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Literacias críticas no

contexto de uma escola do século XXI

Biblioteca Escolar, Literacia e Currículo


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Isabel Nina
A Sociedade de Informação
Formar Cidadãos para a Sociedade de Informação (SI)
“(A SI)… exige das mulheres e dos homens um conjunto de
habilidades que ainda não há muito tempo ninguém
classificaria de essenciais. (…) As habilidades de informação –
isto é, aquelas que permitem ao indivíduo procurar a
informação de que precisa, apoderar-se dela, manipulá-la e
utilizá-la, produzir afinal nova informação – são a verdadeira
pedra de toque para a literacia dos nossos dias.”
Calixto, José (1996). A Biblioteca Escolar e a Sociedade de Informação, Lisboa, Caminho.

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Isabel Nina
A Sociedade de Informação
O conceito

“Modo de desenvolvimento social e económico em que a aquisição,


armazenamento, processamento, valorização, transmissão, distribuição
e disseminação de informação (…), desempenham um papel central na
actividade económica, na criação de riqueza, na definição da qualidade de
vida dos cidadãos e das suas práticas culturais.”

Missão para a SI, Livro Verde para a SI em Portugal, 1997


http://www.posc.mctes.pt/documentos/pdf/LivroVerde.pdf

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Isabel Nina
Literacia
RBE - Pioneira na introdução do conceito

A Literacia da Informação
• “O tempo encarregou-se, entretanto, de transformar o conceito de biblioteca e foi-lhe
conferindo vários significados, desde local de animação ou colecção de livros, até
actividade da turma (biblioteca de turma), desde mediateca até centro multifuncional
de acesso à informação.

• Hoje, seja qual for o nome por que são designadas, as bibliotecas escolares sobre as
quais nos propomos reflectir surgem como recursos básicos do processo educativo,
sendo-lhes atribuído papel central em domínios tão importantes como [...] (iv) a
capacidade de seleccionar informação e actuar criticamente perante a quantidade e
diversidade de fundos e suportes que hoje são postos à disposição das pessoas.”
Lançar a Rede

Relatório Síntese, 1996

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Isabel Nina
Literacia

«O conceito de literacia remete […]para a


utilização das competências de leitura, escrita e
cálculo para além do contexto escolar de
aprendizagem, possibilitando assim a
actualização permanente de um conjunto de
capacidades, de forma a dar resposta às
exigências, sempre novas, da sociedade.»
(Benavente et al.(1996). A literacia em Portugal. Lisboa: FCG)

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Isabel Nina
PISA
• O Relatório PISA (Programme for International Student
Assessement) avalia os desempenhos dos estudantes, tendo por
base o seu nível de literacia e define-a como a “capacidade de os
alunos aplicarem os seus conhecimentos e analisarem,
raciocinarem e comunicarem com eficiência, à medida que
colocam, resolvem e interpretam problemas numa variedade de
situações.”

