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EPASHUILA EP
EXERCÍCIO
2019
Visão 11
Missão 11
Valores 12
Princípios 12
Governance 12
Organização interna 13
Relatório de gestão 14
Introdução 15
Capital humano 17
Produção 19
Distribuição 20
Investimentos 25
Investimentos futuros 27
Relatório económico-financeiro 28
Resumo dos principais indicadores 29
Demonstrações financeiras 30
Valorimetría 30
Balanço 32
Notas ao balanço 36
Nota 4.1: Imobilização corpórea - composição 36
Nota 27 - Custos das existências vendidas e das matérias primas e subsidiárias consumidas 43
Nota 29 - Amortizações 44
Análise da performance 49
Certificação 51
Anexos 52
A primeira parte é introdutória, onde temos a mensagem do Conselho de Administração, seguida de uma
contextualização do exercício económico em causa, do ponto de vista macroeconómico e do sector. Terminamos essa
parte fazendo uma referência de quem somos, como estamos organizados e as nossas políticas de governance.
Na segunda parte, fazemos o resumo dos principais indicadores de gestão, desde da produção, comércio e distribuição,
até aos investimentos. Aqui fazemos menção à nossa capacidade e fontes de produção; ao nosso capital humano;
clientes, etc..
Depois temos a parte das demonstrações económico, financeiras, em que apresentamos os principais indicadores de
desempenho, comparados com a média do sector do exercício anterior, e apresentamos também os detalhes das
demonstrações financeiras e suas respectivas notas. Terminamos essa parte, fazendo o resumo do desempenho da firma
e a certificação de contas.
Por fim temos a parte dos anexos, onde juntamos alguns detalhes para melhor compreensão das matérias aqui
apresentadas.
Portanto, para auxiliar a navegação rápida pelo presente documento, sugerimos o uso do índice geral e um glossário,
previamente apresentados.
Visão
Missão
Valores
Princípios
Governance
A Administração da Epashuila, pauta por um governo alinhado aos princípios gerais de Governance, desde do processo
de planificação nos diferentes níveis (estratégico, táctico, técnico e operacional), passando pela implementação efectiva
e controlo. Para garantir o alinhamento de toda equipa à esses princípios, a cultura e valores da empresa, incorporam
esses princípios, directa ou indirectamente, conforme detalhes a seguir.
A participação das pessoas no governo da empresa é feita por meritocracia, sem distinção de género. Contudo, todos os
funcionários participam activamente nos diferentes grupos de trabalho periódicos, tendo todos as mesmas liberdades de
darem as suas opiniões. A mulheres têm grande representação em todos níveis de decisão incluindo no conselho de
administração, correspondendo a 33,33% dos órgãos social da empresa.
Na nossa firma temos pessoas que confessam diferentes religiões, multi-raciais, vindas de várias regiões do país (várias
etnias) e com libertada de pertencerem a qualquer bandeira partidária. Por isso garantirmos cumprimento do estado de
direito, da inclusividade e igualdade.
Confiança faz parte dos nossos valores e cultura. Por isso tentamos ao máximo, comunicar com transparência com todos
os stakeholders, desde dos detentores do capital, funcionários, clientes, fornecedores, instituições públicas reguladoras e
de tutela, e outras. É um caminho que precisamos trilhar com rigor disciplina e espírito de agregar valor à todas as
conquistas, no sentido de sermos uma empresa de referência a nível do eco-sistema corporativo.
A responsabilidade e rigor com o trabalho e com as pessoas, também fazem parte dos nossos valores. Tentamos ao
máximo encontrar consensos nos temas mais críticos da nossa firma e monitorar os resultados de cada ação, para
garantir eficácia, eficiência e efectividade.
De uma maneira geral, tentamos a todos níveis organizacionais, garantir que os princípios gerais de Governance, sejam
cumpridos, para termos uma organização melhor que contribui para uma nação melhor e um mundo melhor.
Tendo em conta que os estatutos da empresa definam a existência do Fiscal Único, até ao momento não foi incorporado
na estrutura organizacional da Empresa, pelo facto das condições não estarem reunidas para o efeito.
