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GRÁFICA E ORTOGRÁFICA
ACORDO ORTOGRÁFICO
Formador
António Carlos Rodrigues Gomes
6ª sessão – 23 de Fevereiro de 2010
Por que temos de escrever?
Porque a Escrita é
uma Ferramenta
alternativa à
memória humana.
Ela altera a
capacidade do
homem armazenar e
gerir a informação
Escrever é comunicar!
A motivação para a
aprendizagem da escrita terá
obrigatoriamente que fazer
ressaltar
este factor de interacção
comunicativa: escreve-se para
se ser lido, para transmitir ao
outro
aquilo que não poderia ser
transmitido de outro modo com
a mesma eficácia
Como as crianças se vão apropriando do
sistema de escrita
4
1º Nível
Fase da pré-
escrita
(diferenciação
progressiva)
2º Nível
Pré-
silábico
3º Nível
1. Fase
silábica
3º Nível
2. Fase Silábica com
fonetização
3º Nível
3. Fase
Silábica-
alfabética
3º Nível
4. Fase Alfabética
Identificação da dimensão
fonémica em praticamente todas
as sílabas, embora não
conseguindo lidar ainda com as
irregularidades da ortografia.
Consciência caligráfica
Convenções Requer ensino explícito
tipográficas e sistemático A gestão do espaço
de suporte da escrita
•Nitidez no desenho
das letras.
•Disposição das •Respeito pela linha;
Dimensão gráfica da escrita
palavras, frases e •Dimensão da letra;
parágrafos. •Alfabeto dual; •Hierarquização da
•Coesão gráfica dos
•Estilos de letras; organização da
textos. •Espaçamento de palavras; página.
•Destaques de títulos
•Linha interrompida;
e outros elementos. •Pontuação.
Finalidade da
10 escrita: ser lida.
Ensino formal da caligrafia
11
Requer um ensino
individualizado:
Organização da sala de Competências a desenvolver
aula
•Caligrafia legível (Necessidade da
• Grupos até 5 alunos clareza da letra Finalidade da
escrita)
•Trabalho individual com cada
• Domínio de conceitos espaciais:
grupo :
esquerda; direita; para cima; …
-prática de colocação do papel; espaços, palavras são constituídas por
- posição das mãos; letras…
- forma de pegar no lápis;
-…
Pereira, Luísa Álvares; Azevedo, Flora (2005) Como abordar…a escrita no 1.º
ciclo do ensino básico. Porto: Areal Editores
A competência ortográfica
O início da aprendizagem formal da escrita
constitui um momento para o professor observar:
A aprendizagem da ortografia
Fonológica (sub-lexical) Lexical
Corresponde à aprendizagem das regras que Liga directamente a forma ortográfica à sua
estabelecem a representação do som em causa, representação em termos de significado (sem
em diferentes contextos, a fim de se efectuar a passar pela análise dos fonemas nem pela
conversão dos fonemas em grafemas de forma conversão dos fonemas em grafemas).
correcta.
Ex. -m- antes de -p- ou -b- para nasalizar a Ex. paço = palácio; passo = caminhar
vogal
É activada nas palavras cuja ortografia fixámos.
Limitações: por si só não permite Permite associar aos diferentes significados a
diferenciação entre palavras homófonas grafia das palavras homófonas procedendo a
(concelho/conselho) => igual forma fonológica análise semântica e sintáctica (noz/nós).
podem escrever de forma igual;
Nem sempre a forma fonológica encontra Limitações: nas palavras de escrita
correspondência gráfica exacta (ex. cereja). desconhecida.
Resposta:
reforçar a consciência das variações e usos da língua
proporcionar acesso à forma do registo cuidado e padrão (que
geralmente constitui a referência para a ortografia)
Classificação das incorrecções ortográficas
Contextuais Acentuais
cero por quero estam por estão
gerra por guerra moito por muito
canpo por campo
Resposta:
• proporcionar e estimular a fixação na memória da forma
gráfica destas palavras
• reforçar a consciência de regras específicas (contextuais e
acentuais)
Classificação das incorrecções ortográficas
Resposta:
9. Incorrecções na translineação
(ex.: turi-stas por turis-tas)
Vamos à correcção?
O desenvolvimento da
consciência fonémica
Permitirá ao aluno o processamento dos sons que deverão
encontrar representação na escrita.
