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Conceitos Básicos : Circuitos Elétricos

Primeiros relatos sobre a Eletricidade


• A História da eletricidade tem seu início no século VI a.C., na Grécia
Antiga, quando o filósofo Thales de Mileto, após descobrir uma resina
vegetal fóssil petrificada chamada âmbar (elektron em grego),
esfregou-a com pele e lã de animais e pôde então observar seu poder
de atrair objetos leves como palhas, fragmentos de madeira e penas.
• O termo ELETRICIDADE > por volta de 600 a.C, vinda do termo
“elektron” (termo grego que significa “âmbar”)
• Com os trabalhos de pesquisa do físico francês ALESSANDRO VOLTA e
da invenção da bateria de Cobre-Zinco, ficou determinado que a
ELETRICIDADE ESTÁTICA e a corrente elétrica que flui em fios
metálicos conectados a uma bateria são devidos ao mesmo princípio
fundamental : a estrutura atômica da matéria, constituída por um
núcleo (prótons e neutrons) circundado por elétrons.
Carga Elétrica
• A matéria é formada de
pequenas partículas, os
átomos. Cada átomo, por sua
vez, é constituído de partículas
ainda menores, no núcleo: os
prótons (positivos) e os
nêutrons (sem carga); na
eletrosfera: os elétrons
(negativos). Às partículas
eletrizadas, elétrons e prótons,
chamamos "carga elétrica".
Condutores e Isolantes
• Condutores de eletricidade
São os meios materiais nos quais há facilidade de movimento de
cargas elétricas, devido à presença de "elétrons livres". Ex: fio de
cobre, alumínio, etc.
• Isolantes de eletricidade
São os meios materiais nos quais não há facilidade de movimento de
cargas elétricas. Ex: vidro, borracha, madeira seca, etc.
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• A quantidade elétrica fundamental é denominada “carga”, e a menor quantidade


de carga que existe é a carga carregada por um elétron qe , igual a:

qe = -1.602 X 10-19 C (Coulomb)


• A outra partícula da estrutura atômica que possui carga é o próton de valor :

qp = + 1.602 X 10-19 C (Coulomb)

• Os prótons e os elétrons são frequentemente referenciados com “cargas


elementares”
Medida da Carga Elétrica
Δq = - n.e (se houver excesso de elétrons)
Δq = + n.e (se houver falta de elétrons)
e = 1,6.10-19 C

Onde:
Δq = quantidade de carga (C)
n = número de cargas
e = carga elementar (C)
unidade de carga elétrica no SI é o coulomb (C)
Campo Elétrico
Existe uma região de
influência da carga Q
onde qualquer carga de
prova q, nela colocada,
estará sob a ação de
uma força de origem
elétrica. A essa região
chamamos de campo
elétrico.
O campo elétrico E é uma grandeza
vetorial*. A figura abaixo mostra a
orientação do campo elétrico para uma
carga positiva e para uma carga
negativa.
* Grandeza vetorial só pode ser caracterizada quando tem intensidade, direção e sentido.
Potencial Elétrico
• Consideremos um campo elétrico originado por uma carga
puntiforme Q. Define-se como potencial elétrico VA , num ponto
A desse campo, o trabalho realizado pela força elétrica, por
unidade de carga, para deslocá-la desse ponto A até o infinito.
Nestas condições, o potencial elétrico é dado por:

onde k0 é denominada constante eletrostática, e


seu valor no SI é:

O potencial elétrico é uma grandeza escalar,


associado a cada ponto do campo elétrico, ficando
determinado apenas pelo seu valor numérico.
Portanto, pode ser positivo ou negativo,
dependendo apenas do sinal da carga criadora do
campo elétrico.

1 Volt é o potencial de um
ponto que fornece a carga
de 1C, nele colocada, uma
energia de 1J.
Diferença de potencial
• Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga
pode realizar trabalho ao deslocar outra carga por
atração ou repulsão.

• Essa capacidade de realizar trabalho é chamada


potencial.

