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Aula 5 - Cabos UTP e STP e suas categorias

Faculdade Pitágoras
Cursos Tecnólogos

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Meios de Transmissão.

Com o desenvolvimento da
tecnologia, redes de velocidades
cada vez maiores foram sendo
desenvolvidas. O aumento da
velocidade da comunicação de
dados não seria possível se não
fosse acompanhado pela evolução
dos padrões de transmissão e pelo
surgimento de novos meios de
transmissão que suportassem maior
largura de banda.

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Meios de Transmissão.
• A informação, em sua forma analógica ou digital,
com modulação ou codificação pode ser
transmitida em meios guiados ou sem fio.

• Sem fio •Meios Guiados


– Rádio –Par Trançado
– Microondas –Cabo Coaxial

– Satélites –Fibra Óptica

Nesta aula você irá conhecer um pouco mais sobre os cabos de pares
trançados, suas categorias e padrões de transmissão.
Par trançado
• Utilizado pela maioria das redes atualmente.
• Utilizado tipicamente em redes com transmissão do
tipo banda base a velocidades de 10Mbps, 100Mbps
e 1Gbps, mas também pode ser utilizado para
transmissões analógicas( telefonia)
• Pode ser do tipo: UTP ou STP
Cabos UTP (Unshilelded)
• Utilizado nas redes de telefonia e para
comunicação de dados
• Não possui blindagem
Par Trançado
• Vantagens:
– Mais barato,
– Flexível, fácil instalação.
– Facilidade de manutenção especialmente quando utilizado em
redes estruturadas
– Suporta velocidades de até 1 Gbps
– Adição de nova máquina não para a rede

• Desvantagens
– limite do comprimento (100 metros)
– baixa imunidade contra interferências eletromagnéticas (EMI)
(Para a maioria dos ambientes atuais não são tão significativas )
O trançamento dos pares, diminui a interferência (cross-talk) entre o sinal
que trafega em cada um dos fios.
Todavia, como o cabo em si, não possui blindagem externa, esta sujeito a
interferências eletromagnéticas externas.

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Proteções cabos UTP

Cada par de cabos utiliza um padrão de entrançamento diferente, com um


número diferente de tranças por metro, como você pode ver na foto a
seguir:

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Par trançado

• Nas conexões tradicionais das redes locais, dos quatro


pares que o cabo possui, utilizam-se apenas 2.
• Um dos pares é responsável pela Tx e o outro pela RX.
• Dentro de um os pares, Tx por exemplo, cada um dos fios
leva o sinal com polaridade contrária em relação ao outro,
pare forçar o cancelamento do campo magnético gerado
pelo fio vizinho e evitar os problemas de cross talk,
conforme ilustrado na figura a seguir
Par trançado
Cancelamento provocado pela transsagem dos cabos

+ TD

- TD
Cabos UTP (Unshilelded)
• Como o cabo não possui blindagem, devem-se observar algumas
recomendações sobre o compartilhamento de dutos entre cabos de
rede e elétricos.

• A norma ANSI/EIA/TIA-569-A estabelece critérios para o


compartilhamento de dutos entre cabos de rede e elétricos

– Tensão de alimentação inferior a 480V;


– Canaletas com divisão física para a rede lógica e
elétrica;
– A corrente nominal do cabeamento não deve ser
superior a 20A

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Cabos UTP (Unshilded)
– Distânciamento mínimo das fontes de EMI.

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Cabos UTP Pinagem

As normas foram desenvolvidas com o intuito de padronizar


as instalações.

Imagine se cada instalador resolvesse seguir sua própria


sequência de cores?

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Par trançado

Função dos pinos no Padrão 10baseT

Pino Cor Função


1 Branco com verde +TD
2 Verde - TD
3 Branco com laranja + RD
4 Azul Não Usado
5 Branco com azul Não Usado
6 Laranja - RD
7 Branco com marrom Não usado
Cabo Cross- Over 8 Marrom Não usado
Cabo UTP normal e Cross Over

O cabo crimpado com a mesma disposição de fios em ambos os lados do cabo é


chamado de cabo "reto", ou straight.

Este é o tipo "normal" de cabo, usado para ligar os micros ao switch ou ao


roteador da rede.

Existe ainda um outro tipo de cabo, chamado de "cross-over" (também chamado


de cabo cross, ou cabo cruzado), que permite ligar diretamente dois micros, sem
precisar do hub ou switch.

