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Contas Nacionais

Introdução
 O objetivo da aula é apresentar os principais conceitos da
Macroeconomia e os principais “agregados econômicos”.
 Para os não economistas, o tópico é importante pois apresenta conceitos
preliminares importantes sobre Teoria Macroeconômica, principalmente
sobre cálculo da produção agregada (PIB, por exemplo)

 O principal objetivo é fazer com que o aluno consiga “montar”


o Sistema de Contas Nacionais (SCN) a partir do Fluxo Circular
da Renda (FCR) “de cabeça” sem precisar decorá-lo, apenas
usando a “intuição” e “bom senso”

 Alerta: na prova da Anpec, têm sido comum questões que envolvem Contas
Nacionais e Balanço de Pagamentos conjuntamente, e não em exercícios
separados.
Conceitos importantes
 Produto (Y)
 Valor de mercado produção de bens e serviços finais
da economia em um determinado período de tempo.
 Inclui todas as unidades produtoras da economia:
 Empresas públicas e privadas
 Trabalhadores autônomos
 Governo

 O que é considerado produção do ponto de vista do SNA 1993?


 Produção de bens e serviços voltada para o mercado
 Produção de bens e serviços pelo governo e instituições sem fins
lucrativos, vendidas ou não
 Produção de bens para autoconsumo das famílias
 Produção de bens de capital pelas firmas para consumo próprio
 Produção de serviços pessoais e domésticos quanto remunerados
 Serviços de habitação pelos proprietários ocupantes (aluguel imputado)
Conceitos importantes
 Consumo Total (C + G)
 Valor dos bens e serviços absorvidos pelos indivíduos para a satisfação dos
seus desejos
 Consumo pessoal ou das famílias (C)
 Consumo do Governo (G)
 Valor dos bens e serviços postos à disposição dos indivíduos pelo setor público (defesa
nacional, policiamento, educação etc.)

 Investimento (I)
 Acréscimo de estoque físico de capital
 Formação bruta de capital físico (ou investimento bruto)
 Depreciação: destina-se a repor os equipamentos e instalações
desgastados ou obsoletos
 Investimento líquido = investimento bruto - depreciação
 Variação de estoques
Conceitos importantes
 Absorção (A)
 É o valor dos bens e serviços que a sociedade absorve em determinado
período de tempo
A=C+G+I
 Em uma economia fechada:
A=Y
 Em uma economia aberta, A pode ser diferente de Y
 Exportação e importação de bens e serviços

 Despesa (Z)
 Considera os possíveis destinos do produto
 Absorção interna (A) mais o saldo das exportações sobre as importações de bens e
serviços.
Z = C + I + G + (Xbs – Mbs)
 Xbs: exportações de bens e serviços
 Mbs: importações de bens e serviços
Conceitos importantes
 Renda (R)
 Conceito: renda é remuneração de fator de produção
 Fatores de produção
 Terra
 Capital
 Trabalho

 Tipos de Renda
 Salários (renda do trabalho)
 Juros (renda do capital financeiro)
 Aluguel (renda do capital físico)
 Renda de arrendamentos (renda da terra)
 Lucros (renda do capital dos acionistas)

 Para evitar dupla contagem, considera-se apenas juros e aluguéis


pagos a pessoas físicas
Pontos relevantes do FCR/SCN

 A análise é realizada com base nos fluxos de $ (intervalo de tempo)


 Fluxo x estoque: qual a diferença?

 No cálculo do produto agregado, procura-se evitar o problema da


“dupla contagem”
 Exemplo típico: o caso da semente, trigo, farinha e pão
 Uma empresa A produz $ 500 de sementes de trigo e vende à empresa B
 A empresa B produz trigo no valor de $ 1.500 e venda à empresa C
 A empresa C produz farinha no valor de $ 2.100 e venda à empresa D
 A empresa D produz pães no valor de $ 2.520
 Qual o valor total da produção?
O Fluxo Circular da Renda

 O Fluxo Circular da Renda (FCR) representa a movimentação


de fatores de produção e de bens e serviços numa economia
simplificada, em que existem apenas dois grupos de
“agentes”, quais sejam, as famílias e as empresas (setor
privado).
 A produção e a troca de produtos e serviços é o “motor”
desta economia
 As empresas produzem os bens consumidos pelas famílias
 As empresas são vistas como uma “caixa preta” que possuem apenas a “vontade” de
produzir. Logo, para que possam produzir bens, é necessário contratar os fatores de
produção
 Os fatores de produção são posse das famílias, que os cedem às
empresas em troca do recebimento das rendas
 As famílias utilizam as rendas para adquirir os produtos e serviços
produzidos pelas empresas
 E assim sucessivamente, daí o termo “circular”
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O Fluxo Circular da Renda

 Em particular, o FCR mais simples assume os seguintes


pressupostos:

a) Ausência de poupança
 Logo, toda a renda gerada pelas empresas é distribuída às famílias, e toda a
renda recebida pelas famílias é consumida sob a forma de bens de consumo
 Logo, não há investimentos: não há produção de bens de capital (bens de
produção), nem formação de estoques
b) Ausência de depreciação do capital
c) Economia fechada
d) Economia sem governo

 Estes pressupostos podem ser, posteriormente, relaxados para


que, do FCR, seja possível constituir o SCN
O FCR Podemos calcular o PIB dessa economia
de três formas

Receitas MERCADOS Despesas


= PIB DE = PIB
BENS E SERVIÇOS
3) ... Ou. ainda. somando o … 2) Somando o que o foi
Bens e •Firmas vendem Bens e
que as firmas produzem… gasto no consumo…
serviços •Famílias compram serviços
vendidos comprados

FIRMAS FAMÍLIAS
•Produzem e vendem •Compram e consomem
bens e serviços bens e serviços
•Contratam e usam •Detêm e vendem
fatores de produção fatores de produção

Fatores de Trabalho. terra.


MERCADOS
produção e capital
DE
1) Somando o que foi pago FATORES DE PRODUÇÃO
como Renda na forma de
Salário, aluguel, •Famílias vendem Renda = PIB
salários. aluguéis. juros ou •Firmas compram
lucros… juro e lucro = PIB = Fluxo de insumos
e produtos
= Fluxo de moeda
O FCR
 Esta é a representação tradicional do FCR.
 Note também que o FCR pode ser representado de outra
forma, semelhante à estrutura do Sistema de Contas
Nacionais que veremos adiante
 Este sistema simplificado apresenta duas contas: a primeira
é a conta da produção ou de geração de renda e outra, é a
conta da apropriação ou de alocação da renda
 Vamos utilizar a estrutura contábil de balancetes. Algumas
“dicas” são importantes para entender seu funcionamento:
 Princípio das partidas dobradas: um crédito (em uma conta) sempre
corresponde a um débito (em outra conta)
 Em cada conta, Total do crédito = Total do débito (regra contábil)
 Se somarmos/subtraírmos um valor de ambos os lados do balancete, os
valores totais mudam, mas continuam iguais (isto permite fazer
algumas manipulações importantes)
O FCR em balancetes
Conta da produção
Debito Credito
A) Salários pagos às famílias C) Consumo das famílias
B) Juros líquidos pagos às famílias
W) Aluguéis pagos às famílias
D) Lucros distribuídos às famílias

Produto Receita

Conta da apropriação
Debito Credito
C) Consumo das famílias A) Salários pagos às famílias
B) Juros líquidos pagos às famílias
W) Aluguéis pagos às famílias
D) Lucros distribuídos às famílias

Despesa Renda

O FCR demonstra que Produto = Receita = Despesa = Renda


Do FCR ao SCN

 Conforme discutido anteriormente, o FCR assume quatro


pressupostos. Conforme estes são relaxados, avança-se do FCR para o
Sistema de Contas Nacionais (SCN).
 Vamos desenvolver três sistemas, abandonando progressivamente os
pressupostos (a) até (d)
 Economia fechada sem governo
 Economia aberta sem governo
 Economia aberta com governo
 O último sistema é o completo, e que você deve saber para o Exame
da Anpec
 A ideia é “montá-lo” de “cabeça”
Economia fechada sem governo
 Vamos abandonar os pressupostos (a) e (b)
 A economia continua fechada e sem governo, mas passa a incluir
depreciação do capital, a poupança e o investimento
 Além da conta da produção e da apropriação, o sistema passa a
contemplar a conta de capital
 Poupança: parcela da renda não consumida
 Investimento: formação bruta de capital fixo (FBKF = investimento das
empresas em capital) mais variação de estoques (produção para venda
futura)
 O conceito de investimento envolve um produto que pode ser utilizado para
produzir outro produto no futuro, (bem de capital ou bem de produção) ou
então, um produto que pode ser vendido no futuro
 A poupança é o recurso que permite financiar o investimento
 Lembre-se: uma sociedade que não poupa consome toda a sua renda sob a
forma de bens de consumo. Não há, portanto, produção de bens de capital
nem estocagem de bens para consumo futuro
Economia fechada sem governo

