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Full Download Contemporaneidades Temas Transversais Anderson Wagner Araujo E Deise Nascimento Org Online Full Chapter PDF
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CONSELHO EDITORIAL
Anderson Wagner Santos de Araújo
Bárbara Alves de Amorim
Cicero Rozemberg de Siqueira Alencar
Deise Cristiane do Nascimento
José Claudemiro Vilaça
ISBN 978-65-86566-68-0
CDD - 370
_______________________________________________________________________________
Apresentação.........................................................................7
7
possibilidade de lutar ao lado dos Aliados contra o Eieo. É possível
acompanhar Hannah Arendt no julgamento de Adolf Eichmann em
Jerusalém, discutir o autoconhecimento com William Shakespeare em
“Hamlet”, ouvir a própria Gertrudes descrever a morte (suicídio) de Ofélia,
e questionar o compleeo que leva o seu nome, com Lacan, sendo o
Compleeo de Ofélia a prisão no desejo de um homem.
Nos dias contemporâneos, eeiste a possibilidade de acompanhar
grandes viagens fctícias: a de Rafael Hitlodeu, personagem de Thomas
More, a ilha de Utopia, na qual ele compara o ipuã a sociedade inglesa da
época e eepressa: “... é fácil confessar que muitíssimas coisas há na terra da
Utopia que gostaria de ver implantadas nas nossas cidades, em toda a
verdade e não apenas em eepectativa”; e a do historiador Antoine
Roquentin, personagem sartreano, que assumiu como destino a cidade de
Bouville, para a qual se mudou a fm de estudar a vida do marquês de
Rollebon, pitoresco falecido francês que vivera no século XVIII e então se
depara com os maiores dilemas eeistenciais. Há também a possibilidade de
acompanhar as duas viagens reais ao Brasil, entre 1548 e 1549, do
mercenário alemão, Hans Staden, sendo que na última delas foi feito
prisioneiro dos indígenas Tupinambás durante nove meses, o que lhe
permitiu conhecer bastante essa cultura, costumes e até rituais
antropofágicos.
Inúmeras possibilidades são possíveis na nossa contemporaneidade!
Ao fazer uma leitura de Crime e Castigo de Dostoievski, A Divina Comédia
de Dante Alighieri ou Ecce homo de Nietzsche, podemos,
concomitantemente, ser tocados pela transcendência da nona sinfonia de
Beethoven ou por um concerto de Chopin, em especial, o primeiro,
composto em 1830, que marca a despedida do compositor da sua amada
pátria. É facultada ainda pela web, a possibilidade de assistir a
Inconfdência mineira, batalhar na Revolução Pernambucana, na Guerra
Farroupilha, na Conjuração baiana ou acompanhar as desavenças entre
Maria Bonita e Dadá, as aventuras do Capitão Virgulino com o Diabo Loiro
(Corisco) ou, ainda, fazer companhia a Antônio Conselheiro pelas
aventuras de Canudos...
É adventício, que desperta perpleeidade perceber que em nossa época,
como em nenhuma outra, é mais fácil obter informações sobre os mais
8
diversos temas, bastando apenas pesquisar em um buscador virtual, mas
ao mesmo passo que os dados são palpáveis instantaneamente, surge a
problemática da falta de profundidade e de fltro das informações, estas
que muitas vezes são tomadas por verdade e sem respaldo intelectual são
defendidas.
A disseminação de fake news, a manipulação dos comportamentos de
consumo pelos algoritmos (que torna o usuário na internet um produto,
constante bombardeado por marketing e estratégias digitais) e a
substituição de profssionais, competentemente formados, de todas as
áreas, pelos tutoriais e sites informativos, são eeemplos da vivência atual
acerca da forma de obtenção de dados, alguns que podem trazer danos
irreparáveis para o indivíduo ou a coletividade.
Fora do padrão comportamental hodierno, a concepção da capa deste
livro parte da ilustração de Ilyam Milstein, com adaptações, na qual
percebemos um homem em um espaço de estudo, que poderia não ser
considerado “contemporâneo”, pois não eeistem aparelhos eletrônicos e
nem livros digitais, mas uma grande quantidade de livros e publicações de
forma física, o que por muitos é considerado ilógico e ultrapassado. Os
livros impressos, sobretudo, para a Geração Z, de nativos digitais, são itens
em desuso e retrógrados. Convém apresentar em sentido oposto que tocar
as páginas de um livro é sentir a sua história e tornar tangível a sua beleza.
Em cada livro pode-se encontrar a sua própria contemporaneidade, pois
eeiste materialidade e presença.
Um dia, G. K. Chesterton afrmou que “Cada época é salva por um
pequeno punhado de homens que têm a coragem de não serem atuais".
Mas em que consiste essa salvação? Onde ela se encontra? É possível
encontrá-la? Alguns flósofos e autores contemporâneos nos fazem refetir
que a salvação está na beleza de permanecer, de fncar raízes e decidir
lutar pelo que é eterno ainda nas adversidades. Para C.S. Lewis “o que não
é eterno, é eternamente inútil”.
Baumam percebe os comportamentos atuais, em todas as dimensões
do ser antropologicamente formado, sob a ótica da liquidez e a mudança
de paradigmas sociogeográfcos pelo prisma da velocidade e globalização
das informações: “as distâncias já não importam, ao passo que uma ideia
de uma fronteira geográfca é cada vez mais difícil de sustentar no mundo
9
real” (1999, p.19). E observou, ainda, que a distância não é um dado
objetivo, impessoal ou físico, mas produto social; “sua eetensão varia,
dependendo da velocidade com a qual pode ser vencida (e, numa
economia monetária, do custo envolvido na produção dessa velocidade).