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Cabo CROSS funcionamento

No cabo cruzado, a posição dos fios é diferente nos dois conectores, de


forma que o par usado para enviar dados (TX) seja ligado na posição de
recepção (RX) do segundo micro e vice-versa. De um dos lados a
pinagem é a mesma de um cabo de rede normal, enquanto no outro a
posição dos pares verde e laranja são trocados. Daí vem o nome cross-
over, que significa, literalmente, "cruzado na ponta":

Esquema dos contatos de envio e recepção em um cabo cross-over


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Na conexão direta entre dois micros, utilizamos um cabo do tipo
Cross-Over, que possui uma inversão entre os pinos de TX e RX.

Micro 1 Micro 2
Isto porque, se utilizarmos um cabo
Tx Tx direto para conectar dois micros,
Cabo direto estaremos ligando a transmissão de
pino-a-pino
um micro na transmissão do outro,
Rx Rx o que impossibilitará a
comunicação.
Micro 1 Micro 2
Cabo Cross O cabo cross possui uma das pontas
Tx Tx no padrão 568-A e outra no padrão
568-B, de modo que tenhamos a
conexão da Tx de uma máquina
Rx Rx com a RX da outra.
Conexão Micro a HUB

• Os Hubs já fazem um cross conect internamente em suas


portas tradicionais. Assim, não é necessário utilizar um cabo
cross na ligação de um micro com um hub

Micro Hub
Transmissão
TX
Cabo pino-a-pino
Cabo Direto

Recepção
RX

Cross-Over Interno

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Conexão entre a HUBs

• Os hubs também possuem uma porta chamada de up-link,


utilizada para conectar um hub a outro hub (cascateamento).
Essa porta não possui um cross interno.

Up-Link

Assim, temos que para conectar hub a hub devemos


utilizar:
–Cabo direto de um porta tradicional com a up-link
–Cabo cross entre duas portas tradicionais ou duas
up-link

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Resumo

A B

CROSS DIRETO CROSS DIRETO

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Conexão com Switches

• Trabalhando com switches, não há que se preocupar


se o cabo é do tipo cross ou direto.
• Estes equipamentos possuem uma função chamada
auto MDI/MDIX, que detecta e ajusta a conexão ao
tipo de cabo utilizado.
• Não confundir auto MDI/MDIX com auto-sense, que
é a capacidade do switch de ajustar a velocidade da
conexão .
Cabos UTP 25 pares
• Sistemas de Cabeamento
Estruturado para tráfego de voz,
dados e imagens, segundo
requisitos da norma
ANSI/TIA/EIA-568B.2,

• São de categoria 5e e utilizados


para cabeamento vertical ou
primário ( backbones) entre
blocos de conexão localizados
nas salas ou armários de
telecomunicações.

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Categorias: cabos par trançado

• Existem cabos de cat 1 até cat 7.


• Como os cabos cat 5E são
suficientes tanto para redes de 100
quanto de 1000 megabits, eles são
os mais comuns e mais baratos, mas
os cabos cat 6 e cat 6a estão se
popularizando e devem substituí-los
ao longo dos próximos anos.

• Os cabos são vendidos


originalmente em caixas de 300
metros, ou 1000 pés (que equivale a
304.8 metros):
CATEGORIAS DE CABOS

Categorias 1 e 2: Estas duas categorias de cabos não são mais reconhecidas


pela TIA (Telecommunications Industry Association), que é a responsável pela
definição dos padrões de cabos.

Elas foram usadas no passado em instalações telefônicas e os cabos de


categoria 2 chegaram a ser usados em redes Arcnet de 2.5 megabits, mas não
são adequados para uso em redes Ethernet.

Categoria 3: Este foi o primeiro padrão de cabos de par trançado desenvolvido


especialmente para uso em redes.

Permitiu seu uso no padrão 10BASE-T, que é o padrão de redes Ethernet de 10


megabits para cabos de par trançado.

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Categoria 4

Categoria 4: Foram usados em redes Token Ring de 16 megabits.

Assim como as categorias 1 e 2, a categoria 4 não é mais reconhecida


pela TIA e os cabos não são mais fabricados, ao contrário dos cabos de
categoria 3, que continuam sendo usados em instalações telefônicas.

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Categoria 5

Categoria 5: Os cabos de categoria 5 são o requisito mínimo para redes


de 100 megabits(100BASE-TX)

Hoje em dia é mais raro encontrar cabos cat 5 à venda, pois eles foram
substituídos pelos cabos categoria 5E

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Cat 5E
Os cabos Cat5E são suficientes para as redes 100BASE-TX e
1000BASE-T (1Gigabit/s).