• Quando uma carga for diferente da outra, haverá


entre elas uma diferença de potencial (ddp).
Movimento dos elétrons
• Nos metais, os elétrons das últimas camadas são
fracamente ligados a seu núcleo atômico, podendo
facilmente locomover-se pelo material. Geralmente,
este movimento é aleatório, ou seja, desordenado,
não seguindo uma direção privilegiada.
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Quando o metal é submetido a uma diferença de


potencial elétrico (ddp), como quando ligado aos dois
pólos de uma pilha ou bateria, os elétrons livres do
metal adquirem um movimento ordenado.
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A esse movimento ordenado de elétrons damos o nome


de corrente elétrica.
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Corrente Elétrica:
• É a taxa de variação no tempo da quantidade de carga que atravessa uma
determinada área. (seção transversal de um fio metálico).
• É a movimentação orientada das cargas elétricas livres
• Nos materiais condutores de eletricidade (fios elétricos de cobre ou alumínio),
tais cargas são os elétrons (cargas negativas); Já nos gases ionizados,
semicondutores e soluções eletrolíticas, as cargas positivas (Prótons) também
fazem parte da corrente elétrica.
Se Δq unidades de carga estão fluindo
através da área de seção transversal “A” em
Δt unidades de tempo, a corrente resultante
é definida por:

q
i (t )  lim Coulomb/s
t  0 t
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• No Sistema internacional de unidades (SI) a unidade de corrente elétrica é


denominada “Ampére” (A), sendo que 1 A = 1 Coulomb/s. ou seja é
deslocamento de 1 C ( 6,25 × 1018 elétrons ) através de um condutor durante um
intervalo de 1s.

• Na forma diferencial, temos :

dq
i (t ) 
dt
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• Nos condutores sólidos (cobre ou alumínio) o sentido da corrente


elétrica é o sentido do movimento dos elétrons no seu interior. Esse é
o sentido “real” da corrente elétrica.

• Já o “sentido convencional” da corrente elétrica, coincide com o


sentido de movimentação das cargas elétricas positivas, que são
contrárias ao movimento dos elétrons.
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Sentido convencional: é o sentido da corrente elétrica que


corresponde ao sentido do campo elétrico no interior do
condutor, que vai do polo positivo para o negativo.

O sentido real acontece sempre do polo negativo para o


polo positivo, é o movimentos dos elétrons nos
condutores sólido
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Tipos de Corrente Elétrica:


a) Corrente Contínua

• Uma corrente é considerada contínua quando não altera seu sentido, ou


seja, é sempre positiva ou sempre negativa e tem valor constante com o
tempo.

• A maior parte dos circuitos eletrônicos trabalha com corrente contínua.


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Corrente Contínua

Esse tipo de Corrente é


comumente encontrado
em pilhas e baterias
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b) Corrente Alternada:

• Dependendo da forma como é gerada a corrente, esta é invertida


periodicamente, ou seja, ora é positiva e ora é negativa, fazendo com
que os elétrons executem um movimento de vai-e-vem.

• Este tipo de corrente é o que encontramos quando medimos a


corrente encontrada na rede elétrica residencial, ou seja, a corrente
medida nas tomada de nossa casa.
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Corrente Alternada

Este é considerado o
tipo de corrente mais
comum em circuitos ou
redes elétricas
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Tensão Elétrica

• Como vimos, o movimento ordenado de cargas elétricas livres através de um


meio condutor (fio de cobre, p.ex.) dá origem à corrente elétrica.
• Def. de Circuito Elétrico: É um conjunto de dispositivos elétricos/eletrônicos
conectados formando pelo menos um caminho fechado de forma a permitir a
circulação da corrente elétrica visando atingir um certo objetivo(p.ex: acender
uma lâmpada, funcionar um chuveiro, etc.) Por exemplo, o sistema elétrico de um
automóvel é constituído de vários circuitos elétricos/eletrônicos que são
alimentados por um fonte de energia (bateria). Os circuitos incluem : faróis, luzes
traseiras, motor de arranque, ventilador, trava elétrica e painel de instrumentos.
A bateria deve fornecer a corrente para atender as necessidades de cada circuito
de “carga” individual de forma independente.
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• Exemplo de Circuito Elétrico

