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MESTRADO

Administração Pública
UEM

Formulação e Análise de Políticas Públicas

Maputo, 08 de Agosto de 2018

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director
CEDE
 Desenvolver conhecimentos sobre conceitos e
teorias essenciais no estudo das políticas
públicas;
 Compreender as técnicas e processos de
formulação e avaliação de políticas, bem
como as ligações existentes entre o processo
de políticas públicas com os valores, meios,
recursos, constrangimentos; e
 Compreender o processo, modalidades e
desafios da análise, implementação e
avaliação de políticas públicas.

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Uma introdução ao estudo (ciência) das políticas
públicas [6]
 Abordagens na gestão de políticas públicas [6]
 Formulação de políticas públicas [6]
 Análise de políticas públicas [6]
 Implementação e Avaliação de políticas públicas [9]
 Conteúdo, estrutura e processos de formulação de
políticas públicas nos países em desenvolvimento [6]
 Avaliação dos modelos e arranjos institucionais do
processo de políticas públicas em Moçambique [9]

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
INSTITUIÇÕES POLÍTICAS

PROCESSOS POLÍTICOS

COMPORTAMENTOS
POLÍTICOS

LEIS
CONDIÇÕES SÓCIO
DECRETOS
ECONÓMICAS
RESOLUÇÕES

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Formação da Agenda Política;
 Formulação da Política Pública;
 Processo Decisório;
 Implementação da Política Pública
◦ Gestão de Programas e de Projectos;
 Avaliação da Política Pública.

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Identificação do Problema;
 Desenho de propostas de solução para os
problemas;
 Selecção da melhor opção de solução;
 Tornar efectiva a opção/solução escolhida; e
 Monitorar os resultados e o impacto da
aplicação da solução.

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Estruturação do
 Formação da Agenda; Problema;
 Formulação da Política;  Estudo de Viabilidade das
 Adopção da Política; opções possíveis;
 Recomendações de
 Implementação da Políticas;
Política; e  Monitoria do
 Avaliação do desempenho das
Políticas; e
desempenho da
 Avasliação do Impacto da
Política. Política.

Ciclos de Políticas Lógica de Desenho de


Públicas Políticas
Eduardo J. Sitoe, PhD
Professor UEM/Director CEDE
 Perspectiva racionalista
 Perspectiva sistémica
(estruturalismo/funcionalismo/
teoria de dependência)
 Perspectiva institucionalista
 Perspectiva discursiva

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Professor UEM/Director CEDE
•PR •PI
Motivações individuais Contextualização histórico-
Interesses e objectivos dos cultural
agentes sociais Sistema de regras, práticas e
Racionalidade instrumental regimes
Cálculo estratégico

•PS •PD
Identidades sociais Sistema de crenças e de
Socialização valores
Estrutura sócio-económica

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
•PR •PI
Interesses pessoais A questão da cultura
Expectativas vs. Frustração; e A problemática dos padrões de
Problemas de liderança valores; e
O dilema das mentalidades

•PS •PD
Grupos Sociais Crenças
A questão étnica/racial; e Tradições; e
Classes sociais Ideologia

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Modelo de escolhas racionais
 Modelo do incrementalismo
 Modelo organizacional-burocrático
 Modelo discursivo (crenças e valores:
ideologia)

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
•Modelo de Escolhas Racionais Modelo Organizacional-Burocrático
•Racionalidade individual •Características organizacionais
•Irracionalidade colectiva •Imperativos e equilíbrios estrutural-
•Free-riding e os incentivos funcioanais
colectivos

Modelo Incremental Modelo Discursivo


•Pressupostos do modelo Modelo baseado no sistema de
sistémico crenças e ideologias
•Sistema político •Crenças profundas
•Capital Social •Crenças primárias
•Crenças secundárias

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Professor UEM/Director CEDE
 Modelo elitista

 Modelo institucionalista

 Modelos sistémico

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Professor UEM/Director CEDE
AMBIENTE
INTERNO

