Você está na página 1de 69

Química geral Práticas fundamentais

Caderno Didático Portuguese Edition


Efraim Lázaro Reis
Visit to download the full and correct content document:
https://ebookstep.com/product/quimica-geral-praticas-fundamentais-caderno-didatico-
portuguese-edition-efraim-lazaro-reis/
More products digital (pdf, epub, mobi) instant
download maybe you interests ...

A Eficácia dos Direitos Fundamentais uma teoria geral


dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional
Ingo Wolfgang Sarlet

https://ebookstep.com/product/a-eficacia-dos-direitos-
fundamentais-uma-teoria-geral-dos-direitos-fundamentais-na-
perspectiva-constitucional-ingo-wolfgang-sarlet/

Ganhadores A greve negra de 1857 na Bahia Portuguese


Edition João José Reis

https://ebookstep.com/product/ganhadores-a-greve-negra-
de-1857-na-bahia-portuguese-edition-joao-jose-reis/

Direito Civil Parte Geral Luciano L Figueiredo Roberto


L Figueiredo

https://ebookstep.com/product/direito-civil-parte-geral-luciano-
l-figueiredo-roberto-l-figueiredo/

Qu est ce que la féodalité 1st Edition François L


Ganshof

https://ebookstep.com/product/qu-est-ce-que-la-feodalite-1st-
edition-francois-l-ganshof/
Sport PR 2 0 Fabian Kautz

https://ebookstep.com/product/sport-pr-2-0-fabian-kautz/

Qu est ce qu une vie accomplie French Edition Galichet

https://ebookstep.com/product/qu-est-ce-qu-une-vie-accomplie-
french-edition-galichet/

Qu est ce qu un homme sans moustache 1st Edition Ante


Tomi■

https://ebookstep.com/product/qu-est-ce-qu-un-homme-sans-
moustache-1st-edition-ante-tomic/

Oitavo Andar Juliana Reis

https://ebookstep.com/product/oitavo-andar-juliana-reis/

Qu est ce qu une catégorie Interprétations d Aristote


1st Edition J Lemaire Editor

https://ebookstep.com/product/qu-est-ce-qu-une-categorie-
interpretations-d-aristote-1st-edition-j-lemaire-editor/
Universidade Federal de Viçosa
Reitor Demetrius David da Silva
Vice-Reitora Rejane Nascentes
Pró-Reitor de Extensão e Cultura José Ambrósio Ferreira Neto
Diretor da Editora UFV Derly José Henriques da Silva
Conselho Editorial Alexandre Santos Brandão (Presidente),
André Gomes Tôrres,
Angelo Adriano Faria de Assis,
Derly José Henriques da Silva,
Edson José Teixeira,
Edson Marcio Mattiello,
Joyce Correna Carlo,
Maria Carmen Aires Gomes
e Patrícia de Oliveira Salgado

A Editora UFV é filiada à


© 2021 by Professores de Química da UFV
1a edição: 1988
1a reimpressão: 1992; 2a reimpressão: 1993
2a edição: 1995
3a edição: 1998 – Série Cadernos Didáticos
1a reimpressão: 1999; 2ª reimpressão: 2002; 3ª reimpressão: 2004; 4a reimpressão: 2005; 5a
reimpressão: 2006; 6a reimpressão: 2007; 7a reimpressão: 2008; 8a reimpressão: 2009; 9a reimpressão:
2010.
a
1 edição: 2011 – Série Didática
1a reimpressão: 2012
2a edição: 2016
2a edição - Formato eletrônico: 2021

Direitos de edição reservados à Editora UFV.


Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, apropriada e estocada, por qualquer forma ou
meio, sem autorização do detentor dos seus direitos de edição.

Impresso no Brasil
Ficha catalográfica elaborada pela Seção de Catalogação e Classificação da Biblioteca Central
da Universidade Federal de Viçosa - Campus Viçosa

Q6 Química geral [recurso eletrônico]: práticas fundamentais / Efraim Lázaro Reis organizar -- 2.
2021 ed. -- Viçosa, MG : Ed. UFV, 2021.
1 livro eletrônico (pdf 1,92 MB). -- (Didática)

Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader


Disponível em: https://www.editoraufv.com.br/
ISBN 978-65-5925-034-9

1. Química - Manuais de laboratório. 2. Química - Estudo e ensino. I. Reis, Efraim Lázaro,


1953-. II. Série.

CDD 22. ed. 542.1

Bibliotecária responsável: Alice Regina Pinto Pires - CRB6 2523


Capa: Miro Saraiva
Revisão linguística: Constança Bezerra Albino Chaves
Editoração eletrônica: José Roberto da Silva Lana

Editora UFV Pedidos


Edifício Francisco São José, s/n Tel. (31) 3612-2064/2067
Universidade Federal de Viçosa E-mail: editoravendas@ufv.br
36570-900 Viçosa, MG, Brasil livraria@ufv.br
Caixa Postal 334 Livraria Virtual:
Tel. (31) 3612-2080/2074 www.editoraufv.com.br
www.editora.ufv.br
E-mail: editora@ufv.br
Apresentação
Esta edição do Caderno Didático nº 21; Química Geral – Práticas Fundamentais – é resultado de
vários anos de trabalho. Até 1979, as aulas práticas de Química Geral eram ministradas seguindo-se
roteiros isolados. Nesse ano, iniciou-se um trabalho de compilação mais organizada desta disciplina, que
culminou na publicação da primeira versão da apostila Práticas de Química Geral, cujos autores foram os
professores Per Christian Braathen, Marisa Fontes Soares, Benjamim Gonçalves Milagres, Efraim
Lázaro Reis, Maria Coletta Vidigal, Hilbert Pires Henriques e Sílvia Nassif del Lama.
A apostila foi reeditada em 1980, com o nome de Práticas Fundamentais de Química Geral. Para
essa edição contribuíram também os professores Edilton de Souza Barcellos e Maria Amélia Diamantino
Boaventura. O professor Edilton fez ainda as ilustrações do trabalho..
Em 1984, a apostila foi novamente editada com o mesmo nome, tendo como colaboradores
adicionais Elizabeth Pacheco Baptista Fontes, Joel Antônio de Oliveira, Renildes Lúcio Ferreira Fontes e
Tânia Toledo de Oliveira e Albuquerque.
A referida apostila foi oficialmente editada pela primeira vez, em 1986, pela Imprensa Universitária
da UFV, com o nº 239, intitulada Química Geral (Práticas Fundamentais), constando como autores os
mesmos da versão anterior de 1984. Em 1992, foi reeditada, sem modificações.
Em 1995, esta obra foi revisada e atualizada sob o patrocínio do projeto PADCT/ 1993 e, nesta
edição, ela mantém o título, mas constando como autores apenas “Professores de Química Geral da
UFV”. Esta decisão foi tomada pelos professores do setor de Química Geral do Departamento de
Química da UFV, tendo em vista a contribuição fundamental de novos professores, entre estes o
professor Paulo Gontijo Veloso de Almeida.
Em 1998, foi realizada a terceira edição da apostila, agora como livro da Série Didática, com o
mesmo nome e tendo como autores apenas “Professores de Química da UFV”, destacando-se na última
edição a valiosa contribuição da professora Mayura Marques M. Rubinger. Foi acatada a sugestão da
Editora UFV de constar o nome de um dos professores que organizaram essa obra, no caso o nome do
Prof. Paulo Gontijo Veloso de Almeida. Em 2013, o Prof. Paulo Gontijo, com a aquiescência da Editora
UFV, delegou a mim a tarefa de manter atualizada a obra, inclusive atentando para o “Novo Acordo
Ortográfico”, e, assim, entregamos aos leitores a edição de 2016.

Viçosa, março de 2016.


Efraim Lázaro Reis
Editor
Sumário
Segurança e Normas de Trabalho em Laboratório
Acidentes de Laboratório e Primeiros Socorros
Acidentes por Agentes Físicos
Acidentes por Agentes Químicos
PRÁTICA Nº 1 - Materiais Comuns de Laboratório
PRÁTICA Nº 2 - Materiais e Substâncias: Critérios de Pureza,
Fracionamento de Materiais
PRÁTICA Nº 3 - Soluções
PRÁTICA Nº 4 - Reações Químicas e Energia
PRÁTICA Nº 5 - Obtenção e Purificação de Substâncias
PRÁTICA Nº 6 - Semelhanças e Diferenças nas Propriedades
Químicas de Elementos de uma Mesma Família da
Tabela Periódica
PRÁTICA Nº 7 - Equilíbrio Químico
PRÁTICA Nº 8 - Velocidade das Reações Químicas
PRÁTICA Nº 9 - Catálise
PRÁTICA Nº 10 - Equilíbrio Ácido-Base
PRÁTICA Nº 11 - Titulação de uma Solução de Ácido Forte por uma
Solução de Base Forte
PRÁTICA Nº 12 - Oxirredução
PRÁTICA Nº 13 - Células Galvânicas (Pilhas)
PRÁTICA Nº 14 - Células Eletrolíticas (Eletrólise)
Referências
Segurança e Normas de Trabalho em
Laboratório
O laboratório de química pode ser um local seguro, desde que se trabalhe
com prudência, para evitar acidentes.
As causas principais de acidentes em laboratório são: descuidos, falta de
atenção no trabalho e ignorância de possíveis perigos.
Os acidentes podem ser de pequenas ou grandes consequências e, embora
estes últimos não sejam dos mais comuns, são, evidentemente, os que mais
preocupam.
Para evitar quaisquer dessas situações, é necessário que o aluno dê
importância às instruções (contidas no roteiro de cada aula) acerca das
precauções que devem ser tomadas no laboratório. As operações em
laboratório exigem instruções específicas a que cada aluno deve obedecer, para
sua própria segurança e a de seus colegas. Por esse motivo, a seguir, têm-se
algumas regras gerais que devem ser obedecidas por todos aqueles que
trabalham em laboratório de química.

