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Prof.

Engº Civil: Sérgio Alves dos Reis


 A maior parte das funções de um engenheiro
envolve, de alguma maneira, o planeta em que
vivemos: a Terra.

 Seja na atividade de construção, seja na obtenção


de materiais e combustíveis, seja na organização
da distribuição de produtos e insumos.
 Cada uma destas atividades é afetada de maneira
distinta tanto por características relativamente
estáveis de nosso planeta - como sua composição
e relevo - quanto por suas características
dinâmicas - como abalos sísmicos, ventos etc.
 Assim, faz parte da formação fundamental do
engenheiro conhecer o planeta que é substrato
para grande parte de suas atividades, tanto em
termos físicos e estáticos quanto dinâmicos.

É nesse contexto que se situa a Geologia.


 Definição: Geologia é a ciência que engloba todo o
estudo da terra.

Etimologias:
Geo  significa terra
Logos  significa estudo/conhecimento
 A geologia é dividida em duas grandes áreas
específicas:
Geologia Física e a Geologia Histórica.
 A Geologia Física:
estuda a composição da Terra em termos dos
materiais que a compõem, isto é, os minerais e
rochas, bem como os principais processos que
operam em seu interior e superfície.
 A Geologia Histórica:
 Estuda a origem da Terra e a sua evolução, isto é,
as mudanças que nela ocorreram ao longo do
tempo, como a formação dos oceanos e
continentes, atmosfera e o surgimento da vida.
 Bom saber!:
A Geologia difere da Geografia no sentido que a
Geografia estuda o momento presente, isto é, a
Geografia representa uma fotografia do planeta
Terra no instante atual. Geografia significa descrição
da Terra.
 GEOLOGIA E ENGENHARIA
 Praticamente todas as atividades de um
engenheiros envolvem elementos de nosso
planeta e, sendo assim, é útil conhecê-lo.

 Apenas como exemplos, são citados alguns


usos relevantes do estudo da geologia para a
engenharia:
A escolha de materiais mais apropriados, isto é, mais
baratos:
 Depende do conhecimento de sua disponibilidade na
composição da Terra e sua facilidade de extração.

 Em especial, a escolha de materiais com características


específicas depende de sua existência na quantidade
desejada e com acesso disponível.
 A definição de processos de extração de materiais,
como ferro, cobre e outros, depende do
conhecimento de como esses minerais ocorrem na
natureza.
 O uso de rochas como material de construção civil
depende do conhecimento de suas propriedades
físicas, que dependem diretamente de seu
processo de formação.
 O projeto de estrutura de qualquer obra civil depende
das características do solo e das rochas que o
compõem, sendo necessário seu conhecimento para
que soluções adequadas sejam adotadas para cada tipo
de solo.

 Se a região sofre abalos sísmicos, estes precisam ser


conhecidos e compreendidos para que possam ser
considerados.
 O projeto e construção de túneis, em especial,
depende do conhecimento da estrutura do solo,
incluindo sua composição e a existência de fraturas
 A identificação de novos poços de petróleo é feita,
em grande parte, a partir do perfil geológico do
terreno, isto é, do conjunto de rochas que
compõem uma determinada região, visto que os
depósitos de petróleo usualmente estão em regiões
com o mesmo tipo de formação (formaram-se em
épocas similares ou por processos similares).
 A definição de características externas de
construções tem o objetivo de fornecer proteções
contra a ação do intemperismo e, sendo assim,
estes agentes devem ser estudados.
 Assim, ainda que esta lista não seja nem
remotamente completa, é essencial que o
engenheiro - em especial os Civis, Ambientais e de
Petróleo e Gás – tenham o conhecimento básico de
Geologia
 A Terra é um elipsoide com diâmetro equatorial de
12.757 km e um diâmetro polar de 12.714 km (a Terra é
achatada nos polos).
 O ponto mais alto do nosso planeta encontra-se no
Himalaia (Monte Everest) com quase 9.000m de altura.
 Os pontos mais profundos encontram-se nas
fossas oceânicas no Oceano Pacifico com 11.000m
de profundidade.
A idade da Terra

Calculada através de
Datações radiométricas
nas rochas

conhecimento da
geologia planetária
do sistema solar
Acredita-se que a Terra se formou há
cerca de 4,6 bilhões de anos,
a partir da agregação de fragmentos
do sistema solar.
O valor médio medido da densidade da Terra
na superfície é de 2,76.

corresponde à densidade das rochas mais comuns


na superfície.

