qualitativas das estruturas cognitivas (esquemas) - cada estrutura e sua respectiva mudança deriva da estrutura precedente Ao usa a palavra “estágio” em sua teoria, Piaget não quis dizer que as crianças mudam de um nível discreto a outro, como em uma escada.
- mudanças graduais e nunca abruptas
- os esquemas são construídos e reconstruídos (ou modificados) gradualmente
O que interessa é identificar as
mudanças cognitivas mais gerais que acontecem em todas as pessoas O estágio sensório-motor (0 a 2 anos)
Durante este estágio, o comportamento é
basicamente motor. A criança não representa eventos internamente e não “pensa” conceitualmente. Grandes mudanças ao longo deste estágio. Inicia-se com comportamentos puramente reflexos e chega o desenvolvimento da fala (representação simbólica) Ocorre o desenvolvimento do conceito de objeto; conceito de causalidade; afeto O estágio pré-operacional (2 aos 7 anos)
a criança evolui de um ser predominantemente
sensório-motor a um ser cada vez mais conceitual e representacional desenvolvimento de habilidades representacionais e da socialização do comportamento O estágio pré-operacional (2 aos 7 anos)
perspectiva egocêntrica – vê a realidade da forma
que a afeta uso da linguagem, desenhos, símbolos e imagens mentais o comportamento cognitivo é influenciado pelas atividades motoras Alguns exemplos:
Jogo simbólico
O desenvolvimento da fala neste período é
uma transição gradual da fala egocêntrica, caracterizada pelo “monólogo coletivo”, para a fala socializada. Segundo Piaget, nesta fase, os obstáculos para o pensamento lógico são:
Raciocínio transformacional: não focaliza o
processo de transformação de um estado original a um final, mas limita sua atenção a cada intervalo entre os estados Centração – fixa a atenção em poucos aspectos do estímulo, geralmente o visual. Exemplo: normalmente dizem que uma fila com 7 elementos mais afastados entre si, é maior que uma fila com 9 elementos mais próximos conservação do número Também não há noção de conservação de área e do volume
vídeo De acordo com Piaget, uma operação apresenta 4 características:
pode ser internalizada ou realizada em
pensamento tão bem quanto materialmente; é reversível; supõe sempre alguma conservação e invariância; está sempre relacionada a outros sistemas de operações O estágio das operações concretas (7 a 11 anos) Durante este estágio, a criança desenvolve processos de pensamento lógico (operações) que podem ser aplicadas a problemas reais (concretos).
não apresenta problemas com conservação e
apresenta argumentos corretos para suas respostas decisões lógicas ao invés de decisões perceptuais O estágio das operações concretas (7 a 11 anos)
acompanha as transformações e alcança a
reversibilidade das operações mentais menos egocêntrica e a fala é empregada com o fim básico da comunicação aperfeiçoamento dos conceitos de causalidade, tempo, espaço, velocidade O estágio das operações concretas (7 a 11 anos)
Operações lógicas são empregadas na solução de
problemas envolvendo objetos e fatos concretos (reais, observáveis) ainda não aplicam a lógica a problemas hipotéticos e verbais Inclusão de classes Tempo e velocidade O estágio das operações formais (11 ou 12 anos até a idade adulta) Do ponto de vista cognitivo:
Capacidade de raciocinar logicamente com
hipóteses verbais e não apenas com objetos concretos. Ele passa a buscar hipóteses gerais que possam explicar fatos observáveis. É capaz de pensar sobre seus próprios pensamentos e sentimentos, como se fossem objetos. O raciocínio formal vai além das observações
Não se deve assumir que todos os adolescentes e
adultos desenvolvem plenamente as operações formais. Do ponto de vista emocional:
O adolescente ainda manifesta um último tipo de
egocentrismo: atribui grande poder a si e ao próprio pensamento. Muitas vezes julga que somente ele está certo. O raciocínio hipotético-dedutivo
deduzir conclusões a partir de hipóteses
- “todas as galinhas são azuis, Joãozinho é
uma galinha, portanto Joãozinho é azul”
- A<B e B<C, então A<C
O raciocínio científico-dedutivo
- crianças formulam hipóteses, experimentam,
controlam variáveis, registram efeitos, extraem conclusões, etc.
No operacional formal, vão de
fatos específicos a conclusões gerais. A formação da personalidade
O desenvolvimento cognitivo e o afetivo caminham
juntos ao longo de todo o processo evolutivo do indivíduo.
Muitos fatores devem ser levados em conta para
compreendermos a “crise da adolescência”. Entre eles, fatores intelectuais e afetivos.
Na adolescência predominam os sentimentos
idealistas e o egocentrismo. Sentimentos idealistas
se é lógico é bom e correto
falta ainda uma apreciação completa do mundo ele ainda não distingue entre o mundo lógico e o mundo real No entanto, há outros fatores que interferem nas manifestações e duração da adolescência, tais como fatores culturais e sociais, que não são contemplados pela teoria de Piaget. Implicações educacionais da teoria de Piaget A teoria de Piaget não é uma teoria educacional, mas fornece subsídios para as práticas educacionais.
A equilibração permite que a experiência
externa seja incorporada na estrutura cognitiva pela construção de novos esquemas mentais. Neste sentido os piagetianos dizem que o conhecimento é construído e daí vêm as expressões “construtivismo” e “construção do conhecimento”. Ensinar é provocar o desequilíbrio da mente do estudante para que ela procure o reequilíbrio e construa novos esquemas mentais (isto é, aprenda). O ensino deve, portanto, ativar este mecanismo. Isto é, o professor deve buscar uma ligação entre o que o aluno já sabe (esquemas) e o que deseja ensinar. Cabe ao educador introduzir situações desequilibradoras Sempre que possível o aluno deve agir.
Se o ambiente escolar não oferece desafios e
dificuldades, a atividade mental é apenas de assimilação. O papel do erro na aprendizagem
Diante das dificuldades e erros (situações onde os
esquemas mentais sofrem desequilíbrio) a mente se reestrutura através da acomodação e se desenvolve.
Os esquemas que uma criança usa podem não estar
em harmonia com o dos adultos (ou com o conhecimento científico). No entanto, segundo Piaget, eles são sempre adequados ao seu nível de desenvolvimento conceitual e devem ser respeitados. O papel da manipulação na aprendizagem
O ensino deve ser acompanhado de manipulações,
ações, experimentos ir do concreto para o abstrato.
CUIDADO: não se deve pensar que a manipulação
pura e simples tem em si o poder de produzir conhecimento. Ela deve estar integrada à argumentação do professor. FIM!