Você está na página 1de 44

• AMAZÔNIA CARACTERÍSTICAS GERAIS

Ao ler frases do tipo “a Amazônia é nossa”, pode-se dizer que essa é uma
afirmação enganosa, pois devido ás questões político-ideológicas somos levados
a um ponto de reflexão acerca de uma das últimas regiões selvagens do planeta,
fonte de cobiça, seja pelo esplendor da natureza, ou pelo valor econômico que ela
possui, ou pelo valor científico existente em áreas localizadas nos países do norte
da América do Sul.

Por isso é necessário separarmos vários conceitos como: Amazônia, Amazônia


Brasileira ou legal, Região Norte e Amazonas.

A porção localizada ao norte da América do Sul que recebe a denominação de


Amazônia ou Pan-Amazônia, como os amazonólogos Arthur Reis e Samuel
Benchimol já foram obrigados a utilizar esse vocábulo, ou Amazônia Continental,
que abrange um domínio natural com características definidas, como por exemplo
o clima e, principalmente, a vegetação equatorial que compreende o Brasil (em
sua maior parte), Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Venezuela, Colômbia,
Peru, Bolívia e Equador. Ocupa uma área superior a seis milhões de quilômetros
quadrados, situada acima e abaixo da linha do Equador, sendo a área
zoogeográfica mais importante do planeta.
 A Amazônia impressiona por sua extensão e, segundo muitos cientistas,
ela é vista com a seguinte representatividade;

1. Vigésima parte da superfície terrestre;


2. Quatro décimos da América do Sul;
3. Três quinto do Brasil;
4. Um quinto da disponibilidade mundial de água doce;
5. Um terço das reservas mundiais das florestas latifoliadas;
6. Maior bacia de água doce do planeta (considerando o aumento
populacional e a redução das fontes, a água será uma riqueza inestimável
no século XXI).
7. Mais de 200 espécies diferentes de árvores por hectare;
8. 3.000 tipos de peixes;
9. 1.300 espécies de pássaros;
10. Mais de 300 mamíferos diferentes;
11. Maior fonte natural do Mundo para produtos farmacêuticos e bioquímicos.
12. Jazidas minerais de metais nobres dos mais variados tipos, acumulando
recursos na ordem de US$ 1,6 trilhão;
13. Último espaço inexplorado do planeta, com terras propícias à ocupação,
significando a possibilidade de aumentar-se entre 60 a 80% o potencial
agrícola do país.
 A porção brasileira da Amazônia recebe a denominação de Amazônia Legal,
cujo conceito é de natureza, sobre tudo geo-econômica instituída pela
legislação federal para fins de planejamento territorial e de desenvolvimento
regional. Abrange a região compreendida pelos Estados do Acre, Amazonas,
Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, assim como pelo Estados do
Maranhão a Oeste do Meridiano de 44º W e pelo Estado do Mato Grosso
entre os paralelos de 13º S e 18º S. Foi oficializada pelos seguintes
instrumentos legais: Lei nº 1806, de 06.01.53; Lei nº 5.173, de 27.01.66;
Decreto nº 62.934 de 21.07.68, estende-se por uma área de
aproximadamente 4.990.520 km² do território do Brasil. Isso representa mais
de nove vezes o território da França, com 11.248 km de fronteiras
internacionais e 1.482 km de costa atlântica.

 A Região Norte, a maior em extensão entre as cinco regiões em que se


divide o Brasil, possui uma área de aproximadamente 45% do território
nacional, e é formada por sete Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará
Rondônia, Roraima e Tocantins, totalizando uma área total de 3.869.637,9
km². (obs: essa divisão é utilizado apenas pelo IBGE).
 O Estado do Amazonas é um Estado central, isto é, não possui terras junto
ao mar e, por isso, não tem litoral. Ocupa uma área de 1.577.850 km², maior
unidade da federação, situado no extremo norte do Brasil, na Amazônia
brasileira e possui:

 Fronteiras internacionais: Colômbia, Peru e Venezuela;


 Fronteiras nacionais: Acre, Mato Grosso, Roraima, Rondônia e Pará.