Orientações
1 - Não brincar em serviço; lembrar-se de que o laboratório é lugar para
trabalho sério.
2 - Qualquer acidente deve ser comunicado imediatamente ao professor.
3 - Usar sempre avental e, quando necessário, óculos de proteção. Não se
devem usar lentes de contacto durante o trabalho em laboratório.
4 - Nunca trabalhar sozinho no laboratório: é conveniente fazê-lo durante o
período de aulas e na presença de outra pessoa.
5 - Não se deve fumar dentro do laboratório.
6 - Ler atentamente os rótulos dos frascos dos reagentes; antes de utilizá-los,
fazer a leitura, pelo menos duas vezes, a fim de evitar enganos.
7 - Evitar derramamento de líquidos, mas, se o fizer, limpar imediatamente o
local (consultar o professor).
8 - Se alguma solução ou reagente respingar na pele ou nos olhos, lavar
imediatamente com bastante água corrente e comunicar o professor
(consultar na página 14, Acidentes de Laboratório e Primeiros Socorros).
9 - Não tocar ou provar quaisquer produtos químicos ou soluções, a menos
que haja autorização do professor.
10 - Nunca esquecer solventes inflamáveis, mesmo em pequenas quantidades,
junto ou próximo à chama direta, a menos que o frasco esteja sobre refluxo
ou ligado a condensador para destilação.
11 - Não transferir ou verter solventes inflamáveis de um frasco a outro
quando a chama estiver próxima.
12 - Fazer a destilação de éter de preferência com manta elétrica ou, na sua
ausência, com água quente, usando como frasco receptor do solvente um
quitasato ligado ao condensador por meio de uma rolha de borracha. A
saída lateral do quitasato deve estar ligada a um tubo de borracha que se
estende até o chão.
13 - Nunca usar o sulfeto de carbono, CS2 (muito inflamável), exceto com
autorização e instruções específicas.
14 - Medir as substâncias tóxicas ou voláteis preferencialmente na bureta.
15 - Não inalar gases ou vapores desconhecidos; se for possível, evitá-los. Se
necessária a inalação, nunca fazê-la diretamente colocando o rosto sobre o
recipiente que contém o líquido. Usar a mão para frente e para trás, a pouca
distância do recipiente. Aspirar vagarosamente.
16 - Manter a cabeça e o vestuário afastados das chamas.
17 - Quando aquecer uma solução ou substância num tubo de ensaio, não o
dirigir no sentido em que você e seus colegas possam ser atingidos por
eventuais projeções do seu conteúdo.
18 - É perigoso aquecer ou misturar qualquer espécie de reagentes próximo do
rosto. Manter o rosto tão distante quanto possível durante as operações de
aquecimento ou de mistura de reagentes.
19 - Não se deve aquecer bruscamente nenhum sólido ou líquido.
20 - Jamais aquecer um sistema completamente fechado, pois poderá haver
quebra de aparelhagem com possíveis consequências mais sérias.
21 - Não acender o bico de Bunsen com a janela aberta, pois pode-se formar
chama na base e acarretar graves queimaduras ao operador inadvertido.
22 - Verificar as torneiras de gás supostamente fechadas.
23 - Nunca empregar equipamento de vidro trincado ou quebrado; substituí-
lo imediatamente.
24 - Prestar muita atenção quando for manusear materiais de vidro, como
tubos e termômetros, pois são frágeis e rompem-se facilmente, provocando
acidentes que, com frequência, produzem lesões às vezes graves.
25 - Não abandonar peças de vidro aquecido em qualquer lugar; lembrar-se de
que o vidro quente tem a mesma aparência do vidro frio. Deixá-las esfriar
demoradamente.
26 - Adicionar sempre o ácido lentamente à água para diluir um ácido
concentrado. NUNCA ADICIONE ÁGUA AO ÁCIDO, pois o calor
desenvolvido é tão forte que podem se formar bolhas de vapor que são
expelidas.
27 - Pedir autorização ao professor se quiser modificar o procedimento
experimental ou alterar as quantidades ou a natureza dos reagentes a
utilizar.
28 - Não devolver sobras de reagentes ao frasco de origem, para não
contaminar seu conteúdo, e, pelo mesmo motivo, não introduzir quaisquer
objetos nos frascos que contenham soluções, salvo o contagotas próprio de
que alguns são dotados. O correto é despejar cuidadosamente num
recipiente apropriado aproximadamente a quantidade necessária e, em
seguida, retirar dele o volume desejado.
29 - Não utilizar a mesma pipeta para soluções diferentes, pois, com certeza,
haveria contaminação com a substância usada anteriormente.
30 - Jogar no recipiente apropriado, destinado ao lixo, todos os sólidos e
pedaços de papel usados. Nunca deixar nas pias fósforos usados, cacos de
vidro, papel-filtro ou qualquer sólido, ainda que ligeiramente solúvel.
31 - Diluir as soluções residuais com bastante água corrente ao despejá-las nas
pias. Quando muito corrosivas, não devem ser descartadas e, sim, estocadas
em recipientes apropriados, para posterior recuperação ou eliminação.
32 - Não montar aparelhos sobre a pia, nem jogar destilados nela.
33 - Não aquecer cilindros graduados ou frascos volumétricos.
34 - Cápsulas e cadinhos de porcelana podem ser aquecidos ao rubro, mas o
resfriamento deve ser lento.
35 - Quando uma aparelhagem estiver em funcionamento, deve ser
continuamente observada com precaução.
36 - Para furar uma rolha de cortiça, usar furador de diâmetro igual ao do tubo
de vidro e, se a rolha for de borracha, verificar o diâmetro do tubo e usar o
furador de diâmetro imediatamente superior.
37 - Usar o furador de rolhas como instrumento cortante e não como
dilacerante. Não furar contra pedaços de madeira, como bordas ou lado de
uma cadeira.
38 - Ao forçar tubos de vidro através de uma rolha, não usar nenhuma parte
do corpo como suporte.
39 - Nunca tentar introduzir tubos de vidro, termômetros e hastes de funil em
rolhas de borracha sem umedecer o tubo e o orifício com água; além disso,
proteger as mãos com um pano grosso (toalha). Pegar a rolha firmemente
com uma das mãos e, com a outra, introduzir o tubo no orifício, girando a
rolha e o tubo em sentidos opostos, de um lado para outro.
40 - Os frascos lavadores (pissetas) devem conter somente água destilada.
41 - Não colocar a rolha do frasco na bancada. Usar o frasco segurando a rolha
adequadamente com a mão.
42 - Ao término do uso de uma solução, nunca se esquecer de recolocar a
tampa, para evitar a contaminação e a evaporação das substâncias voláteis.
43 - Quando tentar remover um tubo de vidro, termômetro ou haste de funil
de uma rolha de borracha, umedecê-los com um pouco d’água e, se a
borracha estiver presa ao vidro, não forçar e, sim, cortá-la.
44 - Se uma rolha de vidro esmerilhado aderir ao gargalo do frasco, bater nela
levemente com um pedaço de madeira, de baixo para cima, e, se não se
soltar, chamar o professor.
45 - Não fazer o vácuo num frasco de fundo chato, a menos que seja de sucção
e com paredes grossas (quitasato). Frascos erlenmeyer se quebram
facilmente.
46 - Ao transferir ou manejar substâncias que desprendem vapores tóxicos
(exemplo: tricloreto de fósforo, bromo, ácido clorossulfônico, cloreto de
benzenossulfonila, ácido nítrico fumegante, cloreto de etila etc.), fazê-lo no
interior de uma capela de boa tiragem ou então num local de boa
ventilação.
47 - Ao verter um líquido de um frasco para outro, evitar que este escorra nos
rótulos, protegendo-os devidamente.
48 - A espátula é normalmente recomendada para quebrar sólidos endurecidos
nos frascos. Não usar bastão de vidro, porque é possível que quebre e cause
prejuízos.
49 - O erlenmeyer é comumente usado para cristalização. Não cristalizar com
béquer, a menos que haja autorização para tal.
50 - Não colocar solventes no béquer, mesmo por curto espaço de tempo.
51 - Evitar montagens instáveis de aparelhos, por exemplo suportes de livros,
lápis, caixas de fósforo etc. Aparelhos com centro de gravidade elevado
devem ser montados e operados com extrema precaução.
52 - Tomar precauções ao lidar com os seguintes compostos de uso comum:
a) ácidos concentrados, principalmente os ácidos sulfúrico e nítrico, que
queimam violentamente;
b) álcalis concentrados: hidróxido de sódio (soda cáustica) e hidróxido de
potássio (potassa cáustica);
c) compostos de arsênio, antimônio, mercúrio, cobre, chumbo etc.;
d) óxido de enxofre(VI), óxido de enxofre(IV), óxido de nitrogênio(V) e óxido
de nitrogênio(III);
e) gás cloro, vapores de bromo e iodo, gás sulfídrico e monóxido de carbono;
f) cianeto (CN–): extremamente tóxico, levando à morte em poucos minutos; e
g) outros como o fósforo branco, álcool metílico, tetracloreto de carbono etc.
53 - Conservar limpos a mesa, o equipamento e, ao fim da aula, lavar todo o
material de vidro e porcelana utilizado.
54 - Lavar bem as mãos antes de deixar o laboratório.
55 - Consultar o professor quando tiver alguma dúvida.
56 - Lembrar que qualquer experiência em laboratório pode levar mais tempo
do que se pensa.
Acidentes de Laboratório e Primeiros
Socorros
Manter, numa posição de fácil acesso no laboratório, uma caixa de
primeiros socorros, contendo os seguintes itens:
Ataduras (diversos tamanhos)
Gaze
Algodão
Esparadrapo
Vaselina
Óleo de oliva
Carbonato de amônio
Ácido bórico
Bicarbonato de sódio (hidrogenocarbonato de sódio) (pó)
Iodo (tintura)
Cloramina T (pó)
Sulfapiridina (pó)
Picrato de butesin (pomada)
Acriflavina (emulsão)
Ácido tânico (geleia)
Extintor de incêndio (verificado anualmente)
Agulha, linha
Pinça Tesouras
Conta-gotas
Óculos de segurança
Ácido acético 1%
Ácido bórico 5%
Bicarbonato de sódio (hidrogenocarbonato de sódio) (sol. saturada)
Bicarbonato de sódio (hidrogenocarbonato de sódio) 5%
Álcool etílico
Glicerina
Éter de petróleo (PE 80-100 ºC)
Mercurocromo
Hidróxido de amônio
5% Leite demagnésia
Cobertor
Acidentes por Agentes Físicos
Produtos químicos inflamáveis em combustão
Se durante um processo químico que ocorre no interior de um béquer ou
em qualquer outro frasco de vidro ocorrer a queima de um produto químico,
primeiramente retire a fonte de calor e, posteriormente, retire oxigênio livre,
tampando o frasco com um pano úmido ou um vidro de relógio. Dependendo
do tamanho do frasco em combustão, utilizar amianto ou extintores de CO2,
mas não água primeiramente. Se a fonte de energia para combustão for
corrente elétrica, jamais use água, mesmo após desligar a corrente. Se o
combustível for óleo, utilize areia com hidrogenocarbonato de sódio ou
cloreto de amônio. Se dispuser de extintor de CO2, utilizá-lo. Neste caso,
jamais use água para extinção, porque servirá apenas para espalhar ainda mais
o fogo. Se ocorrer a queima da roupa de um operador, não o faça correr,
abafe-o com um cobertor ou o leve ao chuveiro, se estiver perto. Encaminhe-o
imediatamente para atendimento médico.
Fogos “pequenos” podem ser apagados com extintores à base de
tetracloreto de carbono sob pressão alta de CO2; a mistura é orientada em
direção à chama e o efeito de “acobertamento” (blanketing effect) do CO2 e o
peso dos vapores de tetracloreto de carbono extinguirão o fogo.
Informações importantes:
a) tetracloreto de carbono não deve ser usado em presença de sódio ou
potássio, pois pode ocorrer explosão violenta; o laboratório deve ser
imediatamente ventilado, a fim de dispersar o fosgênio formado, que é gás
altamente tóxico;
b) em caso de pequenas queimaduras com fogo ou material aquecido, deve ser
feita a aplicação, no local, da pomada picrato de butesin ou à base de
acriflavina. Caso esta não seja disponível, pode-se usar vaselina ou
simplesmente ácido pícrico;
c) em caso de corte, o ferimento deve ser desinfetado com tintura mertiolato
1:1000 ou solução de mercurocromo. Para diminuir o sangramento, pode ser
usada uma solução diluída de cloreto de ferro(III) (FeCl3), que tem
propriedades coagulantes; e
d) em caso de vidro nos olhos, remover os cacos muito cuidadosamente com
pinça ou com o auxílio de um copo lava-olho. Procurar o médico
imediatamente. A irritação que se segue, em geral para pequenos acidentes,
pode ser aliviada, colocando-se uma gota de óleo de rícino nos cantos do
olho.
Acidentes por Agentes Químicos
Serão citados as principais ações e os locais em que certas substâncias de
uso comum agem sobre o organismo, bem como as medidas que logo devem
ser tomadas a fim de reduzir seus prejudiciais efeitos.
É de conhecimento clássico o chamado antídoto universal, composto de
20 g de carvão ativado pulverizado, 30 g de óxido de magnésio e 4 g de tanino,
por litro de água. Sua indicação seria o combate a todos os envenenamentos.
Na prática, porém, sua ação não é tão diversificada, sendo, no entanto, útil em
muitas ocasiões, o que justifica o interesse de tê-lo disponível.
O carvão, pela sua importante propriedade de adsorção, é um elemento
essencial, principalmente quando o propósito é inativar o tóxico.