Os dispositivos elétricos encontrados nos circuitos elétricos são, em geral, de dois


terminais (bipolos) e os mais comuns são:
• Resistor (1) 3
1 5
• Indutor (2) 2
• Capacitor (3)
• Fonte de tensão (4,5) 4
• Fonte de Corrente(6)
6
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• A simbologia destes dispositivos utilizadas na análise de circuitos


elétricos é dada a seguir:
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• Para que seja estabelecida uma corrente elétrica através de um bipolo ou


conjunto de bipolos (resistor, indutor, capacitor), é necessário que haja algum
trabalho ou energia para deslocar a carga de um terminal ao outro.
• Desta forma, o trabalho ou energia necessário para mover uma unidade de carga
(1 Coulomb) entre os terminais de um bipolo é chamado de TENSÃO (V) ou
diferença de potencial (DDP).

dW
V  Joule/Coulomb = Volt (V) 1 V = 1 J/C
dq
Portanto, a tensão entre dois terminais de um circuito elétrico define a quantidade
de energia necessária para mover cargas entre os dois terminais.
Tensão
É a pressão exercida sobre os elétrons livres para que estes
se movimentem no interior de um condutor. Em analogia
com a imagem acima, a tensão seria a altura do cano, como
representado na imagem, quanto maior o cano, maior a
pressão exercida sobre a água para que ela se movimente,
então, pode-se dizer que quanto maior a tensão, mais força
será exercida sobre os elétrons para que eles se
movimentem.
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• Vamos dar um exemplo de uma mangueira com água, a qual no ponto


entre a entrada de água e a saída exista uma diferença na quantidade
de água, essa diferença trata-se da d.d.p entre esses dois pontos. Já
no condutor, por onde circula a carga de energia elétrica, a diferença
entre o gerador (equipamento responsável por gerar energia) e a
carga (que pode ser seu computador ou outro equipamento) é que
simboliza qual é a tensão que existe entre os dois pontos.

• Exemplos de fontes de tensão: geradores elétricos, pilhas, baterias.


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Exemplo de Circuito Elétrico : fonte de tensão, fio condutor e carga (Lâmpada)

• No exemplo, a fonte de tensão que é a


pilha, libera uma partícula eletrizada,
esta percorre o condutor e faz acender a
lâmpada, depois essa partícula continua
seu percurso até retornar à pilha.
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• O papel realizado por uma fonte de tensão em um circuito elétrico é
equivalente àquele realizado pela força da gravidade, ou seja, ao
elevar uma massa em relação á superfície de referência, sua energia
potencial é aumentada. E essa energia potencial pode ser convertida
em energia cinética quando o objeto se move para uma posição
inferior à que se encontra.

• A tensão, ou ddp, entre os terminais de um dada fonte de tensão


realiza um papel semelhante, elevando o potencial elétrico do circuito
de forma que a carga possa se mover no circuito, convertendo a
energia potencial da fonte de tensão em potência elétrica. (gerada ou
armazenada).
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Energia e Potência
i Considere o circuito ao lado, no qual um bipolo
passivo (lâmpada) é alimentado por uma fonte de
tensão (pilha) de “V” volts, a qual estabelece uma
corrente de “i” amperes.

Denomina-se “Potência” de um circuito elétrico como sendo a taxa temporal


de transferência de energia para um componente, isto é, trabalho realizado
por unidade de tempo.
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dq  i.dt
dW  v.dq
dW dq (Watt, W)
p (t )   v.  v.i (kW, 103 W)
dt dt (MW, 106W)

Esta é a potência instantânea fornecida pela fonte de tensão (bipolo ativo)


e que é absorvida pela lâmpada (bipolo passivo)
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• A Energia entregue pela fonte de tensão ao bipolo (carga) é no
intervalo de tempo [t1 , t2] é definida por :

t2 t2
W (t 2 )  W (t1 )   v.idt   p (t )dt (Joules, J)
t1 t1

Ou seja, a Energia de um circuito é a integral da potencia deste circuito


ao longo do tempo.

