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A Extraordinaria

Capacidade de Perdoar
De todas as possíveis estratégias para
transcender o sofrimento…qualquer que seja…

JÁ CONSIDERAMOS A POSSIBILIDADE DE
PERDOAR?
De entre todas as possibilidades para suavizar
ou, até mesmo, transcender o sofrimento
interior, já consideramos a simples hipótese de
perdoar?
(Enright, 2006; Casarjian, 2005).
O que é que nos impede de sermos pessoas
felizes no momento presente senão a profunda
resistência a libertarmo-nos do passado,
perdoando-o?
(Luskin, 2002; Seligman,2006)
O perdão é um tema que nos toca a todos,
sem distinção. De uma forma ou de outra, mais
cedo ou mais tarde o nosso encontro com ele é
inevitável.
De entre todas as possibilidades para suavizar
ou, até mesmo, transcender o sofrimento
interior, já consideramos a simples hipótese de
perdoar?
(Enright, 2006; Casarjian, 2005)

O que é que nos impede de sermos pessoas


felizes no momento presente senão a profunda
resistência a libertarmo-nos do passado,
perdoando-o?
(Luskin, 2002; Seligman,2006)
Livro arbítrio não significa ter alguma opção no despontar
dos sofrimentos que nos encontram. A vulnerabilidade
humana configura-se como a nossa condição ontológica.

Livre arbítrio, à luz do actual quadro global erguido pelas


pesquisas científicas sobre a capacidade de perdoar tecidas
pelas ciências psicológicas, significa optar, ou não, por perdoar

a fonte dos estados emocionais negativos que nos esmagam


(Enright, 2006)
Hoje, como nunca antes, as ciências humanas e
sociais inscrevem um corpo consistente e unificado de
dados rigorosos que sublinham as descrições do
florescimento humano de quem optou por perdoar, não
obstante a complexidade das condições, circunstancias
e situações profundamente devastadoras fizessem
supor o contrário, e de quem aceitou deixar-se tocar
pelo acto sublime de ser perdoado.
“(...) certas emoções positivas (como o perdão, a alegria, o interesse, o
contentamento, o orgulho, o amor) procuram “alargar” a repertório
do pensamento e da sua acção e “construir” os recursos pessoais de
resistência ou resiliência a todos os níveis.”

(Barros, 2004, pp.10)


As emoções positivas podem centrar-se no passado, no
presente e no futuro. Se o optimismo e a fé, por
exemplo, imprimem uma relação com o futuro, e a
alegria, o prazer e a fluidez (flow) configuram aquilo
a que, no presente, nos referimos como estados de
felicidade, o perdão, ao lado da serenidade e da
realização pessoal, desponta como uma emoção
positiva cujo passado representa o “tempo” do seu
enfoque
(Seligman, 2006)
Em nenhuma outra dimensão humana a “resposta” à
questão da felicidade é procurada com mais
esperança e ardor e desfeita com mais consistência do
que numa relação interpessoal.
(Prather, 2008)
De todos os vocábulos, por assim dizer, que
decorrem das vulnerabilidades interpessoais, o
ressentimento desponta como o primado dos
obstáculos à realização da vida genuinamente
feliz
(Corcuera, 2006)
Importa, no entanto, sublinhar que o meio para
corrigir o problema do ressentimento é o perdão.
Afigurando-se como um dos recursos mais
importantes para alcançar a felicidade, justamente
porque pode resolver a fundo o principal obstáculo:
a esmagadora realidade do ressentimento
(Corcuera, 2006)
“o perdão é interpretado como a capacidade
de ultrapassar a mágoa, o ressentimento ou a
vingança que o ofensor merecia, através da
compaixão ou da benevolência”
(North, 1998)
A acção que o perdão imprime parece mover-se em dois
sentidos: liberta a alteridade ofensora da culpabilidade por ter
agido ou não de uma determinada maneira esperada ou não
esperada (Luskin, 2002);

liberta a interioridade daquele que perdoa da linguagem do


ressentimento, da angústia e da mágoa
(Barros, 2004; Casarjian, 2005; Luskin, 2002; Monbourquette, 2004; McCullough, 2000;
McCullough, et al., 2001; Seligman, 2006; Subkoviak et al., 1995),

(re) construindo, assim, uma perspectiva que, porque apela ao


florescimento humano, apela ao retorno de uma avaliação
positiva para com a própria vida .
(Seligman, 2006).

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