Havendo a necessidade de cumprir com os rácios indicados pelo PDISA e pelo Regulador, tem-se vindo a realizar uma
estratégia de redução de pessoal, com base nos processos de reforma, por um lado e por outro, a resposta aos desafios
que diariamente se colocam para melhorar a qualidade do serviço aos nossos clientes é também essencial contratar
alguns técnicos com formação adequada ao processo de transformação e inovação que a EPASHuíla está a implementar.
O Organograma que se apresenta foi pensado numa perspectiva da separação de funções e de uma gestão por
objectivos. Define também a estrutura organizacional para integrar os sistemas das sedes municipais à medida que os
mesmos cumprirem com os requisitos para uma gestão sustentável.
Figura 1: Organograma
O capitulo apresentado descreve um resumo das actividades com maior impacto no negócio, cuja evolução teve origem
nos investimentos realizados ao nível da melhoria das captações e da extensão de rede que permitiu um crescimento
significativo da quantidade de ligações.
Importa referir que a EPASHUILA-E.P., continua a realizar um trabalho de angariação dos clientes sensibilizando-os a
regularizar a situação contratual e negociação da dívida.
Neste contexto, como já anteriormente referido, foi actualizado o plano tarifário que influenciou positivamente na
melhoria das receitas. Tendo-se verificado um impacto significativo na factura dos clientes, com a implementação do
tarifário em referência, optou-se por proceder à actualização de forma faseada conforme tabela abaixo.
O tarifário começou a ser aplicado no mês de Setembro de 2018 prolongando-se até Março de 2019, para a tarifa do
Escalão 2, dos clientes Domésticos e a tarifa dos clientes Comerciais.
O Plano Plurianual, está definido no plano de negócios, sendo que em termos da realização dos investimentos
estruturantes não depende da EPASHUILA-E.P., cabendo apenas o acompanhamento da realização das obras com
especial destaque para o levantamento das redes e dos cadastros dos clientes, assim como garantir a correta utilização
das infraestruturas existentes, através do cumprimento rigoroso das acções preventivas constantes dos manuais de
operação e manutenção, com o suporte do sistema de informação de manutenção.
Relativamente aos pequenos investimentos, que são cobertos pelas receitas da venda de água, com vista a manter o
correcto funcionamento da EPASHUILA-E.P., garantindo assim a qualidade de serviços aos clientes, considerou-se dar
maior relevância as rubricas da operação e manutenção, informática, comercial e administrativa.
Na tabela abaixo são apresentados alguns indicadores com base na actividade da empresa ao longo do exercício
económico de 2019.
Produção
Distribuição
A divida das Entidades Públicas é uma situação que requer o apoio constante da tutela, tendo em conta a sua
complexidade.
Varias medidas têm sido tomadas no sentido de se melhorar alguns dos procedimentos, nomeadamente a entrega mensal
das facturas devidamente protocoladas, negociação para o parcelamento da dívida, a colocação de contadores em
substituição da facturação por avença, a leitura mensal dos contadores pelo sector na área comercial, atribuição de
responsabilidades pela gestão dos grandes clientes, a sensibilização pelos dirigentes para a absoluta necessidade do
pagamento dos consumos das respectivas entidades, tendo-se registado progressivamente alguma melhoria, no
pagamento das suas facturas.
Investimentos
O plano de investimentos permitirá atingir em 2023 uma taxa de cobertura nos bairros peri-urbanos de 70%
contribuindo deste modo para a Visão do Governo de Angola em atingir a taxa de cobertura de 80% nesse período nas
áreas urbanas. O referido plano, será desenvolvido em 3 fases, estando previsto na primeira fase a realização das
seguintes acções:
! Construção de um novo campo de furos para captar cerca de 30.000m3/h de água;
! Instalação de 450 km de rede na cidade do Lubango;
! Instalação de 50.000 ligações domiciliares;
! Aumentar a capacidade de reserva para 24000m3 de água.