Energia = Área sob a curva da


potencia
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Convenção de Sinais para Potência :

• Se p(t) = v.i < 0 , o elemento fornece ou “gera” energia (elemento ativo)

• Se p(t) = v.i > 0 , o elemento absorve ou “armazena” energia (elemento


passivo)
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Elementos de Circuitos Elétricos

• Para a existência da corrente elétrica são necessários : uma fonte de


energia elétrica, um condutor em circuito fechado e um elemento
para utilizar a energia da fonte (receptor elétrico ou “carga”)
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1) Fontes de Tensão Ideais ou Fontes Independentes:


Uma fonte de tensão ideal fornece uma tensão fixa (cte.) entre seus
terminais, independente das características dos demais elementos ligados ao
circuito. A corrente fornecida por esse tipo de fonte é determinada pelas
características do circuito que alimenta ( resistores, indutores, capacitores ou
combinação destes).
O sentido da corrente é considerado positivo quando sair pelo terminal
positivo e entrar pelo terminal negativo. Com esta convenção, a potência
fornecida pela fonte será positiva sempre que a fonte fornece energia ao
circuito, do contrário a potência terá um valor negativo. As fontes ideais ou
independentes podem ser do tipo contínua ou alternada.
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Exemplo de Fontes de Tensão :

• Baterias Automotivas, Pilhas : Transformam Energia Química em


Energia Elétrica.

• Geradores : Transformam Energia Mecânica em Elétrica


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Uma bateria sem resistência interna pode ser considerada como um


exemplo de fonte de tensão contínua ideal.
Simbologia para Fonte de Tensão Ideal Alternada

V(t) = V sen (wt)


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1) Fontes de Corrente Ideais


Uma fonte de corrente ideal fornece uma corrente fixa (cte.) entre seus
terminais, independente das características dos demais elementos
ligados ao circuito. Para isso, deve ser capaz de gerar uma tensão
arbitrária nos seus terminais a qual é determinada pelo circuito ao qual
está conectado.
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Resistência:
• Quando a corrente elétrica flui através de um meio condutor (fio de
cobre, p.ex) ou através de outros elementos do circuito, ela encontra
uma certa “resistência” , cujo valor depende das propriedades
elétricas do material.
• Praticamente, todos os elementos do circuito elétrico apresenta
alguma “resistência” à passagem da corrente elétrica.
• Como consequência, a corrente fluindo por um elemento irá causar
“dissipação de energia” sob a forma de calor
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• Definimos a resistência elétrica do material condutor que faz parte do
circuito elétrico, pela relação :

v
• R  ou v  R *i
i
• Essa relação, é uma das principais aplicadas na análise de circuitos
elétricos e é denominada de 1ª LEI DE OHM, devido a unidade de
resistência elétrica no SI ser o “ohm”, (Ω) em homenagem ao físico
alemão Georg Simon Ohm.
Volt (V )
1  1
Ampere( A)
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• Por essa Lei podemos concluir o seguinte:

a) Para uma dada tensão aplicada a um circuito, quanto maior a


resistência, menor a corrente.

b) A tensão sobre um elemento do circuito que possui resistência R é


diretamente proporcional à corrente que o percorre.
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1ª LEI DE OHM:
A resistência de alguns materiais condutores depende da tensão que é
aplicada neles. No entanto, para os condutores metálicos (Cobre,
Alumínio, p.ex), Ohm mostrou que, se o condutor for mantido a uma
temperatura constante, a resistência será constante.
v
R   cte
i
Nesse caso, se variamos a tensão “v” da fonte, a corrente do circuito irá
variar de forma retilínea.
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Os materiais condutores que


obedecem a lei de Ohm são
chamados de condutores
ôhmicos
• Para resistores que não obedecem à 1a Lei de Ohm, conhecidos
como condutores não-ôhmicos ou não-lineares, o gráfico U x i
pode ser representado como a seguir:
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• Em alguns materiais condutores, no entanto, a resistência R não é


constante; ela depende da tensão “V” aplicada. Tais condutores são
chamados de “não-ôhmicos” e, nesse caso, o gráfico de V em função
de I não é retilíneo.

