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FERRAMENTAS DO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Kátia de Lima Passos Ferreira


Residente de Administração do Hospital Universitário
da UFJF – HU/UFJF
residecoadm.hu@ufjf.edu.br
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Relembrando o conceito:

O Planejamento Estratégico (PE) é uma técnica de


organização que procura definir qual a melhor
maneira (estratégia) de se atingir um objetivo.
ETAPAS DE UM PE:

VALORES
MISSÃO e NEGÓCIO
ANÁLISE AMBIENTAL
VISÃO ESTRATÉGICA
QUESTÕES/DIRETRIZES ESTRATÉGICAS
AÇÕES ESTRATÉGICAS (plano de ação)
PLANO DE AÇÃO (Ações Estratégicas)

Descreve como colocar em prática o


planejamento estratégico.

Apresenta as etapas para a


implementação das medidas de ação de
uma estratégia.

Monitora os resultados.
Ferramentas do Planejamento
BRAINSTORNING
DIAGRAMA DE PARETO
HISTOGRAMA
MATRIZ GUT (gravidade, urgência e tendência)
FLUXOGRAMA
5W2H
CICLO PDCA
DIAGRAMA DE ISHIKAWA OU CAUSA E EFEITO
OU “ESPINHA DE PEIXE”
BRAINSTORNING (“tempestade de ideias”)

Ferramenta simples que pode ser utilizada em


qualquer situação.

Técnica utilizada em grupo com objetivo de


coletar um grande número de ideias e depois
selecionar e ordenar conforme a priorização da
necessidade.
DIAGRAMA DE PARETO

Nada mais é do que colocarmos dados coletados das


nossas atividades em um gráfico de barras verticais,
que geralmente tem no eixo vertical “a quantidade
de repetições de demanda de problemas” e no eixo
horizontal “ o tipo de problemas”
HISTOGRAMA

Esta ferramenta tem semelhança com o


Diagrama de Pareto, porém envolve a
medição de dados variáveis e mostra a sua
distribuição conforme a frequência em que
aparecem, analisando ao longo do tempo as
suas variações.
MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO GUT
Ferramenta utilizada para priorização das ações na gestão.
Consiste em analisar a Gravidade, a Urgência e a Tendência
do problema. Cada problema deve ser pontuado numa escala
de 1 a 5 em cada critério, conforme a tabela:

Nota Gravidade Urgência Tendência


5 Extremamente grave Extremamente urgente Se não for resolvido, piora
imediatamente
4 Muito grave Muito urgente Vai piorar em curto prazo

3 Grave Urgente Vai piorar em médio prazo

2 Pouco grave Pouco urgente Vai piorar em longo prazo

1 Sem gravidade Sem urgência Sem tendência de piorar

Fonte: Scielo – Ciência da Informação – Vol.37, Nº2 Brasília Mar/Ago 2008


FLUXOGRAMA
Serve para visualizarmos holisticamente determinada atividade. É a
representação gráfica das diversas tarefas deste processo. No HU-UFJF
utilizamos esta ferramenta para representar as atividades de cada setor por
meio do Pop (Procedimento Operacional Padrão).

A simbologia utilizada é convencionada. Existem software especializados na


elaboração de fluxogramas, como o vision.
Os símbolos mais comuns são:
- Retângulo: indica uma etapa do processo
- Losango: tomada de decisão
- Seta: sentido do fluxo
- Elipse: indica início e fim
- Círculo: liga duas partes do processo (divisão de página)
- Hexágono: determina um procedimento definido
Exemplo de Fluxograma
POP: Encaminhamento de paciente para consulta

início

Paciente chega na
recepção

não Abrir prontuário


Paciente tem
prontuário?

sim

Conferir prontuário

Confirmar a consulta

Encaminhar o paciente
para o consultório

fim
1 - What (O QUE será feito)
2 - Who (QUEM fará)
3 - When (QUANDO será feito)
4 - Where (ONDE será feito)
5 - Why (POR QUE será feito)
1 - How (COMO será feito)
2 - How Much (QUANTO custará)
O que faremos?
O que?
De que forma seremos mais eficientes?
Como?
Em que local a ação se realizará?
Onde?
Quais os motivos que motivaram tal ação?
Por que?
Quais os responsáveis por sua realização?
Quem?
Em que momento a ação será executada?
Quando?
Qual o valor do recurso necessário?
Quanto?
Exemplo:
Montar um plano de treinamento para 30 colaboradores
de uma empresa.
Tema: “A importância do uso dos EPI’s”.