 Limita-se:

Norte: Venezuela e o Estado de Roraima;


Nordeste e Leste: Estado do Pará;
SUL: Estado do Mato Grosso e Rondônia;
SUDOESTE: Estado do Acre;
OESTE: Peru e Colômbia;
 Pela Constituição de 05 de outubro de 1988, foi elaborada uma nova
proposta de divisão, que somente agora vem ganhando destaque, com a
criação de dois novos Territórios Federais: a do Alto Solimões e do Alto rio
Negro.

Essa divisão tem como justificativa a pouca concentração de população


nessas áreas de fronteiras, a falta de atividades econômicas e a grande
instabilidade quanto à preservação dos limites das reservas indígenas e às
atividades ilegais. Trata-se de uma área, de aproximadamente 1.000 km² de
fronteiras líquidas e 60.000 hectares de terras ligadas ao narcotráfico, a
guerrilha, ao tráfico de crianças, a prostituição infantil, a facilidade de
invasão das terras indígenas, a exploração clandestina dos recursos naturais
da região.

 Segundo critérios destinados para essa divisão, o Território Federal do Alto


Rio Negro será formado pelos municípios de Barcelos, Japurá, São Gabriel
da Cachoeira (sede) e Santa Isabel do Rio Negro; enquanto o Território
Federal do Alto Solimões será composto pelos municípios de Amaturá,
Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Tabatinga
(sede) e Tonantins.
 As microrregiões que correspondem às terras banhadas pelo rio Amazonas
e seus afluentes, com características semelhantes dos quadros naturais e
sócio-econômicos.

 As microrregiões estão assim distribuídas:


 Alto Solimões
 Juruá
 Rio Purus
 Madeira
 Rio Negro
 Solimões/Japurá
 Médio Amazonas
 A área média dos 62 municípios do estado do
Amazonas é de 22.400km², superior à área do estado
de Sergipe. O maior deles é Barcelos, com
122.476km² e o menor é Iranduba, com 2.204 km² e
não estão às margens de rios como alguns afirmam,
mas, isto sim, são cortados por grandes rios
amazônicos, em cujas margens estão as localidades,
as propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos.
No Estado os rios são as estradas e as enormes
distâncias são medidas em horas ou em dias de
viagem de barco, mas todos os municípios possuem
pistas para operações de aeronaves, a maioria é
servida por aeroportos e Manaus e Tabatinga
possuem aeroportos de nível internacional.
 ASPECTOS FÍSICOS

 Segundo o mais novo trabalho desenvolvido pelo geógrafo e geomorfólogo


Jurandyr Ross e utilizando as mais recentes técnicas baseada na
informação fornecida por um sensor que gera imagens de radar, que
durante 15 anos fotografou o território brasileiro.

 Assim, o Amazonas apresenta Depressão na maior parte, uma estreita


faixa de Planícies próximo ao rio Amazonas e Planalto no norte e leste.

“Os planaltos e bacias sedimentares são quase inteiramente circuncidada


por depressões periféricas ou marginais; planaltos em intrusões e
coberturas residuais de plataforma, apresentando-se como um pontilhado
de serras e morros isolados, associados a intrusões graníticas, derrames
vulcânicos antigos e dobramentos com ou sem metamorfismo. As
depressões apresentam características marcantes, que é de terem sido
geradas por processos erosivos através do arrasamento das formas de
relevo mais saliente, pelo efeito conjugado dos diferentes agentes erosivos;
planície gerada por deposição de sedimentos recentes de origem marinha
e fluvial”
 Aspectos Naturais- Relevo:
 O relevo Amazônico é na sua maioria de baixa altitute, em
razão das planícies fluviais dos rios Amazonas e
Araguaia, e das depressões. No extremo norte, há um
pequeno pedaço de planalto (planaltos residuais norte-
amazônicos), e logo embaixo, uma grande depressão
(depressão marginal norte-amazônica). Há também
pequenas partes de planaltos residuais no sul da região.
Por fim, no leste há a depressão do Araguaia, e também
planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba.
Planícies e Terras Baixas Amazônicas

Foto de satélite de uma parte da Planície amazônica.