Filamento de lâmpada Incandescente


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Resistividade:
• A resistência de um fio condutor está relacionada com aa colisões
entre os elétrons que constituem a corrente elétrica e os átomos do
material de que é feito o fio.
• Assim podemos afirmar que quanto maior o comprimento (L) do fio,
maior é a sua resistência (R) pois o número de colisões sofridas por
cada elétron é tanto maior quanto mais longo for o fio.
• Por outro lado, quanto maior a área (A) da seção transversal do fio,
maior a quantidade de elétrons que passam por ela na unidade de
tempo, isto é, maior a intensidade da corrente.
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• Como, por definição, temos : R = V / I ,se mantemos fixo o valor da tensão V, quanto maior o
valor de da corrente I, menor a resistência R.

• Assim, concluímos que quanto maior a área (A) da seção transversal do fio, menor sua
resistência.

• Matematicamente, diante dos fatos relatados, podemos dizer que a resistência (R) de um
condutor é dada por:

L
R k*
A
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• Ou seja, a resistência R de um fio condutor é diretamente


proporcional ao seu comprimento (L) e inversamente proporcional à
área (A) da sua seção transversal.

• A constante de proporcionalidade (k) depende do material de que é


feito o fio e é chamada de “resistividade” do material, que será
representada pela letra grega (ρ).
A “resistividade é uma medida da
R* A “dificuldade” oferecida pelo material
 (.m) à passagem da corrente elétrica.
L
2ª LEI DE OHM
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Tabela de Resistividade
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Resistividade e Temperatura
• Quando a temperatura de um material se eleva, algumas partículas
que fazem parte do meio condutor começam a vibrar com mais
intensidade, e com isso a possibilidade de ocorrer choques entre as
partículas que estão na corrente elétrica são maiores.(dificuldade da
passagem dos elétrons através do material)

• Sendo assim, é possível concluir que uma variação na temperatura de


um material altere a sua resistividade e, por conseguinte, da sua
resistência.
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• Para obtermos o valor aproximado da resistividade ρ em uma


determinada temperatura ø, quando conhecemos a resistidade ρo a
uma temperatura øo devemos usar a função abaixo:

   o * (1   r *  )

• Onde :     o
• e αr é uma constante que depende do material, chamada de
“coeficiente de temperatura da resistividade”, cuja unidade é oC-1 e é
encontrado em tabela de materiais.
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• Para a Resistencia (R) vale uma equação análoga à equação da


resistividade

R  Ro * (1   r *  )

• Onde :     o
• e αr é uma constante que depende do material, chamada de
“coeficiente de temperatura da resistividade”, cuja unidade é oC-1 e é
encontrado em tabela de materiais.
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Em materiais semicondutores
(Silício, p.ex) o αr é negativo.
Isso significa que a
resistividade desses materiais
diminui à medida que a
temperatura aumenta. Isso
ocorre porque, nesses
materiais, a elevação da
temperatura provoca uma
aumento no número de
elétrons livres.
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Exemplo:
• Uma lâmpada incandescente tem filamento de tungstênio. Quando
ele está apagada, o filamento apresenta resistência Ro = 30Ω à
temperatura ambiente øo = 20oC. Ao acendermos a lâmpada, ela
atinge seu brilho máximo rapidamente e, nesse momento, a
temperatura do filamento é 1800º C. Calcular a resistência da
lâmpada quando acesa.
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Solução:

    o  1800  20  1780o C
Consultando a tabela de resistividade, vemos que, para o tungstênio, o
coeficiente de temperatura é αr = 0,0045oC-1

Assim: R  Ro * (1   r *  )  30 * (1  0,0045 *1780)  270


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• O inverso da resistividade é denominada de “condutividade”


abreviada por (σ) e expressa uma medida da “facilidade” oferecida
pelo material à passagem da corrente elétrica.