Ácidos
Queimaduras com ácido causam forte ardência, pois há corrosão dos
tecidos. As lesões com ácido sulfúrico (H2SO4) e nítrico (HNO3) surgem,
respectivamente, com uma coloração esbranquiçada ou amarelada. Segundo
alguns autores, pessoas vitimadas pela ingestão de ácido sulfúrico descrevem a
dor como supostamente identificada à ingestão de chumbo derretido.
São ainda bem agressivos: ácido clorídrico (HCl) e ácido acético
(CH3COOH), quando concentrados.
A providência imediata consiste na neutralização do ácido. Para casos em
que houve a ingestão, é recomendável um neutralizante via oral, como leite de
magnésia, solução de óxido de magnésio ou até mesmo água de cal.
Na hipótese de o ácido ter atingido a pele ou mucosa oral, é indicada a
lavagem abundante do local com solução de sulfato de magnésio (MgSO4),
hidrogenocarbonato de sódio (NaHCO3) ou até mesmo amônia (NH3), sendo
esta última utilizada apenas quando a queimadura for na pele.
Para queimaduras graves, aplicar um desinfetante, secar a pele e cobrir
com pomada à base de acriflavina.
Caso o corrosivo tenha atingido os olhos, deve ser procedida uma
lavagem abundante com uma solução de borato de sódio (Na3BO3) ou
hidrogenocarbonato de sódio a 5%, utilizando-se um copo lava-olho. Se o
ácido for concentrado, lavar primeiro o olho com grande quantidade de água e
continuar com a solução de hidrogenocarbonato de sódio.
Em caso de ingestão de ácidos é totalmente contraindicada a indução do
vômito (emético).

Bases ou Hidróxidos
A ingestão de base como soda cáustica (NaOH) ou potassa cáustica (KOH)
é seguida de dor violenta, resultando posteriormente na estenose
(estreitamento do esôfago).
Como providência imediata, deve ser tomada, via oral, solução diluída de
ácido acético (vinagre ou suco de frutas cítricas). Neste caso, é também
contraindicada a indução do vômito (emético).
As lesões da pele provocadas pelas bases são sentidas como uma sensação
da pele escorregadia, havendo consequente descamação do epitélio. Deve
então ser feita a lavagem abundante no local, com solução diluída de ácido
acético.
Para queimaduras mais sérias, aplicar finalmente um desinfetante, secar a
pele e cobrir com pomada à base de acriflavina.
Nos olhos, procede-se à neutralização com uma solução de ácido bórico
(H3BO3) a 5%, precedida de lavagem com água pura.

Cianetos ou Cianuretos
A intoxicação por cianeto (CN–) causa a morte em poucos minutos. O
combate deve ser rápido e preciso, caso contrário é inútil. Geralmente usa-se o
seguinte esquema:
a) solução de vapores de nitrito de amilo enquanto são preparadas as duas
soluções seguintes;
b) solução de nitrito de sódio (NaNO2) a 3%, injetado intravenosamente na
quantidade de 6 a 8 mL por m2 de superfície corporal. As aplicações devem
ser feitas num ritmo de 2,5 a 5 mL por minuto; e
c) administração de 5,0 mL de solução de tiossulfato de sódio (Na2S2O3) a 25%,
também por via intravenosa.

Compostos de Chumbo
A ingestão de sais de chumbo ou chumbo metálico provoca cólica,
podendo-se seguir repercussões neuromusculares ou encefálicas. As medidas
de combate à intoxicação visam inativar o chumbo pela formação de quelatos
solúveis e elimináveis pela urina.
Usam-se atualmente etilenodiaminotetracetato de cálcio (CaEDTA) e
(R)-penicilamina.
O tratamento destas intoxicações não exigentes de pronta ação, como no
caso dos cianetos, deve ser feito pela assistência médica.
É contraindicada a ingestão de leite.

Compostos de Mercúrio
Os sais de mercúrio são altamente tóxicos. O cloreto de mercúrio(II)
(HgCl2), um dos mais comuns, também conhecido como sublimado corrosivo,
causa destruição celular por contato direto (precipitação das proteínas
celulares). Após a ingestão há fortes dores abdominais, vômitos, diarreia
sanguinolenta e gosto metálico.
A administração do leite ou clara de ovo provoca a precipitação de íons
Hg2+, podendo evitar a morte. Deve ser imediatamente providenciada
assistência médica.
Compostos de Antimônio
Na intoxicação por estes compostos é de suma importância provocar
imediatamente o vômito, quer por excitação direta da faringe com o dedo ou
cabo de uma colher, quer pela administração de uma substância que
desencadeia este reflexo (emético ou vomitivo).

Compostos de Cobre
Os compostos de cobre não induzem à intoxicação importante, em
virtude de geralmente provocarem a sua própria eliminação. Assim, o sulfato
de cobre(II) (CuSO4), altamente irritante para a mucosa gástrica, desencadeia
o vômito que o elimina.

Compostos de Arsênio
Um dos compostos de arsênio, responsável por grande número de
envenenamentos, é o hexaóxido de arsênio(III) (As4O6). A vítima apresenta-se
com vômitos, diarreia e cãibras musculares. Também aqui o recurso imediato
indicado é a provocação do vômito, pela ingestão de uma colher das de chá de
mostarda ou uma colher das de sopa de cloreto de sódio ou sulfato de zinco,
dissolvido num copo de água quente. É contraindicada a ingestão de leite.

Monóxido de Carbono
O monóxido de carbono (CO), sendo um gás incolor, inodoro e com
grande afinidade pela hemoglobina das hemácias humanas, tem alta
toxicidade. Este gás é, de modo geral, produzido em laboratório sempre que há
combustão incompleta dos compostos de carbono. É também encontrado
como produto de exaustão de motores movidos a gasolina.
Sua intoxicação crescente não implica o aparecimento imediato de
dispneia fisiológica, que é o sinal de alarme mais comum em uma asfixia. O
que existe é uma depressão crescente da consciência causada pela anoxia
provocada pela baixa do teor circulante de oxiemoglobina, pois a hemoglobina
humana tem maior afinidade pelo monóxido de carbono que pelo oxigênio.
A remoção da vítima para fora do ambiente é a primeira medida. A
inspiração de ar puro pode ser suficiente na maioria dos casos. Para
intoxicações em mais alto grau, é recomendável a oxigenoterapia (respiração
do oxigênio quase puro).

Gás Sulfídrico ou Ácido Sulfídrico


A sua inalação provoca cefaleia, náuseas e vômito. Como providência
imediata, deve ser abandonado o local e, posteriormente, sugere-se uma
inalação de amônia a 5%.

Bromo, Cloro e Iodo


A aspiração dos vapores do bromo ou do gás cloro conduz a uma irritação
grave da mucosa respiratória.
Como providência imediata, deve ser abandonado o local e feita inalação
com gás amoníaco ou gargarejo com hidrogenocarbonato de sódio. A seguir,
dar ao paciente pastilhas à base de eucalipto ou essência diluída de menta
pipérica ou de canela, para aliviar a traqueia e os pulmões. Se a respiração ficar
suspensa, aplicar respiração artificial. No caso da ingestão de bromo, é eficaz a
administração oral de leite ou albumina. Na pele, o combate pode ser feito
usando a amônia diretamente. Nos olhos, deve-se lavar continuamente com
grande quantidade de água e, a seguir, com solução de hidrogenocarbonato de
sódio. Pode-se também lavar imediatamente a parte afetada com éter de
petróleo (PE = 100 oC) à vontade, friccionando bem a pele com glicerina.
Decorrido algum tempo, remover a glicerina superficial e aplicar uma pomada
à base de acriflavina ou de picrato de butesin.
O iodo sólido corrói a pele, conferindo-lhe coloração amarela. Deve então
ser diluído com álcool até sua completa remoção. Seus vapores, quando de sua
sublimação, são também altamente irritantes. No caso de intoxicações, é
indicada a inalação de vapores de éter sulfúrico.

