Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
9
8
2
-
1
6
7
0
O CUSTO DO
MUNDO VIRTUAL
A internet é criticada de
muitas maneiras, mas
tudo tem suas
vantagens e
desvantagens
Empresas
InvestimentoSocial
Privado amplia o olhar
para o território;
Cidadão
Aproximação com Entrevista
governo melhora
Por que oexcessodomundovirtualpode
políticas públicas;
prejudicar;
Vocêc o n se g u e EDITORIAL
imaginar Articulação de forças
m u n i c í p i o S COM Como a História mostrou n a s últimas décadas, o crescimento
JORNALISTARESPONSÁVEL
Daí a i mp o r t â n c i a d e p e n s a r o d esenvo lvi m e nto o l h a n d o p a r a Amália Safatle (MTb 22.790)
Conheça o novo Programa Serviços públicos de nova geração, n e c e s s a r i a m e n t e e m fro nteira s geopolíticas. belbrunharo@pagina22.com.br
apoiar a construção de serviços define os direitos dos usuários do co nj unto diversificado d e forças sociais, mu i t a s vezes co nflitantes (11)3799-3212 /leitor@pagina22.com.br
www.fgv.br/ces/pagina22
e n t r e si. O desafio – e a beleza – d a g o v e r n a n ç a territorial é
públicos de alta qualidade, ágeis e serviço público. CONSELHOEDITORIAL
co nsegu ir articular e s s a s forças e id entid ad es únicas e m t o r n o d e
eficientes, satisfazendo expectativas Ana Carla Fonseca Reis, Aron Belinky,
José Eli da Veiga, Leeward Wang,
projetos e m prol d o d esenvo l vi m e nto local e nacional.
e necessidades de cidadãos cada vez Mario Monzoni, Pedro Telles,
Roberto S. Waack, Rodolfo Guttilla
Projeto Especial, produzido e m parceria c o m o Instituto Lina Os artigos e textos de caráter opinativo assinados
por colaboradores expressam a visão de seus autores,
Galvani, m o s t r a c o mo colocar e s s e d eb ate n a prática, co nsid era nd o
Conheça o P r o g r a m a n o s i t e não representando, necessariamente, o ponto devista
de PÁ9ıNAZZ e do FGVces.
o s diversos atores: o s go verno s, a s e mp r e s a s (por me i o d o
agendapublica.org.br I n v e s t i me n t o Social Privado), a s o rganizaçõ es d a sociedad e civil e o
cidadão interess ad o e m p articip ar d e i n s t â n c i a s d a a g e n d a pública.
Transformando juntos
Há 15 anos, dedicamo-nos a identificar e ap o iar iniciativas q u e c o n t r i b u a m p a r a
ampliação das capacidades para as co munida des liderare m sua t ra nsfor ma ç ão
social. Evidenciamos o p otencial d o s ato r es locais p a r a q u e p e r c e b a m s e u p ap el n o
d es e n vo l vi me n to d a co munid ad e . Ao lo ngo d e ss a trajetória, co nso lid amo s o princípio
d e que, e m vez d e fazer pelo o utro, d e v e mo s fazer com o o utro , visando co mu nid ad es
sustentá v ei s articuladas e m red es sociais solidárias.
Co ntr ib u í mo s p a r a a f o r m a ç ã o d e s s a s r e d e s n a s localidad es o n d e n o s s a s asso ciad as
o p e r a m e a t u a m n o d e s e n v o l v i m e n t o co mu n it ár i o . N es s e p ro cesso q u e e n t e n d e m o s
c o mo si ngul ar, n ã o é possível utilizar u m a fó r mul a p r o n t a , e s i m a b o r d a g e n s
q u e r e s p e i t e m c ad a r e a l id ad e . D e s d e 2 0 0 9 , f a z e m o s u s o d a T erap ia C o m u n i t á r i a
Integrativa, q ue utiliza o f o r ma t o d e Rodas d e Conversa c o mo i n s t r u m e n t o facilitador de
ARTHURFUJII
ap r o xi maç ão c o m a s c o m u n i d a d e s , d e d iagnó stico s particip ativo s e d e fo r t a l e c i me n t o
d o tecido social. A f e r r a m e n t a o ferece possibilid ades d e esc uta, fala e a c o l h i me n t o ,
cr iand o vínculo s p a r a q u e a p r ó p ri a c o m u n i d a d e t e n h a co nd içõ es d e s e articular e
6
ENTREVISTA
e n c o n t r a r saíd a p a r a s u a s d e m a n d a s .
Ao d e p a r a r m o s - n o s c o m a s q u e s t õ e s d e cad a te rritó rio ( C a mp o Alegre d e Lo u r d e s -
Camifthos p a r a o deseftvolvimeftto
BA, Luís Ed uardo Magalhães -B A, Serra d o Salitre -MG e Jaguaré, e m São Paulo -SP) A diversificação e a desconcentração das atividades econômicas ampliam asoportunidades, evitando
a desigualdade e o desemprego, diz Arilson Favareto. Mas o Brasil tem ido na contramão
e n t e n d e mo s a necessidade de fo r ma ta r parcerias e fo r ma r redes multisetoriais,
p r o p o r cio n a nd o u m a g o v er n a n ç a c o m a p articip ação f u n d a m e n t a l d o p o d e r público, 1ft C a p a Saiba como a participação articulada de diversos atores locais, em novos arranjos institucionais, pode ajudar
a resolver ou minimizar problemas complexos da sociedade
seto r privado e sociedade civil. Tais “p o d e r e s ” estão p r e s e n t e s n a s reflexões p ro mo vid as
e m n o s s o s e v e n t o s b ianuais “Dialo gand o ” . 18 Participação Para fazer as políticas públicas darem o salto de qualidade que todos esperam, será preciso tornar
mais porosos os limites entre o governo e os cidadãos
Na ú l t i m a e diç ão, e m 2017, o e n c o n t r o t r a t o u do t e m a “ G o v e r n a n ç a p a r a o
Dese n vo lvi me nto Territorial”, q u e insp iro u e s t a publicação. A p ar ceria f i r m a d a c o m A busca pela licença para operar dá vez ao olhar territorial, levando às
ftft I f t v e s t i m e f t t o S o c i a l P r i v a d o
empresas o desafio de operar pela lógica do bem comum –e não sódo privado
a P ÁGINA 22 d á co nti n u id a d e ao diálogo so b r e o desafio d e p e n s a r e p r o p o r fo r m a s d e
go v er n a n ç a q u e n o s f a ç a m alcançar u m a co nvergência equilibrada d e ato r es , esforços, Empreendimentos na Amazônia mostram que o licenciamento ambiental não basta. É preciso
ft6 G r a f t d e s o b r a s
i n v e s t i me n t o s , r ecur so s e ativos n o territó rio , e m t o r n o d e u m a a g e n d a c o m u m . haver também um planejamento territorial integrado
Agr adecemos a to d o s q ue co ns tr uí r a m conosco e s t a edição t ão especial pois, a l é m d e d ar 30 Na prática Embora a governança territorial não tenha uma “receita de bolo”, alguns elementos são determinantes
luz a u m a temática tão significativa, brinda a co memo ração d e no sso s 15 a n o s d e história! para garantir sua efetividade. Já outros fazem a massa desandar
Da retórica à prática
POR AMÁLIA SAFATLE FOTO ARTHUR FUJII
Desde os anos 1970, crescimento econômico e tecnologia deixaram de ser suficientes para garantir um
desenvolvimento que combatesse o desemprego, a desigualdade e trouxesse bem-estar para a popu-
lação em um ambiente saudável. Nesta entrevista, Arilson da Silva Favareto mostra por que olhar para
as especificidades dos territórios passou a ser cada vez mais importante nessa equação. O professor
baseia-se nos estudos referenciais do sociólogo italiano Arnaldo Bagnasco, que identificou ao menos
dois elementos cruciais para enfrentar o período que sucedeu a crise do capitalismo fordista, o qual pôs
fim aos anos dourados do Pós-Guerra. São eles: a diversificação e a desconcentração das atividades
econômicas. Com isso, ampliam-se as oportunidades, evitando a desigualdade e o desemprego já no
momento em que as riquezas são criadas.
Transpondo para o Brasil, Favareto observa que caminhamos na contramão: nosso modelo de desen-
volvimento é monotemático, especializado em poucos bens primários, e altamente concentrador de
riqueza, exigindo políticas redistributivas de renda para remediar as mazelas sociais.
Embora o conhecimento teórico sobre desenvolvimento territorial tenha ganhado corpo no Brasil, há
grandes dificuldades de articular sua prática. Uma delas, segundo o professor, é de ordem política,
porque o território não é um ator, não é uma formação social, e sim uma pluralidade de forças sociais.
“Para que se possa influir substancialmente na trajetória de um território, é preciso uma coalizão de
forças sociais articuladas, convergindo em torno de um projeto. Isso é extremamente difícil, porque em
geral os atores não têm acordo sobre esse futuro, na verdade disputam entre si”, afirma. Diante disso,
ele propõe uma discussão sobre as potencialidades territoriais que podem nos levar na direção de uma
economia maisdiversificada.
Professor da Universidade Federal do ABC, atua na área de sociologia econômica em temas relativos a instituições e políticas para o desenvolvimento
territorial sustentável. É sociólogo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC), mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e doutor em Ciência Ambiental pela Universidade de São Paulo (USP).
F
r eq uent a r as u r n a s a cada dois a nos
para escolher candidatos para as
instâncias federal, estadual ou m u -
nicipal é suficiente p a r a ver mos
n o s s a s n e ce s s id a d e s o u a s p ir a çõ e s
Democracia
concretizadas? E m u m a mb i ent e globali-
zado, parece contraditório exercer f o r ma s
c o m p l e m e n t a r e s d e c o n s t r u ç ã o c o l e t i va , e m
contrapont o às soluções padr onizadas pa ra
problemas complexos
é a de u m espaço m a i s a mp l o de articulação
de diferentes atores da sociedade pa ra defi -
n i r c o i s a s públicas”, d e f i n e o p e s q u i s a d o r d o
P O R M AG ALI CABRAL F O T O E L E M E N T S
Cent r o de Est udos de Admi ni s t ra çã o Pública
e G o v e r n o (CEAPG) e p r o f e s s o r d o D e p a r t a -
m e n t o de Gestã o Pública da Fundação Getulio
V a r g a s (FGV), F e r n a n d o B u r g o s .
S e g u n d o e l e, o c o n c e i t o d e g o v e r n a n ç a
s u r g i u n o B r a s i l n o s a n o s 1990, q u a n d o o B a n -
co Mundial começ ou a sugerir que os gover -
n o s n ã o f u n c i o na va m b e m e a solução seria a
iniciativa p ri va da part icipar m a i s da s a d m i -
nistrações . Vei oaondadepr i vatizações . Mais
t a r de, p e r c e b e u - s e q ue a ideia de g o ve r na nç a
p oder i a r es p o n d e r a o desafio, e n ã o s i m p l e s -
m e n t e alocar agentes privados par a as s umi r
tarefas de governo.
Se o Esta do s oz i n h o n ã o dava c ont a de r e -
solver t odos os p r ob l ema s, u m a es fera m a i s
a mp l a de participação, mui t o a l é m do e m -
presariado, fazia-se necessária . Neste ponto,
r e p r e s e n t a d a p e l o T e r c ei r o S e t o r , a s o c i e d a d e
ci vi l t a m b é m e n t r a e m c e n a p a r a p a r t i c i p a r
da s dec isões públicas. Assim, g o ve r na nç a
p a s s a a significar, c o n f o r me Burgos, o Esta do
abert o à participação de diversos atores, n a
m a i o r p a r t e da s vezes n o p r oc ess o decisório,
m a s e m mui t os casos t a m b é m n a i m p l e m e n -
tação das políticas públicas.
“ Q u a n d o o a d j e t i v o ‘ t e r r i t o r i a l ’ f oi i n c o r -
porado ao conceito de governança, criou-se
u m a referência a espaços ma i s circunscritos to, o País p er c eb e u q ue es s e r ec or te territorial 2016, e n c e r r o u d e f i n i t i v a m e n t e a s c h a n c e s e m relação ao m u n d o da infor mali da de e do
d o País”, e x p l i c a e l e. A i d e i a d e t e r r i t ó r i o b a - era i mp or t a nt e pa ra a gestão de recursos h í - do p r o g r a ma que apoiou ma i s de 2 00 t er ri tó - i l í c i t o. A p e s a r d a g r a n d e p r o p o r ç ã o q u e e s s a
seia-se e m identidade e nã o necessariament e dricos e apostou nes s a dinâmica .” rios, m a s deixou a l g u n s legados . U m deles n o realidade v e m a s s u mi n d o dent r o da s oci e-
e m f r ont ei r a s muni c i pa is . Por exemp l o, s e o Outra f or ma de organização territorial que estado da Bahia, que n ã o só nã o desfez o r e - d a d e b r a s i l e i r a , e s s a d i m e n s ã o a i n d a n ã o f oi
pr opósit o de u m a ação for p r o mo v e r o d e s e n - v e m f unc i ona ndo, s e g u n d o Dal Fabbro, sã o c o r t e t e r r i t o r i a l c r i a d o p e l o PTC c o m o i n s t i - introduzida n a s ações de gover nança t er r i t o-
v o l v i m e n t o l oc a l , a a b r a n g ê n c i a t e r r i t o r i a l o s c o n s ó r c i o s p ú b l i c o s . Os m u n i c í p i o s e n t e n - t ui u u m ma r c o legal p a r a es s a c onf o r ma ç ã o rial. “ Se é preciso negociar c o m os agentes do
p ode estar circunscrita a u m d et e r mi na d o d e r a m que, s oz i nhos , n ã o t i n h a m força s u f i - territorial n o que concerne à i mp l ement açã o c r i m e p a r a e n t r a r e m d e t e r m i n a d o s locais,
muni c í p i o ou a u m a região, ou m e s m o e x t r a - c i e n t e p a r a a t ua r n a s á r e a s de s a ú d e , educação d e p o l í t i c a s p ú b l i c a s . O u t r o , f oi a e x p e r i ê n c i a s i g n i f i c a q u e n a q u e l e t e r r i t ó r i o já e x i s t e u m a
p ol a r f r ont ei r as estaduais . Ou seja, o conceito ou resíduos sólidos, p or ex emp l o. “ B us c a r a m adquirida por mui t os dos atores que partici- ação de gover nança que nã o está n e m sob o
det er r i t ó r i onã oé f ec ha d o . Aocontrário, p ode u m a coordenação ent r e municipalidades p a r a m d e s s e p r o c e s s o a o l o n g o d o s 14 a n o s do mí ni o institucional do governo, n e m de
ter as ma i s variadas conformações . para, juntos, e n f r e nt a r e m esses desafios de des de a instituição da política de d es e n vo l - fundações, ta mp o uc o de organizações nã o
“ D i r c e Koga [ p r o f e s s o r a n o P r o g r a m a d e f or ma sistêmica. E muitos estão conseguindo v i m e n t o t e r r i t o r i a l (mais sobre Territórios da governa mentais” .
E st u d os P ó s - G ra d u a d o s e m Serviço Social b o n s r es ul t ados”, o b s e r v a . Cidadania na E n t r e v i s t a à pág. 6). Ma s c o m o inc luir o ilícito n o p r o c es s o d e -
d a PUC/SP e p e s q u i s a d o r a d o C e n t r o d e E s t u - Mas esse c a mi nho para o sucesso nã o é H u m b e r t o O l i ve i r a f oi u m d o s p r o t a g o n i s - cisório da s políticas públicas n a prática? Pa r a
dos da s Desi gual da des Socioterritoriais] t r a z simples e mui t o m e n o s garantido, diz o d i - t a s . I d e a l i z a d o r d o PTC e h o j e r e p r e s e n t a n t e Koga , e m p r i m e i r o l u g a r , r e c o n h e c e n d o q u e o
Organização
com opropósito u m a ideia q ue e u gosto, q ue é a do território d e retor-executivo da Ag e nda Pública, Sérgio do Instituto Intera mericano de Cooperação p r obl ema existe e terá de ser enfr enta do. E m
de aprimorar a v i vê n c i a , a q u e l e e s p a ç o d o n o s s o c o t i d i a n o , Andrade. U ma das tarefas da organização que p a r a a Agricultura, da Colômbia, ele fala do segundo, p a r a nd o de priorizar ta nt o a busca
gestão pública, o n d e e s t a b e l e c e m o s n o s s a s conexõ es”, c o n t a ele c o m a n d a é j u s t a m e n t e facilitar es s a t r a - desafio q ue é l evar a ideia de participação p or defi nições e conceitos do q ue seja g o v e r -
a governança
democrática o p r o f e s s o r d a FGV. jetória, c o n s t r u i n d o u m a visão de l i d e r a n - popular ao mei o rural, onde as d e ma n d a s n a nç a territorial, e buscando c o mp r eender
e incentivar a Quer dizer, u m a p es s o a q ue m o r a n a c i da - ça p a r a que o gr up o constituído e m t or no de p or p r o g r a m a s sociais s e m p r e f or a m, e c o n - c omo ela se organiza n a realidade c onc r e -
Programa de
participação social t i n ua m sendo, muitas. “ Encontrávamos u m t a da s cidades brasileiras. “Por exempl o, do
d e d e São P a u l o t e r á u m e s p a ç o d e v i v ê n c i a q u e u m p r ob l ema consiga vencer as resistências acesso à casa
em todo oterritório
p o d e es t a r circunscrito, p or exempl o, e n t r e o burocráticas do funcionalismo que s e g u r a - s e nt i me n t o imediatista de busca por s ol u- p ont o de vista da dinâ mica, enq ua nt o a polí - própria para
brasileiro
famílias de renda
b a i r r o d e P i n h e i r o s ( Z o n a O e s t e d a c i da d e ) e m e n t e enc ont r a r ã o. “ Se h á u m a visão de l i - ções n a ma i or pa r t e dos territórios. O noss o tica pública p e r m a n e c e n o território s o m e n -
baixa e média
o d a B e l a Vi s t a ( C e nt r o ) . Q u a n d o a p r e f e i t u r a der a nç a , u m c a m i n h o c ons t r uí do p or vários desafio era conseguir t r a n s f o r ma r aquele te de segunda a sexta-feira e apenas durante lançado em 2009
instala u m eq ui p a me nt o público n o bairro do atores e u m p ont o de chegada, será ma i s fácil s e n t i m e n t o de ur gência da s p es s oa s e m visão o dia, o s a g e n t e s d o ilícito n ã o a r r e d a m o p é pelo Governo
Federal emparceria
C a m p o B el o ( Z o n a Sul), n ã o e s t a r á a t e n d e n d o i m p l e m e n t a r p o l í t i c a s o u mu d a n ç a s ” , a f i r m a . e s t r a t é g i c a p a r a a t e n d e r o i n t e r e s s e c o l e t i vo . nunca”, a f i r m a a a c a d ê m i c a .
com estados,
às necessidades daquele mor a d or de P i nh ei - Para Andrade, quanto ma i s próximo u m I s s o e r a a l g o m u i t o di f í c i l d e fazer”, r e c o r d a . municípios,
r o s . E o m e s m o v a l e p a r a A l t a m i r a (PA), p a r a determinado problema está da esfera m u - VISÃO MAIS QUENTE empresas e
entidades sem fins
P e t r o l i n a (PE) o u q u a l q u e r o u t r a c i d a d e . nicipal, me l h o r p a r a t r a b a lha r a gover nança FATORDIVERSIDADE Por si só, o p o d e r público, de fato, n ã o a l -
lucrativos
Na perspectiva do pesquisador de D e - territorial. Há ma i s proximida de n a s r el a - Di r c e Koga , d a PUC-SP, t r a z a l g u n s c o n t r a - c a n ç a e s s a v is ã o m ic r o d o s t e r r it ó r io s co m o a s
s e n v o l v i m e n t o Loc a l d o C e n t r o d e E s t u d o s ções, a l é m de a s q ues t õ es s e r e m m a i s c o n c r e - pont os sobre o t e ma da governança. Segundo d e s c r i t a s p o r D i r c e Koga . E, q u a n d o a p r e s e n -
e m S u s t e n t a b i l i d a d e d a F G V - E a e s p (FGVces), t a s . Por exemp l o, s e h á o projeto de u m a e s - ela, existe u m a c ontra diçã o n a gestã o d e d e - t a iniciativas de c i ma p a r a baixo, s e m a c o n -
M a r c o s Da l F a b b r o , o t e m a t e m u m s e n t i d o t r a d a p a s s a r n o me i o de u m município, ou de ter mi nadospr ogra masinsti t uci onais, q u e e s - tribuição dos atores que vivem o território, o
s e m e l h a n t e . P a r a el e, a c o m b i n a ç ã o e n t r e u m b a i r r o , n ã o é t ã o di f í c i l i d e n t i f i c a r e m - s e v a z i a m d e s e n t i d o o i n g r e d i e n t e “ territorial”, governo c omp r omet e o desenvol vi ment o de
u m d e t e r m i n a d o es paço geográfico e a e x - os impactos que serão gerados, os ga nha dor es reduzindo-o muito mais a u m a nomenclatura suas próprias ações. É c omo p e n s a a c o n s e -
pressão da sociedade dentr o daquele limite e o s p e r d e d o r e s . “ E é m u i t o m a i s fácil e n g a - do q ue o t o r n a n d o realidade. “ Temos u m a g o - l h e i r a e e x - d i r e t o r a d o Ins t i t ut o Lina Galvani,
configura governa nça territorial. “ Q ua ndo jar a s p e s s o a s c o m algo q ue es t á m a i s p e r t o v e r n a n ç a t e r r i t o r i a l n o B r asi l , n a m a i o r p a r t e C e c í l i a G a l va n i : “ As l i d e r a n ç a s l o c a i s c o n s e -
s e fala de territórios, de ges tã o d e m o c r á t i - d o m u n d o d e l a s . As p e s s o a s v i v e m a l i e s a b e m da s vezes, b e m m a i s a dmi ni s t ra t i va e b u r o - g u e m t er u m a visão m u i t o m a i s ‘quente’ dos
ca, p r e s s u p õ e - s e u m ol ha r difer enciado p a r a q u a i s s ã o s e u s p r ob l ema s ” , e x p l i c a A n d r a d e . crática do que u m a governa nça que de fato se t e m a s n o território. Esses aportes, n a t u r a l -
e s s a s l o c a l i d a d e s . Os l i m i t e s p o d e m s e d a r No entanto, n ã o existe garantia p a r a r e - a p r oxi me do cotidiano dos territórios.” me n t e , t ê m de conversar c o m a agenda do
por recortes que faça m senti do p a ra aquela sultados certeiros. Como diz Fer na ndo B ur - U m exemplo que se aplicaria a essa crítica gover no. Essa i nt egr ação de t oda s a s visões
s o c i e d a d e . ” D e a c o r d o c o m Da l F a b b r o , e s s a g o s , d a FGV, m e s m o q u a n d o b e m a p l i c a d o , é o d o p r o g r a m a M i n h a Ca s a M i n h a Vi da. é f u n d a me n t a l p a r a se conseguir soluções
va ria bilida de espa c ia l p e r m i t e o exercício d e e s s e m o d e l o d e exercício d e mo c rá tic o , q u e Idealizado por várias ca ma da s de agentes de sustentáveis, que f a ç a m sentido p a r a q u e m
u m a m e l h o r governa nça das políticas e ações é a governa nça territorial, será s e m p r e u m a g o v e r n a n ç a e i n s e r i d o e m u m a l ó gi c a d e t e r - a s e s t á r ec eb endo” , a r g u m e n t a a c o n s e l h e i r a .
s ob r e d e t e r m i n a d a localidade. aposta: “Pode ser que ajude a resolver p r ob l e- ritório, e n ã o d e m u n i c í p i o , o m o d e l o f o i u m s ó Iniciativasfomentadasnosterritóriosem
S e g u n d o o p esq uisa d o r, o Brasil t e m e x - m a s complexos.” p a r a t o d o o Brasil. Ig n o r o u p a r t ic u l a r i d a des c onf or mi da de c o m u m exercício de p a r t i c i -
p e r i me n t a d o gover nança territorial e m d i s - U m a g r a n d e a p os t a, feita e m 2 00 8 p el o s o c i a i s , c u l t u r a i s e g e o g r á f i c a s . “A l ó gi c a d a s p a ç ã o p o p u l a r (de b a i xo p a r a cima), s e g u n d o
t i ntas situações, a exempl o dos comitês de g o v e r n o f e d e r a l , f oi o P r o g r a m a T e r r i t ó r i os nossas políticas públicas, traz poucos di s p o - Galvani, a l g u m a s vez es p o d e m a t é i n c o m o -
bacias hidrográficas. “ E m u m dado m o m e n - d a C i d a d a n i a (PTC) – e s t r a t é g i a c r i a d a v i - s i t i vo s c a p a z e s d e a b a r c a r t o d a a d i v e r s i d a d e da r o p oder público. Afinal, n e s s e exercício
s a ndo o des envolvimento econômico de m i - e x i s t e n t e n o País”, a r g u m e n t a . democrático, os atores do território d e s e n -
A Lei nº20.974/2014instituiu a Política de Desenvolvimento c r o r r e g i õ e s r u r a i s p o r t o d o o B r a s il . O i m p e - Outra questão ainda ma i s complexa, s e - volvem capacidades de ler a s ua realidade, de
Territorial da Bahia
d i m e n t o da p r es i dent e D i l ma Rousseff, e m g u n d o D i r c e Koga , é a “ c e g u e i r a ” q u e e x i s t e identificar s ua s fragilidades, de correr a t r á s
Do m a c r o a o mi c r o
"A governança territorial será uma saída possível O cinco “pês” estruturantes dos ODS – Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parceria–
desde que todos participem. Não adianta convidar precisam operar nas localidades, ou seja, nos territórios onde a vida das pessoas acontece
somente os amigos da festa", dizprofessor s cidades têm sido aponta- Orientações para o Plano de Metas que
Q
uandooPaísfervilha vaduranteas t a nt o de contribuir quanto de aprender. E de
Jornadasde junho, u m a d a s m e n s a - receber c o n h ec i me nt os técnicos pa r a t or na r Iniciadas em
Jogando junto
2013 como uma
gens ma i s claras ent oa da s p el a “ voz e s s a c o l a b o r a ç ã o m a i s efetiva”, r e s s a l t a . série de protestos
rouca das r ua s ” a cada manifestação contra umaumento
era de que existia u m a profunda i n - APRENDIZADOSANTERIORES da passagem de
ônibus organizada
satisfação contra a escassez e a m á qualidade De acordo c o m o c oordena dor exec uti - por estudantes
Para fazer as políticas dos serviços públicos. “ ’Queremos u m a t e n -
d i m e n t o ‘padrão Fifa’ f o r a m p a l a v r a s d e
vo d a Casa F l u m i n e n s e , H e n r i q u e Silveira,
o B rasil já p r o d u z i u m u i t a s e x p e r i ê n c i a s
em São Paulo, as
manifestações
tornaram-se
públicas darem o salto o r d e m n o s protestos”, l e m b r a L e a n d r o A ve n a
Prone, coordenador de projetos da Agenda P ú -
b em- s uc edida s de participação popular,
por exemplo, a implantação de mec a ni s mos
progressivamente
maiores até se
Olhar ampliado
P O R ANDREA V I ALLI FOTO ELEMENTS
H
p a r t i c i pa nt e s d a ID Local, q u e r e s ul t o u e m t e m o p e r a ç õ e s d e l og í s t i c a n a s c i d a d e s p a -
á u m a t r a n s f o r m a çã o e m c ur s o n a c i a l P r i v a d o (ISP) a p o n t a m pa r a a t e n d ê n c i a u m c o n j u n t o d e pr i nc í pi os e di r e t r i z e s para o r a e n s e s d e Barcare na e Itaituba, é a e x p l o r a -
f ormacomoosinvestimentossociais d e i n t e n s i f i c a r a d i m e n s ã o t e r r it orial . c h a m a d o ISP Territorial (ISP-T). El e s a b r a n - ç ã o s e x u a l d e c r i a nç a s e a d o l e s c e n t e s . Q u a n -
das empresas estão s e ndo e x e cuta - O Benchmarking do Investimento Social Cor- g e m de s de estratégias de entrada e de saída d o a e m p r e s a s e de pa r o u c o m a q u e s t ã o , n ã o
dos. Se há m e n o s de duas décadas a porativo (Bisc), l e v a n t a m e n t o a n u a l r e a l i z a d o – o u s e j a , c o m o i niciar u m p r o c e s s o d e ISP-T, h a v i a u m a r e de d e e n f r e n t a m e n t o d o p r o b l e -
m a io ria d as e m pre s as n o Bras il m an - d e s d e 2 0 0 8 p e l a ONG C o m u n i t a s , m o s t r a q u e g e r a l m e n t e c o m e ç a n d o por u m d i a g n ó s t i c o m a e de assistência às vítima s n e s s a s loc a li -
tinha s e us investimentos sociais desvincula- 75% d a s o r g a n i z a ç õ e s r e a l i z a r a m pr oj e t os a m pl os oc i ot e r r i t or i a l , e c o m o c o n c l u i r o c i c l o d a d e s – n e m m e s m o a pe r c e pç ã o, por pa r t e
dos dos ne g óc i os , independentesdaspolíticas s o c i a i s c or p or a t i v os v o l t a d o s a o d e s e n v o l - de i nvesti me nt o s e m desamparar a localida - d a p o p ul a ç ã o, d e q u e o a b u s o era u m a v i o l a -
públ i cas e d e s c o n e c t a d o s d e a g e n d a s g l oba i s v i m e n t o territorial e m 2016 – e m 2011, e r a m d e – , d e s e n v o l v i m e n t o d e c a p a c i d a d e s l oc a i s , çãodedireitos. O trabalhotevedecomeçarda
d e d e s e n v o l v i m e n t o , hoj e e s s e ce ná r i o e s t á 45%. Já o Grupo d e I ns t i t ut os , F u n d a ç õ e s e monitoramento e mensuração de impactos. base, pois apenas u m a cam pa nha educativa
m u d a n d o . C o m o pa s s ar d o s a n o s , a cultura d e E m p r e s a s (Gife) a pur ou q u e 48% d o s i n s t i - D e a c o r d o c o m Lívia Pa g ot t o, pe s qui s a dor a v o l t a da a o s c ol a bor a dor es n ã o r es ol ver i a a
a ç õ e s f ila ntró picas f oi s e n d o s ubs t i t uí da por tutos e f un da ç õ es empresariais i n v e s t e m e m d a ID Local, o i n v e s t i m e n t o s oc i a l f oi t o r n a n - q u e s t ã o , e x p l i c a Claudia Calais, d i r e t o r a -
u m a pr e oc upa ç ã o c r e s c e n t e d a s c o m p a n h i a s d e s e n v o l v i m e n t o l oc a l , c o m u n i t á r i o o u d e d o - s e m a i s s of i s t i c a d o e e st r a t é g i c o por d o i s - e x e c u t i v a d a Funda ç ã o B u n g e .
embuscarnovossignificadosparaseusinves - b a s e , o q u e c o nf i g ur a a á re a c o m o a q ui n t a n a princi pais m o t i v o s : a i n t e nç ã o d a s e m p r e s a s A a ç ã o f o i di vi di da e m t r ê s f r e nt e s :
t i m e n t o s n o c a m p o s oc i a l – e i s s o i ncl ui e s - listadetemasprioritários, atrásdeeducação, d e a l i nha r s u a s a ç õ e s s oc i a i s a o s n e g ó c i o s e d e n t r o d a e m p r e s a , c o m s e ns i b i l i z a ç ã o
t r a té g ias d e a t ua çã o s oc i a l v i nc ul a da s a o c ore f o r m a ç ã o d e j o v e n s , cul tur a e a r t e s , e a p o i o a t a m b é m p e l a n e c e s s i d a d e d e a p r ox i ma ç ã o d o s c a m i n h o n e i r o s e a qua vi á r i os , q u e s ã o
businessdasempresase, a om e s m ot e m p o , ao o r g a n i z a ç õ e s d a s o c i e d a d e c i vi l . c o m a s pol í t i ca s públ icas. “ O ISP territorial o s p r of i s s i o n a i s q u e d i r i g e m e m b a r c a ç õ e s
t e r r i t ó r i oonde e s t ã o p r e s e n t e s . O ISP c o m f o c o e m território t a m b é m foi nãodeveriaser consideradoumti podeinves - n a s h i d r o v i a s q u e t r a n s p o r t a m c a rg a n a
O alinha ment o aos negócios s e reflete t e m a d e e s t u d o d o m a i s r e c e n t e cicl o da I n i - t i m e n t o s oc i a l , m a s s i m u m a a b o r d a g e m . Usa r e g i ã o. E s s e s a t o r e s f o r a m e s c o l h i d o s c o m o
na concentração dos inve stime nt os sociais cia t i va Empresarial D e s e n v o l v i m e n t o Local d a s c a pac i da de s e d o p r o t a g o n i s m o local”, e x - público-alvo e m razão do e nvol vi me nt o de
nas comunidades n o entorno dos e m pr e e n - e Grandes E m p r e e n d i m e n t o s (ID Local) d o pl ica .Outracarac teríst ica doI SP - T é s e r d e t e r - c a m i n h o n e i r o s c o m a pr os t i t ui ç ã o i n f a n t i l
di m e nt os , c o m o objetivo de promover o Centro d e E s t u d os e m Su s t e nt a bi l i da de da minadopelasvocaçõesdolugar, q u e s ã o s e m - e para e v i t a r q u e o m e s m o o c o r r e s s e e n t r e
d e s e n v o l v i m e n t o d o t erri tóri o, a l é m d e m i - Funda çã o Ge t uli o Vargas (FGVces), q u e t e m o pre ú ni c a s , e e s s e c o n t e x t o particular t or na a o s operadores das embarcações; m uda nças
t i g ar a s e x t e r n a l i d a d e s g e r a d a s p e l a s a t i - p r o p ó s it o d e a r t i c u la r o s e t or e m p r e s a r i a l pa r a es t ra t ég i a dif ícil d e s e r re pe t i da . Nã o h á u m a n o s c o n t r a t os c o m o s f or n e c e d o r e s , c o m
v i d a d e s e c o n ô m i c a s . E s s e m o v i m e n t o já r e f l e x ã o, tr oca d e e x p e r i ê nc i a s e c o ns t r uç ã o “ r e c e i t a d e b o l o ” p a r a o ISP-T. c l á us ul a s e x i g i n d o q u e m o n i t o r a s s e m a
a p a r e c e n a s e s t a t í s t i c a s : a s d u a s pr i n c i p a i s d e di r e t r iz es para o d e s e n v o l v i m e n t o l ocal , A Fu nda ç ã o B u n g e , q u e a t u a c o m p r o g r a - q u e s t ã o; e a p o i o à pol í t i c a públ i ca, c o m u m
pe s quisas nacionais sobre I nve s t i m e nt o S o - e s p e c i a l m e n t e e m r e g i õ e s c a r e n t e s d o Brasil. m a s d e d e s e n v o l v i m e n t o territorial n o Pará e f lux o d e trabalho de f inido c o m 8 0 e ntida de s
perde credibilidade"
“Quando a empresa aproxima o investimen- a p ont ou p a r a u m a gr a n d e expectativa c o m a
a o longo d e trê s a nos, c o m criação d e u m t o social dos negócios, o e n t o r n o fica m a i s c hega da da e mp r es a ao município, p r eoc up a -
b a n c o d e d a d o s , a p lic a tivo p a r a d e n ú n c i a s e i mp or t a nt e. U ma das motivações é deixar ções c o m a falta d e p e rsp ec ti va s p a r a a j u v e n -
apoio às instituições p ara o ac ol hi ment o das u m l e g a d o o n d e e l a s estão”, a f i r m a a s o c i ó - t u d e ( esta ria m capacitados p a r a t raba l ha r n a 150 p r o j e t o s , q u e t i v e r a m s u a s m e t a s a l c a n -
c r i a n ç a s . As a ç õ e s c o n t a r a m c o m a p a r c e r i a l o g a A n n a P e l i a n o , c o o r d e n a d o r a d o Bisc. empresa?) e verificou-se t a m b é m u m p o t e n - ç a d a s e m 95%. E n ã o s e t r a t a a p e n a s d e o b j e t i -
d a C h i l d h o o d Brasil, q u e t e m u m p r o g r a m a Ela r e s s a l t a , c o n t u d o , q u e a p r e f e r ê n c i a p o r cia l t u r í s t i c o a i n d a p o u c o e x p l o r a d o n a r e g i ã o , vos corporati vos . “ E s t a mo s f a la ndo de m e t a s
voltado ao c o mb a t e da prostituição i nf a nt i l estratégias dedes envol vi m ent o territorial n ã o c om cachoeiras e cenários rurais. relacionadas ao fortaleci ment o do a mb i e nt e
n a s e s t r a d a s . “A e m p r e s a p o d e a j u d a r a exc l ui o i n v e s t i m e n t o s o c i a l n a s c a u s a s q u e a s O t rabal ho n a região teve c omo p ont o c e n - denegóciosnosmunicípios, me l h o r ia da ec o -
sensibilizar, m a s n ã o t e m o p o d e r de e mp r e s a s e s e u s braços sociais julga m i m p o r - tral, então, o aporte financeiro a projetos que n o m i a l oc a l , a v a n ç o n o s i n d i c a d o r e s d e g e s -
f i s c a l i z a ç ã o . O n o s s o p a p e l f oi f o r t a l e c e r e s s a t a nt es. Tanto é que, s egundo dados do l e va n - f o me n t a s s em o pr otagonismo dos jovens e o t ã o n a e d u c a ç ã o e n o p o d e r p ú b l i c o e m geral”,
rede”, a f i r m a C a l a i s . t a ment o, a educação a i nda é o setor q ue r ec e - t u r i s m o local, p o r m e i o d a r ea l i z a ç ã o d e u m a f i r m a . E m 2017, o s i n v e s t i m e n t o s s o c i a i s d a
No Tocantins, os desafios da Bunge e r a m be ma i s investimentos das companhias: dos e d i t a l , e xp l i c a Rica r do M a s t r o t i , d i r e t o r e x e c u - V o t o r a n t i m s o m a r a m c e r c a d e R $ 127 m i l h õ e s
outr os . No município de Pedro Afonso, o n de a R$ 2 , 4 b i l h õ e s d e s t i n a d o s a p r o j e t o s s o c i a i s n o t i vodo Instituto Lina Gal va ni .“ Oi nves ti ment o e m 144 muni c í p i os dos q ua t r o p a í ses.
e m p r e s a c o n s t r u i u u m a u s i n a d e a ç ú c a r , á lc ool B r a sil e m 2016, 41% f o r a m p a r a e d u c a ç ã o . s oc ia l evol ui u d e u m p a t a m a r e m q u e n ã o b a s t a Outro desafio pa ra o a ma dur ec i me nt o do
e p rod uç ã o d e ener gia elétrica, falta va q ualifi - “ Não houve u m a r up t ur a c o m as causas, o a s s i s t e n c i a l i s mo , é p r e c i s o p e n s a r e m s o l u - ISP-T é c o n s e g u i r s e p a r a r o p r o p ó s i t o d e g e r a r o
caçãodostrabalhadoreslocais, especialment e e s i m u m c a mi n h a r n a direção de estratégias ções sintonizadas c o m as de m a n d a s c o n t e m - b e m c o m u m , r e l a c i o na d o à a t u a ç ã o s oc i a l, d a s
j o v e n s – m a i s d e 6 0 % d o s j o v e n s a t é 25 a n o s c o m f oc o n o s t er r itó ri os”, d i z P e l i a n o . A l é m porâneas, como o estímulo ao emp r eendedo - d e m a n d a s i n e r e n t e s a o n e gó c i o, c o m o a b u s c a
t i n h a m, n o má xi mo, quatro a nos de estudo. A disso, as e mp r e s a s es t ã o m a i s e x p os t a s às r i s m o , a o s n e g ó c i os s oc ia is , à s a r t i c u l a ç õ e s q u e p o r c e r t i f i c a ç õ es s o c i o a m b i e n t a i s o u m e s m o
u s i n a c o m e ç o u a o p e r a r e m 2011 c o m 6 0 % d a d e ma n d a s da sociedade e hoje são cobradas t r a z e m a u t o n o m i a p a r a a s c omuni da des ”, d i z . o c u m p r i m e n t o de Termo d e Ajustamento de
m ã o de obra vinda de outros estados, m a s i n - e m múltiplos canais, c omo as mí di a s sociais Conduta. Há casos e m q ue a s emp r esas t r a ç a m
vestiu, p or m ei o da Fundação, e m u m p r o g r a - – então, é nat ura l que elas se a p r o xi me m de MÉTRICAS DEAVALIAÇÃO u m a e s t r a t é g i a d e d e s e n v o l v i m e n t o l ocal p a r a
m a d e qualificação e m p a rceria c o m a p r ef ei - t e m a s que são caros às comunidades. As e v i d ê n c i a s a p o n t a m q u e o ISP-T e s t á s e c u m p r i r a l g u n s r e q u i s i t o s e xi gi d os p o r c e r t i f i -
t ur a . E m dois a nos, r evert eu o q ua dr o e pass ou Ao d e s e n v o l v e r s u a s e s t r a t é g i a s d e a t u a ç ã o c o n s o l i d a n d o n o B r a s i l e, n ã o o b s t a n t e a m e - c a ç õ es c o m o ISO 1 4 0 0 0 e 9 0 0 0 , q u e n a s ú l t i m a s
a c o n t a r c o m 63% d e m ã o d e o b r a l oc a l . s oc ia l , o I n s t i t u t o L i na Ga l va n i , b r a ç o s oc i a l d a l hora n a qualidade dos projetos, os desafios revisõesaumentara mas exigênciasemr elação
O m e s m o ocorreu c o m os fornecedores: Ga l va ni , e m p r e s a d e m i n e r a ç ã o e p r o d u ç ã o d e a i n d a s ã o g r a n d e s . P a r a 73% d a s e m p r e s a s , a a m a p ea r as expectativas das c omuni dades do
q ua n d o a Bunge c hegou ao Tocantins, t i n h a fertilizantes, dep a r ou - s e c o m a necessidade de ma i o r dificuldade é m e n s u r a r os resultados e n t o r n o . T a m b é m é o c a s o d o s e l o f l o r e s t a l FSC,
m e n o s d e 1% d e f o r n e c e d o r e s l oc a i s . Dois a n o s s e ent r osa r c o m a realidade das c omuni da des dos projetos de desenvol viment o territorial, q u e t r a z c a d a ve z m a i s i mp l i c a ç õ e s s oc i a i s .
depois, a pós u m t r a ba l ho desenvolvido e m n o e nt or n o da s f áb r ica s dogr up o . Apósrealizar s e g u n d o o Bisc 2017. A l g u m a s o r g a n i z a ç õ e s “Todos esses atores forçam as e mp r e s a s
p a r c e r i a c o m o S e r vi ç o B r a si l e i r o d e Ap oi o à s u m d i a g n ó s t i c o n o p o v o a d o d e A n g i c o d o s Dias, t ê m investido p esa do e m mé t r icas de a valia - a a tenta r pa r a s eus t e ma s de materialidade,
Mi c r o e P e q u e n a s E m p r e s a s (Sebrae), 27% d o s n a c i da d e d e C a m p o A l e g r e d e L o u r d e s (BA), ç ã o. É o c a s o d o I n s t i t u t o V o t o r a n t i m, q u e a p o i a p or isso as estratégias sociais acabando e n -
fornecedores p a s s a r a m a ser da região, q ue o n d e a e m p r e s a t e m a t i vi d a d e s d e m i n e r a ç ã o , p r o j e t os n a s á r e a s d e e d uc a ç ã o, g e s t ã o p úb l ic a, c o n t r a n d o o s negócios”, d i z V i n i c i us P r e c i o s o ,
exp er imentou mu da nç a s n a dinâ mica ec onô - o Instituto levant ou a l g u m a s das principais n e g ó c i os i nc l us i vos e i n f â n c i a e a d ol es c ê nc i a , e s ó c i o d a c o n s u l t o r i a A ve s s o S u s t e n t a b i l i d a -
micalocal – ma i s postos det rabalho, a u me nt o d e m a n d a s dos cerca de 1 m i l mor a dores, que e n t r e 2010 e 2012 p a s s o u p o r u m a r e v i s ã o e s t r a - de, q u e já real izo u t r a b a l h o s d e d es e n v o l v i -
d a a r r e c a d a ç ã o e d i ve r s i f i c a ç ã o d o c o mé r c i o . incluíam preocupações c o m o acesso à á gua e tégica,comoobjeti vodeaproxi marosobjeti vos m e n t o territorial p a ra e m p r es a s c omo Su -
“Todo projeto de des envol vi ment o territorial coma mitigaçãodosimpactosdaativida demi - d o n e g ó c i o e a s d e m a n d a s s oc i a i s i d e n t i f i c a d a s z a n o e F i a t . Lí vi a P a g o t t o , d o FGVces, a l e r t a
c o meç a c o m a licença social p a r a op era r, m a s neradora, especialmente a poeira. n os territórios onde as emp r es as do gr up o Vo- p a r a a possível c a p t u r a do sen t i d o público do
c om o passar dos a nos mi gr a mos para a gera - Localizado n o Polígono da s Secas e c o m t o r a n t i m o p e r a m – n ã o s ó n o Brasil, m a s t a m - ISP- T p e l a l ó g i c a p r i v a d a . “ O i n v e s t i m e n t o
ç ã o d e va l o r c o m p a r t i l h a d o . A e m p r e s a g a n h a b a i x o IDH, o p o v o a d o t a m b é m s o f r i a c o m a b é m n o P e r u , n a C o l ô mb i a e n a A r g e n t i n a . social n ã o p o d e s e c o n f u n d i r c o m u m a á r ea
c o m i s s o: q u a n t o m a i s d e s e n v o l v i d o u m t e r - falta de mobilização dos mor a dor es n a busca “ Temos investido mui t o n o processo de de negócios da e mp r es a , senã o p er de c r edi -
r i t ó r i o , m e l h o r p a r a a c omp a nhi a ” , d i z Ca l a i s . p or me l h o r i a s p a r a a região. O I ns tituto m o n - mo n i t o r a me n t o das m e t a s e n a elaboração bilidade. E s s e é u m p o n t o a o q u a l a s e m p r e s a s
t o u u m a r e de de articulação social e n v o l ve n - de f e r r a me nta s e métricas que c a p t u r e m e s - p r e c i s a m e s t a r alertas”, c o n c l u i .
SINTONIA do os moradores, apoiando a comunidade s e s r es ul ta dos”, d i z A n a B o n i m a n i , g e r e n t e d e
O s n ú m e r o s d o Bisc 2017 r e f o r ç a m a a p r o - n a luta p or m e l h o r i a s e m educação, acesso a g e s t ã o d e p r o g r a m a s d o Instituto Votorantim. Para saber mais sobre ISPTerritorial aplicado à realidade de grandes metrópoles, acesse a
versão digital desta reportagem em pagina22.com.br.
ximação das emp r es a s c o m as principais cisternas e f oment o à ec onomi a de base, por Segund o ela, o i ns t i t ut o a c o m p a n h o u m a i s de
Necessário,
mas nãosuficiente
Projetos de infraestrutura naAmazônia
deixam aprendizados: o licenciamento
ambiental não basta, é preciso haver
também um planejamento territorial integrado
P O R DIEGO VIANA F O T O ROBERTO STUCKERT FILHO / FOTOS PÚBLICAS
E
m 2 0 0 0 , a R e vo l t a d a Á g u a o p ô s a p o - dor et or no dosacionistas, e m p r e g a m o c o n h e -
p u l a ç ã o d e C o c h a b a m b a , n a B ol í vi a , c i me nt o de gestores profissionais, envol vem
à multinacional Bechtel, vencedora i n s t i t u i ç õ e s d e vu l t o , c o m o m u l t i n a c i o n a i s e s a s e i n s t a l e e f u n c i o n e e m u m a r egiã o. N o c a s o
do leilão de privatização do s u p r i - gover nos nacionais. Muitas vezes, os projetos d e C o c h a b a mb a , a p ó s a l i c e nç a o f i c i a l c o n c e d i d a
m e n t o d e á g u a . A c id a d e s e s u b le vo u acabam nã o levando e m conta o pont o de vis- p e l o Esta do, a lic ença s ocia l d a p o p u l a ç ã o n ã o
contra o a u me n t o dos preços e os cortes de t a d o s m o r a d o r e s l oc a i s e n e m p e c u l i a r i d a d e s foi o b t i da . E m o u t r o s cas os , mo b i l i z a ç õ es locais
forneci ment o, realizados c o m truculência. do território i mpacta do, c om resultados q ue o b r i g a r a m c o r p or a ç õ es e g o ve r n o s a s e n t a r à seguida da t ra nsf or ma çã o de cidades pacatas
Ao f i m , a c o n c e s s ã o f oi c a n c e l a d a e a e m p r e s a p o d e m s e r d e s a s t r o s o s . Ma i s q u e i s s o, é d e s - mesacomacomunidadeenegociarascondições e m c ent r os de logística c o m i n t e n s a a ti vi da -
s e r et ir ou. O episódio revel a c o mo é delicada perdiçada a oportunidade de se construir c on- dei mplementação, r elataa economis ta Ana Le- d e e c o n ô m i c a . Ao l a d o d i s s o t u d o , v ê m t a m -
arelaçãoentreasdemandasdeumterritórioe j u n t a m e n t e u m p l a nej a men t o territorial, c o m tícia Silva, m e s t r e e m d e s e n v o l v i m e n t o t e r r i - bémasmedidasparacompensarosimpactos,
o r i t m o d o s g r a n d e s i n v e s t i m e n t o s d e capital. ar ranj os de gover na nç a capazes de r euni r t o - t or i a l p e l a Uni ver s i da de Fe d er a l d o ABC. “ Nã o atravésdeinstrumentoscomoolicenciamen -
A i mp l a nt a ç ã o d e iniciativas de exploração dos os envolvidos e m t or n o de u m a discussão é como se as pessoas simplesmente se r ec u - t o a m b i e n t a l . As e m p r e s a s e x e c u t o r a s d e v e m
ec onô mi c a e m g r a n d e escala p õ e e m relação sobre o model o de desenvolvimento para d e - s a s s e m a r e c eb e r o e m p r e e n d i m e n t o . Elas q u e - c ump r i r itens c omo o replantio de árvores, a
t e mp o s de atuação diferentes, c o n h e c i me n - t e r m i n a d a região – p or m a i s q ue os i nteresses r e m f a z e r p a r t e d o p r o c e s s o decisório”, exp l i c a. construção de hospitais e escolas e outras.
tos n e m s e mp r e compatíveis e prioridades d e cada g r u p o s ej a m conflitantes e n t r e si. “Essas obras t eria m o potencial de trazer
que p o d e m ser divergentes . P a r a t r a t a r d a r el aç ã o e n t r e g r a n d e e m - AMAZÔNIA, CANTEIRO DE OBRAS des envol vi ment o regional, c onsiderando os
Seja a e x p l o r a ç ã o d e r e c u r s o s h í d r i c o s o u p r e e n d i m e n t o e p o p u l a ç ã o local, o c o ns ul t or Quando u m investimento de infraestru- i n ves t i ment os vultosos e m territórios h i s t o -
mi n e r a i s, seja projeto d e hidrelé trica, seja canadense Ian T ho ms on c u nho u a expressão t u r a , m i n e r a ç ã o o u c o mp lex o logístico c he ga r i c a me n t e c o m carê ncias. Ma s p a r a q u e isso
e s t r u t u r a r o d o v i á r i a o u l o gí s t i c a , e m p r e e n d i - “ licençasocialparaoperar” . Oc onc eitoserefere a u m a região, o p r i m ei r o i mp a c t o é u m fluxo aconteça, o i nves t i ment o precisa fazer p a r t e
me n t o s de grande escala f unc i ona m n o ritmo aoassentimentoinformalparaqueumaempre - assoberbante de trabalhadores e maquinário, de algo ma i or : u m p l a nej a ment o territorial
do discurso
brasileiras. O p oder parc eria c o m a A genda Pública. “ U m i m p o r -
de convencimento t a n t e aprendizado t e m sido o a l i n ha me n t o de
f oi d e s e n v o l v i d o p o r e x p e c t a t i v a s p a r a e v i t a r f r u s t r a ç õ e s futuras”,
meio de rotinas que a p o n t a C o o r e m a n . A l i ç ã o ve i o à t o n a n o m u -
Embora a governança territorial incluíram reuniões
duas vezes por s e m a -
nicípio c o m o a t r a s o n o r ep a s s e dos r ec urs os
d o BNDES à m o d e r n i z a ç ã o d a e s c o l a , o q u e
não tenha uma “receita de bolo”, n a c o m a Prefeitura e
capacitação de a g e n -
gerou i nsa tisfaçã oec ob rançap orpar t edac o -
m u n i d a d e . R i s c o s d e s s e t i p o , d i z e l e, d e v e m
alguns elementos são determinantes t es públicos. Al é m
disso, c o mo f o r ma
s er a l i n h a d o s des de o início.
Outro e l e m e n t o básico é a c o nstr uç ã o d e
para garantir suaefetividade de tornar a estraté -
gia m a i s a trat i va à
c onfia nça. “ S e m ela, o p roc esso es ta r á a m e a -
çadoporconflitosepelafaltadedisposiçãoem
Presente
em 13
agenda municipal, s u p e r a r obstáculos”, a va l i a M a r g a r e t h F l o r es , países da
América
POR SÉRGIO ADEODA TO F O T O ELEMENTS o c a m i n h o f oi m e s - d i r e t o r a e x e c u t i v a d a Red E América . E m s u a Latina, a
clar investimentos a nálise, os espaços de diálogo n ã o p o d e m s er redeagrupa
de curto, mé di o e ma nej a dos por i nt er esses particulares, m a s 70 organi-
Com zações
alar de governa nça t er r i t o- logo e n t r e os mú ltipl os i n t e - longo prazos. “Mas d e ve m fortalecer o respeito às diferenças, empre-
F
capacidade
deproduzir r i a l é f á c i l . Di f í c i l é a p l i c á - r es s es de i ns t â nc i a s políticas, s omos ainda tímidos s e m a exclusão de vozes, n a c ons t r uçã o do sariais com
1,2 -la n a prática, c om sinergia ec onô mi c a s e sociais. e m cobrar resultados des envol vi m e nt o local. o objetivo
milhão de de desen-
de esforços e r es p ons ab i- “ Estamos longe de c ons e - do p oder público c o m “ Grupos ma i s vulneráveis e n f r e n t a m volver
toneladas
l id a d e s , p a r a o a lc a n ce guir u m sistema t r a ns p ar ent e a m e s m a veemê ncia grandes barreiras de conhecimento e i n - modelos
por ano
de rocha g a n h o s c o l e t i vo s q u e f a ç a m a d i - c om indicadores de d e s e mp e n h o c om que s omos cobra- f o r m a ç ã o p a r a p a r t i c i p a r e s e expressar”, de gover-
fosfática, nança
d ef e r e n ç a n o c o n t e x t o d o d e s e n v o l - das ações que p o s s a m ser a c o m - dos”, d i z C o o r e m a n . a f i r ma a executiva . C o m a finalida de de
oempreen- territorial
dimento
v i m e n t o local. Não h á u m a receita p a nha da s, cobradas e compensadas De acordo c o m o e x e - ma t e r i a l i z a r os acordos e p la nos , a di r et ora e trocar
reduzirá d e b o l o, m a s a l g u n s e l e m e n t o s p o - n o c a s o d e falhas”, r e c o n h e c e L i e ve n c u t i vo , a p ó s o c o m e ç o d a s r ec omen da a criação de u m a arquitetura de experi-
a depen- ências.
d e m ser det er mi na nt es para que C o o r e m a n , p r e s i d e n t e d a G a l va n i . A obras, o projeto contribuiu gestão e monitora mento de resultados que No Brasil,
dência de
impor-
dê certo, enq ua nt o outros f a z e m a mi ner a dor a e fabricante de fertilizantes para que os recursos dos i mp o s - seja flexível e d i n â m i c a , f ora d a s i n s t â n c i a s são 10
taçõesde ma s s a desandar n a construção de e s t á i n ve s t i n d o R$ 2,6 b ilhõ es n a c o n s tru ç ã o d e tos pagos ao município f o s s em b e m de gover no, e d ef i na c o m clareza as r e s p o n - empresas
fertili- u m a agenda c o m u m de melhoria um complexo industrial e m S e r r a d o S a l i t r e (MG), investidos. “É preciso ser proativo p orq ue sabilidades, as funções e os aportes que cada
zantes
e criará
da s condições de vida e redução de considerada a maior obra de infraestrutura e m execu- e s t á e m jogo a s us t ent ab i lida de d o p r ó p ri o u m colocará n o processo.