1
L
  ( / m)
 R. A
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SUPERCONDUTIVIDADE
• Conforme vimos, a resistividade dos metais diminui à medida que a
temperatura diminui.
• No início do século XX, o físico holandês H.K.Onnes pesquisou o
comportamento da resistividade em temperaturas próximas do zero
absoluto (0 oK), fazendo uso do elemento “mercúrio”(Hg).
• Ele descobriu que abaixo de 4,15 oK, a resistividade do mercúrio
ficava nula.
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• Quando a resistividade se torna nula, o material pode manter uma


corrente circulando por muito tempo, sem necessidade de fonte de
alimentação (bateria, p.ex)

• Este fenômeno foi chamado de “Supercondutividade”, e a


temperatura em que começa a ocorrer é chamada de “temperatura
crítica” (Tc )

• Para o mercúrio essa temperatura é 4,15º K


Conceitos Básicos : Circuitos Elétricos
Conceitos Básicos : Circuitos Elétricos

• Alguns exemplos de dispositivos/componentes elétricos que são


tratados nos circuitos elétricos como “Resistências”.

Todos esses tipos de dispositivos, transformam toda


a energia ou potência elétrica consumida em calor.
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Potência Elétrica em Resistências:


• Além do valor da resistência elétrica (R), um elemento puramente
resistivo (resistor) presente em um circuito elétrico pode ser
especificado em termos da potência máxima “dissipada” ou “absorvida”

Exceder os limites de potência


causa sobreaquecimento e o
dispositivo pode literalmente
“queimar”

Resistor Resistência de
Comercial Chuveiro
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• Para um dispositivo de resistência “R” , a potência dissipada ou


absorvida é determinada fazendo uso de relações já descritas
anteriormente:

P  v.i 2
v
• v  R.i P  R *i 2
ou P
R
v
i
R
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• Se queremos saber qual a energia consumida pela resistência R, basta


ter em mente que : Potencia é a quantidade de trabalho ou energia
realizado num dador período de tempo.

W
P  W  P * t
t

Esta é a energia consumida pela


W  R * i * t ( Joules) 
2
resistência que é transformada em
CALOR num intervalo de tempo Δt

LEI DE JOULE
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Exemplo:
Determine o menor valor de resistência que pode ser conectada uma
dada bateria sem exceder ¼ W, sua especificação de potência.

Vamos usar baterias de 1,5 V e 3


V e Resistencia especificada em
0,25 W
Conceitos Básicos : Circuitos Elétricos

• Como a máxima potência dissipada permitida é de 0,25W, podemos


escrever:
2 2
v v
P   0,25 ou R
R 0,25
• Assim, para uma bateria de 1,5 V o menor valor de resistência que pode ser
conectado ao circuito será : R = 1.52 /0,25 = 9 Ω
• Para uma bateria de 3V, a menor resistência deverá ser: R = 32 /0,25 = 36 Ω
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Obs:
• Embora a unidade original de Energia no SI seja ou Joule (J), quando
se trata de consumo de energia elétrica é mais usual usar a unidade:
quilowatt-hora (kWh).
• 1 kWh é a quantidade de energia, com potência de 1 kW = 103W, que
é transformada no intervalo de tempo de 1 hora.

1kWh  1000W * 3600s  3,6 *10 J 6

1kWh  3,6 *106 J


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Exemplo:
Uma resistência de imersão de 4Ω foi ligada a uma fonte de 110V. Determine o
tempo necessário para que ela aqueça 80 kg de água entre 20 oC e 70 oC. Considere
calor específico da água c = 1 cal/g oC e a relação : 1 cal = 4.2 J
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Cálculo da quantidade de Calor :

Q  m * c * (t f  ti )  80000 *1* (70  20)  4 *106 cal


Convertendo para Joule, temos : Q = 4*106 * 4.2 = 16.8*106 J
Considerando que toda a energia elétrica consumida pela resistência é
transformada em calor, temos :

