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Vasos de Pressão

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Vasos de Pressão
Introdução
Muitos processos químicos contém fontes de energia concentradas e
utilizam materiais que sob condições anormais que podem ser
prejudiciais ao meio ambiente, a equipamentos de processos e a
pessoas.
As plantas com potencial de causar danos devem ser construídas com
múltiplos e independentes níveis de proteção os quais são projetados
para evitar os efeitos nocivos de cada potencial evento perigoso.
Dentro de cada processo, a redução dos riscos deve começar com o
mais fundamental elemento de projeto de processo: a seleção do
processo, a escolha do local e decisões sobre o inventário de perigos
e arranjo da unidade.
A contenção de matérias primas, produtos intermediários, insumos e
produtos finais em muitas indústrias químicas é feita com o auxílio de
vasos de pressão.
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Vasos de Pressão
O nome vaso de pressão é utilizado para identificar todos os
recipientes estanques, de qualquer tipo, formato ou finalidade,
capazes de conter um fluido pressurizado.
A faixa de variação de pressões e de temperaturas de trabalho dos
vasos de pressão é muita extensa. Existem vasos de pressão
trabalhando desde o vácuo absoluto até cerca de 4000 kg/cm2, e
desde próximo de zero absoluto até temperaturas da ordem de 1500
°C.
Contrariamente ao que acontece com quase todos os outros
equipamentos, máquinas, veículos, objetos e materiais de uso
corrente, a grande maioria dos vasos de pressão não é item de linhas
de fabricação, salvo raras exceções, os vasos são, quase todos,
projetados e construídos por encomenda, sob medida, para
atenderem, em cada caso, a determinada finalidade ou a
determinadas condições de desempenho.
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Vasos de Pressão
Nas indústrias de processo existem três condições específicas que
tornam necessário um alto grau de confiabilidade para os
equipamentos em comparação com as demais industrias em geral:

1.As indústrias de processo trabalham em regime contínuo


submetendo os equipamentos a um regime severo de operação.

2.Os diversos equipamentos formam uma cadeia contínua, através da


qual circulam os fluidos de processo, na qual a falha ou paralisação de
um único equipamento, obriga geralmente à paralisação de toda a
instalação com as consequentes perdas de produção.

3.É usual os vasos de pressão armazenarem fluídos inflamáveis, tóxicos


ou em elevadas pressões ou temperaturas, qualquer falha pode
resultar em um acidente grave ou mesmo em um desastre.
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Vasos de Pressão
Definição
Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão
interna ou externa.
Vasos de pressão estão sempre submetidos simultaneamente à
pressão interna e à pressão externa. Mesmo vasos que operam com
vácuo estão submetidos a estas pressões, pois não existe vácuo
absoluto.
O que usualmente denomina-se vácuo é qualquer pressão inferior à
atmosférica.
O vaso é dimensionado considerando-se a pressão diferencial
resultante atuando sobre as paredes, que poderá ser maior
internamente ou externamente. Há casos em que o vaso de pressão
deve ser dimensionado pela condição de pressão mais severa, a
exemplo de quando não exista atuação simultânea das pressões
interna e externa.
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Vasos de Pressão
Definição

Vasos de pressão podem ser construídos de materiais e formatos


geométricos variados em função do tipo de utilização a que se
destinam. Desta forma existem vasos de pressão esféricos, cilíndricos,
cônicos etc, construídos em aço carbono, alumínio, aço inoxidável,
fibra de vidro e outros materiais. Os vasos de pressão podem conter
líquidos, gases ou misturas destes. Algumas aplicações são:
armazenamento final ou intermediário, amortecimento de pulsação,
troca de calor, contenção de reações, filtração, destilação, separação
de fluidos, criogenia etc.
A NR-13 aplica-se a vasos de pressão instalados em unidades
industriais, e outros estabelecimentos públicos ou privados, tais como:
hotéis, hospitais, restaurantes etc.

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Classificação:

A NR-13 classifica Vaso de Pressão por:


•Potencial de Risco
•Classe do Fluido

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CLASSIFICAÇÃO DO FLUIDO DOS VASOS DE PRESSÃO

CLASSE “A”:
- Fluidos inflamáveis
- Combustível com temperatura superior ou igual a 200ºC;
- Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
- Hidrogênio;
- Acetileno.

