Para compreender as capacidades da relação com os outros, temos de começar por
analisar as relações precoces do ser humano.
As relações precoces desempenham um papel fundamental na construção de
relações com os outros e na construção do eu psicológico. Os Humanos são seres imaturos, cuja imaturidade torna-se num elemento decisivo no seu desenvolvimento, tornando-o também dependente dos pais e de outros criadores, para poder sobreviver nos primeiros meses de vida.
O Bebe
O recém-nascido tem a capacidade comunicacional que estimula os que o rodeiam,
fazendo com que os mesmos satisfaçam as suas necessidades. É através da regulação mútua que o bebe e os progenitores (ou pessoas que cuidam dele) comunicam estados emocionais e respondem de modo adequado. O bebe recorre a várias estratégias para obter os cuidados que necessita, nomeadamente o choro, o sorriso e as expressões faciais.
As competências da mãe
Uma interaçao equilibrada exige que a mãe interprete adequadamente os sinais
emitidos pelo bebe. Erik Erikson chamou a atenção para a importância das primeiras reaçoes que o bebe estabelece designadamente com a mãe. Entre o nascimento e os 18 meses. O be e mantém uma relação privilegiada com a mãe, que oscila entre a confiança e a desconfiança. O bebe precisa de se sentir seguro, e cabe a mãe criar um sentimento interno de segurança, para encarar o mundo de forma positiva. Wilfred Bion, sugere o modelo continente, conteúdo para contextualizar a relação mãe-bebe. Põe conteúdo, vivencia medos, emoções, angustias, a mãe, constitui o continente. Bion sugere três possibilidades de actuação de mãe face a manifestação da angustia sentida pelo bebe, a mãe interpreta-a como “uma manha”, agudizando deste modo a situação de ansiedade. A relação mãe/bebe inicia-se antes do nascimento. Durante a gravidez, desencadeiam-se um conjunto de suposições sobre o sexo de bebe, fazem-se projectos relativamente à criança, constrói-se assim um vinculo a um bebe imaginário que se ajustara após o nascimento ao bebe real. A vinculação é a necessidade de criar e manter relações de proximidade e afectividade com os outros. Relação com os pais gera segurança, assim as crianças sentem-se mais livres para descobrir o mundo e estabelecer outras relações, ou seja, a forma como o bebe reage reflecte o seu equilíbrio emocional. Existem 4 tipo de vinculação, a segura, a evitante/ambivalente e desorganizada. Está comprovado que o bebe estabelece laços de vinculação com a pessoa mais próxima e que cuida preferencialmente dele, que responde mais adequadamente as suas necessidades. Na sociedade actual em que as crianças estão integradas em jardins de infância, são favorecidas outras relações que nos permite falar em relações múltiplas. O bebe necessita de manter contacto com a progenitora para se desenvolver. O envolvimento físico e emocional permite que a criança cresça equilibradamente. A vinculação securizante favorece a confianlça e a segurança, assim o individuo terá uma maior capacidade de superar as contrariedades ao longo da vida. Um vinculo seguro e confiante que proporcionará interacções sociais positivas e seguras. As experiencias feitas por Hurlow com os macacos chamaram a atenção para as carências afectivas que evidenciou a necessidade que as crias tinham de estar junto das mães, de manterem contaxtos físicos para um equilíbrio psicológico sem perturbações. Os adultos tem de ter cuidados especiais indispensáveis com as crianças, visto que nascem vulneráveis. São as relações de vinculação que tornam previsíveis os comportamentos de resposta as carências. Rene Spitz estudou as carências afectivas dos seres humanos, e designou o hospitalismo como as perturbações vividas por crianças carenciadas numa relação com um adulto, esse problema é frequente nas instituições privadas devido a falta de atenção para com as crianças provocando atrasos psicológicos. Há crianças que apesar de terem sofrido situações deste tipo conseguem desenvolver-se em equilíbrio (resiliantes) devido a plasticidade do ser humano.
Trabalho elaborado por:
Catarina Pinto nº 7 Daniel Emídio nº 9 Daniel Oliveira nº 10 Daniela Costa nº 11 Fábio Rita nº 12
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