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As TIC na educação
INDICE
1. Introdução
2. Definição, desenvolvimento e certificação de competências básicas em TIC
2.1. Alunos
2.2. Professores
2.3. Adultos
3. Integração das TIC nos processos de ensino-aprendizagem
3.1. Integração curricular
3.1.1. Educação básica
3.1.2. Ensino secundário
3.1.3. O ensino recorrente
3.1.4. O ensino básico e secundário a distância
3.1.5. O ensino do Português no estrangeiro
3.2. Alunos com necessidades educativas especiais
4. Melhorar as condições de acesso às TIC em infraestruturas e recursos
4.1. Gestão escolar e inserção da escola na comunidade
4.1.1. Sistema de informação e software de gestão escolar
4.1.2. Relação Escola- Comunidade, redes educativas
4.2. Infraestruturas e questões organizacionais
4.2.1. Metas e estratégias de dotação de infraestruturas
4.2.2. Tipos de utilização e localização dos equipamentos nas escolas
4.2.3. Manutenção dos equipamentos
4.3. Conteúdos multimédia educacionais
5. Formação de professores e outros agentes educativos
5.1. Formação inicial de professores
5.2. Formação contínua de professores
5.3. Formação de outros agentes educativos
6. Investigação, desenvolvimento e avaliação das TIC
6.1. Linhas de acção
6.2. Medidas de suporte institucional à investigação, redes de conhecimento
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1. Introdução
1. Introdução
A perspectiva de que a vida do indivíduo se reparte em duas fases, vida escolar e vida
profissional, deixou de fazer sentido no contexto actual, dado que a educação e a formação
se tornaram uma necessidade constante e, em muitas situações, as pessoas têm de se
submeter a nova formação e a reconversão. Por isso, o investimento nos recursos humanos é
fundamental para uma economia de sucesso e para o equilíbrio social. A União Europeia
apostou em tornar-se, nesta década, a economia do conhecimento mais competitiva e
dinâmica a nível mundial e, para o conseguir, terá que investir fortemente nas TIC e na
Educação.
A presidência portuguesa da União Europeia (1º semestre de 2000) deu um forte contributo
para a elaboração do Plano de Acção eEurope cujo eixo condutor assenta na utilização da
Internet para o desenvolvimento da sociedade de informação incluindo acções estão
agrupadas em três objectivos principais: a) Uma Internet mais barata, mais rápida e segura;
b) Investir nas pessoas e nas qualificações; e c) Estimular a utilização da Internet.
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FEDER/FSE) para pôr em prática medidas que darão corpo àqueles objectivos e metas. Os
vários Ministérios estão comprometidos nesta estratégia para a Sociedade de Informação,
tendo à sua responsabilidade diversos programas e projectos orientados para este fim.
Esta medida de financiamento está integrada no Eixo prioritário do PRODEP III denominado
Sociedade de Aprendizagem o qual também inclui uma medida de apoio à formação dos
profissionais de educação, com especial enfoque na valorização do novo perfil do docente
como orientador das aprendizagens dos alunos com recurso às TIC tendo sido a formação
contínua neste domínio considerada prioritária em termos de investimento.
É neste contexto que surge o presente documento orientador das estratégias para a acção no
sector da Educação, visando a efectiva integração das TIC no sistema de ensino não superior
público em Portugal, bem como no sistema de educação não formal e formação inicial e
contínua de professores, tirando partido das suas potencialidades como elemento e factor de
mudança. Este Plano assenta numa estratégia balizada por três ideias fundamentais: (a)
inclusão, permitindo a todos os actores educativos o acesso aos equipamentos, recursos e
conhecimentos essenciais das TIC; (b) excelência, valorizando e estimulando os produtos de
qualidade e os processos que os permitem alcançar; e (c) a colaboração e as parcerias,
favorecendo as dinâmicas de projecto ao nível das instituições e das convergências que se
possam estabelecer inter-instituições.
Um futuro Plano de Acção deve promover a difusão de iniciativas em curso, de boas práticas,
que devem ser expandidas a nível nacional.
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2. Definição,
desenvolvimento e certificação
de competências básicas em TIC
2. Definição, desenvolvimento e certificação de competências básicas em TIC
2.1. Alunos
Uma educação básica capacitadora de uma cidadania plena para todos pressupõe a
existência de referenciais, de conhecimento e de desempenho, de acesso universal. Estes,
consubstanciados num perfil de competências gerais, não podem deixar de ter em conta as
implicações específicas e transversais que as TIC comportam.
Não basta que os alunos sejam capazes de realizar alguns procedimentos elementares no uso
das TIC. O desempenho básico neste domínio pressupõe que desenvolvam, de forma flexível
e faseada, processos de aprendizagem transdisciplinar, com um tempo significativo de prática
que lhes garanta a transferibilidade das aprendizagens e a autonomia no uso das TIC.