1,2 mil impactos, envol vendo a chegada de ção n o Estado. Coma a q ui s i ç ã odos di r ei t os mi n e r á r i os negócio”, a d v e r t e o e x e c u t i v o . El e l e m b r a A questão, n o enta nt o, é complexa . O s o -
empregos emp r eendimentos que interferem h á duas décadas, b e m antes das operações n a área, a q u e o s a n t i g o s m o d e l o s já n ã o c o n d i z e m c i ó l ogo A r i l s o n F a va r e t o , d a U n i v e r s i d a d e F e -
no ápice
das nos territórios. É u m a no va e c o m - emp r es a se aproximou da comunidade e da prefeitura c o m o cenário de ma i or acesso à i nf or maçã o d e r a l d o ABC, e s c r e v e q u e “ a a b o r d a g e m t e r -
operações plexa fronteira do conheci mento, p a r a iniciar a c ons tr ução conjunta de u m a a genda de d a “ n o v a a l d e i a global”, e m q u e a s p e s s o a s ritorialimplicaumatra nsfor mação estrutural
de e m que os avanços mui t a s vezes se futuro, identificando d e m a n d a s prioritárias à c o m - estão ma i s conectadas e exercem pressões n a vi s ã o d a r e l a ç ã o e n t r e u m E s t a d o o f e r t a d o r
mineração
e daplanta dão à base do aprendizado c om e r - p ens a ç ã o dos i mp a c t os negativos e mel hor i a da s c o n - cada vez ma i o r e s s ob r e a s e mp r e s a s , c o m - d e políticas e u m a soc ieda de beneficiária d a s
química ros e acertos. E do r ec onhec i ment o dições de s a ú de e educação. pelidas a p ens a r no longo prazo e a conquis- me s ma s , para u m model o onde a oferta e a
sobre o que falta pa ra chegar a b ons Umdesafiofoialinharavisãodelongocoma agen- t a r licença social p a r a operar. d e m a n d a l ocaliza m-se e m espaços de c or r es -
resultados n a construção do di á - da da gestão municipal, habituada a planos que cai- E m S e r r a d o S a l i t r e , f oi c r i a d o u m c o m i t ê ponsabilidade, autonomia e cogestão” .
Todo mundo se
i n s t r u m e n t o s de r esponsabil ização claros .
aprovada em 2010
com a divisão de To do m u n d o s e e n t e n d e n a m e s a m a s , s e o
responsabilidades
entende na mesa,
a r ra nj o n ã o for f or ma lizado, n ã o f unc i ona .
entre empresas, E m geral, é o d i l e ma do conceito de “ r e s p o n -
governo e
população na s a b i l i d a d e c o mp a r t i l h a d a ” , m u i t o e m v o g a n a
questão do lixo c o n s t r u ç ã o d e políticas públicas, m a s q u e
exige instâncias for mais de cobrança de m e -
mas agovernança
Foi criada
t a s e r es ul ta dos p a r a os acordos, p a r a q ue n ã o
fiquem n o discurso e n a s boas intenções.
não funciona sem
aAssociação
Ortópolis Barroso
(do grego orto
“É preciso garantir o envol vi ment o i gua -
l i t á r i o n o s e s p a ç o s d e diálogo”, o b s e r v a T a t i a - responsabilidades
=correto; polis
=cidade) para a
gestão dasações,
n a Nogueira, coordenadora de responsabili -
da d e social da LafargeHolcim, mu l t i na c i o na l claras e
formalizadas
fabricante de c imento e outros materiais de
que incluíram
oficinas de construção. Além do ma i s , de ve - s e respeitar
planejamento a s d i f e r e n t e s r e a l i d a d e s l oc a is : u m m o d e l o
estratégico
que deu certo na Amazônia pode, por e x e m -
participativo,
mapeamento plo, f r a cassar n o interior do Nordeste. SOS M a t a A t l â n t i c a , a o l e m b r a r q u e a o c u p a -
de problemas E m B a r r o s o (MG), o n d e s e l o c a l i z a u m a d e ç ã o d e s o r d e n a d a d o s ol o, q u e d i f i c u l t a i n v e s -
e propostasde
s u a s p r i n c i p a i s o p e r a ç õ e s n o Brasil, a e m p r e - t i me nt os n a rede de coleta pa ra t ra t a me nt o, é
soluções, com
o objetivo de s a d e s e n v o l v e u a p a r t i r d e 2 0 0 3 u m projeto u m ponto-chave. “ Enquanto a governança da
revitalizar acidade c o m a ç õ e s n o h o r i z o n t e d e 10 a n o s . A p ó s o á gua e d o solo c o nt i n ua r u m a ut opia, o risco
período, que a b ra ngeu mobilização c o m u n i - h í d r i c o e s t a r á s e m p r e p r es ent e” , a f i r m a .
tária, capacitação e f ortal eciment o de o r g a - Na Amazônia, o d e s a f i o d a g o v e r n a n ç a t e r -
Após consumir n i z a ç õ e s s o c i a i s e p r o d u t i v a s , f oi c r i a d o e m r i t o r i a l e n vo l v e e s p e c i a l m e n t e a s p o p u l a ç õ e s
R$ 8,8 bilhões, o 2015 o C o m i t ê d e A ç ã o P a r t i c i p a t i v a r e u n i n d o t r a d i c i o n a i s . “A r e s p o n s a b i l i d a d e p e l o d e s e n -
projeto está hoje v o l v i m e n t o l oc a l é d e t o d o s e n ã o s o m e n t e d a
15 l i d e r a n ç a s e l e i t a s p e l a c o m u n i d a d e p a r a
na terceira fase,
que deve terminar fazer o barco a ndar c om base no aprendizado empresa”, d e s t a c a A l e x a n d r e Di Ci er o, g e r e n -
até 2019. A quarta da f as e inicial, t r a ç a n d o a es t ra té gi a de d e - te de sustentabilidade da Suzano, emp r esa de
etapa está emfase c e l u l os e e p a p e l q u e d e s d e 2014 m a n t é m á r e a s
s envol vi ment o territorial.
de planejamentoe
captação. A mancha “No model o participativo oc upa mos de plantio de eucalipto e instalações i n d u s -
de poluição do Rio c a d e i r a s , m a s n ã o s o m o s d o n o d o espaço”, t r i a i s n a r e g i ã o d e I m p e r a t r i z (MA), c o m i n -
Tietê ocupa 130km v e s t i m e n t o t o t a l d e R$ 2 , 6 b i l h õ e s O m o d e l o
i l us t ra a c oor d e na d or a . Ela c onc or da q u e é
de extensão
preciso definir responsabilidades e repet e o a s s i s t e n c i a l i s t a i m p l a n t a d o n a d é c a d a d e 1990
e n s i n a m e n t o do provérbio : “ Cã o de m u i t o s n o e n t o r n o d e s u a s u n i d a d e s d o Sul d a B a h i a
donos m o r r e de fome”. foi a g o r a t r o c a d o p o r u m a e s t r a t é g i a c o n j u n -
Além de apoiar O problema é inerente à gestão de proje- t a e participativa e m q ue o des envol vi ment o
a produçãoleiteira
t o s e m b l e m á t i c o s , c o m o a despoluição d o territorial é c omp a r t i l ha do p or e mp r es a , p o -
comtecnologia
de silagem, a Ri o Ti et ê , e m S ã o P a u l o , q u e s e a r r a s t a p o r 25 d e r público e p op ula ç õ es locais.
empresa dásuporte a n o s e a i nda es t á longe d o final. Falta a i n t e - Se n o p a s sa do a relação er a de d e p e n -
à atividade das
gração ent r e as instâncias federais, estaduais dência, hoje está lastreada n o mod el o b a -
quebradeiras
de coco babaçu, e municipais cont ra a principal causa do p r o - s e a d o n o s c o n s e l h o s c o m u n i t á r i o s . El es
fonte de óleos e blema: o l a nç a me nt o do esgoto doméstico def i n e m os i nves t i ment os prioritários e m
outros produtos.
n o r i o . “A g o v e r n a n ç a t e r r i t o r i a l é o p r i n c i - p a r c e r i a c o m a i n d ú s t r i a , c uj o p a p e l é l e -
Aos índios Krikati
são fornecidos p a l e n t r a v e d o projeto”, a n a l i s a M a l u R i b e i r o , var tecnologia e t r e i n a me n t o p a r a m e l h o -
assistência técnica coordenadora da Rede das Águas da Fundação r i a s d a produção local e d a q u a l i d a d e d e
para a roça e
vida. “ O ma i o r desafio é fortalecer a o r g a -
insumos àprodução
de artesanato Acesse a íntegra emgoo.gl/zvRo2s. Leia mais sobre Arilson nização social, p or q ue n a d a é realizado s e m
Favareto emEntrevista à pág.6
c o n s u l t a à s c o mu n i d a d e s ” , d i z o e x e c u t i v o .
32 PÁG IN A 2 2 J U N H O 201 8
BRUNO GOMES
a r t igo Sócio-fundador da HUMANA – Serviços em Sustentabilidade e secretário técnico do Grupo
de Diálogo Latino-Americano: Mineração, Democracia e Desenvolvimento Sustentável