Fenol ou Ácido Fênico


O fenol (C6H5OH) lesa a pele, tornando-a esbranquiçada. Sua ação pode
ser combatida pela lavagem com álcool comum (C2H5OH).
Em caso de ingestão, recomenda-se, via oral, uma solução de álcool a 55
o
GL, ou bebidas de forte teor alcoólico como o uísque e o conhaque.

Álcool Metílico
O álcool metílico pode causar sérios distúrbios metabólicos e até cegueira.
Como providência imediata, deve ser provocado o vômito e feita a ingestão de
álcool etílico diluído ou de bebidas alcoólicas fortes. Seu contato com a pele
deve ser evitado.

Queimaduras por Sódio Metálico


Se porventura restarem alguns fragmentos de sódio metálico na pele,
remover cuidadosamente com pinça. Lavar à vontade com água, seguido de
uma solução de ácido acético 1% e, finalmente, cobrir com gaze umedecida em
óleo de oliva ou geleia de acriflavina.

Queimaduras por Fósforo


Lavar bem com água fria e tratar com solução de nitrato de prata 1%.

Queimaduras por Sulfato de Metila


Lavar imediatamente e à vontade com solução de amônia concentrada,
friccionando suavemente com chumaço de algodão umedecido em solução de
amônia concentrada.

Substâncias Orgânicas na Pele


Lavar à vontade com álcool, depois com sabão e água quente.
PRÁTICA Nº 1

Materiais Comuns de Laboratório


Objetivos
a) introduzir as principais técnicas de utilização de equipamento de
laboratório; e
b) colocar o aluno em contato com o equipamento utilizado nos trabalhos
de laboratório.

Introdução
Para se desenvolver um experimento é necessário, dentre outros
cuidados, o conhecimento do material a ser utilizado.
O equipamento de laboratório de química constitui-se de, basicamente,
vidro, porcelana, polietileno e madeira. O emprego e o manuseio adequados
são indispensáveis não só para evitar acidentes, mas também perdas ou danos
no instrumental.
Deve-se observar também o tamanho ou a capacidade dos instrumentos
que vão ser utilizados, de acordo com a quantidade de substância empregada.
A seguir, serão fornecidos os nomes e os principais usos dos instrumentos
esquematizados. Quando possível, será fornecida a descrição do manuseio do
referido instrumento.
Utensílios para conter volume – São enquadrados, neste item, aqueles
utensílios usados no preparo de soluções, em evaporações, armazenamento de
líquidos, para conter reagentes durante uma reação, receber produtos de uma
reação etc.

1 - FRASCOS PARA REATIVOS – Feitos com material de vidro ou plástico,


providos ou não de tampa esmerilhada, com bordas cilíndricas: os de gargalo
estreito são utilizados para conter líquidos; os de gargalo largo, para manter
substâncias sólidas. São encontrados em vários tamanhos, apropriados para
conter volumes de 10 mL até 20.000 mL. Diferem-se, quanto à cor, em frascos
incolores e frascos de cor âmbar. Os primeiros são utilizados para reativos e
substâncias não sujeitas a alterações pela reação da luz, enquanto os segundos
são usados para reativos e substâncias que sofrem alterações em presença de
luz.

Figura 1.1 - Frasco para reativos.

2 - FRASCO ERLENMEYER – É um frasco de vidro, em forma de um cone


truncado, com a base menor aberta e cilíndrica. Usado em titulações, em
evaporações lentas, para conter volumes durante uma reação, líquidos sujeitos
a pequenos aquecimentos e para recolher destilados.
Figura 1.2 - Erlenmeyer.

3 - BÉQUER – Tem o formato de um copo devidro. Há o copo de forma alta


(copo Berzelius) e o de forma baixa (copo Griffin). A sua extremidade aberta é
provida de bordas arredondadas, possuindo ainda um bico para escoamento.
Usado em preparo de soluções, aquecimento de líquidos, para conter volumes
de reagentes durante uma reação, medição de massa de sólidos etc. O vidro
pirex é resistente a temperaturas elevadas, mas não resiste a variações bruscas
de temperatura, que devem ser evitadas. Não resiste também a choques. Ao
retirar do aquecimento, é conveniente usar uma pinça.

Figura 1.3 - Béqueres.

4 - TUBOS DE ENSAIO – São de vidro, de forma cilíndrica, tendo aberta uma


das extremidades e com bordas arredondadas ou retas. São encontrados em
tamanhos variados e sua escolha deve ser proporcional ao volume do líquido a
ser trabalhado. São utilizados principalmente para conter pequenos volumes
de líquidos em reações, tanto a frio como a quente.
Figura 1.4 - Tubos de ensaio.
O aquecimento do tubo de ensaio NÃO deve ser realizado com a boca do
tubo no sentido da pessoa operadora nem de qualquer outra pessoa, evitando-
se, desse modo, que sejam atingidas por possíveis projeções da substância que
está sendo aquecida.

5 - FRASCO LAVADOR (PISSETA) – Utilizado no armazenamento de água


destilada. Não é permitido introduzir qualquer outro reagente nele, evitando-
se, dessa maneira, a contaminação da água. Caso seja necessário o seu uso para
outro reagente que não a água, ele deverá ser rotulado.

Figura 1.5 - Frasco lavador.

6 - FUNIL ANALÍTICO – Usado em filtrações simples ou na transferência de


líquidos de um recipiente para outro.
Figura 1.6 - Funil analítico.

7 - FUNIL DE BUCHNER – Utensílio feito de porcelana, sendo a parte


superior cilíndrica separada da inferior cônica por uma placa porosa, que serve
de suporte para o papel-filtro. A haste, de calibre maior que o do funil comum,
é ajustada em rolhas perfuradas ou em dispositivos especiais de borracha,
servindo para vedação. Essas rolhas se ajustam ao gargalo do quitasato. É
usado como dispositivo para filtração à pressão reduzida (filtração a vácuo).

Figura 1.7 - Funil de Buchner.

8 - FUNIL DE SEPARAÇÃO – Usado na separação de líquidos imiscíveis


(extrações) e na introdução paulatina de líquidos reagentes, durante uma
reação química.
Figura 1.8 - Funis de separação.

9 - FRASCOS QUITASATO – São frascos de vidro resistente, de paredes


grossas, de forma semelhante à do erlenmeyer. Na parte mediana do gargalo
tem-se uma saída lateral circular, dotada de reentrâncias e saliências
necessárias à fixação de cânulos de borracha. Encontram-se desses frascos
desde 100 mL até 10.000 mL. O uso principal do quitasato é receber filtrados
em filtrações sob pressão reduzida, fazendo-se o vácuo através de sua ligação à
bomba de vácuo ou à trompa d’água, pela saída lateral do frasco.

Figura 1.9 - Quitasato.

10 - BALÃO DE FUNDO CHATO – Usado no aquecimento demorado de


líquido, armazenamento de soluções a serem esterilizadas, operações
empregando pressão atmosférica. Para realizar aquecimento neste
equipamento, deve-se usar tela de amianto como proteção.
Figura 1.10 - Balão de fundo chato.

11 - BALÃO DE FUNDO REDONDO – Seu uso é semelhante ao do balão de


fundo chato, sendo inconveniente para armazenamento. É um dos utensílios
adequados para destilações a vácuo.

Figura 1.11 - Balão de fundo redondo.

12 - BALÃO PARA DESTILAÇÃO – É um balão de vidro com gargalo


geralmente longo, provido de uma saída lateral por onde passam os gases e
vapores destilados. É usado em destilações simples.

Figura 1.12 - Balão para destilação.


Utensílios de uso variado – As operações em química requerem, além dos
utensílios anteriormente citados, outros mais específicos, de funções definidas,
que auxiliem na manipulação, montagem de aparelhos e nos processos
analíticos. Os mais comuns são:
1 - VIDRO DE RELÓGIO – Usado como tampa de frasco para recolhimento
de sublimados, medição de massa de substâncias e em evaporações.

Figura 1.13 - Vidro de relógio.

2 - ESPÁTULAS – Existem as de aço inoxidável, de porcelana e de plástico.


Podem ou não ser dotadas de colher em uma das extremidades.
Servem para a retirada de substâncias químicas sólidas dos seus frascos.

Figura 1.14 - Espátulas.

3 - CADINHOS – São utensílios de forma cônica, apresentando a base maior


aberta e a menor fechada e plana. São constituídos de ferro, níquel, platina,
porcelana etc. Empregados para secagem, evaporação, aquecimento e
calcinação.

Figura 1.15 - Cadinhos.

4 - HASTE UNIVERSAL – Consta de uma base retangular de ferro ou de


madeira, onde se adapta, em perpendicular, uma haste de ferro cilíndrica por
meio de rosqueamento. Serve para sustentar e prender utensílios por meio de
garras.
Figura 1.16 - Haste universal.

5 - CÁPSULA (de porcelana ou de vidro) – Utilizada para evaporação,


aquecimento e preparação de misturas.

Figura 1.17 - Cápsula.

6 - BICO DE BUNSEN – Empregado para aquecimento.

Figura 1.18 - Bico de Bunsen.


7 - CONDENSADORES – São utensílios de vidro usados para condensação
dos vapores que desprendem de líquidos em ebulição. Os mais comuns são: a)
condensador reto – apresenta uma superfície de condensação pequena e não é
apropriado para líquidos muito voláteis; b) condensador de bolas – empregado
em refluxo, isto é, para condensar os vapores que saem do balão, de modo que
o líquido escorra de volta, continuamente; c) condensador de serpentina –
proporciona maior superfície de condensação. É usado principalmente na
condensação de vapores de líquidos voláteis.

Figura 1.19 - Condensadores: a) reto; b) de bola; e c) de serpentina.

8 - TRIPÉ – Apresenta-se na forma de um arco de ferro redondo ou chato, ao


qual se ligam três hastes, também de ferro, que servirão de pés. Sua principal
função é sustentar a tela de amianto.

Figura 1.20 - Tripé.

9 - TELA DE AMIANTO – Tem a forma de um quadrado de arames


entrelaçados em rede e, na parte central, é dotada de um círculo de amianto. É
usada para aquecimento indireto de utensílios de vidro, porcelana etc.,
distribuindo o calor uniformemente.

Figura 1.21 - Tela de amianto.

10 - BASTÃO (de vidro) – Tem a forma cilíndrica, é maciço e de


comprimento e diâmetro variados. Utilizado na introdução de líquidos em
frascos de gargalo estreito ou para qualquer transferência de substâncias de um
frasco para outro. Também auxilia na dissolução de solutos, por agitação feita
circularmente.