O que? (What) Treinamento sobre a importância do uso de EPIs


Quem? (Who) Operadores da linha de produção e forjaria
Onde? (Where) No centro de Treinamentos da unidade de Bragança Paulista
Quando? (When) No dia 15/10/05 das 9:00 às 12:00hs
Conscientização dos colaboradores quanto a importância do uso de
Por quê? (Why) EPIs. Fazer com que eles usem o EPI adequado às atividades que
oferecem riscos de acidente
Como? (How) Palestra e vídeo
Quanto custa? (How much) Orçamento de R$ 3.000,00
CICLO PDCA
Idealizado por Shewharte e, mais tarde,
aplicado por Deming em conceitos de
qualidade em trabalhos no Japão.
Nasceu no escopo da tecnologia TQC
(Total Quality Control) como uma
ferramenta que melhor representava o
ciclo de gerenciamento de atividades,
processos ou sistemas.
P = Planejar

D = Dirigir/Fazer

C = Controlar

A = Agir
1 - Identificação
do Problema

8 - Evolução 2 - Observação

8 1 2
3 - Análise
7 - Adequação 3

7 4 – Plano de
A P 4 Ação

C D

6 5
6 - Verificação
5 - Execução
O Ciclo PDCA, visa a melhoria
contínua fazendo um plano, executando
tarefas de acordo com o plano,
compara o resultado encontrado com o
planejado e toma ações corretivas para
ajustar se for necessário. Ver o filme.
Diagrama de Ishikawa ou de Causa e
Efeito ou “Espinha de Peixe”

Outro exemplo de ferramenta do Planejamento, dentre


outras que existem, que serve para identificar, explorar e
mapear fatores que afetam um problema, onde se separa
as causas dos efeitos, identificando assim as várias causas
que originaram o problema.
Diagrama de Causa e Efeito

GRUPO DE CAUSAS

Método Máquina

EFEITO

Meio ambiente Mão de obra Material


INDICADORES
Medem aspectos qualitativos e/ou
quantitativos relativos ao meio
ambiente, à estrutura, aos processos e
aos resultados.
Instrumento de mensuração e
monitoramento para o gerenciamento,
avaliação e planejamento das ações.
Contribuem na tomada de decisão.
Os indicadores de qualidade
representam melhorias de serviços de
saúde e redução de doenças, expressos
quantitativamente dentro de um período
de tempo, devendo os dados coletados
ser viáveis, simples, medindo uma
condição ou aspecto do serviço e úteis
para os gestores, que servirão de apoio
a tomadas de decisão.
Alguns exemplos de indicadores:

Índice de queda de paciente;


Índice de demora de atendimento;
Taxa de produtividade de cirurgia;
Taxa de consultas por especialidade;
Índice de receitas mensais de convênios;
Índice de manutenção preventiva em
equipamentos.
Uso e aplicação dos indicadores
são medidas utilizadas para descrever
e analisar uma situação existente,
avaliar o cumprimento de objetivos,
metas e suas mudanças ao longo do
tempo, além de confirmar tendências
passadas e prever tendências futuras.
Portanto:

Estas ferramentas gerenciais devem ser apropriadas


ao problema que se quer resolver, que por sua vez
requerem conhecimento, habilidade e participação das
equipes e dos colaboradores envolvidos em seus setores.
PLANO DIRETOR
Ferramenta de gestão que reflete a importância do
planejamento estratégico.
Itens que compõe o Plano Diretor do HU-
UFJF
Missão:
Formar recursos humanos, gerar conhecimentos e
prestar assistência de qualidade na área da
saúde à comunidade da região
Negócio:
Assistência, ensino e pesquisa na área da saúde
para o
desenvolvimento da região.
Diretrizes:
1. Melhorar a excelência do ensino;
2. Melhorar a excelência da pesquisa;
Itens que compõe o Plano Diretor do HU-
UFJF
3. Garantir a qualidade da assistência;
4. Institucionalizar o serviço de Gestão de Pessoas;
5. Garantir a eficácia da Gestão;
6. Promover a sustentabilidade e responsabilidade
social;
7. Redimensionar a Infraestrutura às novas
necessidades;
8. Ampliação do HU.
Para cada Diretriz, são atribuídos as
funções:

Estratégia
e
Medida de Ação

Conforme o organograma a seguir:


Diretrizes
1. MELHORAR A EXCELÊNCIA DO ENSINO

1A- Elaborar projeto 1B- Criação de 1C- Cumprimento das


de reestruturação do metodologias para o normas de CNRM* e das 1D- Criação da diretoria de
Centro de Estudos exercício da propostas aprovadas na ensino e pesquisa
(CENEPE) preceptoria e tutoria CORE** e para as demais
áreas

1A1- 1B1- Estabelecer 1C1-Garantir 1D1- 1D2- Criar 1D3-


Estabeleciment requisitos mínimos preceptoria Criar estrutura um Criar
o de de produtividade na em tempo organizacional para laboratório biblioteca
metodologias integral para de especializada
assistência e no implantação de
de produção habilidade
ensino para os residentes cursos de na área da
acadêmica
exercício da especialização, saúde
preceptoria e residência, pós-
tutoria graduação latu-
sensu e stricto-
sensu e capacitação
e educação
permanente

ESTRATÉGIA MEDIDA AÇÃO

* Comissão Nacional de Residência Médica


Fonte: HU/UFJF (2010) ** Comissão Residência do HU
Diretrizes
2. MELHORAR A EXCELÊNCIA DA PESQUISA

2A- Busca ativa de editais 2B- Criação de


junto às agências de metodologias para
fomento avaliação da produção
acadêmica

2A1- Estabelecer um
2B1- Criar 2B2- Divulgar os 2B3-Identificar
responsável para
indicadores de trabalhos por meio potencialidades de
acompanhamento e
divulgação de editais avaliação da de seminários linhas de pesquisa
pesquisa. científicos. do HU

ESTRATÉGIA MEDIDA AÇÃO

Fonte: HU/UFJF (2010)


O Plano Diretor deve ser revisto
anualmente, uma vez que novas metas,
objetivos e ações serão traçadas para o
alcance de melhorias na organização.

O Plano Diretor é elaborado por meio de


uma análise preliminar das necessidades da
Organização, considerando sua finalidade,
seu funcionamento, prioridade de
atendimento e principalmente levando em
conta um estudo da relação custo/benefício.
Muito obrigado!

residecoadm.hu@ufjf.edu.br
4009-5172
Orientações para o Seminário

1- Serão apresentados dias 20/03 e 21/03


2- A turma será dividida em 6 grupos
3- O tipo de apresentação fica a critério do
grupo
4- Todos do grupo deverão participar da
apresentação
5- A presença nos (2) dois dias será avaliada,
assim como a participação na apresentação
Temas dos artigos para o Seminário

1- Estudo de um dos Indicadores do custo da


qualidade: o desperdício

2- Regulação em Saúde: análise de conceitos


fundamentais

3- Percepção da qualidade em serviços públicos


de saúde: um estudo de caso
Temas dos artigos para o Seminário

4- O mix público-privado no Sistema de Saúde


Brasileiro: financiamento, oferta e utilização
de serviços de saúde

5- O Administrador Hospitalar nas


Organizações públicas de saúde frente às
novas concepções de administração
Temas dos artigos para o Seminário

6- Os vários mundos do financiamento da


Saúde no Brasil: uma tentativa de integração

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