Quando se mede o valor global da densidade


obtém-se 5,53

Isso significa que no interior da Terra existem


materiais mais densos

O que é denominada de
diferenciação estrutural.
 A diferenciação se dá porque existe no planeta um
núcleo metálico, enquanto que a parte periférica é
mais rica em substâncias silicosas.
Entretanto, a separação de materiais com densidade maior no
centro do planeta só ocorreu porque;

Após formado, um impacto colossal de um bólido de grandes


dimensões permitiu a refusão da Terra.

Esse impacto foi também responsável pela formação da Lua e


pela rotação oblíqua da Terra.
É de conhecimento geral de que a estrutura interna da
Terra seja constituída de um núcleo sólido envolto em
núcleo líquido em que metais pesados como o ferro e o
níquel são predominantes.
Manto: Camada pastosa, mais rica em silício
Silício: o segundo elemento químico mais abundante na
crosta terrestre (Usado em aço de grande dureza).

*Silício: Segundo elemento químico mais abundante na


crosta terrestre, usado em aço de grande dureza.
 Manto: A última camada do manto contém uma
massa com minerais recém formandos onde está
presente o magma, e denomina-se “astenosfera”
 A parte sólida do planeta é apenas uma casca
resfriada denominada de litosfera (Crosta)
A crosta é mais espessa nos continentes e, por isso, é
denominada de “crosta emersa”.

No soalho dos oceanos, a crosta é denominada de


“crosta imersa”, onde a espessura menor.

A crosta possui
espessura ente
5km e 100km.
A energia da Terra tem origem na energia gerada
pelos sucessivos impactos de bólidos durante a sua
formação, resultando na transformação de energia
cinética em térmica.

Estima-se que a energia dos impactos somados


tenha sido da ordem de 2,8x1011Gj.
A manutenção do calor conta com a ajuda na
atividade de desintegração atômica no seu interior.

A pressão gerada pela gravidade também se


transforma em calor que é tanto maior quanto mais
próxima ao núcleo.

Esse calor resulta em temperaturas crescentes com


a profundidade, ultrapassando os 6.000°C no
núcleo.
O manto e o núcleo são mantidos em estado de
fusão devido à elevada temperatura.

A parte central do núcleo é sólida porque a pressão


é muito alta, evitando a fusão interno.
A temperatura cresce com a profundidade, mas em
uma relação não linear.

Isto porque existe uma perda de caloria pela


superfície do planeta por irradiação, cuja influência
diminui com a profundidade.
A maior espessura da crosta emersa é justificada, pelo
menos em parte, pela “isostasia”, que é o estado de
equilíbrio das massas sólidas que flutuam em um meio
líquido mais denso, de acordo com o principio dos
empuxos de Arquimedes.
Isostasia de massas sólidas que possuem densidade
semelhante ao líquido envolvente (ex. dos icebergs), faz
com que a porção emersa seja muito pequena em
relação à porção imersa, na mesma proporção da
diferença das densidades.

Por isso que o maior volume de um iceberg está sob a


água.
Nos continentes, as massas sólidas são compostas de rochas
mais leves que flutuam sobre o manto.

De forma semelhante ao comportamento de corpos que


flutuam na água, a massa emersa deve ser sustentada pelo
empuxo (ou peso de fluido deslocado) da parte imersa.

Assim, abaixo de uma montanha, a crosta é mais profunda do


que no soalho dos oceanos
As rochas que constituem as montanhas possuem densidade
ligeiramente menor do que o magma;

Nas montanhas continentais a densidade é da ordem de 2,8,


enquanto o magma possui densidade média de 3,3.

Isso faz com que a crosta que fica abaixo do nível médio do
magma seja muito maior do que a massa que se projeta
acima dele.
 As rochas expostas à atmosfera ou à hidrosfera, passam a
ser agredidas por reações de oxidação ou *hidrólise até a
sua destruição, fenômeno que produz os solos.

 Com resistência menor do que as rochas, os solos são mais


facilmente erodidos, transportados e se distribuem pela
crosta, recobrindo as rochas na sua maior parte.

 Esses solos podem, por processos físicos ou químicos,


tornarem-se tenazes novamente, produzindo um novo tipo
de rocha.*

Hidrólise: reação de decomposição ou alteração de uma substância pela


água
 Ao observarmos as rochas que ocorrem em montanhas,
será fácil identificar aquelas que foram formadas pelo
endurecimento de solos e, mais do que isso, solos que
estiveram no fundo de oceanos.