Figura 1.22 - Bastões de vidro.

11 - GARRAS – Apresentam-se principalmente nas formas indicadas pela


figura. São feitas de alumínio ou ferro, podendo ou não ser dotadas de mufas.
Ligam-se à haste do suporte por meio de parafusos e destinam-se à
sustentação de utensílios.
Figura 1.23 - Garras.

12 - MUFA – É um adaptador de ferro ou alumínio, com parafusos nas duas


extremidades, que liga outros utensílios ao suporte universal, por exemplo
garras que não apresentam este dispositivo.

Figura 1.24 - Mufa.

13 - PINÇAS – São utensílios de ferro ou madeira destinados a segurar


principalmente tubos de ensaio, cadinhos, cápsulas, quando submetidos a
aquecimento.

Figura 1.25 - Pinça.


Utensílios para medir volumes – São destinados a fornecer volumes variados
ou definidos no preparo de soluções e reagentes durante uma reação e em
outras operações de laboratório. Nunca devem ser levados à estufa de secagem
em temperaturas elevadas.
Todo utensílio para medir volume traz a marca do fabricante relacionada
com a temperatura em que foi calibrado e é nessa temperatura de graduação
que fornece o volume mais exato.
Os principais são os seguintes:

1 PROVETAS – São confeccionadas em vidro ou plástico, têm forma


cilíndrica, sendo uma das extremidades aberta e a outra constituída de uma
base chata e pesada de forma circular ou hexagonal. Por serem graduadas,
podem fornecer volumes variados de líquido até a sua capacidade máxima. São
apresentadas em diversos tamanhos e capacidades, que variam de 10 mL até
2.000 mL.

Figura 1.26 - Proveta.

2 BURETAS – São aparelhos para medidas precisas de volume, especialmente


nos casos de titulação. A torneira esmerilhada da bureta deve ser
cuidadosamente lubrificada com silicone ou vaselina, para que possa girar
suavemente, evitando-se que algum fragmento de graxa vá obstruir sua saída.
Para medidas de bases alcalinas fortes, as buretas com torneiras improvisadas
com tubos de borracha são mais usadas que as providas de rolha esmerilhada.

Figura 1.27 - Bureta.


Devem estar limpas para que o líquido, ao escoar, não deixe gotas nas
paredes internas. Antes de serem usadas devem ser lavadas com detergente,
enxaguadas em seguida com água corrente, várias vezes com água destilada e
depois lavadas três vezes com pequenas porções do líquido a ser medido.
Não se devem usar escovas para lavagem de buretas, nem colocá-las
depois de lavadas na estufa.
Quando se usa uma bureta diariamente, é melhor deixá-la cheia de água
destilada e presa ao suporte, entre os períodos de trabalho no laboratório,
protegendo sua abertura com papel de filtro ou com uma rolha.
Ao usar a bureta, devem-se levar em consideração as seguintes
observações: encher a bureta de tal forma que não fiquem bolhas de ar no seu
interior; certificar-se de que a bureta se encontra na posição vertical; deixar
cair rapidamente uma porção do líquido da bureta, para encher a parte da
rolha esmerilhada e a ponta, de tal modo que nenhuma bolha de ar permaneça
nessa parte; anotar a posição inicial do menisco; quando o líquido estiver
caindo, evitar projeções no frasco receptor.

3 - BALÕES VOLUMÉTRICOS – São utensílios de vidro que se apresentam


na forma de um globo de fundo chato, provido de um gargalo longo e estreito,
de bordas arredondadas, aos quais são adaptadas rolhas esmerilhadas ou rolhas
de teflon. Ainda no gargalo, vê-se uma marca circular que serve como
referência à medida do volume. Apresentam-se em tamanhos variados e
caracterizam-se por fornecerem volumes definidos, de acordo com a
capacidade em mililitros. São mais usados no preparo de soluções e reagentes,
quando se deseja uma concentração a mais exata possível.
Figura 1.28 - Balão volumétrico.

4 - PIPETA – A pipeta deve estar completamente limpa, para que, ao escoar o


líquido, não sobrem gotas nas paredes internas. Como todos os instrumentos
de medidas de volume, não pode ser aquecida para não haver danificação de
sua escala ou modificação em sua capacidade, causada pela dilatação do vidro.
A técnica de pipetar consiste em fazer sucção, em sua extremidade mais larga,
com a boca e, imediatamente, obstruir esta extremidade com o dedo indicador;
pode-se também pipetar usando-se, peras de borracha apropriadas. Para
ajustar o menisco ou escoar o líquido, basta diminuir a pressão do indicador
sobre ela. NÃO se deve soprar a pipeta ao final do escoamento, a não ser que o
fabricante o recomende.

Figura 1.29 - Pipetas: a) volumétrica e b) graduada.

Materiais e Reagentes
Béquer de 50 ou 100 mL FeSO4 0,1 mol/L (acidulado)

Bureta de 25 ou 50 mL KMnO4 0,02 mol/L

Erlenmeyer de 100 ou 150 mL


Frasco lavador (pisseta)
Garras
Haste universal
Pipeta graduada de 10 mL
Pipeta volumétrica de 10 mL
Proveta de 50 mL ou 100 mL

Parte Experimental
A Figura 1.30 ilustra como deve ser feita a leitura em equipamento para
medir volumes.

Figura 1.30 - Leitura em equipamento para medir volumes.


Para se evitarem erros na leitura do volume, em razão do efeito de
paralaxe, é sempre necessário que a leitura seja feita com o aparelho na posição
vertical e na altura dos olhos do observador.
Quando o líquido a ser medido for incolor ou levemente colorido, a
leitura do volume é feita observando-se a parte inferior do menisco. Se o
líquido for colorido, de tal modo que impeça a verificação do menisco inferior,
observa-se, então, sua parte superior.
Seguem algumas operações que têm como objetivo comparar volumes
medidos com buretas e pipetas, precisas e exatas, com os mesmos volumes
medidos em instrumentos mais grosseiros como a proveta.
1 - Observe o material para o seu trabalho em grupo. Anote as diferenças
entre a pipeta graduada e a pipeta volumétrica. Usando a pipeta graduada,
pipete de um béquer 9 mL de H2O destilada e transfira-os para o erlenmeyer.
Tente fazer o mesmo, usando a pipeta volumétrica. Você agora está apto a
citar pelo menos uma vantagem em se usar a pipeta graduada. Existe alguma
vantagem em se usar a pipeta volumétrica?

2 - Adicione com pipeta volumétrica cinco porções sucessivas de 10 mL de


H2O destilada a uma proveta. Após cada adição, anote a leitura do volume de
H2O na proveta.

3 - Faça uma montagem, conforme a Figura 1.31.

Figura 1.31 - Montagem para utilização da bureta e proveta.


Encha a bureta com H2O destilada. Retire as bolhas de ar e “zere” o
aparelho (0 mL), recebendo o excesso de H2O destilada em béquer. Transfira
sucessivamente cinco porções de 10 mL da bureta para a proveta. Anote os
volumes lidos na proveta, após cada adição de 10 mL. Você observou
diferenças entre os volumes lidos na bureta ou pipeta e na proveta? Em caso
afirmativo, a que se atribuem as diferenças observadas? Em caso negativo,
pode-se afirmar que não houve erro nas medições?

4 - Encha novamente a bureta com solução de KMnO4 0,02 mol/L


procedendo como anteriormente. Pipete 10 mL de solução de FeSO4 0,1
mol/L previamente acidulada, com pipeta volumétrica. Transfira esta solução
para um erlenmeyer (Figura 1.32). Inicie a titulação, adicionando à solução de
FeSO4 a solução de KMnO4, vagarosamente, até o não desaparecimento da cor
da solução de KMnO4. Anote o volume gasto de KMnO4. Transfira o
conteúdo do erlenmeyer para uma proveta e faça a leitura do volume. Você
observou algum erro quando fez a medição?

Figura 1.32 - Montagem para titulação de FeSO4 com KMnO4.


PRÁTICA Nº 2

Materiais e Substâncias: Critérios de


Pureza, Fracionamento de Materiais
Objetivos
a) distinguir substâncias e materiais; e
b) aprender técnicas de fracionamento.

Introdução
Diz-se que matéria é tudo que tem existência concreta, tudo que ocupa
lugar no espaço, tudo que tem massa. Seria desnecessário dizer que a matéria
se apresenta sob formas muito variadas: água, rocha, carvão, ferro, petróleo,
oxigênio etc. Os diferentes tipos de matéria são denominados
SUBSTÂNCIAS.
Na natureza, porém, as substâncias normalmente encontram-se
misturadas e, assim, são denominadas materiais. Uma das mais importantes
tarefas dos químicos é fracionar esses materiais, obtendo as substâncias
correspondentes. Deve-se, portanto, fazer distinção entre substâncias e
materiais.
Às vezes, é fácil distinguir substância de material, uma vez que as
substâncias são sempre homogêneas (um só aspecto, uma só fase), ao passo
que os materiais podem ser heterogêneos (mais de um aspecto, mais de uma
fase). No entanto, certos materiais são facilmente confundidos com
substâncias, porque são também homogêneos (água salgada, por exemplo,
constituída da substância água com a substância sal). Distinguem-se, assim,
dois tipos de materiais: material heterogêneo (facilmente identificado) e material
homogêneo (que pode ser confundido com substância).
Distinguir uma substância de um material homogêneo, embora mais
difícil que distinguir de um material heterogêneo, é perfeitamente viável, uma
vez que as substâncias caracterizam-se por possuírem um conjunto de
propriedades físicas e químicas específicas (um conjunto diferente para cada
substância), fixas e constantes, o que não acontece com os materiais.
Dentre estas propriedades, são muito importantes o ponto de fusão (a
temperatura em que um sólido se funde), o ponto de ebulição (a temperatura
em que um líquido ferve) e a densidade (razão entre a massa do corpo e o
volume que ocupa, geralmente dada em g/cm3). Por exemplo: a água (H O)
tem ponto de fusão (PF) igual a 0 oC e o ponto de ebulição (PE) igual a 100 oC,
ambos a 1 atm de pressão, e densidade (ρ) igual a 1 g/cm3 a 4 oC.
A água salgada, que é material homogêneo, já apresenta variação de
temperatura durante a fusão e a ebulição. Os valores de densidade e
temperatura de início da fusão e ebulição variam conforme as quantidades
relativas de água e sal.
Os materiais, portanto, não têm ponto de fusão e de ebulição. As
substâncias, ao contrário, possuem ponto de fusão e ponto de ebulição, uma
vez que a temperatura permanece constante durante suas mudanças de fase.
As diferenças nas curvas de aquecimento de uma substância e um material são
mostradas na Figura 2.1.
Além disso, os materiais (heterogêneos e homogêneos) são, de modo
geral, fáceis de fracionar em seus componentes (substâncias) por processos
físicos, como filtração, centrifugação, destilação etc.
Figura 2.1 - Curvas de aquecimento.
O material homogêneo pode se classificar em: soluções e misturas. Mistura
é material cujas substâncias constituintes formam material homogêneo de
aspecto uniforme em qualquer proporção. Material homogêneo cujas
substâncias constituintes não formam material de aspecto uniforme em
qualquer proporção é denominado solução. Como exemplo de mistura têm-se
água e etanol, que formam material uniforme em qualquer proporção. Como
modelo de solução têm-se água e cloreto de sódio, que só formam material
uniforme até a proporção máxima de 35,7 gramas por 100 g de água, quando a
temperatura é de 0 oC.
Deve-se ainda salientar que há dois tipos distintos de substâncias:
Substâncias simples – presença de um só elemento químico. Exemplo: ferro
(Fe), ouro (Au) etc.
Substâncias compostas – presença de mais de um elemento químico. Exemplo:
água (H2O), álcool (C2H5OH) etc.
Substância composta é frequentemente confundida com material, embora
existam diferenças fundamentais entre eles, como no caso da substância
composta sulfeto de ferro(II) (FeS) e o material constituído pelas substâncias
ferro (Fe) e enxofre (S). No primeiro caso, o ferro e o enxofre vêm tão
intimamente ligados (ligação química) que nem um nem outro mantêm suas
Another random document with
no related content on Scribd:
CHAPTER X
A FRUITLESS SEARCH