Neste sentido, o ensino básico, para além da certificação global que propicia no final do 3º
ciclo, deve dispor de uma certificação básica em TIC com identidade própria, capaz de balizar
as aprendizagens a realizar nestas tecnologias ao longo da escolaridade obrigatória e de
certificar a sua aquisição pelos alunos.
2.2. Professores
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(2) promoção de valores fundamentais no uso das TIC, incluindo a atenção às questões de
segurança/vigilância sobre a informação na Internet, as questões de direitos de autor e
éticas relativas à utilização das TIC, etc.;
(3) competências de ensino genéricas sobre quando utilizar e como integrar as TIC nas
diferentes fases do processo de ensino, partindo do planeamento até à avaliação e
modo de usar as TIC para estimular as dinâmicas da escola;
(4) competências para o ensino da disciplina/área curricular, incluindo o modo como
integrar as TIC no curriculum, conhecer e avaliar software educacional, como explorar
os recursos existentes na escola, estar familiarizado com o equipamento, estar atento
às questões de segurança/vigilância sobre a informação na Internet, às questões de
direitos de autor e éticas relativas à utilização das TIC, a questões relativas às
condições de acessibilidade da Internet para públicos com necessidades especiais;
(5) capacidades de manuseamento das ferramentas, incluindo software utilitário e de
gestão pedagógica, em contexto educativo.
A certificação das competências na formação inicial dos professores está enquadrada no grau
conferido pelos respectivos estabelecimentos de ensino. A certificação da formação contínua
de professores deve prosseguir no sistema existente, aumentando a oferta das acções de
formação.
A Lei de Bases do Sistema Educativo prevê a definição pelo governo dos perfis de
desempenho docente. Os trabalhos preparatórios para a realização desta definição têm vindo
a ser realizados pelo Instituto Nacional para a Acreditação da Formação de Professores
(INAFOP), que apresentou já projectos de perfil geral de desempenho do educador de
infância e dos professores dos ensinos básico e secundário e de perfis específicos de
desempenho do educador de infância e do professor do 1º ciclo do ensino básico. Assim, no
projecto de perfil geral de desempenho dos professores está definido que lhes cabe
incorporar nas actividades de aprendizagem as TIC e promover nos seus alunos a aquisição
de competências básicas neste domínio.
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Na acreditação analisar-se-á se os conhecimentos, atitudes e capacidades identificados como
objectivos do curso são susceptíveis de preparar para o desempenho docente, se as situações
de ensino-aprendizagem são adequadas à prossecução de tais objectivos e se a certificação
final dos diplomados garante que realizaram as aprendizagens necessárias para iniciar o
exercício docente.
2.3. Adultos
Este Referencial está organizado em três níveis (B3, B2, B1) que, para todos os efeitos, são
equivalentes, respectivamente, aos 9º, 6º e 4º anos de escolaridade. O Referencial de
Competências-Chave, constitui-se, assim, como orientador da construção curricular dos
Cursos de Educação e Formação de Adultos (Cursos EFA), das Acções S@bER+ e do próprio
Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências.
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população adulta a melhorar as suas qualificações escolares ou profissionais. Na linha
editorial da ANEFA desenvolvem-se três colecções, diferenciadas, com objectivos e públicos
diferentes, intituladas: Conhecimento em EFA; Práticas de EFA; e Materiais de EFA.
Acções a prosseguir
??Regulamentar a aprendizagem e certificação de competências básicas em TIC dos alunos
do 9º ano/escolaridade obrigatória
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3. Integração das TIC
nos processos
de ensino-aprendizagem
3. Integração das TIC nos processos de ensino-aprendizagem
Neste quadro, as TIC são chamadas a assumir uma importante dimensão pedagógica em
toda a escolaridade obrigatória, desde o 1º ao 9º ano, de forma diversificada e no quadro
das diversas disciplinas e áreas curriculares não disciplinares. Ao mesmo tempo, em cada um
dos três ciclos do ensino básico, estabelece-se que as TIC devem ter uma presença saliente
nas áreas curriculares não disciplinares, a saber: “Área de Projecto”, “Estudo Acompanhado”
e “Formação Cívica”. No que se refere ao enquadramento destas áreas o Decreto-Lei 6/2001
indica ainda que estas «devem ser desenvolvidas em articulação entre si e com as áreas
disciplinares, incluindo uma componente de trabalho dos alunos com as Tecnologias da
Informação e da Comunicação e constar explicitamente do projecto curricular de turma».
Assim, as orientações traçadas neste Decreto convergem na criação das condições para que
os alunos do ensino básico realizem as suas aprendizagens com as TIC e sobre as TIC. No
final desse percurso da escolarização os alunos deverão ter, no mínimo, capacidade de as
utilizar de forma adequada. O perfil de competências gerais a desenvolver pelos alunos ao
longo do ensino básico contempla esta competência.
- uma Área disciplinar no plano curricular do PROGRAMA 15-18, distribuida pelas 3 fases
do programa, numa carga horária total de percurso de 210 ( correspondente ao 3º ciclo
do ensino básico), promovendo o acesso , a pesquisa e à utilização eficaz da informação.
