Você está na página 1de 62

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA

FACULDADE DE ENGENHARIA
ENGENHARIA DE PETRÓLEOS
Ano Lectivo 2013

petróleo e gas
Gênese e Natureza
Dr. Prof. Tommaso De Pippo
O petróleo é uma substância natural feita em sua
maioria por hidrocarbonetos e que é presente
normalmente em áreas caracterizadas por
formações feitas por rochas sedimentares.

O uso prático do óleo é muito antigo, o asfalto fu


usado na construção da cidade de Ur (patria de
Abramo) na Mesopotâmia já no 3000 a.C.
Vários tipos de petróleo ou seus componentes
encontraram durante muitos séculos uma utilização
como aglomerantes e para impermeabilização.
O óleo natural è chamado petróleo bruto, ou
simplesmente bruto.
Ele è basicamente uma mistura de hidrocarbonetos
com pequenas quantidades de outros compostos
de nitrogénio, oxigénio orgânico, e enxofre.

A composição elementar oscila entre os seguintes limites:


Carbono 80 – 87 %
Hidrogênio 11 – 15 %
Oxigênio 1-3 %
Nitrogênio 0,1 - 2 %
Enxofre 0,3 - 5 %
Inorgânicos 0,05 - 0,1 %
A classificação preliminar de petróleo depende do graus API
que è definido pela formula:
API = (141,4 / peso específico) - 131,5.

Convencionalmente define-se óleos pesados aqueles com


API menor de 25, ou com peso específico maior de 0.9, e
óleos leves quando o API è em torno de 40, com peso
específico de 0.83.
A maior parte do óleo é do tipo:
• parafínico-naftênico: densidade média e pouco enxofre
• aromatico-intermediário: muito denso e com teor de
enxofre frequentemente alto.
• Naftênicos: muito raros.

Ao aumentar da profundidade e da temperatura os óleos se


alteram, tornando-se mais leves, mais parafínicos e menos
ricos de enxofre, ao contrario, para óleos mais superfíciais,
o escoamento pela ação da água da chuva, acompanhada
pela ação bacteriana, faz a óleos mais pesados e viscosos, e
mais ricos em aromáticos e compostos NSO (Nitrogênio,
Enxofre, Oxigênio)
Origem do petróleo

A composição extremamente complexa do petróleo (tanto o


óleo que o gás) reflete os efeitos combinados de todos os
processos que estão na origem das acumulações
petróliferas e que determinam o seu destino no decurso do
tempo geológico.
As condições geológicas e geoquímicas que influenciam
estes processos podem variar muito de um sitio para outro,
variando portanto a composição do petróleo. Na sua
composição, o petróleo contém alguns sinais moleculares
que permitem reconstruir a sua origem e história geológica.
Como regra geral, o petróleo nunca teve origem no
reservatório a partir do qual é extraído, mas é o resultado
de uma longa série de processos que precedem a
acumulação que ocorre em bacias sedimentarias..........
.......se hover as seguintes condições geológicas:

afloramento
Afloramento

accumulação
profundidade

produção

migração

1. formações de rocha mãe capazes de gerar petróleo em


presença de condições térmicas adequadas no subsolo;
Os ambientes de sedimentação mais favorável, pois que
uma rocha pode tornar-se "mãe" são as mais próximas da
costa, onde o fornecimento de substâncias orgânicas é
maior, e aqueles como lagoas, estuários e taludes
continentais, onde as águas são calmas, permitindo assim
a sedimentação de partículas finas.
Estratificação e laminação fina, bem visíveis, apresentada
claramente muitas vezes pela rocha-mãe de litologia
siliciclástica:

A, em afloramento;

B, seção fina de rocha ao microscópio.


