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Centro Superior de Educação

Tecnológica – CESET UNICAMP

Topografia para Saneamento ST-513

Orientação
Prof. Dr. Mário Garrido
NORTE MAGNÉTICO E
GEOGRÁFICO
O planeta Terra pode ser
considerado um gigantesco imã,
devido a circulação da corrente
elétrica em seu núcleo formado
de ferro e níquel em estado
líquido. Estas correntes criam um
campo magnético. Este campo
magnético ao redor da Terra tem
a forma aproximada do campo
Magnético ao redor de um imã de
barra simples. Tal campo exerce
uma força de atração sobre a
agulha da bússola, fazendo com
que a mesma entre em
movimento e se estabilize quando
sua ponta imantada estiver
apontando para o Norte
magnético.
AZIMUTE
 Azimute de uma direção é o ângulo formado
entre a meridiana de origem que contém os
Pólos, magnéticos ou geográficos, e a direção
considerada. É medido a partir do Norte, no
sentido horário e varia de 0º a 360º.
RUMO
 Rumo é o menor ângulo formado
pela meridiana que materializa o
alinhamento Norte-Sul e a direção
considerada. Varia de 0º a 90º,
sendo contado do Norte ou do Sul
por leste e oeste. Este sistema
expressa o ângulo em função do
quadrante em que se encontra.
Além do valor numérico do ângulo
acrescenta-se uma sigla (NE, SE,
SW, NW) cuja primeira letra indica
a origem a partir do qual se
realiza a contagem e a segunda
indica a direção do giro ou
quadrante.
CONVERSÃO ENTRE RUMO E
AZIMUTE
Sempre que possível é
recomendável a transformação
dos rumos em azimutes, tendo
em vista a praticidade nos
cálculos de coordenadas, e
também para a orientação de
No Primeiro quadrante:
R1 = Az1 estruturas em campo. Para
No Segundo quadrante:
entender melhor o processo de
R2 = 180º - Az2
No Terceiro quadrante: transformação, observe a
R3 = Az3 - 180º
No Quarto quadrante: seqüência indicada.
R4 = 360º - Az4
EXERCÍCIOS!!!!!
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
 É o ângulo formado entre o meridiano
verdadeiro e o magnético; ou também
pode ser identificado como desvio entre o
azimute ou rumo verdadeiros e os
correspondentes magnéticos.
 Varia com o tempo e com a posição
geográfica, podendo ser ocidental (δW),
negativa quando o Pólo magnético estiver
a Oeste (W) do geográfico e oriental (δE)
em caso contrário.
 Atualmente, em nosso país a declinação é
negativa, logo ocidental.
CÁLCULO DA DECLINAÇÃO
MAGNÉTICA
 Para calculo em um determinado ponto da superfície física da terra são
necessários alguns dados preliminares:
 - Latitude geográfica (φ);
 - Longitude geográfica (λ);
 - Carta de declinação magnética da região em questão.
 De posse destes dados, e utilizando a equação, é possível obter a
declinação magnética para a região em questão.

 D = Cig + [(A + fa) . Cip]

 D = Valor da declinação magnética;


