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UNIVERSIDADE – Micro eDO

ECONOMIAFEDERAL Macro
PIAUI

TEORIA ECONÔMICA

Departamento Ciências Econômicas E Quantitativas


Profº. Alecsandro Willamy O. Do Nascimento

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1. Produção
• Introdução;
• Conceitos básicos;
• Produção com um fator variável e um fixo
(análise de curto prazo);
• Produção a longo prazo;

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Introdução

Curva de Oferta
Teoria da Produção
(relações entre a quantidade produzida e as
quantidades de insumos utilizados)
Teoria da Firma
Teoria dos Custos de produção
(inclui os preços dos insumos)

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Produção – Conceitos Básicos


Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de
produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado.
Insumos
• Mão-de-obra
Produtos
• Capital Físico
Processo de Produção • Bens & Serviços
• Área, Terra Finais
• Matérias-primas

•Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que


produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de
insumo;
•Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que
permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de
produção. 4
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Produção – Conceitos Básicos


Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física
de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do
produto (q) em determinado período de tempo.

q  f  N, K, M 
onde:
N = mão-de-obra utilizada / tempo
K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo
M = matéria-prima utilizada / tempo

Observação: função de produção  função de oferta


•Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção.
•Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos
fatores de produção. 5
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Produção – Conceitos Básicos


Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a
produção varia.
Ex: o capital físico e as instalações da empresa
Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade
produzida varia.
Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas

Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de


produção fixo;

Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis.


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Produção: Produto Total, Produtividade Média e


Produtividade Marginal

Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado


período de tempo.
PT  q
Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e
a quantidade do fator de produção, em determinado período de
tempo.
PMeN  PT (produtividade média da mdo)
N
PMeK  PT (produtividade média do capital)
K

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Produção: Produto Total, Produtividade Média e


Produtividade Marginal

Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma


variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em
determinado período de tempo.

PT q dq
PMg N  = ou (produtividade marginal da mdo)
N N dN
PT q dq
PMeK  = ou (produtividade marginal do capital)
K K dK

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Produção: Produto Total, Produtividade Média e


Produtividade Marginal
PT
K N PT Pme N PMg N
10 0 0
10 1 3 3.0 3
PT
10 2 8 4.0 5
10 3 12 4.0 4
10 4 15 3.8 3
10 5 17 3.4 2
10 6 17 2.8 0
10 7 16 2.3 -1
10 8 13 1.6 -3
6 N
PMe N
PMg N
OBS:
O formato das curvas PMgN e
PMeN dá-se em virtude da Lei dos
PMeN
Rendimentos Decrescentes.

0 6 N
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PMg N
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Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes

Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N),


sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável
cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se
negativa.”
Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada).

Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só


vale a curto prazo).

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Produção: Isoquanta de produção


Isoquanta: significa igual
quantidade. Pode ser definida
como sendo uma linha na qual K
todos os pontos representam
infinitas combinações de fatores, 6
que indicam a mesma quantidade
produzida. Uma firma pode 4
apresentar várias isoquantas de q3  3.000
produção (mapa de produção). q2  2.000
2
q1  1.000
A escolha de uma isoquanta,
corresponde à escolha que o N
50 80 150
fornecedor deseja produzir,
dependendo dos custos de
produção e da demanda pelo
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produto.
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Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala

Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem,


a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho,
demandando mais fatores de produção.
• Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na
quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um
aumento de mais de 10% na produção;

• Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de


produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa
proporção menor;

• Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção


crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção,
neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes.
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2. Custos de Produção
• Introdução;
• Custo de oportunidade x Custo
contábeis;
• Avaliação privada e avaliação social;
• Custos a curto prazo;
• Custos a longo prazo;
• Linha de isocusto;
• Equilíbrio do produtor. 13
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Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social

Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa.


Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem
(automóvel);
Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade,
derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição
advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa).
Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade,
derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos
e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa.
•Externalidades positivas
•Externalidades negativas
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Custos de Produção: Custos a Curto Prazo

Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia.


