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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


FACULDADE DE PSICOLOGIA

A VERIFICAÇÃO DA EFICÁCIA DE INSTRUÇÕES VERBAIS NA


MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL NO CONTEXTO DE CLÍNICA ODONTOLÓGICA.

André Luiz Sales de Paiva


Orientador: Prof. Dr. Thiago Dias Costa

Belém – PA
Junho 2011
• (Prevenção) Infecção cruzada: Passagem de um agente
etiológico de um individuo para outro susceptível.
Consultório Odontológico - 4 vias de transmissão – Jorge
(2004).
Paciente  Pessoal odontológico;

Paciente  Paciente (EPIs/ Pessoal odontológico)

• Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a
prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às
atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem
comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio
ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos
(Carvalho, Madeira, Tapety, Alves, Martins & Brito, 2009).
• Sullivan e McIntosh (1996) argumentam que a palestra é um
processo unidirecional desacompanhadas de questionamento
de discussão, ou a prática imediata, o que torna um método
de ensino pobres.

• Dale (1969, citado por Anderson, 1989) teorizou que alunos


retêm mais informação quando fazem algo do que quando
escutam, lêem ou observam.

OBJETIVO
• Verificar a eficácia de instruções verbais na manutenção de
equipamentos de proteção individual (EPI) no contexto de
clínica odontológica de uma universidade.
MÉTODO
Participantes:
• 22 alunos, integrantes do 10º semestre pertencentes à turma
230 (tarde).
• Todos os participantes atuavam na prática clínica;
Ambiente e Local de coleta:
• Sala de Espera do Prédio da clínica de odontologia da
universidade.
Instrumento de coleta:
• Folha específica (anexo 1) contendo o nome, dia, a hora, e os
comportamentos observados (O uso inadequado de EPIs por
ela indicados: Touca, Máscara, Jaleco, Luvas e Pro pés).
Procedimento:
• Sessões de observação semanais (Quartas-feiras);
• Sessões com 45 minutos de duração;
• Foram realizadas 12 sessões de observação (6 antes da
palestra e 6 depois da palestra);
• Os registros eram realizados todas as vezes que um aluno saia
do ambiente estéril da clinica trajando qualquer EPI.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Sessão 1 Sessão 2 Sessão 3 Sessão 4 Sessão 5 Sessão 6

6% 1,7% 3,2%
27,9% 25,7% 16,3% 41,4%
50,9% 5%
2,7%
16% 0% 21,9%
24%
27,3% 13,7% 42% 23%
2,4%
33,3%
30,5% 8,3%
30,2%
25,6% 52,7% 8%
41,9% 2,3%
11%
17%
37%
29% 11,2%
11,8% 35% 44,2% 6%
21.70%
12% 2,7% 1,9%
26,2% 30,3%
37,6% 0% 9%
21,2% 45,4%
3%
3,8%
35,8% 37% 19%
39,3% 4,3% 9%
13% 33% 2% 7,6%

Touca (Antes) Touca (Depois) Máscara Máscara Jaleco (Antes) Jaleco (Depois) Luva (Antes) Luva (Depois) Pro Pés (Antes) Pro Pés
(Antes) (Depois) (Depois)

• Número de ocorrências do uso inadequado de equipamentos de proteção


individual nas seis sessões de observação para todos os participantes, antes e
depois da realização da palestra.
Jaleco
• Porcentagens de ocorrências inadequadas altas exceto nas
sessões 1 e 6.
• Após a palestra a maior frequência (48%) registrada ocorreu
na sessão 4 e a menor (33%) na sessão 1.
• Modelação do comportamento por professores;
• Alto Custo de resposta.
O custo de resposta é qualquer propriedade de uma resposta que venha a dificultar sua
ocorrência ou a torne menos provável. (Teixeira & Souza, 2006).

Touca
• As frequências mantiveram-se superiores aos registros
anteriores a palestra, exceto nas sessões 5 e 6.
• Após a palestra a maior frequência (37%) registrada ocorreu
nas sessões 1 e 3 e a menor (24%) na sessão 5.
• Economia de tempo entre um procedimento e outro.
• Alto custo de resposta
Pro pés
• Frequência de utilização inadequada superior as observações
conduzidas anteriormente a palestra.
• A maior frequência de uso inadequado (21,9%) encontra-se
na sessão 6 a menor frequência (1,9%) foi registrada na
sessão 3.
• Economia de material (Utilização por professores/alunos e
pacientes).

Máscara
• EPI máscara foi o item com maior variação porcentual entre as
seis sessões de observação.
• Forma de utilização deste item pode depender do tipo de
material usado para sua fixação (elástico ou tiras de tecido).
• Após a palestra a maior frequência (19%) foi registrada na
sessão 1, sendo a menor frequência (6%) registrada na sessão
6.
Luva
• O EPI luva apresentou a menor porcentagem de ocorrência de
uso inadequado, contudo também permanece estável se
compararmos os dados de antes e depois da palestra.
• A maior frequência (8%) ocorreu na sessão 5 e a menor
frequência (0%) aconteceu na sessão 3.
• Conduta negligente
Segundo Lima e Ito (1993, citado por Jorge, 2004), nunca
atender ao telefone, abrir portas, gavetas, fumar, etc., de
luvas após atendimento ao paciente, sem desinfetá-las ou
usar uma sobre luva.
• Regras como única via de treinamento na aquisição de
repertórios comportamentais de biossegurança, não se
configuram como o método mais eficaz para o ensino de
comportamentos seguros para a prática clínica odontológica.

• Segundo Bohm & Gimenes (2008), auto-monitoramento é o


comportamento de observar e registrar sistematicamente a
ocorrência de algum comportamento (privado ou público)
emitido pela própria pessoa e eventos ambientais associados.

• Segundo Olson e Winchester (2008), o objetivo da utilização


deste método estaria relacionado à melhoria da
produtividade, segurança e saúde dos trabalhadores,
incluindo até mesmo os que exercem funções que demandam
elevado grau de isolamento e risco.

• Auto-monitoramento comportamental (Mais vantajosa) 


Uso adequado de EPIs (observação e registro dos seus
próprios comportamentos considerados inadequados) 
Diminuição.

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