• Este mega-estudo da OCDE, iniciado em 2000 e realizado


trienalmente, tem como principal objectivo medir/aferir o
conhecimento e as capacidades dos estudantes com 15 anos nos
países que pertencem à OCDE. As capacidades são analisadas em
três vectores, considerados essenciais na preparação dos
estudantes para a vida adulta: leitura, literacia matemática
e literacia científica.
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Isabel Nina
O fraco retorno do investimento no ensino
Portugal gasta o mesmo que outros
países em educação mas tem piores resultados.
Especialistas apontam várias deficiências ao sistema
[…] O problema é que o retorno não é tão elevado como seria de esperar.
Se a medida for apenas o número médio de anos de escolaridade, o simples alargamento do ensino obrigatório ou programas
como as Novas Oportunidades servem para melhorar a situação. Mas se o objectivo é os alunos saberem mais, de facto, estarem
mais bem preparados para entrar no mercado de trabalho, é preciso mais do que isso.
A educação em Portugal teve uma evolução bastante rápida nos últimos anos. Desde 1975, o número médio de anos de
escolaridade cresceu de 4,1 em 1950 para 7,73 anos em 2010.Só que os resultados internacionais dos estudantes portugueses, nos
testes comparativos com outros países, continuam bastante aquém do desejado.
Apenas 0,8% dos alunos conseguiram nota máxima (nível 6) a Matemática nos testes PISA, enquanto noutros países da OCDE
a percentagem é bastante superior. Na Coreia do Sul são mais de 9% e na Finlândia, na Bélgica ou na Suíça são mais de 6%. A
média na organização é de 3,3% dos alunos no escalão máximo na Matemática
O mesmo tipo de dificuldades dos portugueses acontece com os testes de leitura ou ciências. Na prática, o Estado português
gastou 5,3% do PIB em educação de acordo com a OCDE (do relatório Education at a Glance, e 2009), em linha com a média dos
países da organização, mas teve um retorno menor quando medido pelos conhecimentos. E é nesse plano da eficiente utilização
dos recursos que está o problema.
Miguel St. Aubyn e António Afonso publicaram em 2005 um artigo no Banco Central Europeu em que concluíam que, com os
recursos utilizados, seria possível produzir mais 16% no ensino secundário.
“Um dos factores que explicam a ineficiência na utilização de recursos, por exemplo no ensino secundário, tem a ver com a
própria formação dos pais dos alunos, já que o ambiente familiar acaba por ser uma condicionante-chave” refere António Afonso.
O economista considera crucial a aposta na primeira década de vida das crianças e critica os “processos centralizados de
recrutamento de docentes (no ensino secundário) que parecem ser também menos eficientes quando comparados com outros
países da OCDE.” […] Insiste que “deveríamos gastar melhor, e não menos”.
“Estamos a gastar muito mal e a não dar importância ao essencial. […] é convicção generalizada de que são necessárias uma
ou duas gerações para mudar este estado de coisas e, para já, há muitas dúvidas sobre se Portugal estará a ir na direcção certa.
Expresso, 24 de Julho de 2010

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Isabel Nina 7
A realidade…
REFORMAS COM IMPACTO NEGATIVO NAS ESCOLAS
Estudo conclui que as revisões da carreira e avaliação dos professores aumentaram fosso público/privado (…)
Expresso, 15 de Maio 2010

ESCOLARIDADE MÉDIA DOS PORTUGUESES É

A SEGUNDA PIOR DA OCDE


Transmissão intergeracional está a prejudicar performance portuguesa, mas a qualidade do ensino pode também não estar a
ajudar.
Público, 29 de Maio 2010

ESTRATÉGIA PARA A MATEMÁTICA SEM EFEITOS


NAS
Escolas desenvolveram projectos e receberam apoios. Mas asNOTAS
negativas nas provas de aferição persistem.
[Arsélio Martins, presidente da Associação de Professores de Matemática (APM)] “É bom passar a poder ter dois professores
na sala de aula. Mas os docentes não estavam habituados a trabalhar em conjunto e de nada servirá se um não estiver lá a
fazer nada.”
As escolas, continua, “puderam comprar quadros interactivos e software pedagógico. Mas demora tempo até que os
professores ponham a tecnologia ao serviço da aula. E se não houver computadores na sala…”.
Expresso, 03 de Julho 2010

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Isabel Nina
A Dimensão Económica da literacia em
Portugal: uma análise

Conclusões do Estudo:
1)Existem grandes diferenças entre os níveis e a
distribuição das competências de literacia tanto
no interior dos países como entre eles. Portugal
apresenta os níveis mais baixos de
competências de literacia de entre todos os
países onde se realizaram inquéritos até à data.

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Isabel Nina
A Dimensão Económica da literacia em
Portugal: uma análise
2) Na maioria dos países, os valores de literacia têm
bastante impacto no sucesso individual, pois valores mais
elevados traduzem-se em melhor acesso à educação,
emprego mais estável, melhores salários, melhor saúde e
níveis mais elevados de participação social. Portugal é
um caso atípico, pois os valores de literacia têm pouco
impacto no sucesso individual no mercado de trabalho,
excepto ao nível mais elevado de literacia. Tal decorre da
baixa intensidade em literacia da maioria dos empregos
no país e do baixo nível geral de competências de
literacia.
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Isabel Nina
A Dimensão Económica da literacia em
Portugal: uma análise
3) Os ambientes pobres em literacia influenciam de
forma adversa o desempenho das instituições
sociais e económicas, designadamente as escolas,
as empresas, as organizações da comunidade.
4) A literacia é importante à escala
macroeconómica. A existência de uma elevada
proporção de adultos com baixos níveis de
literacia inibe o crescimento económico a longo
prazo.
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Isabel Nina
A Dimensão Económica da literacia em
Portugal: uma análise

5) Melhores níveis nos valores de literacia da


população adulta têm benefícios económicos e
sociais, mas tal dependerá de medidas activas
para estimular a procura de literacia na
economia e sociedade.