Ex.: Aluguéis, depreciação, etc.

Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja,


depende da quantidade produzida.
Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc.

CVT  f  q 
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo
total.
CT  CVT  CFT
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Custos de Produção: Custos a Curto Prazo


Custos Totais ($)
CT  CVT  CFT

CVT

CFT

OBS:
Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes

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Custos de Produção: Custos a Curto Prazo

CFT
Custo Fixo Médio (CFMe): CFMe 
q

CVT
Custo Variável Médio (CVMe): CVMe 
q

CT
Custo Médio (CMe ou CTMe): CTMe 
q

CTMe = CVMe + CFMe


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Custos de Produção: Custos a Curto Prazo


Custos Médios ($)
O formato de U das curvas
CTMe
CTMe e CVMe “a curto
CVMe
prazo” também se deve à lei
dos rendimentos decrescentes,
ou lei dos custos crescentes.

CFMe
q

Em certo ponto, satura-se a utilização


Custos médios declinantes: Vantajoso absorver mão-de- do capital (que é fixo) e a admissão de
Pouca mão-de-obra obra e aumentar a produção, mais mão-de-obra não trará aumentos
p/ grande capital. pois o custo médio cai. proporcionais de produção (custos
médios ou unitários começam a
elevar-se).
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Custos de Produção: Custos a Curto Prazo

Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos


marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a
produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de
produto.
CT dCT
CMg  ou CMg 
q dq

Custos Mg ($) CMg OBS:


Os custos marginais
não são influenciados
pelos custos fixos
(invariáveis a curto
prazo).

q 19
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Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os


Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo)
Custos Médios e
Marginais ($)
CTMe
CMg CVMe

q
Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo
médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio,
o médio só poderá cair.
Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o
marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio.
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Custos de Produção: Custos a Longo Prazo

No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos


são variáveis, sendo assim, um agente econômico:
1. Opera no curto prazo e;
2. Planeja no longo prazo.

Os empresários têm um elenco de possibilidades de


produção de curto prazo, com diferentes escalas de
produção (tamanho), que podem escolher.

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Custos de Produção: Custos a Longo Prazo


Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 30 máquinas. Neste caso, as
curvas de custo médio de longo prazo serão:
I. Produção de q1  CMeC1 < CMeC2 e CMeC3
II. Produção de q3  CMeC2 < CMeC1 e CMeC3
III. Se planeja produzir em:
- q2  CMeC2 = CMeC1
- q4  CMeC2 = CMeC3
- são as opções normalmente escolhidas.

Custos ($) CMeC1 CMeC2


CMeC3
K  10 K  15
K  20

q 22
q1 q2 q3 q4
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Custos de Produção: Custos a Longo Prazo


A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva de
Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o
menor custo unitário.
Custos ($)
Lei dos rendimentos decrescentes
(Curto Prazo) CMeLP

q
qótimo
Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas
diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes
(ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo
prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa. 23
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Custos de Produção: Custos a Longo Prazo

K
Isocusto: conjunto de todas Isocusto
as combinações possíveis de
fatores de produção (K, L)
que mantém constante o custo
ou orçamento total da
empresa.

Dados os preços dos fatores,


se a empresa aumenta a
contratação de um fator,
deverá reduzir a aquisição de
outro fator, se deseja manter L
constante o orçamento gasto
 Inclinação negativa.

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BIBLIOGRAFIA
1. KRUGMAN, Paul. R; WELLS Robin.
Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Elsevier,
2007.
2. MANKIW, N. G. Introdução à Economia. 3 ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2009.
3. PINDYCK, R.S.; RUBINFELD, D.L.
Microeconomia. 8. ed. São Paulo: Prentice Hall,
2014.
4. VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval de.
Economia: Micro e Macro. 4 ed. São Paulo: Atlas, 25
2006.

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