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Tratamento da Água

Conjunto de
instalações e
equipamentos
destinados a alterar
as características
físicas, químicas
e/ou biológicas da
água, de modo a
satisfazer os
padrões de
potabilidade
exigidos pelo
Ministério da Saúde
(Portaria 2.914/1).
1. Coagulação

Desestabilização
de soluções
coloidais
Mecanismo de Formação de
Dispersões Coloidais
• No pH das águas naturais ocorrem partículas
suspensas de silicatos ionizados, com cargas
negativas.

• Essas partículas sólidas, com pequenas dimensões


(micelas), podem ter íons fixados à superfície.

• Esses íons podem estar fixados por processos de


adsorção ou ionização de grupos na superfície de
sólidos.
Formação de Dupla Camada
Elétrica
• Formação da dupla camada elétrica numa partícula de silicato
em suspensão

Camada primária com


carga negativa

Camada de contra-íons onde


predominam íons positivos em
solução e que permite
assegurar a eletroneutralidade
deste sistema
Estabilização de Suspensões Coloidais

• Cargas elétricas iguais dificultam aproximação


e união das partículas, que pode permanecer
muito tempo sem precipitar.
1. Coagulação

Resulta de: 4
fatores distintos.
Mecanismos de Desestabilização de
Colóides
1. Compressão da camada difusa (dupla camada
elétrica) diminuindo a espessura da camada
de contra-íons.
2. Adsorção e neutralização da carga elétrica da
camada primária.
3. Formação de pontes e adsorção entre
partículas (polímeros).
4. Varredura num precipitado volumoso de
Al(OH)3 ou de Fe(OH)3 - Fe III.
Coagulação

Espécies com carga contrária à da superfície dos


colóides causam sua desestabilização.

• Coagulante gera cátions que neutralizam a carga


negativa do colóide, antes da formação visível do
floco. A agitação é importante nesta fase.
Coagulação

Polieletrólitos - aniônicos, catiônicos,


anfolíticos e não iônicos, de
alto PM, com grupos carregados
são capazes de atuar como coagulante
(desestabilizam colóides).
Tipos de coagulantes

1. Alumínio
Redução pH natural da água (pH 6-8)

Al+3 + H2O ↔ Al13O4(OH)24+7 + 32 H⁺ pH < 5,7

A espécie química Al(OH)3↓


forma flocos e o CO2 é o responsável pelo aumento da acidez da
água.
Caminhos para a coagulação por adsorção-neutralização de carga e por
varredura utilizando sulfato de alumínio (Di Bernardo, 2005).
2. Sulfato férrico
FeSO4 → 2Fe(OH)3↓

Usado primariamente, na coagulação de esgotos sanitários e


industriais, e encontra aplicações limitados no tratamento de
água.

Disponível nas formas sólida e liquida, é altamente corrosivo.


3. Policloreto de Alumínio

Inorgânico catiônico pre-polimerizados


a base de policloreto de alumínio.

• Carga = Aln(OH)m (3n-m)+


Auxiliares de Coagulação
Principais dificuldades com a coagulação:
- flocos de baixa decantação
- flocos frágeis
- pH

• Melhoraram a coagulação promovendo o crescimento dos


flocos e incrementando a velocidade de sedimentação destes.
• Correção pH

Materiais mais utilizados são: polímeros, alcalinizantes, sílica


ativada, agentes adsorventes de peso e oxidantes.
2. Floculação
Transporte de Partículas
Etapa que propicia condições para:

- Contato e agregação de
partículas desestabilizadas por
coagulação química.

- Flocos de tamanho e massa


específica que favoreçam sua
remoção por sedimentação,
flotação ou filtração direta.
Coagulação X Floculação:
• Coagulação e Floculação são muitas vezes usadas em
química como equivalentes da formação de
agregados de partículas coloidais.

• Para conseguir a agregação de micelas, há que


proceder de modo a diminuir ou mesmo suprimir as
forças repulsivas.

• Em tratamentos de águas, o termo Coagulação


aplica-se a desestabilização das partículas coloidais
para formação do pequenos agregados , os coágulos.
“Jar test”: copos com agitador, onde a amostra de água é ensaiada avaliando os
efeitos que pode ter a adição de determinado agente químico e em diferentes
condições.
Uso de Polímero -
Coadjuvante

• Mecanismo útil para a


fase de floculação e as
reações 1 e 2 dão uma
descrição do
mecanismo de atuação
destes polímeros.
3. Sedimentação
e Flotação
• Sedimentação: partículas, em
suspensão tem movimento
descendente, pela ação da
gravidade.

• Flotação: ascensão partículas, em


suspensão e pela aderência de
microbolhas de ar, tornando-as de
menor massa específica que o
meio.
4. Filtração

• Remoção de partículas
suspensas e coloidais e de
microrganismos da água
que escoa através de um
meio granular.
5. Adsorção em Carvão Ativado

Na forma de pó, tem grande poder de


adsorção. É bastante empregada no
tratamento da água com gosto e odor
provocador por material orgânico.
6. Desinfecção
e Oxidação

Em geral desinfetantes são oxidantes.

• Principais oxidantes: permanganato de K, cloro, dióxido de cloro,


O3, H2O2 e UV.

• Com exceção do permanganato (água dura) os demais são


utilizados como desinfetantes.
Isenta de N
• Cl2 + H2O HClO + H+ + Cl- (Ác. Hipocloroso
principal agente desinfetante)

• HClO ClO- (hipoclorito) + H+

HClO ou ClO- = Cloro residual livre

Em pH 7,5: [HClO] = [ClO-]

Em pH > 7,5: diminui [HClO] e aumenta [ClO-] , com


prejuízo a eficácia da desinfecção.
Na presença de amônia
(N amoniacal consome o Cl na formação de cloraminas =
cloro residual combinado)

• HClO + NH4⁺ → NH2Cl + H2O + H⁺ (monocloraminas)

• HClO + NH2Cl → NHCl2 + H2O (dicloraminas com


> poder bactericida)
• ClO + NHCl2 → NCl3 + H2O (tricloraminas não tem efeito)

• Break point – quando toda a amônia disponível se combinou com o


cloro para a formação de cloraminas. Teor residual mínimo de cloro
livre.
Cloro ao reagir com compostos orgânicos,
de ocorrência natural na água de
abastecimento, produz subprodutos da
desinfecção.

Os subprodutos mais comuns são


TRIHALOMETANOS e ácidos
haloaceticos(AIH).

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