A EPASHuíla será responsável pelo acompanhamento das obras e pela identificação dos clientes cujas ligações são
realizadas no âmbito do referido plano de investimentos.
A EPASHuíla continuará, assim, a enfrentar um forte desafio ao nível da organização do trabalho e da produtividade das
equipas para poder responder à gestão do dia-a-dia e acompanhar eficazmente todos estes investimentos.
Tendo em consideração os prazos previstos para a realização dos investimentos mencionados nas três fases do PDISA
II, os objectivos estratégicos para o ano de 2019 centrou-se essencialmente em 7 pontos:
• Continuação da rentabilização do uso dos sistemas de informação implementados em 2018;
• Organização do trabalho, implementação dos procedimentos e adopção dos novos processos de trabalho para
melhorar os níveis de produtividade das equipas;
• Implementação da estrutura organizacional e criação dos instrumentos reguladores previstos no código do
trabalho;
• Continuação de implementação do Plano de Gestão Comercial:
• Melhoria dos processos de gestão financeira:
• Melhoria dos processos de gestão da operação;
• Realização progressiva da manutenção preventiva.
Com a tomada de posse do CA, realizada em Setembro de 2018, a prossecução e acompanhamento das actividades da
EPASHUILA-E.P., foi possível realizar a adopção dos procedimentos contabilísticos, com a contratação de uma
empresa, que é a responsável pela organização contabilística da empresa, conforme segue.
Valorimetría
Para efeito de registo do património da empresa foi adoptada globalmente o critério de custo histórico. Para
actualização do valor do imobilizado indexado em USD com o credor, foi acordada a taxa de 310.846, com actualização
pontuais a quando das liquidações.
As amortizações do exercício foram calculadas nas bases dos duodécimos das respectivas taxas anuais fixas, para uma
especialização mensal, com base na vida útil de cada imobilizado alinhados com as taxas de reintegração e
amortizações em vigor.
O investimento imobiliário foi registado com base nos critérios de avaliação e reavaliação de prédios urbanos
constantes no Decreto Presidencial Nº 81/11 de 25 de Abril. Os melhoramentos e reparação estão a cargo dos inquilinos,
negociando caso a caso, os limites e as modalidades de deduções. Nesse caso e em função de em fórum de IPU haver a
também dedução de 10% para encargos com o imóvel. Não serão consideradas amortizações para o referido
investimento financeiro.
Relativamente a existências, o método de custeio utilizado é de custos médios ponderados, para nivelar melhor o
impacto da inflação e da alteração cambial.
Pela natureza da empresa, ainda não tem tecnologia necessária para controlo em tempo real das entregas e consumos
dos seus clientes. Portanto para reconhecimento dos réditos das vendas, faz-se uma segmentação em função do
potencial de consumo do cliente e, em função do segmento, cobra-se uma taxa por estimativa. Periodicamente efectua-
se a leitura dos consumos efectivos de cada cliente e, ao lançar em sistema, reajusta-se a cobranças efectuadas,
colocando o cliente nas situação de devedor ou credor das diferenças encontradas.
Quanto às prestações de serviço os réditos são reconhecidos pelo trabalho efectivamente prestado.
Relativamente aos subsídios, em especial os de exploração, os réditos são reconhecidos usando o critério de
balanceamento entre custos e proveitos relacionados com o respectivo subsídio, conforme acautelado em fórum do PGC
em vigor. Nesse caso, o subsídio é reconhecido no momento em que se consome efectivamente os bens doados,
mantendo o remanescente em proveitos a repartir para períodos futuros, com o histórico total das alocações efectuados
para cada período.
Foi encontrado um erro no exercício anterior relativamente a amortização. Inicialmente tinha-se considerado
amortizações de todos os imóveis com as respectivas cadernetas. Mais tarde a direção jurídica informou que alguns dos
imóveis não tinham sido avaliados e registados naquele exercício. Portanto os imóveis foram estornados, mas deu-se
conta mais tarde que as amortizações prevaleceram. Assim, em função do montante, efectuou-se a respectiva correção
afectando o resultado transitado, conforme rege o código do imposto industrial em vigor.
