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Qualidade da

Energia Elétrica

Modulo 3: Afundamentos de Tensão


(sustentada)

Luis Carlos Origa de Oliveira


Caracterização

IEEE 1159 / 1995

Dezembro 2009

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Regulação de Tensão

Dentre os aspectos que são regulados e fiscalizados pela ANEEL está o NÍVEL DE TENSÃO
em Sistemas de Distribuição de Energia (SDE).

NÍVEL DE TENSÃO foi inicialmente regulado pela Resolução ANEEL 505 de novembro de
2001, a qual estabelecia as disposições relativas à conformidade dos níveis de tensão de
energia elétrica em regime permanente.

MODULO 8 / ProDist (contempla as alterações):


• decorrentes da revogação das Resoluções Normativas nº 24/2000, nº 505/2001 e nº 520/2002;
• decorrentes das mudanças nos critérios para formação de conjuntos de unidades consumidoras;
• devido ao redimensionamento dos limites dos indicadores de continuidade individuais.

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Normas e Recomendações

Resolução ANEEL 505/2001 e Modulo 8 ProDist

Definições:

Tensão de Atendimento (TA): valor eficaz de tensão no ponto de entrega ou de conexão, obtido por meio de
medição, classificada em adequada, precária ou crítica, de acordo com a leitura efetuada, (V ou kV);

Tensão Contratada (TCo): valor eficaz de tensão que deverá ser informado ao consumidor por escrito, ou
estabelecido em contrato, (V ou kV);

Tensão de Leitura (TL): valor eficaz de tensão, integralizado a cada 10 (dez) minutos, obtido de medição por
meio de equipamentos apropriados, (V ou kV);

Tensão Nominal (TN): valor eficaz de tensão para qual o sistema é projetado, (V ou kV);

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Normas e Recomendações

Resolução ANEEL 505/2001 e Modulo 8 ProDist

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Normas e Recomendações

Resolução ANEEL 505/2001 e Modulo 8 PRODIST (valores para BT)

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Normas e Recomendações

Resolução ANEEL 505/2001 e Modulo 8 ProDist

indicadores que quantificam a violação do nível de tensão:

Duração Relativa da Transgressão de Tensão Precária (DRP): indicador individual referente à duração relativa
das leituras de tensão, nas faixas de tensão precária, no período de observação, definido em percentual;

Duração Relativa da Transgressão de Tensão Crítica (DRC): indicador individual referente à duração relativa das
leituras de tensão, nas faixas de tensão crítica, no período de observação definido, expresso em percentual;

Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Precária (DRPM): percentual máximo de tempo
admissível para as leituras de tensão, nas faixas de tensão precária, no período de observação definido;

Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Crítica (DRCM): percentual máximo de tempo
admissível para as leituras de tensão, nas faixas de tensão crítica, no período de observação definido.

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Normas e Recomendações ( Tensão de Leitura TL )

Requisitos Mínimos para os equipamentos de medição:


• Taxa amostral : 16 amostras/ciclo;
• Conversor A/D: 12 bits;
• Precisão : 1%.

Protocolo de medição:
• Leituras: 1008 (mil e oito) leituras válidas ( 60min/10min * 24h * 7dias)
• Período de integralização: 10 minutos (consecutivos).
• Calculo de RMS : janelas sucessivas de doze a quinze ciclos (0,2 a 0,25 seg.)
Índices:
100.nlp
• Duração Relativa da transgressão para tensão Precária: DRP (%) 
1008
100.nlc
• Duração Relativa da transgressão para tensão Crítica: DRC (%) 
1008

nlp e nlc representam o maior valor entre as fases do número de leituras situadas nas faixas precária e crítica, respectivamente.

© LQEE 8 Origa Oct. 25, 2005


Adequação dos níveis de Tensão

Medidas corretivas para adequar os níveis de tensão.


