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GRUPO Nº III 5º ANO

TEMA: EQUIPES DE
ELECTROCIRURGIA

PENSAMENTO DO DIA:
“ A IGNORÂNCIA DO BEM É A CAUSA DO
MAL, MAIS VALE UM IGNORÂNTE QUE
ESCONDE A SUA IGNORÂNCIA, QUE UM
SÁBIO QUE ESCONDE A SUA SABEDORIA”
INTRODUÇÃO
• Um dos marcos no avanço das técnicas
cirúrgicas na medicina mundial foi o
desenvolvimento das unidades de
eléctrocirúrgicas, também denominadas de
bisturis eléctricos.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
• O médico e físico francês, Jacques Arsène
d’Arsonval, inventor do galvanômetro, lançou
em 1891 as bases para a eletrocirurgia,
revelando que uma corrente de alta
frequência, maior que 10 kHz pelo corpo
humano efetuam acções cirúrgicas em tecido
orgânico;
CONT…
 Em 1900 Rivierte demonstrou que uma
elevada densidade de corrente de
radiofrequência aplicada através de um
pequeno eletrodo pode produzir altas
temperaturas nos tecidos resultando em
efeitos destrutivos;
 Em 1926 o biofísico William Bovie
desenvolveu o primeiro gerador
electrocirúrgico;
 A aparição do electrobisturi nas salas de
operação data dos anos setenta (70) .
CONCEITO
• O bisturi elétrico é um
equipamento que transforma a
corrente elétrica comum de baixa
frequência em alta frequência, de
modo a obter os efeitos desejáveis
sem os danos que a corrente elétrica
comum normalmente causa ao
paciente.
OBJECTIVOS
 Buscar e avaliar as evidências disponíveis na
literatura sobre o conhecimento cientifico já
produzido, através de uma revisão integrativa,
relacionados à electrocirúrgia a fim de ser
apresentado aos colegas do curso de
electromedicina.

 Interligar as informações existentes sobre UEC’s


dando uma abordagem mais aprofundada nos
aspectos de funcionalidade e segurança.
DESENVOLVIMENTO
INTERACÇÃO ENTRE CORRENTE ELÉCTRICA E O TECIDO BIOLOGICO

• O corpo humano corpo é constituído por células que


possuem líquido intracelular e extracelular. Esses dois
líquidos possuem várias substâncias na sua composição,
tais como:
• Íons de sódio;
• Cloreto e bicarbonato presentes no líquido extracelular;
• Íons de potássio;
• Magnésio;
• Esses líquidos serão amplamente atingidos pelo efeito
da corrente elétrica de alta frequência das UEC’s.
EFEITOS DA CORRENTE ELÉCTRICA SOBRE OS TECIDOS
- O princípio da eletrocirurgia consiste na relação
entre calor, tempo e tecido.
• Quando a corrente eléctrica é transmitida através de
tecido biológico, três efeitos são observados:
• EFEITO FARÁDICO: ocorre quando uma corrente
alterna de baixa frequência é aplicada ao corpo
humano;
• EFEITO ELECTROLÍTICO: A corrente eléctrica é
capaz de promover movimentação iônica no tecido
biológico. principalmente quando se utiliza corrente
contínua, causando nos polos danos tecidual;
• EFEITO TÉRMICO: ao passar pelo corpo humano a
corrente produz calor, queimando o tecido em
proporção à resistência especifica do tecido, à
densidade da corrente e ao tempo de exposição.
PROPRIEDADES DA ELECTRICIDADE
• INTENSIDADE (I): Carga de eléctrons que passam através
de um ponto determinado do condutor na unidade de
tempo;
• VOLTAGEM (V): pressão que força os eléctrons para
serem transportados através de um condutor;
• RESISTÊNCIA (R): Dificuldade dos eléctrons para
atravessar uma substância;
• Duas propriedades da eletricidade devem ser
lembradas:
• - A corrente elétrica deve sempre completar um
circuito;
• - A corrente elétrica percorre o trajeto que oferece
menor resistência ao seu fluxo.
TIPOS DE CORRENTE ELECTRICA
• CORRENTE DIRECTA: O intercâmbio dos eléctrons é
unidirecional e contínuo entre os polos de sinais opostos.