Sendo a empresa enquadrada em sede do Imposto Industrial no Grupo A, para efeitos fiscais o lucro será tributado pela
taxa de 30% sobre o resultado contabilístico líquido dos respectivos acrescimentos e diferimentos.
Relatório e contas 2019 - EPASHuila EP 30 de 53 By: Official Partner Lda
Alterações nas políticas contabilísticas
Foi adoptada a demonstração de custos por natureza, em função da empresa ainda não ter criado condições organizavas
e procedimentais para o efeito. Para isso, a firma precisa estruturar a sua gestão e procedimentos internos para facilitar o
controlo efectivo e inequívoco dos custos a imputar à cada função contábil e de gestão. Contudo, por enquanto para
melhor informação, usaremos apenas a contabilidade analítica com o método “Monista” para determinação dos custos
de produção, já que por ser uma empresa de carácter industrial, a determinação dos custos das existências, é
fundamental.
Por outro lado, a inventariação e inclusão do património existente às demonstrações financeiras actuais, poderão afectar
a análise comparativa entre os períodos, já que ainda existe considerável imobilizado em funcionamento em fase de
criação de critérios mínimos para serem considerados imobilizados da empresa.
Qualquer alteração considerável à essas políticas, será prontamente informada e ajustada aos exercícios precedentes e
seguintes, para tornar a informação comparável e portanto, relevante para tomada de decisão.
Relativamente ao ano anterior, houve um crescimento exponencial do activo imobilizado, em função de se ter criado
condições para que algum património já utilizado pela empresa, principalmente edifícios e terrenos, reunam condições
para serem considerados activos, conforme legislação vigente. Os detalhes dos itens individuais e as respectivas taxas,
constam nos anexos à esse relatório.
Durante o exercício não houve reavaliações, aumentos, alienações, abates ou transferencias.
Trata-se de um condomínio de 10 casas, que a empresa integrou no seu património vindo da extinta Direção Provincial
de Águas. A princípio o condomínio está a ser tratado tributariamente em fórum do IPU. As manutenções das
respectivas casas estão a cargo de cada inquilino, negociando as reduções nas rendas, caso a caso. Também a lei prevê
uma redução no IPU na ordem de 10% para reparações. Por essas razões esse investimento não estará sujeito à
amortizações. Contudo constam nos contratos de arrendamento a possibilidade dos inquilinos fazerem obras de
melhoria nas residências, a serem descontadas nas respectivas rendas. Esse ano, foram feitas algumas obras de melhoria
que aumentou o valor do investimento em 150.200AKZ. Por outro lado, a Lei de Bases das Empresas Públicas, prevê
dois fundos principais (social e de investimento). Na proposta de afectação de lucros constante nesse relatório,
constarão valores correspondente ao fundo de investimento que poderá ser utilizado eventualmente para efectuar
benfeitorias à esse investimento.
No que respeita às existências, a variação do produto acabado foi controlada com base nos insumos e outros custos
directos. Os insumos, depreciações, mão de obra directa e outros fornecimentos de serviços de terceiros, como energia
eléctrica e custos com os geradores, correspondem aos custos de produção e, portanto são imputados ao produto
acabado. A princípio não existe sub-produto nem mercadorias, em função da natureza da actividade. O hipoclorito,
principal matéria-prima, foi maioritariamente subsidiado (doado) pela Direção Nacional de Águas. Os combustíveis
para o grupos geradores das fontes de captação de água, continuam a ser subsidiados, em parte, pela PRODEL. E
portanto, ambos correspondem aos maiores consumos a nível da produção.
Não foi necessário dotar-se provisões para custos ou perdas em existências, por não haver em data de fecho do exercício
económico em causa, riscos evidentes de alteração positiva dos preços dos itens mais relevantes em existências,
conforme critério indispensável constante em legislação vigente. Caso surjam tais razões, dotaremos as provisões que se
acharem oportunas.
