Relatório

e Contas —
2017
— Ser o parceiro de referência no
desenvolvimento e implementação
de soluções eficientes, integradas
e inovadoras de acesso à saúde.
www.quilaban.pt
— Quilaban

1
Índice
— A inovação e
a eficiência são
elementos centrais
na nossa cultura,
posicionando-nos
para responder
positivamente
aos permanentes
desafios que
se colocam
globalmente no
mercado da saúde.
02
— Relatório
04
Quilaban
08
Missão, visão e valores
12
Acionistas, orgãos
de gestão sociais e governo da
sociedade

14
O ano em análise
32
Pessoas
34
Responsabilidade
36
Performance
social e ambiental económico-financeira

38
Projetos futuros
38
Proposta de aplicação
39
Nota final
40
— Balanço e
dos resultados demonstrações
financeiras

42
Balanço
43
Demonstração
44
Demonstração das
45
Demonstração dos
dos resultados por alterações no capital fluxos de caixa
naturezas próprio

46
— Anexo às
60
— Certificação
demonstrações legal de contas
financeiras
— Quilaban

03
04

1940
Constituição da Vitor Hugo da
Relatório & Contas 2017 —

Silva Cordeiro (distribuição

farmacêutica) 1974
Constituição da Quilaban, Lda
Importação e comercialização de
soluções de Diagnóstico in vitro e
biotecnologia

2004
Lançamento do negócio de
Ortopedia
2005
Lançamento dos negócios
Point-of-Care (POC) e
2007 Veterinária

Lançamento do negócio de
Exportação e das atividades em
Angola com a constituição da
Australpharma 2010
Alargamento do negócio aos
consumíveis de healthcare (OHC)

2013
Transformação da Quilaban em
Sociedade Anónima
Constituição da Pharma Trading
Private Limited - Índia Fusão das áreas de POC, VET e
OHC na unidade de negócio
Constituição da Healthcare
MDS - Moçambique
Constituição da Tecnosáude

2014
Rebranding da Quilaban

— 2015
promovendo o Constituição da Quilaban na
Namíbia e da MDS na Guiné
Bissau e alargamento da base de
clientes internacionais

acesso à saúde 2016

Aquisição da

há mais de 40
TDS – Tecnologias e
Diagnóstico na Saúde

2017
anos Constituição da Approcare
—
A forte cultura empresarial A Quilaban foi criada em 1974, nascendo como um projeto empresarial
e os valores construídos com orientado para o negócio da importação e comercialização de soluções
sucesso ao longo de 40 anos
são os alicerces da construção
de diagnóstico in vitro, assente na herança da distribuição farmacêutica
de um futuro promissor. construída desde 1940 por Victor Hugo da Silva Cordeiro.

Tendo celebrado ao longo dos anos múltiplas parcerias na área do

diagnóstico, algumas delas que perduram há mais de 20 anos, a Quilaban,
orientando a sua atividade pelos mais exigentes padrões profissionais
e empresariais, tem-se posicionado como um parceiro de referência neste
mercado, quer para os seus clientes, quer para as entidades que representa.
A visão empreendedora do seu fundador, levou a que a se fossem
integrando na Quilaban novas áreas de negócio, sempre no âmbito da sua
vocação para a promoção da saúde enquanto elo fundamental na cadeia de
abastecimento de produtos de saúde e de medicamentos.

Em 2004 iniciou-se o negócio de ortopedia e em 2005 os negócios de point

of care e veterinária.

A conjugação de múltiplas competências na área da saúde e o desejo de

continuar a promover o crescimento da empresa estiveram na origem da
primeira experiência de internacionalização, em 2007, quando se iniciaram
as exportações para Angola.

Mais tarde, em 2013, a presença internacional alargou-se também a

Moçambique e, nesse mesmo ano, foi também constituída a Quilaban Índia,
através da qual se processa o sourcing de medicamentos de origem indiana
para abastecimento dos mercados em África, com produtos de qualidade
e com preços competitivos.

Em 2015 a dinâmica de exportação da Quilaban ganhou novo fôlego com

o início de exportações para vários países Africanos e Europeus, a que se
veio a juntar Timor Leste já em 2017.

Fruto da sua dinâmica de identificação internacional das melhores fontes de

abastecimento para as necessidades dos mercados que serve, a Quilaban
conjuga atualmente no seu abastecimento 21 países diferentes, exportando
para 13 países.

A Quilaban atua como parceiro na área da saúde na promoção da saúde

através da disponibilização de soluções de distribuição farmacêutica,
diagnóstico, healthcare, sourcing e logística internacional.

A chave para o nosso sucesso e perenidade tem sido a extraordinária

dedicação das nossas pessoas que, diariamente e de forma apaixonada,
se propõem a servir os nossos clientes, identificando soluções adequadas
que correspondam às suas necessidades.

A nossa forte cultura empresarial e empreendedora, os valores forjados ao

longo de mais de 40 anos e a dinâmica de serviço são importantes bases
para o nosso futuro, que desejamos seja de muito sucesso.
— Quilaban

05
06
Relatório & Contas 2017 —

Quilaban
em números
€28,4M
— Volume de negócios
— 2017

-4,1%
 21
13
— Países onde
— Países para onde compramos
exportamos

€29,1M
— Capital
investido no
negócio

— EBITDA
+
22,6% €3,8M
€10,4M
— Capitais
próprios
+
19,9%

€31,1M
— Ativos
+
1,5%

12.500
— Referências
comercializadas

1.194 97,9%
— Nº clientes
com compras

— Satisfação dos

7,6M
clientes
— Unidades
transacionadas

107 73,5%
— Quilaban

— Números de
pessoas

— Satisfação das
pessoas

07
08
Relatório & Contas 2017 —

missão, visão
e valores
— missão
Criar valor através da promoção da saúde.
Promovemos a saúde, através da disponibilização de soluções
orientadas para o cliente, assentes na consultoria, representação e
distribuição nas áreas do medicamento, diagnóstico e healthcare.
— visão
Ser o parceiro de referência no desenvolvimento
e implementação de soluções eficientes, integradas e
inovadoras de acesso à saúde.
O nosso conhecimento e experiência nos mercados de serviços de
saúde de proximidade, a competência das nossas pessoas e a nossa
forte cultura de parceria tornam-nos uma referência na promoção
e prestação de cuidados de saúde.

A inovação e a eficiência são elementos centrais na nossa cultura,

posicionando-nos para responder positivamente aos permanentes
— Quilaban

desafios que se colocam globalmente no mercado da saúde.

Estamos comprometidos com os nossos clientes e empenhados na

satisfação das suas necessidades, superando as suas expetativas.

09
Relatório & Contas 2017 —

10
— valores
parceria
Promovemos a cooperação e integração
de competências através de parcerias
assentes em relações de confiança.

eficiência simplicidade
Somos criteriosos na gestão dos recursos, Desenvolvemos soluções simples e
maximizando o valor gerado através da promovemos um relacionamento fácil
sua utilização. com os nossos parceiros.

inovação
A Inovação é um traço central da nossa
cultura, através dela somos criativos e
únicos nas abordagens e soluções.
qualidade
Estamos empenhados na melhoria
contínua de tudo o que fazemos e temos
como referência elevados padrões de
qualidade.

serviço
Servimos apaixonadamente, de modo
consistente e determinado, todos os
nossos clientes, cumprindo o prometido.
— Quilaban

11
12

Acionistas,
Relatório & Contas 2017 —

orgãos sociais
e governo da
sociedade
— — acionistas
A Quilaban
é detida pela
74,99960%
João Carlos Lombo da Silva Cordeiro

família Cordeiro
através das 24,99960%
Maria Amélia Lombo da Silva Cordeiro Machado

seguintes
participações
0,00027%
Teresa Margarida Cordeiro Machado

no seu capital
social:
0,00027%
Maria Manuela Flores Teixeira da Silva Cordeiro

0,00027%
Augusto Machado
— orgãos sociais — governo da
sociedade
mesa da conselho de
assembleia administração
geral A Gestão da Sociedade é assegurada pelo
Conselho de Administração que, em estreita
ligação com a Equipa de Gestão, estabelece
Maria Manuela Flores Teixeira da Silva Cordeiro a orientação estratégica a seguir e aprova os
Presidente planos operacionais delineados para a sua
execução, mantendo uma supervisão regular
Eduardo Finamore Correia do seu desenvolvimento e deliberando sobre
Secretário
as matérias fundamentais para a vida da
sociedade.

conselho de equipa de gestão

administração A Equipa de Gestão é constituída pelos
diretores de todas as áreas funcionais da
João Carlos Lombo da Silva Cordeiro empresa, as quais se organizam em grupos
Presidente funcionais, designadamente Negócio;
Operações; Finanças e Pessoas.
Teresa Margarida Cordeiro Machado
Vogal
Esta equipa assegura a execução do Plano
Sérgio Manuel Moreira Luciano
Operacional aprovado pelo Conselho de
Vogal
Administração, assim como do Orçamento
que lhe está inerente.

fiscal único
Oliveira, Reis & Associados, SROC, Lda.
— Quilaban

Fiscal Único

13
14
—
Os principais
Relatório & Contas 2017 —

indicadores de
performance de
2017 mostraram
sinais positivos
de recuperação
e reequilíbrio
da economia
mundial.

o ano em
análise
 — conjuntura
China EUA Economia Mundial
Em 2017, manteve-se a incerteza relativamente à prestação
PIB PIB das principais economias mundiais, fruto da constante

+6,9% +2,3%
oscilação do preço do petróleo; da desvalorização acentuada
do Dólar; da instabilidade política e da ameaça constante por
— 2017 — 2017 parte da Coreia do Norte.

+6,7%
— 2016
+1,5%
— 2016
No entanto, os principais indicadores de performance de
2017, bem como as projeções do FMI e Banco Mundial,
mostram sinais positivos de recuperação e reequilíbrio da
economia mundial.

+6,9%
— 2015
+2,6%
— 2015
A China apresenta um crescimento no seu PIB na ordem
dos 6,9%, assegurando a estabilidade do país e dando boas
perspetivas futuras para as economias dependentes.
Apesar de ter crescido num ritmo superior ao apresentado
em 2016, a economia dos EUA esteve aquém das projeções
dos analistas, que apontavam para um crescimento na
ordem dos 3%. Para esta situação, em muito contribuiu
a instabilidade do preço do petróleo e a desvalorização do
Dólar face ao Euro (2016: 1USD = 0,95EUR;
2017: 1USD = 0,82EUR).

Economia Europeia
Na Europa, a juntar ao Brexit votado e aprovado em 2016,
Europa com data prevista da sua efetivação para 29 de março de
PIB Inflação 2019 e que já levou à saída do Reino Unido de mais de
130 mil europeus, acresce a instabilidade política em
+2,3% +1,7% Espanha com o “Sim” a vencer no Referendo para a
independência da Catalunha.
— prev 2018 — prev 2020

+2,5% +1,5%
A questão da Catalunha, pelo impacto que tem na economia
espanhola e pela relação socioeconómica que tem com o
— 2017 — prev 2019 nosso país, aporta instabilidade e incerteza quanto
à economia da Península Ibérica.

+1,9% +1,4%
— prev 2018
Quanto aos níveis das taxas de juro, e refletindo uma política
monetária acomodatícia por parte do BCE, permaneceram
— 2016

+1,7%
baixos estimando-se que se mantenham ligeiramente
negativos até 2019. Esta política, em conjunto com
— 2017 a manutenção do programa de dívida pública por parte
— Quilaban

do BCE, com a redução da taxa de desemprego para

8,7%, com a constante melhoria das condições de trabalho
e com a recuperação do valor do preço do petróleo,
incentiva ao investimento, ao aumento da inflação
e à retoma da economia.

15
16 Economia Africana Angola
Angola é o mercado externo que maior relevância tem para
a atividade da Quilaban.
PIB

+1,5%
Relatório & Contas 2017 —

Numa economia fortemente dependente da produção e

exportação de hidrocarbonetos, o valor do petróleo, que
continua a apresentar instabilidade de preço, é um indicador — 2017
relevante para a sua prestação económica. À semelhança do
que aconteceu em 2016, o preço por barril apresenta sinais Preço de Barril de Petróleo - USD
de recuperação, tendo atingido a marca de 64,21USD no
final do ano, bastante acima do valor previsto pelo
Orçamento Geral do Estado Angolano (46USD), prevendo 64,21 46,89 54,07
os analistas que o preço se estabeleça em 2018 num valor — dez 2017 — jun 2017 — 2016
acima dos 70USD.

Com o valor do barril de petróleo em recuperação, são Inflação

as políticas cambiais que apresentam novo fator de risco no
que toca ao investimento na economia Angolana. Apesar de
em 2017 o câmbio se ter mantido estável, o Banco Nacional
24% 41%
de Angola, por recomendação do FMI e do Banco Mundial,
— 2017 — 2016
alterou o seu regime de câmbio de fixo para flutuante
no início de 2018, com vista a refletir a relação entre
a oferta e a procura de divisas. Alteração esta que implicou
uma imediata desvalorização do Kwanza face ao Euro em
aproximadamente 39%.
Moçambique
PIB
A inflação, que em 2017 reduziu 17p.p. face a 2016 foi, no
entanto, ainda superior à prevista em Orçamento.
O desequilíbrio das contas externas, o défice orçamental
+5,3% +3,7% +3,6%
previsto de 5,3% e o abrandamento da atividade económica, — prev 2018 — 2017 — 2016
continuam a ser fatores que influenciam negativamente
as transferências para o exterior. Inflação
A economia Moçambicana, país onde a Quilaban também
se encontra presente, segundo projeções do Governo local, +15,1% +19,5%
terá crescido 3,7% face a 2016 (abaixo dos 5,5% previstos em — 2017 — 2016
Orçamento). Para os próximos anos prevê-se uma acentuada
descida da Inflação e continuidade no crescimento do PIB,
devido aos investimentos no Gás Natural Liquefeito.
A dívida pública de Moçambique manteve-se acima
dos 100% do valor do PIB e as perspetivas futuras são
preocupantes, tendo a inflação registado novo aumento
significativo em 2017 (15,1%), embora inferior ao registado
no ano anterior (19,5%).
Portugal Economia Portuguesa
PIB As perspectivas apresentadas, tanto pelo Banco de Portugal
como pelo Banco Central Europeu, são positivas e assinalam

1,7%
— prev 2020
1,9%
— prev 2019
a continuidade da recuperação da nossa economia.

O PIB português cresceu a um ritmo semelhante ao de 2016,

sendo projetada continuidade no seu crescimento que,

+2,3% +2,6%
— prev 2018 — 2017
no entanto, se prevê lento a partir do final de 2018. Esta
prestação tem valido elogios e maior visibilidade de Portugal
na União Europeia e no resto do mundo, despertando
o interesse de investidores, nomeadamente para o mercado
Tx. Desemprego imobiliário.

