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Funec 2018
Modernismo - Prosa
2º Tempo - Brasil
Modernismo – 2º tempo
Contexto Histórico
Anos 30:
Getúlio Vargas
Ditadura
Nacionalismo
Crise de 29
Fortalecimento das ideologias totalitárias
Fascismo / nazismo
Modernismo – 2º tempo
Contexto Histórico
Anos 30:
Comunismo / Socialismo
Mudança na sociedade: revolução
Utopia: busca de um mundo melhor
Prosa: mostrar a realidade do país
Congresso Regionalista do Recife-1926
José Lins do Rego, José Américo de Almeida,
Gilberto Freire
Temática : NE e sua sociedade
Modernismo – 2º tempo
Congresso Regionalista do Recife-1926
José Lins do Rego, José Américo de
Almeida, Gilberto Freire
Temática : NE e sua sociedade
Latifúndio e exploração
Seca e retirantes
Jagunços, cangaceiros
Misticismo e fanatismo
Sociedade patriarcal e sua degradação
Modernismo – 2º tempo
Contexto Histórico
Prosa: mostrar a realidade do país
Miséria e exploração no NE
Homem = universal
Empatia ao homem explorado
Drama do cotidiano
Visão: da elite sobre o povo explorado, não dele
mesmo
Érico Veríssimo
RS: O Tempo e o Vento -1948
Modernismo – 2º tempo
“Vidas Secas” – Graciliano Ramos
Biografia : Alagoas, jornalista, RJ, morte em
1953
Preso pela ditadura Vargas por ser
comunista
obras:
São Bernardo – 1934
Vidas Secas – 1938
Memórias do Cárcere - 1953
Modernismo – 2º tempo
“Vidas Secas” – Graciliano Ramos
Vidas Secas – 1938 : X Estado Novo de
Vargas, 1937
Nacionalismo / progresso / unidade
Censura : DIP
Leis trabalhistas : povo que apóia a ditadura
Perseguição ao comunismo: Intentona
Comunista de 1935 – fracasso
Ascensão do nazifascismo : II Guerra - 1939
Modernismo – 2º tempo
“Vidas Secas” – Graciliano Ramos
Narrativa : família de retirantes
Fabiano, Sinha Vitória, filhos , cachorra
Baleia
Pequenas histórias com um fio narrativo
Sem rumo certo, fogem da seca, do
autoritarismo ( Patrão, Soldado Amarelo)
Natureza: “personagem” presente: seca
Injustiça social: fuga e esperança
Modernismo – 2º tempo
“Vidas Secas” – Graciliano Ramos
Personagens:
Fabiano : fala curta, falta de expressão
Animalização
Baleia : sentimento humano
Filhos : não tem nome, desumanização
Narrador : 3ª pessoa :
Pensamentos e expressão mínima de Fabiano:
denúncia da animalização que a exploração traz mas
ao mesmo tempo, profunda humanização,
individualização do drama social.
Modernismo – 2º tempo
“Vidas Secas” – Graciliano Ramos
Personagens:
Fabiano : fala curta, falta de expressão:
“Admirava as palavras compridas e difíceis da gente
da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas
sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas”
Não há “exotismo” da paisagem, nem mesmo
opiniões políticas do narrador
Documentário estético: mostrar a realidade, mas
humanizá-la, torná-la uma denúncia universal, para
além das ideologias.
Modernismo – 2º tempo
“Vidas Secas” – Graciliano Ramos
Personagens:
Fabiano : líder da família, mas ao mesmo tempo,
fraco, sem capacidade de expressão, sem “lições”
possíveis a seus filhos ( novo e velho)
Baleia : “líder” humano da família, sentimento que se
perde na miséria absoluta – sacrificada por Fabiano.
“Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo
cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um
Fabiano enorme”.
Final do romance: possibilidade de migração para a
cidade – esperança ou frustração ?
Modernismo – 2º tempo
“Vidas Secas” – Graciliano Ramos
Narração:
Não há opinião política
Denúncia = está no receptor do livro
Frases curtas, cenas descritas com grande precisão,
retrato da psicologia dos personagens.
Discurso indireto livre:
“Olhou a caatinga amarela, que o poente
avermelhava. Se a seca chegasse, não ficaria planta
verde”.
Monólogo interior : típico do romance urbano da
mesma época, mas usado na prosa regionalista
de Vidas Secas.
Modernismo – 2º tempo
“Vidas Secas” – Graciliano Ramos
Comparações :
Jorge Amado
X “cores fortes”, frases intensas, olhar no exótico,
exuberância dos personagens
= romance regional, denúncia social ( Capitães de
Areia)
Machado de Assis
X falta de denúncia social explícita, romance urbano,
foco na elite
= psicologia intensa dos personagens, olhar atento
aos detalhes, frases curtas e precisas.
Modernismo – 2º tempo
“O Quinze” – Rachel de Queiróz
1ª fase: fortemente militante, socialista, mas
com presença do estudo psicológico dos
personagens
2ª fase: identificação com as raízes
nordestinas, tradicionalismo dos costumes
Modernismo – 2º tempo
“O Quinze” – Rachel de Queiróz
Seca de 1915, CE
Fazenda Logradouro: Conceição, vinda da
cidade e educada,Vicente, seu primo,
fazendeiro semi-analfabeto
Conceição volta para a cidade e ajuda as
famílias de retirantes que fogem da seca
A chuva volta ao interior
Modernismo – 2º tempo
“Fogo Morto” – José Lins do Rego
PB/PE: infância no engenho de cana do avô
Memória afetiva X denúncia social
Oralidade da narração
Transição econômica:
Do engenho a usina: modernização
capitalista destrói a memória afetiva das
relações sociais existentes
Modernismo – 2º tempo
“Fogo Morto” – José Lins do Rego
Engenho Santa Fé: Lula de Holanda
Fazendeiro decadente, orgulhoso de seu
poder do passado
Capitão Vitorino:
Elite reformadora, luta pelos oprimidos
Escravos libertos, cangaceiros, policiais
opressores
Fogo morto: engenho decaído
Modernismo – 2º tempo
“Fogo Morto” – José Lins do Rego
Narrativa: oralidade das tradições do NE
Afastamento do romance experimental do início do
Modernismo
Memória afetiva X denúncia social:
Afetividade das relações sociais, mas ao mesmo