De notar que os clientes de cobrança duvidosa herdados da extinta Direção Provincial das Águas, continuam a pesar em
cerca de 35% dos clientes correntes. Ainda se está a trabalhar para encontrar a melhor forma para ultrapassar a situação,
procurando alternativas para localizar os respectivos endereços ou contactos, e também eliminar possíveis clientes
duplicados. Os valores que tinham sido duplicados acidentalmente pelo banco nos processamentos de salários, já foram
maioritariamente regularizados. O valor constante em fornecedores, é relativo à um adiantamento que se fez à um dos
principais fornecedores da empresa, Intercal, para garantir um fornecimento, que já ficou regularizado logo depois do
fecho do exercício.
Em tesouraria consta quase o triplo do saldo do período anterior. Contudo cerca de um terço de valor é relativo IVA
cobrado e não pago oportunamente, em função problemas técnicos da Repartição Fiscal Central, na criação de
condições para liquidar o IVA em Regime Geral de Caixa, compatível com empresas do sector, conforme consta no
CIVA.
A empresa, por questões de segurança e política interna, não utiliza fundo de caixa. Os valores recebidos são
depositados no mesmo dia. Em alguns casos, algum valor residual, é depositado dia seguinte. Portanto, também não
foram dotadas provisões para riscos de tesouraria.
Em função do principio dos acrescimentos, os seguros são levados a custos por duodécimos afetando eventualmente
vários exercícios. Possui também um valor que é entregue aos funcionários com função de caixa para gestão de trocos
aos clientes. Os caixas prestam contas anualmente, para garantir continuidade.
Apesar do capital estatutário estar realizado, ainda existe património que está ao serviço da firma que ainda não consta
no balanço da firma, já que o processo de inventariação inicial, não foi concluído. Sendo assim, o diferencial continuará
a ser registado em reservas livres conforme nota seguinte, para posteriormente ser proposta a entidade competente para
actualizar o capital estatutário, por incorporação de reservas.
As reservas livres não sofreram alterações, constando portanto, avaliações imobiliárias feitas para efeito de realização
do capital estatutário.
(c) Temos também reservas para fins especiais, igualmente relativos a contrapartidas de entrada de imobilizado já
pertencente a empresa, depois de serem criadas condições legais para serem consideradas como activos. Isso ocorre em
função do capital estatutário da constituição da empresa ter sido estimado abaixo do seu valor real, em função de não ter
sido ainda efectuado o inventário qualitativo inicial.
Na proposta de afetação do lucro do exercício, constarão para além da constituição de fundos, também reservas a
constituir depois de previa aprovação do titular do poder executivo.
De referir que essas reservas são relativas a entradas de capitais e portanto, não são consideradas proveitos ou ganhos
conforme o ponto i) do ponto 1 do art. 13º do Código do Imposto Industrial.
O passivo não corrente, é referente à conduta de fornecimento de água à fabrica de cerveja Ngola, em que parte do
investimento é reembolsado por descontos em facturas comerciais de fornecimento de água. Fez-se a actualização do
valor em dívida nesse exercício. De realçar que o valor está indexado dólares americanos, correspondendo portanto o
ajuste à USD 75.000 (setenta e cinco mil dólares americanos), a serem pagos em prestações prestações mensais de USD
3.500 (três mil e quinhentos dólares americanos).
Os destaques vão para o imposto sobre lucro do exercício actual adicionado ao do exercício anterior com as respectivas
correções, em função do exercício anterior ter havido lucro fiscal positivo, já que não se obteve a autorização
competente para considerar as provisões de cobranças duvidosas acima do limite legal.
O imposto de consumo correspondente às cobranças duvidosas principalmente, também têm peso nessa rubrica. O
imposto predial urbano também cresceu consideravelmente em função do património imobiliário da empresa recém-
legalizado e incluido no imobilizado.