+7,8% +8,9%
A economia portuguesa continuará a beneficiar de um
enquadramento externo favorável, sendo este extensível
aos restantes países da União Europeia, principais parceiros
— prev 2018 — 2017 comerciais de Portugal.

Inflação O poder de compra dos portugueses melhorou

significativamente este ano, alavancado pelo decréscimo da
taxa de desemprego, superior ao previsto, com reflexo no
1,5% 1,6% 0,6% aumento da inflação que, medida pelo Índice Harmonizado
de Preços no Consumidor, apresenta uma tendência de
— prev 2018 — 2017 — 2016 crescimento que se deverá manter nos próximos anos.
O mercado farmacêutico, segundo dados disponibilizados
pela hmR, apresenta em 2017 um decréscimo em volume
(-0,3%) face ao período homólogo, mas apresenta um
crescimento no valor de vendas (2,6%).

À semelhança de 2016, verificou-se um aumento do mercado

de Medicamentos Genéricos, reforçando o seu peso na
indústria farmacêutica com 31,0% do volume do mercado
— Quilaban

de medicamentos.

Mantêm-se as dificuldades associadas à cobrança de dívidas

aos hospitais, com prazos de pagamento muito dilatados,
que condicionam a capacidade financeira das empresas
e os custos associados à imobilização financeira dos capitais.

17
18
Relatório & Contas 2017 —
— 2017 em síntese
O ano de 2017 caracteriza-se por uma extraordinária
dinâmica da Quilaban e das empresas relacionadas.
Aos desafios e dificuldades identificados no final de 2016,
respondemos com uma abordagem enérgica e determinada,
consciente dos desafios, mas focada nos objetivos que
assumimos para este ano.
Enquadrada pelo tema “Comunicar” a dinâmica de
desenvolvimento das nossas atividades em 2017 foi
sustentada pelo envolvimento das nossas pessoas na
construção de possibilidades, olhando para as dificuldades
como estímulo para a descoberta de novos caminhos
e soluções.
Para todos os objetivos estratégicos foram lançadas
e implementadas iniciativas que sustentam o crescimento
e melhoria global dos nossos indicadores de performance
em 2017.
Para o aumento do volume de negócios foram
determinantes as iniciativas relacionadas com a construção
de relações de proximidade e de parceria com os nossos
clientes, a angariação de novos clientes, o lançamento de
novos produtos e serviços, a exploração de novos mercados,
a participação em feiras e eventos, a melhoria global dos
níveis de serviço, o lançamento de novos negócios,
a resposta a concursos internacionais e a revisão
e ajustamento dos portefólios de produto.
O reforço da rendibilidade foi conseguido através
da otimização das condições de compra por via do
planeamento de compras, da maximização dos descontos
obtidos no pagamento a fornecedores, do acompanhamento
e gestão das margens de venda, da construção de ofertas
comerciais competitivas, conjugando volume
e preço e do aproveitamento das oportunidades de sourcing
internacional. A revisão dos portefólios e ofertas para
responder às necessidades dos mercados Africanos
está também orientado para a performance ao nível
deste objetivo.
Foram também muitas as iniciativas levadas a cabo para
promover a eficiência da Organização, em múltiplas áreas
de incidência. São expressivas as eficiências decorrentes da
reorganização do modelo de serviço de gestão dos stocks
para as farmácias clientes, da reorganização dos espaços de
armazém, dos serviços de distribuição e do planeamento
de compras e receção de mercadorias. A promoção de
novos modelos de organização e alinhamento constituiu
também um importante contributo para este objetivo,
designadamente a gestão de ficheiros mestre, a melhoria das
ferramentas informáticas de apoio à atividade, a metodologia
de gestão de projetos, o alinhamento e priorização dos
projetos da Organização e a reorganização da área de
Direção Técnica e de Assuntos Regulamentares.
A geração de liquidez esteve muito presente nas abordagens
levadas a cabo ao nível da gestão de stocks, do controlo
do crédito e da gestão e planeamento da tesouraria. Com
efeito a reformulação do modelo de gestão dos stocks para
as farmácias clientes, associado à centralização do processo
de aprovisionamento de apoio às farmácias, a resolução de
devoluções a fornecedores pendentes de crédito
e o lançamento de iniciativas de escoamento de stocks de
baixa rotação dentro da área Healthcare resultaram num
impacto positivo sobre o nível de qualidade dos stocks.
A gestão das linhas de financiamento bancário disponíveis
permitiu melhorar o custo global do financiamento
e assegurar disponibilidade de linhas para financiamento
de novas necessidades com margem de segurança para
enfrentar contingências.
Pessoas felizes foi um novo desígnio estratégico
lançado para 2017. Nesse âmbito foram importantes
os contributos resultantes da implementação do novo
modelo organizacional, do programa alargado de formação
em múltiplas áreas e com particular incidência sobre as
lideranças. A dinâmica de “Energia Positiva” promovendo as
iniciativas de relação entre as pessoas da organização tais
como o arraial, o piquenique, a visita dos filhos ao trabalho
dos pais e os workshops de comunicação, entre outras,
assim como a reorganização dos espaços de trabalho
e a renovação dos equipamentos, contribuiu de forma clara
para a prossecução deste objetivo.
Procuramos preservar e dinamizar práticas de negócio
sustentáveis e responsáveis, orientadas para um impacto
positivo sobre a Comunidade. A transparência, a qualidade,
o desenvolvimento de negócio nacional e internacional,
o rigor da gestão e a proximidade com os nossos parceiros de
negócio, são fatores importantes para a construção da nossa
notoriedade, sobre os quais trabalhámos com empenho.
— negócio
— Quilaban

19
20
— Volume de

€6,9M
negócios
Relatório & Contas 2017 —

— Número
de unidades
42.673
transacionadas

+10,7%
— Crescimento
em 2017

266 — Número de
clientes
— diagnóstico
A Quilaban – Química Laboratorial Analítica, S.A. tem no
Diagnóstico a sua génese, o qual constitui uma das suas
principais áreas de negócio, servindo um conjunto amplo
de clientes como hospitais públicos e privados, laboratórios
de análises clínicas, laboratórios de controlo de qualidade,
instituições de ensino e investigação e outros grossistas de
diagnóstico.
Ao longo de 2017 manteve-se a tendência de concentração
que se tem vindo a sentir no setor do diagnóstico com uma
importante fusão entre dois laboratórios de referência no
mercado e que constitui um importante desafio para
os operadores, fruto da concentração dos clientes.
infeções associadas aos cuidados de saúde com
o equipamento BD MAX, constitui um importante driver de
diferenciação e de proposta de valor para os nossos clientes.
Ao longo de 2017 manteve-se também uma intensa
colaboração com as empresas relacionadas que atuam em
mercados internacionais, quer ao nível do apoio na resposta
a concursos quer ao nível da resposta às necessidades dos
seus clientes locais.
Esta abordagem tem sido geradora de um crescimento
expressivo, sobretudo quando enquadrado num mercado
que, pese embora a antiguidade dos dados de referência,
em 2016 contraiu o seu valor em 2,6%.

Por outro lado, a predominância dos clientes públicos, com Os resultados que obtivemos em 2017 são também uma
um importante peso no portfolio da Quilaban, constitui um expressão da relação de forte proximidade com os nossos
permanente desafio na medida em que, estando orientados clientes e com a procura incansável de soluções para
para o desenvolvimento de procedimentos concursais para os desafios que enfrentam.
compra, têm um foco predominante no preço, tendendo
a desconsiderar dimensões de valor global das soluções que A qualidade desta relação está também expressa nos
apresentamos. 98,3% de satisfação dos nossos clientes que nos privilegiam
com a sua confiança, dos quais 35,6% satisfeitos e 62,7%
Compreendendo a importância da criação de sinergias e de muito satisfeitos.
eficiências nos sistemas de saúde, procuramos ir ao encontro
das necessidades dos nossos clientes promovendo uma
reflexão alargada com os diversos intervenientes do processo
de escolha e criando modelos de avaliação global do
impacto das soluções, nos quais o preço, sendo um detalhe
importante, é uma de várias dimensões de valor que podem
e devem ser avaliadas na conjugação de ganhos efetivos de
eficiência e de saúde.

O lançamento da iniciativa Quilaban Academy, com

vista a reunir os profissionais de áreas relevantes
com os especialistas nas aplicações das soluções que
disponibilizamos, teve como objetivo introduzir uma
dimensão de conhecimento científico aprofundado
e de apreciação prática de realidades de referência que
permitam assegurar uma escolha criteriosa e esclarecida
das soluções adotar pelos nossos clientes de acordo com
os seus interesses.
— Quilaban

Também a apresentação de soluções inovadoras e eficientes,

como foi o caso Quantiferon Plus enquanto solução de
rastreio de primeira linha para a tuberculose latente,
o Sistema MALDI para a identificação de microrganismos e
as metodologias de biologia molecular para a prevenção das

21
22
— Volume de

€9,2M
negócios
Relatório & Contas 2017 —

— Número
de unidades
1.804.187
transacionadas

-12,8%
— Crescimento
em 2017

15 — Número de
clientes
— farma
A área de negócio Farma tem como proposta de valor para
os seus clientes o fornecimento de medicamentos e produtos
de saúde conjugado com soluções de abastecimento e de
otimização de gamas que maximizam os seus negócios, a sua
rendibilidade e os seus níveis de serviço.

A maximização dos níveis de rendibilidade e de eficiência

operacional da Quilaban e, bem assim, também dos nossos
clientes constitui um elemento central da nossa proposta
de valor.

Com efeito, em 2017, o mercado do medicamento cresceu

2,6% em valor e decresceu 0,3% em unidades, atingindo
o valor global de transações em ambulatório de €2.651,5
milhões, valor que representa um decréscimo de 23,9% face
ao ano de 2010, o que demonstra o extraordinário nível de
pressão que se tem colocado sobre o setor ao longo dos
últimos anos.

É neste enquadramento que as soluções que propomos se

revelam particularmente adequadas e competitivas.

Em 2017 o modelo de abastecimento às farmácias nossas

clientes foi objeto de uma profunda reformulação, tendo em
vista conjugar a capacidade negocial e de seleção de gamas
da Quilaban com uma nova solução logística de distribuição.

Esta operação, embora tendo gerado uma degradação

do volume de negócios em 12,85% relativamente ao
ano anterior, teve um efeito muito positivo ao nível da
rendibilidade bruta do negócio com um aumento em 20%,
ao nível da liquidez com uma redução dos níveis médios de
stocks na Quilaban em cerca de 60% para um prazo médio
de existências na ordem dos 20 dias, e dos níveis de serviço
prestado aos clientes, com a garantia de três entregas diárias
de quaisquer dos produtos que compõem o portefólio.
— Quilaban

82,1% dos nossos clientes manifestam-se como satisfeitos ou

muito satisfeitos com o nosso serviço.