Os programas têm vindo a ser elaborados pelas escolas, com o acompanhamento
técnico-pedagógico do DEB.Apresentando este s cursos, uma vertente profissional de
nível II, são apresentados pelas escolas, muitos projectos cuja área técnica é na área da
informática.
- Nos cursos de Educação Formação Profissional, por visarem uma formação profssional de
certificação de nível II, a informática é uma das áreas que tem vindo a apresentar uma
evolução significativa. O Plano de estudos apresenta uma formação geral, sócio - cultural
e profissional, onde as TIC surgem como formação transdisciplinar.
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A assunção no currículo do ensino básico de uma integração transversal das TIC pressupõe
que venham a existir adequados conteúdos digitais para os vários ciclos deste nível de
ensino, incluindo a educação pré-escolar.
1. Os programas das várias disciplinas, sempre que possível, incorporassem as TIC, quer ao
nível dos conteúdos quer ao nível do seu desenvolvimento, enquanto ferramentas de ensino-
aprendizagem.
2. A integração das TIC nas várias disciplinas, conforme os casos, assumisse diferentes
configurações:
- Utilização de software genérico (por exemplo, Processador de Texto; Folha de Cálculo;
Navegador para Internet; Base de Dados; Correio Electrónico).
- Utilização de software específico das várias disciplinas, quando se justificar (nesses casos,
deverá ser indicado exactamente o número de aulas, bem como do tipo de actividades
exploratórias que possibilitem aos alunos a aquisição das competências requeridas.
- Utilização de software genérico e específico ao trabalho desenvolvido na Área de
Projecto/Projecto Tecnológico ou em trabalhos individuais e/ou de grupo, no âmbito das
várias disciplinas (a título de exemplo, poderá ser utilizado software para áreas tão
específicas como a edição electrónica, o tratamento de imagem, a edição de vídeo e a edição
de páginas Web.
- Utilização dos meios de comunicação, nomeadamente, no envio e recepção de correio
electrónico, no envio e recepção de ficheiros, no acesso a redes locais e Internet e na criação
da páginas a alocar quer em rede local quer na Internet.
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No ensino profissional, e na sequência do regime jurídico das Escolas Profissionais, o
Decreto-Lei nº 4/98, de 8 de Janeiro de 1998, procura-se fazer a integração dos saberes e
competências no âmbito das TIC em todos os curricula nas dezassete áreas de formação
onde se integram, quer ao nível dos conteúdos dos módulos em várias disciplinas, quer como
disciplina autónoma em planos de estudos que o exijam.
Por outro lado, a oferta formativa do ensino profissional contempla a Área de Formação
“Informática”, composta por seis cursos profissionais de nível 3, cuja abrangência vai desde a
concepção dos sistemas informáticos, à sua gestão ou mesmo à manutenção.
1. No âmbito dos currículos alternativos, e em qualquer dos ciclos de ensino( 1º,2º e 3º ciclo)
como novas componentes curriculares ou formações vocacionais ou pré- profissionais;
O ensino a distância possibilita a auto - formação e pode ser uma resposta para públicos com
descontinuidade educativa, por razões profissionais, pessoais ou de saúde.
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É um terreno que, de forma cuidada e gradual se pode desenvolver, possibilitando que
escolas dos ensinos básico e secundário adquiram experiência e iniciem experiências
inovadoras da tutoria e apoio a distância aos seus alunos.
Deve também ser previsto o estabelecimento de protocolos com unidades hospitalares, com o
intuito de permitir às crianças hospitalizadas temporariamente, mas por longos períodos, a
possibilidade de continuarem em contacto com a sua turma, através da “tele-aula”.
Assim, o enquadramento legal sobre frequência e avaliação escolar deve prever e possibilitar
situações em que o ensino básico e secundário se realize através de modalidades da
educação a distância, nomeadamente com recurso à Internet. Trata-se, essencialmente, de
actualizar legislação anterior sobre ensino doméstico adequando-a às novas possibilidades do
ensino a distância e possibilitando também soluções mais flexíveis em que a aprendizagem a
distância possa ser articulada com as aprendizagens presenciais.
Em segundo lugar o português é objecto de ensino e de uso por parte das comunidades
portuguesas em número muito significativo em diversos países. Nestas condições as TIC,
nomeadamente a Internet, podem constituir um poderoso instrumento não apenas para a
disponibilização de materiais pedagógicos e de promoção da cultura portuguesa mas também
de criação de redes interactivas de crianças, jovens e adultos que nos “quatro cantos do
Mundo” utilizam o português como a sua língua de expressão e de afecto.
Em quarto lugar, o Português é a língua comum de oito países que, em condições diversas,
se desenvolve em cinco Continentes. São conhecidas as complexas condições desse
desenvolvimento em alguns países (nomeadamente em África e em Timor) perante as quais
as TIC podem vir a assumir um papel de crescente importância. Para que assim seja, importa
perspectivar estratégias e iniciar percursos podendo, e devendo, o Ministério da Educação de
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Portugal contribuir, no âmbito do já constituído Instituto Internacional de Língua Portuguesa
(organismo da CPLP), para o incremento de uma tal acção.