W  Q  P * t
v 2 Q * R 16.8 *106 * 4
Q * t t  2  2
 5.55 *10 s
3

R v 110
t  1,54horas
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• Se usássemos uma resistência de apenas 1Ω, mantida a mesma


tensão de 110 V, o tempo para aquecimento da mesma quantidade
de água seria :
Q * R 16.8 *106 *1
t  2  2
 1388.42s
v 110

t  0.385h
Associação de Resistências:

• Na grande maioria das situações práticas relativas a circuitos


elétricos, há a presença de várias resistências (e não apenas uma)
sendo alimentadas pela fonte de tensão. As resistências podem estar
ligadas em série ou em paralelo bem como na forma combinada
série/paralelo.

• Iremos estudar como calcular a intensidade de corrente nessas


situações.
1) Resistências em Série:
Dizemos que duas ou mais resistências estão em série quando
são ligadas de modo a serem percorridas pela mesma corrente.
• Supondo que a bateria (fonte de tensão) mantenha entre seus terminais a tensão
“V”. As resistências R1 , R2 e R3 estarão submetidas a tensões V1 , V2 e V3 ,dadas
por:

𝑉1 = R1 *i (1)
V2 = R2 *i (2)
V3 = R2 *i (2)

• Lembrando que tensão é definida como energia por unidade de carga, então a
energia da fonte é “dissipada” nas resistências, ou seja, é transformada em calor
através das mesmas. Isto significa dizer que, pelo “Princípio da Conservação de
Energia”, a energia que a carga elétrica recebe da bateria deve ser igual a energia
dissipada nas resistências.
V = V1 + V2 + V3 (3)

Introduzindo as relações (1) e (2) em (3):


V = R1*i + R2*i + R3*i

V = (R1 + R2 + R3 )*i
V = Req *i , onde Req = R1 + R2 + R3 (4)
ou seja,

i = V / Req (5)
A introdução da resistência equivalente em um circuito série não
modifica o valor da corrente elétrica. Portanto o circuito que
inicialmente possuía três resistências pode ser substituído um circuito
simplificado equivalente.

Req
Em geral, numa associação
de resistencias em série, a
resistência equivalente Req é
igual à soma das resistências
individuais.
Associação de Resistências em Série
Na figura abaixo representamos um circuito no qual há uma fonte ideal
de corrente contínua (gerador ideal) cuja tensão é de 60V.

V = 60 V
R1 = 2Ω
V R2 = 3Ω
Calcular :

a) Resistencia equivalente do circuito


b) A Intensidade da corrente do circuito
c) A d.d.p ou tensão entre os terminais de cada resistência
d) A potência fornecida pela fonte
e) A potencia dissipada em cada resistência
Resistências em Paralelo
Dizemos que duas ou mais resistências estão em paralelo quando as
mesmas estão submetidas à mesma diferença de potencial (mesma
tensão) que existe entre os terminais da fonte de tensão.
• DDP (R1) = V1
• DDP (R2) = V2
• DDP (R3) = V3
• V = V1 = V2 = V3
• De acordo com a 1ª Lei de Ohm, a corrente que atravessa cada um
dos resistores é inversamente proporcional à respectiva resistência.
• E a corrente total que atravessa o conjunto de resistências em
paralelo é igual à soma das correntes que atravessam cada resistor
individualmente, ou seja:
i = i1 + i2 + i3
Temos, pela 1ª Lei de Ohm:

I1 = V1 / R1 ; I2 = V2 / R2 ; I3 = V3 / R3 ;

Mas como a d.d.p é a mesma nas três resistências, podemos escrever:

I1 = V / R1 ; I2 = V/ R2 ; I3 = V / R3 ;
• Como a corrente total “i” que sai da bateria pode ser obtida pelo
quociente entre a tensão da fonte “V” e o valor de “Resistencia
Equivalente” associada ao paralelo das três resistências, podemos
escrever:
i = V / Req
• E assim teremos:
𝑉 𝑉 𝑉 𝑉
= + +
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3

1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3
• Exemplo:

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