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Tema

Externalidades e
Bens Públicos
Tópicos para discussão

•Externalidades
•Formas de corrigir falhas de mercado
•Externalidades e direito de propriedade
•Recursos de propriedade comum

Capítulo 18 ©2017 by
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Luiz Roberto Coelho Nascimento
Tópicos para discussão

•Bens públicos
•Preferências privadas por bens públicos

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Luiz Roberto Coelho Nascimento
Externalidades

•Negativas
• As ações de algum indivíduo ou
empresa impõem custos a outro
indivíduo ou empresa
•Positivas
• As ações de algum indivíduo ou
empresa geram benefícios para outro
indivíduo ou empresa
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Externalidades
•Externalidades negativas e ineficiência
•Situação
• Uma usina de aço despeja efluentes
em um rio
• A quantidade de efluentes gerados
pela usina pode ser reduzida por meio
da diminuição do nível de produção de
aço (estamos supondo uma função de
produção de proporções fixas)
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Externalidades
Externalidades negativas e ineficiência

•Situação
• O custo marginal externo (CMgE) é
o custo imposto aos pescadores que
trabalham no rio, para cada nível de
produção de aço.
• O custo marginal social (CMgS) é
igual ao CMg mais o CMgE.

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Externalidades Custo externo
Na presença de externalidades A diferença é o A empresa maximizadora de lucro
negativas, o custo marginal social custo marginal produz em q1, enquanto que
(CMgS) é maior que o custo marginal. externo CMgE. o nível eficiente é q*.

Preço CMgS Preço

CMg CMgSI

S = CMgI
A produção competitiva do
setor é Q1 , enquanto Custo social
que a produção eficiente é Q*. agregado da
P* externalidade
negativa
P1 P1
CMgEI

CMgE

D
q* q1 Produção da Empresa Q* Q1 Produção do setor
Externalidades
Externalidades negativas e ineficiência

•As externalidades negativas incentivam a


permanência no setor de um número
excessivo (ineficiente) de empresas,
criando excesso de produção no longo
prazo.

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Externalidades

•Externalidades positivas e ineficiência


• As externalidades também podem
resultar em nível excessivamente baixo
de produção, como no exemplo a
plantação de um pomar (laranja) e suas
floradas para os apicultores.

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Externalidades Benefícios externos
Valor Na presença de externalidades
BMgS positivas (os benefícios do
Pormar de laranja para os vizinhos),
Um proprietário interessado
o benefício marginal social
apenas no próprio bem-estar
BMgS é maior do que o
investe q1 em reparos. O nível
benefício marginal D.
eficiente de reparos
D q* é maior. O preço mais elevado
P1 desestimula novos reparos.

P1 CMg
P*

As atividades de P&D são


BMgE desestimuladas por
externalidades positivas?

q1 q* produção
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Formas de corrigir falhas de mercado
• Suposição: a poluição causa uma falha de
mercado
• Tecnologia de produção de proporções fixas
• É necessário reduzir a produção para
reduzir as emissões de poluentes
• Pode-se usar um imposto sobre a
produção para reduzir o nível de produto
• A substituição entre insumos é possível,
desde que a tecnologia de produção seja
modificada

Capítulo 18 ©2006 by
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Formas de corrigir falhas de mercado
Suponha: O nível eficiente de emissões
1) Mercado competitivo
2) Decisões de produção e emissão independentes
Reais pagos
3) Escolha do nível de produção que maximiza lucros
por unidade
de emissão CMgE

Por que essa situação é Em Eo o custo marginal


6
de redução das emissões
CMgE = Custo marginal
mais eficiente do que uma é maior do que o
social das emissões situação com nível zero de custo marginal social.
de poluentes. emissões?
Em E1 o custo marginal
4 social é maior do que
o custo marginal de
redução das emissões.
3
O nível eficiente de
2 emissões é 12 (E*), para o qual
CMgR = custo CMgR = CMgS.
marginal de redução CMgR
da poluintes
E0 E* E1
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 Nível de emissão
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Formas de corrigir falhas de mercado
• Fixação de um Padrão de emissão de poluentes
• Padrão de emissão