 A explicação de como essas rochas foram parar em regiões


tão afastadas dos mares se dá atualmente pela teoria da
tectônica de placas.

Imagem dos Alpes Suíços: muitas das rochas


existentes nas grandes cadeias montanhosas têm origem
em soalhos marinhos.
 A explicação sobre a dinâmica terrestre começou a se
estruturar a partir da Teoria da Deriva de Placas
Continentais proposta por Alfred Wegener, em 1912.

 Por tal teoria, a crosta terrestre seria formada por um


conjunto de placas que se movimentaria sobre uma massa
viscosa.

 Os deslocamentos muito lentos poderiam ser motivados


pelas diferenças de densidade e de geometria na crosta,
mas o autor não conseguiu identificar uma direção ou
motivo definido (daí o nome de “deriva”) para tal
movimento.
 Wegener expôs a idéia de que todos os continentes já
estiveram agrupados, há cerca de 220 milhões de anos, em
um supercontinente denominado de:.
 Em sua teoria, Wegener explicava bem a distribuição dos
fósseis (figura), o ajuste das linhas de costa, e as extremas
mudanças nos climas observadas em todos os continentes.
 Entre outras evidências importantes, a continuidade de
províncias geológicas entre os continentes também foram
reportadas (figura ).
 Por muito tempo a teoria proposta por Wegener foi
abandonada;

 Seus críticos nunca aceitaram o fenômeno pelo fato do


autor não ter conseguido explicar que forças seriam
capazes de deslocar massas tão monumentais a distâncias
tão longas.

 A resposta só foi definitivamente estruturada a partir de


uma sucessão de pesquisas que começaram por volta de
1950 e culminaram com os trabalhos de Dietz e Hess em
1968, expondo a Teoria da Tectônica de Placas.
 Para entender a mecânica que movimenta
porções da crosta terrestre, é preciso
primeiro discutir como se dá a
transferência de energia térmica através
dos materiais.
 Quando um material está no estado sólido, uma fonte de
calor propaga a energia por um fenômeno de condução
térmica;

 As moléculas transferem a energia cinética que as vibra


para as moléculas vizinhas, sem que haja deslocamento
entre elas.
 Quando um material está no estado fluido, além da
condução, há a transferência de calor por convecção.

 Por este fenômeno, o aquecimento do material promove a


redução da sua densidade, o que permite o seu
deslocamento para locais afastados da fonte de energia,
transferindo o calor por condução para outros materiais
 Ao perder o calor, o material readquire densidade e retorna
à posição primitiva, exibindo movimentos algo próximo de
uma circulação.

 Além desses dois fenômenos, há também a irradiação, pela


qual o calor é transferido por radiação eletromagnética.
 Na estrutura da Terra, a fonte de calor concentra-se no
núcleo, transferindo-se pelo manto até a litosfera.

 Já que o manto é constituído por uma massa viscosa, essa


transferência se dá por condução e por convecção
simultaneamente.
 A geração de calor no núcleo é irregular, produzindo mais
energia térmica em locais de maior concentração de
combustível radioativo.

 Como fonte de calor é irregular, ocorrem formações de


correntes de convecção que são muito lentas porque o
fluido é muito viscoso.
 Essas correntes de convecção, que são emanadas das
imediações do núcleo, sobem à superfície e, chegando
próximas à crosta, resfriam-se, sendo guindadas
novamente à profundidade.

 No movimento circulatório que desenvolvem, arrastam por


atrito viscoso as placas resfriadas da litosfera.
 Existem diversas regiões de concentração de calor no
interior do planeta, produzindo essas correntes de
convecção com diferentes intensidades.

 Assim, existem diferentes correntes de convecção


movimentando pedaços da crosta em diferentes direções.
 Por conta desses movimentos, a crosta acabou dividida em
um conjunto de 17 placas.

 Elas possuem movimentos impulsionados pelas correntes


convectivas e podem se afastar umas das outras,
escorregarem ou entrarem em colisão, produzindo
diferentes “limites”.