23
24 — Volume de

€4,7M
negócios
Relatório & Contas 2017 —

— Número
de unidades
2.432.516
transacionadas

+9,1%
— Crescimento
em 2017

966 — Número de
clientes
— healthcare
Na área de Healthcare, orientada para a comercialização de
produtos de saúde, disponibilizamos aos nossos clientes uma
ampla gama de produtos, desde equipamentos de medição
rápida de parâmetros bioquímicos, testes rápidos de
diagnóstico, artigos de ortopedia ligeira, ajudas à mobilidade
e consumíveis clínicos e hospitalares.
O projeto ELEMENT, iniciado em 2010 tendo em vista
apresentar uma alternativa aos produtos incumbentes
na área da monitorização em ambulatório da diabetes,
continuou em 2017 a apresentar níveis de crescimento muito
significativos, com uma taxa de 21,1% face ao ano anterior,
tendo atingido em 2017 uma quota de mercado de 4,4%.
Quota de mercado Element acumulada em dezembro de 2017,
dados hmR
Os segmentos dos consumíveis clínicos e dos produtos
de ortopedia para a área pública, fruto da estratégia de
integração de profissionais de enfermagem na equipa
comercial, que desenvolveram iniciativas de apoio técnico
junto dos nossos clientes, apresentaram também um
crescimento assinalável em 2017, com um aumento do
volume de vendas em 6,9%.
No segmento de produtos de incontinência, após o
lançamento em 2015 das marcas Abena, para adultos, e
BAMBO, para crianças, ambas direcionadas para o setor
privado, continuamos em 2017, aproveitando os excelentes
argumentos de qualidade destes produtos, a experimentar
um crescimento significativo, na ordem dos 82% face ao ano
anterior.
A procura de soluções que estejam alinhadas com o interesse
dos nossos clientes levou-nos a lançar em 2017 uma revisão
global do portfólio desta área de negócio que, esperamos,
virão a sustentar a continuidade do nosso crescimento nos
anos futuros.
Também nesta área a colaboração com as empresas
relacionadas tem sido uma prioridade tendo em vista
sustentar o nosso crescimento e rendibilidade através da
construção de portefólios consistentes e com dimensão.
O nível de satisfação dos nossos clientes com o serviço
prestado nesta área é também expressivo. 39,1% dos nossos
clientes manifestaram-se satisfeitos e 58,8% muito satisfeitos,
colocando o nível global de satisfação nos 97,9%.
A dinâmica de promoção da área de Healthcare é assegurada
através da área de Marketing e Vendas.
A equipa comercial, para além da integração de
competências na área da enfermagem com o objetivo de
alargar o negócio no segmento dos consumíveis clínicos,
dedicou uma particular atenção à visita comercial de lares
e residências assistidas tendo como objetivo reforçar o
desenvolvimento dos segmentos de produtos da diabetes e
da incontinência. Para além do crescimento sentido nestes
segmentos de produtos, observou-se um crescimento de
cerca de 27% daqueles segmentos de clientes.
Para além das relações de proximidade com clientes,
mantivemos uma forte dinâmica de presença em eventos
institucionais, designadamente através da presença com
espaços dedicados em oito congressos ou jornadas na
área da diabetes, na realização de mais de 60 rastreios
de parâmetros bioquímicos da diabetes e do risco
cardiovascular em parceria com lares e farmácias clientes.
A realização de ações de formação orientadas para os
profissionais de saúde com quem interagimos, tendo
— Quilaban
em vista contribuir para a sua capacitação e para o
aprofundamento das temáticas técnicas associadas aos
nossos produtos, tem sido também uma importante
dimensão de reforço da nossa relação comercial.
25
26
— Volume de
€7,7M
negócios
Relatório & Contas 2017 —
— Número
de unidades
transacionadas 3.313.928
— exportação
O negócio da Exportação sofreu em 2017 um importante
revés ao nível da sua atividade para o mercado angolano,
com uma quebra de 11,5%, o qual explica amplamente
a redução de 11,0% sentida no volume de negócios desta
área face ao ano anterior.
A degradação sentida no volume de negócios não decorre
de um fenómeno de redução da procura ou de alteração dos
padrões de consumo, decorre sim da estratégia de proteção
da Quilaban face ao risco de pendência de crédito por via da
pendência da disponibilização de divisas para pagamento
a fornecedores por parte das empresas em Angola. De fato,
mantendo-se o interesse estratégico da continuidade da
presença nesse mercado, entendeu-se estabelecer como
medida de contenção de risco a disponibilização de novos
fornecimentos na justa medida do valor das transferências
realizadas a partir daquele mercado para pagamento
de faturas em aberto. Esta prática levou a que o nível de
satisfação das encomendas recebidas daquele mercado fosse
substancialmente reduzido, o que impactou o volume de
negócios da empresa.
Em resposta a este desafio e aos riscos inerentes
a este mercado, procuramos ajustar em alta as margens
de comercialização e alargar o âmbito geográfico da
nossa atividade, medida esta que, de resto, já vínhamos
desenvolvendo em exercícios anteriores.
A participação num número alargado de concursos
internacionais, 60 no total, em países como Angola,
Moçambique, Cabo Verde, Timor-Leste, Namíbia e Guiné
-11,0% — Crescimento
em 2017
35 — Número de
clientes
Bissau e a criação de uma dinâmica de gestão da relação com
os clientes internacionais mais próxima foram as medidas
mais relevantes naquele sentido.
Destaca-se também o reforço do posicionamento da marca
Element® Neo em Cabo Verde, através do concurso para
abastecimento da EMPROFAC e ainda a primeira adjudicação
para fornecimento de medicamentos e outros produtos de
saúde ao Serviço Autónomo de Medicamentos
e Equipamentos de Saúde – SAMES em Timor-Leste,
enquanto dinâmicas de expansão dos negócios de
exportação.
A participação em feiras e eventos de promoção de negócios
nacionais e internacionais, designadamente CPhI worldwide;
Expopharm; Pharmagora; Portugal Exportador; Fórum
das Multilaterais promovido pela AICEP, foi também uma
dinâmica amplamente promovida como driver do nosso
crescimento internacional.
A promoção do negócio internacional é um dos desígnios
fundamentais da nossa estratégia de crescimento, quer
por via da promoção e desenvolvimento dos negócios
das empresas relacionadas em África, quer por via da
identificação de novas oportunidades em novas geografias
e/ou segmentos de negócio.
Em 2017, neste âmbito, lançou-se uma reflexão alargada
sobre a estratégia de internacionalização tendo em vista
atuar sobre quatro vetores:
• Sistematização de um conjunto de critérios
 e indicadores de referência para a seleção de países a
explorar em termos de desenvolvimento de negócio, no
âmbito de um quadro de desenvolvimento sustentado
de uma estratégia de internacionalização;
• Manutenção de contatos alargados com potenciais
parceiros e clientes, quer através de vistas exploratórias
quer através de eventos de networking empresarial;
• Identificação de necessidades dos mercados e criação
de um portfolio adequado e consistente;
• Criação de uma marca e de uma imagem consistentes
e uniformes para os mercados internacionais.
Fruto desta reflexão, para além de diversas iniciativas,
lançou-se a marca APPROPCARE – Approaching Healthcare
Worldwide, a qual invoca a dinâmica inerente à nossa Missão
– Promover o acesso à saúde.
No que respeita ao acompanhamento das entidades
relacionadas, para além do apoio na promoção
e desenvolvimento do seu negócio local, quer pela
dinamização de estratégias de marketing e vendas, quer pela
facilitação e articulação com as equipas da Quilaban
ao nível das diversas áreas de negócio e de suporte, tivemos
uma intervenção muito direcionada para o desenvolvimento
de modelos de gestão alinhados com as melhores práticas
preconizadas no Grupo.
Destacam-se a promoção e apoio na elaboração de Planos
Estratégicos e Operacionais, o desenvolvimento
e monitorização de indicadores de performance, a definição
e gestão de políticas de preços, de aprovisionamento
e de crédito, assim como a assistência na definição
e implementação de programas de desenvolvimento das
pessoas, entre outras atividades relevantes.
Quanto à identificação e exploração de novas oportunidades
de negócio em novas geografias, destaca-se o trabalho
desenvolvido no mercado Iraniano.
Ao longo do ano de 2017 consolidamos a nossa relação com
o nosso parceiro na área pública, a Tamin Pharmaceutical
Investment Company – TPICO e alargámos a nossa abordagem
também ao setor privado.
No âmbito do intercâmbio com as entidades Iranianas,
realizamos múltiplas visitas de trabalho ao Irão e recebemos
em Portugal muitos dos seus representantes, tendo
explorado múltiplas oportunidades, designadamente:
• Exportação de produtos farmacêuticos portugueses,
com e sem transferência de tecnologia;
• Contract manufacturing de produtos em Portugal;
• Iniciativas de promoção e certificação de boas práticas
de fabrico.
Aproveitando a proximidade geográfica e as relações
existentes com o Irão, iniciámos contatos com vista
ao desenvolvimento de negócios com empresas no
Cazaquistão, Iraque, Líbano, Jordânia, Ucrânia e Geórgia.
A abordagem a estes mercados exige uma dinâmica
muito sensível às dimensões culturais e sociais específicas
destes países pelo que, neste âmbito, a abordagem a estes
mercados será feita com a marca Approcare Middle East
através de uma empresa na qual participa com uma quota
minoritária um Iraniano profundamente conhecedor do
mercado e da dinâmica de negócio nestes países.
— Quilaban
27
28
Relatório & Contas 2017 —
— operações
Ao nível da área de Compras, em 2017 procurámos melhorar
o nível de sistematização e de automatização de alguns dos
processos relacionados com o abastecimento das diversas
áreas de negócio tendo em vista um planeamento mais
sinérgico e eficiente do modelo de aprovisionamento
e do procurement para resposta a concursos internacionais.
Numa dinâmica de procura de eficiências negociámos
com fornecedores de produtos e prestadores de serviço
de transporte melhores condições de abastecimento
e de serviço.
Desenvolvemos e melhorámos os modelos de monitorização
de níveis de serviço e reformulámos o sistema de gestão de
necessidades, compras e logística, os quais nos conferem
maior agilidade na deteção de oportunidades de melhoria
na cadeia de abastecimento, com melhorias evidentes na
satisfação dos nossos clientes.
Com o objetivo de desenvolver com os nossos fornecedores
um processo de melhoria contínua, procedemos à sua
avaliação de acordo com múltiplos critérios de qualidade
de serviço e de relação tendo registado um nível global de
satisfação de 91%.
Na área da Logística procedemos a uma reformulação
profunda da nossa operação o que nos permitiu integrar
maiores eficiências operacionais e melhorar os níveis
de serviço.
A armazenagem e distribuição dos produtos da área Farma
passou a contar desde o início do ano com
a complementaridade de atuação de um distribuidor
grossista que assegura um abastecimento regular às
farmácias que servimos, permitindo-nos otimizar a rotação
dos stocks e a regularidade e rapidez de distribuição.
A transferência da operação associada dos produtos da
área de Healthcare para um operador logístico, ocorrida já
no final de 2017, permitiu-nos concentrar toda a operação
logística remanescente num único armazém e assegurar
maiores níveis de eficiência operacional. Por outro lado,
com esta transferência conquistamos maior capacidade de
armazenagem destes produtos, tipicamente mais volumosos,
e assim também sustentabilidade para crescimentos futuros
deste negócio.
Ao longo do ano assistimos a uma evolução positiva
dos principais indicadores de performance desta área,
destacando-se a melhoria dos níveis de serviço, nos tempos
de preparação de encomendas e na regularização de
devoluções pendentes por parte de fornecedores.
Ao nível da área da Direção Técnica e Assuntos
Regulamentares, foram múltiplos os desafios que nos foram
sendo colocados ao longo do ano.
No que respeita a alterações regulamentares destacamos
a nova legislação sobre a transparência e publicidade,
constante do decreto-lei nº 5/2017, relativamente à qual
definimos e implementámos um novo procedimento para
a promoção e publicidade de dispositivos médicos. Esta
regulamentação abrangia anteriormente, apenas,
os medicamentos.
Também no âmbito da integração das práticas decorrentes
da Diretiva sobre os Medicamentos Falsificados iniciámos a
participação em grupos de trabalho internos e externos com
vista à integração na Quilaban das práticas que decorrem das
determinações desta diretiva cuja entrada em vigor ocorrerá
no início de 2019.
No âmbito da atividade regulamentar, procedemos ao registo
de 3 novas apresentações do Cathejell® como dispositivo
médico na plataforma do Infarmed e, na sequência de
resultados recentes dos estudos de estabilidade do
Nitromint, atualizámos o seu prazo de validade de
3 para 2 anos.
Com o objetivo de conferir maior robustez a esta área, de
conjugar múltiplas competências técnicas desta natureza
dispersas na organização, gerar sinergias e criar um centro
de competência com uma estrutura capaz de sustentar
o desenvolvimento futuro da organização designadamente
através da expansão para novos mercados, reforçámos
a equipa com duas novas farmacêuticas que se encontravam
anteriormente integradas noutras equipas.

Com um papel determinante na sustentabilidade das

operações e por essa via do negócio, a área de Organização,
Sistemas e Métodos desenvolveu ao longo do ano múltiplas
iniciativas com impacto muito positivo.

Ao nível da infraestrutura tecnológica, o reforço dos

sistemas de comunicações, do datacenter e a renovação do
parque informático, através da qual se integrou também
um melhor sistema de registo e monitorização dos
equipamentos, com uma gestão central de versões e de
updates, constituiu um avanço importante ao nível da sua
robustez e operacionalidade. Para o parque de impressão foi
implementada uma política de gestão centralizada
e a criação de pontos de impressão centrais, reduzindo
o desperdício e os custos associados à impressão.

Sobre a gestão das aplicações de suporte à atividade,

ocorreram ao longo do ano múltiplas intervenções quer
ao nível do ERP Navision quer ao nível de muitas das
aplicações satélite, essenciais para a operacionalidade,
eficiência e dinâmica de desenvolvimento da organização.

Destacam-se algumas intervenções:

• Ao nível dos ficheiros mestre, às quais se associou a
definição e implementação de um workflow específico
e sistemático para a atualização de informações de
produtos, fornecedores e clientes;
• Sobre o Microsoft Office, com a maximização da suite
Office365 através da habilitação de algumas das suas
ferramentas colaborativas;
• Na gestão do aprovisionamento, com a implementação
do Sistema de gestão de Necessidades, Compras e
Logística;
• Na gestão da qualidade, com a introdução de melhorias
no Sistema da Gestão de Ocorrências, através das quais
— Quilaban

se podem gerir de forma dinâmica e mais eficaz todas

as ocorrências no âmbito das relações com clientes
e fornecedores, promovendo a melhoria contínua da
organização.

29
30
Relatório & Contas 2017 —
Manteve-se ao longo do ano o trabalho de análise e
sistematização de processos com vista à sua otimização e
melhoria.
Em 2017, na sequência da auditoria externa realizada pela
APCER, renovámos a Certificação da Qualidade segundo
a Norma ISO 9001:2008 e iniciámos os trabalhos de
adaptação, os quais, de fato, representam um esforço
marginal, para a certificação em 2018 segundo os padrões
da Norma ISO 9001:2015.
Na área da Comunicação manteve-se uma forte dinâmica
na produção de materiais, no desenvolvimento das nossas
marcas e no apoio de múltiplas iniciativas desenvolvidas na
organização.
Ao longo do ano, inspirados pelo tema “Comunicar – Uma
Química que nos Une” apoiámos a realização de vários
workshops e de múltiplas iniciativas de comunicação
alusivas ao tema.
Tendo como base a promoção e divulgação do
conhecimento científico junto dos nossos clientes,
aproveitando o capital de conhecimento existente nas nossas
equipas e nas empresas que representamos, lançámos o
conceito Quilaban Academy, consistindo em workshops onde
divulgamos o state of the art do conhecimento científico
relacionado com as áreas de intervenção dos nossos
produtos e serviços.
Sob o desafio de criar uma marca capaz de representar a
nossa missão de promover a saúde e a nossa ambição de
desenvolvermos uma abordagem internacional, ligando as
fontes de sourcing que conjuguem maior valor nos produtos
que oferecem, com os destinos onde as soluções que
disponibilizamos correspondam às necessidades dos agentes
e das populações, desenvolvemos a marca APPROCARE –
Approaching Healthcare Worldwide.
Esta marca invoca a
simplicidade que temos
como valor para tudo o que
fazemos, a dinâmica que
nos leva aos “quatro cantos
do Mundo” na procura e
disponibilização de soluções
e a nossa vocação para
a saúde como valor
fundamental e com o qual
estamos profundamente
comprometidos enquanto via
para melhorar a qualidade de
vida de todas
as pessoas que impactamos com o nosso trabalho.
Todos os elementos de comunicação, incluindo o site
www.approcare.net, foram desenvolvidos e lançados
ao longo de 2017 e deverão constituir no futuro a imagem
internacional comum para as empresas internacionais
do Grupo.
Apoiámos as áreas de negócio na promoção dos seus
portfolios através da conceção e produção de materiais de
comunicação variados adequados às suas necessidades.
No final de 2017, lançando o mote para 2018, desenvolvemos
a comunicação do V Encontro Anual da Quilaban, sob
o tema “Relações de Confiança” tendo criado uma dinâmica
através duma metáfora assente na experiência do Circo
e na confiança que une os artistas num compromisso forte
e que estará na base de múltiplas iniciativas de comunicação
interna que iremos desenvolver ao longo de 2018.
— finanças
Nas áreas que integram as Finanças tivemos como foco
em 2017 a criação de condições ao nível da informação de
gestão e da gestão financeira da organização, que fomentem
a sua robustez e competitividade.

Na área da Contabilidade reformulámos procedimentos e

articulámo-nos com as demais áreas da organização e com
os nossos parceiros de negócio para que possamos encurtar
os tempos de produção das demonstrações financeiras
mensais, tendo em curso um projeto que nos permitirá
“fechar as contas” até ao 6º dia útil do mês seguinte, com
um ganho muito substancial ao nível da disponibilização de
informação de gestão e da tomada de iniciativa e decisão daí
decorrentes.

O controlo do crédito e do endividamento dos clientes

continuou a merecer uma particular atenção, reforçando-se
a monitorização dos ratings e da performance económica e
financeira dos clientes enquanto referência para a concessão
de crédito e, bem assim, promovendo-se uma relação
próxima com os clientes através de reuniões e visitas de
acompanhamento em conjunto com as equipas comerciais.

Ao nível da gestão da tesouraria privilegiou-se a constituição

de linhas de financiamento com maturidades adequadas à
estrutura dos ativos da organização e a gestão próxima dos
diversos fluxos financeiros através dum planeamento eficaz e
dinâmico da tesouraria.