• Estabelecimento de um limite legal para as


emissões ao nível de E* (12)
• Se a empresa não respeitar o limite, estará
sujeita a penalidades monetárias e criminais
• O custo de produção e o preço mínimo para
entrada no setor aumentam

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Formas de corrigir falhas de mercado
Padrão de emissão e taxas
Reais
por unidade
O nível eficiente de emissões
de emissão CMgE

Padrão

Taxa
3

CMgR
E*
Nível de emissão
12 26
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Luiz Roberto
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Formas de corrigir falhas de mercado

•Taxa sobre a emissão de poluentes


• Taxa sobre emissão
•Taxa arrecadada sobre cada unidade de
emissão

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Formas de corrigir falhas de mercado
Padrão de emissão e taxas
Dólares
por unidade
de emissão CMgS

Para níveis elevados de


emissão, o custo de
Taxa redução das emissões é
menor do que o imposto.
3

Total da Custo total de


CMgR
taxa Paga E* redução das emissões
12 Nível de emissão
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Formas de corrigir falhas de mercado

• Padrões de emissões versus taxas


• Hipóteses

• Os formuladores de política possuem


informação incompleta
• Devido a custos administrativos, é
necessário aplicar o mesmo padrão ou
taxa a todas as empresas

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Formas de corrigir falhas de mercado
Quando as taxas são mais adequadas
Imposto por O efeito de um padrão de
unidade de CMgR1 redução de 7 unidades para
emissão ambas as empresas
CMgR2 é ilustrado. O padrão não é
eficiente pois CMgR2 < CMgR1.
6
A solução minimizadora de custo
Com um imposto de $3, as emissões da
é uma redução de 6 unidades
5 Empresa 1 cairiam de 14 para 8. As emissões
para a empresa 1, e 8 para a da Empresa 2 cairiam de 14 para 6.
empresa 2; CMgR1= CMgR2 = $3. CMgR1 = CMgR2: solução eficiente.
4
3,75
3
Custos de redução
2,50 da Empresa 1
aumentam
2 Custos
de redução
da Empresa 2
1 diminuem

Nível de
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 emissão
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Luiz Roberto Coelho Nascimento
Formas de corrigir falhas de mercado
Padrões de emissões versus taxas

• Vantagens das taxas


• Em comparação com padrões iguais para
todas as empresas, as taxas apresentam
a vantagem de atingir o mesmo nível de
emissão a um custo mais baixo.
• As taxas incentivam a instalação de
equipamentos que permitam reduzir ainda
mais os níveis de emissão.

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Formas de corrigir falhas de mercado
Quando os padrões são mais adequados
Sob informação
Dólares por C incompleta, a taxa é $7
unidade de 16 (redução de 12,5%).
Custo
emissão As emissões aumentam para 11.
marginal
14 social
ABC é o aumento
12 no custo marginal social menos
E
a diminuição no custo de
10 redução das emissões.
A
D
8 B Sob informação
incompleta, o padrão é 9
(redução de 12,5%).
6 ADE < ABC

4 Custo marginal
de redução
2

0 2 4 6 8 10 12 14 16 Nível de emissão
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Luiz Roberto Coelho Nascimento
Formas de corrigir falhas de mercado
Padrões de emissões versus taxas
• Resumo
• Os padrões são preferíveis quando a
curva de CMgS é muito inclinada e a
curva de CMgR é pouco inclinada.
• Sob informação incompleta, os padrões
propiciam maior grau de certeza a
respeito dos níveis de emissão, mas
menor grau de certeza a respeito do custo
de redução das emissões.

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Formas de corrigir falhas de mercado
Padrões de emissões versus taxas

• Resumo
• Os impostos propiciam maior grau de
certeza a respeito do custo e menor grau
de certeza com relação às emissões.
• A preferência entre as duas políticas
depende da natureza da incerteza e das
inclinações relativas das curvas de custo.

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Formas de corrigir falhas de mercado

• Permissões transferíveis para emissões


• As permissões contribuem para o
desenvolvimento de um mercado
competitivo para as externalidades.
• O órgão regulador determina o nível das
emissões e o número de permissões
• As permissões são transferíveis
• A empresa com custo elevado comprará
permissões das empresas de baixo custo
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Formas de corrigir falhas de mercado
Permissões transferíveis para emissões
• Pergunta
• Que fatores poderiam limitar a eficiência
dessa solução?

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Formas de corrigir falhas de mercado
Exemplo: Custos e benefícios da redução
na emissão de dióxido de enxofre
• Custos da redução das emissões
• Conversão de carvão e petróleo para gás
natural
• Instalação de equipamentos de controle de
emissão

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Luiz Roberto Coelho Nascimento
Formas de corrigir falhas de mercado
Custos e benefícios da redução na
emissão de dióxido de enxofre
•Benefícios da redução das emissões
• Saúde
• Redução na corrosão
• Melhorias de caráter estético

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Formas de corrigir falhas de mercado
Redução nas emissões de dióxido de enxofre
Dólares por 60
unidade de
Observações
redução
•CMgR = CMgS ao nível de 0,0275
•0,0275 é pouco inferior ao nível observado de emissão
•Aumento na eficiência econômica

40

Custo marginal social

20

Custo marginal de redução das Emissões (CMgR)

Concentração
de dióxido de
enxofre (ppm)
0 0,02 0,04 0,06 0,08
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Luiz Roberto Coelho Nascimento
Formas de corrigir falhas de mercado
Exemplo: A permuta de emissões e o ar puro
• ‘Bolhas’
• A empresa tem liberdade para controlar como
quiser cada fonte individual de poluição, desde que
o limite total de poluição não seja superado.
• ‘Compensações’
• Novas fontes de emissões devem ser
compensadas pela redução das fontes de
emissões existentes
• 2.000 compensações desde 1976

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Formas de corrigir falhas de mercado
A permuta de emissões e o ar puro
• Custo da redução de 85% nas emissões de
hidrocarbonetos pela DuPont
• Opções:
• Redução de 85% das emissões em cada fábrica
(custo total = $105,7 milhões)
• Redução de 85% das emissões em cada fábrica,
com possibilidade de permutas internas entre
fontes de emissão (custo total = $42,6 milhões)
• Redução de 85% das emissões em cada fábrica,
com possibilidade de permutas internas e externas
(total custo = $14,6 milhões)
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Formas de corrigir falhas de mercado
A permuta de emissões e o ar puro

• Lei de 1990 (Clean Air Act)


• Desde 1990, o custo das permissões caiu do preço
esperado de $300 para menos de $200.
• Causas da queda nos preços das permissões
• Desenvolvimento de técnicas mais eficientes de
redução de emissões
• Redução no preço do carvão com baixo teor sulfúrico

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Formas de corrigir falhas de mercado

• Reciclagem
• As famílias podem jogar fora vidros e outros
tipos de lixo a um custo muito baixo.
• O baixo custo da geração de lixo cria uma
divergência entre os custos privados e
sociais do lixo.

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Formas de corrigir falhas de mercado
O volume eficiente de reciclagem
Custo Sem intervenção no mercado, Com um depósito reembolsável, o
(dólares) o nível de lixo será m1 CMg aumenta e
e m1 > m*. CMg = CMgS = CMgR.

CMgS

CMgRe
CMg + reembolso
por unidade
CMg

0 4 m* m1 8 12 Lixo
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Formas de corrigir falhas de mercado
Depósitos reembolsáveis
A oferta agregada de vidro é Sr Os depósitos causam o
dada pela soma das ofertas deslocamento de Sr para S’r
$ de vidro novo (Sv) e e de S para S’.
de vidro reciclado (Sr). S’r
Sv
Na ausência de depósitos, o
preço do vidro é P e
Sr é M1.

S
S’
P
O preço cai para P’ e
P’ o volume de vidro reciclado
aumenta para M*.

M1 M* Quantidade de vidro
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Externalidades e direito de propriedade

• Direito de propriedade
• Conjunto de regras legais que descrevem o
que as pessoas ou empresas podem fazer
com aquilo que lhes pertence
• Por exemplo:
• Se os residentes às margens de um rio
fossem proprietários do rio, eles
controlariam as emissões que ocorrem
rio acima.

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Externalidades e direito de propriedade

•Negociação e eficiência econômica


• A eficiência econômica pode ser
alcançada sem a intervenção do
governo quando a externalidade
envolve número relativamente pequeno
de indivíduos e os direitos de
propriedade são bem especificados.