Pico da Neblina
FORMAÇÃO DO RIO AMAZONAS.

 O rio Amazonas corta todo o Estado do Amazonas no sentido Oeste-Leste.


É o que restou de um mar, um profundo golfo encaixado entre dois grandes
escudos cristalinos que se modificou na crosta terrestre.

 Há mais de cem milhões de anos, no Período Carbonífero, houve grandes


transformações na região, à medida que as terras baixas se elevam (entre
Manaus e as proximidades de Nhamundá, na divisa com o Estado do
Pará). Nesse antigo mar interior houve um levantamento do continente, o
mar se estreitou e passou a constituir um verdadeiro e imenso rio, correndo
na direção do Oceano Pacífico. Em seguida, há 70 milhões de anos, o
continente africano separa-se do sul-americano encurtando a distância
entre Atlântico-Pacífico.

 Num período mais tarde, há 12 milhões de anos, já no Período Terciário


com a elevação da cordilheira dos Andes, formou-se um obstáculo no lugar
onde existiam as depressões e mares interiores, ocasionando a regressão
marinha, bloqueando a saída para o pacífico, formando um imenso canal e
obrigado o novo rio a fluir em direção contrária para desaguar no Atlântico,
como faz hoje.
 Afluentes principais
 O Rio Solimões é um rio brasileiro que banha o estado do
Amazonas.
 Começa no Peru e ao entrar no Brasil, no município de
Tabatinga, recebe o nome de Solimões. Tem como afluentes da
margem direita o Rio Javari, Jutaí,Juruá e Purus na margem
esquerda os rios Içá e Japurá e percorre as cidades de
São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá,
Tonantins, Jutaí, Fonte Boa, Tefé, Coari, Codajás, Anamã, Anori
, Manacapuru, totalizando aproximadamente 1.700 km até
chegar a Manaus, onde ao encontrar o Rio Negro, recebe o
nome de Amazonas.
NASCENTE DO RIO AMAZONAS
 Da nascente à foz:

 Rio Napo (margem esquerda: e)
 Rio Javari (margem direita: d ) ou Yavari
 Rio Jandiatuba (d)
 Rio Içá (e)
 Rio Jutaí (d)
 Rio Juruá (d)
 Rio Japurá (e)
 Rio Tefé (d)
 Rio Coari (d)
 Rio Piorini (e)
 Rio Purus (d)
 Rio Negro (e)
 Rio Madeira (d)
Rio Manacapuru (e)
 Rio Uatamã (e)
 Rio Nhamundá (e)
 Rio Trombetas (e)
 Rio Tapajós (d)
 Rio Curuá (e)
 Rio Maicuru (e)
 Rio Uruará (d)
 Rio Paru (e)
 Rio Xingu (d)
 Rio Jari (e)
 CLIMA.

 O estado do Amazonas é cortado pelo Equador e por isso apresenta o


Clima equatorial quente e úmido devido ao fato de sofrer a influência da
grande bacia hidrográfica, do processo e evapotranspiração e da zona de
Convergência Intertropical (zCIT) que colocam uma grande quantidade de
umidade no ar.

 Em setembro e outubro são os meses mais quentes, com temperaturas


alcançando entre 40º/ 42º C, os meses de junho a agosto são mais amenos,
embora nenhum deles apresente temperaturas inferiores a média de 22º C.