No que respeita à área do Planeamento e Controlo deu-

se uma particular ênfase à interação com as diversas
áreas da organização para que as intervenções nesta área
se encontrassem bem alinhadas com as dimensões de
— Quilaban

criação de valor identificadas e as análises e informações

apresentadas fossem robustas e estrategicamente relevantes.

31
32

pessoas
Relatório & Contas 2017 —

107
— Nº total de
pessoas
Contamos com uma equipa composta por 107 Pessoas.
Na Quilaban acreditamos que para proporcionarmos
experiências excecionais aos nossos Clientes devemos,
antes de mais, criar condições para ter Pessoas motivadas,
competentes e envolvidas com a organização, inspiradas por
um propósito comum, que as motiva e mobiliza enquanto
indivíduos e enquanto equipa.
O desenvolvimento de competências é um desígnio central
para a promoção da qualidade em tudo o que fazemos
e como o fazemos.
Para o efeito levamos a cabo um conjunto vasto de iniciativas
orientadas para o desenvolvimento de soft skills e hard skills
das nossas Pessoas, designadamente:
• Programas de formação em Excel; Access; ERP Navision;
Microsoft Outlook; Língua Inglesa; Assertividade;
• Formações das lideranças de topo e intermédias em
Liderança; Gestão da Mudança e Assertividade;
• Workshops sobre comunicação envolvendo todos
os colaboradores, explorando os temas “Comunicar
objetivos organizacionais de forma mobilizadora”;
“A influência das emoções na comunicação” e
“Comunicar como dinâmica de excelência”.
Realizamos 70 ações de formação, num total de 3.258 horas
e 883 participantes distintos.
Ao nível da comunicação interna, lançámos em 2017 um
novo formato de comunicação, mais simples e direta,
invocando o mote “Energia Positiva” com o objetivo de, para
além de informar, dinamizar a organização em torno de uma
lógica de relação positiva e mobilizadora.
Com o objetivo de criar identidade das Pessoas com
a organização e de desenvolver uma dinâmica positiva
envolvendo também as suas famílias, levámos a cabo várias
iniciativas, dinamizadas pela equipa da responsabilidade
social e ambiental:
• A iniciativa Kids@Work onde, pela primeira vez em 2017,
numa tarde particularmente animada, convidamos
os filhos dos colaboradores da Quilaban a visitar-nos
e a estar connosco, conhecendo o que fazemos,
explorando os nossos espaços, assumindo funções
dentro da organização e, sobretudo, divertindo-se com
os seus pais e com as equipas de que fazem parte;
• A 3ª Edição do Piquenique Quilaban, na Quinta do
Pisão em Sintra, onde num domingo as famílias dos
nossos colaboradores se juntam num piquenique muito
animado;
• O Arraial dos Santos Populares, nas instalações da
empresa, onde os colaboradores desfrutam de um fim
de tarde típico e divertido de festa com os seus colegas;
• O Magusto que nos mobiliza para um momento que
junta às castanhas a interação entre colegas e a boa
disposição no dia de S. Martinho.
Ao longo do ano mantivemos os habituais processos
de avaliação de performance e de oportunidades de
desenvolvimento das nossas Pessoas e no Encontro Anual,
que ocorreu este ano no final de novembro, dedicado ao
tema “Relações de Confiança” que inspirará a nossa atuação
em 2018, atribuímos os prémios Quilaban, distinguindo
o Colaborador do Ano, a Equipa do Ano, o Projeto do Ano,
uma Carreira marcante e um colaborador ou iniciativa
merecedora de particular reconhecimento.
O nível de satisfação das Pessoas é também monitorizado
através da participação no Índice da Excelência no Trabalho.
Os resultados do inquérito de 2017 foram publicados no
início de mês de fevereiro de 2018 e apontam para uma
melhoria substancial dos níveis de satisfação das nossas
Pessoas, situando-se nos 73,5%, mais 6,1 p.p. que em 2016,
o que nos coloca no lugar 20 do ranking das médias
empresas.
A atribuição de estágios profissionais e universitários foi
uma prática que se manteve, com o objetivo de promover
a integração profissional de jovens e a identificação de
talento. Em 2017 realizámos 7 estágios universitários.
— Quilaban
33
34
Relatório & Contas 2017 —

responsabilidade
social e ambiental
Ao longo do ano demos continuidade aos programas de
Responsabilidade Social e Ambiental assentes em iniciativas
orientadas para as nossas Pessoas e para as Comunidades em
que nos integramos.
Em conjunto com a equipa da Segurança e Saúde no
Trabalho, a Quilaban disponibilizou gratuitamente a vacina
contra a gripe sazonal aos colaboradores cuja administração
fosse recomendada.

Responsabilidade social
Mantendo o foco na PROMOÇÃO DA SAÚDE, missão que nos
mobiliza, desenvolvemos uma multiplicidade de iniciativas
com incidência sobre a saúde, nas quais todos o
s colaboradores da Quilaban são convidados a envolver-se
e a participar ativamente. Estas iniciativas são enquadradas
sob três vetores de intervenção social:
Neste âmbito desenvolvemos projetos pontuais nos quais
os colaboradores da Quilaban são desafiados a identificar
iniciativas de ação social e/ou ambiental e a criar equipas
para as desenvolver.

Atribuímos a cada equipa um orçamento de intervenção

social, para aplicação no seu projeto.

Porque a nossa missão começa desde logo “em nossa casa”,
dedicamo-nos a promover a Saúde das nossas Pessoas.
Demos continuidade ao programa QUILABAN CUIDAR+
onde, ao longo de 15 dias promovemos várias iniciativas
(rastreios, comunicações e workshops) com o objetivo de
sensibilizar as nossas Pessoas para o cuidado que devem
dedicar à sua saúde, numa ótica de prevenção e educação
para a saúde.
Ainda no âmbito da iniciativa Saúde para Todos, realizámos
um rastreio cardiovascular, em novembro, proporcionando
acompanhamento às nossas Pessoas que apresentem um
perfil de risco.
Atenta às comunidades em que se integra, a Quilaban
desenvolve também parcerias de intervenção para responder
às necessidades de instituições específicas, cujo objetivo
e intervenção sejam enquadráveis no âmbito do seu
Programa de Responsabilidade Social.
Em 2017 associámo-nos, com iniciativas específicas a
movimentos ou organizações como o apoio às vítimas do
incêndio de Pedrogão Grande, a Fundação O Século, a Casa
Mãe do Gradil e as Aldeias SOS.
Desenvolvemos campanhas pontuais que assentam na
capacidade mobilizadora dos colaboradores, das suas
famílias e dos parceiros de negócio da Quilaban.
Durante o ano de 2017 envolvemo-nos em múltiplas
iniciativas:
Ação de voluntariado na recolha de alimentos destinados ao
C.A.S.A. – Centro de Apoio aos Sem Abrigo, instituição que
dá apoio aos sem-abrigo e famílias carenciadas da região
de Sintra. Reforçámos práticas de cooperação e trabalho em
equipa, manifestámos espírito de missão social e dedicação
à comunidade em que nos integramos. Tivemos a
participação de 22 colaboradores voluntários, pertencentes
às diversas áreas da Quilaban, que asseguram todos
os turnos, de um sábado, de recolha de alimentos, num
supermercado de Sassoeiros.
2 sessões de colheita de sangue, em abril e outubro,
através da ação do Instituto Português do Sangue e da
Transplantação, que se deslocou à Quilaban na sua unidade
móvel de colheita com 30 colaboradores a aderirem a esta
iniciativa.
Em maio, por sugestão da MDS Moçambique, apoiamos
o projeto Makobo: a lancheira solidária. Este projeto visa
desenvolver uma alternativa de serviço social básico
destinado a crianças em situação de pobreza extrema.
Promove simultaneamente ações de sensibilização para o
drama da malnutrição e desnutrição crónica e analfabetismo
que afeta mais de 20.000.000 de Moçambicanos, mobilizando
apoios para o acesso a alimentação, educação e saúde
em Moçambique. Esta iniciativa beneficia, principalmente
crianças, garantindo que estas tenham pelo menos uma
refeição por dia (sopa + bebida + pão + fruta). O espírito
solidário das nossas Pessoas permitiu reunir 82 termos para
sólidos, com capacidade para 1 litro de sopa.
Entre outubro e novembro, atendemos a um apelo do Banco
Alimentar de Setúbal para a recolha de leite. Lançámos
uma campanha interna de recolha de leite que mobilizou
massivamente as pessoas. Reunimos 634 litros de leite.
A nossa campanha de Natal reverteu a favor das Aldeias
SOS de Bicesse. Esta instituição desenvolve programas de
proteção direcionados para crianças e jovens que ficaram
privados de cuidado parental, proporcionando uma nova
oportunidade de crescerem felizes. Nas Aldeias SOS de
Bicesse existem 12 casas onde se vive em família e em
comunidade o ambiente. Reunimos uma palete de roupas
e brinquedos e outra de alimentos e produtos de higiene.
Adicionalmente, a Quilaban atendeu a um pedido das
Aldeias SOS oferecendo 12 caixas de primeiros socorros, uma
por cada casa.
Responsabilidade ambiental
A Quilaban mantém na sua atividade práticas responsáveis
em termos ambientais atuando em 5 vetores fundamentais.
Energia
Utilização de lâmpadas economizadoras e sensores de
movimento para a ativação da iluminação reduzindo o
consumo energético e evitando situações de desperdício.
Água
Manutenção de torneiras com fluxo controlado e de fecho
automático.
Papel
Separação seletiva de papel e depósito em local de recolha
credenciado para a sua reciclagem. Redução do mínimo
de documentos impressos através da criação de arquivos
eletrónicos de documentos.
Resíduos
Recolha seletiva de toners, pilhas e equipamento eletrónico.
Emissões
Realização das manutenções e revisões periódicas das
viaturas ao serviço a empresa, assegurando a minimização
das emissões.
A promoção da sensibilidade e de práticas orientadas para
a proteção ambiental é também uma das nossas prioridades,
evidentes através de iniciativas envolvendo os nossos
colaboradores. A reciclagem de papel, cartão e embalagens
entrou definitivamente na rotina de todos nós.
“Cuida de mim” foi o mote da atividade realizada pela equipa
da Responsabilidade Social e Ambiental no Dia Mundial da
Árvore, 21 de março.
Nesse dia distribuímos a cada pessoa uma planta,
convidando-a a mantê-la. Associou-se a este gesto
a sensibilização de todos para a importância de reduzir
o consumo de papel e assim contribuir para a preservação
das nossas florestas.
— Quilaban
35
 performance
36

económico-financeira
Relatório & Contas 2017 —

— Ao nível do número de unidades transacionadas, verificou-

2016 Tx. Cresc. 2017 Tx. Cresc. -se um crescimento em 5,3% face ao ano anterior, para um
resultados
Vendas e
total de 7,6 milhões de unidades. O número de unidades
serviços 29 630 487 -5,8% 28 429 027 -4,1% transacionadas na área de Exportação aumentou cerca de
prestados
658 mil unidades comparativamente com o ano anterior
Resultado bruto 8 939 410 8,2% 9 723 870 8,8% enquanto na área Farma se verificou um decréscimo de cerca
% das vendas e de 271 mil unidades.
serv. prestados 30,17% 34,20%

EBITDA 3 124 019 9,3% 3 828 602 22,6% Ao nível da rendibilidade bruta verificou-se um

% das vendas e crescimento face ao ano anterior de 22,6% para os €3,8
10,54% 13,47%
serv. prestados milhões e com isso uma melhoria da margem EBITDA para
Resultado
2 321 678 12,2% 3 202 183 37,9% 13,47% decorrente das alterações ao nível do mix de vendas
operacional
e de mercados, da melhoria das margens brutas e da redução
% das vendas e
serv. prestados 7,84% 11,26% de custos operacionais em cerca de 5,7%.
Resultado
líquido do 972 563 47,3% 1 844 292 89,6% No que respeita a resultados operacionais, no montante
período de €3,8 milhões em termos absolutos, o seu valor evidenciou
% das vendas e
3,28% 6,49% um crescimento de 37,9% face ao exercício anterior, com a
serv. prestados
rendibilidade operacional a aumentar de 7,84% em 2016
EBITDA = Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
para 11,26% em 2017.
Valores em Euros

Volume de negócios da Quilaban decresceu €1,2 Os fornecimentos e serviços externos de cerca de

milhões em 2017 para um valor global de €28,4 milhões, €2,1 milhões, mantiveram-se controlados e ao mesmo
representando uma redução de 4,1% face a 2016. nível do ano anterior.

O principal driver desta variação foi a degradação do nosso
volume de negócios em €1,3 milhões na área Farma por via
da reorganização do modelo de distribuição a farmácias.
Na área de Exportação fruto dos constrangimentos sentidos
em Angola (devido à crise financeira e cambial do país) e em
Moçambique, as vendas para estes mercados reduziram €0,3
milhões representando uma quebra de 4,3% face a 2016. Os
mercados de Angola e Moçambique representam cerca de
78,1% das vendas de exportação.
A área do Diagnóstico apresentou um crescimento de
€0,7 milhões do seu volume de negócios, representando
um aumento de 10,7% face ao ano anterior, por via do
aumento da penetração de mercado de alguns produtos,
do investimento em novas metodologias de identificação
de microrganismos e da forte dinâmica comercial
complementada com a introdução de novas soluções
inovadoras e de elevado valor acrescentado para os nossos
clientes.
A área de Healthcare apresentou um crescimento de vendas
no valor de €0,4 milhões face ao ano anterior, fruto do
aumento de vendas nos segmentos “diabetes” e “consumíveis
clínicos” que permitiram compensar a redução verificada no
segmento "veterinária".
Em 2017, os gastos com pessoal evidenciam um crescimento
de 5,0% face ao ano anterior representando um acréscimo de
€0,2 milhões. Tal resulta de custos de reorganização funcional
da empresa com o objetivo de reforçar as competências
internas e assegurar a conformidade dos níveis de serviço
prestado aos clientes com os desejados padrões de
excelência, e do pagamento de prémios de performance pelo
cumprimento de objetivos.
Fruto do intenso trabalho iniciado em 2016 e com
continuidade em 2017 ao nível da monitorização e do
controlo de crédito, com particular relevância para
o acompanhamento de ratings de clientes através do
acesso a informação especializada, para a limitação de
fornecimentos a clientes com incidentes ou degradação da
sua situação económico-financeira e para a celebração de
acordos de reconhecimento e regularização de dívidas com
clientes devedores com maior antiguidade, reduzimos o nível
de ajustamentos de dívidas de clientes em cerca de €51 mil.
No seguimento da aplicação do método de equivalência
patrimonial das diversas subsidiárias verifica-se em 2017 um
ganho de €0,4 milhões respeitante às empresas em Angola
e na Índia e uma imparidade registada em investimentos
financeiros de cerca de €0,4 milhões respeitante à empresa
na Namíbia e às empresas da Madeira.