CLASSE "B”:
- Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200°C;
- Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.

-CLASSE “C”:
-Vapor de água, gases asfi-xiantes simples ou ar comprimido.
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CLASSE “D":
- Água ou outros fluidos não enquadrados nas classes “A”, “B” ou "C",
com temperatura superior a 50°C.

OBS.: Quando se tratar de mistura, deveremos considerar para fins de


classificação o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores e
instalações, considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade e
concentração.

CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE RISCOS DOS VASOS DE PRESSÃO

Analisar o produto da pressão pelo volume PV


[P] = MPa (megapascal) e [V] = m3

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GRUPO 1 – PV > 100
GRUPO 2 – 30< PV <100
GRUPO 3 –2,5 < PV <30
GRUPO 4 –1 < PV < 2,5
GRUPO 5 –PV < 1

QUANDO OS VASOS DE PRESSÃO OPERAM SOB A CONDIÇÃO DE


VÁCUO, ENQUADRAM-SE NAS SEGUINTES CONDIÇÕES:
CATEGORIA “I”– Quando se tratar de fluidos inflamáveis ou
combustíveis;
CATEGORIA “V”– Para outros fluidos.

Obs. Para ser considerado vaso de pressão o produto pV dever ser


maior que 8 com P medido em kPa e V em m3.

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Exemplo: Um vaso opera com vapor de água a uma pressão de 2
kgf/cm2 e possui um volume de 2m3, verifique se este é um vaso de
pressão, caso afirmativo classifique-o.
P=2 kgf/cm2 = 2 x 100kPa = 200kPa = 0,2MPa
V = 2m3
Verificando se é Vaso de Pressão
Logo PV = 400 sendo maior que 8 é um vaso pressão

Classificando o vaso (Potencial de risco)


PV = 0,2MPa .2m3 = 0,4 Grupo 5

Classe do fluido Classe C

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Os vasos de pressão constituem não só os equipamentos mais
importantes da maioria das indústrias de processo, como também são
geralmente os itens de maior tamanho, peso e custo unitário nessas
indústrias, representando em média 60% do custo total dos materiais
e equipamentos de uma unidade de processo. Esses mesmos
equipamentos estão igualmente presentes, como itens de maior
importância, em muitas outras indústrias de outros ramos.

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CLASSES E FINALIDADES DOS VASOS DE PRESSÃO CLASSIFICAÇÃO DOS
VASOS DE PRESSÃO QUANTO AO USO

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FORMATOS e POSIÇÕES

O casco dos vasos de pressão tem sempre o formato de uma superfície


de revolução. Quase todos os vasos, com raras exceções, tem o casco
com uma das três formas básicas:

•Cilíndrica
•Cônica
•Esférica
•Combinações dessas formas
•O formato esferoidal é comum também

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CET - é o comprimento total do corpo cilíndrico, ou a soma dos
comprimentos dos corpos cilíndricos e cônicos sucessivos.
DI – é o diâmetro interno
DE – é o diâmetro externo

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FORMATOS e POSIÇÕES
Quanto a posição de instalação, os vasos de pressão podem ser:
• Verticais
• Horizontais
• Inclinados
Na maioria das vezes o formato e a posição de instalação de um vaso
decorrem ou são uma imposição da finalidade ou do serviço do
mesmo.
Os vasos verticais são usados principalmente quando é necessária a
ação da gravidade para o funcionamento do vaso ou para o
escoamento de fluidos. Tais são, por exemplo: as torres de
fracionamento, de retificação, e de absorção, bem como muitos
reatores de catalise De um modo geral, os vasos verticais são mais
caros do que os horizontais, principalmente quando de grande
comprimento; em compensação ocupam melhor área de terreno.
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Vasos de Pressão
Os vasos horizontais, muito comuns, são usados, entre outros casos,
para trocadores de calor e para a maioria dos vasos de acumulação
(ver figura próximo slide).