 Cig = Valor interpolado da curva isogônica;
 Cip = Valor interpolado da curva isopórica;
 A = Diferença entre o ano de confecção do mapa de declinação magnética e o
ano da observação (Ex. observação em 2003. O valor de “A” será dado por A
= 2003-2000 =3);
 fa = Fração de ano, ver tabela.
Valor da fração do ano.
Exemplo de
apresentação
de um mapa
de Declinação
Magnética
com as
respectivas
legendas.
Exemplo
 Calcular a declinação magnética para Curitiba (φ = 25° 25' 48'' S, λ = 49°
16' 15'' W), no dia 27 de Outubro de 2003 (conforme figura anterior).
 D = Cig + [(A + fa) . Cip]
 a) Cálculo de Cig
 a.1) Interpolação das Curvas Isogônicas. Com a régua ortogonal a uma das
curvas, mede-se a distância linear entre as curvas que compreendem a
cidade que se deseja calcular a declinação. Neste caso a distância linear
entre as curvas -17º e -18º é 2,4 cm. Com a régua ortogonal à curva -17º,
mede-se a distância linear entre a curva e a localidade que se deseja
determinar a declinação magnética. Neste caso a distância linear entre a
curva -17º e Curitiba é 0,5 cm.
 Logo:
 1º → 2,4 cm
 xº → 0,8 cm xº = 0,3333º
 Cig = -17º - Xº; Cig = -17,33333º
 b) Cálculo de Cip
 Mesmo processo utilizado para Cig. O valor obtido é de - 7,054’.
 D = -17,3333º + [(3 + 0,8)] . (-7,054’)
 D = -17º46’48,19”
Exemplo de
apresentação de
um mapa de
Declinação
Magnética com as
respectivas
legendas.
Exemplo
 Idem ao anterior para Foz do Iguaçu (φ = 25° 32' 45'' S, λ = 54° 35' 07'' W), no dia
14 de maio de 2001.
 D = Cig + [(A + fa).Cip]
 a) Cálculo de Cig
 a1) Interpolação das Curvas Isogônicas
 Com a régua ortogonal a uma das curvas isogônicas, medir a distância linear entre as
curvas que compreendem a cidade que se deseja calcular a declinação.
 Neste caso a distância linear entre as curvas -13º e -14º é 2,0 cm. Com a régua
ortogonal à curva -13º, medir a distância linear entre a curva e a localidade que se
deseja determinar a declinação magnética.
 Neste caso a distância entre a curva -13º e Foz do Iguaçu é 0,8 cm.
 Logo:
 1º → 2,0 cm
 xº → 0,75 cm xº = 0,375º
 Cig = -13º - xº ; Cig = - 13,375º
 b) Cálculo de Cip
 Mesmo processo utilizado para Cig. O valor obtido é de - 8’,3571.
 D = -13,375º + [(1 + 0,4)] . (-8,3571’ )
 D = -13,375º - 11º 42’ ; D = -13º 34’ 12”
TRANSFORMAÇÃO DE NORTE MAGNÉTICO
EM GEOGRÁFICO E VICEVERSA
 A transformação de elementos (rumos, azimutes) com
orientação pelo Norte verdadeiro ou magnético é um
processo simples, basta somar ou subtrair da declinação
magnética a informação disponível.
 Como já foi visto, atualmente no Brasil a declinação
magnética é negativa. Logo, o azimute verdadeiro é
igual ao azimute magnético menos a declinação
magnética, conforme será demonstrado a seguir.
 A figura ilustra o caso em que a declinação magnética é
positiva e o azimute verdadeiro é calculado por:
 Azv = Azm + D
 Para o caso do Brasil, onde a declinação magnética é
negativa (figura), o azimute verdadeiro será obtido da
seguinte forma:
 Azv = Azm + (-D)
Transformação de azimute e rumo
magnético para verdadeiro e vice-versa.
Exemplo:
 Sabe-se que o azimute verdadeiro do painel de
uma antena em Curitiba (φ = 25º25’S , λ =
49º13’W) é 45º 21’ no dia 14 de maio de 2001 e
a correspondente declinação magnética é 17º
32’ W. Calcular o azimute magnético para a
direção em questão, tendo em vista que a
empresa só dispõe de bússola para a orientação.
 Azm = Azv + D

 Azm = 45º 21’ - (-17º 32’)

 Azm = 62º 53’


MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO
DO NORTE VERDADEIRO
 A determinação do Norte verdadeiro,
fundamentada em determinações astronômicas
e utilizando o sistema GPS ou um giroscópio, é
mais precisa que a técnica que se baseia na
determinação do Norte magnético para uma
posterior transformação.
 Esta técnica deve ser evitada, independente da
precisão solicitada, quando se aplica em locais
onde existe exposição de rochas magnetizadas
que por ventura possam induzir a uma
interpretação errônea por suas influências sobre
a agulha imantada da bússola.
EXERCÍCIO
 Calcular os azimutes em função dos ângulos
horizontais medidos no sentido horário.

Az01=30°10’15”
α1=210°15’13”
α2=78°40’10”
α3=310°12’44”
α4=250°26’18”
α5=280°10’44”

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