Conforme já referido, a nossa firma está elegível ao Regime Geral de Caixa do código do imposto sobre valor
acrescentado, que entrou em vigor no presente exercício, em função do objecto social e volume de negócio, para não
sobrecarregar a tesouraria da empresa, permitindo a empresa liquidar o imposto sobre o valor efectivamente recebido
invés do valor facturado. Contudo o processo de inscrição da empresa junto a AGT no regime em causa, que iniciou em
Novembro do exercício presente, só ficou liberado em período posterior ao fecho do exercício. Pela complexidade e
pré-requisitos inerentes a liquidação desse imposto, a empresa não teve condições de liquidar em tempo útil. Contudo a
AGT garante a não imputação de nenhum ónus a firma.
Em proveitos a repartir por períodos futuros, temos as cobranças das rendas do investimento imobiliário, que por vezes
são pagas por períodos que envolvem vários exercícios. Temos também o subsídio à exploração de matéria prima, que
para respeitar o princípio de equilíbrio entre proveitos e custos.
(a) Nesse item incluem dois subsídios: uma doação pontual de matéria prima (hipoclorito) por parte da Direção
Nacional de Águas, e o outro refere-se a fornecimentos de combustível para as centrais de captação de água, para
abastecimento dos geradores, subsídio esse feito pela PRODEL, em função de um protocolo governamental. É um
subsídio do tipo “fundo perdido”, ou seja à 100% do fornecimento grátis. Quando o fornecimento de combustível
não é suficiente para a demanda dos geradores, a empresa custeia as aquisições adicionais de combustível, que não
são consideradas como subsídio. Portanto os subsídios em causa são controlados em proveitos a repartir para
períodos futuros, levando à subsídio apenas no momento de consumo dos respectivos materiais, garantindo assim o
princípio de equilíbrio entre custos e proveitos.
Em serviços suplementares temos as comissões recebidas da Administracao Municipal do Lubango, pelo serviço
prestado de cobrança de taxa sobre resíduos sólidos, conforme protocolo entre as partes.
Como outros proveitos e ganhos operacionais, temos as multas de atraso de pagamentos por parte dos clientes.
Relativamente aos custos das existências vendidas, para aumentar a qualidade da informação e ajustar a informação ao
sector, considerou-se efectivamente os custos directos de fabrico. Portanto, para além das matérias primas e subsidiárias
incorporou-se igualmente ao produto acabado outros custos conforme detalhados na nota que se segue.
Para captação e produção a firma utiliza três formas de fontes de energia electrica: geradores, sistema solar e energia da
rede pública. Assim, os custos relativos a energia directamente relacionada a produção foi incorporada ao produto
acabado. Foram igualmente incorporados custos com o pessoal ligado directamente a produção e a depreciação do
equipamento de produção. Para o efeito foi utilizado o método Monista da Contabilidade Analítica.
Nesse mapa constam os custos com o pessoal não afecto a produção, já que os custos do pessoal de produção foram
incorporados aos custos de produção e repassados ao custos do produto acabado e consequentemente aos custos das
existências produzidas e vendidas.
Nota 29 - Amortizações
Nesse nota temos a realçar que foi descontado previamente do imobilizado corpóreo as depreciações do equipamento
fabril, que foi incorporado ao produto acabado conforme nota 27.
Tratando o resultado contabilistico em fórum fiscal, acresce-se o IPU, o IAC e os donativos feitos para empresa, todos
não sujeitos a imposto industrial. Os donativos nesse caso não serão considerados em função do código de imposto
industrial relativamente às doações, repassar para a lei de mecenato, que penaliza liberalidades de empresas sem os
impostos totalmente regularizados.
A deduzir temos proveitos não tributáveis por já terem estado sujeitos a impostos como IAC e IPU, como o caso de
juros de aplicações financeiras e rendas do investimento imobiliário.
(a) Estará sujeito a imposto sobre lucro, apenas os resultados correntes, já que nesse exercício a firma não teve
resultados extraordinários.
Digno de realce está a ser o impacto da pandemia COVID19 a nível mundial e em particular no nosso país. Os governos
têm tomado medidas de prevenção, acionando o “Estado de Emergência” que obriga as pessoas a ficarem confinadas em
suas casas, cancelando portanto o direito de liberdade de deslocação das pessoas. No nosso país em particular o estado
por decreto presidencial, acionar esse instrumento (Estado de Emergência) que vão criar grandes impactos a economia
em geral e produtividades das empresas em particular.