Outra característica percebida por Bauman (1999) ao complementar a
visão de Pelbart (2000) é que o sujeito da contemporaneidade vive uma
busca incessante por tempo livre e para isso, não para de comprar
aparelhos com a fnalidade de ser dispensado das tarefas que lhe ocupam o
tempo. Contudo, nessa busca desenfreada, ele passa a trabalhar mais para
poder adquirir os aparelhos. Assim, paradoealmente, para obter todo o
tempo o homem perde todo o tempo. O capital anteriormente “se
apresentava como um doador de trabalho, agora se apresenta como um
doador de tempo, quando na verdade ele faz apenas o contrário,
escravizando o tempo dos trabalhadores. O tempo livre virou tempo
escravizado, tempo investido em ganhar tempo” (Pelbart, 2000, p. 34).
Especialmente, “se pensamos na informática doméstica, nessa fronteira
entre trabalho, entretenimento, hipnose, fetiche, num esforço constante
para otimizar o próprio desempenho” (Pelbart, 2000, p. 34). Assim, na
contemporaneidade, tornou-se mais difícil distinguir o que é tempo e
espaço de trabalho, tempo e espaço de produção ou tempo e espaço de
lazer; e ainda, trabalho não é mais o oposto de prazer.
Byung-Chul Han ao conceber a sociedade atual como a Sociedade do
cansaço, destaca a liberdade pessoal dos indivíduos e a busca incessante
de produzir, para poder usufruir das benesses ofertadas pelo Sistema
Capitalista, o que se torna uma obsessão e, consequentemente, escravidão.
Para ele: os “adoecimentos psíquicos da sociedade de desempenho são
precisamente as manifestações patológicas dessa liberdade paradoeal”.
(2015, p. 29), o que signifca que o depressivo crê que nada é possível,
justamente porque a sociedade com eecesso de positividade em que vive
lhe acena o tempo inteiro com a promessa de que tudo é possível. A
impossibilidade de fazer frente a essa avalanche de positividade “leva a
uma autoacusação destrutiva e a uma autoagressão”. (HAN, 2015, p. 29),
Neste livro, organizado por mim e pela Professora Deise
Cristiane compilamos artigos de nossos discentes, que de forma
espontânea se desafaram a refetir sobre temas transversais, tais como:
10
trabalho, educação, desigualdade de gênero, política, direitos humanos,
fetiche do Capital, o ser social, direito e mídia, cenário político, sistema
representativo, democracia, entre outros desta compleea
contemporaneidade, marcada por grandes avanços e concomitantemente
por retrocessos.
Como marca de contemporaneidade, cumpre destacar o momento
histórico em que esse livro é publicado, a pandemia do covid-19, que tem
vitimado milhares de pessoas por todo o mundo, estas que não devem ser
reduzidas a mera estatística, mas a serem percebidas como seres
compleeos, partícipes da odisseica aventura de eeistir e que deiearam seus
legados para a humanidade, a estes dedicamos esta obra.
REFERÊNCIAS
11
1
TRABALHO E EDUCAÇÃO: BREVE ANÁLISE DA
SOCIABILIDADE CONTEMPORÂNEA
RESUMO
O objetivo desse artigo é trazer uma análise que irá abordar os aspectos
relacionados ao trabalho, educação e o capitalismo, como se relacionam e
quais as consequências trazidas no decorrer do tempo. Fazendo com que vol-
tássemos ao século onde começa a surgir as primeiras formas de trabalho,
onde o homem é submisso ao capital e não tinha noção de sua realidade, soci-
oeconômica em meio aquele devastador processo. Processo esse de divisão do
trabalho que traz disparidades imensuráveis ao indivíduo, eeemplo disso,
uma desigualdade sem precedentes, com desemprego generalizado e com
consequências que parecem não terem solução, diante desse sistema capita-
lista. Essa relação social é acompanhada da crescente insegurança e precarie-
dade das novas formas de ocupação. A feeibilização da força de trabalho
(contratos de temporários, subcontratação, terceirização, etc.), torna ainda
mais crescente o número de pessoas descobertas de direitos trabalhistas, con-
quistados arduamente. Dito isso, vale salientar que a contemporaneidade traz
consigo inovações e mudanças, como por eeemplo as alterações feitas a Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, onde coloca a matriz curricular do ensino
1 Doutora em Educação
2 Graduanda do Curso de Serviço social pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de
Petrolina (FACAPE).
3 Graduanda do Curso de Serviço social pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de
Petrolina (FACAPE).
4 Graduanda do Curso de Serviço social pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de
Petrolina (FACAPE).
12
médio uma formação técnica e profssional. Portanto, é consenso que o indi-
víduo está claramente sendo formado para ser inserido o quanto antes no
mercado de trabalho, fcando nítido que a Educação, que deveria formar um
cidadão crítico, agora, torna-se mais uma ferramenta de preparo e especiali-
zação da força de trabalho para o sistema capitalista.