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Acções a prosseguir
??Implementar a reorganização curricular do ensino básico, incluindo vertentes
relacionadas com a utilização das TIC em diversas disciplinas.
??Promover um estudo (do género Livro Branco), a partir de 2003, sobre a integração
curricular das TIC nas diversas disciplinas do ensino básico bem como nas actividades das
áreas curriculares não disciplinares.
??Criar, em parceria com outras entidades, um Centro Virtual de Apoio à Aprendizagem nos
três ciclos do ensino básico.
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Exemplos de iniciativas em curso
“Navegar no Português”: DES/DAPP
- http://www.des.min-edu.pt/projectos/falar/index.html
- CD’s “Navegar em Português”
Projecto de formação distância integrado no “Projecto Falar”
(Formação de Acompanhantes Locais –Aprendizagem em Rede)
que tem como destinatários os professores de Português.
A Iniciativa Nacional para os Cidadãos com Necessidades Especiais, lançada pela Resolução
do Conselho de Ministros n.º 96/99, DR n.º 199, I Série B, de 26 de Agosto de 1999, assenta
num conjunto de princípios os quais deverão enquadrar as medidas e as iniciativas que
garantam aos cidadãos com necessidades especiais os seus direitos de cidadania.
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jovens dos 0 anos até ao final do ensino secundário, para os quais as tecnologias,
genericamente denominadas por ajudas técnicas, são um recurso de excelência.
Estes Centros de Avaliação têm como funções (i) a avaliação na perspectiva da utilização das
TIC em contexto de escola/sala de aula, (ii) o desenvolvimento de um kit de avaliação com
recurso às TIC, que possibilite uma avaliação ecológica dos alunos, (iii) o desenvolvimento de
programas de comunicação aumentativa, (iv) a disponibilização de informação online, (v) a
formação de professores, alunos e suas famílias, (vi) o desenvolvimento de estratégias e
metodologias de comunicação a distância, numa perspectiva de formação contínua das
escolas envolvidas, (vii) a construção e gestão de uma base de dados de software educativo
para utilização por alunos com deficiências severas e baseado na experiência de aplicação
dos diferentes softwares educativos, (viii) a exploração de ajudas técnicas disponíveis no
mercado e (ix) a gestão de equipamentos para alunos, x) acompanhamento da utilização das
TIC em contexto de escola/sala de aula;xi) concepção de materiais multimédia.
Concomitantemente importa evoluir numa mais eficaz capacidade de atribuição das ajudas
técnicas aos alunos delas carentes. Para tanto as verbas previstas no PIDDAC para atribuição
dessas ajudas técnicas deverão ser afectas directamente às escolas que os alunos
frequentam e serem geridas directamente por estas.
É também de prever, face à realidade do parque escolar existente, que se crie uma rede de
escolas de referência com vocação para poderem dar respostas especificas a alunos com
problemáticas complexas que exigem um forte investimento no domínio das TIC. Tais escolas
a serem criteriosamente seleccionadas constituiriam um suporte especialmente apetrechado
para uma intervenção específica no âmbito da inclusão escolar devendo o seu incremento ser
experimental e gradual.
Acções a prosseguir
??Formar técnicos a destacar para esses Centros de Avaliação, em “Utilização das TIC na
educação de alunos com NEE”;
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Exemplos de iniciativas em curso
Criação de Centros...: Apoios da DREL ao CANTIC de Sacavém
1) CANTIC Sacavém Apoios do Programa Nónio-Século XXI aos
http://www.malhantlica.pt/cantic; projectos: «Tele-aula: uma nova forma de
www.terravista.pt/meiapraia/1508/index.html estar na escola» e «As TIC na aprendizagem
2) CANTIC Castelo Branco 3) CANTIC da leitura e da escrita» do CANTIC de
Coimbra 4) CANTIC Aveiro Sacavém
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4. Melhorar
as condições de acesso às TIC
em infraestruturas e recursos
4. Melhorar as condições de acesso às TIC em infraestruturas e recursos
A Iniciativa Internet refere objectivos a aplicar à Administração Pública que visam estimular o
desenvolvimento de serviços públicos online, inscrições e matrículas nos estabelecimentos de
ensino, acesso a registos académicos individuais, interacção com alunos e encarregados de
educação através da Internet.
Cabe ainda à DGAE recolher e tratar a informação necessária à construção de bases de dados
para a gestão dos recursos humanos, onde se insere o balanço social, dos recursos físicos, do
equipamento educativo e material didáctico, da rede nacional de estabelecimentos de
educação e ensino, bases essas a disponibilizar a entidades e agentes do sistema tais como
escolas, serviços regionais e centrais do Ministério da Educação, autarquias, sindicatos,
organismos da Administração Pública e outros.
