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deslocamentos e tensões
P dP
Para determinar as coordenadas do ponto de aplicação da resultante
P, denominado Baricentro ou Centro de Gravidade da superfície,
basta escrever somatórios de momentos dos pesos em relação aos
eixos , ou sejam:
Pxc x1P1 x2 P2 ...xn Pn
Pyc y1P1 y2 P2 ... yn Pn
P xc xdP P yc ydP
A dA xc
xdA yc
ydA
A A
Qy xdA Qx ydA
Cabe ressaltar que tais integrais podem ser entendidas, por analogia
aos momentos dos pesos, como momentos das áreas em relação aos
eixos coordenados, motivo pelo qual são denominadas Momentos
Estáticos.
VARIAÇÃO DE SINAIS DOS MOMENTOS ESTÁTICOS
I x y 2 dA I y x 2 dA
y 2 x
x1
2 ( x )
y 1 x f x, y dA f x, y dy dx
x0 1 ( x )
A
x0 x1
Efetuando-se o cálculo do momento de inércia de um retângulo em
relação à sua base, localizada no eixo x, conforme mostra a figura:
y
onde
1 x 0 2 x h f x, y y 2
h
x
b
b
h 2 bh3
I x y dy dx
00 3
I xy xy dA
x
Para exemplificar, calcula-se a seguir o Produto de Inércia do
retângulo da figura, aproveitando-se os parâmetros utilizados para o
cálculo de Ix.
Nesse caso basta substituir a função na fórmula de integração
dupla, ou seja:
b
h b2h2
I xy xydy dx
00 4
y'
- + b/2
h/2
h x' I xy xydy dx 0
b / 2 h / 2
+ -
b
Translação de eixos
Demonstra-se que é possível estabelecer uma relação entre
Momentos de Inércia localizados em relação aos eixos passando pelo
Centróide e eixos paralelos quaisquer conforme ilustra a firura, por meio
do denominado Teorema dos Eixos Paralelos (Teorema de Steiner),
conforme a seguir se expõe.
I x y 2 dA
Conhecendo-se as coordenadas (xc , yc ) do baricentro da área, e
havendo interesse em obter o Momento de Inércia relativo a novo
eixo x’ paralelo a x passando por C, basta ter em conta que:
y y yc
Substituindo tal relação na expressão de Ix obtém-se:
I x y yc dA
2
I x y dA 2 yc ydA yc 2 dA
2
I x y dA yc 2 dA I x I x Ayc 2
2
ou
Analogamente, para o eixo y:
I y I y Axc 2
ou
I xy I x y Axc yc
Rotação de eixos
Completando o estudo, passa-se à determinação das características
geométricas em relação a novos eixos localizados na mesma
origem e girados de um ângulo qualquer.
Observe-se que, embora de caráter geral, em aplicações práticas
interessa providenciar a rotação ao redor dos eixos ( x’ , y’ )
localizados no Centróide. Por esse motivo, estabeleceu-se para a
redação das fórmulas deste item, a convenção ilustrada na figura,
onde estão indicadas fórmulas para rotação das coordenadas.
u x cos ysen
v y cos xsen
Assim sendo, para obter Iu, Iv e Iuv como funções de Ix’, Iy’ e Ix’y’ é o
bastante substituir as novas coordenadas ( u , v ) nas expressões das
características geométricas relativas a esses eixos, ou sejam:
I u v 2 dA I v u 2 dA I uv uvdA
Iu I x I y I x I y
cos 2 I x y sen2
Iv 2 2
I x I y
I uv sen2 I x y cos 2
2
Momentos e eixos principais de inércia
Tendo em vista que os Momentos de Inércia Iu e Iv estão
relacionados a Ix’ e Iy’ apenas como funções do ângulo θ, é
possível determinar seus valores extremos, bastando para tanto
derivar tais expressões, igualando-as a zero, providência que
conduz a:
Esforço cortante: V
Momento fletor: M
Momento torçor: T
Determinação dos esforços solicitantes
8,0 kN
HA
RA Rc
Carga distribuída transformada
em força concentrada fictícia,
Fq = 5,0.5,5=27,5 kN
Equações de equilíbrio
F x 0 : H A 8,0kN
F y 0 : RA RC 5.5,5 0 RA RC 27,5kN
5,5
M zA 0 : 27,5. 2
RC .4 0 RC 18,9kN
HA
NB
RA
VB
equações de equilíbrio
F x 0 : H A N B 0 N B 8,0kN
F y 0 : RA VB 5,0.2,0 0 8,6 VB 10,0kN VB 1,4kN
2,0
M zB 0 : RA .2,0 5,0.2,0.