Estratégias para desenvolver a via lexical
implicam
A constituição de um léxico ortográfico, através do contacto frequente com a
palavra e da atenção prestada à sua forma;
▪ Construção de vocabulários ou listas com palavras em que o(s) aluno(s) apresenta(m)
dificuldades;
▪ Reforço da frequência do contacto com a palavra, tornando-a visível no ambiente que
rodeia os alunos;
▪ Construção de paradigmas ou conjuntos de palavras em que a mesma dificuldade
ortográfica esteja presente.
A ortografia tem por base uma norma, uma convenção respeitante à forma das
palavras, que deverá ser respeitada.
Os alunos deverão estar implicados, caso contrário, as tarefas com vista à melhoria
da ortografia não serão dotadas de significado para eles próprios.
Os alunos devem ser parte activa na identificação e compreensão dos erros, o que os
levará a perceber o sentido das tarefas. Por outro lado, essa atitude também terá
reflexos positivos na aprendizagem, pois um dos caminhos para superar o erro é
pensar antes de escrever.
O erro não será visto como um aspecto a penalizar, mas como etapa na apropriação
do sistema ortográfico. Ele revela o nível em que a criança se encontra em relação a
essa apropriação, o processamento que já é capaz de efectuar e que deverá ser
tomado como base para a aprendizagem.
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Base I
Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus
derivados
1.º O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras, cada uma
delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:
a A (á) i I (i)
s S (esse)
b B (bê) j J (jota)
t T (tê)
k K (capa ou cá)
c C (cê) u U (u)
l L (ele) m
v V (vê)
d D (dê) M M (eme)
w W (dáblio)
e E (é) n N (ene)
x X (xis)
o O (ó)
f F (efe) y Y (ípsilon)
p P (pê)
z Z (zê)
g G (gê ou guê) q Q (quê)
r R (erre)
h H (agá)
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
As minúsculas e maiúsculas
1.º
1.ºAAletra
letraminúscula
minúsculainicial
inicialééusada:
usada:
a)Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes;
a)Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes;
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera…
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera…
c) Nos bibliónimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos
c) Nos bibliónimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos
podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O
podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O
Senhor do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães, Menino de ou Menino de engenho,
Senhor do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães, Menino de ou Menino de engenho,
Árvore e Tambor ou Árvore e tambor…
Árvore e Tambor ou Árvore e tambor…
d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.
d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.
e) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste);
e) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste);
f) Nos axiónimos e hagiónimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): senhor
f) Nos axiónimos e hagiónimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): senhor
doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa
doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa
Filomena); Engenho
Filomena); Engenho
g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também
g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também
com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas
com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas
modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).
modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).
A letra maiúscula inicial é usada:
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
As minúsculas e maiúsculas
AAletra
letramaiúscula
maiúsculainicial
inicialééusada:
usada:
a)Nos antropónimos, reais ou fictícios:
a)Nos antropónimos, reais ou fictícios:
Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote;
Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote;
b) Nos topónimos, reais ou fictícios:
b) Nos topónimos, reais ou fictícios:
Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro, Atlântida, Hespéria;
Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro, Atlântida, Hespéria;
c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos:
c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos:
Adamastor; Neptuno/Netuno;
Adamastor; Neptuno/Netuno;
d) Nos nomes que designam instituições:
d) Nos nomes que designam instituições:
Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social;
Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social;
e) Nos nomes de festas e festividades:
e) Nos nomes de festas e festividades:
Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos;
Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos;
f) Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico:
f) Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico:
O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. Paulo);
O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. Paulo);
g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente:
g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente:
Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da
Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da
França ou de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático;
França ou de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático;
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Base II
Do h inicial e final
1.º O h inicial emprega-se:
a)Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor;
b) Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!
2.º O h inicial suprime-se:
a) Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva,
em vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste com herbáceo,
herbanário, herboso, formas de origem erudita);
b) Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao
precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar,
reaver
.
3.º O h inicial mantém-se, no entanto, quando numa palavra composta pertence a um elemento
que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste, pré-
história, sobre-humano.
4.º O h final emprega-se em interjeições: ah!
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
cc cç ct pc pç pt
Supressão do hífen
Efectua-se nos seguintes casos: