CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE GESTÃO DE EQUIPAMENTOS

INFORMÁTICOS.
DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO DE DADOS
MÓDULO V – INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DE REDES
FICHA-3 DE TRABALHO AUTÓNOMO
MARÇO/2020
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LABORATÓRIO DE REDES DE COMPUTADORES COM EMULADOR DE REDES NETGUI
Parte 1-para que serve o NETGUI?
I -Criar cenários de rede, isto é as topologias de rede;
II – Configurar graficamente uma rede, Linux;
III – Guardar e poder editar as topologias;
IV – interconetar os equipamentos passivos e ativos da rede;
V – testar a conetividade entre as máquinas(“hosts”);
VI – Analisar os pacotes que circulam na rede (TCPDUMP e Wireshark ).

PARTE 2. Iniciar o netgui - há duas formas de iniciar o netgui

a1 – a partir do terminal, escrevendo o seguinte comando:
rui@OptiPlex-760:~$ netgui.sh
a2 – clicando no ícone NETGUI, no ambiente de trabalho. Selecionando a opção ASSINALAR
COMO EXECUTÁVEL.
B – Se algo correr mal durante a execução da máquina, devemos executar no terminal este
comando:
rui@OptiPlex-760:~$ clean-netgui.sh → para terminar o processo da máquina e limpar a
memória ram.
C – explorando a interface do NETGUI

Professor: Rui Maié Pág. 1

PARTE 3 – REDES COM NETGUI.

I – COMO CONFIGURAR A REDE LINUX VIA LINHA DE COMANDOS USANDO O

TERMINAL
COMANDOS IP NO LINUX
Os comandos ip são usados para mostrar e configurar parâmetros de rede para as
“interfaces” numa máquina (“host”).
Há dois conjuntos principais de programas para a configuração de rede no Linux:
os pacotes net-tools e iproute2
Os antigos programas do conjunto net-tools (como o clássico ifconfig) pertencem ao sistema
de redes Linux NET-3, a maioria está obsoleta atualmente.
Os programas do pacote iproute2 (como o IP), são o sistema de configuração de rede atual do
Linux. O iproute2 consiste numa série de utilitários, dos quais o IP é o foco desse nosso
artigo; mas além do IP, outros utilitários que compõem o pacote iproute2 são:
ss
bridge
rtmon
nstat
tc
devlink
e vários outros.
Sintaxe:
ip [opções] OBJETO
A tabela a seguir mostra os principais objetos disponíveis para uso com os comandos ip, suas
abreviações e função:
Objeto Abreviação Função
address a, addr Endereço num dispositivo (IPv4 ou IPv6)
addrlabel addrl Configuração de rótulo para seleção de endereço
link l Dispositivo de rede
maddress m, maddr Endereço multicast
mroute mr Entrada de cache de roteamento multicast
neighbour n, neigh Entrada de cache ARP ou NDISC
rule ru Regra no banco de políticas de roteamento
tunnel t Túnel sobre IP
No dia-a-dia de trabalho do administrador de redes Linux, é comum o uso dos objetos
address e link, por se tratarem de objetos usados na configuração direta de endereçamento
e “interfaces” de rede física.
Mas é importante conhecer todos eles, pois em algum momento eles podem ser necessários.

Professor: Rui Maié Pág. 2

 Exemplos
Alguns exemplos de aplicação do comando ip para gerir os parâmetros de rede num servidor
(ou estação).
Nota que para executar a maior parte dos comandos é necessário possuir privilégios de
administrador:
1. Mostrar as “interfaces” de rede disponíveis no computador:
rui@OptiPlex-760:~$ ip link show
2. Ver os ips das “interfaces” de rede:
rui@OptiPlex-760:~$ ip addr show
Ou simplesmente:
rui@OptiPlex-760:~$ ip a
ver ip no linux com ip addr show
3. Ver somente informações sobre o protocolo IPv4 nas interfaces:
rui@OptiPlex-760:~$ ip -4 a
Para o protocolo IPv6:
rui@OptiPlex-760:~$ ip -6 a
4. Habilitar uma interface de rede, como a enp0s3:
rui@OptiPlex-760:~$ ip link set enp0s3 up
Reiniciar a máquina ou o serviço de rede após.
5. Desabilitar uma interface de rede, como a enp0s3:
rui@OptiPlex-760:~$ ip link set enp0s3 down
6. Ver o ip de uma interface específica, como a enp0s3:
rui@OptiPlex-760:~$ ip addr ls enp0s3 ou
rui@OptiPlex-760:~$ ip addr show enp0s3
7. Ver estatísticas de comunicação (tx e rx) de uma interface específica (opção -s):
rui@OptiPlex-760:~$ ip -s link show enp0s3
8. Atribuir um endereço IP a uma interface específica:
rui@OptiPlex-760:~$ ip addr add 192.168.12.100/24 dev enp0s3
Obs. Esta configuração é perdida ao reiniciar o sistema. Para mantê-la, editar o arquivo de
configuração /etc/network/interfaces (Debian e derivados) ou os arquivos em
/etc/sysconfig/network-scripts/ (Red Hat e derivados)
9. Excluir um endereço IP de uma interface específica:
rui@OptiPlex-760:~$ ip addr del 192.168.12.100/24 dev enp0s3
10. Ajustar o nome da interface de rede enp0s3 para eth0:
rui@OptiPlex-760:~$ ip link set enp0s3 name eth0
11. Verificar as rotas de rede (tabela de roteamento):
rui@OptiPlex-760:~$ ip route show
12. Adicionar uma rota estática:
rui@OptiPlex-760:~$ ip route add 10.20.30.0/24 via 192.168.100.10 dev enp0s3
Obs. Esta configuração é perdida ao reiniciar o sistema. Para mantê-la, editar o arquivo de
configuração /etc/network/interfaces (Debian e derivados) ou os arquivos em
/etc/sysconfig/network-scripts/ (Red Hat e derivados).
Por exemplo, no debian, adicionamos a linha:
up ip route add 10.20.30.0/24 via 192.168.100.10 dev enp0s3

