Você está na página 1de 1

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

ISQUÊMICO SECUNDÁRIO À MIGRÂNEA


ANDRESSA LUISA DALLAGO, MARILIA AZAMBUJA PROCHNOW E SABRINA BIAZUS DUTRA
PROFESSOR ORIENTADOR: JORGE LUIZ WINCKLER

INTRODUÇÃO
A enxaqueca, ou migrânea, é uma disfunção cerebral com componente genético que afeta
cerca de 20% das mulheres, sendo 3x menos comum em homens. Tanto neurônios como
vasos cerebrais estão envolvidos como protagonistas da doença. Uma boa definição para
o cérebro de uma pessoa com enxaqueca é a de um cérebro hiperexcitável: excita-se com
mais facilidade diante de estímulos externos (luminosidade, ruídos) ou internos (privação
de sono, estresse). A migrânea é descrita como fator de risco potencialmente modificável
para AVE isquêmico, e o risco também é maior quando as crises são frequentes e
quando se junta enxaqueca, tabagismo e anticoncepcional. Este relato tem por
objetivo exemplificar a correlação entre migrânea e AVE através da exposição de
um caso clínico.
RELATO DE CASO
VTLB, feminina, 51 anos, em
acompanhamento do tratamento de
cefaleia. Relata que há 7 anos sofre de
cefaleia holocraniana mista, pulsante e em
aperto, acompanhada de hipersensibilidade
craniana e eventuais escotomas cintilantes,
em episódios quase diários, que duram
horas. Relata despertar à noite algumas
vezes por causa da dor (nota 8/10). Não
Fig.1
refere fatores de agravo. Quando em crise,
usa Sedalex intercalado ou u não com ibuprofeno. Refere alívio com
os medicamentos, mas não cessam a dor. A paciente é hipertensa,
pré-diabética e dislipidêmica. Nega alergias e tabagismo. Histórico
familiar de enxaqueca positivo. Faz uso contínuo de laxativos,
Fluoxetina, Atenolol, Losartana, HCTZ e Sinvastatina. Umae
tomografia de crânio realizada em 07/05/2018 (Fig.1) mostra q
área hipoatenuante de aspecto sequelar na região frontal //
periventricular à direita. Restante sem alterações. A paciente
se mostra em bom estado geral, lucida, orientada e pf
consciente, sem sequelas aparentes da lesão encefálica. Diz
que não tinha conhecimento do evento.
CONCLUSÃO
Apesar de infrequentes, as complicações cerebrovasculares
associadas à enxaqueca são inequívocas, mais especificamente no caso da enxaqueca
com aura. A migrânea é um fator de risco para AVE que pode ser tratado, reduzindo a
incidência de AVE secundário. Os pacientes devem ter acompanhamento rigoroso para
controle de riscos vasculares modificáveis, como também é o caso da hipertensão arterial,
dislipidemia e tabagismo.

REFERÊNCIAS
1. Diener, H. C., Katsarava, Z., & Weimar, C. (2008). Headache associated with ischemic cerebrovascular disease. Revue Neurologique, 164(10),
819–824. doi:10.1016/j.neurol.2008.07.008
2. Spector, J. T., Kahn, S. R., Jones, M. R., Jayakumar, M., Dalal, D., & Nazarian, S. (2010). Migraine Headache and Ischemic Stroke Risk: An
Updated Meta-analysis. The American Journal of Medicine, 123(7), 612-624. doi:10.1016/j.amjmed.2009.12.021
3. TEIXEIRA, Ricardo Afonso. Onde a enxaqueca se encontra com o derrame cerebral. ComCiência [online]. 2009, n.109 [citado 2019-09-15], pp.
0-0 ISSN 1519-7654.

Você também pode gostar