 Esses movimentos são lentos (segundo a expectativa de


tempo humano), variando de 2 cm a 10cm por ano.
 Conforme esses deslocamentos entre placas, os limites
podem ser classificados como:
Divergentes, convergentes ou transformantes.
Limites divergentes

 Onde duas placas se afastam, abrindo um espaço entre elas que é


ocupado por magma vindo diretamente dos locais quentes que
foram responsáveis pelas correntes de convecção.

 Esses locais são chamados de dorsais e podem ser meso-


oceânicas (como é o caso da dorsal mesoatlântica) ou continentais
(como ocorre na fenda no nordeste da África).
Limites divergentes
Limites convergentes

 Correspondem àquelas situações em que há a colisão entre placas


tectônicas.

 Esse fenômeno pode se dar de três formas típicas.

 No primeiro tipo, uma placa possui densidade maior e constitui


um soalho marinho, colidindo com uma placa de densidade menor
e mais espessa.

 Nessa situação, a placa de densidade maior entra em subdução,


mergulhando para o interior do magma, enquanto a placa com
densidade menor é soerguida, formando uma cordilheira.

 Este é o caso da cordilheira dos Andes, por exemplo.


Limites convergentes
Limites convergentes

 No segundo tipo, duas placas de densidade menor e já emersas


entram em colisão, soerguendo cordilheiras amplas em forma de
arco como é o caso do Himalaia.
Limites convergentes

 No terceiro tipo, placas com densidade maior e submersas entram


em colisão, formando cordilheiras submarinas, com alinhamento
de ilhas e parcéis e, por esta razão, também são conhecidas como
“arcos de ilhas”.
 Exemplos desse limite estão no Japão e Ilhas Aleutas (no Alasca).
Limites convergentes

 Os limites convergentes são também conhecidos como


limites destrutivos, pois a subdução da placa significa uma
espécie de “reciclagem”, pois a crosta é conduzida para o
interior do manto onde entra em fusão.
Limites transformantes

 São limites onde duas placas movimentam-se em um plano,


sem que haja subdução de placas (destruição) ou subida de
material do manto (construção).
Limites transformantes

 O movimento lateral entre duas placas ao longo de uma


falha, produzindo efeitos facilmente observáveis à
superfície.

 Devido ao atrito, as placas não podem pura e simplesmente


deslizar uma pela outra.
Limites transformantes

 Em vez disso, a tensão acumula-se em ambas placas e


quando atinge um nível crítico, a energia potencial é
liberada sob a forma de movimento ao longo da falha,
muitas vezes de forma abrupta (terremotos).

Terremoto na Itália
Pontos quentes e plumas mantélicas

 Nas proximidades dos limites entre placas, existe uma


concentração de energia térmica.

 Ocasionalmente, a liberação dessa energia se dá por


erupções, principalmente em locais denominados de
“pontos quentes” onde há o abastecimento direto de
magma por um canal denominado de “pluma mantélica”.
Pontos quentes e plumas mantélicas

 Esses pontos são mais comuns nas proximidades dos


limites divergentes;

 Não necessariamente nas dorsais, podendo ocorrer em suas


proximidades.

 Devido ao movimento das placas da litosfera, as erupções


de um “ponto quente” forma vulcões alinhados, como é o
caso dos arquipélagos de ilhas vulcânicas e parcéis do
Havaí, Fernando de Noronha, Ilhas Canárias e Açores, entre
outros.
Pontos quentes e plumas mantélicas
Controvérsias sobre a convecção do manto

 O fenômeno da convecção ainda não está totalmente


compreendido e muitas controvérsias têm surgido a esse
respeito.

 Primeira: Fato das velocidades das placas não guardarem


relação com a intensidade da ascensão de magma

 As teorias mais recentes defendem a ideia de que o movimento


das placas ocorre porque as placas em subdução arrastam o
soalho marinho devido às forças gravitacionais e a convecção
pouco contribui para o fenômeno.

 Assim, apenas o peso da placa mergulhante seria responsável


principal pela tectônica de placas.
Controvérsias sobre a convecção do manto

 A outra controvérsia: Diz respeito à profundidade que a placa


de subdução mergulha.

 Basicamente existem duas vertentes: a convecção integral e a


convecção estratificada.

 Pela primeira, a placa mergulhante vai até o limite do manto


com o núcleo externo, onde a densidade maior impediria a
continuidade do processo.
Controvérsias sobre a convecção do manto

 Pela segunda, as placas mergulhariam até uma profundidade


menor, cerca de 700km, a partir do qual seriam impelidas a se
movimentar para regiões mais quentes.