Holding fast to the edge of the door, to steady himself against the
swaying of the car, which was now rumbling along over an uneven
piece of track, Jack peered ahead to see if there was a station in
view.
“Yet perhaps this freight doesn’t stop at the regular stations,” he
remarked. “I’m in a pretty mess, I am. Guess I’d better take lessons
in traveling in side-door Pullmans. I need a keeper, I do. Why
couldn’t I have left the case in the corner? Then the lurch of the car
wouldn’t have toppled it out. Well, it’s easy enough to think that now,
but that won’t bring it back.
“That looks like a station just ahead there,” he went on. “And I
certainly think the train’s slowing up. I believe I could almost jump
now.”
But a look at the ground directly below him showed that the car he
was in was moving too rapidly to permit of a safe leap. Then came a
perceptible slacking of the train’s speed. At the same time there was
a long whistle from the engine.
“That means put on brakes,” reasoned Jack, who knew a little about
railroads. “I believe we’re going to stop. Oh, I see,” he added, a
moment later. “That’s a water tank just ahead there, instead of a
station. They’ve got to stop for water. I’m glad of that; I’d rather not
get out near a station. Some one might want to arrest me, though I
must be pretty well disguised with all the dirt I’ve gathered up from
the floor of this car.”
A little later the train came to a stop, and Jack leaped from the car
and started back over the route he had come. He saw a little brook
running along the railroad embankment.
“Water!” he exclaimed. “Just what I need most in the world, next to
my suit case. Whew! But I’m thirsty!”
He found the water cool and good, and drank heartily. Then he
washed his hands and face, and felt better. He brushed as much dirt
as possible from his clothes, and then took to the track, intending to
walk along it until he came to the river in which his valise had
tumbled.
“I might as well make my breakfast as I go along,” he reasoned, as
he took from his pocket the last of his scanty supply of food. “Not
very appetizing,” he added, as he saw how dry and stale the bread
and meat was. Of the cake, none remained, but there was part of a
very much crushed piece of pie. Still, Jack was hungry, and he
wished he had more of the same kind of food.
The railroad ran for some distance along a high embankment, across
a low stretch of meadow, and then it turned, bordering a country
highway. Jack decided it would be easier walking on the road than
along the ties, so he crossed over.
“It can’t be more than a couple of miles back,” he said to himself. “My
things will be pretty well soaked, but I guess I can dry them out.”
As he went around a bend in the road, he came to a place where
another highway joined the one on which he was traveling. At the
same time he saw, coming along the other road, a country lad,
driving a wagon, in which were a number of milk cans. The youthful
driver spied Jack.
“Want a lift?” he asked good-naturedly.
“Thanks, but it depends on which way you are going,” replied our
hero.
“I’m going along this road,” was the answer, and the lad pointed to
the highway bordering the track. “I’m taking this milk to the dairy,” he
added. “Ye can ride as far as I go.”
“Then I guess I will. I want to get to where the railroad crosses the
river, about two miles back.”
“That’s the Wickatunk creek; that ain’t no river,” remarked the young
milkman, “Goin’ fishin’ in it?”
“Well, yes, you might call it that.”
“There ain’t no fish in it, around here. About three miles down is a
good place, though.”
“I don’t expect to catch any fish,” said Jack, with a smile.
“Ye don’t? Then what in Tunket be ye goin’ fishin’ fer?”
“My dress-suit case.”
The boy, who had halted his horse, looked at Jack sharply. Evidently
he thought the stranger was not quite sound in his mind.
“That’s right,” went on our hero, with a smile. “My suit case toppled
into the river as I was riding over it in a freight car. I’m going back to
see if I can’t fish it out.”
“Oh,” remarked the other lad. “Well, come on up, and I’ll drive ye
there. I thought maybe ye was jokin’.”
“No, it’s far from being a joke. I hope I get it out. I need the clothes
that are in it, though by the time I get them they may look as badly as
this suit does,” and he glanced down at the one he wore, which was
wrinkled and dirty from his ride in the freight car.
Jack got up on the seat beside the farmer lad, and briefly told the
circumstances of his loss, saying nothing, however, about having run
away.
He said he was traveling in the freight car because he could not
afford any other means of transportation, which was true enough.
“I’ll help ye look,” volunteered the boy. “I’ve got lots of time. I started
fer th’ dairy early this mornin’. Did yer satchel have anything heavy in
it, so’s it would sink?”
“Well, I don’t know. I’m afraid it wouldn’t float very well, after the
clothes got water-soaked. Is the river very deep?”
“’Tain’t a river, I tell ye. It’s a creek.”
“It looked like a river to me, and a mighty big one, when I saw my
case fall into it. Is the creek very deep?”
“Not very; only in spots. It’s kinder deep where th’ railroad bridge is.”
During the ride that followed, the two lads conversed on various
topics, Jack asking many questions about the country in that vicinity.
He made cautious inquiries as to whether there was any alarm out
for his arrest, and found, to his relief, that there was not.
Arriving at the bridge, the country lad, who said his name was Ferd
Armstrong, tied his horse, and went down to the edge of the creek to
help Jack look for his property.
“That’s about where it fell in,” said Jack, throwing a stone into the
water as nearly as he could at the spot where he had seen the case
disappear. “Maybe if I had a long pole I could fish it out.”
“I know a better way than that,” volunteered Ferd.
“How?”
“Take off your shoes and stockings and wade in. I’ll help ye.”
The boys did this, and soon were walking carefully about in the
creek, peering here and there for a sight of the case. The stream
was clear, and they could see bottom almost everywhere. But there
was no sign of the flat valise.
“Th’ current must have carried it below th’ bridge,” suggested Ferd.
“We’ll look there. But don’t wade under th’ bridge. There’s deep
holes there, made by an eddy. It’s over yer head in one place.”
They walked along the bank until they were below the bridge, and
then they resumed their search. Jack got a long pole and poked it
into places where Ferd said it was too deep to wade, but their efforts
were fruitless. The dress-suit case had disappeared.
“It’s either been carried a long way downstream, or else some one
saw it and walked off with it,” declared Jack. “Well, I suppose I’ll have
to do without it. But it’s tough luck.”
“Where ye goin’ now?” asked Ferd.
“I don’t know, exactly. I must get a place to work. Do you know of any
farmers around here who might hire me?”
“Dunno’s I do. They mostly have all th’ hired men they need by now.
Do ye know anythin’ about milkin’ cows?”
Jack shook his head.
“If ye did; dad might hire ye,” went on the young farmer. “He needs a
hand to milk cows. Th’ last man we had left because a cow kicked
him.”
“Then I don’t think I’d care for the place.”
“Oh, pshaw! A cow kick ain’t nothin’. Their feet is soft. A hoss hurts
when he kicks ye, though.”
“I should think he would. I don’t believe I care to be kicked by either.
Well, if you don’t think there’s any chance to get work around here,
I’ll have to travel on,” and Jack spoke rather wearily.
“Ye might git a job at th’ dairy where I’m takin’ this milk,” went on
Ferd. “They have lots of men an’ boys. If you want, I’ll give ye a lift
there, an’ ye kin ask. I know th’ foreman of th’ cheese department.”
“Thanks, I’ll try it. I’m afraid I have put you to a lot of bother as it is.”
“Aw, shucks! That ain’t nothin’. I got up early t’-day, an’ I’ve got lots of
time. Usually I’m two hours later than this bringin’ over th’ milk from
our place.”
“What was your hurry this morning?”
“I want t’ git back quick, so’s I kin go t’ th’ circus. I ain’t been t’ one in
two year.”
“Is there a circus coming here?” asked Jack, a sudden idea coming
into his mind.
“It’s comin’ t’ Mulford; that’s the next town. It’s a dandy show. I seen
th’ pictures. Be ye goin’?”
“I don’t see how I can, very well,” replied Jack, though he did not say
that the reason was because he had no money. “I must look for a
place to work.”
“Maybe ye’ll git a job at th’ dairy.”
“Well, I hope I do, but if I should I couldn’t leave it to go to a circus.”
“No, I suppose not. Waal, that’s hard luck. G’lang there, Dobbin,” this
last to his horse. “Waal, I’m goin’. I’ve been savin’ up fer it over three
months. I’ve got a dollar an’ thirteen cents. I kin git in fer half a dollar,
an’ have sixty-three cents t’ spend.”
“I guess you’ll have a good time,” commented Jack.
“Betcher boots I will! That’s what I got up so early fer. Say,” Ferd
added, as if a new thought had come to him, “did ye have yer
breakfast?”
“I had some breakfast,” replied Jack. He hardly felt like calling it his
regular morning meal.
“I jest happened t’ think they don’t serve meals in freight cars,” went
on the country lad, with a shrewd smile. “Say, how’d ye like a nice
drink of rich milk? Our cows give fine milk.”
“I’d like it very much,” answered Jack. “But can you spare it?”
“Shucks, yes! I’ve got a hundred an’ sixty quarts here in these cans.
Wait; I’ll git ye a good drink.”
“I haven’t a cup or a glass,” objected Jack, “and I’m afraid I can’t
drink out of one of those cans.”
“I’ll fix it,” replied Ferd. He stopped the horse and then, removing the
top of one of the cans, tilted the receptacle over until a stream of
thick, creamy milk flowed into the cover.
“There ye are,” he announced. “Drink that, an’ it’ll make ye feel
better.”
It certainly did. Jack thought it was the best beverage he had ever
had, not even excepting an ice cream soda.
The ride was resumed, and soon they came in sight of a series of
low buildings.
“That’s the dairy,” announced Ferd. “Now we’ll see if ye kin git a job
there.”
CHAPTER XI
JACK AT THE CIRCUS