Apesar da redução de vendas, o resultado bruto cresceu Os resultados antes de impostos, no valor de €2,2 milhões
8,8% face ao exercício anterior, representando um ganho de apresentam um aumento de 78,8% face ao exercício
€0,8 milhões, tendo a margem bruta melhorado 4,0 pontos anterior, essencialmente decorrentes dos factos acima
percentuais, situando-se nos 34,2% do volume de negócio. descritos. De salientar que os gastos de depreciação e de
amortização decresceram em 21,9% comparativamente com
o ano anterior, bem como os juros e gastos similares que
decresceram 6,3% fruto de um menor endividamento médio.
Ao nível do imposto do exercício é de salientar o impacto
positivo de cerca de €248 mil obtido por via do benefício
fiscal decorrente do investimento no fundo de capital de
risco (BlueCrow Innovation Fund I).
O resultado líquido do exercício situa-se em cerca de
€1,8 milhões, registando um crescimento de 89,6% face
a 2016, apresentando o melhor resultado de sempre da
história da empresa.
Em termos financeiros e tendo em conta um ano 2017
extraordinariamente exigente, a progressão da sociedade
é globalmente positiva.
O ativo cresceu €0,5 milhões para €31,1 milhões, tendo sido
financiado através do aumento dos capitais próprios em
€1,8 milhões, e da redução do passivo global em
€1,4 milhões.
Os indicadores de liquidez continuam a apresentar bons
níveis de cobertura do passivo corrente.
— liquidez 2016 2017
Liquidez geral 1,28
Liquidez reduzida 1,03
Liquidez Geral = Ativo Corrente / Passivo Corrente
Liquidez Reduzida = (Ativo Corrente - Inventários) / Passivo Corrente
Dos indicadores de endividamento, destaca-se a autonomia
financeira acima dos 35%, refletindo o esforço de gestão
eficiente dos ativos e o investimento dos acionistas no
reforço dos capitais próprios da empresa, designadamente
através da não retirada de dividendos. De destacar também
a melhoria do rácio de independência financeira e a redução
do rácio debt-to-equity ratio.
— endividamento 2016
Autonomia financeira 30,20% 35,66%
Independência financeira 43,26% 55,43%
Debt-to equity ratio 1,80
Autonomia Financeira = Capitais Próprios / Ativo
Independência Financeira = Capitais Próprios / Passivo
Debt-to Equity Ratio = Passivo Remunerado / Capitais Próprios
Os indicadores de rendibilidade apresentam significativas
melhorias. A rendibilidade das vendas apresenta-se nos
6,6% fruto da melhoria ao nível das margens brutas e do
controlo de custos operacionais, da redução de gastos com
depreciações e da redução dos gastos financeiros.
A rendibilidade dos capitais próprios é de 19,93%,
apresentando uma significativa melhoria face ao exercício
anterior devido em grande parte à melhoria da rendibilidade
ao nível do resultado operacional.
— rendibilidade 2016 2017
Rendibilidade das vendas 3,34% 6,60%
Rendibilidade dos capitais próprios 11,53% 19,93%
Rendibilidade do ativo 3,17% 5,93%
Rendibilidade das Vendas = Lucro Líquido / Vendas
Rendibilidade dos Capitais Próprios = Lucro Líquido / Capitais Próprios (N-1)
Rendibilidade do Ativo = Lucro Líquido / Activo
Ao nível dos indicadores de atividade, a menor rotação
do ativo decorre sobretudo do aumento das rubricas de
participações financeiras e investimentos financeiros,
muito por via da realização de prestações suplementares
nas subsidiárias da Madeira e do investimento no fundo de
capital de risco (BlueCrow Innovation Fund I).
O tempo médio de recebimento à semelhança do ano
anterior voltou a reduzir 4 dias, situando-se agora em média
em 163 dias. Esse valor está afetado pelo impacto da demora
na realização de transferências bancárias de Angola para
Portugal e dos atrasos nos recebimentos por parte do setor
público.
O tempo médio de pagamentos aumentou 1 dia
comparativamente com o ano anterior, situando-se em 50
dias.
1,07 Ao nível dos stocks, o tempo médio de existências reduziu
0,88 3 dias, fruto do esforço de redução do investimento em
existências no valor de €3,4 milhões, cujo saldo evidenciou
em 2017 uma redução em cerca de €0,5 milhões.
— atividade 2016 2017
Rotação do ativo 0,95 0,90
Tempo médio de existências 70 67
Tempo médio de recebimento 167 163
Tempo médio de pagamento 49 50
Rotação do Ativo = Vendas Anuais / Ativo
2017 Tempo Médio de Existências = Existências / Compras x 365
Tempo Médio de Recebimento = Saldo Clientes Total / (Vendas + Serv. Prest.) com IVA x 365
Tempo Médio de Pagamento = Saldo Fornecedores / (Compras + FSE ) com IVA x 365
Ao nível dos fluxos de caixa foi gerado um fluxo operacional
positivo de €4,7 milhões, inferior a 2016 em €0,4 milhões.
1,36
Os fluxos das atividades de investimento, negativos no
valor de €1,8 milhões, correspondem na grande maioria
conforme já referido a investimentos de reforço das nossas
infraestruturas tecnológicas, às prestações suplementares
nas empresas da Madeira e ao investimento no fundo de
capital de risco (BlueCrow Innovation Fund I).
Os fluxos das atividades de financiamento, negativos em
€2,7 milhões resultam essencialmente do pagamento de
— Quilaban
juros de financiamentos em cerca de €1,1 milhões e da
redução do nível de endividamento em €1,6 milhões.
37
38
Relatório & Contas 2017 —

projetos
futuros
Para 2018 lançámos o tema “Relações de Confiança”
enquadrado em 4 dimensões fundamentais: Relação;
Competência; Fiabilidade; Integridade.
Estas 4 dimensões enquadrarão também os principais eixos
da nossa atuação.
Iremos trabalhar intensamente na dinâmica de relação com
os nossos clientes e demais parceiros de negócio, procurando
compreender de forma aprofundada as suas necessidades e
a realidade dos seus negócios para que possamos colocar as
nossas competências e capacidades ao serviço da cocriação
de soluções inovadoras e de valor acrescentado, que nos
diferenciem e promovam o nosso crescimento
e rendibilidade conjuntos.
A revisão contínua dos processos, a criação de mecanismos
automáticos de produção de indicadores que libertem
as pessoas para atuar sobre os fatos geradores de forma
dinâmica e preventiva, a continuidade da otimização da
plataforma logística e a orientação das pessoas para
a qualidade de serviço serão também dimensões de
particular atenção e intervenção em 2018. Esperamos desta
forma incrementar a fiabilidade das nossas práticas.
Ao nível da integridade continuaremos a trabalhar sobre
a orientação de um código de conduta rigoroso e
empenhados na construção de relações de longo prazo.
A divulgação alargada e sistemática dos valores da
organização e o reconhecimento das pessoas que
os personificam fará parte da abordagem que faremos
a esta dimensão.

proposta
Para o efeito continuaremos a investir nas ferramentas
relacionais e na promoção de abordagens por parte de todas
as equipas que sejam potenciadoras dessa relação e da
integração do conhecimento que daí resulta.

Continuaremos a promover a comunicação interna, externa

e institucional como meios de fomento da relação entre
todos os stakeholders. de aplicação
Ao nível da competência, iremos rever o modelo de
competências funcionais em vigor na organização de forma
a torná-lo mais dinâmico, a criar um referencial mais robusto
para cada colaborador, promovendo o seu desenvolvimento
dos resultados
duma forma mais estruturada e pondo em perspetiva Em conformidade com o disposto na alínea b), nº 1, do artigo
as oportunidades de progressão na carreira. 376º do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de
Administração propõe que o resultado apurado no exercício,
Continuaremos a investir significativamente no no valor de € 1.844.292,07 seja aplicado no reforço da reserva
desenvolvimento das competências das nossas Pessoas, mas legal em € 93.000,00 sendo o valor remanescente de
também na promoção da partilha de competências com € 1.751.292,07 transferido para reservas livres.
os parceiros de negócio, tendo a Quilaban Academy como
um veículo de excelência para o efeito.
nota final
A exigência com que todos os anos nos confrontamos no
nosso trabalho resulta de um misto de pressão conjuntural
e de ambição pela excelência com que enfrentamos todos
os desafios.
Em 2017 vivemos, por ambas as razões, um ano muito
exigente e superámos os objetivos que nos propusemos
atingir.
Aos nossos Acionistas, agradecemos a confiança, o apoio
e o desafio para irmos sempre além.
Continuaremos em 2018, e sempre, a procurar fazer mais
e melhor, na construção de um projeto empresarial de
excelência.
Sintra, 9 de março de 2018

O nosso sucesso é fruto do sucesso e do trabalho de todos O Conselho de Administração

quantos contribuem para a prossecução, dia após dia, da
nossa Missão – Promover a saúde.
Aos nossos Clientes, uma palavra de gratidão pela confiança
e preferência com que nos distinguem.
João Carlos Lombo da Silva Cordeiro
Teresa Margarida Cordeiro Machado
Sérgio Manuel Moreira Luciano

Às nossas Pessoas, a felicitação e agradecimento pela

extraordinária dedicação e entusiasmo com que enfrentam
cada desafio, com espírito de serviço e profissionalismo.
— Quilaban

Aos demais Parceiros de negócio, pelo apoio com que nos

privilegiam na construção das soluções que desenvolvemos,
com espírito de parceira e cooperação.

39
40
Relatório & Contas 2017 —

balanço e
demonstrações
financeiras
 — Quilaban

41
42
— balanço individual nos exercícios findos
em 31 de dezembro 2017 e de 2016
Relatório & Contas 2017 —

Valores expressos em EURO

— rubricas — notas 31-12-2017 31-12-2016

— ativo

Ativo não corrente:

Ativos fixos tangíveis 5 6 657 158,08 6 650 757,81

Ativos intangíveis 6 593 423,83 414 657,04
Participações financeiras - Método da Equivalência Patrimonial 7 4 266 676,94 3 890 086,62
Outros investimentos financeiros 8 1 100 468,11 344 178,84
12 617 726,96 11 299 680,31

— ativo corrente:

Inventários 11 3 377 925,52 3 854 886,05

Clientes 12, 13, 29 14 140 940,06 14 949 340,01
Estado e outros entes públicos 10 - 3 159,36
Outras créditos a receber 14 319 757,74 172 085,44
Diferimentos 15 167 081,16 149 300,46
Caixa e depósitos bancários 4 478 671,65 219 532,49
18 484 376,13 19 348 303,81
— total do ativo 31 102 103,09 30 647 984,12
— capital próprio e passivo

Capital próprio:

Capital subscrito 16.1 6 000 000,00 6 000 000,00

Outros instrumentos de capital próprio 16.2 52 400,00 52 400,00
Reservas legais 16.3 447 000,00 398 000,00
Outras reservas 16.4 2 907 977,43 1 984 414,19
Resultados transitados 16.5 (682 081,74) -
Ajustamentos/outras variações no capital próprio 16.6 522 503,63 (152 813,49)
9 247 799,32 8 282 000,70
Resultado líquido do período 16.7 1 844 292,07 972 563,24
Interesses que não controlam - -

— total do capital próprio 11 092 091,39 9 254 563,94

Passivo:

Provisões 29 63 340,22 -
Financiamentos obtidos 17 2 690 143,75 6 323 454,50
2 753 483,97 6 323 454,50
Passivo corrente:

Fornecedores 13, 19 3 170 650,12 3 300 174,29

Adiantamentos de clientes 12 - 123 911,91
Estado e outros entes públicos 10 427 661,95 376 160,78
Financiamentos obtidos 17 12 382 787,48 10 355 997,69
Outras dívidas a pagar 14 1 156 656,72 913 721,01
Diferimentos 15 118 771,46 -
17 256 527,73 15 069 965,68
— total do passivo 20 010 011,70 21 393 420,18
— total do capital próprio e passivo 31 102 103,09 30 647 984,12
— demonstração individual dos resultados por naturezas nos
exercícios findos em 31 de dezembro 2017 e de 2016
Valores expressos em EURO

— rubricas — notas 31-12-2017 31-12-2016

— rendimentos e gastos

Vendas e serviços prestados 21 28 429 027,11 29 630 486,89

Subsídios à exploração 25 3 480,06 12 584,00
Ganhos/perdas imputados de susbid., assoc. e emp.conjuntos 27 383 357,94 1 183 200,58
Trabalhos para a própria entidade 22 35 187,76 55 905,16
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 11 (18 705 157,61) (20 691 076,87)
Fornecimentos e serviços externos 23 (2 171 861,53) (2 174 989,88)
Gastos com o pessoal 24 (4 029 727,21) (3 837 292,93)
Imparidade de inventários (perdas/reversões) 11, 29 (64 084,28) -
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 29 51 296,97 (36 515,79)
Provisões (aumentos/reduções) 29 (63 340,22) -
Imparidade de investim. não depreciáveis (perdas/reversões) 29 (439 724,55) (833 479,96)
Aumentos/reduções de justo valor 30 1 424,66 (17,49)
Outros rendimentos 27 801 291,01 377 774,92
Outros gastos 26 (402 568,08) (562 559,43)

— resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 3 828 602,03 3 124 019,20

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 5, 6 (626 419,51) (802 340,82)

— resultado operacional (antes de financiamento e impostos) 3 202 182,52 2 321 678,38

Juros e gastos similares suportados 28 (1 045 999,17) (1 116 077,54)

— resultado antes de impostos 2 156 183,35 1 205 600,84

Imposto sobre o rendimento do período 9 (311 891,28) (233 037,60)

— resultado líquido do período 16.7 1 844 292,07 972 563,24 — Quilaban

43
44
— demonstração das alterações no capital próprio nos
exercícios findos em 31 de dezembro 2017 e de 2016
Relatório & Contas 2017 —

Valores expressos em EURO

— capital Próprio Atribuído aos Detentores do Capital da Empresa-Mãe - 2016

ajustamentos TOTAL DO
/ outras — resultado CAPITAL
— capital — prestações — reservas — outras — resultados
— descrição variações líquido do — total PRÓPRIO
subscrito suplementares legais reservas transitados
no capital período
próprio

Posição no início do período 2016 6 000 000,00 52 400,00 364 000,00 1 358 306,91 - - 660 107,28 8 434 814,19 8 434 814,19

— alterações no período

Alterações de políticas contabilísticas - - - - - - - - -

Realização do excedente de
- - - - - - - - -
revalorização de aft e intangíveis

Aplicação de resultados - - 34 000,00 626 107,28 - - (660 107,28) - -

Outras alterações reconhecidas no

- - - - - (152 813,49) - (152 813,49) (152 813,49)
capital próprio

— resultado líquido do período 972 563,24 972 563,24 972 563,24

— resultado líquido integral 972 563,24 972 563,24 972 563,24

— operações com detentores de

capital no período

Realizações de capital - - - - - - - -

Outras operações - - - - - - - -

— posição no fim do período 2016 6 000 000,00 52 400,00 398 000,00 1 984 414,19 (152 813,49) 972 563,24 9 254 563,94 9 254 563,94