O destaque nessa nota vai para a finalização do projecto PEDISA I, por meio de protocolos governamentais com o
Banco Mundial. Outro projecto também já foi aprovado e poderá arrancar no próximo exercício económico.
Outros dos apoios, estiveram relacionados aos subsídios aos combustíveis das centrais de captação, no âmbito de
protocolos interministeriais, como o foi com a Prodel.
A firma, em função da sua natureza de EP (Empresa Pública) se submete à vários diplomas legais, destacando os
seguintes:
Decreto Presidencial 311/17, que é a base de constituição da empresa em causa e onde constam, dentre outras
informações, os seus estatutos que exige para efeitos de gestão, a existência de planos orçamentais plurianuais, planos
orçamentais anuais, relatório de actividades trimestrais, relatório e contas anuais auditado e também exige a existência
de um contrato-programa.
Decreto Executivo 401/15 de 8 de Junho, que obrigado, dentre outras, o envio do relatório trimestral ao ISEP / IGAPE
de gestão nos 15 dias posteriores aos trimestres, sem o primeiro trimestre o de referência à final de Março de cada ano.
Decreto Executivo 130/19 de 4 de Junho, que, dentre outras informações, regula os limites e procedimentos para
endividamento de Empresas Públicas e de Domínio Público. Esse diploma obriga a remeter-se no primeiro trimestre de
cada ano, caso necessário, um Plano de Endividamento para aprovação do Ministro das Finanças.
Decreto Executivo 230/18 de 12 de Junho, do Plano Tarifário da Água Potável, que limite as estimativas de tarifário em
caso de inexistência de medidor de consumo, apresenta os critérios de segmentação dos consumidores, plano de
tarifário e o modelo de recibo.
Lei 11/13 de 3 de Setembro, que de muita informação constante, dá um enfoque nas Bases no Sector Empresarial
Público, que subordina às EPs às demais legislações à que se sujeitam as empresas privadas, como é o caso do Imposto
Industrial, IRT, Selo, INSS, IPU e outras disposições em vigor. Essa legislação também sugere a criação de um fundo de
Investimento e outro Social.
Aqui fizemos referência apenas à alguns diplomas legais com maior relevância, sendo outros de cumprimento natural da
empresa, caso seja sujeito passivo da mesma.
É importante fazer referência igualmente, que a empresa em causa, tem como core business Distribuição de Água
Potável e Saneamento. Contudo nessa fase inicial de arranque, o foco foi maior na produção e distribuição de água
potável.
Os caixas e equivalentes de caixa, foram considerados em função dos comprovativos de caixa e bancos, constantes nos
processos internos de controlo financeiro da empresa e nos registos em software da empresa. Valores em cash,
comprovativos de transferência por internetbanking, talões de depósito e levantamento e extractos bancários, são os
instrumentos mais utilizados pela empresa. A firma não possui nenhum financiamento nem aplicação financeira.
Também não possui títulos financeiros.
O resultado do exercício foi positivo, correspondendo a 19.5% do resultado total do sector e 193.4% do resultado da
própria empresa no exercício 2018. As margens foram todas positivas, ao contrário do exercício anterior em que a
margem não operacional forçada pelas provisões de cobrança duvidosa, deteriorou a margem líquida.
A nível da capacidade de cumprir com os seus compromissos de curto prazo, a firma está melhor que ta endência do
sector, com liquidez corrente e seca, acima do sector, respectivamente. Contudo se os terceiros exigissem todos
pagamento de imediato, a empresa não conseguiria dar cobertura, já que a liquidez imediata é baixa, ou seja,
maioritariamente as contas a receber são de cobrança duvidosa.