A DGAE pretende também passar a fazer a recolha das candidaturas dos docentes através da
Internet, contribuindo para um decréscimo significativo do volume de informação sobre
suporte de papel.
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Para a concretização dos objectivos enunciados anteriormente a DGAE vai aplicar e
desenvolver produtos adequados recorrendo às TIC. A arquitectura do sistema de informação
deverá assentar na existência de um nó central onde deverão ser replicados os dados
específicos de cada escola, os quais possam ser agregados e disponibilizados aos diversos
organismos educativos centrais e regionais.
O estudo desenvolvido pelo DAPP sobre a relação entre a escola, a família e a comunidade,
cujo relatório e produtos finais estão publicados, consubstancia o trabalho desenvolvido em
25 escolas do ensino básico e um conjunto de estratégias e de trabalhos interactivos postos
em prática nessas escolas. A avaliação final permitiu concluir: que (i) a quase totalidade dos
alunos (93%), que registaram uma alteração positiva e profunda no progresso escolar,
tiveram um grande envolvimento dos seus pais no processo de ensino aprendizagem; (ii) a
maioria dos alunos (60%) que registaram pouca alteração no progresso escolar tiveram
pouco ou nenhum envolvimento dos seus pais no processo de ensino aprendizagem.
Com base na iniciativa do município, serão criadas estruturas de participação dos diversos
agentes e parceiros sociais, os Conselhos Locais de Educação (CLE), com vista à articulação
da política educativa, com outras políticas sociais, nomeadamente em matéria de apoio sócio-
educativo, de organização de actividades de complemento curricular, de ordenamento da
rede e cartas educativas, horários e transportes escolares. Os CLE são instâncias consultivas
cujas regras de funcionamento serão definidas em normativo específico, cabendo a cada
Município estebelecer o respectivo regulamento, de acordo com a realidade e dinâmicas
locais.
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Acções a prosseguir
??Implantar um sistema de recolha da informação estatística das escolas através da
Internet.
Estas metas quantitativas não são só por si suficientes para combater a info-exclusão nem,
tão pouco, determinam necessariamente um impacto positivo nas aprendizagens. Para que os
equipamentos sejam bem utilizados e rentabilizados é necessário (i) concretizar a revisão dos
curricula integrando as TIC; (ii) investir no desenvolvimento de conteúdos multimédia
educativos de qualidade; e (iii) fazer um esforço de formação generalizada dos professores
na utilização e integração curricular das TIC.
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Segundo um levantamento nacional sobre o apetrechamento informático e respectiva utilização nas escolas levado
a cabo pelo Ministério da Educação.
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Outra dimensão das infraestruturas físicas diz respeito à conectividade, recomendando o
eLearning que todas as escolas estejam ligadas em rede até final de 2002. Em Portugal, a
Iniciativa Internet aponta para que todas as escolas do 1º ciclo do ensino básico fiquem
ligadas até final de 2001, sendo de registar que a ligação RDIS já existe nas restantes escolas
desde 1997. Mas, mais uma vez, não basta que as metas quantitativas sejam cumpridas,
tornando-se imperioso que as ligações tenham maior capacidade e que os serviços sejam
mantidos a funcionar em permanência.
Se, por um lado, há que assegurar que todas as escolas possuam equipamentos informáticos,
no sentido de cumprir objectivos europeus e nacionais, mais importante é assegurar a sua
rentabilização pedagógica no quadro de um projecto global da escola. A avaliação da
experiência de apoio a projectos de escola baseados nas TIC levada a cabo pelo Programa
Nónio-Século XXI, mostrou que esta é uma estratégia a recomendar para o futuro,
transferindo para a escola os meios financeiros que viabilizem a sua execução, quer a nível
de apetrechamento quer de funcionamento, pois a escola é a entidade melhor posicionada
para gerir o seu projecto. Está provado que a gestão central não consegue responder, em
oportunidade, às necessidades das escolas e que nem sempre a escolha das opções a nível
central se mostra mais adequada a cada caso concreto.
Não existe um modelo único de apetrechamento que sirva a generalidade das escolas, nem
em termos de tipologia nem em termos de quantidade. As necessidades não devem ser
estabelecidas a priori mas determinadas pelo bom uso destes meios em cada escola. Neste
quadro, deverá definir-se o que pode constituir um “mínimo” de apetrechamento e o que será
o nível “desejável” de uma escola dinâmica. Este “desejável” deverá ser determinado pela
natureza dos projectos e actividades que cada escola desenvolve e o número de alunos e
professores neles envolvidos. Por outro lado, a evolução na utilização será cada vez mais
determinada pela formação dos professores e pela integração das TIC no currículo escolar.
