tanto para definir os estudos orientais - ou seja, o estudo das civilizações orientais atuais ou históricas, especialmente do Oriente Médio e, em menor medida, do Extremo Oriente -
como para designar a representação,
imitação ou mistificação, segundo uma visão eurocêntrica, de determinados aspectos das culturas orientais, por parte de escritores e artistas plásticos ocidentais, que acabaram por convertê-los em estereótipos. EDWARD SAID, O INTELECTUAL OUTSIDER E O CARÁTER UNIVERSAL DA OBRA “ORIENTALISMO” (1978) Said, intelectual palestino, engajado com a causa palestina. O exílio (1967- guerra árabe-palestina) do imigrante é uma de suas marcas, expresso no título da sua autobiografia: fora do lugar.
Os estudos pós-coloniais: é um conjunto de teorias que
analisa os efeitos políticos, filosóficos, artísticos e literários deixados pelo colonialismo, principalmente nos países colonizados.
Como lida com a literatura produzida em países que
outrora foram colônias de outros países, especialmente das potências coloniais europeias Grã- Bretanha, França e Espanha. ORIENTALISMO: ORIENTE O COMO INVENÇÃO DO OCIDENTE
Ao retomar a história dos povos orientais e a forma como suas
imagens foram construídas, Edward Said revelou que a representação “ocidental” do que é o “Oriente” tinha pouco a ver com as culturas e os povos que de fato viviam naqueles locais; eram mais uma busca de diferenciação e uma tentativa de justificação do poder colonial do Ocidente sobre o Oriente.
O Ocidente atribuiu uma importância ao Oriente, mas a recíproca
não foi verdadeira.
A narrativa é distinta, o olhar europeu coloca a construção do
Oriente como conceito e como realidade no mapa. É uma construção abstrata. ORIENTE PRÓXIMO, MÉDIO E EXTREMO
O “oriente médio tem 230 milhões de habitantes, varias etnias, pelo menos 6 línguas e 3 religiões NÃO CONFUNDIR
O chamado “mundo árabe” – grupo de países
considerados como tal – reúne um total de 22 países: Arábia Saudita, Argélia, Barein, Catar, Comores, Djibuti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Omã, Palestina, Somália, Sudão, Síria e Tunísia.
Nesses países, além do Islamismo, várias outras
religiões também são professadas.
Basicamente, árabe é a composição etnolinguística
e muçulmano refere-se à religião do Islã QUANDO SE FALA A RESPEITO DO ORIENTE, DE QUE SE FALA?
Desde antes das Cruzadas há um olhar eurocêntrico
sobre os orientais: os persas retratados pelos gregos não são os persas.
Desde o início do século XV está em curso um processo
de acumulação na Europa Ocidental, envolvendo feitorias, entrepostos, capitanias, colônias, regimes de trabalho escravo.
Essa acumulação está na base das grandes
navegações marítimas e do processo de conquista, e passa pelo processo de exploração colonial. O imperialismo compreende uma fase bastante avançada do capitalismo e em escala mundial, como modo de produção e processo civilizatório.
Na passagem do século XIX ao XX o mundo está
dividido entre as nações imperialistas, compreendendo principalmente Inglaterra, França, Holanda, Bélgica, Alemanha Itália, Rússia e Japão. São vários e diferentes os sistemas imperialistas.
Esse mundo sofre ainda uma nova reconfiguração
no pós II Guerra mundial PÓS II GM - ISRAEL
A histórica reivindicação sionista.
A criação do Estado de Israel foi levada à votação em uma Assembleia Geral realizada em novembro de 1947. Na Assembleia, decidiu-se por 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções pela criação do Estado de Israel. Além disso, determinou-se que a Palestina seria dividida entre judeus e árabes, ficando 53% do território para os judeus e 45% para os palestinos. A cidade de Jerusalém foi colocada sob controle internacional. Quando houve a proclamação do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, uma guerra iniciou-se. A primeira de muitas foi chamada de I Guerra árabe-israelense. o Oriente não é um nome geográfico entre outros, mas uma invenção cultural e política do Ocidente que reúne as várias civilizações a leste da Europa sob o mesmo signo do exotismo e da inferioridade Eugene Delacroix, Odalisca deitada no divã, 1827-1828, Universidade de Cambridge, Inglaterra. A grande Odalisca, de Jean Auguste Dominique Ingres Óleo sobre tela - 91 x 162 cm - 1814 Louvre, Paris, França Delphine Ramel, Madame ingres, de Jean Auguste Dominique Ingres, 1859 Oskar Reinhart Foundation, Winterthur, Suíça O ISLÃ E A ATUALIDADE – A “LUTA CONTRA O TERROR” Diferentes orientalismos: Inglaterra e França X EUA O novo orientalismo norte-americano: a demonização do Islã
Assustador, misterioso e ameaçador Islã
Especialistas, mídia, tabloides, reciclam a mesma ficção e as
generalizações como a América contra as forças do Mal.
Há uma atualização do discurso: se antes a conquista era
justificada através de um discurso fundamentado em uma missão civilizatória, agora se justifica na luta contra o terror e pela democracia. “missão para iluminar, trazer ordem e democracia e que é uma força utilizada apenas como último recurso”