Aproximação de palavras ou expressões que exprimem
ideias contrárias, adversas. Ex: "Desceu aos pântanos com os tapires; subiu aos Andes com os condores." (Castro Alves) “Maior amor nem mais estranho existe Que o meu, que não sossega a coisa amada E quando a sente alegre, fica triste E se a vê descontente, dá risada.” (Vinicius de Moraes) PARADOXO Empregos de palavras ou expressões que, apesar de opostas quanto ao sentido, consistem em um único enunciado. A utilização dessas expressões/palavras opostas, acabam constituindo afirmações aparentemente sem lógica. (é o que diferencia o Paradoxo da Antítese) Ex: “Amor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente” (Camões) EUFEMISMO
É uma espécie de abrandamento, é uma maneira de, por
meio de palavras mais polidas, tornar mais suave e sutil uma informação de cunho desagradável e chocante.
Ex: O nobre deputado faltou com a verdade
GRADAÇÃO É a maneira ascendente ou descendente como as ideias podem ser organizadas na frase.
Ex: Respirou e pôs um pé adiante e depois o outro,
olhou para o lado e o caminhar virou trote, que virou corrida, que virou desespero. IRONIA Consiste em dizer, com intenções sarcásticas e zombadoras, exatamente o contrário do que se pensa, do que realmente se quer afirmar. Exige, em alguns casos, bastante perícia por parte do receptor (leitor ou ouvinte). Ex: “Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima!” HIPÉRBOLE Modo exagerado de exprimir uma ideia. Ex: “Eu nunca mais vou respirar, se você não me notar, eu posso até morrer de fome se você não me amar” (Cazuza) "Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac) PROSOPOPEIA / PERSONIFICAÇÃO É a atribuição de características humanas a seres não- humanos. Ex: Seus olhos corriam pela fazenda enquanto a lua lhe sorria. COMPARAÇÃO Comparação direta de qualificações entre seres, com o uso do conectivo comparativo (como, assim como, bem como, tal qual, etc.).
Ex: Naquele domingo, trabalhou como um cavalo.
METÁFORA Consiste numa relação de semelhança de qualificações, é uma associação comparativa. Nela não aparecem os conectivos que aparecem na comparação (comparação implícita por associação de ideias).
Ex: Naquele domingo, ele era um cavalo trabalhando.
METONÍMIA É a utilização/substituição de uma palavra por outra. Essas palavras se relacionam de várias formas: - O autor pela obra: Todos leram Machado para a prova. - A parte pelo todo: Mil olhos apreensivos seguiam a partida de futebol. - O efeito pela causa: Ele sempre foi alérgico a cigarro e poeira. - O recipiente (continente) pelo conteúdo: Tinha tanta fome que comeu dois pratos.
- O lugar pelo produto: O que mais me fascinava era
fumar um Havana.
- A marca pelo produto: Quer um chiclete?
- O abstrato pelo concreto: Ela não tinha cabeça
para mais nada depois da briga. SINESTESIA É a figura que proporciona a ilusão de mistura de percepções, mistura de sentidos. Ex: Aquele olhar doce realçava sua voz morna. PERÍFRASE /ANTONOMÁSIA É uma espécie de apelido que se confere aos seres, com o intuito de valorizar algum de seus feitos ou atributos. Consiste na substituição de um nome por outro que o identifique. Ex: Todos gostam da cidade maravilhosa. CATACRESE É uma espécie de metáfora já consagrada pelo uso. Consiste na utilização de um nome para representar um objeto ou parte dele por não existirem outros termos que poderiam ser utilizados. Ex: Compramos cinco cabeças de alho. ONOMATOPEIA Consiste na criação de palavras com o intuito de imitar sons ou vozes naturais dos seres Ex: Ela me deu um susto e ploft, o bolo caiu no chão. ASSONÂNCIA Consiste na repetição de sons vocálicos. Ex: "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral." ALITERAÇÃO Consiste na repetição de sons consonantais. Ex: “Três pratos de trigo para três tigres tristes.” "Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Souza) ELIPSE Omissão de termo ou palavra de um enunciado. Pode ser deduzida a partir do contexto, da situação comunicativa. Ex: (Nós) Saímos da confeitaria com um pedaço de felicidade ZEUGMA É um tipo de elipse. Ocorre zeugma quando duas orações compartilham o termo omitido. Isto é, quando o termo omitido é o mesmo que aparece na oração anterior. Ex: Todos querem dinheiro; eu (quero), amor. Figuras de sintaxe Pleonasmo: Essa figura nada mais é que a repetição, o reforço de uma idéia já expressa por alguma palavra, termo ou expressão. Somente corre como figura de sintaxe quando utilizado com fins estilísticos, como a ênfase intencional a uma ideia; sendo resultado do descuido do usuário da língua, é considerado como um vício de linguagem (pleonasmo vicioso).
Exemplo: Cheguei até aqui caminhando com minhas próprias
pernas. Figuras de sintaxe Hipérbato: é um tipo de inversão que consiste, geralmente, na separação de termos que normalmente apareceriam unidos.
Exemplo
O amor, vermelho e quente, descobri eu.
Figuras de sintaxe Sínquise: essa palavra vem do grego (sýgchysis) e significa confusão. É a inversão muito violenta na ordem natural dos termos.
Exemplo:"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo
heroico o brado retumbante" (ordem natural: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico) Figuras de sintaxe
Assíndeto: Síndeto significa conjunção, portanto assíndeto nada
mais é que ausência de conjunção.
Exemplos:
Ele tocava, bulia, arfava e ela dormia.
Figuras de sintaxe
Polissíndeto: é o contrário do assíndeto. A repetição de conjunções.