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FACIG – FACULDADE DE CIÊNCIAS

HUMANAS E SOCIAIS DE IGARASSU

ALUNO: GINELSON SOARES DA SILVA


DISCIPLINA: SISTEMAS CONTÁBEIS
PROFESSOR: EDSON JÚNIOR

NOTA FISCAL ELETRÔNICA


Sumário
 Evolução
 Conceito

 Objetivo

 Benefícios

 Modelo Operacional

 Emissão

 Transmissão

 Trânsito da Mercadoria
Evolução
2003 2004 2005 2006 2007

Emenda Constitucional nº 42 – 19/12/03

Art. 37 da Constituição Federal:


...
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, ...
e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento
de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio.
Evolução
2003 2004 2005 2006 2007

I ENAT – Salvador – 17/07/04

Assinatura de Protocolos com o objetivo de buscar soluções


conjuntas nas três esferas de Governo. (Federal, Estadual e
Municipal)
Evolução
2003 2004 2005 2006 2007

II ENAT – São Paulo – 27/08/05

Assinatura dos Protocolos de Cooperação: Sped e NF-e


CONCEITO - (NF-e)

É um documento emitido e armazenado eletronicamente, de


existência apenas digital, com o intuito de documentar uma
operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços
ocorrida entre as partes, cuja validade jurídica é garantida pela
assinatura digital do emitente e recepção, pelo fisco, antes da
ocorrência do Fato Gerador. (§ 1º, Cláusula primeira, Ajuste SINIEF
07/05)
CONCEITO - (NF-e)

A NF-e tem validade nacional e foi inclusa na legislação


brasileira em outubro de 2005 com a aprovação do Ajuste
SINIEF 07/2005.

Seu detalhamento técnico encontra-se no Ato COTEPE


22/2008, que contém o Manual de Integração do Contribuinte
com todo o detalhamento da NF-e e do DANFE – Documento
Auxiliar da NF-e.
OBJETIVO
A implantação de um modelo de documento fiscal eletrônico
que venha substituir a atual emissão do documento fiscal em
papel, com validade jurídica garantida pela assinatura digital
do remetente, simplificando as obrigações acessórias dos
contribuintes e, permitindo, ao mesmo tempo, o
acompanhamento, em tempo real, das operações comerciais
pelo FISCO.

Com a implantação da NF-e espera-se um avanço que irá facilitar


a vida do contribuinte e as atividades de fiscalização sobre
operações e prestações tributadas pelo imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pelo Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI).
BENEFÍCIOS
O contribuinte terá significativa redução de custos
operacionais com impressão, aquisição de papel, envio dos
documentos fiscais e armazenagem dos mesmos.

Considerável redução do espaço físico para guarda da nota


fiscal, que continua sob responsabilidade do contribuinte, o custo
do arquivamento digital, porém, é muito inferior ao custo do
arquivamento físico.

Redução de tempo de parada de caminhões em Postos


Fiscais de Fronteira, pois, o processo de fiscalização de
mercadorias em trânsito será simplificado, agilizando as
operações.
BENEFÍCIOS

 Para os Contribuintes:
Eliminar digitação nos casos dos que a recebem e redução dos
possíveis erros, como também melhor planejamento logístico.

 Para o Fisco:
Melhorar o processo de fiscalização.

 Para a Sociedade:
Aumento da arrecadação sem aumento de carga tributária,
redução de danos ecológicos provocados pelo consumo massivo
de papel.
MODELO OPERACIONAL

A NF-e substitui a nota fiscal a nota fiscal modelo 1 e 1A,


utilizada nas transações com mercadorias entre pessoas
jurídicas, em todas as hipóteses previstas na legislação para
utilização das mesmas. (Cláusula primeira do Ajuste
SINIEFE 07/05).
PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA SE
TORNAR UM EMISSOR DE NF-e

Os procedimentos mínimos deverão ser:

. Credenciar-se como emissor de NF-e, cadastro disponível no


portal: http://portalnfe.fazenda.pe.gov.br/credenciamento.html. O
acesso será liberado para o ambiente de homologação (testes);

. O contribuinte deve enviar solicitação para o e-mail:


nfe@fazenda.pe.gov.br para liberação do ambiente de produção.
CNAE (CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES
ECONÔMICAS)

O protocolo ICMS 10/07 estabeleceu a obrigatoriedade de


utilização da NF-e para vários setores da economia.