Os vasos em posições inclinadas são exceções, empregados somente


quando o serviço exigir, como, por exemplo, para o escoamento por
gravidade de materiais difíceis de escoar.
A grande maioria dos trocadores de calor trabalha pressurizada, as
vezes com grande diferencial de pressão entre os dois fluidos.
São portanto, também vasos de pressão. Quase todos os trocadores de
calor tem casco cilíndrico horizontal.
Dependendo da finalidade e do tipo, esses aparelhos podem receber,
entre outras, as denominações de trocadores, refervedores,
condensadores, resfriadores, aquecedores etc. Para a maior parte dos
vasos o casco é cilíndrico.
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Vasos de Pressão
Vasos de Pressão Horizontal

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DISTRIBUIDORES E TUBOS PESCADORES
São extensões dos bocais que se projetam para dentro dos vasos. Os
primeiros são instalados nos bocais de carga com o objetivo de
reduzir a agitação com a entrada do líquido. Os tubos pescadores
são instalados nos bocais de saída para líquidos leves, na separação
vapor-líquido-líquido, a fim de evitar o escoamento do fluido pesado
por esta tubulação.

ELIMINADOR DE NÉVOA (DEMISTER)


Consiste em blocos de materiais estruturados, como por exemplo
colmeias, montados antes da retirada de vapor, para não permitir a
passagem de gotículas de líquido em suspensão, que podem causar
erosão e corrosão, principalmente em vasos de sucção de
compressores.

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BOTA
Consiste em uma seção vertical de menor diâmetro, soldado no
fundo de vasos horizontais de separação vapor-líquido-líquido. É
usada para acumular o fluido pesado quando sua vazão é muito
grande em relação à do líquido leve, reduzindo com isso o diâmetro
do vaso.

Bocas de Visita
São bocais em torno de 20” utilizados para dar acesso ao interior do
vaso para montagem, inspeção e manutenção.

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Vasos de Pressão Vertical

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O formato cilíndrico e o mais fácil de se fabricar e transportar, presta-
se bem a maioria dos serviços, e é o que permite o aproveitamento de
chapas inteiras para a fabricação do vaso. Tornando um projeto mais
barato e viável. Quando a vazão ao longo do vaso é aproximadamente
a mesma em todas as seções transversais, o casco será um cilindro
simples, como os exemplos.

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Vasos de Pressão
Quando, entretanto, houver grande diferença de vazão entre uma
seção e outra do mesmo vaso devido a existência de vários pontos
importantes de entrada e saída de fluidos, faz-se o casco como um
cilindro composto, com dois ou mais corpos cilíndricos de diâmetros
diferentes interligados por seções cônicas ou toroidais de
concordância, de tal maneira que a velocidade geral de escoamento
dos fluidos ao longo do vaso seja aproximadamente constante,
aumentando-se o diâmetro onde a vazão for maior, e vice-versa.

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Componentes Estruturais

•O casco dos vasos de pressão tem sempre o formato de uma


superfície de revolução, salvo raríssimas exceções.
•Os tampos são peças para fechamento dos cascos cilíndricos dos
vasos, podendo ter formatos elípticos, esféricos, cônicos,
hemisféricos e planos. A escolha do tampo é dada por fatores
como: Exigência do serviço, Diâmetro, Pressão de Operação.
•Aberturas e reforços têm várias finalidades no vaso de pressão.
Bocais são aberturas feitas com a finalidade de: ligar tubulações de
entrada e saída de produto, instalação de válvulas de segurança,
instrumentos, drenos e respiros.

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Vasos de Pressão – Tipos de Tampos

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Vasos de Pressão – Reforços nas Aberturas

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Vasos de Pressão – Sustentação
A maioria dos vasos horizontais são suportados em dois berços
(selas), sendo que para permitir a dilatação do vaso, em um
dos berços os furos para os chumbadores são ovalados.
Vasos verticais normalmente são sustentados por uma saia de
chapa, embora vasos verticais de pequenas dimensões possam
também ser sustentados em sapatas ou colunas.
As torres devem ser suportadas por meio de saias.
As esferas para armazenagem de gases são sustentadas por
colunas, soldadas ao casco aproximadamente na linha do
equador da esfera.