2. compactação de sedimentos com expulsão de petróleo
das rochas geradoras e passagem nas rochas-
reservatórios (migração primária);
afloramento
Afloramento

accumulação
profundidade

produção

migração

3. rochas reservatório com porosidade e permeabilidade


suficientes para permitir o fluxo de petróleo através da
rede dos poros (migração secundária);
Permeabilidade: indica a
maior o menor facilidade com a
qual um fluido pode passar
através dos poros de uma
rocha.

Porosidade: quantidade física


que define a relação percentual
entre o volume de poros
interligados e o total de uma
rocha.
4. configurações estruturais das camadas sedimentarias
assim que as rochas reservatórios formem as armadilhas,
ou seja os recipientes naturais no subsolo onde o
petróleo tende a se acumular;

afloramento
Afloramento

accumulação
profundidade

produção

migração
5. é necessário que as armadilhas sejam seladas no topo
por uma camada de sedimentos impermeáveis (rocha
de cobertura), para evitar ao petróleo de sair;

afloramento
Afloramento

accumulação
profundidade

produção

migração
Armadilha

Cobertura

BACIA Reservatorio
SEDIMENTARIA

Rocha geradora
6. a seqüência dos processos de
geração/migração e acumulação deve ter
sido realizada seguindo uma ordem
cronológica;

7. conservação, ao longo do tempo geológico,


das condições favoráveis para a
preservação do acúmulo de petróleo.
Ausência de fracturas na rocha de cobertura
ou um aquecimento, com a transformação
de óleo para o gás.
A questão da origem do petróleo tem sido por muito
tempo ao centro de um acalorado debate, durante o
qual foram feitas inúmeras teorias, hipóteses e
especulações.
Algumas décadas atrás foram avançadas
várias idéias sobre uma possível origem
inorgânica, incluindo, por exemplo. que o
óleo poderia ser o produto de uma reação
entre o carboneto de ferro e água nas
entranhas da crosta terrestre.
As principais evidências foram a presença
esporádica de inclusões de
hidrocarbonetos fluidos e betume sólido em
rochas ígneas e alguns depósitos de
petróleo e gás alojados em fraturas do
embasamento cristalino (por exemplo,
Granitos, basaltos e rochas metamórficas).
No entanto, na maioria dos casos, foi possível demonstrar
que o óleo tinha sido formado inicialmente em uma rocha
sedimentar e tinha sido transportado, em um momento
posterior, no granito, por um fluxo de convecção de fluidos
aquosos mineralizantes, ou tinha feito uma longa migração
a partir de estratos sedimentares distantes e se tinha
acumulado nas fraturas do embasamento cristalino.
As evidências em favor de uma origem orgânica do
petróleo agora parecem insuperáveis.
Entre estes, uma das mais convincente é a presença
constante, em todos os tipos de óleo, de moléculas de
marcadores biológicos, tais como porfirinas, sterani e
hopanes.
A estrutura destas moléculas altamente específicas
exclui que elas possam ser o resultado de uma síntese
inorgânica, mas coloca-se em modo claro e inequívoco
a favor da hipótese de uma sua derivação a partir de
estruturas moleculares sintetizadas por organismos vivos.
As rochas mãe o geradoras de petrólio são as rochas
siliciclásticas de granulometria fina, ricas em argila (argilitos,
xistos) ou as rochas carbonáticas escuras (calcários,
margas) que têm gerado e expelido hidrocarbonetos em
quantidades apreciáveis.

Uma rocha mãe é caracterizada por três atributos


essenciais:
1. deve ter um teor suficiente de matéria orgânica de
origem biológica, finamente disperso no interior;
2. a matéria orgânica deve ter uma composição específica,
isto é rica em hidrogénio,

3. deve-se encontrar até uma certa profundidade e ser sujeita


a determinadas temperaturas subterrâneas, para permitir o
início do processo de formação do óleo através da
decomposição térmica do querogênio.
Na faixa de temperaturas mais baixas (até 65°C),
predomina a atividade bacteriana que provoca a
reorganização celular e transforma a matéria
orgânica sólida contida na rocha mãe, em
querogênio.