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O Programa da Rede de Bibliotecas Escolares, lançado pelo Ministério da Educação em 1997, tem apoiado a criação
e desenvolvimento de bibliotecas escolares/centros de recursos nas escolas públicas dos diferentes níveis de ensino,
entendidas como centros de recursos multimedia de livre acesso, destinados à consulta e produção de documentos
em diferentes suportes, dispondo de espaços flexíveis e articulados, mobiliário e equipamento específicos, fundo
documental diversificado e uma equipa de professores e técnicos com formação adequada. Até ao momento foram
abrangidas por este programa cerca de 700 escolas que têm beneficiado de financiamento que abrangem pequenas
obras de adaptação, aquisição de mobiliário específico, equipamento e fundo documental.
VEIGA, Isabel (coord.), (1996), Lançar a Rede de Bibliotecas Escolares, Lisboa, Ministério da Educação
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3. As existentes em escolas com ensino secundário e decorrentes das necessidades
específicas de disciplinas.
Estes diferentes tipos de utilização devem apontar para a definição de modelos básicos de
apetrechamentos de escolas. Assim, o apetrechamento básico a considerar para uma escola
do 2º e 3º ciclos, com cerca de 600 alunos, poderá ser o seguinte 3:
Convém lembrar que a maior parte das escolas já possui algum equipamento que deverá ser
levado em conta e ser integrado, pela própria escola, num plano global de utilização. O
equipamento indicado não assegura, por outro lado, outras actividades que decorrem nas
escolas, como os clubes e projectos específicos, bem como as necessidades relativas a alunos
com necessidades educativas especiais. Em qualquer caso, parece fundamental garantir que
as escolas tenham uma margem de manobra suficiente para adaptarem estas tipologias de
equipamento às suas necessidades e situações específicas. É ainda importante referir que,
mesmo no modelo proposto, o equipamento não se limita a computadores mas inclui
periféricos considerados indispensáveis bem como a criação de redes cliente/servidor, com
necessidades próprias de assistência e manutenção.
O equipamento que deverá existir nas salas usadas pelas disciplinas técnológicas do ensino
secundário será definido de acordo com propostas das equipas de elaboração dos programas
da revisão curricular. Acresce, ainda, o equipamento que deve existir em salas destinadas a
docentes bem como nas secretarias, que deverá ser adequado ao número de potenciais
utilizadores.
Face às quantidades de equipamento que se prevêem fornecer às escolas nos próximos anos
e às necessidades prementes de manutenção de redes locais nas escolas há que garantir a
assistência técnica adequada. A solução deste problema passa pelo estabelecimento de
contratos entre os agrupamentos de escolas ou cada escola (dependendo da dimensão das
mesmas e do equipamento envolvido) com empresas de hardware.
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Tomamos como exemplo a EB 2,3 Galopim de Carvalho, Pendão, Queluz.
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Para além destes contratos de manutenção é necessário que as escolas de maior dimensão e
os agrupamentos de escolas contem com pessoal técnico-profissional que garanta (em
exclusividade) o funcionamento dos equipamentos e a gestão das redes locais, que tenham
competências para identificar problemas técnicos e capacidade para resolver problemas com
menor complexidade. As carreiras de pessoal não docente deverão ser revistas de forma a
incorporar este tipo de profissional com perfil técnico.
Acções a prosseguir
??Privilegiar o apetrechamento informático das escolas em função do seu projecto
educativo.
??Assegurar recursos humanos para a gestão e manutenção das redes locais nas escolas
(um técnico-profissional por agrupamento de escolas/escola de grande dimensão).
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de escolas europeias, consórcio que envolve todos os Estados-Membros e que oferece uma
plataforma com recursos educativos para diferentes áreas disciplinares — a Virtual School.
Um dos problemas com que se confronta a realização destes trabalhos é o dos direitos de
autor. Apesar da complexidade desta questão, deverá existir um esforço institucional no
sentido da liberalização dos direitos de autor para fins escolares e não comerciais.
Neste contexto, o esforço de apoio tem de continuar a ser feito a nível institucional
apetrechando as bibliotecas escolares e municipais com software educativo e, acima de tudo,
com um grande investimento na disseminação e utilização em contextos diversos.
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Há algum tempo já que se faz sentir a falta de um sistema de certificação da qualidade do
software educativo que certifique os vários produtos disponíveis no mercado que, apesar das
limitações do mercado português, tem conhecido algum crescimento nos últimos anos. Cabe
ao Ministério da Educação estabelecer um sistema de certificação baseado na criação de um
Selo de Qualidade (ou de uma marca registada), identificável através de um logotipo. Deverá
constituir-se um Conselho Consultivo da Certificação de Software Educativo que definirá os
critérios de avaliação e uma Comissão de Avaliação de Software Educativo que apreciará
periodicamente os pedidos de certificação dos produtos por empresas editoras. Esta
Comissão deve integrar representantes do DAPP, DEB, DES, IIE e SIAP (associações de
professores) e especialistas de reconhecida competência. Como resultado das avaliações
deve ser criada uma base de dados acessível on-line onde se encontrarão descrições dos
produtos avaliados. O sistema de certificação deve contemplar a acessibilidade do software
para crianças com NEE.