1 INTRODUÇÃO
13
2 OS SENTIDOS DO TRABALHO
14
“O apregoado desenvolvimento dos processos de ‘qualidade to-
tal’ converte-se na eepressão fenomênica, involucral, aparente
e supérfua de um mecanismo produtivo gerador do descartá-
vel e do supérfuo, condição para a reprodução ampliada do ca-
pital e seus imperativos eepansionistas e destrutivos” (ANTU-
NES, 2005, p. 43)
15
Antunes chama a atenção também para as novas formas de confronto
social. “São ações que articulam luta social e luta ecológica [...] são ações
que articulam lutas de classes com luta de gênero, ação social com luta éti-
ca” (ANTUNES, 2005, p.37)
“A Dialética do Trabalho” defende a teoria que se operou uma meta-
morfose básica no universo do trabalho humano sob as relações de produ-
ção capitalista, pois em vez de um trabalho como atividade vital, há uma
forma de objetivação do trabalho. No capítulo posterior ele destaca o cará-
ter multifacetado e polissêmico do mundo do trabalho analisando as prin-
cipais consequências dessas mutações no interior da classe trabalhadora.
Ao fnalizar Antunes (2005) argumenta que o processo de emancipa-
ção da classe trabalhadora não pode fcar restrito aos âmbitos público e
institucional. Mas que possa haver um movimento de massas radical e ee-
traparlamentar, que possa criar e inventar novas formas de atuação autô-
noma, capazes de articular lutas sociais, que possibilitem o resgate em ba-
ses totalmente novas da inseparável unidade entre o ‘trabalhador e seus
meios de produção’.
Em síntese, o autor traz os elementos que discutem a centralidade do
trabalho na sociedade contemporânea. O trabalho é o elemento ontologi-
camente essencial e fundante, como condição para a eeistência do homem
diferentemente das teorias que tentam desconstruir a importância dessa
categoria de análise. Mas alerta sobre a necessidade de recusa de um tra-
balho alienado, que “eeplora e infelicita o ser social”.
Nessa direção argumenta que “Uma vida cheia de sentido fora do trabalho
supõe uma vida dotada de sentido dentro do trabalho”. (ANTUNES, 2005, P. 91)
Por tanto a obra em questão se torna referência pela riqueza das
análises abordadas, podendo ser de interesse de todos que conduzam estu-
dos sobre as transformações no mundo trabalho e seus desdobramentos.
16
da crescente insegurança e precariedade das novas formas de ocupação. A
feeibilização da força de trabalho (contratos de temporários, subcontrata-
ção, terceirização, etc.) inscreve-se no mesmo processo que articula o dis-
curso por maiores níveis de escolaridade para os trabalhadores que perma-
necem empregados e ocupam postos de trabalho considerados essenciais
para os processos produtivos donde estão inseridos.
Educar para o trabalho é uma situação de instrumentalização da edu-
cação para um fm específco, a solução de problemas da produção. A edu-
cação ofcial, atualmente proposta e ofertada pelo Estado, embora seja
considerada por muitos como uma educação voltada para o mercado, não
cumpre seu papel, ou então, o propósito de tal modelo de educação não
seja necessariamente esse. Ficando uma impressão que a preparação para
o mercado, como trabalhador, não é a intenção desta educação.
Entendemos ainda que a regulação do valor pago a mão de obra do
trabalhador também é feita pelo índice de desemprego, uma intencionali-
dade começa a aparecer, uma educação ambígua e de má qualidade tem
suas razões, permite ao sistema econômico, de certa forma, controlar a
força contida na única porção que o trabalhador tem a seu favor, seu pró-
prio trabalho. É necessário que refaçamos o trajeto histórico da educação
para o trabalho no Brasil, tendo em vista o caráter dual da educação, bus-
cando o objetivo de compreender como a fnalidade da educação se apre-
sentou em cada marco da educação para o trabalho.
Nesse sentido, a educação e a formação profssional aparecem hoje
como questões centrais, pois a elas são conferidas funções essencialmente
instrumentais, ou seja, capazes de possibilitar a competitividade e intensifcar
a concorrência do eeército de reserva, adaptando os trabalhadores às mudan-
ças técnicas e mitigando os efeitos do desemprego. Voltada a isso que houve
uma mudança nacional na Lei.n°9.394/96 onde estabelece as diretrizes e ba-
ses da Educação Nacional que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desen-
volvimento da Educação Básica e de valorização dos Profssionais da Educa-
ção, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Onde, também, revoga algu-
mas outras leis para reestruturação de políticas e implementações no ensino
médio principalmente em tempo integral, essas mudanças têm sido funda-
mental. Para tanto, como é possível apreender a partir de prescrições, quanto
mais instruídos forem os trabalhadores de um país, maiores serão suas possi-
17
bilidades de absorver as técnicas e de ampliar a produtividade média.
O presidente da república nacional da época Michel Temer junta-
mente com o Congresso Nacional decreta no dia 16, de fevereiro de 2017 e
sanciona as seguintes leis:
18
ção com ênfase técnica e profssional considerará:
19
lares do ensino médio, os sistemas de ensino poderão re-
conhecer competências e frmar convênios com institui-
ções de educação a distância com notório reconhecimen-
to, mediante as seguintes formas de comprovação:
I - demonstração prática;
II - eeperiência de trabalho supervisionado ou outra ee-
periência adquirida fora do ambiente escolar;
III - atividades de educação técnica oferecidas em outras
instituições de ensino credenciadas;
IV - cursos oferecidos por centros ou programas ocupaci-
onais;
V - estudos realizados em instituições de ensino nacio-
nais ou estrangeiras;
VI - cursos realizados por meio de educação a distância
ou educação presencial mediada por tecnologias.
20
vações tecnológicas. Também sob este aspecto há uma produção crescente
de pesquisas e análises.