 Neste sistema, a poupança é composta por dois componentes:


 A poupança das famílias
 Os lucros retidos pelas empresas (ou seja, lucros não distribuídos às
famílias, também chamados de dividendos não distribuídos)
 Logo, tanto as empresas como as famílias formam poupança
 Nos próximos sistemas, veremos que novas poupanças serão
incluídas
Economia fechada sem governo
Conta da produção
Debito Credito
A) Salários pagos às famílias C) Consumo das famílias
B) Juros líquidos pagos às famílias I.1) Formação bruta de capital fixo
W) Aluguéis pagos às famílias I.2) Variação de estoques
D) Lucros distribuídos às famílias
E) Depreciação
F) Lucros retidos pelas empresas Conta de capital
Debito Credito
Produto bruto Receita bruta I.1) Formação bruta de capital fixo J) Poupança das famílias
I.2) Variação de estoques F) Lucros retidos pelas empresas
E) Depreciação

Investimento bruto total Poupança bruta total


Conta da apropriação
Debito Credito
C) Consumo das famílias A) Salários pagos às famílias
J) Poupança das famílias B) Juros líquidos pagos às famílias
F) Lucros retidos pelas empresas W) Aluguéis pagos às famílias
E) Depreciação D) Lucros distribuídos pagos às
famílias
E) Depreciação
F) Lucros retidos pelas empresas

Utilização da renda bruta Renda bruta


Notas

a) Poupança bruta do setor privado = Poupança das famílias +


Lucros retidos pelas empresas (poupança das empresas) +
Depreciação
 Se você quiser calcular a poupança líquida, basta subtrair a depreciação
b) A depreciação define a distinção entre Produto Líquido (PL) e
Produto Bruto (PB):
PB = PL + Depreciação
c) Note que FBKF = FLKF + Depreciação
d) Não se esqueça jamais: Poupança = Investimento
Economia aberta sem governo
 Vamos abandonar também o pressuposto (c)
 Esta economia continua sem governo, mas passa a incluir as
transações internacionais, além depreciação do capital, a
poupança e o investimento
 Além da conta da produção, da apropriação e de capital, o
sistema passa a contemplar a conta do setor externo
 Considera-se somente as transações correntes do BP, ou seja,
não é considerada a Balança de Capital do BP. Portanto,
considera-se somente:
 Saldo da Balança Comercial (SBC)
 Saldo da Balança de Serviços (SBS)
 No SCN, ambas são tratadas conjuntamente, como Saldo da Balança de Comércio e de
Serviços (SBCS)
 Saldo da Balança de Rendas (Juros, Lucros...)
 Transferências Unilaterais Correntes e Doações
 Ambas são tratadas conjuntamente, como Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE)
Economia aberta sem governo
Conta da produção
Debito Credito
Mbs) Importações de bens e serviços Xbs) Exportações de bens e serviços
L) Renda líquida enviada ao exterior C) Consumo das famílias
A) Salários pagos às famílias I.1) Formação bruta de capital fixo
B) Juros líquidos pagos às famílias I.2) Variação de estoques
W) Aluguéis pagos às famílias
D) Lucros distribuídos às famílias
E) Depreciação
F) Lucros retidos pelas empresas

Oferta total de bens e serviços Demanda total por bens e serviços

Conta da apropriação
Debito Credito
C) Consumo das famílias A) Salários pagos às famílias
J) Poupança das famílias B) Juros líquidos pagos às famílias
F) Lucros retidos pelas empresas W) Aluguéis pagos às famílias
E) Depreciação D) Lucros distribuídos às famílias
E) Depreciação
F) Lucros retidos pelas empresas

Utilização da renda nacional bruta Renda nacional bruta


Economia aberta sem governo
Conta do setor externo
Debito Credito
Xbs) Exportações de bens e serviços Mbs) Importações de bens e serviços
O) Déficit do BP em transações L) Renda líquida enviada ao exterior
correntes

