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ADELINA MADALENA CALIQUE GUENGO SONGA

UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA


Instituto Superior de Ciências da Educação do Sumbe
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

TRABALHO DE FIM DE CURSO “MÓDELO AULA”

PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIATURA

EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – OPÇÃO

HISTÓRIA.
AUTORA: ADELINA MADALENA CALIQUE GUENGO SONGA
ORIENTADOR: Dr. JAOQUIM GONÇALVES MATIAS

SUMBE, OUTUBRO /2018


TEMA: A ÁFRICA NA ERA DO
TRÁFICO DE ESCRAVOS
INTRODUÇÃO
O tema África na era do Tráfico de Escravos, destacará a
importância do estudo do processo de escravização dos
povos africanos pois é essencial para que se compreenda
a situação actual de desigualdade no planeta. Revela
uma longa história de exploração e subjugação de
populações fragilizadas por outras mais equipadas.
Demonstra também que a desestruturação económica e
cultural tem efeitos desastrosos de longa duração.
Todavia, do ponto de vista económico, a escravidão foi
uma forma eficiente de acumulação primitiva. No que diz
respeito às pessoas, foi uma violência irreparável, que
pressupõe, dentre outros factores, a existência de povos
muito pobres.
Para melhor compreensão sobre a África na
era do Tráfico de Escravos, pretende-se
dotar aos alunos conhecimentos sobre a
história do seu continente. O Complexo
Escolar deve dispor mais informações
rigorosas relacionadas com o tema “África na
Era do Tráfico de Escravos” para que os
mesmos respeitem o percurso histórico da
escravatura em África.
ESTRUTURA DO TRABALHO

INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO

DESCRIÇÃO DIDACTICO- OBJECTIVOS E


PEDAGÓGICA DA
ESTRUTURAÇÃO E GESTÃO
SUAS
DO PROCESSO DE ENSINO E JUSTIFICAÇÕES
APRENDIZAGEM

Conclusão, Bibliografia e
Apêndice.
No Complexo Escolar Revolução de Outubro BG nº 2083, no
Município do Lobito, na turma B, 6ª classe é caracterizado nos
seguintes aspectos; A turma está composta por 38 alunos,
sendo 19 do sexo feminino e 19 do sexo masculinos com idade
compreendidas entre 11 à 13 anos de idade, dos quais 11
alunos com 11 anos de idade, 11 alunos com 12 anos de idade
e 16 alunos com 13 anos de idade.
Com relação a vivência dos 38 alunos, 26 alunos vivem com os
seus pais, 6 com os seus tios, 3 com os irmãos e 3 com outros
familiares. Os educadores na sua maioria não têm condições
porque os seus educandos apresentam-se em péssimas
situações e quanto a vivência na sua maioria deslocam-se
aproximadamente 3km das suas casas à escola. Chegou-se a
esta conclusão através de uma conversa, diálogo, com os
alunos e seus encarregados.
A relação família-escola é regular, visto que nem todos
os pais acompanham os seus educandos ao longo do
lectivo, isto porque muitos deles só aparecem no acto
da matrícula e quando são convocados pelo professor
da turma.
No que tange aos trabalhos os pais ou encarregados de
educação, dos 38 alunos existente na turma, 27 afirmam
que os trabalham e 11 afirmam que não trabalho.
Dos 38 alunos, 34 dizem que já ouviram falar do tráfico
de escravo e 4 alunos dizem que não. As relações
professor-alunos são boas, na medida em que há
intercâmbio de cooperação afectiva, harmoniosa e
respeitosa entre ambos.
DESENVOLVIMENTO
DESCRIÇÃO DIDACTICO-PEDAGÓGICA DA ESTRUTURAÇÃO E GESTÃO DO
PROCESSO DE NESINO E APRENDIZAGEM

Classe: 6ª
Disciplina: História
Tema IV: A África na Era do Tráfico de Escravos
Subtema: Tráfico de Escravo
Objectivos do Plano de Aula
Objectivo Geral:
• Compreender a África na era do tráfico de escravo.
Objectivos Específicos:
 Caracterizar os primeiros contactos entre os africanos e os europeus;
 Apresentar a escravatura praticada pelos africanos e escravatura praticada
pelos europeus no comércio triangular;
 Descrever as condições desumanas em que eram transportados e tratados
os escravos;
 Demostrar o papel desempenhado pelos pombeiros no tráfico;
 Emitir uma crítica ao fenómeno (precoce, juízo de valor);
 Explicar as consequências de tráfico de escravo.
Objectivo psico-motor:
Localizar no mapa-mundo as regiões onde eram feitos o tráfico de
escravo;
Objectivo sócio-afectivo
Repudiar o tráfico de escravo cometido pela humanidade.
Evitar a exploração do homem pelo homem.
Métodos de Ensino:
Método expositivo
Método Explicativo
Trabalho independente
Elaboração conjunta
Meios de Ensino:
Quadro Preto, Giz, Apagador, Manual de História da 6ª Classe da
Reforma Educativa, Guia de História da 6ª Classe do professor, Mapa,
Caderno e Esferográfica.
Tipo de Aula: Nova
Tipo de Avaliação: Diagnóstica, formativa e somática
Duração: 90 minutos
Período: Tarde
Tempo Lectivo: 5º e 6º
Fases Didácticas:
ORGANIZAÇÃO INICIAL DA AULA:
Logo ao entrar a professora saúda os alunos, controlar a higiene da sala e dos
alunos. Por sua vez os alunos respondem a saudação do professor e
colaboram com o professor na criação das condições para o início da aula;
A professora faz chamada através da lista de presença, ao mesmo tempo que
os alunos respondem a chamada.
VERIFICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS ANTERIORES:
A professora verificar os conhecimentos anteriores através das seguintes
perguntas:
1- Como foi possível a expansão Europeia?
2- Qual foi a primeira nação Europeia que tentou controlar o comércio
mundial?
3- Porquê os Portugueses tentaram encontrar o caminho marítimo para Índia?
4- Qual foi o primeiro acto expansionista dos Portugueses?
Em seguida os alunos responderem as questões:
1. R: Essa expansão só foi possível graças aos conhecimentos
científicos e técnicos que os árabes transmitiram aos europeus,
principalmente aos marinheiros italianos.
2. R: A primeira nação europeia que tentou controlar o comércio
mundial foi Portugal.
3. R: Os portugueses tentaram encontrar a todo o custo o caminho
marítimo para a Índia para exportarem directamente as
especiarias de luxo do oriente, e boicotar os intermediários árabes
que traziam da Europa esses produtos através do Mar Vermelho e
o Mar Mediterrâneo.
4. R: o primeiro acto expansionista dos portugueses foi a conquista
de Ceuta no norte de África.
Motivação Inicial
O Jorge era um menino de 12 anos de idade, que vivia em
casa com os seus avôs no bairro Canata no Município do
Lobito. Numa segunda-feira, enquanto ia à escola deparou-
se com dois senhores que o raptaram e levaram-no para o
Bengo, a fim de trabalhar nas suas lavras, sem pagamento
nem descanso.
Como consideras esta situação?
Possível resposta:
O menino neste sentido é explorado, por estar submetido a
um trabalho forçado e é considerado como escravo daqueles
senhores.
-Em seguida a professora faz uma articulação do tema
passado dizendo que na aula anterior, falamos da chegada
dos europeus a África, e hoje vamos falar do tráfico de
escravo, os primeiros contactos, o tráfico de escravos
negro, escravatura em África, o comércio triangular, os
efeitos do tráfico de escravo e sua consequência.
-Depois passa o tema no quadro, pede os alunos abrir os seus
cadernos e passarem o tema, verificando e controlando os
alunos:

Tema IV: A África na Era do Tráfico de Escravos


Subtema: Tráfico de Escravos
TRATAMENTO DO NOVO CONTEÚDO
Após apresentação dos objectivos da aula em forma de perguntas
motivadoras, a professora ao começar a aula faz uma breve
exposição sobre o tema.
De seguida orienta que se efectue a leitura da página 45; do 1º e 2º
parágrafos que trata das relações políticas entre africanos e
europeus, os resultados destas relações e o benefício desses
acordos.
Após a leitura, pelos alunos em conjunto com a professora chegam
as seguintes conclusões:
As relações políticas entre reis africanos e os europeus eram de
amizade e respeito mútuo;
Esses acordos não foram cumpridos com o Kongo;
O Kongo não beneficiou desses acordos, tendo os portugueses
tirado muito proveito.
A seguir a professora orienta os alunos a fazerem leitura na página
46, no 1º parágrafo, que se refere dos Árabes, que praticavam o 1º
tráfico de escravos e a sua comercialização; o crescimento do
mesmo comércio, e o contacto do comércio pela parte dos
europeus.
Tendo em conta, o assunto abordado, conclui o seguinte:
• Os Árabes foram os primeiros a fazerem o tráfico de escravo
negro.
• O crescimento deste comércio deveu-se à expansão árabe no
norte de África.
A professora faz uma breve explicação sobre a escravatura em
África, em seguida o professor orienta os alunos a efectuarem a
leitura do 2º e 3º parágrafos da página 46.
Após a leitura feita pelos alunos em conjunto com a professora
chegam as seguintes conclusões:
• Antes da chegada dos europeus, já havia a escravatura em
África.
• Existia uma grande diferença entre a escravatura praticada em
África, e o comércio dos escravos. Em África, o escravo era
acima de tudo um ser humano com direitos cívicos, e até podia
possuir propriedades.
• Era integrado numa família. Por isso, a escravatura era
doméstica ou patriarcal e não comercial.
Em seguida a professora orienta os alunos a efectuarem a leitura do
1º, 2º, e 3º parágrafo da página 47.
Após a leitura feita pelos alunos em conjunto com a professora
chegam as seguintes conclusões:
• O comércio dos escravos praticado pelos europeus era desumano
e de interesses.
• Os vencidos eram reduzidos á escravatura pelos vencedores.
• O primeiro navio europeu a chegar as águas tropicais foi
comandado pelo navegador português Antão Gonçalves. Este
atingiu a costa da Mauritânia, onde capturou dez pessoas que
foram vendidos como escravo para Portugal.
Em seguida a professora orienta os alunos dizendo: agora leiam o 4º, 5º,
e 6º parágrafos da página 47.
Após a leitura feita pelos alunos em conjunto com a professora chegam
as seguintes conclusões:
• Foi assim que, em 1441, o tráfico de escravo teve o seu início na
costa ocidental de África, tendo perdurado até ao século XIX.
• Os portugueses ficaram interessados no negócio de escravos, pelo
que se associavam e financiavam algumas expedições maiores,
tendo como resultado a captura de 235 escravos que foram vendidos
em Portugal.
• O tráfico de escravo na costa ocidental de África começou a ser
monopólio dos portugueses, que não permitiram parceiros neste
negócio altamente lucrativo.
A professora orienta a efectuarem a leitura do 1º, 2º, 3º e 4º parágrafos da
página 48, para identificarem o que aumentou a necessidade da mão-de-
obra africana no continente americano, e porque chamou-se comércio
triangular.
As plantações da cana-de-açúcar e de tabaco no continente americano
aumentaram a necessidade da mão-de-obra africana, o que transformou
este comércio de escravo num grande negócio.
Os três pontos do comércio triangular.
Os produtos eram levados para a África onde eram trocados por
escravos.
Os escravos eram levados para a América e vendido nos mercados
americanos.
Os comerciantes dos escravos vendiam a preços muito alto, e com o
dinheiro obtido compravam carregamento de açúcar e de tabaco,
cultivados pelos escravos, para comercializar na Europa.
A professora orienta os alunos a lerem o 2º e 3º parágrafo, pág. 52,
para poder encontrar a resposta sobre as consequências do tráfico de
escravos.
2º Parágrafo: A guerra e o caça homem passaram a ser necessidade
devido ao enriquecimento fácil. A deslocação de africanos jovens para
os outros continentes provocou a diminuição do crescimento da
população e da força de trabalho.
3º Parágrafo: Durante quase cincos séculos, a África foi o palco de
guerra. Como consequências nefastas, África perdeu os seus melhores
filhos, enquanto a Europa e a América, fizeram acumulação de grandes
fortunas com o trabalho dos escravos negros.
CONSOLIDAÇÃO
A professora pergunta aos alunos.
Observando a gravura “caravana dos escravos” descreve as condições
desumanas em que foram sujeitos os escravos negros?
R: As condições desumanas foram: eram armazenadas em pequenos
quartos a espera dos barcos, os acorrentados eram postos em porões de
navios apertados, durante o transporte muitos deles morriam devido as
péssimas condições. Muitas vezes os escravos revoltavam-se durante a
viagem e eram brutalmente reprimidos e outros eram atirados ao mar.
Fala das consequências do tráfico de escravo em África, feito pelos
negreiros europeus e americanos?
R: As consequências foram: a deslocação de africanos jovens para os outros
continentes provocou a diminuição do crescimento da população e da força
de trabalho.
TAREFA
Tendo em conta que o aluno deve revisar a matéria, a professora
incentiva e orienta a turma a consultar o manual de história da 6ª
Classe (página 52 e 3º parágrafo) e dita a tarefa para ser feita
individualmente, em casa:
1. Fale das consequências do tráfico de escravo em África, feito
pelos negreiros europeus e americanos?
OBJECTIVOS DA AULA

Objectivos são metas que pretendemos atingir como produto


do processo de ensino-aprendizagem. A Função dos
objectivos é definir o que se pretende, seja aprendido pelo
aluno e como o mostrará.
Ao definir os objectivos da aula, o professor (a) deve ter em
conta que embora o ensino da História privilegia os
objectivos do domínio cognitivos, não deve esquecer os
objectivos do domínio afectivo que contemplam a tomada de
atitudes em relação aos fenómenos estudados. Podem ser
objectivos do domínio afectivo a proporcionar empatia com
certas personagens ou tomadas de posições face a
determinados assuntos (Proença,1992).
MÉTODOS DE ENSINO
Seleccionou-se a classificação de José Carlos Libânio, no seu livro
Didáctica que está centrada na actividade do professor e aluno e em
processo de aprendizagem e os classifica, em: método de exposição
pelo professor, método de elaboração conjunta e método de trabalho
relativamente independente do aluno.
Quando se elabora conjuntamente uma síntese relativo aos temas
distribuídos pelo professor aos alunos, como resumo no quadro se
põem em evidência o método de elaboração conjunta, porque inclui
a conversação, a discussão, a interrogação, a revisão e a exposição
problemática.
AVALIAÇÃO
Utiliza-se três tipos de avaliações: diagnóstica, formativa e somática
(números de perguntas).
- A avaliação diagnóstica realizou-se no princípio do subtema, a fim
de identificar se o nível de conhecimento dos alunos é aceitável,
assim como constatar as deficiências em termos de pré-requisitos e
constatar as particularidades individuais dos alunos sobre o tema a
abordar.
- A avaliação formativa e sumativa, foi utilizada no decorrer do
processo de ensino e aprendizagem; através dela que se faz o
acompanhamento progressivo do aluno, ajudando-o a desenvolver as
capacidades cognitivas, ao mesmo tempo fornece informações sobre
o seu desempenho.
CONCLUSÕES
O plano de aula é um meio para programar as acções docentes, mas é
também um momento de pesquisa, este tem grande importância, pois
nele materializam-se os componentes didácticos do processo de ensino e
aprendizagem, além das leis e princípios da didáctica, aspectos que
foram bem evidenciados neste trabalho sobre a aula simulada da
disciplina de história. Na sua elaboração alguns pontos são muito
importantes de identificação do professor e da escola: os objectivos a
serem alcançados com as aulas que serão ministradas; conteúdo que
será ministrado em cada aula, o qual deve seguir uma linha cronológica
do processo de aprendizagem; os procedimentos utilizados para
aprendizagem dos alunos, ou seja, são as fases da aprendizagem; os
recursos que serão utilizados para alcançar os objectivos; e, por último,
as metodologias de avaliação, ou seja, as técnicas avaliativas que o
professor utilizará para avaliar o aprendizado do educando.
MUITO
MUITO
OBRIGADA
OBRIGADA

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