Acções a prosseguir
??Promover concursos nacionais para apoio ao desenvolvimento de conteúdos multimédia
para a Educação.
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5. Formação
de professores
e outros agentes educativos
5. Formação de Professores
A iniciativa europeia eEurope e a Iniciativa Internet em Portugal apontam para uma formação
básica em TIC para todos os professores até finais de 2002. Esta meta, ainda que ambiciosa,
dispõe de um conjunto de medidas e acções no âmbito do PRODEP III, que constituem um
efectivo contributo para a sua concretização, tendo sido através da Acção 5.1. estabelecida
uma prioridade para a formação contínua em TIC. Dado tratar-se duma formação em TIC
que tem uma envolvente didáctica e um enquadramento em contexto pedagógico, torna-se
indispensável dispor de um corpo de formadores que tenha esta valência de forma a
assegurar uma formação em TIC contextualizada e generalizada a todos os docentes dos
ensinos básico e secundário. Os centros de formação de associação de escolas que possuem
formadores acreditados nesta área, têm planos anuais de formação que já revelam
preocupações de oferta de formação em TIC, mas estas condições não existem
uniformemente em todo o país.
Se no plano do equipamento o esforço financeiro pode ter resultados a curto prazo, isto é,
timings acelerados de colocação de máquinas nas escolas, já no plano da formação de
professores, e acima de tudo dos professores, o processo de aquisição das competências e
sua aplicação no quotidiano lectivo é muito mais moroso.
As TIC oferecem novas oportunidades aos professores para dedicarem mais tempo à
preparação das actividades, ao apoio individual aos alunos e à avaliação, reduzindo o peso
das lições repetitivas e das tarefas administrativas. Mas, para manterem a sua actualização
como utilizadores das TIC, tendo em conta o rápido avanço destas, necessitarão de fazer um
esforço pessoal de investimento em auto-formação. A forma de ajudar os professores neste
processo passa por criar redes (de conhecimento entre a comunidade de professores) locais,
nacionais e internacionais que permitam o intercâmbio de experiências e partilha de boas
práticas. A Internet é um dos veículos privilegiados para se partir para a descoberta e se
estabelecer pontes com a comunidade educativa internacional.
Há que promover a formação inicial de professores, integrando as TIC nos curricula dos
cursos superiores que preparam para a docência, pois é manifesta a ausência de formação
em TIC 4.
Para alcançar o duplo objectivo de que os formadores utilizem, eles prórios, as novas
tecnologias e preparem os futuros professores para as usarem e para capacitarem os futuros
alunos para essa utilização, há que investir em incentivos às instituições de formação, para
além da clarificação das expectativas sociais através da definição dos perfis e dos padrões de
qualidade da formação inicial de professores e da realização do processo de acreditação.
Estes incentivos não se limitam à aquisição de equipamentos e de conteúdos mas devem
alargar-se à implementação de projectos, de preferência em parceria:
i) de formação de formadores;
iii) de investigação.
4
Como se confirma no estudo elaborado pelo Prof. Doutor João Pedro da Ponte, publicado pelo DAPP/ME, em 1998.
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5.2. Formação contínua
Perante as metas apontadas para a formação generalizada dos professores, haverá que fazer
um grande investimento na preparação de formadores em TIC e em modalidades de
formação a distância. A formação deve ser realizada em estreita ligação com a realidade das
escolas e as necessidades da prática profissional, valorizando as componentes de auto-
formação e de trabalho de grupo. A formação contínua tem sido muitas vezes perspectivada
como a oferta de cursos pelos centros de formação e pelas instituições do ensino superior,
mas deve contemplar cada vez mais outros processos de apoio às actividades e iniciativas
dos docentes, através de modalidades como projectos de investigação-acção e de
desenvolvimento curricular, oficinas de formação e círculos de estudo, onde as necessidades
e preocupações dos professores têm oportunidade de se transformar em processos de
desenvolvimento profissional. A formação contínua pode também recorrer às TIC para
conceber dispositivos de apoio baseados na lógica da formação a distância. Deste modo será
possível o trabalho colaborativo de docentes e formadores e a reflexão conjunta, bem como o
acesso a um manancial de materiais e informação impensáveis nos dispositivos de formação
mais tradicionais.
A continuação da formação contínua em TIC ao ritmo e nas condições em que tem vindo a
ser realizada, tem tido um crescimento que não é compatível com as metas a atingir em
2002. Há assim que intensificar a mobilização dos professores para a aquisição e
desenvolvimento de competências através da formação contínua adequada e que associe a
utilização das TIC ao processo didáctico-pedagógico alterando as metodologias utilizadas.
Trata-se, não só, de conferir aos professores o domínio das ferramentas TIC mas também o
conhecimento dos modos de usar estas ferramentas para promover a aprendizagem.
Por outro lado, deve-se incentivar a formação a distância que permita uma formação flexível
e à medida das necessidades individuais dos professores. A formação a distância é um
modelo exigente no que concerne a planeamento, acompanhamento e monitorização,
requerendo um grande investimento em recursos humanos, e como tal é um sistema
dispendioso. Este é um modelo que deve ser desenvolvido pelas universidades e institutos
politécnicos, quer para a formação inicial de professores quer para a formação contínua.
