hier
anzulegen, denn es war keine Aussicht vorhanden, daß wir mit
unseren schlechten Pferden die heilige Stadt eher erreichen würden
als die vergrößerten, übertriebenen Gerüchte, die bald in Umlauf
sein würden. Von hier aus hätten wir 1100 Kilometer hin und zurück
gehabt, mehr, als unsere Tiere aushalten konnten, besonders da es
sich um einen forcierten Ritt handeln würde.
Da Turdu Bai und Hamra Kul nichts von sich hören ließen,
mußten wir noch einen Tag im Lager Nr. 38 bleiben. Während
desselben wurde unsere ganze mongolische Ausstattung in
Ordnung gebracht, so daß für den Fall einer plötzlichen Trennung
von der Karawane alles in Bereitschaft war. Auf der inneren Seite
meines einen mongolischen Stiefels wurde eine lederne Hülse für
ein Thermometer angebracht; für Uhr, Aneroid und Notizbuch
wurden Taschen in meinen Pelz genäht.
In der Dämmerung zeichneten sich die Schattenrisse unserer
beiden Kundschafter ab. Beide meldeten, daß so weit, wie sie
talaufwärts vorgedrungen seien, keine Hindernisse vorlägen. Sie
hatten an ein paar Stellen alte Feuerspuren gesehen, die zeigten,
daß die Gegend ihres Yakreichtums wegen bekannt war.
Am 18. Juli gingen wir südostwärts bis an den Punkt, wo das
letzte Gras wuchs. Dreimal mußten wir über den Fluß hinüber. Eines
der Kamele konnte kaum den Lagerplatz noch erreichen; es war
jedoch bedeutend fetter als die anderen und schien ganz gesund zu
sein. Es war entschieden nur faul; aber als es sich auch am
folgenden Morgen nicht bewegen ließ, die Wanderschaft bergauf
fortzusetzen, wurde es zurückgelassen. Die Nachhut würde auf
jeden Fall hier vorbeikommen und es mitnehmen. Langweilen würde
sich das arme Tier hier in der Einsamkeit schon, aber von Wölfen
würde es nichts zu fürchten haben; diese greifen nie ein Kamel an,
das einen Packsattel trägt, behaupten die Muselmänner.
Auf einem kleinen Hügel neben dem Lager wurde eine
Jurtenstange aufgepflanzt und an ihrer Spitze eine Konservendose
festgebunden, in der ein Zettel lag, auf den ich in türkischer Sprache
geschrieben hatte: „Wir haben hier ein Kamel zurückgelassen; wenn
es nicht hier ist, so folgt seinen Spuren, bis ihr es findet!“ Es war
möglich, daß das Tier, wenn es sich erholt hatte, auf die Idee verfiel,
seine Kameraden zu suchen.
Wir hatten also eines der achtzehn verloren. Fragend folgte es
uns mit den Blicken, als wir unbarmherzig weiterzogen. Darauf
beugte es den Hals, um zu grasen, und wir sahen es nie wieder.
Denn gerade hier machte die Nachhut, die nicht immer an derselben
Stelle lagerte wie wir, einen Umweg. Sie sahen das verlassene
Kamel nicht mehr; es war das einzige Tier, das ohne Hoffnung auf
Rettung lebendig zurückblieb und von dessen weiteren Schicksalen
wir nie etwas erfahren sollten.
Unser Zug geht auf unfruchtbarem Boden nach Südosten weiter;
Schnee und Hagel lassen uns wenig von den Umgebungen sehen
— heute haben wir vollständigen Winter nach der gestrigen
Sommerwärme. Auf dem linken Ufer des Flusses geht es immer
höher hinauf. Yakdung lag überall, aber Herden sahen wir
merkwürdigerweise nicht; wir hatten den Eindruck, daß sie kürzlich
verscheucht sein müßten. Als Zeichen von Jägerbesuchen fanden
wir an drei Stellen Feuerherde, von denen einer zehn Tage alt sein
konnte und aus einigen kreisförmig aufgestellten Steinen bestand, in
deren Mitte Asche lag. Ein schlanker Tonkrug war hier in Scherben
gegangen; der Hals lag noch da.
Dreizehntes Kapitel.
Das Hauptquartier.
N och einen Tag sollten wir uns nach immer höheren Regionen
hinaufarbeiten, und es galt jetzt, die gewaltige Schneekette, die
wir solange zur Rechten gehabt hatten, zu übersteigen.
Die Kamele halten sich tapfer, aber ihre Kräfte sind im
Schwinden. Das Dromedar scheint der nächste Todeskandidat zu
sein; es ist nur noch Haut und Knochen und weint abends
schmerzlich. Trotzdem spannte es seine Kräfte aufs äußerste an und
legte ehrenvoll die 19,1 Kilometer zurück. Als Abendmahlzeit hatte
es ein paar gewaltige Weizenbrote, Heu aus einem Packsattel und
ein paar Klumpen rohes Schaffett bekommen, das an stärkenden
Eigenschaften alles übertreffen solle.
Die Sonne und die Hochalpenlandschaft wurden bald von
undurchdringlichen Wolken verdeckt. Unsere Straße ging nach
Südsüdwest, und das Unwetter kam uns gerade entgegen. Was
nützt einem bei solchem Wetter ein Pelzbaschlik? Hagel und Schnee
schlagen mir wagerecht ins Gesicht, bleiben im Pelz sitzen,
schmelzen und rinnen mir am Halse hinunter. Manchmal muß man
stehenbleiben und dem Unwetter den Rücken kehren, um Atem zu
schöpfen. Die Gegend ist verborgen unter diesen scheußlichen
Wolkenvorhängen, durch deren Hagelschauer wir reiten müssen. Es
ist nicht leicht, unter solchen Umständen zu zeichnen und zu
schreiben! Wenn es sich für eine Weile aufklärt, wundern wir uns,
daß wir dem gewaltigen Gletschermassiv zur Rechten nicht sichtlich