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UNIVERDIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

DISCIPLINA: PARASITOLOGIA

MALÁRIA

Maricleide de Farias Naiff


MALÁRIA

Malária: Doença infecciosa conhecida como


febre palustre, sezão, paludismo, impaludismo,
febre tremedeira, febre intermitente.
É considerada uma doença universal, acomete
pessoas nas regiões tropicais e subtropicais sendo
seu mais alto grau de incidência nas regiões de
clima quente e úmido.
No Brasil: Década de 1940: 10.000.000 de
casos (população de 60 milhões de pessoas);
Década de 1970: 50.000 de casos (população
de 90 milhões de pessoas);
Década de 1980: 200.000 de casos ;
Década de 1990: 600.000 casos. Na última
década, a Amazônia deteve mais de 95% dos
casos do país.

Maricleide de Farias Naiff


MALÁRIA

 Histórico:
 Hipócrates (460-370a.C) – primeira descrição
clínica (mal do ar);
 Laveran (1880) – descoberta do agente
etiológico;
 Ross (1897) – descoberta do vetor.
Anopheles darlingi
 Classificação: Plasmodium falciparum

 Reino: Protista
 Sub-reino: Protozoa
 Filo: Apicomplexa
 Classe: Sporozoa
 Ordem: Hemosporodiida
 Família: Plasmodiidae
 Gênero: Espécies :
 Plasmodium P. vivax (terçã benigna);
Plasmodium P. falciparum (terçã maligna);
Plasmodium P. malariae (quartã benigna);
Plasmodium P. ovale (na África).

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MALÁRIA

HABITAT
No Homem: Fase pré-eritrocítica
+ hepatócitos
Fase eritrocítica
+ hemácias

No Mosquito: Estômago e glândula salivar.

O Gênero Plasmodium são protozoários


parasitos que se reproduzem sexualmente e por
esporogonia nos mosquitos anofelinos e
assexuadamente por esquizogonia no hospedeiro
vertebrado, por dois ciclos: um no parênquima
hepático,produzindo grande números de
merozoítas e outro
produzindo pigmentos nos glóbulos vermelhos
anucleados do sangue.

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MALÁRIA
CICLO EVOLUTIVO:
Do tipo heteroxênico, tendo o homem como
hospedeiro intermediário e a fêmea de algumas Ciclo Evolutivo
espécies de anofelinos como hospedeiro definitivo.
CICLO NO HOMEM: Dois ciclos se passam:
Primeiro ciclo: exo-eritrocitário, iniciado pelo
esporozoíta do mosquito vetor e se realiza nas
células do parênquima hepático que corresponde
ao período de incubação da malária que vai de 5-
15 dias;
Segundo ciclo: eritrocitário, que se inicia com
a invasão dos glóbulos vermelhos (eritrócitos ou
hemácias) pelos esporozoítas que no interior das
hemácias recebem o nome de trofozoítas onde
continuam o seu desenvolvimento transformando-
se em esquizontes que se fragmentam constituindo
os merozoíto e novamente invadem novas
hemácias constituindo este ciclo também chamado
ciclo esquizogônico.
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MALÁRIA
CICLO NO MOSQUITO: Ciclo no mosquito

O ciclo no mosquito começa com a ingestão dos


microgametas (macho) e macrogametas (fêmea),
que se formaram na continuidade do ciclo esquizogônico,
pelo mosquito fêmea vetor, ocorrendo a fecundação no
estômago do inseto, disso resulta finalmente a formação
dos elementos chamados esporozoítas que passam para
as glândulas salivar do mosquito e na ânsia de fome,
sugam o homem inoculando nesse momento o parasito
responsável pela doença (a forma esporozoíta).

Reservatórios:
Embora o homem infectado tem sido considerado o como
único reservatório dos plasmódios da malária humana na
natureza, investigações recentes tendem a considerar esta
endemia como uma zoonose, uma vez que já foi
demonstrado que macacos das florestas africanas
mostram-se parasitados por espécies do Gênero
Pasmodium idênticas, às que parasitam o homem.

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MALÁRIA
Esquizonte P. vivax
MORFOLOGIA DOS PARASITAS:
Espécies e formas encontradas no sangue
periférico:

P. vivax P. falciparum P. malariae


Trofozoítas Trofozoítas Trofozoítas
Esquizontes Gametócitos Esquizontes
Gametócitos Gametócitos

TRANSMISSÃO:
Vetores: A transmissão dos plasmódios de homem Gametócito P. vivax
a homem faz-se por espécies de fêmeas de mosquitos
do Gênero Anopheles ( insetos noturnos).