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Isabel Nina
A Dimensão Económica da literacia em
Portugal: uma análise
• Portugal encontra-se hoje numa encruzilhada, tendo em
conta o passado (a lenta expansão do acesso à educação, o
próprio sistema educativo). Os níveis de literacia adulta em
Portugal estão entre os mais baixos na área da OCDE. Para
melhorar o acervo de capital humano, urge investir na
educação inicial e educação de adultos.

• O alargamento da educação pré-escolar a todas as crianças


com 4 e 5 anos e o PNL são muito importantes. Contudo
importa ainda promover ambientes ricos em literacia, em
casa, no emprego e na comunidade em geral.

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Isabel Nina
A Dimensão Económica da literacia em
Portugal: uma análise
• Importa promover ambientes ricos em literacia,
em casa, no emprego e na comunidade em
geral.
• Os indivíduos com níveis superiores nos valores
de literacia trabalham mais, têm mais recursos
materiais, são mais saudáveis e participam
mais no processo democrático.
• Níveis mais elevados de literacia propiciam
níveis mais elevados de produtividade e de
crescimento do PIB a longo prazo.
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Isabel Nina
A Dimensão Económica da literacia em
Portugal: uma análise

«As competências de literacia são como os


músculos que só se desenvolvem se os
utilizarmos, pois de contrário podem perder-se.
As competências não dependem apenas do nível
de escolaridade mas também de um vasto leque
de outras práticas ao longo de toda a vida.» (p.99)

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Isabel Nina
Biblioteca Escolar e Literacia(s)
De que modo a literacia, nas suas várias
vertentes, é importante no contexto do
processo de auto-avaliação da BE?
• cf. art.º 3, 2-f, Portaria nº 756/2009:
“Apoiar as actividades curriculares e favorecer o desenvolvimento
dos hábitos e competências de leitura, da literacia da informação
e das competências digitais, trabalhando colaborativamente com
todas as estruturas do agrupamento ou escola não agrupada.”

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Biblioteca Escolar e Literacia(s)
Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar (MAABE):

A.Apoio ao Desenvolvimento Curricular

A.1 Articulação Curricular da BE com as Estruturas de Coordenação


Educativa e Supervisão Pedagógica e os Docentes

A.1.4 - Ligação da BE ao PTE e outros programas e projectos de inovação pedagógica e formação.

A.1.6 - Colaboração da BE com os docentes na concretização de actividades curriculares


desenvolvidas no espaço da BE ou tendo por base os seus recursos.

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Biblioteca Escolar e Literacia(s)
Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar
(MAABE):
A. 2 Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital
A.2.2 - Promoção de ensino em contexto de competências de informação.

A.2.3 - Promoção de ensino em contexto de competências tecnológicas e digitais.

A.2.4 - Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação dos alunos.

B. Leitura e Literacia
B.3 - Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e
da literacia .

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Isabel Nina
Biblioteca Escolar e as literacias
críticas

literacia da Literacia Literacia


informação
digital tecnológica

Pensamento Ética
crítico Responsabilidade
e
criativo

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Isabel Nina
Biblioteca Escolar e as literacias críticas

Literacia da Informação

Trata-se da capacidade de cada indivíduo compreender


e usar a informação escrita contida em vários
materiais impressos, de modo a atingir os seus
objectivos, a desenvolver os seus próprios
conhecimentos e potencialidades e a participar
activamente na sociedade.

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Biblioteca Escolar e as literacias críticas

Literacia digital

Esta expressão pretende designar o uso eficaz


dos computadores, redes, telemóveis, etc. e
com a informação assim disponibilizada.

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Isabel Nina
Biblioteca Escolar e as literacias críticas

Literacia tecnológica

Este tipo de literacia diz respeito aos


conhecimentos e competências básicas (bem
como atitudes positivas) relativamente às
tecnologias que levam as pessoas a lidar com elas
de modo confiante no dia-a-dia.