— capital Próprio Atribuído aos Detentores do Capital da Empresa-Mãe - 2017

ajustamentos TOTAL DO
/ Outras — resultado CAPITAL
— capital — prestações — reservas — outras — resultados
— descrição variações líquido do — total PRÓPRIO
subscrito suplementares legais reservas transitados
no capital período
próprio

Posição no início do período 2017 6 000 000,00 52 400,00 398 000,00 1 984 414,19 - (152 813,49) 972 563,24 9 254 563,94 9 254 563,94

— alterações no período

Alterações de políticas contabilísticas - - - - - - - - -

Realização do excedente de
- - - - - - - - -
revalorização de aft e intangíveis

Aplicação de resultados - - 49 000,00 923 563,24 - (972 563,24) - -

Outras alterações reconhecidas no

- - - - (682 081,74) 675 317,12 - (6 764,62) (6 764,62)
capital próprio

— resultado líquido do período 1 844 292,07 1 844 292,07 1 844 292,07

— resultado líquido integral 1 844 292,07 1 844 292,07 1 844 292,07

— operações com detentores de

capital no período

Realizações de capital - - - - - - - -

Outras operações - - - - - - - -

— posição no fim do período 2017 6 000 000,00 52 400,00 447 000,00 2 907 977,43 (682 081,74) 522 503,63 1 844 292,07 11 092 091,39 11 092 091,39
— demonstração individual dos fluxos de caixa nos
exercícios findos em 31 de dezembro 2017 e de 2016
Valores expressos em EURO

— rubricas 31-12-2017 31-12-2016

— fluxos de caixa das atividades operacionais - método direto

Recebimentos de clientes 29 226 950,01 31 145 959,44

Pagamentos a fornecedores (20 680 708,78) (22 058 333,50)

Pagamentos ao pessoal (3 968 221,22) (3 684 339,31)

Caixa gerada pelas operações 4 578 020,01 5 403 286,63

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (220 391,55) (196 034,13)

Outros recebimentos/pagamentos 330 381,93 (152 307,05)

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 4 688 010,39 5 054 945,45
— fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis (329 997,68) (956 958,10)

Ativos intangíveis (258 930,50) (182 681,15)

Investimentos financeiros (1 196 011,82) (3 004 572,08)

Recebimentos provenientes de:

Ativos fixos tangiveis 17 812,08 3 000,00

Juros e rendimentos similares 28,81 18,30
Dividendos - -
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (1 767 099,11) (4 141 193,03)
— fluxos de caixa das atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 1 817 406,60 2 707 019,30

Realizações de capital e outros instrumentos de capital próprio - -

Operações de financiamento 652 644,18 229 092,99

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (2 553 648,58) (1 624 305,56)

Juros e gastos similares (1 055 251,16) (1 123 495,01)
Outras operações de financiamento (1 522 923,16) (1 052 244,85)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (2 661 772,12) (863 933,13)

Variação de caixa e seus equivalentes (1)+(2)+(3) 259 139,16 49 819,29

Efeito das diferenças de câmbio - -
Caixa e seus equivalentes no início do período 219 532,49 169 713,20
Caixa e seus equivalentes no fim do período 478 671,65 219 532,49
— Quilaban

45
46
— anexo ao balanço e demonstração dos resultados nos
exercícios findos em 31 de dezembro 2017 e de 2016
Relatório & Contas 2017 —
Valores expressos em EURO
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A QUILABAN – Química Laboratorial Analítica, S.A., é uma
sociedade anónima constituída em julho de 1974, que
tem a sua sede social no Beloura Office Park, Rua Centro
Empresarial, Edifício 11, Sintra, com o capital social de
6.000.000,00 euros, com o número único 500399670, de
Identificação fiscal e de Matrícula na Conservatória do
Registo Comercial de Sintra, tendo como atividade
o Comércio por Grosso de Produtos Farmacêuticos,
CAE 46460.
As notas que se seguem encontram-se organizadas de
acordo com a estrutura entendida como mais adequada
a uma correta leitura e apreensão das principais políticas
contabilísticas adotadas, bem como dos factos mais
relevantes ocorridos no período em análise respeitando
o Sistema de Normalização Contabilística em vigor desde
1 de janeiro de 2010.
Deste modo, as Demonstrações Financeiras foram
preparadas de acordo com as Normas Contabilísticas e de
Relato Financeiro aprovadas pelo Decreto-Lei nº 158/2009
entretanto alterado pelo Decreto Lei n.º 98/2015 de
2 de junho.
2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas de
acordo com o princípio da continuidade das operações
a partir dos livros e registos contabilísticos da QUILABAN –
Química Laboratorial Analítica, S.A., mantidos de acordo com
os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal
(Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro)
e estabelecidos no Sistema de Normalização Contabilístico
(SNC) adotado a partir do início do exercício de 2010.
3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação
das demonstrações financeiras foram os seguintes:
3.1 - Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo
de aquisição e compreendem a 31 de dezembro de
2017 Programas Informáticos e Goodwill na aquisição de
investimento financeiro.
As amortizações correspondentes são calculadas pelo
método das quotas constantes, numa base anual, de acordo
com um período de vida útil estimado de três a dez anos.
3.2 - Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis têm como critério de mensuração
o custo de aquisição deduzido de amortizações.
As amortizações são calculadas pelo método das quotas
constantes, numa base anual, de acordo com as seguintes
vidas úteis estimadas em anos:
• Edifícios e outras construções (8 – 50)
• Equipamento básico (4 – 10)
• Equipamento de transporte (4)
• Equipamento administrativo (3 – 10)
• Outras imobilizações corpóreas (4 – 10)
3.3 - Locações financeiras
Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos
de locação financeira, bem como as correspondentes
responsabilidades, são registados pelo método financeiro
e, consequentemente, o custo do ativo é registado como
investimento e as correspondentes responsabilidades são
registadas como financiamentos obtidos. As rendas são
constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização
financeira do capital, sendo os encargos financeiros
imputados aos exercícios durante o prazo de locação, tendo
em consideração uma taxa de juro periódica constante sobre
o saldo remanescente do passivo, sendo o investimento
amortizado de acordo com a vida útil dos bens.
3.4 - Instrumentos financeiros
A empresa classifica os instrumentos financeiros nas
seguintes categorias:
• Instrumentos financeiros ao custo ou custo amortizado
menos qualquer perda por imparidade;
• Instrumentos financeiros ao justo valor com
as alterações de justo valor a ser reconhecidas na
demonstração de resultados;
• Instrumentos financeiros ao custo ou custo amortizado
menos qualquer perda por imparidade inclui todos
os ativos financeiros, passivos financeiros e instrumentos
de capital próprio que satisfaçam pelo menos uma das
seguintes condições:
• A entidade designa os referidos ativos e passivos, no
momento do seu reconhecimento inicial, para serem
mensurados ao custo amortizado menos qualquer perda
por imparidade, sendo que os mesmos cumprem com os
seguintes critérios:
a) Sejam instrumentos à vista ou com maturidade
definida;
b) Os retornos para o detentor sejam de montante fixo,
de taxa de juro fixa durante a vida do instrumento ou de
taxa variável que seja um indexante típico de mercado
para operações de financiamento ou que inclua um
spread sobre esse mesmo indexante;
c) Não contenha nenhuma cláusula contratual que possa
resultar para o seu detentor em perda do valor nominal
e do juro acumulado.
• Contratos para conceder ou contrair empréstimos que:
a) Não possam ser liquidados em base líquida;
b) Quando executados, se espera que reúnam as
condições para reconhecimento ao custo ou custo
amortizado menos perdas por imparidade;
c) A entidade designe, no momento do reconhecimento
inicial, para serem mensurados ao custo menos perdas
por imparidade;
 • Instrumentos de capital próprio que não sejam
negociados publicamente e cujo justo valor não possa ser
obtido de forma fiável, bem como contratos ligados a tais
instrumentos que, se executados, resultem na entrega
de tais instrumentos, os quais devem ser mensurados ao
custo menos perdas por imparidade.
Apresentamos, de seguida, os instrumentos financeiros que
se enquadram nesta classe:
• Clientes, fornecedores, outros créditos a receber
e outras dívidas a pagar
Um ativo ou passivo financeiro é classificado nesta categoria
se não preencher as condições para ser classificado como
instrumento financeiro ao custo ou custo amortizado menos
qualquer perda por imparidade.
3.5 - Impostos sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento reconhecido como gasto
é calculado com base no resultado tributável da Empresa
utilizando as taxas de tributação em vigor.
3.6 - Inventários
As mercadorias, os materiais e as matérias-primas,
subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao
custo médio de aquisição, o qual é inferior ao respetivo valor
recuperável.
3.7 - Especialização de exercícios
A Empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo
com o princípio da especialização de exercícios, segundo
o qual os mesmos são reconhecidos à medida que são
gerados, independentemente do momento de recebimento
ou pagamento. As diferenças entre os montantes recebidos
e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos gerados
são registadas nas rubricas de Diferimentos, Outras Contas
a Pagar (credores por acréscimos de gastos) e Outras Contas
a receber (devedores por acréscimos de rendimentos).
3.8 - Indemnizações ao pessoal
A Empresa tem como política registar como um gasto
operacional do exercício os encargos com rescisões de
contratos de trabalho no momento em que os mesmos são
acordados.
3.9 - Ativos e passivos contingentes
Os passivos contingentes são definidos pela empresa como:
• Obrigações possíveis que surjam de acontecimentos
passados e cuja existência somente será confirmada
pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos
futuros incertos não totalmente sob o controlo da
empresa ou
• Obrigações presentes que surjam de acontecimentos
passados, mas que não são reconhecidas porque não
é provável que uma saída de recursos que incorpore
benefícios económicos seja necessária para liquidar
a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser
mensurada com suficiente fiabilidade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas
demonstrações financeiras da Empresa, sendo os mesmos
divulgados nas Notas às Demonstrações Financeiras,
a menos que a possibilidade de uma saída de fundos
afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso
este em que não são sequer objeto de divulgação.
Os ativos contingentes são possíveis ativos que surgem de
acontecimentos passados e cuja existência somente será
confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos
futuros incertos não totalmente sob o controlo da empresa.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas
demonstrações financeiras da empresa, mas divulgados nas
Notas às Demonstrações Financeiras quando é provável
a existência de benefício económico futuro.
3.10 - Encargos financeiros
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos
obtidos (juros, prémios, custos acessórios e juros de locações
financeiras) são reconhecidos como custo na demonstração
dos resultados do período em que são incorridos, de acordo
com o princípio da especialização de exercícios.
3.11 - Saldos e transações expressos em moeda
estrangeira
Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram
convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio
vigentes nas datas dos balanços publicadas pelo Banco de
Portugal. As diferenças de câmbio, favoráveis
e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas
de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na
data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram
registados como ganho ou perda na Demonstração dos
Resultados do Exercício.
3.12 - Rédito
O rédito é reconhecido líquido de impostos e descontos
comerciais, pelo justo valor do montante recebido ou
a receber.
O rédito da venda é reconhecido na demonstração dos
resultados quando parte significativa dos riscos e benefícios
inerentes à posse dos ativos seja transferida para
o comprador, seja provável que benefícios económicos fluam
para empresa e que o montante dos referidos rendimentos
possa ser razoavelmente quantificado.
O rédito da prestação de serviços é reconhecido de acordo
com a percentagem de acabamento ou com base no período
de contrato quando a prestação de serviços não esteja
associada à execução de atividades específicas, mas
— Quilaban
à prestação contínua do serviço.
3.13 - Informação por segmentos
Em cada exercício são identificados todos os segmentos
geográficos aplicáveis à empresa.
47
48
Relatório & Contas 2017 —

3.14 - Juízos de valor, julgamentos e estimativas
e pressupostos relativos ao futuro
Na preparação das demonstrações financeiras,
a Administração baseou-se no melhor conhecimento
e na experiência de eventos passados e/ou correntes
considerando determinados pressupostos relativos
a eventos futuros.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram
determinados com base no melhor conhecimento existente
à data de aprovação das demonstrações financeiras dos
eventos e transações em curso, assim como na experiência
de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão
ocorrer situações em períodos subsequentes que, não
sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações
financeiras, não foram consideradas nessas estimativas.
Por este motivo e dado o grau de incerteza associado,
os resultados reais das transações em questão poderão
diferir das correspondentes estimativas. As alterações a
essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das
demonstrações financeiras, serão corrigidas em resultados
de forma prospetiva, conforme disposto pela NCRF 4.
As principais estimativas e os pressupostos relativos
a eventos futuros incluídos na preparação das
demonstrações financeiras são descritos nas
correspondentes notas anexas.
3.15 - Eventos subsequentes e principais fontes de
incerteza das estimativas
Os eventos ocorridos após a data da demonstração da
posição financeira que proporcionem informação adicional
sobre condições que existiam à data da demonstração
da posição financeira são refletidos nas demonstrações
financeiras. Os eventos após a data da demonstração da
posição financeira que proporcionem informação sobre
condições que ocorram após a data da demonstração da
posição financeira, se materiais, são divulgados nas Notas
às Demonstrações Financeiras.
As demonstrações financeiras incorporam estimativas
que não apresentam um risco significativo de originar um
ajustamento material no valor contabilístico dos ativos
e passivos no exercício seguinte.
4. FLUXOS DE CAIXA
Os montantes incluídos na rubrica Caixa e seus equivalentes
correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários,
depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria,
que podem ser imediatamente mobilizáveis com risco
insignificante de alteração de valor.
Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016
o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:
— caixa e seus equivalentes 2017 2016
Caixa (numerário) 2 143,53 2 301,64
Depósitos à ordem, imediatamente
mobilizáveis 471 506,51 203 223,41
Outros depósitos bancários 5 021,61 14 007,44
— total de caixa e seus equivalentes 478 671,65 219 532,49
5. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
No exercício findo em 31 de dezembro de 2017, os
movimentos ocorridos nos ativos fixos tangíveis bem como
nas respetivas amortizações acumuladas, foram os seguintes:

— ativos fixos tangíveis — saldo inicial — adições — transfª e abates — saldo final

Terrenos e recursos naturais 838 878,76 - - 838 878,76

Edifícios comerciais e habitacionais 8 532 365,45 - 91 745,76 8 624 111,21
Equipamento básico 7 682 112,33 386 738,46 (42 100,00) 8 026 750,79
Equipamento de transporte 839 935,63 48 213,02 (125 702,56) 762 446,09
Equipamento administrativo 837 444,88 16 871,64 (86 778,20) 767 538,32
Outros ativos fixos tangíveis 431 929,03 51 189,96 86 778,20 569 897,19
Investimentos em curso 91 745,76 - (91 745,76) -
— ativo bruto 19 254 411,84 503 013,08 (167 802,56) 19 589 622,36
Edifícios comerciais e habitacionais 4 092 089,27 179 527,23 - 4 271 616,50
Equipamento básico 6 907 760,43 242 486,75 (42 100,00) 7 108 147,18
Equipamento de transporte 788 182,38 34 805,50 (125 702,56) 697 285,32
Equipamento administrativo 715 303,76 12 972,82 - 728 276,58
Outros ativos fixos tangíveis 100 318,19 26 820,51 - 127 138,70
— depreciações acumuladas 12 603 654,03 496 612,81 (167 802,56) 12 932 464,28
— ativo líquido 6 650 757,81 6 400,27 - 6 657 158,08
O montante de 496.612,81 Euros apresentado em adições de depreciações refere-se a depreciações do exercício no montante
de 511.068,04 Euros e correções do exercício anterior no montante de 14.455,23 Euros. Estas correções foram registadas na
conta de “outros rendimentos – correções do exercício anterior”.