IN
FL
UE ªPORTAS DE
NC LEIS
ACESSOª AS
IA
S CI
EN
IG PR
EX
AR
PARTIDOS
POLITICOS GOVERNO
TRIBUNAIS
DECRETOS
IGREJAS CC

ASSOCIAÇÕES
SECTOR
S ONGS AP
CIA OIO PUBLICO
N S RESOLUÇÕES
UE CLUBES
FL
IN

AMBIENTE
EXTERNO

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Professor UEM/Director CEDE
 Modelo de racionalidade económica

 Modelo de racionalidade político-sistémica

 Modelo de formulação responsável de


políticas públicas

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Reconhecer a Constituição da República como Lei
Mãe, base para a elaboração de toda a legislação
moçambicana;

 Identificar, com base na constituição, a


legitimidade, a legalidade e a responsabilidade
parlamentar;

 Reflectir sobre a relação existente entre o


Parlamento e o Governo, o Judiciário e a sociedade
moçambicana.

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Estruturação do
Problema;
 Formação da Agenda;  Estudo de Viabilidade das
 Formulação da Política; opções possíveis;
 Adopção da Política;  Recomendações de
 Implementação da Políticas;
Política; e  Monitoria do
desempenho das
 Avaliação do Políticas; e
desempenho da  Avaliação do Impacto da
Política. Política.

Ciclos de Políticas Lógica de Desenho de


Públicas Políticas
Eduardo J. Sitoe, PhD
Professor UEM/Director CEDE
 Monitoria & Avaliação concebidas, em termos
explícitos, como o culminar dos processos e
ciclos de PP e da lógica do desenho das PP;
 Monitoria & Avaliação como ponto de partida
para a formação dos assuntos públicos e para a
formação da Agenda Política;
 Monitoria de processos de desempenho e
avaliação do resultado e do impacto: mas a
avaliação tem também uma dimensão ex-ante;
e
 O Dilema de actividades fim e actividades meio.

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Professor UEM/Director CEDE
 Monitoria é o papel desepenhado pelos gestores através
da procura e recepção de informação tendente a aumentar
o seu conhecimento da organização e do respectivo meio
envolvente. Todos os meios disponíveis são importantes
neste exercício, incluindo relatórios de monitoria –
propriamente ditos – actas de reuniões dos diferentes
Departamentos/Sectores e contactos pessoais. Quando
assim agem, os gestores assumem-se como uma espécie
de um sistema nervoso central da informação interna e
externa sobre a organização que auxilia os processos de
reformulação das suas políticas e programas. Como
prática, a monitoria começa logo depois do início da
implementação de um determinado programa e fornece a
primeira informação de base para a avaliação preliminar
do respectivo programa. A monitoria também pode ser
considerada como uma dimensão da avaliação de processo
de um determinado programa/projecto.

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Medir o progresso em relação aos objectivos
pré-estabelecidos;
 Ter lições aprendidas do projecto/programa
para futura revisão, redesenho ou alteração
das estratégias de implementação;
 Testar a viabilidade dos pressupostos,
princípios, modelos, teorias e estratégias; e
 Fazer advocacia de uma determinada causa.

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 1. Inclui a familiarização com a política objecto de
Etapa 1. Planificação avaliação, segue-se a decisão acerca do foco da avaliação,
onde se decide se a avaliação será sobre o processo, os
resultados ou sobre o seu impacto; e, finalmente,
desenvolvem-se as medidas da própria avaliação e
estimam-se os custos da política em termos monetários.
Etapa 2. Recolha de  2. Interesam dados que forneçam uma visão geral
 Informação estrutura da política em implementação e, sobretudo,
como esta sendo efectivamente implementada junto do seu
grupo-alvo e interessa, igualmente, verificar o grau do
alcance dos objectivos e das metas previstas na própria
política. O avaliador deve perscrutar os efeitos pretendidos
e não pretendidos que possam ser atribuíveis a uma
Etapa 3. Disseminação política.
 3. O lógico é direccionar o resultado da avaliação para
quem tenha recomendado ou solicitado o exercício, mas
em termos académicos a avaliação serve para providenciar
informação útil para tornar melhores os futuros processos
de políticas públicas