A razão principal para essa profusão é o papel central atribuído aos
recursos humanos no processo de adoção e implantação dos paradigmas
que se assentam sobre o binômio feeibilidade e integração, seja no setor
produtivo, seja no setor de serviços. Paradoealmente, este elemento que é
erigido à condição de uma das peças fundamentais para que seja obtida
maior produtividade, sob os novos paradigmas, é também seu lado mais
vulnerável e, por isso, o mais fragilizado.
Defrontamo-nos, portanto, com uma contradição inerente aos novos
paradigmas: são, ao mesmo tempo, promotores do trabalho humano em
nível mais desenvolvido e fragilizados deste sob dois aspectos distintos: o
controle sutil e a ameaça constante da eeclusão. Esta não é, todavia, uma
situação inteiramente nova no que diz respeito à valorização do capital.
Guardadas as devidas proporções e especifcidades, Mare já nos havia aler-
tado para a questão ao eeaminar o desenvolvimento da grande indústria
sob o capitalismo.
Todavia, há que se eeaminar a questão do trabalho humano com as
particularidades de que se reveste hoje nas empresas, porque são essas par-
ticularidades que remetem à discussão dos problemas que se colocam atual-
mente à educação de forma geral e à educação profssional, de forma espe-
cífca. Nesse sentido, devem ser destacadas as mudanças que a feeibilização
e a integração promovem no processo. Deieando claro o grande interessa da
sociedade capitalista que cada vez mais “engoli”, sem piedade a força e o fo-
lego dos trabalhadores, agora, já trazendo esse interesse na produção técni-
ca da força do trabalho dentro do ensino médio, cada vez mais mecanizando
e tecnifcando a mão de obra para inserir dentro do capitalismo.
No Art. 36°da Lei.n°9.394 de 20 de dezembro de 1996, nos seus inci-
sos aborda os aspectos mais relevantes nessa mudança que a educação e os
sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede, possibilita-
rão ao aluno concluinte do ensino médio cursar mais um itinerário e que
sistemas de ensino. A oferta de formação com ênfase técnica e profssional,
que a inclusão de vivências práticas de trabalho no setor produtivo ou em
ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando
aplicável, de instrumentos estabelecidos pela legislação sobre aprendiza-
21
gem profssional, que a possibilidade de concessão de certifcados interme-
diários de qualifcação para o trabalho, quando a formação for estruturada
e organizada em etapas com terminalidade.
E que a oferta de formações eeperimentais relacionadas em áreas que
não constem do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, dependerá, para
sua continuidade, do reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual
de Educação, no prazo de três anos, e da inserção no Catálogo Nacional
dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da data de oferta
inicial da formação.
22
qual a individualidade representa o singular; o ser genérico é o universal,
isto é, aquilo que torna humano o ser humano, a partir da sua atividade pro-
dutiva da eeistência (o trabalho); e o particular como neeo entre a individu-
alidade e o universal do ser genérico, na atual forma de organizar a vida, é a
sua condição de classe social. Esta unidade dialética entre trabalho e educa-
ção pode ser caracterizada como o trabalho educativo que é o ato de produ-
zir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade
que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.
23
visão mareista ele realiza trabalho alienado: o trabalhador não é dono do
seu tempo e muito menos do produto que a ação de sua força de trabalho;
além disso, o próprio processo na produção lhe é vazio de sentido, porque
eeterno às suas necessidades e abusivo nas eeigências vitais eeigidas deste
para que ocorra a eetração de mais-valia. Segundo a eeplicação mareiana
sobre o trabalho alienado, ou seja, se produz mais do que se consome, e o
seu próprio produto não se é dono, o homem se torna apenas produtor e
produto do ciclo capitalista.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
24
vivem do trabalho nesta sociedade. Há de se considerar que este sistema
de produção capitalista eeerce severas infuências nas políticas públicas de
educação e na dinamização das instituições de educação e no trabalho de
seus trabalhadores. Ter uma análise crítica sobre tal relação e objetivos
lançados pela sociedade capitalista dentro da educação brasileira, para que
possam tomar consciência desta realidade e vislumbrar novas formas de
ser, e de se colocar num mundo desigual com produção e divisão de rique-
zas totalmente injustas.
REFERÊNCIAS
25
2
DESIGUALDADE DE GÊNERO: UM OLHAR DA
LUTA FEMININA NO ESPAÇO SOCIAL
RESUMO
1 Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Maria (2001). Especialista em
Gestão em Administração Pública e Mestre em Educação, professora assistente da Faculdade de
Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina. – e-mail: deisecn@hotmail.com
2 Graduanda de Serviço Social da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina –
FACAPE – e-mail: dilzamiranda30@gmail.com.
3 Graduanda de Serviço Social da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina –
FACAPE – e-mail: hfsilva.mk@gmail.com.
4 Graduanda de Serviço Social da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina –
FACAPE – e-mail: manuu_2006@hotmail.com.
26
1 INTRODUÇÃO
27
2 UM OLHAR SOBRE A DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO
28
de trabalho de forma dupla, ou seja, a mulher além de eeercer o trabalho
fora, ela eeerce dentro de casa também de diversas formas, como dona de
casa, esposa, mãe, entre outras. Isso gera uma sobre carga de trabalho e
responsabilidade atribuída ao gênero feminino, mais uma vez diferenciada
da masculina, e sem retorno fnanceiro algum. Uma analise do conteeto e
a luta das mulheres por sua emancipação – uma ação contra as formas his-
tórico-sócias da opressão masculina. (ANTUNES, 2009, p. 110).
29
trabalho. Somente as ideias ingênuas do paraíso e do conto do país das
maravilhas fantasiavam uma sociedade sem trabalho. (KURZ, 1992, p. 26)
(ANTUNES, 2009, p. 98).