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Isabel Nina
Como pode a BE desenvolver a sua acção para
o desenvolvimento das literacias críticas?
Indicadores Factores críticos de Evidências Acções para
sucesso melhoria/exemplos
A.1.4 • A BE participa no PTE e no • Referências à BE no • Integrar o PB na, equipa PTE [
Ligação da BE ao Plano TIC no sentido de plano TIC. Despacho nº 700/2009 de 09 de Jan
Plano da Educação promover a utilização das TIC no eiro
(PTE) e a outros contexto das actividades • Registos de ] de acordo com a legislação em
reuniões/contactos. vigor.
programas e curriculares.
projectos curriculares • Registos de • Garantir o bom estado das redes,
de acção, inovação • A BE apoia os docentes no projectos/actividades
desenvolvimento de outros equipamentos e software existente
pedagógica e programas e projectos. (PNL, • Questionário aos na BE.
formação existentes PNEP, PAM [… ]Centro de Novas docentes (QD1).
na • Promover reuniões com os
Oportunidades, outros) responsáveis pelos diferentes
escola/agrupamento
• A utilização da BE é programas e projectos e estudar
rentabilizada pelos docentes em formas de colaboração.
actividades curriculares e • Recolher, organizar e difundir
formativas relacionadas com a materiais relacionados com os
utilização das TIC e o temas e necessidades formativas
desenvolvimento de outros dos docentes envolvidos nos
programas e projectos. diferentes programas e projectos.
• Inserir acções destes programas e
projectos no plano de actividades
da BE.

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Isabel Nina
Como pode a BE desenvolver a sua acção para
o desenvolvimento das literacias críticas?
Indicadores Factores críticos de sucesso Evidências Acções para
melhoria/exemplos
A.1.6 • O plano de actividades da BE inclui actividades de • Plano de • Reforçar a cooperação e o
Colaboração da apoio curricular a turmas/grupos/alunos. actividades da BE. diálogo com todos os
BE com os • A equipa da BE auxilia no acompanhamento de • Registos de docentes.
docentes na grupos/turmas/alunos em trabalho orientado na BE. reuniões/contactos
concretização • Aumentar o nível de
• A equipa da BE participa com os docentes em • Registos de formação dos elementos
das actividades da equipa da BE.
curriculares actividades de sala de aula, quando solicitada. projectos/actividad
desenvolvidas no es. • Incluir na equipa da BE
• A utilização da BE é rentabilizada pelos docentes em
espaço da BE ou actividades de ensino e de apoio com os alunos, • Materiais de elementos provenientes
tendo por base desenvolvidas em parceria com a BE ou de forma apoio produzidos e de áreas disciplinares
os seus recursos. autónoma. editados. variadas ou com
formações diferenciadas.
• A BE produz ou colabora com os docentes na • Questionário aos
elaboração de materiais didácticos, páginas de docentes (QD1). • Produzir e partilhar
Internet, guiões de pesquisa, orientadores de leitura, materiais utilizados
maletas pedagógicas, dossiês temáticos, fichas de noutras escolas e BE.
trabalho e outros materiais formativos e de apoio às • Melhorar a apresentação e
diferentes actividades. os conteúdos e diversificar
• A BE divulga os materiais que produz através de sites a forma de difusão dos
Web, blogs, plataformas (LMS) ou outros materiais produzidos.
instrumentos de difusão.

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Como pode a BE desenvolver a sua acção para o
desenvolvimento das literacias críticas?
Indicadores Factores críticos de sucesso Evidências Acções para
melhoria/exemplos

A.2.2 • A BE procede, em ligação com as estruturas de coordenação • Plano de actividades da • Estabelecer um plano
Promoção do educativa e de supervisão pedagógica, ao levantamento nos BE. articulado e progressivo
ensino em currículos das competências de informação inerentes a cada (ao longo dos vários
departamento curricular/área disciplinar com vista à definição de •Referências à BE:
contexto de anos/ciclos de
competências um currículo de competências transversais adequado a cada •- no PE e curricular escolaridade) para o
ano/ciclo de escolaridade. desenvolvimento das
de informação •- nos projectos
da • A BE promove a integração, com as estruturas de coordenação curriculares das turmas. competências de
escola/agrupa educativa e supervisão pedagógica e dos docentes, de um plano informação.
mento. para a literacia da informação no projecto educativo e curricular e •Registos de
nos projectos curriculares das turmas. reuniões/contactos.

