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Aula 1
Aula 1
Bens Públicos
Bens
Públicos
Conceito
Podemos conceituar BENS
PÚBLICOS como aqueles
pertencentes às Pessoas
Jurídicas de Direito
Público, bem como que
embora não pertençam a
estas pessoas, estejam
afetados á prestação de
serviço público, podendo
ser móveis ou imóveis,
semoventes, corpóreos ou
incorpóreos, créditos,
direitos e ações.
Art. 98. São públicos
os bens do domínio
nacional pertencentes
às pessoas jurídicas
de direito público
interno; todos os
outros são
particulares, seja qual
for a pessoa a que
pertencerem.
Domínio
público
A expressão domínio público
ora designa o poder que o
Estado exerce sobre todas
as coisas de interesse
público (domínio eminente),
ora o poder de propriedade
que exerce sobre o seu
patrimônio (domínio
patrimonial).
São bens públicos todas as
coisas, corpóreas ou
incorpóreas, móveis ou
imóveis, semoventes,
créditos, etc., que
pertençam às entidades
estatais, autárquicas ou
paraestatais.
Celso Bandeira de Mello,
ainda, inclui entre os bens
públicos aqueles que,
embora não pertencentes a
tais pessoas, esteja
afetados à prestação de um
serviço público.
1. Os bens públicos;
2. Os bens privados e
3. Os bens não sujeitos
ao regime normal da
propriedade, como,
por exemplo, o
espaço aéreo e as
águas.
a) Pode o Estado
transferir a propriedade
privada, por meio da
desapropriação, quando
há utilidade pública ou
interesse social;
b) Estabelecer limitações
administrativas gerais à
propriedade;
c) Criar regime especial
de domínio em relação a
algumas espécies de
bens, como os situados
no subsolo, nas águas,
nas florestas etc
Domínio eminente é diferente de
domínio patrimonial, já que este
último envolve apenas os bens que
o Estado possui na qualidade de
proprietário.
DESAPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE
PÚBLICA. DECRETO MUNICIPAL DE
DESAPROPRIAÇÃO. DOMÍNIO EMINENTE
DO PODER PÚBLICO. VÍCIO NO DECRETO
DE DESAPROPRIAÇÃO. Embora seja
indiscutível o domínio eminente do
poder público para desapropriar bem
imóvel por utilidade pública, o decreto
municipal de desapropriação deve
individuar com precisão a área
desapropriada, mormente se a
desapropriação é de uma área menor
dentro de outra maior, sob pena de
nulidade de tal decreto. Recurso provido.
Bens Federais
(art. 20, CF),
Bens Estaduais
(art. 26, CF),
A) QUANTO À Bens Distritais e
TITULARIDADE Municipais.
Ver
Lei 9.760/1946
Dispõe sôbre os
bens imóveis da
União e dá outras
providências.
A) QUANTO À
TITULARIDADE
A vigente
Constituição
enumera os bens
da União e dos
Estados, mas a
enumeração não
é taxativa.
Os bens da União
estão relacionados
no art. 20, e a Carta
levou em conta
alguns critérios
ligados à esfera
federal, como
segurança nacional,
a proteção à
economia do país, o
interesse público
nacional e a
extensão do bem.
CF Art. 20. São bens da União:
Os titulares são as
pessoas jurídicas
públicas e não os
órgãos que as
compõem.
Na prática, tem
ocorrido o registro de
propriedade atribuído
a Tribunal de Justiça,
Assembleia
Legislativa, Ministério
Público.
A indicação revela
apenas que o bem foi
adquirido com o
orçamento daquele
órgão específico,
estando, por isso,
afetado a suas
fialidades
institucionais.
A propriedade,
todavia, é do ente
estatal, no caso, o
estado-membro, e não
do órgão, que não tem
personalidade jurídica
e representa mera
repartição interna da
pessoa jurídica, por
mais relevante que
sejam suas funções.
O efeito jurídico
exclusivo de
semelhante afetação
é o de que, somente
por exceção, deve o
bem ser
desvinculado dos
fins institucionais do
órgão, eis que,
afinal, este o
adquiriu com
recursos próprios.
a) Bens de uso comum do
povo (ou do domínio
público): são os
destinados pela natureza
ou por lei ao uso público,
podendo serem utilizados
indiscriminadamente por
qualquer do povo.
I - os de uso comum do
povo, tais como rios,
mares, estradas, ruas
e praças;
O uso comum dos bens
públicos pode ser
gratuito ou oneroso,
conforme for
estabelecido por meio
da lei da pessoa
jurídica a qual o bem
pertencer (art. 103
CC).
São aqueles
destinados à
execução de serviços
públicos ou a servirem
de estabelecimento
B) QUANTO À para os entes
DESTINAÇÃO públicos.
b) Bens de uso
especial:
Também são
chamados de uso
especial os museus,
universidades, ou
ainda aqueles
utilizados pelos
concessionários e
B) QUANTO À permissionários do
DESTINAÇÃO poder público.
Centro
Administrativo
MG - Bem de
uso especial
CC. Art. 99. São bens
públicos:
II - os de uso especial,
tais como edifícios ou
terrenos destinados a
serviço ou
estabelecimento da
administração federal,
estadual, territorial ou
municipal, inclusive os
de suas autarquias;
c) Bens Dominicais ou
Dominiais: são
aqueles que
pertencem ao
patrimônio público,
mas não têm
destinação
específica, nem se
encontram sujeitos ao
uso comum do povo.
B) QUANTO À
DESTINAÇÃO
c) Bens Dominicais ou
Dominiais:
A doutrina afirma
que a noção de bem
dominical é
residual.
Pertencem à União: as
indispensáveis à defesa das
fronteiras, das fortificações
e construções militares, das
vias federais de
comunicação e à
preservação ambiental,
definidas em lei, conforme
dispõe o art. 20, II, da CF.
Os bens de uso
comum do povo, regra
geral, são bens
C) QUANTO À absolutamente
DISPONIBILIDADE indisponíveis.
• Bens patrimoniais
indisponíveis: não
podem ser alienados
porque são utilizados
efetivamente pelo
Estado para uma
específica finalidade
pública, como os bens
de uso especial, ou
bens de uso comum
susceptíveis de
avaliação patrimonial,
móveis ou imóveis,
como: prédios de
C) QUANTO À repartições públicas,
DISPONIBILIDADE veículos
hospitais etc.
oficiais,
• Bens patrimoniais
disponíveis: todos que
possuem natureza
patrimonial e, por não
estarem afetados a
certa finalidade
pública, podem ser
alienados, na forma da
lei; são os bens
dominicais em geral,
uma vez que não se
destinam ao público em
geral, nem são
C) QUANTO À utilizados para
prestação de serviços
a
DISPONIBILIDADE públicos.
Afetação e
Desafetaçã
o
AFETAÇÃO
A Desafetação consiste na
retirada desta destinação
específica dada ao bem.
Assim, a desafetação, ao
retirar o destino público dos
bens, elimina-lhe o status da
indisponibilidade e
inalienabilidade tornando-os
mais vulneráveis às
ingerências administrativas e
retirando deles partes de sua
proteção, o que demanda
maior cautela e maior rigor,
não podendo ser realizada de
qualquer maneira.
DESAFETAÇÃO
Os bens
públicos não
estão sujeitos a
usucapião.
5. A possibilidade de os bens da Caixa Econômica
Federal serem adquiridos por usucapião decorre da
sua natureza de pessoa jurídica de direito privado,
que realiza atividade tipicamente econômica
(realização de empréstimos e financiamentos) em
concorrência com outras instituições financeiras
privadas.
Corroborando esse entendimento, destaco do
parecer do Ministério Público Federal: “O cerne da
controvérsia cinge-se à análise da natureza jurídica
dos bens das empresas públicas e sociedades de
economia mista, tendo em vista que, se forem
considerados bens públicos, submetem-se ao
regime jurídico da imprescritibilidade, ao passo
que, se detiverem a natureza privada, podem ser
adquiridos por usucapião.”
(STF - RE 536297 / MA – MARANHÃO - Relator(a):
Min. ELLEN GRACIE - Julgamento: 16/11/2010)
STF – SÚMULA 340
Desde a vigência
do Código Civil,
os bens
dominicais,
como os demais
bens públicos,
não podem ser
adquiridos por
usucapião.
EMENTA : RECURSO ESPECIAL.
USUCAPIAO. FAIXA DE FRONTEIRA.
POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE REGISTRO
ACERCA DA PROPRIEDADE DO IMÓVEL.
INEXISTÊNCIA DE PRESUNÇAO EM FAVOR
DO ESTADO DE QUE A TERRA É PÚBLICA.
1. O terreno localizado em faixa de
fronteira, por si só, não é considerado de
domínio público, consoante
entendimento pacífico da Corte Superior.
2. Não havendo registro de propriedade
do imóvel, inexiste, em favor do Estado,
presunção iuris tantum de que sejam
terras devolutas, cabendo a este provar a
titularidade pública do bem. Caso
contrário, o terreno pode ser usucapido.
3. Recurso especial não conhecido. (STJ,
REsp 674558/RS, Min. Rel. LUIS FELIPE
SALOMAO - QUARTA TURMA)
EMENTA : CIVIL E PROCESSUAL CIVIL -
RECURSO ESPECIAL - AÇAO DE
USUCAPIAO - FAIXA DE FRONTEIRA -
TERRAS DEVOLUTAS - REQUISITO
PRESCINDÍVEL - CARACTERIZAÇAO -
REEXAME DE PROVAS - SÚMULA 7/STJ -
IMPOSSIBILIDADE.
1. - O aresto combatido está todo
lastreado no exame da prova, Conforme
bem ressaltou o Acórdão, o fato de estar
localizado em zona de fronteira, por si só,
não o caracteriza como terra devoluta.
Por consequência lógica, não aplicou ao
caso as normas infraconstitucionais
invocadas no recurso ora em exame, uma
vez que não restou caracterizada a
condição de terra devoluta, tal como
definido e disciplinado nos referidos
diplomas legais. Assim sendo, para se
infirmar tal conclusão necessariamente
se teria que reexaminar o conjunto
probatório, o que é inviável (Súmula 07
do STJ).
2. - A simples circunstância da área
objeto de litígio estar localizada na faixa
de fronteira, por si só, não a torna
devoluta, nem autoriza inclusão entre os
bens de domínio da União. Súmula 83.