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Vasos de Pressão – Sustentação
Suporte tipo “Saia”

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Vasos de Pressão – Sustentação
Suporte tipo “Coluna”

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Vasos de Pressão – Sustentação
Suporte tipo “Berço”

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Vasos de Pressão – Sustentação
Vasos Sobrepostos

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PRESSÕES APLICADAS A VASOS DE PRESSÃO

•PRESSÃO DE PROJETO (PP);


É o termo usado para indicar o valor da pressão que foi escolhida no cálculo do vaso para
determinar a espessura mínima permitida para as chapas.
• PRESSÃO DE OPERAÇÃO (PO);
• PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO ADMISSÍVEL (PMTA);
É a Máxima Pressão de Trabalho que é admitida na operação do vaso e que nunca será
superior a Pressão de Projeto.

•PRESSÃO DE AJUSTE DO DISPOSITIVO DE ALÍVIO DE PRESSÃO;

• PRESSÃO DE TESTE HIDROSTÁTICO;


É a mais elevada pressão a que é submetido o vaso durante o Teste Hidrostático.
• PRESSÃO DE TESTE DE ACUMULAÇÃO;
•Pressão para verificar se as VÁLVULAS DE SEGURANÇA de um vaso de pressão, são
SUFICIENTES, uma vez ABERTAS, para dar VAZÃO à QUANTIDADE MÁXIMA de vapor
produzido em uma caldeira por exemplo, SEM aumento excessivo da pressão interna, que
não pode ultrapassar 6% da PMTA.

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Cálculo de Vasos de Pressão pelo Código ASME (American Society
of Mechanical Engineers)

Vamos ver um resumo das fórmulas e critérios do código ASME, para


o cálculo dos componentes usuais de um vaso de pressão, tal cálculo
só considera o efeito da pressão interna ou externa, ficando os
demais carregamentos inteiramente a critério do projetista, não só
quanto à forma de calculá-los, como também quanto à necessidade
ou não de serem calculados.
As fórmulas envolvem coeficientes empíricos de correção e serão
incompletas , necessitando a consulta do próprio código ASME.

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Cálculo de Cascos Cilíndricos para Pressão Interna

O código distingue entre os cascos cilíndricos de pequena e de


grande espessura.

Grande Espessura: e > 0,5R


Pequena Espessura: P > 0,385 SE

Onde:
e = espessura mínima para pressão interna
R = raio interno do cilindro
P = pressão interna de projeto; acrescentar o efeito da pressão
hidrostática
S = tensão admissível básica do material
E = Coeficiente de eficiência de solda.
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a) Cascos Cilíndricos de Pequenas Espessuras

Para esses cascos, a espessura mínima necessária deve ser calculada


pela seguinte fórmula.
P.R
e C
S .E  0,6 P

Essa fórmula é diretamente derivada da expressão teórica da tensão


de máxima circunferencial em um cilindro
Nessa fórmula tem-se:
R, e, P = significados como citado anteriormente
S = tensão admissível básica do material, em função da temperatura
de projeto do vaso. Essas tensões são obtidas nas tabelas do código
de acordo com o material.
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Vasos de Pressão
A tabela 10.1 abaixo é um resumo da tabela UCS-23, que fornece as
tensões admissíveis para os materiais de aço carbono e aços de baixa
liga mais usuais na prática em nosso país.

Coeficiente de Solda E
De acordo com o tipo de solda e o grau de inspeção adotado e
estabelecido um coeficiente de eficiência. Esses coeficientes são
resumidos na tabela 10.2. Esse coeficiente destina-se a compensar a
possível menor resistência na região de solda, em relação à chapa
inteira de mesma espessura, devido à existência de defeitos na
solda.

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Outras tabelas podem ser obtidas pelo código ASME

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Margem Para a Corrosão – C

Margem para corrosão e/ou para erosão ou usinagem, não é


estabelecido valores ou critérios para essa margem, exigindo
somente que os vasos destinados a vapor, água ou ar comprimido,
com espessura calculada de parede inferior a 6mm, tenham umar
margem de no mínimo 1/6 da espessura.