• A BE propõe um modelo de pesquisa de informação a ser usado •Registos de


por toda a escola/agrupamento. projectos/actividades.

• A BE estimula a inserção nas áreas curriculares, áreas de projecto, •Materiais de apoio


estudo acompanhado/apoio ao estudo e outras actividades, do produzidos e editados.
ensino e treino contextualizado de competências de informação.
• A BE produz e divulga, em colaboração com os docentes, guiões
de pesquisa e outros materiais de apoio ao trabalho de exploração
dos recursos de informação pelos alunos.
• A equipa da BE participa, em cooperação com os docentes, nas
actividades de ensino de competências de informação com
turmas/grupos/alunos.
• A equipa da BE participa e, em cooperação com os docentes, nas
actividades de ensino de competências de informação com
turmas/grupos/alunos.

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Como pode a BE desenvolver a sua acção para o
desenvolvimento das literacias críticas?
Indicadores Factores críticos de sucesso Evidências Acções para
melhoria/exemplos
A.2.3 • Os projectos escolares de iniciativa da BE ou apoiados por ela, •Plano de actividades da •Reforçar a articulação
Promoção do incluem actividades de consulta e produção de informação e BE. da BE com as áreas de
ensino em de intercâmbio e comunicação através das TIC: actividades de •Referências à BE nos projecto e outras áreas
contexto de pesquisa, utilização de serviços web, recurso a utilitários, projectos curriculares de carácter transversal
competências software educativo e outros objectos multimédia, manipulação das turmas. que fomentem a
tecnológicas e de ferramentas de tratamento de dados e de imagem, de utilização
digitais na apresentação, outros. •Materiais de apoio contextualizada das TIC.
produzidos e editados.
escola/agrupa •A BE organiza e participa em actividades de formação para
mento •Registos de •Aumentar o nível de
docentes e alunos no domínio da literacia tecnológica e digital. incorporação das TIC
projectos/actividades.
•A equipa da BE apoia os utilizadores na selecção e utilização nos serviços
de recursos electrónicos e media, de acordo com as suas informativos e
necessidades. educativos oferecidos
pela BE.
•A BE colabora na concepção e dinamização de actividades de
educação para e com os media. •Inscrever no guia de
utilizador da BE um
•A BE produz, em colaboração com os docentes, materiais conjunto de orientações
informativos e de apoio à adequada utilização da Internet; para o uso responsável
guiões de pesquisa, grelhas de avaliação de sites, listas de dos recursos de
apontadores, guias de procedimentos, outros. informação.

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Como pode a BE desenvolver a sua acção para o
desenvolvimento das literacias críticas?
Indicadores Factores críticos de sucesso Evidências Acções para
melhoria/exemplos
A.2.4 •Os alunos utilizam, de acordo com o seu ano/ciclo de •Observação de •Introduzir uma política na
Impacto da BE escolaridade, linguagens, suportes, modalidades de recepção e utilização da BE escola orientada para o uso
nas de produção de informação e formas de comunicação variados, (O1) sistemático e em contexto
competências entre os quais se destaca o uso de ferramentas e media digitais. •Trabalhos curricular de competências
tecnológicas, •Os alunos incorporam no seu trabalho, de acordo com o escolares dos tecnológicas, digitas e de
digitais e de ano/ciclo de escolaridade que frequentam, as diferentes fases alunos (T1) informação.
informação do processo de pesquisa e tratamento de informação:
dos alunos na •Estatísticas de •Incentivar a formação dos
identificam fontes de informação e seleccionam informação, utilização da/s BE. docentes e da equipa da BE
escola/agrupa recorrendo quer a obras de referência e materiais impressos,
•Questionário aos na área das TIC e da literacia
mento. quer a motores de pesquisa, directórios, bibliotecas digitais ou
docentes (QD1). da informação.
outras fontes de informação electrónicas, organizam, sintetizam
e comunicam a informação tratada e avaliam os resultados do •Questionário aos •Adoptar um modelo de
trabalho realizado. alunos (QA1) pesquisa uniforme para toda
a escola.
•Os alunos demonstram, de acordo com o seu ano/ciclo de •Análise diacrónica
escolaridade, compreensão sobre os problemas éticos, legais e das avaliações dos •Produzir guiões e outros
de responsabilidade social associados ao acesso, avaliação e alunos. materiais de apoio à pesquisa
uso da informação e das novas tecnologias. e utilização da informação
pelos alunos.
•Os alunos revelam em cada e ao longo de cada ciclo de
escolaridade, progressos no uso de competências tecnológicas, •Reforçar a articulação entre
digitais e de informação nas diferentes disciplinas e áreas a BE e o trabalho de sala de
curriculares. aula.