 Em meados do ano ocorrem grandes avanço da massa Polar Atlântica


(mPa), fazendo a temperatura cair para menos de 14ºC no sul do Estado.
Esse fenômeno é conhecido como Friagem, trazendo alguns problemas
ecológicos. O mais importante deles é a grande mortandade de peixes nos
lagos, devido à variação da temperatura da água superficial, ocorrendo
inversão e liberando gás metano do fundo desses lagos.
 O Amazonas está localizado em uma das zonas de maior pluviosidade do
Brasil, tendo a porção ocidental denominada “cabeça do cachorro”.
Climas Controlados por Massas de Ar Equatoriais e Tropicais
 
Equatorial Úmido (Convergência dos Alísios)

Tropical (Inverno seco e verão úmido)

Tropical Semi-Árido (Tendendo a seco pela irregularidade da


ação das massas de ar)

Litorâneo Úmido (Influenciado pela Massa Tropical Marítima)


 

Climas Controlados por Massas de Ar Tropicais e Polares


 
Subtropical Úmido (Costas orientais e subtropicais, com
predomínio da Massa Tropical Marítima)
 
Fonte: Atlas Geográfico Escolar - Maria Elena Simielli/Mário De Biasi
 VEGETAÇÃO.

 Estudos recente mostram que a quantidade de carbono fixado pela floresta é


muito significativa e, portanto, a Amazônia pode ser interpretada como
sendo um filtro ecológico, pois reduz a quantidade de CO2 da atmosfera e
reguladora da temperatura global, pois libera calor e umidade para as
médias e altas latitudes.

 Apesar de toda a sua exuberância e de sua grande heterogeneidade, ela


encontra-se apoiada em um solo de pouca fertilidade (78% dos solos de
terra firme são ácidos). Diz que a floresta não vive em função do solo, mas
em função de si própria em vista do rápido processo de reciclagem das
folhas, galhos, troncos e corpos de animais através dos fungos, bactérias e
artrópodos que são decomposto e rapidamente absorvidos pelas raízes,
formando uma fina camada denominada de “Húmus”.
A floresta Amazônica apresenta características bem definidas, pelo
fato de ocupar uma região tropical:

 Latifólia – apresenta folhas grandes, largas e chatas;


 Higrófila- se adapta e se desenvolve em áreas úmidas;
 Heterogênea- apresenta multiplicidade de espécies;
 Perenefólia- apresenta folhas sempre verdes, pela rápida reciclagem das
folhas em função do clima;
 Dispersa- distribuição aleatória das espécies.

A Amazônia é formada por vários tipos de vegetação em função da


disposição do relevo. Cada tipo apresenta um conjunto de plantas típicas.

 Mata de Igapó- (Caá-igapó) , que fica permanentemente inundada


(aproximadamente 10 meses). É constituída de tipos menores, como:
murumuru, jupati, açaí e etc.

 Mata de várzea- encontra-se árvores de porte médio. Fica temporariamente


inundada (de 4 a 6 meses), onde podemos encontra algumas espécies
como: seringueira, sumaúma, buriti, patauá etc.
 Mata de Terra Firme – (Caá eté) que esta livre de inundações, encontra-se
árvores de grande porte, como castanheira, itaúba, andiroba, mogno.

No sul do Amazonas encontramos a formação do cerrado, que são os


campos naturais da Amazônia. O solo é bastante fértil e hoje, vem sendo
utilizado para o desenvolvimento da agricultura. Destaca-se o município de
Humaitá.
 O Arco do desflorestamento e as cabeceiras de drenagem dos
grandes rios da calha sul da Amazônia.

A bacia Amazônica é o maior compartimento de água doce do


planeta com cerca de 15 % do total disponível, drenando oito
países latino-americanos ao longo de 6.700.000 Km2. Entretanto,
embora a Amazônia detenha a maior floresta tropical do mundo, as
taxas anuais de desflorestamento são extremamente altas e fazem
do Brasil o país que perde mais rapidamente sua cobertura
florestal. Este processo ocorre no chamado “Arco de
desflorestamento”, impulsionado pela expansão da zona de
fronteira agrícola que atinge principalmente o hemisfério sul da
Amazônia. A calha sul da bacia abrange 6 dos 9 estados que
compõem a Amazônia legal. Estes são drenados por 7 grandes
rios: Tocantins, Araguaia, Xingu, Tapajós, Madeira, Purus e Juruá .
O Arco do Desflorestamento, conhecido pelo seu formato espacial
atinge predominantemente a calha sul da bacia. Na região de
contato entre a floresta e o cerrado, as cabeceiras de drenagem
dos grandes rios formadores da bacia Amazônica correm perigo
com a destruição de suas florestas.
 HIDROGRAFIA

 A bacia Amazônica de formação terciária - quaternário é a maior do mundo


drenando aproximadamente ¼ da área da América do Sul, escoando cerca
de 1/5 da água doce do planeta.

 É nela que encontramos o maior arquipélago fluvial do mundo o do Mariuá,


com mais de 700 ilhas localizado no Rio Negro próximo ao município de
Barcelos.
 A maior reserva biológica inundada do planeta Mamirauá; maior ilha flúvio -
marinha do planeta a ilha de Marajó, na foz do Amazonas com mais de
50.000 km², maior rio do mundo o Rio Amazonas tanto em volume de água
quanto em extensão.

 A bacia Amazônica comunica-se com duas outras ao norte com a do


Orinoco, na Venezuela, através do canal de Cassiquiare e, ao Sul, com a
Bacia Platina.

 A exata localização da nascente do rio Amazonas, segundo o Instituto


Geográfico do Peru, é Quebrada de Carhuasanta, no Nevado Mismi, nas
encostas da cordilheira de Chila, próximo ao deserto de Atacama onde
praticamente não chove, e do lago Titicaca.
 Sua alimentação e do tipo: Plúvio – Nival.

 Pelo fato da bacia amazônica drenar vários tipos de terrenos vamos encontrar
os chamados rios brancos ou barrentos e os rios pretos, em virtude da
coloração de suas águas.

 Rios de águas brancas ou barrentas- Possui pouca ácidez pH de 6,5 a 7.


 Rios de águas pretas- Possui forte dissolução de substância húmicas e fúvicas
vinda da floresta de baixa fertilidade. Tem o pH entre 3,6 a 4, pobre em sais
minerais e matéria orgânica, também conhecido como rio da fome.

Os rios amazônicos, em parte de seus cursos, também recebem denominação


especificas, como:

Furo
Igarapé
Paraná
 Certos rios são suscetíveis de contribuírem para a formação de acidentes
geográficos característicos como:

 Arrombamento- ação dinâmica do sacado, quando elimina o meandro e


corta o istmo pela base, dando nova direção ao curso de água;
 Baixio- banco de areia ou de lama, submerso;
 Colcha- durante o inverno e nas cheias, certos lagos de sangradouros
ficam totalmente cobertos por uma camada de vegetais apodrecidos, da
espessura de um a dois palmos, dificultando a navegação;
 Caixão- leito estreito e pouco profundo do rio, quando está seco;

 Escalvado- bocaina ou pasto pequeno, modesto, entre duas pontas de


prais de aninga, que o rio não cobre;
 Estirão- secção reta (ou mais ou menos reta) do rio, em termos de
quilômetros de extensão;
 Furo- chama-se a um braço de água corrente, unindo dois rios diferentes,
rio ou lago ou dois lagos. No caso de dois lagos e um
 ‘sangrado” ou sangradouro;
 Ipuerra- o mesmo que sangradouro;
 Igapó- ou banhado. Não é apenas, como vulgarmente se pensa, uma
depressão rasa do terreno ocupada pela água e em forma mais ou menos
redonda ou comprida. Ao contrário, como se trata de alagado, o terreno é
fechado pela vegetação e às vezes existem verdadeiros labirintos por onde
circulam motores pequenos e canoas, como se fosse um rio de muitas
voltas.
 Jupiá- remoinho formado no meio do rio pela irregularidade do leito. Muito
perigoso para embarcações de reduzido calado, canoas e motores;
 Lombada- pequena elevação rente à margem ou distante dela, também
conhecido por mondongo. Nem sempre, porém, é orogonada pela água
corrente e sim pela erosão pluvial;
 Lago- Lapuã, na linguagem indígena, traduzindo por “água redonda” pelo
caboclo. As formações lacustres na Amazônia obedecem mais ao efeito da
água corrente do que a outros fatores conhecidos comercialmente. De modo
geral, a depressão do terreno próximo a um curso de água.
 Mondongo- pequena elevação revestida de mato, que desaparece no
inverno, submersa pela água corrente.
 Praia- existem dois tipos de praias formada pela sedimentação “praia
cambão” ou “praia de duas cabeças” e simples. A “praia cambão constitui-se
de duas secções interrompidas a meio pelo barranco;
 Paraná- um braço de água evoluído de um rio e que à ele torna quilômetros
adiante. Existem paranás que são verdadeiros cursos de água navegáveis
de largura e profundidade impressionante.
 Restinga- formação lenta de barreiras numa secção circular (seio) do rio,
aumentada progressivamente pela vegetação.
 Reboio- vortilhão, remoinho provocado pela desigualdade de leito do rio ou
pelo represamento da águas de outro. Exemplo mais próximos: o encontro
das águas, onde a água piririca (parece ferver) e o material deriva descreve
círculos;
 Ressaca- saída violenta da água num furo ou Paraná;
 Sacado- ipuera na língua geral. Em linguagem técnica, volta perdida,
meandro abandonado. Comum aos rios de planícies aluviônica, aqueles que
resultam da escavação lenta da base da volta, cujo o istmo, cortado afinal,
dá nova direção à corrente de água e origina a ilha e um lago em meia lua
ou ferradura.
 Terras-caídas ou tititiri- também chamada de derretido. A ação das
correntes fluviais sobre as margens do aluvião provoca a erosão de
pequenas e grandes extensões de terras, que são acumuladas em parte na
margem oposta formando os terraços ( praias, baixios).
 Teso ou firme- é a margem alta, barrancão, de constituição não aluviônica,
indene às grandes enchentes, e para onde os criadouros transferem o gado
no período dos “crescentes” (grandes cheias).
 Travessão- formação em toda a largura do rio, por onde se precipita a água
com velocidade.
 Terraço- em geografia técnica alude-se ao levantamento do leito do rio por
efeito da contribuição aluviônica. O mesmo que “andar”. Os terraços mesmo
na Amazônia não são fixos.
 Taboleiro- praia de areia de grande extensão e de pouco declive, onde na
estação da seca (setembro e outubro) as tartarugas vão desovar.
 Varadouro- Caminho terrestre na mata, ligando a um curso de água e outro.
Se a mata submerge nas cheias, pode constituir-se furo.
 Várzea- terra marginal baixa, levada pelas águas fluviais ou lacustres e
sempre aproveitada para a lavoura, em virtude da sedimentação rica
deixada pelas enchentes anuais.
SUBSTÂNCIA RESERVA TOTAL (1) VALOR UNIDADE LOCALIZAÇAO
(Milhões de t.) FEDERA
L
Argila 184, 34 462.065.963 PA-AM Diversos
Alumínio 3.861,80 49.724.496.040 PA-AM Trombetas, Nhamundá

Caulim 949,25 58.107.124.000 PA-AM Jarí, Capim, BR 174

Calcáreo 2.522,35 8.532.065.000 PA-AM Itaituba, Jatapu,


Nhamundá
Estanho 0,8605 8.460.000.000 AM-R0-PA- Diversos
RR
Linhito 35,50 (*) AM Benjamim Constant

Nióbio 81,49 1.067.519.000,000 AM Seis Lagos


Ouro 0,599331 7.690.231.271 PA-RR-RO- Diversos
AM-PA

Petróleo 32 milhões de barris 340.000.000 AM Carauari


Potássio 335,3 24.007.126.120 AM Nova Olinda
Salgema 475, 32 5.145.493.000 AM Nova Olinda
Turfa 70 bilhões de toneladas (*) AM-PA-AP Diversos
 PRINCIPAIS MINAS

 Os recursos minerais do Amazonas podem ser agrupados em quatro


categorias distintas quais sejam: minas em atividades, jazidas conhecidas
porém não exploradas, ocorrências minerais e recursos minerais potenciais
(ainda não descobertos).

 Estanho- com produção em torno de 20.000 t (U$ 120 milhões), provém da


mina do grupo Paranapanema (Pitinga)- Presidente Figueiredo. Essa é a
maior mina de estanho do mundo. Além desse metal, existem reservas de
outras substâncias como: criolita, columbita e zirconita. O deposito de criolita
do Pitinga é extremamente importante, é a única fonte natural desse mineral
existente na Terra.

 Província de Juruá-Urucu- A reserva do Juruá em gás natural, explorada


pela Petrobrás, foi estimada em cerca de 100 bilhões de m³, metade da
reserva brasileira.

 Província Mineral de Mapuera-Pitinga - Possui algumas reservas ainda não


avaliadas, dos seguintes minérios: Cassiterita, Tantalita, Zirconita e
Criolita, a única do mundo. A cassiterita, matéria prima básica para a
produção de estanho, é extraída pela mineração Taboca.
 Província Niobilífera Morro dos Seis Lagos – Reserva localizada em São
Gabriel da Cachoeira, Morro dos seis Lagos, que possui cerca de 81,4
milhões de t de Nióbio. Esta reserva é considerada a maior do mundo.

 Província Silvinita do Baixo Madeira – sais de potásio

 Província Aurífera do Amazonas –Ouro

 Província de Carvão do Alto Solimões- Linhita

 Província de Calcário e Gipsita de Nhamundá e Jatap.


 Em 1953, através da Lei 1.806, de 6 de janeiro de 1953,
(criação da SPVEA), foram incorporados à Amazônia
Brasileira, o Estado do Maranhão (oeste do meridiano 44º), o
estado de Goiás (norte do paralelo 13º de latitude sul -
atualmente Estado de Tocantins) e Mato Grosso (norte do
paralelo 16º latitude Sul).
 Com esse dispositivo legal, a Amazônia Brasileira passou a
ser chamada de Amazônia Legal, fruto de um conceito político
e não de um imperativo geográfico. Foi a necessidade do
governo de planejar e promover o desenvolvimento da região.
Perfazendo uma superfície de aproximadamente 5.217.423
km² correspondente a cerca de 61% do território brasileiro. A
Região Amazônica foi definida, portanto, pela Lei,
independentemente se sua área pertenceria à bacia
hidrográfica, se seu ecossistema seria de selva úmida tropical
ou qualquer outro critério semelhante.
 Em 9 de outubro de 1953, pelo decreto 34.132, é aprovado o
Regulamento do Plano de Valorização Econômica da
Amazônia. Em 1966, pela Lei 5.173 de 27 de outubro de 1966
(extinção da SPVEA e criação da SUDAM) o conceito de
Amazônia Legal é reinventado para fins de planejamento.
 A Agência de Desenvolvimento de Amazônia - ADA, Autarquia Federal,
vinculada ao Ministério da Integração Nacional, foi criada pela Medida
Provisória n° 2.157-5, de 24.08.2001.
 O Decreto n° 4.125, de 13.02.2002, aprovou sua Estrutura Regimental e o
Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e suas Funções Gratificadas.
 A Agência teve sua Diretoria Colegiada empossada em  22.07.2002. A
instalação oficial da Agência ocorreu em Belém-PA, no dia 06.08.2002 com a
presença do Excelentíssimo Sr. Ministro de Estado da Integração Nacional.
 A Agência tem sede e foro na cidade de Belém, estado do Pará, com atuação
em toda a Amazônia Legal, integrada pelos Estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e a parcela do
Estado do Maranhão que se situa a Oeste do Meridiano 44° de Longitude
Oeste.
 A atuação da ADA obedecerá aos fundamentos, objetivos, diretrizes e
instrumentos da Política de Desenvolvimento Nacional Integrada e do Plano de
Desenvolvimento da Amazônia e será efetuada em articulação com o
Conselho Deliberativo para o Desenvolvimento da Amazônia, órgãos e
entidades públicas dos Governos federal, estaduais e municipais que atuam na
Região e a sociedade civil organizada.
 As informações principais que regem a atuação da ADA estão a seguir:
 MISSÃO
 "Planejar e promover ações estruturadas que induzam o desenvolvimento
eqüitativo e sustentável da Amazônia, bem como a sua integração competitiva
nos contextos nacional e internacional, visando à emancipação econômica e
social do amazônida".
 Zona Franca de Manaus
 Quando a Zona Franca foi criada, em 1967, por um decreto do então
presidente Castelo Branco, o objetivo era atrair para a Amazônia
indústrias que baixassem o custo de vida e trouxessem o progresso
para a região. Pensava-se em implantar uma espécie de "porto livre",
em que as importações fossem permitidas. Nas vitrinas da
Zona Franca de Manaus, os numerosos turistas do sul do país
encontravam o que havia de mais moderno nas nações industrializadas
em matéria de televisores, aparelhos de som, óculos, calculadoras,
filmadoras, enfim, todos os objetos de consumo ambicionados pela
classe média. Manaus parecia ter encontrado um substituto para a
borracha que, no século XIX, a tornara uma das cinco cidades mais
ricas do mundo. Entretanto, durante a década de 1980, a livre
importação foi restringida pelo governo, mais interessado em proteger a
indústria nacional. Assim, grande parte dos atrativos da Zona Franca
desapareceram, fato que se somava à grande distância de Manaus dos
grandes centros consumidores do centro-sul do país.
 Porém o saldo é positivo. Se, por um lado, houve um decréscimo na
atividade comercial e a infra-estrutura turística montada na época da
opulência (hotéis e transportes) teve que procurar alternativas de
utilização, por outro, a Zona Franca cumpriu o seu papel — existe hoje
o Pólo Industrial de Manaus (PIM) e um Pólo Agropecuário que se
revelam promissores para a economia local.
 PROJETO SIVAM

 O projeto SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) é um empreendimento


da Secretária de Negócios Estratégicos e do Ministério da Aeronáutica, mas
que envolve também os ministérios da Justiça, Comunicações, Meio Ambiente,
Exército e Marinha, embora iniciado na Conferência Mundial do Meio Ambiente
Rio-92, é um projeto anterior à necessidade da integração nacional, adotado
pelos governos militares pós 64.

 Os principais objetivos traçados para o SIVAM será o de construir mecanismo


para o controle do tráfego aéreo, a vigilância das atividades ilícitas, como o
contrabando de madeiras, peixes, minérios, o plantio e comercialização de
drogas, invasão das terras indígenas, o monitoramento ambiental para detectar
queimadas e derrubadas na Amazônia, cuja área corresponde à 32 países da
Europa. O projeto SIVAM funcionará como um conjunto tecnológico do SIPAM
(Sistema de Proteção da Amazônia), que se integrariam a outros projetos,
como o Calha Norte, idealizado nos anos 80, do século XX.

 O custo inicial para a instalação do Projeto SIVAM está avaliado em U$ 1,4


bilhão da dólares, 70% coberto pelo Eximbank americano e 30% se destinariam
à empresa brasileira. A empresa vitoriosa para a instalação foi a Raytheon
(EUA).
 PROJETO CALHA NORTE

 Nascido em 1985, o projeto Calha Norte é um planejamento integrado de


ação governamental para a região, ao norte da calha do rio Amazonas. Tem
em vista, em seu todo, o desenvolvimento sócio-econômico da área e sua
conseqüente integração do país.

Você também pode gostar