Total do débito Total do crédito

Conta de capital
Debito Credito
I.1) Formação bruta de capital fixo J) Poupança das famílias
I.2) Variação de estoques F) Lucros retidos pelas empresas
E) Depreciação
O) Déficit do BP em transações
correntes

Investimento bruto total Poupança bruta total


Notas  Déficit do BP em transações correntes = Poupança do setor
externo (surge uma nova poupança no sistema para
financiar os investimentos)
 Uma economia aberta define dois tipos de produto
a) Produto interno (PI): valor dos bens e serviços produzidos NO
país, independente do país proprietário do fator de produção
b) Produto nacional (PN): valor dos bens e serviços produzidos
PELOS fatores de produção do país, independentemente de
onde estes estejam localizados
 A Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE) define a
distinção entre Produto Nacional (PN) e Produto Interno
(PI):
PI = PN + RLEE
 Alerta: em SCN, exportações de bens e serviços são tratados
conjuntamente. O mesmo vale para importações. Em BP,
estes saldos são tratados separadamente.
Economia aberta com governo

 Vamos também abandonar o pressuposto (d), de tal forma a


termos o sistema completo
 Além da conta da produção, da apropriação, de capital e do
setor externo, o sistema passa a contemplar a conta do governo
 Conceito de governo:
 Complexo formado pela esferas federal, estadual e municipal, além das
autarquias;
 exclusão das empresas públicas e sociedades de economia mista, que são
tratadas como empresas (vão para a conta da produção, portanto)
 Inclui somente as receitas e despesas correntes. Não são incluídas as
receitas e despesas de capital
Economia aberta com governo
Conta da produção
Debito Credito
Mbs) Importações de bens e serviços Xbs) Exportação de bens e serviços
L) Renda líquida enviada ao exterior C) Consumo das famílias
A) Salários pagos às famílias G) Consumo do governo
B) Juros líquidos pagos às famílias I.1) Formação bruta de capital fixo
W) Aluguéis pagos às famílias I.2) Variação de estoques
D) Lucros distribuídos às famílias
E) Depreciação
F) Lucros retidos pelas empresas
V) Outras receitas correntes do governo
T.2 – Q.2) Impostos diretos pagos pelas
empresas menos Transferências recebidas
pelas empresas
U – R) Impostos indiretos menos subsídios

Oferta total de bens e serviços Demanda total por bens e serviços


Economia aberta com governo
Conta da apropriação
Debito Credito
C) Consumo das famílias A) Salários pagos às famílias
J) Poupança das famílias B) Juros pagos às famílias
F) Lucros retidos pelas empresas W) Aluguéis pagos às famílias
E) Depreciação D) Lucros distribuídos às famílias
T) Impostos diretos totais E) Depreciação
T.1) Impostos diretos pagos pelas famílias F) Lucros retidos pelas empresas
T.2) Impostos diretos pagos pelas V) Outras receitas correntes do governo
empresas
T.2 – Q.2) Impostos diretos pagos pelas
V) Outras receitas correntes do governo empresas menos Transferências recebidas
pelas empresas
L) Renda líquida enviada ao exterior Q) Transferências totais
Q.1) Transferências às famílias
Q.2) Transferências às empresas
L) Renda líquida enviada ao exterior

Utilização da renda interna bruta mais Renda interna bruta mais transferências
transferências
Economia aberta com governo
Conta do governo
Debito Credito
G) Consumo do governo T) Impostos diretos (T.1 + T.2)
Q) Transferências totais (Q.1 + Q.2) U) Impostos indiretos
R) Subsídios V) Outras receitas correntes do governo
S) Saldo do governo em conta corrente

Utilização da receita corrente Total da receita corrente

Conta do setor externo


Debito Credito
Xbs) Exportações de bens e serviços Mbs) Importações de bens e serviços
O) Déficit do BP em transações correntes L) Renda liquida enviada ao exterior

Total do debito Total do credito


Economia aberta com governo
Conta de capital
Debito Credito
I.1) Formação bruta de capital fixo J) Poupança das famílias
I.2) Variação de estoques F) Lucros retidos pelas empresas
E) Depreciação
S) Saldo do governo em conta corrente
O) Déficit do BP em transações correntes