No portal da NF-e:
http://portalnfe.fazenda.pe.gov.br/credenciamento.html está
disponibilizada uma lista de contribuintes obrigados a emitir NF-e
com base na CNAE. Mas se o contribuinte não constar nesta lista
e praticar atividade que o obrigue a emitir NF-e, deverá
providenciar seu credenciamento de acordo com as instruções
descritas no endereço eletrônico retro mencionado.
EMISSÃO

A empresa emissora de NF-e gerará um arquivo eletrônico


contendo as informações fiscais da operação comercial, o que
deverá ser assinado digitalmente, de maneira a garantir a
integridade dos dados e a autoria do emissor (§ 1º do Ajuste
SINIEFE 07/2005).

Este arquivo eletrônico, que corresponderá a NF-e, será


então transmitido pela internet, para a Secretária da Fazenda
de Jurisdição, do contribuinte, que fará uma pré-validação do
arquivo e devolverá um protocolo de recebimento
(Autorização de Uso), sem o qual não poderá haver o trânsito da
mercadoria. (Cláusula quarta do Ajuste SINIEF 07/05).
EMISSÃO: EMPRESA - SEFAZ
Contábil Fiscal NF-e
Vendedor Comprador

A cada operação, o vendedor


Envia deverá solicitar autorização de
NF-e
uso da NF-e à SEFAZ

Recepção antes da ocorrência


do Fato Gerador

Secretaria de Fazenda
EMPRESA – SEFAZ - VALIDAÇÃO
Contábil Fiscal NF-e
Vendedor Comprador
A SEFAZ procederá a validação
da NF-e recebida

Envia
NF-e
Validação Recepção:
• Assinatura Digital
• Esquema XML
• Numeração
• Emitente Autorizado
Validação

Secretaria Fazenda
VALIDAÇÃO - SEFAZ - EMPRESA
Contábil Fiscal NF-e
Vendedor Comprador
Se a análise for positiva,
autorizará o uso de NF-e

Envia Devolve
Autorização
NF-e de Uso NF-e

Validação Recepção:
• Assinatura Digital
• Esquema XML
• Numeração
• Emitente Autorizado
Validação

Secretaria Fazenda
SGA (NF-e)
EMAIL
STATUS TENTATIVAS DE ENVIO EXPORTADO P/SAP ENVIADO Nº DOC. SERIE Nº NF-e Empresa

Produquímica Ind e Com


AUTORIZADA 1 X X 218436 1 8433 S/A

Produquímica Ind e Com


AUTORIZADA 1 X X 218410 1 8432 S/A

Produquímica Ind e Com


AUTORIZADA 1 X X 218386 1 8431 S/A

Produquímica Ind e Com


AUTORIZADA 1 X X 218365 1 8430 S/A

Produquímica Ind e Com


AUTORIZADA 1 X X 218236 1 8429 S/A

Produquímica Ind e Com


AUTORIZADA 1 X X 218231 1 8428 S/A

Produquímica Ind e Com


AUTORIZADA 1 X X 218230 1 8427 S/A

Produquímica Ind e Com


AUTORIZADA 1 X X 218221 1 8426 S/A
REPOSITÓRIO NACIONAL
A NF-e, através da Secretaria de Fazenda de origem,
também será transmitida para a Receita Federal, que será
repositório nacional de todas as NF-e emitidas (Ambiente
Nacional) e, no caso de operação interestadual, para a
Secretária de Fazenda de destino da operação. (Cláusula
quinta do Ajuste SINIEF 07/05).