Hoje em tempos atuais vivemos uma nova morfologia em sentindo do
trabalho que repõe seus signifcados e sentidos mais essenciais. Dessa forma
é possível observar que bilhões de homens e mulheres dependem incondici-
onalmente de sua força de trabalho para sobreviver e cada vez mais se depa-
ram com situações precárias, miseráveis; ou seja; esses trabalhadores são
obrigados a entrar no mercado de trabalho com situações instáveis simples-
mente porque aquele trabalhador muitas vezes está esgotado, cansado, mas-
sacrado de tanto procurar um trabalho e se submete a tal situação.
Assim como, essa questão se arrasta bem antes do século XXI que
ainda em pleno século XX é totalmente vital. Diante desse eeposto per-
cebe-se que, assim como o mínimo de trabalhadores e trabalhadoras só
aumenta, o que o capital faz? Aumenta seu número de maquinário e tec-
nologia de ponta gerando com isso centenas de milhões de mulheres e ho-
mens em todo o mundo desempregado, ou seja, isso gera um contingente
gigante de pessoas desesperadas.
Isso faz com que aceitem as condições não formalizadas deieando de
lado seus direitos e conquistas após séculos de luta; um espaço marcado
pela classe dominante que é constatado pelo estranhamento e alienação
para com a classe trabalhadora, ou melhor, ainda; fca bem essa eepressão
na face do eeército industrial de reserva a desumanização presente no con-
tingente de desempregados.
Diante disso a estruturação do capital e desestruturante para a huma-
nidade em vários aspectos veja a seguir.
30
tanto na maternidade como na subjetividade. O capital afnal com toda a
sua dinâmica histórica faz com que a sociedade não consiga sair de uma
conjuntura de desemprego estrutural gigantesca e aumento monumental do
eeército industrial de reserva o número de desempregados é muito grande.
31
teriormente, o Pará teve em 2017, um ano turbulento, com alta no número
de homicídios com a marca de 5 mil.
Ainda, de acordo com o Atlas da Violência 2018, em 10 anos, a taea de
homicídios de mulheres negras aumentou 15,4%. Entre mulheres não negras
houve queda de 8%. Taeas de homicídios para cada grupo de 100 mil mulhe-
res de cada seguimento. Seguindo na vertente da violência contra a mulher
nos deparamos com o dos grandes vilões da violência, o machismo.
Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão, 2015, 41%
das entrevistadas, disseram que já sofreram algum tipo de violência, sendo
eles cometidos por algum tipo de familiar, amigo e parceiro, as agressões
foram da violência física, até mesmo a verbalmente, e um dado que nos
chama atenção é o contato físico feito por pessoas desconhecidas: tapa na
bunda por estar trajando roupas curta, no transporte público, tentativas de
beijos nas baladas. E por causa dessas agressões algumas das mulheres en-
trevistadas deiearam de fazer algo ou alguma coisa. E contam que o ma-
chismo as afetou em seu desenvolvimento.
Sobre as pesquisas destacamos alguns pontos importantes, tais como
agressão física assedia seeual, medo da violência, como o machismo. A
maioria das pesquisas encontradas mostram que mais de 40% das mulhe-
res já sofreram algum tipo de agressão física por homem, e os mais citados
estão dispostos na tabela abaieo.
32
to Patrícia Galvão (2015). Ainda, somos uma sociedade em que a violência
muitas vezes regula as relações íntimas que aposta na violência como um
mecanismo de resolução de confitos. Por isso números tão altos de mu-
lheres que sofrem violência física, porque isso faz parte do cotidiano e des-
de muito cedo.
33
evitar tais agressões e o medo é algo constante e algumas incontrolável.
Por medo algumas já deiearam de fazer algo como sair à noite, usar
determinada roupa, responder a uma cantada, se candidatara a uma vaga
de emprego. Alguns relatos de pessoas que já passaram por isso.
De acordo com entrevistas realizadas pelo Instituto Patrícia Galvão (2015)
algumas mulheres têm receio de sair de casa a noite, até mesmo de fcarem em
locais fechados com homens desconhecidos e de se aproeimarem deles.
34
Sendo que nem todos os depoimentos foram transcritos literalmente, mas
compilados, pois, mantinham uma certa similaridade.
Conforme relatado a maioria das entrevistadas sofreram violência psi-
cológica.
35
sora cobra o tempo inteiro, joga na minha cara que se eu
não quiser, tem várias na espera”. (Entrevistada 7)
36
“Eu vivi com o meu companheiro durante 10 (dez) anos,
foi um relacionamento que aconteceu no inesperado, mas
no passar do tempo fquei grávida e quando vi já estáva-
mos morando junto. Ele é uma pessoa muito maquiavéli-
ca que só fui percebendo ao passar do tempo, uma hora a
melhor pessoa outra já se transformava em um homem
que gostava de manipular as situações, ele era muito vin-
gativo e frio, sempre gostava de ditar tudo que eu tinha
que fazer e eu me permiti ao longo dos anos muitas vezes
de deixar de ser o que eu era pra ser o que ele desejava e
assim ele sempre fazia chantagem e pressão psicológica
comigo e eu entrava na dele, tínhamos uma diferença de
idade de 10 anos e ele usava isso muitas vezes para tentar
baixar minha autoestima, verbalizando que se eu o dei-
xasse quem ia me querer? Velha com três flhos, apesar de
que no momento não deixa ele perceber que isso me ma-
chucava, eu sou uma pessoa muito alto-astral quem me
conhece sabe disso, mas as vezes me sentia impotente
quando ele tentava me colocar pra baixo eu fcava mal, e
com tudo isso, a situação só piorava, teve momento que
até chegou a violência física. Hoje depois da separação eu
respiro o oxigênio da liberdade, hoje me sinto EU sou uma
mulher livre, mas para que isso acontecesse tive que lutar
muito para me livrar de uma vez por toda dele, mas eu
consegui, tem que ter coragem, determinação, não fra-
quejar e nunca voltar atrás da decisão tomada”. (Entre-
vistada 10 )
37
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
38
12/violencia-contra-mulher-nao-e-so-fsica-conheca-10-outros-tipos-
de-abuso>. Acesso em: 10 de abril de 2019.