• CORRENTE ALTERNA: O intercâmbio de


eléctrons é bidirecional. Caracteriza-se pela sua
frequência, medida em Hz.
PORQUE O USO DA CORRENTE ALTERNA E NA ELECTROCIRUGIA?
• O corpo humano possui um sistema elétrico;
• Correntes elétricas de baixa frequência, em contato com
o tecido humano, estimulam o tecido nervoso,
provocando contração do tecido muscular;
• Se utilizarmos a corrente direta na electrocirurgia
produziria danos térmicos o chamado efeito eletrolítico.
• Ao utilizarmos a corrente alterna ela permite uma
oscilação ou mudança permanente de direcção do
movimento dos íons, evitando danos nos tecidos
PORQUE O USO DE ALTAS FREQUÊNCIAS??
A medida que a frequência da corrente elétrica
aumenta, diminui a sensibilidade do tecido nervoso.
• Na eletrocirurgia, a frequência da corrente elétrica está
situada entre 300 kHz e 1.5 MHz.
UNIDADE DE ELECTROCIRURGIA (UEC)
Gerador de corrente alterna

CONEXÃO
BIPOLAR

SAÍDA PARA A
CONEXÃO
MONOPOLAR
ELETRODO ATIVO
- Alguns com comando digital com modos de corte
coagulação;
- Têm uma área de secção transversal muito pequena, que
concentra energia no ponto de contacto;
- Desenhado para realizar corte ou a coagulação.
ELETRODO DE RETORNO
- Conhecido como eletrodo neutro, dispersivo, placa neutra
do paciente;
- Permite o fechamento do circuito e protege o paciente.
-
ELETRODO BIPOLAR
- Tem formato de um fórceps ou pinça;
- São destinados a coagulação;
- A corrente eléctrica que passa pela pinça retorna ao
aparelho.
PEDAIS
- Geralmente são duplos;
- Um para o modo de corte outro para o modo de
coagulação.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
• Baseia-se na geração de
correntes elétricas de alta
frequência e alta potência,
com o objetivo de produzir
aquecimento local instantâneo
e controlado, e assim realizar
o corte e/ou hemostasia.
LEI DE JOULE
• Lei de Joule (também conhecida como efeito
Joule ou efeito térmico) é uma lei física que
expressa a relação entre o calor gerado e a
corrente elétrica que percorre um condutor em
determinado tempo.
• Ela pode ser expressa por:
MODOS DE FUNCIONAMENTO
técnica monopolar
TÉCNICA BIPOLAR
CARACTERÍSTICAS E FORMAS DE ONDA DE CORRENTE
PARA OS DIFERENTES MODOS DE OPERAÇÃO
MODO CORTE (OU INCISÃO)
• Uma corrente de elétrons, ao atravessar uma célula,
encontra certa resistência;
- Os íons intracelulares, em resposta à passagem
dos elétrons, colidem entre si e contra as organelas
intracelulares;
- Essa colisão produz calor. Se o aquecimento for
rápido e forte, ocorrerá explosão da membrana
celular, com evaporação do conteúdo intracelular,
constituindo o efeito terapêutico de corte.
MODO COAGULAÇÃO
• Se o aquecimento for lento e fraco, o calor
produzido dentro da célula provocará
evaporação de água e diminuição do volume
celular, constituindo o efeito terapêutico de
coagulação;
Os efeitos de coagulação desejados podem ser
obtidos através de dois procedimentos:
- Fulguração - as células não explodem apenas se
desidratam lentamente.

• Dissecação - é a outra maneira de se coagular.