O querogênio é parcialmente produzido pela


acumulação de substâncias macromoleculares
resistentes de origem biológica, tais como os
lípidos celulares, as paredes celulares das algas,
membranas, cutículas, esporos e pólen.
Este processo é denominado de Diagênese e
indica o conjunto de todos os processos
mineralógicos e geoquímicos que ocorrem na
porção superior de uma coluna de sedimentos.
A concentração de carbono de origem orgânica é uma
medida aproximada do conteúdo de material orgânico de
uma rocha.
De facto, a matéria orgânica é composta
predominantemente de carbono, mas também contém
pequenas quantidades de azoto, enxofre e oxigénio.
A concentração mínima de carbono orgânico está em
relação com a quantidade de óleo gerada e a porosidade
das rochas.
Se a quantidade de matéria orgânica é muito baixa, a
quantidade de óleo gerado não excede a capacidade de
armazenamento da rocha e, portanto, não há expulsão do
óleo.
A formação do sedimento rico em matéria orgânica está
relacionada com as condições exactas do meio ambiente
no qual ocorre a deposição.
Estes sedimentos são depositados em ambientes
aquosos que recebem um contributo constante de
material orgânico e partículas sedimentares.
Em ambientes subaéreos a matéria orgânica é degradada
por processos químicos e biológicos de oxidação em um
curto período de tempo após a deposição.
A sedimentação da rocha-mãe de boa qualidade pode
ocorrer em ambiente marinho ou lacustre em forma de lama
rica em matéria orgânica, enquanto as águas do fundo são
pobres em oxigênio.
Concentração de oxigénio no Ambiente

Anaeróbico
inferior a 0,1 ml/l,

Disaerobico
entre 0,1 a 1,0 ml/l

Oxigenado
concentrações maiores
Existem basicamente três cenários possíveis em que o
processo de sedimentação ocorre em condições
favoráveis à preservação de matéria orgânica:

• Sistema de Estagnação

• Sistema de Produtividade

• Sistema de Circulação do fundo dos oceanos


O sistema de estagnação requer a presença de uma
pequena bacia ou limiar, ou seja, de uma bacia marinha
caracterizada por uma troca muito limitada com o mar
aberto.

agua doce
baixa salinidade
limiar de alta salinidade
bacia Ambiente anaeróbico

Sedimentos ricos em materia organica

Este é o caso do Mar Negro, que alcança uma profundidade


de 2500 m, mas está ligado ao Mediterrâneo por uma
profundidade de passagem de apenas cerca de 25 m.
as águas do Mediterrâneo mais salgadas e, portanto, mais
densas, fluem no Mar Negro, formando uma corrente de
profundidade quesegue a topografia do fundo do mar
formando uma coluna de água estratificada. O contacto
entre a água de salinidade e densidade elevada , na parte
inferior, e as águas de baixa salinidade em cima è chamado
de haloclina e está sempre localizado a cerca de 80-100 m
de profundidade. Abaixo da haloclina reside uma imensa
massa de água parada, que oferece condições
particularmente favoráveis para a conservação das algas
mortas, que descem para o fundo deixando a fáscia
superficial onde tinham encontrado a luz e nutrientes
necessários para seu crescimento
O modelo de produtividade, considera como em algumas
áreas dos oceanos existem correntes profundas ricas em
nutrientes que subem até a borda da plataforma continental
a partir das partes mais profundas das bacias. Quando elas
chegam na zona penetrada pela luz solar (zona eufótica),
acontece um enorme crescimento das algas (floração de
fitoplâncton).

ventos de terra

floração de plâncton

ambiente anaeróbico

sedimentos ricos em matéria orgânica


A atividade fotossintética das algas produz enormes
quantidades de biomassa vegetal, que é o primeiro anelo da
cadeia alimentar marinha: as algas alimentam o
zooplâncton, que por sua vez alimenta os peixes e assim por
diante.