FÓRUM BRASILERO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Se-
gurança Pública. Disponível em: < http://www.forumseguranca.org.br>.
Acesso em: 02 de maio de 2019.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Atlas da Violência 2018.
Disponível em: <http://www.ipea.gov.br>. Acesso em: 25 de marco de 2019.
INSTITUTO PATRÍCIA GALVÃO. Violência contra as Mulheres em Dados:
plataforma reúne pesquisas, fontes e sínteses sobre o problema no Brasil.
Disponível em: <https://agenciapatriciagalvao.org.br/>. Acesso em: 12
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KUBIK, Maíra. Roda de conversa refete sobre violência contra a mulher
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LUXEMBURG, Rosa. Women’s Sufrage and Class Struggle. Disponível em:
<https://www.marxists.org/archive/luxemburg/1912/05/12.htm>.
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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Objetivo 5: Alcançar a igualdade
de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Disponível em:
https://nacoesunidas.org. Acesso em: 20 de março de 2019.
39
3
A POLÍTICA DE FINANCIAMENTO E A EDUCAÇÃO
SUPERIOR: UMA ANÁLISE DO PROCESSO DE
CONTRARREFORMA DO ESTADO
RESUMO
1 Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mestre em Serviço Social
pela UFPE, Graduada em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), professora adjunto
da Universidade Federal do Recôncavo Baiano.
2Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Maria (2001). Especialista em
Gestão em Administração Pública e Mestre em Educação, professora assistente da Faculdade de
Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina.
3 Graduada em Serviço Social pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina.
40
do ao processo de Contrarreforma do Estado, observando como este se
perpetua no âmbito educacional.
1 INTRODUÇÃO
41
2 O SURGIMENTO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL
42
servando suas orientações profssionais, com o intuito de formar profssio-
nais que atuassem a favor do Estado. Em 1924 surge a Associação Brasileira
de Educação (ABE) que buscava novas discussões e propostas para o meio
acadêmico, inclusive, a criação de um ministério voltado para a educação.
A década de 1930 representa grandes mudanças para o cenário brasi-
leiro, cujo campo da educação, torna-se alvo de reformas modernizadoras.
Com a criação do Ministério de Educação e Saúde, surge o Estatuto das
Universidades Brasileiras com o intuito de ofcializar as universidades e
orientar as suas aberturas. Esse estatuto eeigia a inclusão de, pelo menos,
três, dos seguintes cursos: Ciências, Direito, Educação, Engenharia, Letras
e Medicina. Defnia uma administração formada por Conselho Estudantil e
Reitoria. Era um ensino centralizado, fruto de um governo autoritário.
Em 1935 foi criada a Universidade do Distrito Federal, que tinha uma
proposta renovadora de ensino voltado para a pesquisa. Seu fundador,
Anísio Teieeira, contou com o apoio de poucos profssionais liberais, que
assim como ele, apoiavam o ensino gratuito e para todos. O projeto uni-
versitário defendido por Anísio, foi criticado pelo governo e pela igreja ca-
tólica, pois a igreja temia infuências protestantes que fossem capazes de
contrariar seus interesses, já que a mesma visava recristianizar a classe
burguesa do país. Com isso, no início de 1939 o governo decreta o fecha-
mento da Universidade do Distrito Federal.
A igreja católica sempre mostrou interesse em está à frente do ensino
brasileiro. Em 1934, através de um congresso educacional que foi realizado no
Rio de Janeiro, ela propôs a criação de uma universidade voltada ao ensino
ético-religioso, com hierarquia eclesiástica e que fosse desvinculada ao Esta-
do. Com o apoio e orientação dos jesuítas, em 1946 foi criada a Primeira Uni-
versidade Católica no Brasil, que era composta por cursos de caráter religioso
e que se tornou modelo para a criação de futuras universidades católicas. Des-
se modo, inicia-se o processo de consolidação do ensino superior no Brasil.
No próeimo tópico, eeplana-se sobre o desenvolvimento da mesma.
43
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MAY.
T° Fahrenheit.
Atmosphere.
Monthly mean 57.1
Maximum 85.0
Minimum 31.0
Mean daily range 22.5
Greatest daily range 32.0
Least daily range 8.0
Surface.
Monthly mean 56.7
Extremes.
Maximum (10th of month) 77.0
Minimum (5th) 36.0
Mean maximum 65.2
Mean minimum 49.9
Range.
Monthly 41.0
Mean daily 14.9
Greatest daily (19th) 25.0
Least daily (21st) 4.0
One Inch.
Monthly mean 56.8
Extremes.
Maximum (10th) 74.5
Minimum (5th) 36.5
Mean maximum 62.9
Mean minimum 49.5
Range.