Ferd drove the wagon up to one of the buildings where a low, broad
platform opened into a room with a concrete floor, about which stood
many milk cans. In one corner was a big tank, partly filled with milk.
Jack was interested in what followed. Greeting with a cheery “good
morning” the man in charge, Fred proceeded to lift out his cans of
milk to the platform of a scale.
“Do you weigh the milk?” asked Jack. “I thought it went by measure.”
“We weigh it here,” answered the man. “That’s the way they do at
most dairies and cheese factories.”
Ferd was given a ticket showing how much milk he had delivered,
and then turning his wagon about, he drove to a pump that stood on
a sort of elevated tank, with a trough extending from it to a height
convenient for the vehicle.
“What you going to do now?” asked Jack.
“Pump up some sour milk for th’ pigs,” replied Ferd. “After that I’ll
take you to th’ foreman of the cheese factory.”
He stepped up to the pump and began to work the handle.
“Jest hold that trough over one of th’ cans, will ye?” he asked Jack.
Our hero did as directed, and, as the country lad pumped, a stream
of curdled milk flowed into the cans that had just been emptied.
“This is what’s left after they take out th’ cream, or use th’ milk for
cheese,” explained Ford. “It’s fine fer pigs. Ours love it, an’ I take
some home every trip.”
He filled two cans with the refuse part of the milk, and then, driving
his horse out of the way of any other farmers who might want to get
some of the sour milk for their pigs, for it was given away by the
dairy, Ferd invited Jack to accompany him.
“I hope you git a job,” he remarked, in friendly tones.
“So do I,” replied Jack. “But if I don’t get one here I may land a place
somewhere else,” for he had a certain plan in his mind, though he
did not want to speak about it.
“Hey, Si,” called Ferd to a good-natured looking man, who stood in
the doorway of another low building. “How be ye?”
“Pritty tol’able. How’s yerself?”
“Fine. I got up early t’ go t’ th’ circus. Here’s a friend of mine. Can’t
ye give him a job turnin’ cheeses?” For cheeses have to be turned
around quite often to “ripen” properly, and it is quite a task in a dairy
where they make hundreds of them.
“Waal, now, if you’d come yist’day I could ’a’ done it,” replied Silas
Martin, who was foreman of the cheese department. “But we put a
feller on last night, an’ there ain’t no place now.”
“Is there any other opening here?” asked Jack, speaking for himself.
“I don’t believe there is,” replied the foreman. “I’d be glad to give you
a place if I had one, but I can’t. Do you like cheese?” he asked.
“I’m quite fond of it,” answered Jack.
“Come in and I’ll give you some that’s nice and mild,” went on Mr.
Martin. “Want t’ take some home, Ferd? Your daddy likes it. It’s full
cream, and it’s just right.”
“Sure,” replied Jack’s new friend.
The two boys went into the cheese room, which smelled quite
appetizing. The foreman gave them each large portions of cheese,
wrapped in paper.
“This will help out on my meals,” thought Jack.
“Wait a minute,” called Mr. Martin, as the boys were about to leave.
“There’s suthin’ that allers goes with cheese. Can ye guess what it
is?” he asked.
“Crackers?” replied our hero questioningly.
“Crackers is one thing, an’ apple pie’s another. My wife put me up a
lunch this mornin’ an’ I guess she thought I must have a terrible
appetite. I’ve got more’n I want.”
He went to a closet and came back with some crisp crackers, and
two large pieces of pie, which he insisted that the boys take.
“I’ve got twice as much left as I kin eat,” he said.
Jack accepted his portion with many thanks, and Ferd put his in one
of his big pockets. When he got outside he said to Jack:
“Say, I ain’t got no use fer this. I had a hearty breakfast, and I’ll have
a bully dinner before I go to th’ circus. Take this.”
He handed over his cheese, pie, and crackers.
“Sure you don’t want it?” asked Jack.
“Sure not. It might come in handy fer you if ye—if ye ain’t got no
money.”
“Well, I certainly haven’t any money, and I’ll take this very gladly, if
you don’t want it.”
“Naw. I don’t want it. Say, if ye’ll come back with me I’ll see that ye
git a good dinner.”
“I’m ever so much obliged to you,” replied Jack. “But I think I’ll go on.
If I thought I could get a job at your farm I’d go with you, but I know
nothing about milking or work about cows and horses. I think I’ll
travel on. But I want to thank you for what you’ve done for me.”
“Aw, that’s all right,” responded Ferd. “I wish I could ’a’ helped ye find
th’ satchel thet fell in th’ creek.”
“So do I, but I guess it’s gone.”
Bidding good-by to the kind and hospitable farm lad, Jack, who had
inquired the shortest way to Mulford, set out for that town, carrying
the food supplies which had so unexpectedly been given him.
“Luck is beginning to turn my way,” he thought. “When I get to where
the circus is I’m going to try and get a job there.”
It was quite a tramp to Mulford, and it was noon when Jack came in
sight of the town, which lay in a sheltered valley. He could see the
white tents of the circus, gay with many colored flags, and his heart
beat faster, as does that of every boy when he nears the scene
where one of the canvas-sheltered shows hold forth.
Though it was early, there was quite a crowd about, watching the
men erect some of the smaller tents, arranging the wagons, or
cooking the dinner for the performers and helpers.
“Guess I’ll eat my lunch, and then look about,” decided Jack. The
crackers, cheese, and pie tasted most excellent, and when he had
taken a long drink from a spring, which served to supply the circus,
he felt in shape to look about for a job.
He strolled over to where a gang of men were putting up a tent.
Something seemed to be going wrong, and the man in charge was
out of patience.
“What’s the matter with you gazaboos?” he asked tartly. “You pull on
the wrong rope every time. Here, haul on the other one, I tell you!
What’s the matter with you? Do you want this tent to get up to-day or
some time next week? Yank on that other rope, I tell you! Good land!
You’re worse than a lot of monkeys! Pull on that short rope!” he fairly
yelled.
The particular man at whom he was directing his remarks did not
appear to understand. He pulled on a long rope, instead of a short
one, and the tent, which was nearly up, was about to fall down. Jack
saw what was wanted. He sprang forward, and, just in time to save
the big stretch of canvas from collapsing, he hauled on the proper
rope, pulling it into place.
“That’s what I wanted,” said the man in charge. “It’s a pity you fellers
wouldn’t take lessons off that lad. He don’t need a tent-stake
hammer to have sense knocked into his head. Hold that rope a
minute, sonny, and I’ll come over there and fasten it. I never see
such a lot of dumb idiots in all my born days!”
Jack held the rope until the man took it from him, and fastened it
properly.
“I’m much obliged to you,” he said gratefully to our hero. “Only for
you the whole blamed business would have been on the ground.”
“You’re welcome,” answered Jack. Then a sudden idea came to him.
“You don’t want any more helpers, do you?” he asked.
“Well, I do need a couple of hands,” was the rather unexpected
answer. “If you want to stick around, and help out, I’ll give you a
couple of tickets to the show.”
“I’ll do it,” replied Jack, for he had a further scheme he wanted to try
and this just fitted in with it.
“All right,” spoke the man in charge of the tents. “Come with me. I’ll
find something for you to do.”
Jack was soon engaged in helping put up other tents, in carrying
gasoline torches here and there, filling them, and getting ready for
the night performance, though the afternoon one had not yet been
held. Several times the man who had engaged him came around to
see how he was getting on.
“You’re all right, kid,” he said heartily. “You’ll do. I wish I had a few
more like you. Here, just take this note over to the ticket wagon. Tell
the man Ike Landon, the boss canvasman, sent you. He’ll give you a
couple of good seats. I guess you can knock off now. We’re in pretty
good shape.”
He scribbled something on a piece of paper and handed it to Jack,
who took it over to the ticket wagon. It was drawing close to the time
for the performance, and there was quite a throng in front of the
gaudily painted vehicle.
As Jack was working his way through the press to the window, he
heard a familiar voice ask:
“Waal, are ye goin’ to th’ show? Thought ye didn’t have no money.”
“Why, Ferd,” exclaimed Jack, recognizing his friend of the milk
wagon. “I’m glad to see you,” he went on. “Have you bought your
ticket yet?”
“Nope, but I’m goin’ to.”
“Wait a minute, then. I can get two, and I’ll give you one.”
“Two? How ye goin’ to git two?”
“I’ll show you.”
By this time Jack had managed to reach the window. He handed in
the note, saying:
“Ike Landon, the boss canvasman, sent me with that.”
“It’s all right,” replied the ticket man, as he glanced at the piece of
paper. “Here are a couple of reserved seats.”
“Say, ye’re a peach!” exclaimed Ferd admiringly, when Jack gave
him one of the pasteboard slips. “How’d ye do it?”
“Oh, I pulled the right rope in time,” replied Jack, as he and his new
friend went inside the tent, where the band was playing a lively air.
CHAPTER XII
JACK DOES A STUNT