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ao arquivo /etc/network/interfaces para adicionar a rota estática de forma permanente.
13. Remover uma rota estática:
rui@OptiPlex-760:~$ ip route del 10.20.30.0/24
14. Adicionar um endereço de gateway padrão geral
rui@OptiPlex-760:~$ ip route add default via 192.168.100.10
Se o gateway padrão para a rede já existir, será emitida uma mensagem de erro.
15. Configurar um endereço MAC em uma interface:
rui@OptiPlex-760:~$ ip link set dev enp0s3 address 00:0a:75:20:f5:bd
16. Alterar o MTU em uma interface. Por exemplo, aplicar um MTU de 9000 na
interface enp0s3:
rui@OptiPlex-760:~$ ip link set mtu 9000 dev enp0s3
Geralmente alteramos o MTU em redes gigabit para permitir o tráfego de Jumbo Frames
(quadros jumbo), de modo a aumentar a performance de transmissão da rede.
17. Consultar a tabela ARP:
rui@OptiPlex-760:~$ ip neigh
18. Consultar a tabela ARP de um interface específica:
rui@OptiPlex-760:~$ ip neigh show dev enp0s3
19. Visualizar a ajuda dos comandos ip:
rui@OptiPlex-760:~$ ip help
Ou ainda, visualizar a ajuda apenas dos comandos de endereçamento:
rui@OptiPlex-760:~$ ip addr help
20. Habilitar o modo promíscuo na “interface” enp0s3:
rui@OptiPlex-760:~$ ip link set enp0s3 promisc on
Nota: todos os comandos introduzidos até agora, foram guardadas na memória ram da
máquina(host) virtual. Isto quer dizer que, ao reiniciarmos a máquina(host), eles serão
automaticamente eliminados.
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II - CONFIGURAÇÕES PERMANENTES DAS INTERFACES DE REDE NO LINUX VIA
LINHA DE COMANDOS.
Para efetuarmos as configurações permanentes das interfaces, devemos editar o ficheiro
INTERFACES que se encontra na pasta: /etc/network/, nas distribuições baseadas em
debian.
Nota que nas distribuições baseadas em REDHAT/CENTOS, os ficheiros encontram-se na
pasta: /etc/sysconfig/network-scripts/
rui@OptiPlex-760:~$ sudo nano /etc/network/interfaces
auto lo
iface lo inet loopback
#NÃO ALTERE AS LINHAS ACIMA - Esses são os endereços de loopback do seu PC
auto eth0
allow-hotplug eth0
iface eth0 inet dhcp → Neste caso, a placa de rede(interface de rede) eth0, foi configurada
para receber os IP, de forma dinâmica a partir de um servidor DHCP.
auto eth1
allow-hotplug eth1

Professor: Rui Maié Pág. 4

iface eth1 inet static → a placa de rede(interface de rede) eth1, foi configurada de forma
estática.
address 10.42.43.1
netmask 255.255.255.0
network 10.42.43.0
broadcast 10.42.43.255
Deste modo a primeira placa de rede vai receber o endereço Ip via Servidor DHCP e a
segunda vai ficar com Ip estático.
Caso queiramos colocar Ip estático nas duas placas de rede basta deixá-lo assim:
auto lo
iface lo inet loopback
##NÃO ALTERAR AS LINHAS ACIMA - Esses são os endereços de loopback da nossa
máquina.
auto eth0
allow-hotplug eth0
iface eth0 inet static
address 192.168.100.1
netmask 255.255.255.0
network 192.168.100.0
broadcast 192.168.100.255
auto eth1
allow-hotplug eth1
iface eth1 inet static
address 10.42.43.1
netmask 255.255.255.0
network 10.42.43.0
broadcast 10.42.43.255
auto eth0 - serve para dizer que quando reiniciarmos a rede com o comando
/etc/init.d/networking restart, essa interface também será reiniciada.
allow-hotplug - reinicia a rede quando o cabo Lan for ligado.
iface eth0 inet static - diz que a placa de rede terá um endereço Ip estático.
iface eth0 inet dhcp - diz que a placa de rede receberá um endereço Ip via servidor DHCP.
Lembrando que eth0 é a primeira placa de rede com fio, eth1 a segunda placa de rede com fio
e wlan0 a primeira placa wireless caso tenha alguma instalada.
III - CONFIGURAÇÕES PERMANENTES DO FICHEIRO QUE GUARDA A LISTA DOS
SERVIDORES DE CONSULTA DE REDE NO LINUX
Para configurar o nosso servidor DNS devermos editar o seguinte ficheiro com o comado:
rui@OptiPlex-760:~$ sudo nano /etc/resolv.conf
# Generated by NetworkManager
nameserver 200.204.0.10 # DNS 1
nameserver 200.204.0.138 #DNS 2
Nota que o ficheiro resolv.conf é editado automaticamente caso a máquina receba o endereço
do servidor DNS por DHCP.
Bom trabalho

Professor: Rui Maié Pág. 5