Estas instituições são as que estão melhor posicionadas para desenvolverem pedagogias
relacionadas com a aplicação das TIC.
Para além de uma formação generalizada que dê resposta às competências básicas em TIC
dos professores há que abranger a formação específica dos professores que leccionam as
disciplinas de informática nos cursos do ensino secundário (cerca de 650 professores).
No âmbito da Acção 5.1. do PRODEP III – Formação contínua e especializada nos ensinos
básico e secundário, poderá ser financiada, a título de incentivo, a formação de iniciativa
individual em acções de formação não financiadas pelo FSE que visem entre outros objectivos
o aprofundamento de competências em TIC pelos docentes dos ensinos básico e secundário
de forma a apoiar a criação, desenvolvimento e manutenção de redes informáticas internas e
a generalização do acesso à Internet como efectivas metodologias de aprendizagem.
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5.3. Formação de outros agentes educativos
A informatização dos vários sectores das escolas - serviços administrativos, laboratórios, salas
de estudo, salas de aula - torna urgente a formação do pessoal não docente nesta área, de
modo a poderem dominar os conhecimentos básicos para manipularem computadores e
outros periféricos, bem como adquirir competências básicas para utilizar o software relevante
para o exercício das suas funções. A formação de pessoal não docente torna-se cada vez
mais premente quer ao nível dos funcionários de secretaria que têm de lidar com software de
gestão escolar quer dos auxiliares de educação que têm de prestar apoio às várias salas da
escola.
A Direcção Geral da Administração Educativa está já a pôr em curso medidas neste âmbito.
Em particular, a DGAE está a elaborar os regulamentos e formação inicial e especializada dos
assistentes de acção educativa, técnico profissional de acção social escolar, técnico
profissional de biblioteca e documentação, assistente de administração escolar, chefe de
serviços de administração escolar, os quais terão componente dedicada às TIC.
Acções a prosseguir
??Sensibilizar os estabelecimentos de ensino superior para a necessidade da revisão dos
curricula de forma a promover a efectiva integração as TIC na formação inicial de
professores em todas as suas vertentes fundamentais (em particular nos cursos que
formam para a docência).
??Promover a formação a distância para a utilização pedagógica das TIC na perspectiva das
novas orientações curriculares de forma a perspectivar a criação de uma rede de
«actores educacionais» que partilham experiências e interagem no âmbito da gestão
curricular quer entre escolas quer no plano nacional.
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6. Investigação,
desenvolvimento
e avaliação das TIC
6. Investigação, desenvolvimento e avaliação das TIC
A investigação sobre o ensino e a aprendizagem poderá (i) analisar os efeitos das TIC sobre o
desenvolvimento de conhecimentos, competências, atitudes e valores dos alunos, (ii)
identificar novos estilos de trabalho dentro da escola (como os associados à realização de
projectos) e as suas implicações na actividade educativa, (iii) estudar os problemas sociais e
éticos associados à disseminação das TIC na sociedade e o papel da escola, iv) estudar a
potencialidade das TIC na educação de alunos com NEE, v) estudar meios de melhorar,
através da utilização das TIC, o ensino de alunos de grupos socio-económicos específicos
(alunos de diferentes etnias, diferentes níveis de aproveitamento, alunos cuja língua materna
não é o português, etc.).
O campo da formação de professores requer também uma atenção especial por parte da
investigação. Para perspectivar o trabalho e a formação dos professores será importante
conhecer as mudanças culturais e profissionais associadas ao uso das TIC na educação. Para
optimizar o esforço de formação será importante conhecer com mais rigor o alcance e as
potencialidades de diversas estratégias de formação (como cursos, oficinas e projectos),
tanto no que se refere à formação contínua como no que respeita à formação inicial. Além
disso, o alcance de dispositivos como ensino a distância para a formação de professores deve
também ser analisado.
Para além dos estudos de carácter mais prospectivo, que consideram novas formas de
funcionamento da instituição educativa ou as potencialidades deste ou daquele novo software
ou equipamento e para além dos estudos que tomam por objecto fenómenos específicos da
aprendizagem, do ensino e da organização escolar, há que realizar um esforço permanente
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É o caso, por exemplo, dos programas de cálculo simbólico, na Matemática.
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de avaliação, capaz de dar indicadores sobre os efeitos gerais da introdução das TIC nas
instituições escolares, promovendo os necessários estudos.
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Acções a prosseguir
??Lançamento de programas específicos de desenvolvimento curricular (parcerias DES-
DEB).
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Documentos de referência
eLearning
http://europa.eu.int/comm/education/elearning/index.html
Grupo Coordenador dos Programas de Informação, Difusão e Formação TIC para a Educação
Desp. Ministro da Educação nº 16125/2000, de 8 de Agosto
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