Após a morte, os restos desses organismos (biomassa


constituida principalmente de fitoplâncton) afundam na
coluna de água e começam a apodrecer e a decompor-se.

Devido à grande quantidade de material orgânico em


decomposição, o consumo de oxigénio é tão rápido que na
coluna de água rapidamente cria-se um ambiente
anaeróbico ou disaerobico.
Mesmo neste caso, pode-se detectar a existência de uma
separação clara entre as águas pouco oxigenadas, na parte
inferior, e aquelas mais perto da superfície e ricas em
oxigénio, divididas pela chamada barreira de oxido reducção
(redox).

Uma vez ela chegou ao fundo do oceano, a matéria orgânica


é parcialmente decomposta pelos microorganismos.

Deste modo, uma certa quantidade de biomassa de origem


bacteriana é adicionado à matéria orgânica sedimentar.
O mesmo processo acontece em corispondencia dos
canyons submarinos
Os fenomenos de downwelling e upwelling ao longo dos
canyons submarinhos distribuem os organismos
planctonicos incistati com as mesmas modalidades de
transporte dos sedimentos
Muitos organismos planctonicos produzem formas
resistentes incistate no ciclo vital deles

Dinoflagellati

Ciliati
Circulação do fundo dos oceanos
Correntes da água fria de alta densidade geradas no Ártico
e na Antártida, fluem ao fundo dos oceanos para as latitudes
mais baixas. Quando, durante seu trajecto, elas encontram
relevos submarinos de alguma importância, impulsionam
grandes massas de água profundas, ricas em nutrientes,
para a superfície do oceano, causando a formação de uma
zona de mínima oxigenação em mar aberto. Quando esta
área entra em contacto com a plataforma continental, inicia
a deposição de sedimentos ricos em matéria orgânica.

sedimentos ricos
em matéria orgânica
Os mesmos processos de
sedimentação da matéria
orgânica no mar também
realizam-se nos grandes lagos,
como os do Vale do Rift da África
Oriental. A biomassa produzida
por algas e bactérias acumulam-
se nas águas anaeróbias ou
disaerobias dos lagos mais
profundos, que nunca estão
sujeitos a remixagem. Todos os
ambientes marinhos e de água
doce, onde realizam-se os
processos sedimentares podem
receber uma contribuição
adicional de matéria orgânica
vegetal transportada pelos rios,
glaciares ou pelo vento.
Ao contrário da biomassa produzida pelas algas e pelas
bactérias, rica em hidrogénio, a matéria orgânica vegetal de
origem terrestre geralmente apresenta um elevado teor de
oxigénio, devido à elevada percentagem de materiais
derivados da celulose e da lignina, com a excepção dos
esporos e cutículas das folhas, que são ricas em hidrogénio.
De facto, a matéria orgânica presente na maior parte dos
sedimentos da rocha mãe é composta por uma mistura de
resíduos de organismos marinhos e de vegetação terrestre.
Dependendo da prevalência de material orgânico de um tipo
ou de outro, a rocha mãe irà produzir hidrocarbonetos
líquidos ou gasosos.

madeira cutículas bactérias algas


Em resumo, o querogênio é uma mistura de biomassa
transformada por processos diagenéticos e compostos de
origem biológica não modificados. Uma abordagem
preliminar útil para o problema da composição complexa do
querogênio é fornecida a partir da análise elementar e da
avaliação da relação entre a razão dos átomos de
hidrogénio/átomos de carbono (H/C) e a razão átomos de
oxigénio/átomos de carbono (O/C). Com estes métodos
chegou-se a classificar a grande variedade de querogenios
existentes na natureza em três grandes classes, chamadas
de tipo I, tipo II e tipo III.