“Say, ain’t this bully!” exclaimed Ferd, as the procession which


begins each circus performance wound slowly around the arena. “It’s
immense! I wouldn’t ’a’ missed it fer a lot. I’m glad I met you. Now
I’ve got half a dollar more to spend on stuff to eat. Besides, this is a
better seat than I would ’a’ got.”
“Yes, the seats are all right,” admitted Jack.
“Ain’t you hungry?” went on Ferd, though he did not take his eyes off
the procession of animals, chariots and performers. “I am,” he
continued, not waiting for an answer. “Let’s have some hot
frankfurter sandwiches.”
A man with a basket of them was passing among the audience. Jack
eyed the brown sausages, in between the white rolls, with a hungry
eye. The crackers, cheese, and pie had not been very “filling.”
“Hey, there! Give us some of them,” called Ferd to the man.
“How many? Speak quick. I’ve got to get out of here in a hurry,
before the performance begins,” replied the vender.
“Four,” replied the farmer boy. “Ye can eat two, can’t ye?” he inquired
of Jack, who nodded his head in assent.
“Say, these are all right,” remarked the runaway lad, as he munched
the meat and bread, on which had been spread a liberal quantity of
mustard. “I’m glad I met you, Ferd.”
“Then we’re even. But here comes the acrobats. I like to watch ’em,”
he added, as the procession came to an end, amid a blare of
trumpets, and the show proper began.
It was like any other traveling circus, better than some, but not as
good as the large ones, even though the gaudy posters did
announce that the “Combined Bower & Brewster Aggregation of
Monster Menagerie, Hippodrome, Amphitheatre and Colossal
Exhibition challenged comparison with any similar amusement
enterprise in the entire world.”
“Look at that clown!” exclaimed Ferd. “Why, there’s a whole lot of
’em,” he added. “Gosh! but this is great! I never saw such a good
show! I don’t know which way to look!”
In fact, so many things were going on at the same time that it was
difficult to select any particular feature for observation.
There were men and women on high trapezes, others doing
balancing feats on elevated platforms, still others performing on the
backs of horses, while in a ring near the two boys ten elephants
were being put through their paces.
Jack had often been to a circus before, and now, from a reason for
which he could hardly account, he paid particular attention to the
antics of the clowns.
“I believe I could do as good as some of them, with a little practice,”
he thought. “What is needed is some sort of funny stunt to make the
people laugh. It doesn’t much matter what it is, as long as it’s funny.”
The clowns did seem to cause considerable laughter. Some of them
had trained dogs, pigs or roosters which they used in their act.
Others had a partner who aided them in provoking smiles or shouts
of glee. Some did acrobatic stunts, some sang or danced, and one,
with the help of a companion, acted as a barber using a whitewash
brush to spread the lather on his partner’s face.
“This is the kind of life that would suit me for a while,” said Jack to
himself. “I’d like to travel with a circus, and I believe I could do as
good as some of those clowns, if I had a chance. What’s more, I’m
going to try for a job here. I’ll ask the boss canvasman if there isn’t a
chance. I’d just like to be with the show, and maybe I could earn
enough money in the season to pay my way to China, and see what
has happened to my folks.”
This thought so occupied Jack that he paid little attention to the
performance. He made up his mind he would seek out one of the
managers, as soon as the show was over, and make his request.
“Say! Look at that! Did ye see it?” suddenly exclaimed Ferd.
“See what?”
“Why, that man jumped over ten elephants in a line!”
“That’s pretty good,” remarked Jack indifferently.
“Pretty good? I should say it was. I’d like to see you do it.”
“I think I’ll do it,” spoke Jack, who had just arrived at a certain
decision.
“What? Jump over ten elephants?” asked his companion, in
astonishment. “Say, are you dreamin’?”
“That’s right; I guess I was,” admitted Jack, with a laugh. “I was
thinking about something else.”
“Guess you don’t care much about a circus,” said Ferd.
“I’m thinking too much of getting a job,” replied Jack.
Ferd shook his head as if he could not understand Jack’s
indifference. After the performance the farm boy wanted to treat Jack
to popcorn, soda, and more frankfurters. Jack declined everything
but the sausage sandwiches.
“I can save them to eat when I’m hungry,” he said in explanation. “I
may need a meal to-night.”
“Why don’t you come home and stay with me a few days?”
suggested Ferd. “My folks wouldn’t care, and maybe you could get a
job somewhere in the neighborhood.”
Jack thanked his new friend, but said he had other plans. A little later
he parted from Ferd, and, by inquiring, he found the boss
canvasman, who was taking a rest after his labors in superintending
the erection of the tents.
Jack explained what he wanted—an introduction to the manager,
who had charge of hiring the performers.
“Sure I’ll take you to him,” replied Ike Landon, “only I don’t believe
you can do anything he’d want. Circus performers have to train for a
good while.”
“Well, maybe I can do something to earn a little,” replied Jack.
“Where will I find the manager? What’s his name?”
“His name is Jim Paine, and he’s a strict manager, let me tell you.
But if you make good, why, he’s all right. Come on over and I’ll
introduce you to him.”
Jack followed the canvasman across the circus grounds, from which
most of the audience had gone. Preparations were already under
way for the evening performance.
“Mr. Paine, here’s a lad who wants to join our circus,” remarked
Landon, with a grin, as he presented Jack. “He did me a good turn
this morning, and I’d like to help him if I could.”
“Ha! Hum!” exclaimed the manager, looking at Jack sharply. The
runaway noticed that Mr. Paine was a very pompous sort of person.
He wore a red vest, with yellow spots on it, a big red tie, in which
sparkled a large stone, and he had an immense watch chain.
Jack wondered if the manager was not going to say anything more
than “Ha! Hum!” But presently the big man made another remark.
“What can you do?” he asked.
“Well, not very much, perhaps,” replied Jack. “I’d like to learn to be a
clown, but I’d be willing to knock around and do almost anything for a
while, until I learned the business.”
“Run away from home?” asked the manager snappily.
“Yes,” replied Jack quickly, determined to tell as much as was
necessary of what had happened.
“Ha! Hum! First time I ever knew a boy who had run away from home
to admit it,” spoke the manager. “You deserve credit for that, anyway.
What’s the trouble?”
Thereupon Jack told of the unjust accusation of the old professor,
and what had happened to him since he had left Westville.
“So you want to be a clown, eh?” said the manager when Jack’s
story was finished. “Had any training?”
“I used to take the part in amateur shows me and my chums got up,
and I did a stunt on a vaudeville stage one night.”
“Let’s see what you can do?”
Jack’s heart beat fast. Here was the very chance he wanted. Could
he “make good?” So much depended on the first impression.
“Is there a place where I can make-up?” he asked.
“Make-up? Do you know how to make-up?”
“A little bit.”
“Well, if Ike Landon says you helped him, you must be all right, for
he’s a hard man to please. If you’re going to have a try-out, you
might as well do it proper. You can go to the dressing-tent.”
“Where is it?”
“Right over there,” and the manager pointed. “Ike will show you. Tell
Sam Kyle to give him a hand,” the manager called after the boss
canvasman. “I’ll wait here for him,” he added.
“Say, you’re in luck,” said Ike. “It ain’t many he’d give such a chance
to. Do you know what you’re going to do?”
“A little.”
Jack was introduced to a small, fat man, who, in the men’s dressing-
tent, was busy washing the red and white paint off his face.
“Sam is the head clown,” explained the canvasman. “He’s been in
the business—let’s see, how long is it now, Sam?”
“Forty years this season. I was one of the first clowns that Barnum
ever hired. You’ll find some grease paint over there,” he added to
Jack; and then he and the canvasman began to talk about matters
connected with the circus, paying no more attention to the runaway
lad.
Jack was quite nervous, but he made-up after an original idea of his
own. He turned his coat and vest wrongside out, and, with the aid of
Ike, put them on backwards. Then, feeling rather foolish over what
he was about to do, he stepped from the dressing-tent and walked
over to where the manager had said he would wait for him.
Several of the performers who saw Jack emerge laughed at his
curious costume and “make-up.”
“Well, I must look funny, no matter how I feel,” he said. “I hope I can
do my funny dance.”
“Ha! Hum!” exclaimed the manager, when he saw Jack. “That’s not
so bad. Let’s see what you can do.”
A crowd of performers, and some of the circus helpers, gathered in a
ring about the boy. Then Jack began. He repeated some of the
things he had done in the theatre at home, but added to them. He
sang, he danced, and cut all sorts of capers, gaining more and more
confidence in himself as he heard the crowd laughing. He even
detected a smile on the rather grim face of the manager.
Then, to cap his performance, Jack caught up a couple of paper-
covered hoops, or rings, similar to those through which some of the
performers jumped from the backs of running horses. Holding these
under his arms, like a pair of wings, he began to imitate a clumsy
bird. He hopped up on a board that rested across a saw-horse, and,
from that elevation, pretended to fly to the ground, but doing it so
grotesquely that he stepped through both hoops and was all tangled
up in them.
This produced some hearty laughs, and one or two of the women
performers applauded, for Ike had whispered to them what Jack’s
trial meant.
“Ha! Hum! Not so bad,” remarked the manager, though his voice was
not very cordial. “That imitation flying was well done. That might be
worked up. I think we can use another clown, as I’m one short. I’ll
engage you, young man. You’ll get ten dollars a week, and your
board, of course. Can you come right on the road?”
“Yes, sir.”
“Ha! Hum! Well, perhaps we can work you into shape. You need
some practice, but it’s not so bad; it’s not so bad. You can consider
yourself engaged. Report to Sam Kyle.”
Jack could hardly believe his good luck. An hour before he had not
known where his next meal was coming from. Now he was engaged
as a clown in a large circus.
CHAPTER XIII
PLANNING AN ACT

“Say,” remarked Ike Landon, when Jack had made his way through
the little ring of performers, “you did better than I thought you would.
The old man—I mean the boss—is mighty hard to please. If you
attend strictly to business now, there’s no reason why you can’t
become a first-class performer.”
“I’m going to try,” said Jack. “I need the money for a particular
purpose, for I’m determined to locate my folks if I can. I’ll do my
best.”
“I’ll tell Sam to give you a few pointers. He knows the business from
A to Z, backwards and forwards, and he isn’t jealous of a new
performer like lots of ’em in this game. You stick to Sam and you’ll be
all right.”
“Do you suppose I can perform to-night?” asked Jack.
“I don’t know. Maybe so. Ask Sam.”
Jack found the head clown eating his early supper in the big dining-
tent.
“Sit down and eat with me,” invited Mr. Kyle, when Ike had related
the result of the runaway’s trial. “I don’t like to cut up capers on a full
stomach,” he went on, “so I eat early. Well, I hear you made good.”
“Mr. Paine seemed to like what I did, though I don’t know that it was
very funny,” replied Jack modestly.
“It’s not so easy to make people laugh,” spoke the old clown. “I’ve
known elaborate acts to fall as flat as a pancake, and, again, some
simple little thing would bring roars of laughter. It all depends on how
it’s done. I’ve been at it forty years, and I’ve still got things to learn.”

Você também pode gostar