Monthly 38.0
Mean daily 11.9
Greatest daily (10 and 19) 20.0
Least daily (23rd) 1.0
Three Inches.
Monthly mean 56.7
Extremes.
Maximum (31st) 71.0
Minimum (6th) 40.0
Mean maximum 60.9
Mean minimum 49.7
Range.
Monthly 31.0
Mean daily 9.3
Greatest daily (19th) 15.5
Least daily (23rd) 1.5
Six Inches.
Monthly mean 56.3
Extremes.
Maximum (31st) 66.0
Minimum (6th and 7th) 43.0
Mean maximum 56.7
Mean minimum 53.2
Range.
Monthly 23.0
Mean daily 4.65
Greatest daily (8 and 19) 8.5
Least Daily (5th) 1.0
Twelve Inches.
Monthly mean 55.6
Extremes.
Maximum (31st) 64.0
Minimum (6th and 7th) 46.0
Mean maximum 56.6
Mean minimum 54.4
Range.
Monthly 18.0
Mean daily 2.18
Greatest daily (8th) 4.5
Least daily (3rd and 20th) 0.0
Twenty-Four Inches.
Monthly mean 53.1
Extremes.
Maximum (31st) 58.0
Minimum (6th and 8th) 48.0
Mean maximum 53.4
Mean minimum 52.8
Range.
Monthly 10.0
Mean daily 0.48
Greatest daily (23rd) 2.0
Least daily (on 12 days) 0.0
It will be seen that there are about 24,000 square feet of surface
area in a cubic foot of the subsoil of the pine barrens, no less then
100,000 square feet or two and three-tenths acres of surface area in
a cubic foot of the subsoil of the river terrace, and 200,000 square
feet of surface area in a cubic foot of the limestone subsoil.
These figures seem vast, but they are probably below rather than
above the true values, on account of the wide range of the diameters
of the clay group. This great extent of surface and of surface
attraction, which has been described as potential, gives the soil great
power to absorb moisture from the air, and to absorb and hold back
mineral matters from solution. A smooth surface of glass will attract
and hold, by this surface attraction, an appreciable amount of
moisture from the surrounding air. A cubic foot of soil, having
100,000 square feet of surface, should be able to attract and hold a
considerably larger amount of moisture.
It might have been added that if the potential of the surface,
separating the solution from the soil, be greater than the potential in
the interior of the liquid mass, there will be a tendency to
concentrate the liquid on this surface of separation. It has been
shown that certain fluids have greater density on a surface separating
the fluid from a solid. On the other hand, if the potential were low
there might be no tendency for this concentration, and even the
reverse conditions would prevail and the soluble substance could be
readily washed out of the soil.
130. Removal of Organic Matters.—It is probably largely due
to this straining power that organic matters are removed from
solutions in percolating through the soil. Whitney[95] has observed
that the organic matter may be coagulated and precipitated from
solution by the soil constituents, and held in the soil in loose
flocculent masses, while the liquid passes through nearly free of
organic matter.
131. Importance of Soil Absorption.—The importance of the
absorptive power of the soil can hardly be overestimated. By means
of this power those mineral ingredients of plant food, of which most
soils contain but little, are held too closely to allow of rapid loss by
drainage, and still sufficiently available to answer the needs of
vegetation, provided the store is large enough. The only important
plant food liable to be deficient in the soil which does not come
under the influence of absorption is nitrogen in the form of salts of
nitric acid, and nature has made a wide provision for this element by
binding it in the form of organic bodies which nitrify but slowly, and
by supplying each year a small quantity from the atmosphere.
By means of the absorptive power of soils the farmer, if he puts on
an excess of potash or phosphoric acid as a fertilizer, does not lose it
but is able to reap some benefits from it in the next and even in
succeeding crops. If it were not for this power the best method for
applying fertilizers would be a much more complicated problem than
it is at present; and it would be necessary to apply them at just the
proper season and in nicely regulated amounts to insure against loss.
132. Method of Determining Absorption of Chemical
Salts.—The soil which is to be used for this experiment should be
treated as has been indicated and passed through a sieve the meshes
of which do not exceed half a millimeter in size. From twenty-five to
fifty grams of the fine earth may be used for each experiment.
The fine earth should be placed in a flask with 100 to 200 cubic
centimeters of the one-tenth to one-hundredth normal solution of
the substance to be absorbed. The flask should be well shaken and
allowed to stand with frequent shaking twenty-four to forty-eight
hours at ordinary temperatures. The whole is then to be thrown upon
a folded filter and an aliquot part of the filtrate taken for the
estimation. The methods of determining the quantities of the
substances used will be found in other parts of this manual. It is
recommended to conduct a blank experiment with water under the
same conditions in order to determine the amount of the material
under consideration abstracted from the soil by the water alone. The
difference in the strength of the solution as filtered from the soil,
corrected by the amount indicated by the blank experiment, and the
original solution will give the absorptive power of the soil for the
particular substance under consideration.
If it should be desired to determine the absorptive power of the
soil for all the ordinary chemical fertilizing materials at the same
time, a larger quantity of the sample should be taken corresponding
to the increased amount of the standard solutions used. About 500
cubic centimeters of the mixed salt solution should be shaken with
125 grams of the earth and the process carried on in general as
indicated above. The absorption coefficient of an earth for any given
salt according to Fesca,[96] is the quantity of the absorbed material
expressed in milligrams calculated to a unit of 100 grams of the soil.
133. Method of Pillitz and Zalomanoff.—It is recommended
by Pillitz and Zalomanoff[25] to reject the old method, viz., shaking
the soil with the solution in a flask, and substitute the filtration
method both because it gives a more natural process and because the
results are more constant. The apparatus is shown in Fig. 15.
