24 Outubro 2008
OPINIÃO
Portugal desconhecido
Prezados concidadãos,
Primeiro que tudo, é nosso ensejo dilatar este
periódico até onde ainda não foi distribuído,
porquanto uma grande parte dos intitulados amigos da
onça têm feito tudo por tudo para travar a divulgação
deste jornal, como já tiveram a oportunidade de
aperceber! No entanto, nós não vamos desistir da luta
que nos propusémos levar avante, como foi explicado
ao Exmo. Senhor - Secretário Geral da União Geral de
Trabalhadores, João Proença, que esteve em Londres
a assistir a um Congresso patrocinado pela
Confederação Europeia dos Sindicatos. A UGT tinha
sido contactada para o efeito, uma vez que ninguém
estava informado, nem tão pouco se sabia qual o
ponto da situação em relação ao Centro de
Informação e Aconselhamento que funcionava dentro
das Instalações da TUC Britânica, como consta nos
Protocolos assinados entre a CGTP – Lisboa e TUC –
Londres. Ora, nestas condições, houve alguém que
entrou em contacto com a CGTP, perguntando qual a
razão porque muitos dos nossos cidadãos que se
haviam deslocado àquela Confederação Sindical a fim
de tratarem de assuntos laborais não terem sido
informados que tais Serviços já tinham sido extintos,
tratando-se, assim, da lei do menor esforço, como é
da praxe do sistema sindical que poderá ter os seus
dias contados se não mudarem de estratégia,
porquanto a maioria que está filiada nos sindicatos
está desinformada, e só através da Telco/London
Citizens as Comunidades de Imigrantes têm sido, até
agora, informadas dos seus direitos!
Infelizmente, a comunidade portuguesa não tem
sido aliciada a organizar-se como as demais já o
fizeram, porquanto os senhores doutores de café e de
gabarito estão somente interessados em celebrar o Dia
de Portugal, não pelo seu significado histórico, mas
porque lhes cheira a dinheiro! Presentemente, temos
assistido ao desenrolar dos acontecimentos e estamos
à altura de poder dizer, alto e em bom som, que no 3º
Aniversário da West London Citizens, o Portuguese
Action Group, bem como o Guardian Angels foram
convidados a participar naquela efeméride, e, logo em
seguida, houve um debate de uma hora, porquanto
fizeram questão de saber a verdade e o ponto da
situação! O diagnóstico que se lhes apresentou não foi
dos melhores, porquanto qualquer trabalhador que
esteja filiado num sindicato e a entidade patronal, bem
como os bufos que fazem costas com as gerências se
apercebam de que algum empregado pertence ao
sindicato, discretamente é despedido sem justa causa!
Igualmente, numa outra reunião da Telco/London
Citizens, houve uma reunião nas instalações do
Centro Cultural Polaco, em Hammersmith, a fim de
analisar o ponto da situação concernente às
explorações, injustiças e escravatura que ainda
exístem na hotelaria e restaurantes, a quale é
apadrinhada por tubarões e aves de rapina que não
têm escrúpulos em roubar o seu semelhante,
inclusivamente os seus empregados, chegando ao
ponto de pagarem os seus salários com as gorjetas que
lhes são dadas pelos clientes! Quem está satisfeito
com tudo isto? Porventura, não são todos esses
altruístas e samaritanos de fachada que se vendem por
tuta e meia ao patronato, porquanto nunca passaram
de uns lambe-botas e engraxadore,s somente para
caírem em graça e serem promovidos pelos ditos.
Todavia, os sindicatos estão passando por maus
momentos, uma vez que têm sido criticados porque
nunca se modernizaram e as suas estratégias estão
ultrapassadas, virando-se, agora, o feitiço contra o
feiticeiro!
Muitas felicidades,
F. Gonçalves da Silva
Portuguese Action Group
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EDITORIAL JOÃO DE
Por
NORONHA
As promessas “murchas”
de António Braga
Durante a campanha para as eleições dos conselheiros das
comunidades, dizia-me, atrapalhado, o ex-cônsul geral, Miguel
Pires, que a Secretaria de Estado das Comunidades lhe tinha
incumbido a missão de evitar, a todo o custo, a abertura de
mesas de voto fora das instalações consulares. “Só estou a
cumprir ordens de Lisboa!”, dizia. Isto porque, para além de tudo,
tal facto trazia grandes problemas de organização aos serviços
consulares, muito mais interessados em verem-se livres de tão
incómoda tarefa.
Hoje, o mesmo secretário de estado das comunidades
portuguesas, António Braga, vem a público prometer aos
portugueses que envidará todos os esforços para garantir mesas
de voto um pouco por todo o lado - plantadas, aqui e ali, tal como
se de flores se tratasse.Tal afirmação não passa de retórica, é o
fruto de meras palavras bonitas, para efeitos políticos, mas ditas
sem convicção e sem qualquer princípio de verdade. E essas tais
flores, a serem reais, teriam de ser regadas com água... não
apenas com vontades. António Braga já nos habituou a este tipo
de “flores” que rapidamente “murcham” e não surtem efeitos.
Porque os campos não nascem floridos só por vontades, mas
com trabalho, dedicação, mão de obra e, sobretudo, com muito
investimento. E o estado português tem o bolso roto no que diz
respeito às reais necessidades da nossa comunidade no Reino
Unido. Antes das efémeras mesas, precisamos que o Estado
português olhe para os consulados e enfrente a necessidade de
garantir os serviços aos 700 mil portugueses aqui residentes.
Não votei no actual quadro de conselheiros eleitos mas tenho
de concordar que alguém tem de intervir na actual desgraça, que
nos persegue, venha o cônsul que vier. Porque o que está mal
são os meios postos ao serviço e o número de consulados, e
esses estão longe de ser suficientes. Conhecemos a mesma
“lenga lenga” de há muitos anos para cá.
Só que a nossa luta tem de continuar igual a si mesma, tipo
cassete, repetida no eco dos tempos e nas vicissitudes do
panorama que nos apresentam, ano a ano, década a década...
As “flores” e as vontades do Estado continuam as mesmas,
murchas por excelência!
Que floresça, então, o Presidente da República.
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