No Brasil existem várias espécies de anofelinos são


vetores da malária humana: Anopheles darlingi,
Albitarsis, A. Nunistovari, Anopheles cruzi. outros.

USUAL: Inoculação das formas Esporozoítos por


insetos fêmeas do gênero Anopheles. Esporozoítos Trofozoíto
OUTROS MEIOS: Transfusão de sangue;
Contaminação de seringas.
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MALÁRIA
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:

No Passado:
América Central/Norte/Sul,
África, Europa, Ásia ( Oriente Médio,
Paquistão, Índia, China entre outros.
Atualmente:
100 países encontram-se em zonas
malarígenas.
A MALÁRIA, é uma doença universal,
ocorre em regiões tropicais e
subtropicais. No Brasil existem áreas de
transmissão esporádica ( Municípios do
NE, Municípios do Sul, Triangulo Mineiro,
Baixada Fluminense, Sul do ES etc. ),
áreas de transmissão reduzida (BA, MG,
PR, SC, Vale de S. Francisco, MT), áreas
não protegidas com DDT, mais a região
Amazônica PA, AM, MA,PI GO.

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MALÁRIA

SINTOMATOLOGIA/PATOLOGIA

Período de Incubação:
Início da doença, acesso malárico:
1ª Fase: Calafrios;
2ª Fase: Calor (febre);
3ª Fase: Sudorese;

“Recrudescências e Recaídas”
Patologia:
Anóxia: Destruição de hemácias;
Perturbações Circulatórias: Vasoconstrição Arteriolar;
Dilatação Capilar: Formação de Trombos ;
No Sangue: Anemia;
Anóxia: Formação de Trombos e de Zonas de
Infarto;
No Baço: Esplenomegalia;
No Fígado: Hepatomegalia (em casos crônicos);
Na Medula Óssea: Congestão;
No Cérebro: Congestão e Edema (casos fatais).
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MALÁRIA
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
 Diagnóstico Parasitológico:
 Gota espessa (Giemsa);
 Camada delgada (Giemsa).
 Diagnóstico Imunológico:
 Reação de IFI;
 Hemaglutinação;
 Fixação de complemento;
 ELISA
 Exame Clínico:
 Febre com caráter intermitente;
 Anemia;
 Baço aumentado e doloroso;
 Residência ou procedência de zona
endêmica; Plasmodium falciparum
 Resposta favorável e rápida a
antimaláricos.

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MALÁRIA

 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
 O exame clínico pode ser confundido
com:
 Febre tifóide;

 Febre amarela,
 Hepatite infecciosa;
 Calazar;
 Esquistossomose mansônica;
 Febre recorrente;
 Outros acessos febris.
MALÁRIA

PROFILAXIA/TRATAMENTO:
Individual: proteção dos indivíduos:
Uso de repelentes, mosquiteiros, telas, quimioterápicos;
Coletiva: Controle:
Reduzir a incidência da Doença;
Novos métodos de controle do vetor;
Vigilância epidemiológica;
Novos medicamentos.
Erradicação: Extinção da Doença:
Combate aos insetos transmissores;
Eliminar (tratar) o “gametóforo”.
MALÁRIA
 TRATAMENTO:
 Poucas enfermidades contam com tantos e tão eficazes medicamentos específicos e
poucos também apresentam tanta diversidade de propósito em sua ação
terapêutica .
 O tratamento de malária é feito segundo o nível de atendimento, são eles:
 Níveis periférico;
 Nos Centros de Saúde e Hospitais.

 Como forma de tratamento nós temos:


 Quimioterapicos: Proguanil
 Piretamina
 Cloroquina
 Medicamentos antimaláricos: Amino-4-Quinoleías
 Amino-8-Quinoleías
 Pirimidinas
 Sulfamidas e Antibióticos
 Artemisina e Derivados
MALÁRIA

BIBLIOGRAFIAS

 REY, LUÍS. PARASITOLOGIA. Parasitologia : parasitos e doenças


parasitárias do homem nas Américas e na África / Luís Rey. Rio de
Janeiro : Guanabara Koogan, 2001.
 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de terapêutica de malária
/ Fundação Nacional de Saúde. Brasília : Ministério da
Saúde, 1990.
 Brasil. Ministério da Saúde.Manual de terapêutica de malária
/ Fundação Nacional de Saúde. 5. ed. rev. Brasília : Ministério da
Saúde, 1996.

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