O labor do Avaliador O labor do Avaliador


Eduardo J. Sitoe, PhD
Professor UEM/Director CEDE
É aquela que acontece durante a É aquela que é feita após a
implementação do implementação do programa/projecto e
programa/projecto e procura que procura medir até que ponto o
programa/projecto teve algum impacto
analisar até que ponto o
no problema que se pretendia resolver.
programa/projecto está a ser Este tipo de avaliação visa também
implementado e se as condições determinar se o projecto foi
que podem garantir uma implementado de forma eficiente e se
implementação de sucesso estão alcançou/atingiu os beneficiários
criadas. Na avaliação formativa pretendidos. Neste tipo de avaliação,
monitora-se o modo como o usa-se normalmente o método
programa/projecto está a ser comparativo, fazendo uma análise do
antes e do depois: o que é que mudou
gerido, o que no final do dia pode
como efeito directo das intervenções
servir para melhorar o desempenho feitas/motivadas por este
do programa/projecto e o processo programa/projecto?
de implementação.

Avaliaçao Formativa Avaliação Sumativa


Eduardo J. Sitoe, PhD
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Este tipo de avaliação está preocupada com a
implementação do programa. Procura analisar até que
ponto o programa está a atingir o grupo alvo e como é
1. que está a ser gerido. Uma avaliação do processo
Avaliação do procura olhar para os seguintes aspectos:
Processo
 Determinar porquê a política/programa/projecto está
com o nível actual de desempenho;
 Identificar possíveis problemas que ocorrem durante
a implementação;
 Desenvolver soluções para os problemas; e
 Melhorar o desempenho através das recomendações.

O labor do Avaliador O labor do Avaliador


Eduardo J. Sitoe, PhD
Professor UEM/Director CEDE
Esta avaliação que combina os chamados outputs
e outcomes na sua designação Inglesa, focaliza a
sua atenção no nível em que a política está a
atingir os seus objectivos em relação ao grupo
alvo. Está preocupada, primeiro, com os outputs e
 2. até que ponto estes vão assegurar o alcance dos
 Avaliação resultados pré-estabelecidos e que, por isso
mesmo, são a razão da existência própria do
de
programa em questão, os chamados outcomes;
Resultados daqui e para aferir a efectividade global do
programa/projecto, em causa, só falta avaliar o
nível de impacto que esses resultados trouxeram
na população alvo, incluindo os custos,
obviamente .
O labor do Avaliador O labor do Avaliador
Eduardo J. Sitoe, PhD
Professor UEM/Director CEDE
Avaliar impacto implica procurar perceber quais
as mudanças positivas e/ou negativas produzidas
por um determinado programa/projecto, directa
e/ou indirectamente, intencionalmente ou não. O
exame deve referir-se tanto aos resultados
3. desejados como os indesejados e deve incluir os
aspectos positivos e/ou negativos.
Avaliação
de É igualmente fulcral, explicitar quais os efeitos de
curto e médio prazo que a implementação da
Impacto política/programa teve na situação inicial do
grupo alvo, explicando o alcance das mudanças e
as lições aprendidas, bem como as melhores
práticas que daí podem ser extraídas.

O labor do Avaliador O labor do Avaliador


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Professor UEM/Director CEDE
 Relevância
Empoderamento
 Eficácia

 Participação
 Eficiência
 Inclusão
 Efectividade
 Democraticidade
 Impacto
 Sustentabilidade

Eduardo J. Sitoe, PhD


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 1. Valor acrescentado de acordo com o
contexto
 2. RESULTADO I: Resultados medidos através
da relação entre os recursos usados inputs e
 1. Relevância os resultados alcançados ou outputs.
 2. Eficácia/Eficiência  3. RESULTADO II: Resultados medidos tendo
como base os objectivos traçados para o
 3. Efectividade programa e/ou projecto em questão.
 4. Implicações directas e/ou indirectas,
 4. Impacto positivas e/negativas ao nivíel do
desenvolvimento do sistema.
 5. Sustentabilidade  5. Benefícios de médio e longo prazos, de
natureza política, económica ou ambiental
para o conjunto da sociedade
Seu conteúdo e
Critérios de avaliação
significado
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Professor UEM/Director CEDE
Eduardo J. Sitoe, PhD
Professor UEM/Director
CEDE
 1. Administração Pública;
 2. Assessoria sobre políticas públicas;
 3. Articulação e agregação de interesses;
 4. Estabilidade política.