As SEFAZ e a RFB (Ambiente Nacional), disponibilizarão


consulta, através da Internet, para o destinatário e outros
legítimos interessados que detenham a chave de acesso do
documento eletrônico.
SEFAZ – EMPRESA - RECEITA
Contábil Fiscal NF-e
Vendedor Comprador

Retransmitirá a NF-e para a


Secretaria da Fazenda de
Destino e para a Receita
Devolve Federal
Envia Autorização
NF-e de Uso NF-e

Retransmite NF-e
SEFAZ (Destino)
Secretaria Fazenda e Receita Federal
TRÂNSITO DA MERCADORIA

Para acompanhar o trânsito da mercadoria será impressa


uma representação gráfica simplificada da NF-e, intitulado
DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), em
papel comum, tamanho A4, em uma única via, que conterá
impressa, em destaque, a chave de acesso para consulta da NF-
e na Internet e um código de barras bi-dimensional que
facilitará a captura e a confirmação de informações da NF-e
pelas unidades fiscais (Cláusula nona do Ajuste SINIEF
07/05).
TRÂNSITO DA MERCADORIA

O DANFE não é uma nota fiscal nem substitui uma nota


fiscal. Atua apenas como instrumento auxiliar para consulta
da NF-e, pois contém a chave de acesso da NF-e, que permite
ao detentor desse documento confirmar a efetiva existência da
NF-e, através do Ambiente Nacional (RFB) ou do site da
SEFAZ na Internet.

Site da SEFAZ: www.receita.fazenda.gov.br


CHAVE DE ACESSO
É um código de 44 posições para consultar a NF-e nos portais:
nacional ou estadual.

A chave de acesso da NF-e é representada da seguinte forma:


Código da AAMM da CNPJ do Modelo Série Número da Código DV
UF Emissão Emitente NF-e Numérico

Quantidade 02 04 14 02 03 09 09 01
de
caracteres

É composta pelos seguintes campos dispersos no leiaute da NF-e:


. cUF – Código da UF do emitente do Documento Fiscal;
. AAMM – Ano e Mês de emissão da NF-e no formato aamm;
. CNPJ – CNPJ do emitente;
. Mod – Modelo do Documento Fiscal;
. Serie – Série do Documento Fiscal;
. nNF – Número do Documento Fiscal;
. cNF – Código Númerico: sequência de números aleatória;
. cDV – Digito Verificador da Chave de Acesso.
FLUXO DA NF-e
O fluxo da NF-e esta assim distribuído:

- O emissor de NF-e gera um arquivo eletrônico contendo as


informações fiscais da operação comercial e assina digitalmente;

- O emissor envia o arquivo eletrônico (XML) assinado para a


SEFAZ de circunscrição. (As NF-e são enviadas em lotes de até 5
NF-e (ou até o limite máximo de 500Kb);

- A SEFAZ de origem, valida a assinatura, o schema, a numeração e


a situação do cadastro do emitente (se contribuinte está ativo,
cancelado, bloqueado).
EMPRESA – (NF-e) - DANFE
Contábil Fiscal NF-e
Vendedor Trânsito Autorizado - DANFE Comprador

Envia Devolve
Autorização Autorizado o uso da NF-e
NF-e de Uso NF-e
naquela operação, o DANFE
acompanhará o trânsito da
mercadoria

SEFAZ (Destino)
Secretaria Fazenda e Receita Federal
DESTINATÁRIO OU CLIENTE
Contábil Fiscal NF-e
Vendedor Comprador

O destinatário poderá verificar a


existência e a validade da NF-e
por meio de consulta à Internet,
utilizando-se da chave de acesso

Sítio da NF-e
Secretaria Fazenda
DESTINATÁRIO

O contribuinte destinatário, não emissor de NF-e, poderá


escriturar os dados contidos no DANFE para a escrituração da NF-e,
sendo que a sua validade ficará vinculada à efetiva existência da
NF-e nos arquivos das administrações tributárias envolvidas no
processo, comprovada através da emissão da Autorização de uso.

O contribuinte emitente da NF-e realizará a escrituração a


apartir das NF-e emitidas e recebidas (Cláusula nona, § 2º do
Ajuste SINIEFE 07/05).
TRANSMISSÃO
O arquivo digital da NF-e deverá ser transmitido via Internet,
utilizando-se de protocolo de segurança ou criptografia, por meio
de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte.

A transmissão só poderá ser feita por contribuintes previamente


credenciados pela unidade da federação onde tenham seus
cadastros, e em conformidade, no que couber, às disposições dos
Convênios 57/95 e 58/95 (Cláusula segunda do Ajuste SINIEF
07/05).