2
M B 0 M B 7,2kN.m
6. Equações analíticas e diagrama de esforços
6.1- Equações analíticas
Os esforços solicitantes são obtidos em uma determinada
seção transversal;
Deseja-se, porém, conhecer a sua evolução (variação) ao
longo do elemento estrutural ou da estrutura como um
todo;
Pode-se obter as expressões analíticas dos esforços em
função da coordenada x, onde são representados os
valores ao longo da estrutura, adotando-se uma seção
transversal de referência em posição genérica.
As funções obtidas são contínuas para carregamentos
contínuos e descontínuas onde houver alguma força (ou
reação) concentrada ou descontinuidade geométrica da
estrutura.
Esforços solicitantes
s x
s
y
5,0.s MS
HA
NS
RA
VS
F x 0 : H A N S 0 N S 8,0kN
F y 0 : RA VS 5,0.s 0 8,6 VS 5,0.s VS 8,6 5,0.s
s
M zS 0 : RA .s 5,0.s. M S 0 M S 8,6.s 2,5.s 2
2
Esforços solicitantes para o trecho AC, entre apoios
Para s=0:
VS VA 8,6 5,0.s 8,6kN
M S M A 8,6.s 2,5.s 2 0,0
HA
NS
RA RC
VS
1,4 11,4
_
+ 7,5 + V (kN)
8,6
5,6
_
M (kN.m)
+
7,2
Observações:
Força cortante: descontinuidade no diagrama
devido a uma carga concentrada no ponto C
(reação de apoio)
A diferença (ou a soma dos módulos) dos
valores de força cortante, à direita e à esquerda
do apoio (VC,dir–VC,esq=7,5-(-11,4)=18,9kN)
representam a carga concentrada naquele ponto
(reação de apoio VC=18,9kN)
Momento fletor: descontinuidade da inclinação
no diagrama devido a uma carga concentrada no
ponto C (reação de apoio)
7. Relações diferenciais entre os esforços
solicitantes e carregamentos
Assim ,
dV
q( x) q
dx
dx dx
M z 0 : M V . 2 (M dM ) (V dV ). 2 0
dx dx
dM V .dx dV . 0 dx 0 : dV . 0
2 2
Assim ,
dM d 2M
V ou 2
q( x) q
dx dx
Integrando-se as duas equações, tem-se:
dV q( x)dx V q.x C1
x2
dM Vdx M q.x C1 dx q. C1.x C2
2
E ainda:
dM
V 0 M: máximo ou mínimo
dx
d 2M
2
0 M é máximo
dx
Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS -
NBR6120 – Cargas para o cálculo de estruturas de
edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 1980. 6p.
DIAS, L. A M. Estruturas de aço: conceitos, técnicas e linguagem.
Zigurate, 1998.
FUSCO, P.B. Estruturas de concreto: Fundamentos do projeto
estrutural. São Paulo: McGraw Hill, 1976.
GIONGO, J.S. Estruturas de concreto armado. São Carlos:
Publicação EESC/USP, 1993.
MACHADO JUNIOR, E.F. Introdução à isostática. São Carlos:
Publicação EESC/USP,1999.
SCHIEL, F. Introdução à resistência dos materiais. São Paulo:
Harbra, 1984.