(redes de distribuição de energia elétrica)

A - Recursos operativos : transferência de carga;

B – Manutenção : eliminar fatores que possam causar quedas de tensão;

E - Troca de bitola : reduzir quedas de tensão pela diminuição da impedância série.

D - Reguladores de Tensão: uso de auto transformadores;

C - Bancos de capacitores : suprir necessidade de reativo;

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Regulação de Tensão: (cálculo de quedas de Tensão)

Sistema Elétrico Completo Redução do sistema

Fonte (SE) Fonte (SE)

Ramal principal

Agrupamento de cargas

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Regulação de Tensão: Cálculo simplificado

Método Simplificado para cálculo da queda de tensão

(r . cos  x .sen ).I .. 3


V (%)  l
.100
  ( R  j.X ) ( I .cos  j.I .sen )
V Vesp
l l

(r . cos  x .sen ).S3 .


V (%)  l
.100
Vesp .VRl .

  R .I .cos  X .I .sen ) (r . cos  x .sen ).100


V l l V (%)  l
.S 3 .
(Vesp )2

VS  VR
V(%)  .100 Coeficiente unitário de queda de tensão
VS
(r . cos  x .sen ).100
k l
(Vesp )2
( Rl . cos  X l .sen ).I
V (%)  .100
Vesp 3
V (%)  k.S3 .

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Regulação de Tensão: Processo de cálculo sistematizado

TRECHO COMP. CARGA ACUMULADA K TRECHO (%) ACUMULADA (%) CORRENTE


(km) (MVA) (A)

SE-1 1 ST 1  S1  S2  S3  S4 k1 k1 .ST 1 .1 k1 .ST 1 .1 ST 1 3 .Vesp

1-2 2 ST 2  S2  S3  S 4 k2 k2 .ST 2 . 2 k1 .ST 1 .1  k2 .ST 2 . 2 ST 2 3 .Vesp

2-3 3 ST 3  S3  S4 k3 k3 .ST 3 . 3

3-4 4 ST 4  S4 k4 k4 .ST 4 . 4

PONTO
SE 1 2 3 4

TENSÃO (KV) Vesp V1  Vesp  VSE 1 V2  V1  V12 V3  V2  V23 V4  V3  V34

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Regulação de Tensão: Exemplo de cálculo de queda de tensão

Andradina Ponto Carga Total Instalada


1 2 3 4 5 6 7 1 1060,0 kVA
2 332,5 kVA
SE 3 Km 2 Km 7 Km 4 Km 1,2 Km 4 Km 4,2 Km 3 120,0 kVA
4 1970,0 kVA
Castilho Pontal Junqueira 5 1515,0 kVA
6 270,0 kVA
7 435,0 kVA

CARGA MÁXIMA EM 1998


Trecho Carga Comprimento (Km) K V% V% Corrente
(MVA) (MVA.Km)- Acumulado (A)

Nível de Tensão (kV)


1
12,0
SE – 1 1,648 3,0 0,414 2,046 2,046 135,669
11,9 V
1–2 1,342 2,0 0,414 1,111 3,157 110,504 máx
11,8
2–3 1,246 7,0 0,414 3,610 6,767 102,590 V
3–4 1,211 4,0 0,414 2,005 8,772 99,713 11,7 min
4–5 0,642 1,2 0,414 0,319 9,091 52,882 11,6 Limite Tolerável
5–6 0,204 4,0 0,414 0,338 9,429 16,809 11,5
6–7 0,126 4,2 0,414 0,219 9,648 10,373 11,4
CARGA MÍNIMA EM 1998 11,3
Trecho Carga Comprimento (Km) K V% V% Corrente 11,2
(MVA) (MVA.Km)- Acumulado (A)
1 11,1
SE – 1 0,604 3,0 0,414 0,750 0,750 43,841 11,0
1–2 0,492 2,0 0,414 0,407 1,157 37,964 10,9
2–3 0,457 7,0 0,414 1,324 2,481 35,286 10,8
3–4 0,444 4,0 0,414 0,735 3,216 34,280 10,7
4–5 0,235 1,2 0,414 0,117 3,333 18,189 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28
5–6 0,075 4,0 0,414 0,124 3,457 5,783 Andradina Distância (km)
6–7 0,046 4,2 0,414 0,080 3,537 3,553 SE