As pequenas e médias empresas podem utilizar o Programa


Emissor de Nota Fiscal Eletrônica, das SEFAZ de seus estados.
RECEITA FEDERAL
Contábil Fiscal NF-e
Com as informações, a Comprador
Vendedor Fiscalização poderá efetuar pós-
validação dos dados e proceder os
procedimentos necessários

Fiscalização

Pós - Validação:
• Coerência das
Informações
• Cruzamento de
FISCO Dados
AUTORIZAÇÃO DE USO
Antes de conceder Autorização de Uso da NF-e, a
administração tributária da unidade da federação do
contribuinte analisará: a regularidade fiscal do emitente, se o
mesmo é credenciado como emitente de NF-e, a assinatura do
arquivo digital da NF-e, a integridade do mesmo, se o leiaute é o
estabelecido pelo COTEPE e a numeração do documento
(Cláusula sexta do Ajuste SINIEF 07/05).
A administração tributária, cientificará o emitente da
concessão da Autorização de Uso, de sua rejeição ou denegação.

Após a concessão da Autorização de Uso, a NF-e não poderá


mais ser alterada (§ 1º da Cláusula sétima do Ajuste SINIEF 07/05).
REJEIÇÃO
 Poderá ocorrer rejeição se houver:
 Falha na recepção ou no processamento do arquivo;
 Falha no reconhecimento da autoria ou da integridade;
 Remetente não credenciado para emissão;
 Duplicidade na leitura do número;
 Falha na leitura do número;
 Outras falhas no preenchimento ou no leiaute.

OBS.: Quando da rejeição, o arquivo digital não será arquivado na


administração tributária, sendo permitida nova transmissão da
NF-e.
(Cláusula sétima do Ajuste SINIEF 07/05).
DENEGAÇÃO

Ocorre por irregularidade fiscal do emitente. Neste caso o


arquivo transmitido ficará arquivado na administração, não
podendo ser sanada sua irregularidade, nem ser solicitada
nova Autorização de Uso com a mesma numeração.
(§ 3º da Cláusula sétima do Ajuste SINIEF 07/05).

OBS.: Ficará arquivado para consulta, como “Denegada a


Autorização de Uso” não podendo ser utilizado, cancelado ou
inutilizado.
EMISSÃO EM CONTINGÊNCIA
Ocorrendo problemas técnicos que impossibilitem transmitir a
NF-e para a unidade federada do emitente ou obter resposta à
solicitação de Autorização, para que o contribuinte possa continuar
suas operações sem interrupções involuntárias, o mesmo deverá
gerar um outro arquivo digital, conforme o que for definido em
Ato COTEPE, informando uma emissão em contingência e adotar
uma das alternativas:

A- Transmitir a NF-e pelo Sistema de Contingência do Ambiente


Nacional (SCAN);
B- Imprimir o DANFE em Formulário de Segurança (FS),
autorização até 28/02/2009;
RETRANSMISSÃO

As NF-e emitidas em contingência, excetuado quando utilizado


o Sistema de Contingência do Ambiente Nacional – SCAN,
deverão ser transmitidas à SEFAZ do emitente, assim que for
sanada a falha no sistema.

O DANFE emitido em formulário de segurança deve ser


estampado a informação “DANFE em contingência, impresso em
ocorrência de problemas técnicos”, e segue a numeração e séries
normais utilizadas.
CANCELAMENTO
O Cancelamento é o procedimento a ser tomado, quando as
condições assim determinarem, e o fato gerador ainda não
tenha ocorrido, ou seja, não tenha havido a saída da
mercadoria.

O pedido de cancelamento, para ser considerado, também


terá que ser autorizado pela SEFAZ.

o prazo para cancelamento, inicialmente, foi estabelecido em


1440 horas (60 dias), a partir da autorização de uso, porém, este
prazo já foi reduzido para 7 (sete) dias, pelo Ato COTEPE
22/08, e será paulatinamente reduzido, até no máximo 48
horas.
REFERÊNCIAS

 Material elaborado em parte por Leonardo Luiz Barros


Pernambuco, Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – Secretaria
da Fazenda do Estado de Pernambuco. Maio /2010;
 No endereço eletrônico: www.sefaz.pe.gov.br, da Secretaria da
Fazenda, na Internet.
 Trabalho de Monografia sobre o Processo de Implantação da
NF-e em uma Indústria de Igarassu – PE.
OBRIGADO!

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