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Externalidades e direito de propriedade
Lucros (diários) com formas alternativas de emissões
Lucro Lucro dos Lucro
da empresa pescadores total

Sem filtro, sem tratamento de água 500 100 600


Com filtro, sem tratamento de água 300 500 800
Sem filtro, com tratamento de água 500 200 700
Com filtro, com tratamento de água 300 300 600

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Externalidades e direito de propriedade
Negociação e eficiência econômica

• Hipóteses
• A empresa paga pelo filtro
• Os pescadores pagam pelo tratamento de
água
• Solução eficiente
• Comprar o filtro e não construir a fábrica

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Externalidades e direito de propriedade
Negociação com direitos de propriedade alternativos
Direito de despejar Direito à água
efluentes ($) limpa ($)
Sem cooperação
Lucro da fábrica 500 300
Lucro dos pescadores 200 500

Com cooperação
Lucro da fábrica 550 300
Lucro dos pescadores 250 500
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Externalidades e direito de propriedade
Negociação e eficiência econômica

• Conclusão: teorema de Coase


• Quando as partes podem negociar sem
custos e com possibilidade de obter
benefícios mútuos, o resultado das
transações será eficiente,
independentemente de como estejam
especificados os direitos de propriedade.

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Externalidades e direito de propriedade

• Negociação dispendiosa – o papel do


comportamento estratégico
• O processo de negociação requer regras e
direitos de propriedade bem definidos.

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Externalidades e direito de propriedade

• Solução legal – ação de indenização


• Os pescadores têm direito à água limpa
• A fábrica tem duas opções:

• Não instala o filtro e paga os prejuízos


• Lucro = $100 ($500 - $400)
• Instala o filtro e evita prejuízos
• Lucro = $300 ($500 - $200)

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Externalidades e direito de propriedade
Solução legal – ação de indenização

• A fábrica tem o direito de despejar efluentes


• Os pescadores têm três opções:

• Instalar uma estação de tratamento de água


• Lucro = $200

• Fazer com que a fábrica instale o filtro, pagando


uma compensação pelo menor lucro
• Lucro = $300 ($500 - $200)

• Não instalar a estação de tratamento nem o filtro


• Lucro = $100

Capítulo 18 ©2017 by
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Externalidades e direito de propriedade
Solução legal – ação de indenização
• Conclusão
• Os processos por danos implicam um
resultado eficiente.
• Pergunta
• De que forma a existência de informação
imperfeita afetaria o resultado?

Capítulo 18 ©2017 by
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Externalidades e direito de propriedade
Exemplo: O teorema de Coase na prática
• Negociação de uma solução eficiente
• Em 1987, vazamentos de lixo na costa de
Nova York (200 toneladas) poluíram as
praias de Nova Jersey
•O custo potencial de uma briga judicial
entre as cidades levou a uma solução
negociada mutuamente vantajosa.

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Recursos de propriedade comum

• Recursos de propriedade comum


• Todos têm livro acesso aos recursos.
• Os recursos serão, provavelmente, utilizados
em excesso
• Exemplos

• Ar e água
• Peixes e populações animais
• Minerais

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Recursos de propriedade comum
Na ausência de controle,
o número de peixes por mês
é FC e CP = BMg.
Benefícios, Mas os custos privados
custos subestimam os
(dólares Custo marginal social
verdadeiros custos.
por peixe) O nível eficiente de peixe/mês
é F* e CMgS = BMg (D)

Custo privado

Demanda

F* FC Número de peixes por mês


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Recursos de propriedade comum

•Solução
• Propriedade privada do recurso

•Pergunta
• Sob que circunstâncias a propriedade
privada do recurso não é viável?