6. ATIVOS INTANGÍVEIS
No exercício findo em 31 de dezembro de 2017, os movimentos ocorridos nos ativos intangíveis, bem como nas respetivas
amortizações, foram os seguintes:

— ativos intangíveis — saldo inicial — adições — transfª e abates — saldo final

Goodwill 8 170,20 - - 8 170,20
Programas de computador 490 473,03 - 337 837,77 828 310,80
Outros ativos intangíveis - - 5 950,00 5 950,00
Investimentos em curso 230 578,38 294 118,26 (343 787,77) 180 908,87
— ativo bruto 729 221,61 294 118,26 - 1 023 339,87
Goodwill 817,02 817,02 - 1 634,04
Programas de computador 313 747,55 114 236,95 - 427 984,50
Outros ativos intangíveis - 297,50 - 297,50
— depreciações acumuladas 314 564,57 115 351,47 - 429 916,04
— ativo líquido 414 657,04 178 766,79 - 593 423,83

7. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
Em 31 de dezembro de 2017, as participações financeiras são como se segue:

— participações — movimento no — imputação de — ajustamentos — imparidades

— saldo inicial — saldo final — % participação
financeiras exercício resultados ativos financeiros acumuladas

TDS - Tecnologia e
Diagnóstico na Saúde, 3 766 399,19 - 358 773,10 (129,15) - 4 125 043,14 88,462%
Lda.

Quilaban Pharma
Trading, Ltd. 123 684,43 - 24 584,84 (6 635,47) - 141 633,80 99,040%
Quilaban Health
Trading, Ltd. 3,00 - - - (3,00) - 51,000%
Approcare Middle East,
Lda. (ZFM) - 3 250,00 - - (3 250,00) - 65,000%
Approcare Internacional,
Unip., Lda. (ZFM) - 25 000,00 - - (25 000,00) - 100,000%
— total outros ativos
financeiros 3 890 086,62 28 250,00 383 357,94 (6 764,62) (28 253,00) 4 266 676,94

Em 2017 foram criadas duas empresas, Approcare Middle East e Approcare Internacional, que visam dar corpo ao
desenvolvimento da estratégia de internacionalização da Quilaban. Sendo este o 1º ano de atividade dessas duas empresas,
as mesmas apresentam prejuízos no exercício, o que se refletiu no registo de imparidades. O mesmo sucedeu com a
subsidiária na Namíbia, que apresentou igualmente prejuízos no exercício.
— Quilaban

49
50
Relatório & Contas 2017 —

8. OUTROS ATIVOS FINANCEIROS

Ativo Não Corrente
Investimentos de reduzida dimensão em empresas não cotadas. Os ativos financeiros mencionados encontram-se
mensurados ao custo de aquisição. A Administração entende que o valor líquido pelo qual se encontram contabilizados se
aproxima do seu justo valor.

— movimento no — perdas por

— outros ativos financeiros — saldo inicial — saldo final
exercício imparidade
Lisgarante - Sociedade de Garantia Mútua 41 570,00 - - 41 570,00
Garval - Sociedade de Garantia Mútua 1 970,00 - - 1 970,00
Norgarante - Sociedade de Garantia Mútua 1 970,00 - - 1 970,00
Bluepharma Genéricos - Com. de Medicamentos, S.A. 4 000,00 - - 4 000,00
FGCT - Fundo Garantia e Compensação Trabalho 10 700,80 5 060,82 - 15 761,62
Bluecrow Innovation Fund I, FCR - 300 000,00 - 300 000,00
TDS - Tecnologia e Diagnostico na Saúde, Lda. 176 559,04 - - 176 559,04
Quilaban Health Trading, Ltd. 30 597,00 5 200,00 (35 797,00) -
Approcare Middle East, Lda. (ZFM) - 680 000,00 (365 052,17) 314 947,83
Approcare Internacional, Unip., Lda. (ZFM) - 20 000,00 (10 622,38) 9 377,62
Investimentos financeiros em curso 76 812,00 157 500,00 - 234 312,00
— total outros ativos financeiros 344 178,84 1 167 760,82 (411 471,55) 1 100 468,11

Em dezembro de 2017, foi feito um investimento de 300.000,00 Euros num fundo de investimento “BlueCrow Innovation Fund
I”, um fundo de capital de risco, cujo património se destina à aquisição, por período de tempo limitado, de instrumentos
de capital próprio em sociedades com elevado potencial de desenvolvimento, cujas atividades se enquadrem em áreas
de investigação e desenvolvimento (I&D) de base Portuguesa e sua idoneidade em matéria de I&D seja reconhecida por
despacho ministerial. Decorrente deste investimento, 82,5% do montante investido no fundo pode ser deduzido à coleta
de IRC.

As perdas por imparidades registadas no exercício são o reflexo dos prejuízos que se verificaram no exercício das subsidiárias,
tal como consta na nota 7. Foram feitas prestações suplementares para reforçar os capitais próprias das duas empresas
Approcare.

O aumento em investimentos financeiros em curso refere-se a projetos com parceiros estratégicos na Guiné-Bissau.

9. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na Demonstração dos Resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro
de 2017 e 31 de dezembro de 2016 são detalhados como se segue:

— imposto sobre o rendimento — 2017 — 2016

Resultados antes de impostos 2 156 183,35 1 205 600,84
Correções 14 097,88 (420 658,29)
— resultados antes de impostos sujeito 2 170 281,23 784 942,55
Taxa de imposto 20,97% 20,92%
Imposto esperado 455 159,06 164 237,94
Derrama estadual 20 108,44 -
Benefícios fiscais à coleta (247 500,00) -
Derrama municipal 32 554,22 11 774,14
Tributações autónomas 51 569,56 57 025,52
— imposto total 311 891,28 233 037,60
— taxa efetiva de imposto 14,37% 29,69%
Os benefícios fiscais à coleta decorrem da dedução para efeitos fiscais de 82,5% do investimento realizado no fundo
“BlueCrow Innovation Fund I” tal como referido na nota 8.

10. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe da rubrica Estado e outros entes públicos, em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, é a seguinte:

— 2017 — 2016

— estado e outros entes públicos — corrente — não corrente — total — corrente — não corrente — total

— ativos:

Outras tributações - - - 3 159,36 - 3 159,36

— total do ativo - - - 3 159,36 - 3 159,36
— passivos:

Imposto sobre o rendimento 157 768,25 - 157 768,25 74 234,41 - 74 234,41

Retenção imp. s/ rendimentos 47 588,18 - 47 588,18 52 798,67 - 52 798,67
Imposto s/ o valor acrescentado 144 891,72 - 144 891,72 173 197,60 - 173 197,60
Segurança social 76 692,46 - 76 692,46 75 341,69 - 75 341,69
Outras tributações 721,34 - 721,34 588,41 - 588,41
— total do passivo 427 661,95 - 427 661,95 376 160,78 - 376 160,78

Não existem dívidas em situação de mora na rubrica do passivo Estado e outros entes públicos.

11. INVENTÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, o detalhe da rubrica de Inventários é o seguinte:

— inventários — 2017 — 2016

Mercadorias 3 433 341,32 3 843 323,19
Materiais diversos 8 668,48 11 562,86
Perdas por imparidade acumuladas (64 084,28) -
— total inventários 3 377 925,52 3 854 886,05

— matérias-primas,
— inventários — mercadorias — total
subsidiárias e consumo
Existências finais 3 433 341,32 8 668,48 3 442 009,80
Perdas por imparidade acumuladas (64 084,28) - (64 084,28)
— total inventários 3 369 257,04 8 668,48 3 377 925,52

A demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no período findo a 31 de dezembro de 2017
é a seguinte:

— custo da mercadoria vendida e das matérias — matérias-primas,

— mercadorias — total
consumidas subsidiárias e consumo
Existências iniciais 3 843 323,19 11 562,86 3 854 886,05
— Quilaban

Compras 18 255 194,76 37 086,60 18 292 281,36

Existências finais 3 433 341,32 8 668,48 3 442 009,80
— total CMVMC 18 665 176,63 39 980,98 18 705 157,61

51
52 12. CLIENTES
Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, esta rubrica tinha a seguinte composição:
— 2017 — 2016
Relatório & Contas 2017 —

— ativos — ativos
— perdas por — perdas por
financeiros financeiros
— clientes imparidade — total imparidade — total
mensurados ao mensurados ao
acumuladas acumuladas
custo custo

— ativos:

Clientes c/c 14 087 167,45 - 14 087 167,45 14 682 008,55 - 14 682 008,55

Clientes cobrança duvidosa 336 811,94 (283 039,33) 53 772,61 601 667,76 (334 336,30) 267 331,46
— total do ativo 14 423 979,39 (283 039,33) 14 140 940,06 15 283 676,31 (334 336,30) 14 949 340,01
— passivos:

Adiantamento de clientes - - - 123 911,91 - 123 911,91

— total do passivo - - - 123 911,91 - 123 911,91

13. EMPRESAS RELACIONADAS

Os saldos, a receber e a pagar com as empresas relacionadas que em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016 se
encontram refletidas nas rubricas do balanço podem ser resumidos como se segue:

— 2017 — 2016

— empresas relacionadas — corrente — não corrente — total — corrente — não corrente — total

— ativos:

Contas a receber 10 642 009,25 - 10 642 009,25 10 652 791,61 - 10 652 791,61

— total do ativo 10 642 009,25 - 10 642 009,25 10 652 791,61 - 10 652 791,61
— passivos:

Contas a pagar 120 686,31 - 120 686,31 107 250,00 - 107 250,00

— total do passivo 120 686,31 - 120 686,31 107 250,00 - 107 250,00

Apresenta-se em seguida o quadro de saldos e fluxos (contas de Clientes e Fornecedores) com empresas relacionadas:
dívidas comerciais mercadorias serviços

— saldos e fluxos com empresas

— a receber — a pagar — vendas — compras — prestados — obtidos
relacionadas

TDS - Tecnologias e Diagnóstico na Saúde,

Lda. 5 120 108,79 - 4 962 691,41 - - -

Approcare Middle East, Lda. (ZFM) 35 276,24 - - - 344 050,99 -

Approcare Internacional, Unip., Lda. (ZFM) 28 938,00 - - - 19 732,52 -
Quilaban Pharma Trading, Private, LTD. - 99 776,31 - - - 146 874,68
Farmácia das Fontaínhas - João Carlos L.
Silva Cordeiro 521 308,80 - 65 564,11 44 629,35 7 705,73 -

Farmácia Parque do Estoril, Lda. 292 157,85 - 113 803,75 27 022,93 - -

Farmácia Cordeiro - Vítor Hugo Silva
Cordeiro, Herdeiros 880 999,30 391 658,36 67 545,95 47 073,09 -

F.S.J., Lda. 1 312 873,75 - 132 179,94 40 837,85 250,00 -

Vítor Cordeiro - Serviços Gestão
Partilhados, Lda. 10 673,70 15 990,00 - 91 342,09 9 145,13 156 000,00

Imocordeiro - Gestão Patrimonial, S.A. - - - - - -

Gessa - Clínica Médica das Fontaínhas, Lda. 981 989,32 - 15 272,22 - 90 668,59 9 510,00
Tecno-saúde Angola, S.A 87 377,93 - - - 2 215,22 47 421,36
Laboratório Cordeiro, Lda. 4 764,80 - 799,83 - - -
Biografia da Vontade, Lda. 11 384,50 4 920,00 - - 101 758,46 7 000,00
Australpharma - Sociedade Comércio
Distribuição Produtos Farmacêuticos, SARL 336 244,79 - 692 255,24 - - -

Quilaban Health Trading, Ltd. 8 144,08 - 27,16 - - -

MDS - Medicamentos e Diagnóstico na
Saúde, S.A. 832 963,29 - 332 575,17 - 4 823,08 -
MDS - Sociedade de Importação,
Exportação e Distribuição de Produtos 176 804,11 - 140 773,78 - 503,88 -
Farmacêuticos, S.A.

— total de saldos e fluxos 10 642 009,25 120 686,31 6 847 600,97 271 378,17 627 926,69 366 806,04

O saldo a receber da TDS diz respeito na grande maioria a fornecimentos de mercadorias efetuados em 2017.
14. OUTROS CRÉDITOS A RECEBER E OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR
Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, o detalhe da rubrica de Outros créditos a receber e outras dívidas a
pagar é o seguinte:

— 2017 — 2016

— outros créditos a receber e outras

— corrente — não corrente — total — corrente — não corrente — total
dívidas a pagar

— ativos:

Outras créditos a receber:

Devedores por acréscimos de rendimentos 30 103,02 - 30 103,02 20 380,00 - 20 380,00

Outros devedores 185 173,29 - 185 173,29 85 326,70 - 85 326,70
Adiantamentos a fornecedores 97 629,70 - 97 629,70 66 057,65 - 66 057,65
Adiantamentos ao pessoal 6 851,73 - 6 851,73 321,09 - 321,09
— total do ativo 319 757,74 - 319 757,74 172 085,44 - 172 085,44
— passivos:

Outras dívidas a pagar:

Fornecedores de investimentos 173 015,40 - 173 015,40 - - -

Credores por acréscimos de gastos 832 815,99 - 832 815,99 706 034,52 - 706 034,52
Outros credores 150 825,33 - 150 825,33 207 686,49 - 207 686,49
— total do passivo 1 156 656,72 - 1 156 656,72 913 721,01 - 913 721,01

15. DIFERIMENTOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, o detalhe destas rubricas era como se segue:

— 2017 — 2016

— diferimentos — corrente — não corrente — total — corrente — não corrente — total

— ativos:

Gastos a reconhecer:

Gastos diferidos 167 081,16 - 167 081,16 149 300,46 - 149 300,46

— total do ativo 167 081,16 - 167 081,16 149 300,46 - 149 300,46
— passivos:

Rendimentos a reconhecer:

Rendimentos diferidos 118 771,46 - 118 771,46 - - -

— total do passivo 118 771,46 - 118 771,46 - - -

16. CAPITAL PRÓPRIO

16.1 - Composição do capital
Em 31 de dezembro de 2017 o capital da Empresa é composto por 600.000 ações, totalmente subscritas e realizadas, cada
uma com o valor nominal de 10,00 Euros, no valor total de 6.000.000,00 Euros.