razão atomica H/C

razão atomica O/C


razão atomica H/C

razão atomica O/C

Os querogênios de tipo I, com uma alta razão H/C, originam-


se principalmente a partir da biomassa de algas e de
bactérias. A elevada razão H/C dos querogênios do tipo II é a
consequência de um contributo substancial de biomassa de
algas.
A formação de ambos os tipos de querogênio requer que a
sedimentação ocorra em um ambiente anaeróbico. Um
subgrupo da segunda categoria é representada pelo tipo II-
S, ou seja, por querogênios com alto teor de enxofre, que se
originou a partir de ambientes sedimentares carbonatados.
Por conseguinte, os óleos gerados a partir de rochas mãe
carbonatadas normalmente contêm grandes quantidades de
enxofre (mais de 1, 5%).
Os querogênios do tipo III,
pelo contrário, são
caracterizados por razões
elevadas de O/C e baixas
razões H/C.

O teor elevado de oxigénio


pode ser devido seja a uma
grande quantidade de
resíduos de plantas
razão atomica H/C

terrestres como a uma


sedimentação da matéria
orgânica de qualquer tipo
derivado da decomposição
de organismos marinhos
em ambientes disaerobicos
razão atomica O/C
ou oxigenados.
Os depósitos de rochas geradoras com produção de óleo
mais abundante da quase sempre pertencem ao tipo II. Os
querogênios do tipo I são bastante raros e estão limitados
quase exclusivamente aos xistos betuminosos (rochas que
não contêm óleo, mas concentrações elevadas de
querogênio, que pode ser artificialmente transformado em
óleo, aquecendo a rocha a 500 °C em atmosfera inerte). As
rochas mãe com querogênio tipo III geram pequenas
quantidades de óleo mas muito mais de gás, e de
condensado, em presença de adequadas temperaturas
subterrâneas.
Referindo-se ao grau de alteração atingido pela substância
orgânica e ao tipo de óleo que é gerado ao mesmo tempo,
podem-se definir três fases:

1. Diagênese;

2. Catagênese;

3. Metagênese.
Diagênese

O sedimento começa o seu aprofundamento e a sua compactação,


alcançando várias centenas de metros de profundidade e temperaturas
na ordem de 50 °C, mesmo sob a influência da atividade microbiana.
Os sedimentos finos já são muito impermeaveis no momento da
deposição e sua água intersticial não tem possibilidade de intercâmbio.
No final da diagênese a matéria orgânica originalmente
contida no sedimento tem sido, em parte, oxidada para
fornecer energia aos microorganismos, em parte, reciclada
pelos mesmos microrganismos para fornecer nova materia
orgânica disponível para os seres vivos.

Em parte, ao fim, é fermentada e fornece metano


biogênico; em parte, finalmente, condensa-se no
querogênio, polímero complexo cuja aparição e propagação
marca o fim da diagênese e o início da catagênese.
Os hidrocarbonetos líquidos e gasosos são gerados
pela decomposição térmica do querogênio na rocha
mãe.

A temperatura destas rochas aumenta com o aumento


da profundidade e, para além de um certo limite, a
fracção quimicamente lábil do querogênio começa a
transformar-se em compostos de petróleo

O mecanismo de reação principal é a quebra (cracking)


das ligações entre os átomos de carbono, o que requer
a superação de certos níveis mínimos de fornecimento
de energia térmica (energia de ativação).

A formação de hidrocarbonetos líquidos e gasosos na


rocha fonte é uma consequência natural do aumento de
temperatura abaixo da superfície, no decurso do tempo
geológico.
No processo de transformação do querogênio causada pelo
aumento da temperatura, chamado de maturação, podemos
distinguir duas fases, a catagenese e a metagenese .

A força motriz principal no processo de maturação da rocha


fonte e a formação do óleo é o calor.

A este respeito, as temperaturas máximas atingidas, ou seja,


a taxa de aquecimento, bem como o tempo de exposição
para as temperaturas máximas, são de particular
importância.

