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Segunda leitura Dos Captulos sobre a Perfeio Espiritual, de Didoco de Foticia, bispo (Cap.6,26.27.30: PG65,1160.1175-1176) (Sc. V) A cincia do discernimento dos espritos vem da percepo da inteligncia A luz da verdadeira cincia est em discernir sem errar o bem e o mal. Feito isto, a via da justia que leva a mente a Deus, sol da justia, introduz ento a inteligncia naquele infinito fulgor do conhecimento, que lhe faz procurar da em diante, com segurana, a caridade. Os que combatem precisam manter sempre o esprito fora das agitaes perturbadoras para discernir os pensamentos que surgem: guardar os bons, vindos de Deus, no tesouro da memria; expulsar os maus e demonacos dos antros da natureza. O mar, quando tranqilo, deixa os pescadores verem at o fundo, de sorte que quase nenhum peixe lhes escape; mas, agitado pelos ventos, ele esconde na turva tempestade aquilo que se via to facilmente no tempo sereno. Assim, toda a percia dos pescadores se v frustrada. Somente, porm, o Esprito Santo tem o poder de purificar a mente. Se o forte no entrar para espoliar o ladro, nunca se libertar a presa. necessrio, portanto, alegrar em tudo o Esprito Santo pela paz da alma, mantendo em ns sempre acesa a lmpada da cincia. Quando ela no cessa de brilhar no ntimo da mente, conhecem-se os ataques cruis e tenebrosos dos demnios, o que mais ainda os enfraquece sendo eles manifestados por aquela santa e gloriosa luz. Por esta razo diz o Apstolo: No apagueis o Esprito, isto , no causeis tristeza ao Esprito Santo por maldades e maus pensamentos, para que no acontea que ele deixe de proteger-vos com seu esplendor. No que o eterno e vivificante Esprito Santo possa extinguir-se, mas a sua tristeza, quer dizer, seu afastamento que deixa a mente escura sem a luz do conhecimento e envolta em trevas. O sentido da mente o paladar perfeito que distingue as realidades. Pois como pelo paladar, sentido corporal, sabemos discernir sem erro o bom do ruim quando estamos com sade e desejamos as coisas delicadas, assim nossa mente, comeando a