 Esse movimento induziria uma outra corrente de convecção na


parte inferior do manto, conforme ilustra a figura.
A separação do Pangéia

 O supercontinente, o Pangéia existiu desde 260 milhões de


anos atrás.

 Há cerca de 200 milhões de anos, formou-se um limite


divergente que separou esse bloco em dois o hemisfério
norte e sul, respectivamente.
A separação do Pangéia

 A separação da América dos Sul da África ocorreu há cerca


de 140 milhões de anos.

 A figura mostra a sequência de separação continental


semelhante ao que ocorreu entre a América e a África
naquele período.
A separação do Pangéia

 O momento que antecedeu a separação continental é


caracterizado pelo aumento da pressão no manto sob a
crosta, o que promoveu o soerguimento continental.

 Nesse período, o topo do continente tornou-se desértico.


A separação do Pangéia

 O aumento gradativo da pressão atingiu tal monta que a


crosta acabou se rompendo e permitindo o vertimento de
material quente do manto sobre a superfície.

 Como esses materiais vertidos são mais densos, a crosta


lentamente foi se deprimindo, à medida que foi se abrindo.
Foi o início do Oceano Atlântico.
A separação do Pangéia

 Ao serem afastadas umas das outras, as regiões dos


continentes mais próximas ao litoral tornaram-se áreas de
distensão;

 A maior parte das placas nesta região encontrava-se


tracionado.

 O resultado disto é que o relevo ficou plano, como é o da


nossa
A separação do Pangéia

 A teoria sobre o Pangéia refere-se ao período de


identificação de fósseis, portanto muito recente comparado
à idade do planeta.

 Em estudos atuais de fósseis mais primitivos, foi possível


identificar que o Pangéia havia estado separado há cerca de
400 Ma.

 Antes disso, outro supercontinente teria sido estruturado e


que foi denominado de Panótia (entre 540Ma e 600Ma).
A separação do Pangéia
Tectônica de Placas e Campo Magnético do Planeta

 O fato do núcleo da terra ser constituído por uma massa


com grande quantidade de, faz com que o movimento de
rotação do planeta produza um efeito de dínamo

Dínamo

 Cogita-se, que esse efeito seja o responsável pela


magnetosfera terrestre.
Tectônica de Placas e Campo Magnético do Planeta

 O campo magnético gerado por esse condutor em


movimento de rotação é o responsável pela proteção do
planeta contra os ventos solares.
Tectônica de Placas e Campo Magnético do Planeta

 Apesar da rotação terrestre ser praticamente constante, a


intensidade do campo magnético não o é.

 A teoria mais aceita para explicar é que existem campos


magnéticos secundários produzidos pelas correntes de
convecção que existem no manto da mesma forma que
existem também na parte líquida do núcleo.
Tectônica de Placas e Campo Magnético do Planeta

 Esses campos magnéticos secundários mudam de


intensidade conforme a maior ou menor participação das
zonas quentes do núcleo.

 Como o dínamo terrestre possui um equilíbrio instável,


essas influências das correntes de convecção podem ser
responsáveis pela inversão de polaridade da magnetosfera.
Tectônica de Placas e Campo Magnético do Planeta

 Estudos realizados na orientação dos minerais de magnetita


que existem em rochas no soalho marinho demonstraram
que a polaridade magnética do planeta se alterna em
 intervalos irregulares.
Tectônica de Placas e Campo Magnético do Planeta

 Na média são da ordem de 250.000 anos.


O sistema Terra
 Modernamente, o planeta tem sido tratado com um sistema
de componentes interativos, conforme é ilustrado pela
figura
O sistema Terra

 O sistema clima envolve grande troca de massas e energia


entre a atmosfera e hidrosfera, como os que ocorrem nos
ciclos de evaporação e precipitação.
O sistema Terra

 Embora com menor intensidade, interações entre a litosfera


e atmosfera são importantes, como a exalação de gases, a
emissão de cinzas de vulcões, os processos de erosão e
destruição das rochas pelas intempéries e as infiltrações de
água pelo subsolo.
O sistema Terra

 Em virtude dos movimentos tectônicos, a litosfera mergulha


no manto proporcionando a reciclagem das rochas e solos
que são reconduzidos na forma de magma para a superfície
 por convecção.
O sistema Terra

 Por fim, o núcleo interno e o externo interagem, sendo


responsáveis pelo campo magnético terrestre.

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