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Como pode a BE desenvolver a sua acção para o
desenvolvimento das literacias críticas?
Indicadores Factores críticos de sucesso Evidências Acções para melhoria/exemplos

B.3 • Os alunos usam o livro e a BE para ler de • Estatísticas de utilização da • Melhorar a oferta de actividades de
Impacto do forma recreativa, para se informar ou para BE para actividades de promoção da leitura e de apoio ao
trabalho da BE realizar trabalhos escolares. leitura. desenvolvimento de competências no
nas atitudes e • Os alunos, de acordo com o seu ano/ciclo • Estatísticas de requisição âmbito da leitura, da escrita e das
competências de escolaridade, manifestam progressos nas domiciliária. literacias.
dos alunos, no competências de leitura, lendo mais e com
âmbito da • Observação da utilização • Promover o diálogo com os docentes
maior profundidade. da BE (03,04). no sentido de garantir um esforço
leitura e da
literacia. • Os alunos desenvolvem trabalhos onde • Trabalhos realizados pelos conjunto para que o desenvolvimento
interagem com equipamentos e ambientes alunos. de competências de leitura, estudo e
informacionais variados, manifestando investigação seja adequadamente
progressos nas suas competências no • Análise diacrónica das inserido nos diferentes currículos e
âmbito da leitura e da literacia. avaliações dos alunos. actividades.
• Os alunos participam activamente em • Questionário aos docentes • Dialogar com os alunos com vista à
(QD2). identificação de interesses e
diferentes actividades associadas à
promoção da leitura: clubes de leitura, • Questionário aos alunos necessidades no campo da leitura e da
fóruns de discussão, jornais, blogs, outros. (QA.2) literacia.
• Encorajar a participação dos alunos
em actividades livres no âmbito da
leitura: clubes de leitura, fóruns de
discussão, jornais, blogs, outros.

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Isabel Nina
Em suma, como pode a BE desenvolver a sua
acção para o desenvolvimento das literacias
críticas?

Promove a integração, com as


contexto das actividades curriculares. estruturas de coordenação educativa
de promover a utilização das TIC no e supervisão pedagógica e dos
Participa no PTE/Plano TIC no sentido docentes, de um plano para a
literacia da informação.

Organiza e participa em actividades


de formação para docentes e alunos
BE os materiais que produz.
elaboração de materiais; […] divulga
colabora com os docentes na
no domínio da. literacia tecnológica e Apoia os docentes; […]produz ou
digital

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Isabel Nina
Em suma…

Colaboração

Promoção de
Formação
competências

BE
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30
Isabel Nina
Formação
Indicadores Acções para a melhoria/exemplos
A.1.1 Cooperação da BE com as estruturas de coordenação • Organizar acções informais de formação junto dos docentes
educativa e supervisão pedagógica da escola/agrupamento.
A.1.2 Parceria da BE com os docentes responsáveis pelas áreas • Organizar acções informais de formação junto dos docentes
curriculares não disciplinares (ACND) da escola/agrupamento.
A.1.3 Articulação da BE com os docentes responsáveis pelos • Organizar acções informais de formação junto dos docentes
serviços de apoio especializados e educativos (SAE) da
escola/agrupamento.
A.1.5 Integração da BE no plano de ocupação dos tempos • Organizar formação informal sobre a BE dirigida aos docentes
escolares (OTE) da escola/agrupamento. envolvidos em actividades OTE na BE.

A.2.1 Organização de actividades de formação de utilizadores na • Organizar com os directores de turma e os docentes titulares das
escola/agrupamento. turmas um calendário de sessões de formação de utilizadores com
as respectivas turmas.
• Produzir e partilhar materiais para a formação com outras escolas
e BE.