A Pressão Máxima Admissível (PMTA)

Para cascos de pequenas espessuras será:


S .E.e
PMTA 
R  0,6e

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Nessas expressão, a espessura “e” e a tensão admissível S terão os
valores correspondentes à condição para a qual a PMTA estiver
sendo calculada, isto é, a espessura pode ou não incluir a margem
para a corrosão, e a tensão admissível pode ser relativa à
temperatura de projeto ou à temperatura ambiente.
Essa mesma observação quanto aos valores da espessura e da
tensão admissível vale também para todas as demais fórmulas de
PMTA referidas neste estudo.

Exemplo: Determinar a espessura de um vaso de pequena espessura


de pressão sabendo que é constituído de aço A-285-C a temperatura
ambiente, raio de 150cm = 59”, fator de soldagem de 0,85 e pressão
de 180 lbf/pol2. Considere 1kgf/cm2 = 14,22 psi

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Consultando a tabela de tensões admissíveis para o aço indicado e
transformando para psi, obtemos
P.R 180  59
e C   C  0,8"C
S .E  0,6 P 1104 14,22  085  0,6 180

Espessura Mínima Permitida


Dado o diâmetro interno Di a espessura mínima permitida será
Para Di < 4 pés emin = 3/16”
Para 4 < Di < 8 pés emin = 1/4"
Para 8 < Di < 12 pés emin = 5/16”
Para 12 < Di < 16 pés emin = 3/8”
Para 16 < Di < 20 pés emin = 5/8”

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b) Cascos Cilíndricos de Grande Espessura
A espessura mínima dos cascos cilíndricos denominados de grande
espessura ( e >0,5R e P > 0,385SE) deve ser calculada pela fórmula

 SE  P 
eR   1  C
 SE  P 

A espessura mínima em função das tensões longitudinais (quando


for necessário o cálculo) é dada pela fórmula
 P 
e  R  1  1  C
 SE 
Essa última fórmula é válida quando e > 0,5R ou quando P > 1,25 SE.

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A tensão admissível à compressão deve ser adotada para o cálculo
das cargas longitudinais nos cascos cilíndricos, devido a pressão,
pesos e efeito do vento etc. bem como para o cálculo das saias
cilíndricas de suporte dos vasos.

Para outros formatos de Cascos temos as seguintes fórmulas.

a) Cascos esféricos de pequenas espessuras


PR 2SEe
e C PMTA 
2 SE  0,2 P R  0,2e

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b) Cascos esféricos de grandes espessuras

 2 SE  P  
e  R 3  1  C
 2 SE  P  
Todas essas fórmulas são aplicadas aos tampos que possuam um
formato hemisférico completo.

Cálculo de Tampos Elípticos para Pressão Interna

a) Tampos elípticos com relação de semi-eixos 2:1 – A espessura


mínima a pressão interna é dada pela fórmula
PR SEe
e C PMTA 
SE  0,1P R  0,1e
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b) Tampos elípticos com outras relações de semi-eixos
Para esses tampos a espessura mínima é obtida pela fórmula
PRK 1  R 
2

e C em que K  2    
SE  0,1P 6   h  
Sendo h a altura interna do tampo (semi eixo menor da elipse) os
valores de K são obtidos na tabela em função de R/h

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Exemplo: Determinar a espessura de uma chapa de um tampo
elíptico de aço A-515-60 a temperatura ambiente, diâmetro de 2500
mm = 98,42”, fator de soldagem de 0,85 e pressão de 150 lbf/pol 2.
Considere 1kgf/cm2 = 14,22 psi.

Para tampos elipticos a relação entre o diâmetro e a altura h (altura


ou flecha máxima da elipse é
Di Di
4 h  24,6"
h 4
Calculando R/h
R 98,42
 2
h 24,6

Consultando a tabela para determinar K


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Temos K =1

PRK 150  49,211


e C   0,5"C
SE  0,1P 120214,22  0,85  0,1150

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Vasos de Pressão
Bibliografia
-Silva Teles – Vasos de Pressão 2ª. Edição LTC
-Carlos Falcão - VASOS de PRESSÃO e TROCADORES DE CALOR CASCO
e TUBOS.
-NR13

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