Quanto a actividade, a empresa está a girar os estoques menos que o sector. Nesse caso, convertendo o giro de estoques
em índice de idade média do estoque, podemos dizer que a firma está manter o estoques por 168 dias e o sector por 7
dias. Se considerarmos apenas o produto acabado (água potável) a nível de estoques, o ideal é manter pouco tempo em
armazém para não perder a qualidade. Contudo, os custos de produção da EPASHuila são determinados com auxílio a
contabilidade analítica, ou seja, os custos directos de produção são imputados às existências produzidas, utilizando o
método de imputação Monista. Não é possível aferir se todas as firmas do sector fazem imputações. Essa diferença
afecta consideravelmente na análise desse indicador.
A nível dos prazos médios de recebimento, a firma está quase equiparada com a tendência do sector, o que quer dizer
que a firma está a receber o pagamentos das suas vendas e prestação de serviço em quase um ano, quase um mês há
menos que a tendência do sector. Existe de facto uma grande margem de melhoria, para garantir liquidez para fazer face
aos compromissos de curto prazo.
Quanto aos prazos de pagamento, não temos informação suficiente para determinar a performance do sector. Porém a
firma está com prazos de pagamento muito alargados, o que não é bom para os credores e fornecedores, principalmente
o estado que é o maior credor com um peso superior à 70% do passivo corrente. Contudo o facto dos prazos de
pagamento serem superiores aos de recebimentos, é positivo.
A empresa mostra-se mais eficiente, por girar anualmente mais os seus activos. Esse indicador pode ser influenciado
pelo valor dos activos ao serviço de cada empresa do sector, que de facto não estejam registados no seu património. Por
isso o desafio é de facto registar o máximo possível dos activos ao serviço da empresa para maior fiabilidade desse
indicador.
Quanto a capacidade de endividamento a empresa tem indicadores muito melhores que a tendência do sector, com os
seus activos a serem em 96% suportados por fundos próprios. Por outro lado havendo endividamento baixo a
alavancagem financeira também é baixa, ou seja, a empresa não estaria a beneficiar de capital alheio barato para
investir. Outro cuidado a ter para analisar a capacidade de cumprir o serviço da dívida, é analisar o seu fluxo de caixa ,
liquidez, e fundo de maneio, para aferir se de facto a empresa conseguiria cumprir com o pagamento das respectivas
prestações e juros.
A robustez financeira da empresa também é melhor que a tendência do sector, dando portanto conforto aos credores e
fornecedores que a empresa tem capital para garantir. Contudo é importante também prestar atenção que o capital e
reservas da empresa estão maioritariamente em imobilizado corpóreo, que portanto, não é tão fácil converte-lo em
dinheiro, em caso de aperto financeiro.
As margens mostram claramente que a empresa tem custos de produção muito baixos e vendas e prestação de serviço
altos. Portanto o foco deve ser em cobrar as vendas feitas e analisar e controlar melhor a qualidade da despesa, para
garantir margens cada vez maiores. A margem operacional que mede o “lucro puro” e as restantes margens, superam
consideravelmente as tendências do sector.
De uma maneira geral, o desempenho da empresa empresa foi positivo se comparar com os resultados da Média do
Sector de Águas e Energia e também o desempenho da própria empresa no exercício anterior.
100.00%
90.00%
80.00%
70.00%
60.00% Gráfico 12
Valor
50.00%
40.00%
30.00%
20.00%
10.00%
0.00%
Margem Margem Margem Margem
Margem não
bruta.......................... operacional............... financeira.................. líquida.......................
operacional...............
.................................. .................................. .................................. ..................................
..................................
.................................. .................................. .................................. ..................................
..............................
.. ... .. ...
2019 93.10% 31.07% 0.24% 0.12% 22.12%
Comparação dos
resultados
1000
750
Gráfico 13
500
EPASH 2018
TOTAL DO SECTOR EM 2018
EPASH 2019 250
-250
Resultado em Milhões
Garante essa informação o técnico identificado abaixo, pertencente a firma Official Partner Lda, inscritos na
Ordem de Contabilidade e Peritos Contábeis de Angola, OCPCA.
_____________________________________________________
Hernandes Sambuta
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