Two cylinders are placed vertically, one over the
other. The lower cylinder is graduated in cubic
centimeters, the upper cylinder is closed at each end
by perforated rubber stoppers A and B through the
openings of which the glass tubes c and d pass. Within
the cylinder A the opening of the small tube d is closed
with a disk of Swedish filter paper. The lower part of
the small tube is d connected by means of a rubber
tube carrying a pinch-cock C, with another small tube
e which passes through the stopper f. In carrying out
the process the weighed quantity of soil is placed in
the upper cylinder and afterwards the measured
quantity of the solution, the whole thoroughly mixed
and the cylinder closed. The valve C is then opened, a
given quantity of the solution, but not all, is made to
drop into the lower cylinder and the valve C is then
closed. The liquid which has passed into the lower
cylinder as well as that which remains in the upper
cylinder, is thoroughly stirred and the quantity of the
Figure 15. material remaining in both liquids determined and the
absorbing power of the soil estimated from their
Zalomanoff’s difference. It does not appear that this method of
Apparatus estimation of the absorption power possesses any
for special advantages over the old and far simpler
Determining
Absorption method of shaking in a flask.
of Salts by 134. Method of Müller.—The method of
Soils. Müller[97] for illustrating absorption is carried out by
means of the apparatus shown in Fig. 16. A glass
cylinder A about 750 centimeters long and four to five centimeters
wide is closed at each end with rubber stoppers with a single
perforation. The cylinder A is for the reception of the soil with which
the experiment is to be made. Before using, the lower part of it is
filled with glass pearls or broken glass and above this a layer of glass
wool is placed about one centimeter thick. The object of this is to
prevent the soil from passing into the small tube below. As soon as
the soil has all been placed in the cylinder A the upper part of the
tube is also filled with glass wool. The cylinder A is connected with
the pressure bottle B by means of a rubber tube and the small glass
bulb tube shown in the figure. The bottle B should have a content of
about two liters. It is filled with the standard
solution of the material of which the
absorption coefficient is to be determined.
At c the rubber tube is connected with a
glass T one arm of which is provided with a
piece of rubber tubing which can be closed
by means of a pinch-cock. At c a screw
pinch-cock is placed which can be used to
regulate the flow of the solution from B to A.
By opening the pinch-cock at e on the short
arm of the T piece, a sample of the original
liquid can be taken and this can be
compared with the part which runs to b. If it
is desired for instance, to show that
potassium carbonate has been absorbed by
the soil the two bulbs shown on the small
glass tubes connecting with A can be filled
with red litmus paper. This paper will at
once be turned blue in the lower bulb while
in the upper one it will retain its original
color because the liquid in passing through
the soil will have lost its alkaline reaction.
The solutions used should be very dilute.
The apparatus is designed for lecture Figure 16.
experiments and not for quantitative Müller’s Apparatus to
determinations. Show Absorption of
135. Method of Knop.—For rapid Salts by Soils.
determination of the absorption coefficient
of the soil Knop’s method may be used.[98]
The fine earth which is employed is that which passes a sieve with
meshes of half a millimeter. From 50 to 100 grams of this soil are
mixed with from five to ten grams of powdered chalk and with about
twice the weight of ammonium chlorid solution of known strength,
viz., from 100 to 200 cubic centimeters. The ammonia solution
should be of such a concentration that the ammonia by its
decomposition for each cubic centimeter of the liquid evolves exactly
one cubic centimeter of nitrogen. This solution is prepared by
dissolving in 208 cubic centimeters of water one gram of ammonium
chlorid. With frequent shaking the solution is allowed to stand in
contact with the soil for forty-eight hours. The whole is now allowed
to settle and the supernatant clear liquid is poured through a dry
filter. From the filtrate twenty to forty cubic centimeters are removed
by a pipette, and evaporated to dryness in a small porcelain dish,
with the addition of a drop of pure hydrochloric acid. The
ammonium chlorid remaining in the porcelain dish is washed with
ten cubic centimeters of water into one of the compartments of the
evolution flask of the Knop-Wagner azotometer. It is decomposed
with fifty cubic centimeters of bromin lye and the nitrogen estimated
volumetrically. The difference between the amount of nitrogen in
this material and that of the original material will give the amount of
absorption exercised by the fine earth. This number, without any
further calculation, can be taken as the coefficient of absorption.
136. Method of Huston.—The salt solutions recommended by
Huston[99] are sodium phosphate (Na₂HPO₄), potassium chlorid,
potassium sulfate, ammonium sulfate and sodium nitrate.
The solutions should be approximately tenth normal, the actual
strength in each case being determined by analysis. The phosphorus
is determined as magnesium pyrophosphate in the usual way, the
potash as potassium platinochlorid, the ammonia by collecting the
distillate from soda in half normal hydrochloric acid and titrating
with standard alkali, and the nitrate by Warington’s modification of
Schlösing’s method for gas analysis. The details of these methods of
determination will be given later. One hundred grams of the sifted,
air-dried soil are placed in a rubber stopped bottle and treated with
250 cubic centimeters of the solution to be tested. The digestion is
continued for forty-eight hours in each case, the bottles being
thoroughly shaken at the end of twenty-four hours. At the end of the
treatment the solutions are filtered and the salts determined in
aliquot portions. The details of this method are essentially those
already described.
137. Statement of Results.—Duplicate analyses should be made
and the tabulation of the data is illustrated in the following analyses
by Huston: