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INCLUSÃO
BOAS PRÁTICAS NO ENSINO SUPERIOR
Aveiro, 20 de Maio 2016
Departamento de Educação e Psicologia
Programa Doutoral em Educação – Psicologia da Educação
Pouco tem se documentado sobre a inclusão no ensino superior, fato esse indicado pela
insuficiência de reflexões, estudos e estatísticas, dificultando assim a formulação de
NECESSIDADE
POLÍTICAS
políticas públicas que contemplem ações para uma educação inclusiva também no ensino
superior (Duarte et. al., 2013, p. 290).
“Os esforços para a construção de uma educação inclusiva têm-se centrado na maioria
dos países na educação básica. No entanto, o fato do acesso ao Ensino Superior estar cada
INVESTIGAÇÃO
AMPLIAÇÃO
vez mais possível para mais jovens, o fato da formação universitária ser cada vez mais
essencial para obter uma formação profissional e emprego e ainda ao fato das instituições
de ensino superior integrarem o ensino público, implica que atualmente se equacione o
caráter inclusivo da universidade sobretudo para jovens com condições de deficiência”
(Rodrigues, 2004, p. 1).
“Para que possamos compreender como eles se veem e como pensam a educação que
VIVÊNCIAS
recebem, seja para compreendermos o universo em que estão inseridos, seja para
DAR VOZ
Estigma da
Deficiência
A inclusão no Ensino
superior
Integração
Inclusão
♥ BREVE APORTE TEÓRICO
Portes e Carvalho (referidos por Ferreira, 2007, p. 45) salientam que a atenção à
trajetória escolar dos estudantes é parte fundamental no processo e esse compõe-
se do acesso, ingresso, permanência e saída, tendo em conta o caminho percorrido
por cada um desses atores sociais bem como o significado que esses atribuem ao
longo do seu percurso
♥ BREVE APORTE TEÓRICO
♥ OBJETIVOS
♥ diversificação de
Idades entre departamentos e de
21 a 40 anos cursos;
♥ diferentes Necessidades
Educativas Especiais;
Universidade
de Aveiro ♥ número equilibrado de
estudantes com o mesmo
Licenciatura, gênero;
mestrado e
doutoramento
Diferentes ciclos
e cursos
♥ RECOLHA E ANÁLISE DOS DADOS
Não havendo legislação ao nível nacional no âmbito do apoio aos estudantes com NEE, a
UA foi construindo procedimentos caso a caso.
Motivos do número (ainda) reduzido de estudantes com NEE no ensino superior: Receio dos
estudantes (13), falta de informação (10), questões financeiras (9), falta de apoio da família
(8) foram os mais referidos.
“é o receio da rejeição, do medo de não conseguir, de achar que é demasiado difícil, difícil em termos de
se adaptar, de acharem que se calhar não conseguem, que é complicado, que é… Acho que é mais isso, o
desconhecimento, o medo e o receio” (AA).
Maior incentivo para o ingresso no Ensino superior: Família (9) e própria vontade (7).
Principais apoios para a permanência na UA: Família (9), gabinete pedagógico (8) e
professores (8).
Sendo referenciada como importante na vida social académica, a praxe foi citada 7 vezes como
importante apoio durante o percurso universitário. RP descreve: “Na praxe foi brutal, gostei um
bocado, nesse momento faço parte da comissão de praxe” e MM relembra “Mesmo a nível das
praxes, sempre tiveram muito respeito”. Ainda relacionado à prática importante da praxe, os
estudantes referem a praxe como inclusiva, além de integrativa.
O ensino superior é de certa forma feito para os estudantes e portanto, também por eles.
Assim sendo, torna-se fundamental que esses, a partir de suas vivências, possam convidar a
comunidade acadêmica a refletir sobre a inclusão.
Através deste trabalho percebemos que a universidade tem dedicado sua atenção cada vez
mais a essa problemática e tem criado individualmente (em suma pelo gabinete
pedagógico), as suas próprias ‘estratégias’, já que não é amparada por qualquer suporte
político quer seja local ou nacional.