 Existe, igualmente, uma dimensão menos política e


mais executiva do Estado que é, justamente,
assegurada pela Administração Pública. Na prática o
cidadão comum interage com o Estado, sobretudo, a
partir desta dimensão e a avaliação do desempenho
político dos governantes – no Estado – decorre das
percepções sobre a intervenção do Estado, justamente,
nesta dimensão.

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director
CEDE
 Heywood, A. (2013, 2002) Politics, 4th Edition, Palgrave
foundations, New York: USA
 Moreira, A. (2012) Ciência Política, 5ªEdição, Almedina: Coimbra
 Dunn, W. (2004) Public Policy Analysis, 3nd edition. Englewood
Cliffs, New Jersey: Prentice Hall
 Cloete, F. and De Coning, C., (eds.) (2006) Improving Public
Policy: Theory, Practice and Results, 3rd Edition( 2011), Van
Schaik Publishers: Cape Town
 Parsons, W. (1995) Public Policy: An Introduction to the Theory
and Practice of Policy Analysis. Cheltenham: Edward Elgar
 Marsh, D. & Soker, G., (eds.) (1995) Theory and Methods in
Political Science, Palgrave: New York
 Theodoulou, S.Z and M. Cahn (eds) (2013,1995) Public Policy:
Essential Reading. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice-Hall
 Fischer, F. et al., (eds.) (2007) Handbook of Public Policy
Analysis: Theory, Politics, and Methods, CRC Press: USA

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Os formandos serão avaliados com base em três
métodos/momentos diferentes. O primeiro destes será constituído
por trabalhos em grupos – seguidos de uma apresentação oral
que constituirá 30% da avaliação total. Este trabalho consistirá
num exercício de comparação entre as diferentes políticas e
estratégias de combate à pobreza [ e de promoção do
desenvolvimento] que foram sendo sucessivamente adoptadas em
Moçambique desde a altura da independência, especificamente
PPI, PRE(S), e PARPA(s), subdivididos pelos sectores da Defesa e
Legalidade, Indústria, Agricultura & Desenvolvimento Rural, Agua,
Saneamento e Meio Ambiente, Política Externa e Cooperação
Internacional, Educação e Formação Técnico Profissional, Saúde e
Serviços Sociais. O trabalho escrito equivale a 20% da avaliação do
trabalho.
Eduardo J. Sitoe, PhD
Professor UEM/Director CEDE
 Os trabalhos individuais (com peso de 50% da
classificação total do módulo) estarão virados para
o aprofundamento das matérias de PP constantes
nos diferentes documentos estratégicos que
orientam o processo de governação em
Moçambique (Agenda 2025, PQG, PARPA, PARP,
NEPAD, ODMs e outros) procurando os elementos
de conexão/coerência entre si com referência a
algum documento de política/estratégia do sector
em que o estudante se encontre vinculado, ou que
resulte da sua livre escolha.

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 O último trabalho [a ser realizado a título
individual] consistirá na elaboração de um
relatório que deverá mostrar o uso de modelos
analíticos numa abordagem com propriedade
teórico-crítica incidindo sobre a aplicação das
abordagens e técnicas desenvolvidas nas
sessões lectivas sobre monitoria e avaliação de
PP. Este trabalho serve para a avaliação final do
módulo, que é geralmente feita na modalidade
de take-home exam do módulo.

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
 Aulas participativas
 Sessões do tipo magistral muito resumidas e
metódicas
 Os formandos irão apresentar questões
práticas relacionadas com a maneira como
são desenvolvidas determinadas matérias nas
suas instituições
 Enfoque em políticas públicas tal como se
apresentam em Moçambique entanto bases
programáticas no exercício da governação

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE
pela
Atenção Dispensada

Eduardo J. Sitoe, PhD


Professor UEM/Director CEDE

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