Investimento bruto total Poupança bruta total


Notas
 Saldo do governo em conta corrente = Poupança do governo (surge
uma nova poupança no sistema para financiar os investimentos)
 Se o governo tributa os produtos e serviços (cobrando impostos
indiretos), ele “aumenta” o preço dos mesmos. Por outro lado, se o
governo subsidia, ele “diminui”. Logo, existem duas definições de
produto
 A diferença entre Subsídios e Impostos Indiretos define a distinção
entre Produto a preço de mercado (Ppm) e Produto a custo dos
fatores de produção (Pcfp):
Ppm = Pcfp + (Impostos Indiretos – Subsídios)
 Neste sistema, note que há quatro poupanças:
 Das famílias, das empresas, do governo e do setor externo
Notas

 Note que a conta da apropriação é bastante complexa,


mas você não necessariamente precisa constituí-la desta
forma. Use, sempre que necessário, a regra do “somar ou
subtrair um valor dos dois lados mantém os totais do
crédito e do débito iguais”
Outras discussões sobre o SCN

 A partir da conta da produção de uma economia aberta e com


governo, note que é possível definir o PIBpm.
 Pelo lado direito da conta da produção, tem-se a Demanda
Agregada ou Demanda Total
 Pelo lado esquerdo da conta da produção, tem-se a Oferta
Agregada ou Oferta Total.
 Dado que o total do crédito é igual ao total do débito:
OA = DA
Y + Mbs = C + I + G + Xbs
Y = PIBpm = C + I + G + Xbs – Mbs
Outras discussões sobre o SCN

 Mas porque este cálculo gera exatamente o


PIBpm, e não outro tipo de valor de produto?
 Note que a conta da produção, que permite realizar o
cálculo do PIBpm, contempla os seguintes itens:
A depreciação (portanto, o Produto é Bruto)
A RLEE (portanto, o Produto é Interno)
O valor de impostos indiretos – subsídios (portanto, o Produto
é a preços de mercado)
Poupança, investimento
 Em uma economia fechada sem governo
I=S
I=Y–C
Y=C+I
o que é verdade em uma economia fechada e sem governo
Poupança, investimento
 Em uma economia fechada com governo
 Defina
T: receita do Governo com tributos
T – G: superávit fiscal ou poupança pública (Sg)
Y – T: renda disponível após a tributação
Y – T – C: poupança privada (Sp)
S = Sg + Sp

 Então:
I=S
I = Sp + Sg
I=Y–T–C+T–G
I=Y–C–G
Y=C+G+I
o que é verdade em uma economia fechada e com governo
Poupança, investimento
 Economia aberta com governo
 Defina  Poupança externa (SX): excesso da absorção sobre a produção
Cd = consumo das famílias em bens domésticos
SX = A –Y
C* = consumo das famílias em bens importados
C = Cd + C* SX = C + I + G –Y
Gd = consumo do Governo em bens domésticos
SX = Cd + C* + Id + I* + Gd + G* – Y
G* = consumo do Governo em bens importados
G = Gd + G* SX = Cd + Id + Gd + C* + I* + G* – (Cd + Id + Gd + X)
Id = bens domésticos utilizados como Investimento
SX = C* + I* + G* – X
I* = bens importados utilizados como Investimento
I = Id + I* SX = Mbs – Xbs
Absorção (A) = C + I + G
Produção (Y) = Cd + Id + Gd + X  Portanto, poupança externa é o saldo de transações
correntes com sinal trocado
TC = Xbs – Mbs; SX = Mbs – Xbs => SX = - TC

 Poupança
S = Sp + Sg + SX
Poupança, investimento
 Economia aberta com governo
I=S
I = Sp + Sg + SX
I = Y – T – C + T – G – TC
I = Y – C – G – (Xbs – Mbs)
Y = C + I + G + Xbs – Mbs
o que é verdade em uma economia aberta e com governo
Outras discussões sobre o SCN

 A partir do PIBpm e sabendo-se o valor da depreciação, da RLEE e dos


(impostos indiretos – subsídios), é possível calcular os diversos tipos
de produto, a saber:
 PIBcf
 PILpm
 PILcf
 PNBpm
 PNBcf
 PNLpm
 PNLcf
 Note que há 23 = 8 medidas de produto agregado
 PIB real = PIB nominal / Deflator do PIB
 Isto será discutido com mais rigor quando você estudar índice de
preços em Estatística, dado que o deflator é, basicamente, um índice
de preços

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