Para a velocidade de 1Gbps, é necessária a utilização dos quatro


pares do cabo.

Cada um dos quatro pares deve suportar uma taxa efetiva de


250Mbps em cada direção e simultaneamente (full-duplex), até
uma distância de 100m.

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Categoria 6
• Os cabos de categoria 6 possuem banda passante ainda maior que os cabos
Cat 5E. Por isso, cada um dos pares pode trabalhar com velocidades ainda
mais altas. Assim, os cabos de categoria 6 podem operar com o padrão
1000baseTx, onde cada um dos pares transporta até 500Mbps, conforme
ilustrado na figura abaixo.

Além de serem usados em substituição dos cabos cat 5 e 5e, eles podem ser
usados em redes 10G, mas nesse caso o alcance é de apenas 55 metros
Categoria 6 A

Para permitir o uso de cabos de até 100 metros em redes 10G (10GBASE-T) foi
criada uma nova categoria de cabos, a categoria 6a ("a" de "augmented", ou
ampliado).

Eles suportam freqüências de até 500 MHz e utilizam um conjunto de medidas


para reduzir a perda de sinal e tornar o cabo mais resistente a interferências.

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CAT 6 A Desvantagens

Uma das medidas para reduzir o crosstalk (interferências entre os pares de


cabos) no cat 6a foi distanciá-los usando um separador. Isso aumentou a
espessura dos cabos de 5.6 mm para 7.9 mm e tornou-os um pouco menos
flexíveis. A diferença pode parecer pequena, mas ao juntar vários cabos ela se
torna considerável:

Cabo cat 6a, com o espaçador interno e comparação entre a espessura do


mesmo volume de cabos cat 5e e cat 6a
Categoria 6 A

É importante notar que existe também diferenças de qualidade entre os conectores


RJ-45 destinados a cabos categoria 5 e os cabos cat 6 e cat 6a, de forma que é
importante checar as especificações na hora da compra.

Embora visualmente os conectores parecem os mesmos, os materiais empregados


e a forma como são instaladas as redes CAT 6A são diferentes. Em geral os
equipamentos são bem mais caros.

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Categorias dos cabos UTP
Categoria Impedância Banda passante Velocidade Aplicações
1 150 ohms n/d n/d Telefonia analógia
2 100 ohms até 1 Mhz 1Mbps Dados a baixa velocidade
4Mbps Token Ring (4Mbps)
10Mbps 10BaseT
3 100 ohms até 16 Mhz 100Mbps 100BaseT4
4 100 ohms até 20 Mhz 16 Mbps Token Ring (16 Mbps)
100Mbps 100BaseTX (2pares)
5/5E 100 ohms 100 / 125 Mhz 1Gbps 1000BaseT (4Pares)
6 100 ohms até 250 Mhz 1Gbps Gigabit e 10 Gigabit
Cabos STP (Par trançado com Blindagem, Shielded)

• Par trançado com malha blindada para conferir maior imunidade às


interferências eletromagnéticas externas e blindagem interna
envolvendo cada par trançado para reduzir a diafonia.

• Blindagem não faz parte do sinal. Deve ser aterrada.

• Dois tipos (100 e 150 ohms)

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Cabos STP Vantagens /desvantagens

• Um cabo STP geralmente possui os pares trançados blindados, e


pode alcançar uma largura de banda de 300Mhz em 100 metros de
cabos.

• É utilizado em ambientes com grande nível de interferência


eletromagnética.

• Essa blindagem deve ser aterrada nas pontas

• Devido a blindagem o peso e volume do cabo aumentam


dificultando a instalação e aumentando o custo.

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STP e Aterramento
Não é fácil aterrar cabos STP de forma adequada, especialmente se
quiser usar hubs de fiação antigos não projetados para STP. Neste
caso, se a blindagem não for aterrada em uma das extremidades, ela
se transformará em uma antena multiplicando os problemas de
interferência .
• O cabo STP possui um fio de aço para
aterramento, por isso o conector RJ45 a ser
utilizado é diferente. Nele também é crimpado
este fio, para que os aparelhos conectados
possuam o mesmo potencial elétrico.

• Numa chuva por exemplo, onde há variações de


energia elétrica, um computador poderia queimar
todos os demais por conta do diferencial, isto
sem o devido aterramento na rede.
Principais ferramentas

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