Neste caso o eletrodo entra em contato direto
com o tecido, diminuindo a concentração de
corrente.
VANTAGENS DA ELETROCIRURGIA
• Economia do tempo;
• Ausência de sangramento;
• Assegura uma boa assepsia e elimina a
possibilidade de transferir uma infecção
de um tecido doente a um tecido
normal;
• A cura das feridas são muito rápidas.
DESVANTAGENS
• Em geral as complicações são causadas
principalmente pelas correntes
estacionárias, que transferem energia de
forma não controlada;
• Fumaça proveniente da electrocirurgia
pode conter DNA viral, bactérias,
carcirógenos e irritantes;
• Interferência eletromagnética : pode
influenciar desfavoravelmente no
funcionamento de outro equipamento
eletrônico.
FATORES DE RISCOS ASSOCIADOS ÀS
UNIDADES ELETROCIRÚRGICAS:
• Problemas com aterramento e
instalações elétricas;
• Equipamentos ao redor do
Eletrobisturil;
• Acionamentos indevidos;
• Falhas no equipamento e acessórios;
• Manutenções mal feitas;
• Falta de treinamento dos usuários.
RISCOS
QUEIMADURAS EM PACIENTES E USUÁRIOS DAS
UEC’S
• Problemas de conexão do eletrodo passivo
ao paciente;
• Acúmulo de líquidos espalhados pelo corpo
do paciente ou no eletrodo passivo;
• Uso de endoscópios, que possuem
revestimento externo metálico;
EXPLOSÕES
• Eletricidade estática;
• Faíscas nas tomadas e outros
equipamentos eletromédicos;
• Faíscas durante o uso de UEC´s.
• Presença de gases anestésicos
inflamáveis ou outras substâncias
também inflamáveis, presentes nos
centros cirúrgicos.
INTERFERÊNCIAS DENTRO DOS CENTROS
CIRÚRGICOS
• INTERFERÊNCIAS COM MONITORES DE ECG: o
eletrodo ativo de uma UEC pode transferir
milhares de volts em alta frequência para o corpo
do paciente, e muitas vezes tão próximas das
frequências do monitor de ECG.
• INTERFERÊNCIAS COM MARCA-PASSOS
CARDÍACOS: Alguns desses marca-passos são de
uso permanente e programável, outros,
modificam o seu modo de funcionamento
automaticamente na presença de campos
magnéticos.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Segundo normas um programa de manutenções preventivas
mínimo deve ser composto de dois níveis:
• Primeiro nível: realizada pelo usuário
• Segundo nível: realizada pelo técnico especializado.
• Inspeção visual:
• Estado dos cabos e tomadas de alimentação;
• Situação da segurança mecânica;
• Inspeção da protecção contra riscos de transbordamento,
derramamento, vazamento, umidade, penetração de
líquido, limpeza, esterilização e desinfecção.

Ensaios de segurança e funcionalidade:


• Medida de potência de entrada;
• Verificação da resistência de aterramento;
• Medida de potência de saída;
MEDIDAS DE SEGURANÇA
• No momento de operação o paciente deve estar
seco e isolado eléctricamente;
• Evitar contato directo com paciente e este com
outros objetos aterrados;
• Não deve ser realizada a electrocirurgia na
presença de gases anestésicos;
• Usar gel condutor na placa do eletrodo;
• Os cabos do aparelho não devem ser muito
compridos nem ter contacto entre si;
• Colocar correctamente o eletrodo neutro segundo
o tipo de operação;
• Usar mesa cirúrgica isolada;
PROBLEMAS POSSÍVEIS CAUSAS SOLUÇÕES

1 – Eletrodo ativo não Cabos de conexão Verificar a cabos


transmite corrente com problemas e troca-los

2 – Led´s indicadores Curto cuicuito no Verificar e


do modo de operação aparelho eliminar a causa
não acendem

3–Fumaça excessiva Eletrodo sujo ou em Esterilizar o


no eletrodo durante a mal condições eletrodo ou trocar
operação
4 – o aparelho não liga Fusíveis fundidos Verificar e trocar
CONCLUSÕES
• É essencial o conhecimento dos fundamentos da
eletrocirurgia, seu uso correto, equipamento
seguro, monitoramento constante e investigação
imediata diante de quaisquer suspeitas, para
minimizar o risco de acidentes em paciente e os
técnicos.
• É quase impossível operar um equipamento sem
a mínima noção dos seus efeitos no corpo
humano. O equipamento funciona como um
bisturi normal - com a vantagem de coagular o
sangue logo após o corte, evitando hemorragias
e reduzindo sangramentos.
ANEXOS
OBRIGADO
• CIENTES QUE A MATERIA FOI
BEM APRESENTADA SO NOS
RESTA MESMO AGRADECER A
VOSSA ATENÇÃO.
• SÃO BEM VINDAS AS VOSSAS
PRECIOSAS CONTRIBUIÇÕES..

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