A gama de temperatura na qual ocorre a formação de


hidrocarbonetos líquidos é chamado de "janela de líquidos",
ou "janela de petróleo ', e estende-se entre 80 e 150 ° C.
processo no
Janela óleo/gás Prof. (Km) Temp. °C Produção subsolo

Biogás

Área imatura
DIAGÊNESE
Querogênio

Janela de óleo
Óleo CATAGÊNESE

úmido
Gás
Gás
Gás
seco METAGÊNESE
METAMORFISMO
Tipos de hidrocarbonetos formados
Durante o processo de formação de óleo ocorrem muitas
reacções, cada uma controlada por diferentes cinéticas de
reacção (energia de activação, factor de frequência, etc.)
Por conseguinte, o limite térmico de formação do óleo não é
único, mas abrange um intervalo de temperaturas.

Nas áreas em que a rocha mãe está localizada a baixa


profundidade e não recebeu um aquecimento adequado,
serão detectadas concentrações muito baixas de
compostos extraíveis, que são formados principalmente por
uma mistura de marcadores biológicos e dos compostos
chamados NSO, ou seja, os componentes do petróleo que
contêm na sua molécula átomos de elementos diferentes do
carbono e do hidrogénio, normalmente consistindo de azoto
(N), enxofre (S) e oxigénio (O).
No caso de a rocha mãe de boa qualidade, a percentagem
de querogênio lábil, e convertível em hidrocarbonetos
durante a passagem através da janela dos líquidos, pode
chegar a 50% do total. Isto reflecte-se numa redução
drástica do teor de hidrogénio no querogênio, cada vez mais
que a rocha mãe passa de uma fase inicial de imaturidade a
de maturidade e torna-se finalmente hipermadura.
DIAGÊNESE
Querogênio
CATAGÊNESE

Biomarcadores
Inerte Refratário Fugaz

Gás
METAMORFISMO MEATAGÊNESE

Óleo

Gás

Grafite
As rochas que contêm querogênio de tipo III são, então,
normalmente definidas rochas de gas, enquanto aquelas
que contêm querogênio de tipo II são chamadas de petróleo.
A razão entre as quantidades de gás e as quantidades de
óleo (GOR – Gas Oil Relationship), normalmente expressas
em kg, geradas por uma específica rocha mãe depende do
tipo de querogênio contido na mesma e da história das
condições térmicas sofridas no processo de afundamento.
Esta razão pode variar na natureza entre os valores limites
de 0,1 (campo de petróleo) e 100 (campo de gás).
Normalmente, a razão gás / óleo aumenta, com o avanço do
processo de maturação da rocha-mãe. O aumento das
concentrações de metano detectado em rochas localizadas
mais profundamente são uma consequência das
propriedades deste gás, o mais estável dos hidrocarbonetos
em face das forças termodinâmicas. Também por esta
razão, os campos de petróleo que afundam no subsolo,
resultando em aumento da temperatura de exposição são
convertidos em campos de gás seco, após processos de
craqueamento (Cracking).
QUEROGENIO Fósseis Geoquímicos

Fosseis geoquimicos
Degradação termica

HIDROCARBONETOS ÓLEO
MÉDIO LEVES
PESADOS
craking

craking

METANO GAS
EE IDROCARBURI LEGGERI
HIDROCARONETOS LEVES

Resíduos de carbono
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE PETRÓLEOS.

• Natureza do petroleo e do gas


• Fontes rochosas de petroleo, produção, migração e
acumulação de petroleo, armadilhas
• Diagenese, Catagenese e Metagenese
• Crosta terrestre e tempo geologico
• Composição e distribuicao das rochas sedimentares
• Ambiente marinho
• Prospeccao de petroleo
• Sondagem
• Avaliação de formações
• Geologia de campos de petróleo.
• Fluxo de fluidos em meios porosos e de contorno do
reservatório.

Você também pode gostar