16.2 - Outros instrumentos de capital próprio

Correspondem a Prestações Suplementares de Capital.

16.3 - Reservas legais

De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual, se positivo, tem de ser destinado
ao reforço da reserva legal, até que esta represente 20% do capital social da Empresa. Esta reserva não é distribuível, a não ser
em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou
incorporada no capital.

16.4 - Outras reservas

Correspondem a Reservas Livres e a Reserva especial para reinvestimento.
— Quilaban

16.5 – Resultados transitados

Correspondem a resultados não atribuídos pelas empresas do grupo: TDS – Tecnologia e Diagnóstico na Saúde, Lda e
Quilaban Pharma Trading Private, LTD.

53
54

16.6 – Ajustamentos/Outras variações no capital próprio

Relatório & Contas 2017 —

Ajustamentos resultantes da aplicação do método da equivalência patrimonial às nossas participadas, TDS – Tecnologia e
Diagnóstico na Saúde, Lda e Quilaban Pharma Trading Private, LTD.

16.7 - Proposta de Aplicação de Resultados 2017

Em conformidade com o disposto na alínea b), nº 1, do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais, a Administração
propõe a seguinte aplicação dos resultados apurados no exercício, lucro, no valor de 1.844.292,07 Euros:

Que o resultado líquido apurado seja transferido para as seguintes contas:

• Reserva legal: 93.000,00 Euros
• Reservas livres: 1.751.292,07 Euros

— descrição — 2017 — 2016

Resultado 1 844 292,07 972 563,24
Nº de acções 600 000,00 600 000,00
Resultados por acção 3,07 1,62

17. FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, o detalhe dos financiamentos obtidos era como se segue:

— 2017 — 2016

— financiamentos — corrente — não corrente — total — corrente — não corrente — total

Empréstimos bancários 11 849 036,94 1 961 110,47 13 810 147,41 9 795 458,13 5 328 455,20 15 123 913,33

Descobertos bancários - - - 4 772,12 - 4 772,12
Locações financeiras 533 750,54 729 033,28 1 262 783,82 555 767,44 994 999,30 1 550 766,74
— total do passivo 12 382 787,48 2 690 143,75 15 072 931,23 10 355 997,69 6 323 454,50 16 679 452,19

18. LOCAÇÕES
Em 31 de dezembro de 2017, a Empresa mantinha responsabilidades como locatária, relativas a rendas vincendas de
contratos de locação financeira de edifícios e outras construções, equipamento básico e de transporte no total de
1.262.783,82 Euros, as quais se encontram incluídas na rubrica Financiamentos obtidos.

Apresenta-se abaixo o plano de pagamentos dos contratos de locação financeira em aberto a 31 de dezembro de 2017:

— MLP
— curto prazo — total
— bem locado — 2019-2022 — > 2022 — Total MLP

— edifícios e out. construções:

Capital 295 117,09 103 010,52 100 174,82 203 185,34 498 302,43

Juros 11 635,94 22 099,56 21 270,52 43 370,08 55 006,02
— total de edifícios e out. construções 306 753,03 125 110,08 121 445,34 246 555,42 553 308,45
— equipamento básico:

Capital 217 467,08 482 161,78 - 482 161,78 699 628,86

Juros 15 159,87 21 877,97 - 21 877,97 37 037,84
— total de equipamento básico 232 626,95 504 039,75 - 504 039,75 736 666,70
— equipamento transporte:

Capital 21 166,37 43 686,16 - 43 686,16 64 852,53

Juros 880,62 722,62 - 722,62 1 603,24
— total de equipamento de transporte 22 046,99 44 408,78 - 44 408,78 66 455,77
— total

Capital 533 750,54 628 858,46 100 174,82 729 033,28 1 262 783,82

Juros 27 676,43 44 700,15 21 270,52 65 970,67 93 647,10
— total de bens alocados 561 426,97 673 558,61 121 445,34 795 003,95 1 356 430,92

O justo valor das responsabilidades por locações financeiras é semelhante ao justo valor dos ativos locados.
19. FORNECEDORES
Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016 esta rubrica era composta por saldos correntes com fornecedores,
que se vencem no curto prazo e a ser pagos nos seguintes períodos:

— 2017 — 2016

— em anos — em anos
— fornecedores — em 2018 — total — em 2017 — total
seguintes seguintes

— passivos:

Fornecedores 3 170 650,12 - 3 170 650,12 3 300 174,29 - 3 300 174,29

— total do passivo 3 170 650,12 - 3 170 650,12 3 300 174,29 - 3 300 174,29

20. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016 a empresa tinha assumido os seguintes compromissos financeiros
com fornecedores e clientes:

— responsabilidades — 2017 — 2016

Outras garantias financeiras – garantias bancárias 510 463,00 650 924,00
— total das responsabilidades 510 463,00 650 924,00

Estas garantias bancárias foram concedidas no âmbito de contratos de representação comercial com fornecedores e no
âmbito de concursos com clientes do setor público, em Portugal e no estrangeiro.

21. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos durante o exercício de 2017 e 2016 foi como se
segue:

— 2017 — 2016

— vendas e prestações de serviços

— nacional — externo — total — nacional — externo — total
por mercados geográficos

Vendas 20 316 150,09 7 619 338,65 27 935 488,74 20 547 233,47 8 607 539,71 29 154 773,18

Prestações de serviço 448 971,41 44 566,96 493 538,37 475 713,71 - 475 713,71
— total das vendas e prestações de
serviço 20 765 121,50 7 663 905,61 28 429 027,11 21 022 947,18 8 607 539,71 29 630 486,89

22. TRABALHOS PARA A PRÓPRIA ENTIDADE

O detalhe da rubrica de trabalhos para a própria entidade durante o exercício de 2017 e 2016 foi como se segue:

— trabalhos para a própria entidade — 2017 — 2016

Ativos intangíveis 35 187,76 55 905,16
— total de trabalhos para a própria entidade 35 187,76 55 905,16
— Quilaban

55
56

23. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Relatório & Contas 2017 —

Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro 2016, a rubrica de fornecimentos e serviços externos apresenta a seguinte
decomposição:

— fornecimentos e serviços externos — 2017 — 2016

— subcontratos - -
Trabalhos especializados 857 755,02 894 337,54
Publicidade e propaganda 87 250,91 53 551,52
Vigilância e segurança 18 259,97 20 873,24
Honorários 55 850,10 82 784,64
Conservação e reparação 113 265,57 120 911,21
— serviços especializados 1 132 381,57 1 172 458,15
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 44 695,15 36 260,24
Livros e documentação técnica - 1 423,20
Material de escritório 19 322,58 25 456,73
Artigos para oferta 16 997,84 6 957,56
— materiais 81 015,57 70 097,73
Eletricidade 91 256,11 89 719,55
Combustíveis 80 890,22 74 246,64
Água 7 045,70 5 899,86
Outros - energia e fluídos 156,88 -
— energia e fluídos 179 348,91 169 866,05
Deslocações e estadas 151 789,04 113 049,84
Transporte de pessoal 2 615,63 4 456,90
Transporte de mercadorias 210 921,01 170 794,44
Portagens e estacionamentos 43 068,20 41 531,46
— deslocações, estadas e transportes 408 393,88 329 832,64
Rendas e alugueres 117 631,58 154 773,84
Comunicação 73 209,23 80 269,72
Seguros 73 260,33 82 929,02
Despesas de representação 98 086,99 97 510,74
Limpeza, higiene e conforto 2 052,25 6 144,39
Outros 6 481,22 11 107,60
— serviços diretos 370 721,60 432 735,31
— total fornecimentos e serviços externos 2 171 861,53 2 174 989,88

24. GASTOS COM PESSOAL E NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro 2016 os principais gastos com pessoal foram como se segue:

— gastos com o pessoal — 2017 — 2016

Remunerações ao pessoal 3 169 885,83 3 047 643,30
Encargos sobre remunerações 681 527,99 656 157,49
Seguros acidentes de trabalho 17 400,24 18 670,40
Outros gastos com o pessoal 160 913,15 114 821,74
— total gastos com o pessoal 4 029 727,21 3 837 292,93
Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro 2016, o número médio de pessoal foi o seguinte:

— número médio de pessoas — 2017 — 2016

Empregados produção 93 88
Empregados administrativos 14 18
— total de pessoas 107 106

25. SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO

A rubrica de Subsídios à Exploração do período findo em 31 de dezembro de 2017 detalha-se
da seguinte forma:

— devedores
— recebido em — recebido no — reconhecido no — rendimentos a
— subsídios à exploração por acréscimo de
período anterior período período reconhecer
rendimento

Subsídios do Estado e OEP - 3 480,06 3 480,06 - -

— total de subsídios à exploração - 3 480,06 3 480,06 - -

Os subsídios recebidos no período respeitam a comparticipações no âmbito do programa de estágios profissionais do IEFP
a colaboradores em início de carreira e a desempregados.

26. OUTROS GASTOS

A rubrica Outros Gastos dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro 2016 detalha-se da seguinte
forma:

— outros gastos — 2017 — 2016

Impostos 210 131,40 208 454,75
Descontos de Pronto-Pagamento Concedidos 99 881,53 180 603,91
Perdas em Inventários 71 294,31 161 873,78
Outros 21 260,84 11 626,99
— total de outros gastos 402 568,08 562 559,43

27. OUTROS RENDIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2017 e de 31 de dezembro 2016, os Outros Rendimentos estavam
descriminados do seguinte modo:

— outros rendimentos — 2017 — 2016

Descontos de pronto-pagamento obtidos 165 337,53 214 716,98
Rendimentos e ganhos em sub., associadas 383 357,94 1 183 200,58
Diferenças de câmbio favoráveis 71 858,78 39 575,29
Ganhos em Investimentos não financeiros 107 792,42 100 000,00
Outros 456 302,28 23 482,65
— total de outros rendimentos 1 184 648,95 1 560 975,50

A rubrica de Outros inclui 363.783,51 Euros referentes a débitos efetuados às empresas Approcare relativos a custos
incorridos pela Quilaban por conta dessas empresas.
— Quilaban

57
58

28. JUROS E GASTOS SIMILARES

Relatório & Contas 2017 —

Em 31 de dezembro de 2017 e de 31 de dezembro 2016, os Juros e gastos similares detalham-se da seguinte forma:

— juros e gastos similares — 2017 — 2016

Empréstimos bancários 777 291,38 824 938,30
Outros juros 39 699,75 45 331,31
Juros de mora e compensatórios 355,87 295,35
Diferenças de câmbio desfavoráveis 37 636,91 43 815,18
Outros custos e perdas financeiros 191 015,26 201 697,40
— total de juros e gastos similares 1 045 999,17 1 116 077,54

29. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, as provisões e perdas por imparidade acumuladas detalham-se da
seguinte forma:
— 2017 — 2016

— utilizações e — utilizações e
— perdas por imparidade acumuladas — saldo inicial — saldo final — saldo inicial — saldo final
reversões reversões

— provisões:

Reestruturação - 62 214,72 62 214,72 - - -

Outras provisões - 1 125,50 1 125,50 - - -
— total provisões - 63 340,22 63 340,22 - - -
— perdas por imparidade acumuladas:

Participações financeiras - 28 253,00 28 253,00 - - -

Outros ativos financeiros - 411 471,55 411 471,55 - - -
Investimentos financeiros em curso 833 479,96 - 833 479,96 - 833 479,96 833 479,96
Inventários - 64 084,28 64 084,28 - - -
Clientes cobrança duvidosa 334 336,30 (51 296,97) 283 039,33 297 820,51 36 515,79 334 336,30
— total perdas por imparidade
acumuladas 1 167 816,26 452 511,86 1 620 328,12 297 820,51 869 995,75 1 167 816,26

Em 2017 foi registada uma provisão para reestruturação relativa a um processo de reorganização de funções.

As imparidades registadas em participações financeiras, outros ativos financeiros assim como as provisões registadas
em outros dizem respeito aos impactos decorrentes da aplicação do método de equivalência patrimonial das empresas
subsidiárias.

30. AUMENTOS/REDUÇÕES DE JUSTO VALOR

Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, os Aumentos/Reduções de justo valor estavam descriminados do
seguinte modo:

— ganhos por aumento de justo valor — 2017 — 2016

Em instrumentos financeiros 1 582,77 -
— total de ganhos por aumento de justo valor 1 582,77 -

— perdas por redução de justo valor — 2017 — 2016

Em instrumentos financeiros 158,11 17,49
— total de perdas por redução de justo valor 158,11 17,49
31. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
Liquidações de Impostos
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Empresa estão sujeitas a revisão e correção por parte da
administração tributária durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2014 a 2017
poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. As declarações relativas à Segurança Social podem ser revistas ao longo de um
prazo de cinco anos. A Administração da Empresa entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por
parte da administração tributária àquelas declarações de impostos
não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas.

32. REMUNERAÇÃO DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

Os honorários pagos à Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, OLIVEIRA, REIS & ASSOCIADOS, SROC, LDA., no exercício de
2017 foram no valor de 10.200,00 Euros.

33. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Estas Demonstrações Financeiras foram aprovadas pela Administração em 9 de março de 2018.

34. EVENTOS SUBSEQUENTES

As dívidas em moeda estrangeira na subsidiária Australpharma foram atualizadas ao câmbio de fecho do exercício.
No entanto, com a contínua desvalorização do kwanza durante o mês de janeiro de 2018, a taxa de câmbio Euro/Kwanza
fixou-se em 257,72 em 31 de janeiro de 2018 correspondendo a uma desvalorização de cerca de 39%.

Se as dívidas na Australpharma fossem atualizadas com a nova taxa de câmbio, o impacto negativo nos seus capitais próprios
seria de cerca de €3,25 milhões.

Com esse impacto e pela aplicação do método de equivalência patrimonial, o resultado líquido do exercício de 2017 na
Quilaban passaria a ser de cerca de €632 mil, sofrendo um impacto negativo de cerca de €1,2 milhões e os capitais próprios
passariam a ser de cerca de €9,6 milhões sofrendo uma redução de cerca de €1,5 milhões.

— Quilaban

59
60
Relatório & Contas 2017 —

certificação
legal de contas
 — Quilaban

61
Relatório & Contas 2017 —

62
 — Quilaban

63
Relatório & Contas 2017 —

64
 — Quilaban

65
Beloura Office Park, Edifício 11 T. +351 21 923 63 50
Quinta da Beloura F. +351 21 923 63 89
2710-693 Sintra - PORTUGAL E. quilaban@quilaban.pt www.quilaban.pt