A.2.2. Promoção do ensino em contexto de competências de • Incentivar a formação dos docentes e da equipa da BE na área da
informação da escola/agrupamento. literacia da informação.
A.2.4 Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de • Incentivar a formação dos docentes e da equipa da BE na área
informação dos alunos na escola/agrupamento. das TIC e da literacia da informação.
B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na • Reforçar a formação dos elementos da equipa nas áreas da
escola/agrupamento. literatura infantil e juvenil e da sociologia da leitura

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Isabel Nina 31
Colaboração
DIFERENTES NÍVEIS

Cooperação – O professor bibliotecário divulga os recursos existentes na BE e dialoga com


os restantes professores, na tentativa de identificar as temáticas em estudo, de modo as
mesmas se encontrem representadas nos documentos da BE.

Coordenação – O professor bibliotecário informa-se sobre os conteúdos abordados, de


modo a disponibilizar na BE recursos (material livro/não-livro e sites) para apoio.

Colaboração – O professor bibliotecário colabora activamente com os professores de


sala de aula na planificação, execução e avaliação de aulas / unidades de ensino / projectos.

(Professora Bibliotecária Adelina Freire)

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Isabel Nina
Que competências em literacia da
informação?
• Planear uma pesquisa sistemática e exaustiva/abrangente;
• Utilizar técnicas de pesquisa avançada para encontrar as informações mais
relevantes;
• Desenvolver estratégias para se manter actualizado na sua área temática;
• Avaliar criticamente as informações utilizando uma abordagem estruturada;
• Gerir o grande volume de informação encontrada ao longo da sua
investigação ;
• Apresentar a informação de forma eficaz;
• Compreender as questões jurídicas e éticas relacionadas com a recolha e
utilização da informação.
in Literacia digital
Disponível em http://literaciadigital.blogspot.com/2010/01/literacia-da-informacao.html

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Isabel Nina
Qual o processo no âmbito da literacia da
informação?
A literacia da informação é um processo de aprendizagem pelo
qual…
…. se identifica uma necessidade ou se define um problema;
…. se procuram recursos eficazes;
… se reúne a informação;
… se analisa e interpreta a informação;
… se sintetiza a informação;
… comunica com eficácia a informação;
… se avalia o processo.
in CTAP Information Literacy Guidelines K-12 http://www.ctap4.org/infolit/
http://www.marinschools.org/informationliteracystandards.pdf

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Isabel Nina
Qual o processo no âmbito da literacia da
informação?

As competências da informação constituem ferramentas de aprendizagem ao


longo da vida, induzindo o desenvolvimento cognitivo do aluno. A literacia da
informação deve ser integrada transversalmente no currículo. As aprendizagens
tornam-se mais significativas quando operacionalizadas de forma
interdisciplinar e/ou ligadas a necessidades ou problemas da vida real.
in CTAP Information Literacy Guidelines K-12 http://www.ctap4.org/infolit/
http://www.marinschools.org/informationliteracystandards.pdf

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Isabel Nina
Trabalho colaborativo no âmbito da
literacia da informação
A literacia da informação
Cooperação – O professor bibliotecário até ensina os alunos competências em
literacia da informação, mas fá-lo de forma automática e em determinadas alturas e a
certas turmas.

Coordenação – O professor bibliotecário adopta modelos de ensino de


competências em literacia da informação, preocupando-se em complementar a
aprendizagem dos alunos

Colaboração – O professor bibliotecário colabora activamente com os professores


de sala de aula e ambos poderão leccionar uma ou mais aulas em conjunto.
(Professora Bibliotecária Adelina Freire
Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho)

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Isabel Nina
Que competências em literacia digital?

O conhecimento que se tem do funcionamento de determinados equipamentos como


o computador, o telemóvel, etc., bem como a sua utilização eficaz na procura e gestão
de informação podem trazer ganhos enormes para a aprendizagem.
Cabe à escola, em geral, e à BE, em particular, a promoção dessas competências.
Iniciativas como o PTE têm procurado responder a este desafio.

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Isabel Nina
Que competências em literacia
tecnológica?

Capacidade de
compreender a
tecnologia e avaliá-la de
modo a que do seu uso se
possam tirar os maiores
benefícios.

Pensamento crítico na
selecção dos
equipamentos e
ferramentas mais eficazes
para o desenvolvimento
das restantes literacias.

Biblioteca Escolar, Literacia e Currículo


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Isabel Nina

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