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ELABORAÇÃO DE UM

TEXTO DESCRITIVO
Descrever é um processo no qual se
empregam os sentidos para captar uma
realidade e transportá-la para o texto.
Descrever é, assim, pintar com palavras,
mostrar aos leitores ou ouvintes, através
de palavras, como é uma pessoa, um
ambiente, um objecto ou, até mesmo, um
sentimento ou emoção.
1ª Etapa - Preparação

 Definição do tema-título que vai ser


descrito.
 Observação - sem observação não há
descrição; é preciso confrontar a realidade
a descrever com a que se encontra no
papel. A observação implica os cinco
sentidos (vista, ouvido, olfacto, gosto e
tacto). Observados os pormenores,
seleccionam-se aqueles que melhor
caracterizam a realidade a descrever.
 Esquematização do plano da descrição pela:
enumeração das partes constitutivas do tema-
título;
associação de características/propriedades a
cada uma dessas partes;
Salientar características, recorrendo a
comparações, metáforas, enumerações,
personificações, sinestesias, adjectivações;
 seleccionar a perspectiva: do mais próximo
para o mais afastado, da parte para o todo,
de cima para baixo, da direita para a
esquerda…,
2ª Etapa - Elaboração

Introdução:
 Apresentar o objecto, a personagem ou o
espaço a descrever;
Desenvolvimento:
 apresentar as características, organizando-as
e estabelecendo comparações, utilizando
comparações, metáforas, adjectivações,
sinestesias…
 estabelecer relações de perspectiva (ao
longe/ao perto, à direita/à esquerda, em
cima/em baixo, na vertical/na horizontal, aqui/ali,
ao fundo, na diagonal);
 Usar verbos de estado, preferencialmente: apresentar,
usar, ostentar, suportar, mostrar, ter, ficar, estar,
evidenciar (evitar repetir o verbo ser);
 dar conta da natureza factual da entidade descrita
(predominando o tempo verbal do presente) ou da
dimensão ficcional dessa entidade (predominando o
pretérito imperfeito).

Conclusão:
 apresentar uma conclusão que utilize outros dados
considerados relevantes ou que corresponda a uma
apreciação final de conjunto face à entidade descrita.
 referir possíveis sentimentos, emoções ou
lembranças que o tipo de pessoa, objecto, espaço
descritos, provocam no emissor;
3ª Etapa - Revisão

 Revisão do texto, atentando:

à organização esquematizada (ordenação da descrição,


segmentação por parágrafos);

 à correcção linguística do texto.


Alguns conselhos práticos

 Não é aconselhável apresentar todos os pormenores


acumulados num único período. Deve-se, ao contrário,
apresentá-los ao leitor pouco a pouco, verificando as partes
focalizadas, associando-as ou interligando-as.

 Na descrição de uma pessoa, por exemplo, podemos


começar uma visão geral e depois, aproximando-se dela,
passar aos pormenores: os olhos, o nariz, a boca, o sorriso, o
que esse sorriso revela (inquietação, ironia, desprezo,
desespero...), etc.
 Na descrição de objectos, é importante que, além da
imagem visual (cores, formas…), sejam transmitidas ao leitor
outras referências sensoriais, como as tácteis (o objecto é
liso ou áspero?), as auditivas (o som emitido pelo objecto), as
olfactivas.

 A descrição de paisagens ou de ambientes também não


deve limitar-se a uma visão geral. É preciso ressaltar os
pormenores, o que não depende apenas da visão.
Certamente, numa paisagem ou num ambiente haverá
ruídos, sensações térmicas, cheiros, que deverão ser
transmitidos ao leitor, evitando que a descrição se
transforme numa fotografia fria e pouco expressiva.
Também poderão integrar a cena pessoas, vultos, animais ou
objectos, que lhe dão vida. É, portanto, fundamental destacar
esses elementos.
Proposta de trabalho

Elabore um texto bem estruturado em que


descreva a seguinte imagem do Convento
de Mafra.
Descreve a fotografia dando particular
atenção aos seguintes aspectos:
 caracterização do objecto fotografado;
 cromatismo;
 luminosidade;
 enquadramento da imagem;
 plano;
 ângulo.
Trata-se de um edifício de grandes proporções,
majestoso, de estilo grandioso, bastante trabalhado e que
apela para o prazer estético. Além da grandiosidade, capta
também logo a atenção o facto de ter muitas janelas. A longa
fachada é ladeada por dois grandes torreões quadrados. Ao
centro, encontra-se a basílica, entre duas torres.
Predomina a cor de mármore (torres e entrada) e o
amarelo.
A fotografia é bastante luminosa, luz essa natural, pois
captada em dia de sol.
Trata-se de uma fotografia tirada na horizontal, o que se
justifica pela extensão do edifício.
A fotografia apresenta um plano do geral fotografado,
tendo sido tirada do lado direito, a partir, sensivelmente, do
canto do torreão, sendo este apresentado em grande plano.
Revela-nos, num plano posterior, por isso menos nítido, toda
a fachada do edifício.
É, sem dúvida, um majestoso edifício, de estilo
grandioso e muito trabalhado, construção típica da
arquitectura Barroca (século XVIII).

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