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Aplicação de Reguladores de Tensão

Auto-transformador

Principais Componentes :
• Enrolamento série;
• Enrolamento paralelo;
• Chave reversora de polaridade;
• Controles e ajustes.

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Reguladores de Tensão: ( Ajustes Principais )

Controles: Largura de Faixa e Tempo de retardo


Objetivos: Reduzir o número de operações, carga suplementar, seletividade.

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Reguladores de Tensão: ( Ajustes Principais )

Carga suplementar

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Reguladores de Tensão: ( Ajustes Principais )

Controles: Compensador de queda na linha (LDC)


Objetivos: Deslocar o ponto de regulação para uma posição remota.

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Reguladores de Tensão: ( Instalações típicas )

Delta Aberto:

Delta:

Estrela:

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Reguladores de Tensão: ( Instalação / componentes )

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Regulação de Tensão: Exemplo de estudo de alocação

Rede elétrica simplificada

Perfil de Tensão ao longo do alimentador

adequada

barra 9

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Regulação de Tensão: Planejamento e Implantação

Rede elétrica simplificada

Uso de um regulador : barra 9

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Regulação de Tensão: Planejamento e Implantação

Rede elétrica simplificada

Uso de dois reguladores: barras 9 e 24

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Regulação de Tensão: Planejamento e Implantação

Rede elétrica simplificada

Uso de dois reguladores: barras 4 e 14

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Regulação de Tensão: Planejamento e Implantação

Rede elétrica simplificada

Uso de dois reguladores: barras 8 e 18

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Aplicação de Banco de Capacitores

 Triângulo de potências e correção do Fator de Deslocamento

Potência Reativa: Q (kVAr)


Fonte Carga
Potência Aparente: S (kVA)

ATIVA

REATIVA
C

Potencia Ativa: P(kW)

Potência Reativa de Compensação: Qc ( kVAr)


FatorFator de deslocamento
de Deslocamento Fd = cos(φ
Residual )
Fdr = acos(φ d)

Potência Reativa Residual: Qr (kVAr)

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Banco de Capacitores : Dimensionamento

 Determinação da Potencia reativa de compensação (Qc)

Qa  Sa .sena   .sena   P.tga 


P
cosa 

Qd  Sd .send   .send   P.tgd 


P
cosd 

Potencia Reativa de compensação (Qc) : Qc  Qa  Qd  P .tg a   tg d 

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Banco de Capacitores : Dimensionamento

Fd desejado: cos d   0.92

Fd atual
cos a   0.74

Potencia Reativa de compensação (Qc) : Qc  P .tg a   tg d 

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Bancos de Capacitores: principais benefícios

x (  / km ).Q ( kVAr )
 Capacidade liberada no alimentador (queda de tensão): SLliberada( kVA ) 
r (  / km ).cos   x (  / km ).sen

 Capacidade liberada na SE/Trafo: SSE


liberada
( kVA )  Sn ( kVA )  Q ( kVAr ). cos   Q ( kVAr ).sen  Sn ( kVA )
2 2

SSE
liberada
( kVA )  Q ( kVAr ).sen

Q ( kVAr ).x (  / km ).( km )


 Aumento da Tensão no alimentador : VL (%) 
10.V 2 ( kV )

Q( kVAr )
 Aumento da Tensão no Transformador : VSE (%) 
Sn ( kVA )

 Aumento total da Tensão : VTotal (%)  VL (%)  VSE (%)

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Banco de Capacitores : ( Instalação /equipamentos )

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