Capítulo 18 ©2017 by
Luiz Roberto Coelho Nascimento
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Recursos de propriedade comum

Exemplo: A pesca de lagostins na Louisiana

•Cálculo do nível eficiente de pesca de


lagostins
•F = pesca de lagostins em milhões
de libras por ano
•C = custo em dólares por libra

Capítulo 18 ©2017 by
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Recursos de propriedade comum

A pesca de lagostins na Louisiana


• Demanda
• C = 0,401 = 0,0064F
• Custo marginal social (CMgS)
• C = -5,645 + 0,6509F
• Custo privado (CP)
• C = -0,357 + 0,0573F

Capítulo 18 ©2017 by
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Recursos de propriedade comum

A pesca de lagostins na Louisiana

•Pesca eficiente
•9,2 milhões de libras
•D = CMgS

Capítulo 18 ©2017 by
Luiz Roberto Coelho Nascimento
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Recursos de propriedade comum
O lagostim como recurso de propriedade comum
C
Custo
(dólares
Custo marginal social
por libra)
2,10

Custo privado

0,325
Demanda

Pesca de lagostim
9,2 11,9 (milhões de libras)
Capítulo 18 ©2017 by
Luiz Roberto Coelho Nascimento Slide 51
Bens públicos

•Pergunta
• Sob que circunstâncias o governo deve
substituir as empresas como produtor
de bens e serviços?

Capítulo 18 ©2017 by
Luiz Roberto Coelho Nascimento
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Bens públicos
• Em Mercado de concorrência perfeita não se
produz com um nível de produção socialmente
ótimo, na presença externalidades;
• Na presença de externalidades positivas, os
consumidores tomam decisões de compra com
base em benefícios marginais privados, que
são inferiors aos benefícios marginais sociais.

Capítulo 18 ©2017 by
Luiz Roberto Coelho Nascimento
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Bens públicos

• Na presença de externalidades, o Mercado


produz uma quantidade abaixo do ótimo social;
• Ora, se os benefícios privados forem muito
baixo na produção de um bem, então, não vale
apenas ser oferecidos, ainda que a produção
resultar em benefícios sociais líquidos
positivos.

Capítulo 18 ©2017 by
Luiz Roberto Coelho Nascimento
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Bens públicos
O bem público é um bem subofertado pelo
Mercado;
Bem público ao ser ofertado beneficiam todos
os consumidores, ainda que consumidores
individuais não paguem nada pela provisão
desse bem.
Os bens públicos reúnem duas características:
a) Não rival e b) Não excludente
Capítulo 18 ©2017 by
Luiz Roberto Coelho Nascimento
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Bens públicos

• Características dos bens públicos

• Não rival
• O custo marginal de prover o bem para um
consumidor adicional é zero para qualquer
nível de produção.
• O consumo de um indivíduo não reduz a
quantidade que pode ser consumida pelos
demais.
Capítulo 18 ©2006 by
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Luiz Roberto
Bens públicos

• Características dos bens públicos


• Não rival

• Transmissão pública de radio e televisão.


• Quando um ouvite liga o radio, o número de
outras pessoas que pode ouvir um programa
não fica reduzido;
• A defesa nacional – quando uma pessoa na
comunidade recebe proteção, a quantidade de
proteção disponível para outros indivíduos não
diminui.

Capítulo 18 ©2006 by
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Luiz Roberto
Bens públicos

• Características dos bens públicos


• Não rival

- O custo marginal da oferta de um bem para outro


consumidor não rival é zero;
- A maior parcela dos bens que se encontra no
Mercado é de bens rivais.

Capítulo 18 ©2006 by
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Luiz Roberto
Bens públicos

• Características dos bens públicos


• Bens rivais
Dado um nível de produção de um bem rival, o
consumidor, o consumo do bem por uma pessoa
reduz a quantidade disponível para os demais.

Quando um indivíduo compra uma calça, um


notebook, uma bola de futebol, eliminou a
possibilidade de outros obterem esse item
particular.
Capítulo 18 ©2006 by
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Luiz Roberto
Bens públicos

• Características dos bens públicos


• Não excludente

É um bem, uma vez produzido e ofertado, é


acessível a todos os consumidores;

Niguém pode ser excluido do consumo;

Uma vez produzido e ofertado, o consumidor pode


ser beneficiar do bem, ainda que não pague por
ele.
Capítulo 18 ©2006 by
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Luiz Roberto
Bens públicos

• Características dos bens públicos


• Não excludente

- Defesa nacional
- Os parques público
- Os sinais de radio e televisão;
- As obras de arte expostas em local públicos.
• Excludente
- Os consumidores podem ter acesso negado

Capítulo 18 ©2006 by
Slide 61
Luiz Roberto
Bens públicos

A maior parcela de bens que se encontram no


mercado são bens rivais e excludente;
Suponha que um fabricante produza 1000 notebook.
Quando um consumidor compra um deles, apenas
999 ficam disponíveis para os demais consumidores
comprarem.
A maioria dos bens públicos são não excludentes e
não rivais.

Capítulo 18 ©2006 by
Slide 62
Luiz Roberto
Bens públicos

Não rival e excludente


Um bem pode ser Não rival, mas excludente.

P.ex.: Um canal de TV pago é excludente,


porque os produtores podem “fechar” o canal
para controlar o acesso. O canal não é rival.
Quando alguém compra o direito de assistir o
canal, isto não impede de que outros faça o
mesmo.

Capítulo 18 ©2006 by
Slide 63
Luiz Roberto
Bens públicos
• Nem todos os bens produzidos pelo governo são
bens públicos Não excludentes e Não rivais
• Alguns desses bens são não EXCLUDENTES, mas
RIVAIS:
• Educação pública – capacidade limitada - rival
• Parques – uso de uma longarina
Alguns desses bens são EXCLUDENTES, mas não
RIVAIS:
• Um canal de TV paga é excludente e não rival

Capítulo 18 ©2006 by
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Luiz Roberto
Bens públicos
Provisão eficiente de bens públicos
Benefícios Quando um bem é não disputável, o benefício marginal social
(dólares) de seu consumo (D) é determinado por meio da soma
vertical das curvas de demanda individuais pelo bem.
7,00

5,50 Custo marginal

D2
4,00 A produção eficiente ocorre
ao nível de 2 unidades,
onde CMg = BMg. O BMg é
$1,50 + $4,00 = $5,50.
D
1,50

D1

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Produção
Capítulo 18 ©2006 by
Slide 65
Luiz Roberto
$400 CM = 400

Provisão eficiente de bens públicos


$300 E
F CM = 240
$240

$200
$170
Preço (R$)

$160
$130
$130 G
$70
D2
$50 K
CM = 50
$30 D1
H
30 70 100 150 200
Quantidade de bem público
Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Bens públicos

• Quanto você consumiu de defesa nacional na


semana passada?

Capítulo 18 ©2006 by
Slide 67
Luiz Roberto
Bens públicos
• Bens públicos e falhas no mercado
• O problema dos caronas
• A provisão de alguns bens ou serviços
necessariamente beneficia todos os indivíduos.
• Os indivíduos não têm incentivo a pagar o valor
que atribuem ao bem pelo direito de consumí-lo.
• Os caronas subestimam o valor de um bem ou
serviço com o objetivo de usufruir de seus
benefícios sem ter de pagar por eles.

Capítulo 18 ©2006 by
Luiz Roberto

Slide 68
Bens públicos
• Bens públicos e falhas no mercado
• O problema dos caronas
- O problema do carona torna difícil para um mercado
privado fornecer bens públicos de modo eficiente;
- Alternativamente recorre-se a organizar esforços
efetivos para recolher volutariamente os recursos,
qunado o número de pessoas envolvidas no
pagamento de um projeto é pequeno.

Capítulo 18 ©2006 by
Luiz Roberto Slide 69
Bens públicos
• Bens públicos e falhas no mercado
• O problema dos caronas

Quando o número de consumidores é muito grande,


permitem os mesmos atuarem como carona.
O governo intervem para garantir a provisão do bem
socialemente benefico subsidiando empresas que
produzem o bem.

Capítulo 18 ©2006 by
Luiz Roberto Slide 70
Bens Públicos
Bens públicos e falhas no mercado
• Estabelecimento de uma companhia de combate
a pernilongos
• Como a produção da companhia poderia ser
medida?
• Quem deveria contribuir para o financiamento
das atividades da companhia?
• Seria viável a instalação de “medidores de
mosquitos”?

Capítulo 18 ©2006 by
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Luiz Roberto
Bens públicos
Exemplo: A demanda por ar puro

•O ar puro é um bem público


• Não exclusivo e não disputável

•Qual é o preço do ar puro?

Capítulo 18 ©2006 by
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Luiz Roberto
Bens públicos
A demanda por ar puro

•Escolha do local onde morar


• Um estudo realizado em Boston
analisou a correlação entre preços
de residências, qualidade do ar e
outras características das casas e
vizinhanças.

Capítulo 18 ©2006 by
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Luiz Roberto
Bens públicos
A demanda por ar puro
Dólares
Renda alta
3.000

2.500
Renda média
2.000

1.500 Renda baixa

1.000

500
Óxido de nitrogênio
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 (ppcm)
Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Bens públicos

A demanda por ar puro


• Resultados empíricos
• As pessoas estão dispostas a pagar significativamente mais
por ar puro à medida que o nível de poluição aumenta.
• Os indivíduos com renda mais alta estão dispostos a pagar
mais por ar puro (a distância entre as curvas de demanda
aumenta)
• Segundo a academia nacional de ciências norte-americana
(National Academy of Sciences), uma redução de 10% nas
emissões de automóveis geraria um benefício de $2 bilhões
– valor superior ao custo para implementar essa redução.

Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Preferências privadas por bens públicos

•A produção de um bem público pelo governo


é vantajosa porque este pode especificar
impostos ou taxas que permitam financiar a
provisão do bem.
•É difícil determinar o nível ótimo do bem
público na presença de caronas.

Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Preferências privadas por bens públicos
Determinando o nível de gasto
Disposição
em pagar com educação
O nível eficiente de gastos com educação é
determinado pela soma da disposição a pagar
por educação de cada um dos três cidadãos.

AW

W1 W2 W3

Despesas em
educação por aluno
0 600 1.20 1.800 2.400 (em dólares)
0
Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Preferências privadas por bens públicos
Determinando o nível de gasto
com educação
Disposição
em pagar
A regra de votação pela maioria gera um resultado eficiente?
•W1 vota pelo nível de $600 de gasto
•W2 e W3 votam por $1.200
O nível preferido pelo votante mediano sempre vencerá uma
eleição baseada na maioria dos votos.

AW

W1 W2 W3

Despesas em
educação por aluno
0 600 1.200 1.80 2.400 (em dólares)
Capítulo 18 0 by
©2006
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Pearson Education do Brasil
Preferências privadas por bens públicos
•Pergunta
• A opção do votante mediano sempre será
eficiente?
•Resposta
• Se dois dos três indivíduos preferirem
$1.200, haverá gasto excessivo.
• Se dois dos três indivíduos preferirem
$600, haverá nível muito baixo de gasto.

Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Preferências privadas por bens públicos

•A regra da maioria de votos é ineficiente


porque atribui pesos iguais às preferências
de cada cidadão, enquanto que, para a
obtenção do resultado eficiente, é necessário
ponderar os votos de cada cidadão pela
intensidade de suas preferências pelo bem.

Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Resumo
• Uma externalidade ocorre quando um produtor
ou consumidor influencia as atividades de
produção ou consumo de outros indivíduos de
uma maneira que não esteja diretamente
refletida no mercado.
• A poluição é um exemplo de externalidade que
pode ser corrigida pelo estabelecimento de
padrões de emissão de poluentes, impostos
sobre emissões ou permissões negociáveis de
emissão, ou então pelo incentivo à reciclagem.

Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Resumo

• As ineficiências por causa de falhas de mercado podem ser


eliminadas por meio da negociação privada entre as partes afetadas.
• Os recursos de propriedade comum não são controlados por um
único indivíduo e podem ser utilizados sem que seja necessário pagar
por isso.

Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Resumo
• É provável que os mercados privados não sejam capazes de ofertar
níveis eficientes de bens não disputáveis ou não exclusivos. Os bens
públicos possuem ambas essas características.
• Um bem público é ofertado eficientemente quando a soma vertical das
demandas individuais pelo bem é igual ao seu custo marginal de
produção.

Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Resumo

• Sob a votação pela regra da maioria, o nível de gasto no bem público


será aquele correspondente à preferência do votante mediano – que
não é, necessariamente, o resultado eficiente.

Capítulo 18 ©2006 by
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Pearson Education do Brasil
Fim do Capítulo 18
Externalidades e
Bens Públicos

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