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RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA –

LÓGICA PROPOSICIONAL
Adaptado de Novos Contextos
1.A definição de lógica
Raciocínio ou inferência

Operação mental através da qual


chegamos a uma conclusão partindo
de determinadas razões.

Comunicar o raciocínio

Argumento

Todos os seres racionais possuem a capacidade


de raciocinar e de argumentar, mas nem todos o
fazem de modo correto.
ARGUMENTOS

Têm na sua base convicções,


crenças, ideias, opiniões,
informações: aquilo em que
acreditamos acerca do mundo.

Existência de discordâncias:
não há uma verdade única.

Mas há crenças partilhadas e bastante consensuais.

Essas crenças levam-nos a discordar de conclusões que


eventualmente as contradigam e das razões avançadas para
as apoiar.
Exemplo Exemplo

Todos os mamíferos são inteligentes. Todos os mamíferos são inteligentes.


Todos os seres humanos são mamíferos. Todos os seres humanos são inteligentes.
Logo, todos os seres humanos são inteligentes. Logo, todos os seres humanos são mamíferos.

Podemos discordar desta conclusão, mas temos Ainda que consideremos a conclusão verdadeira,
de reconhecer que a forma como ela é obtida é não faz sentido aceitá-la a partir das razões em
consistente, razoável e válida. que ela se baseia.

Podemos aceitar ou rejeitar a correção de uma forma de raciocínio, sem que isso implique
aceitar ou rejeitar o conteúdo das crenças de que se parte e das crenças a que se chega.
LÓGICA

Disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos corretos (ou válidos) e
incorretos (ou inválidos), mediante a identificação das condições necessárias à operação
que conduz da verdade de certas crenças à verdade de outras.

Estudo das leis, princípios e regras a que devem obedecer o


pensamento e o discurso para serem válidos.

Lógica formal Lógica informal

Analisa
Analisa a validade essencialmente a
dos argumentos validade dos
dedutivos. argumentos não
dedutivos.
copiar
1.1.2. O argumento
ARGUMENTO

Conjunto de proposições
devidamente articuladas

Conclusão
Premissa(s)
(tese)

A(s) premissa(s) procura(m) defender,


sustentar ou justificar a conclusão.
Exemplo
Premissa Todos os portugueses são europeus.
ANTECEDENTE
Premissa Os alentejanos são portugueses.
CONSEQUENTE Conclusão Logo, os alentejanos são europeus.

Indicador de
Nexo lógico
conclusão

Não se enquadram na categoria de «argumentos» aqueles que são


meros conjuntos de proposições sem qualquer conexão lógica entre si.

Exemplo
Um argumento tem subjacente uma
Os rapazes são giros.
inferência ou raciocínio, uma operação
As cerejas fazem bem à saúde.
que efetua a transição lógica entre
Logo, as férias devem continuar.
proposições.
Proposições Exemplos

Afirmam ou negam Todos os rios correm.


Simples Categóricas sem restrições nem Os poetas não são
condições. arquitetos.

Afirmam ou negam Se viajo, então aprendo.


Condicionais sob determinadas Se não fores, então vou
condições. eu.

Afirmam ou negam Disjunção exclusiva:


Compostas em forma de Ou és sábio ou és
(complexas) ignorante.
alternativas que se
Disjuntivas excluem (disjunção
exclusiva) ou não Disjunção inclusiva:
(disjunção És inteligente ou boa
pessoa.
inclusiva).

As proposições, simples ou compostas, relacionam-se umas com as outras,


organizando-se em operações mais complexas – os argumentos.
Indicadores de premissa e de conclusão

Uma vez que é uma atividade física, o Proposição 1 – O desporto é atividade física.
desporto é saudável. Como se sabe, a Proposição 2 – O desporto é saudável.
atividade física é saudável. Proposição 3 – A atividade física é saudável.

Indicadores de premissa Toda a atividade física é saudável.


Todo o desporto é atividade física.
Logo, todo o desporto é saudável.

Indicador de conclusão
Indicadores de premissa e de conclusão
(continuação)

O Universo não é infinito. Com efeito, se Proposição 1 – O Universo não é infinito.


o Universo fosse infinito, a força da Proposição 2 – Se o Universo fosse infinito, a
gravidade não existiria. Ora, a força da força da gravidade não existiria.
gravidade existe. Proposição 3 – A força da gravidade existe.

Se o Universo fosse infinito, a força da gravidade


Indicadores de premissa não existiria.
A força da gravidade existe.
Logo, o Universo não é infinito.

Indicador de conclusão
O ENTIMEMA

A premissa «Todos os estudiosos obtêm


António é estudioso.
Logo, António obtém boas classificações.
boas classificações» encontra-se implícita,
tendo sido suprimida.

ENTIMEMA
Indicador de conclusão

Argumento em que uma ou mais


proposições são omitidas,
encontrando-se subentendida(s) –
pode inclusive omitir-se a conclusão.
Alguns indicadores de premissa Alguns indicadores de conclusão

Porque… Logo…
Pois… Então…
Admitindo que… Por conseguinte…
Pressupondo que… Portanto…
Considerando que… Por isso…
Partindo do princípio de que… Consequentemente…
Sabendo que… Segue-se que…
Dado que… Infere-se que…
Uma vez que… Conclui-se que…
Devido a… É por essa razão que…
Como… Daí que…
Ora… Assim…
Em virtude de… Isso prova que…
1.1.3. A verdade e a validade
PROPOSIÇÕES

VERDADE FALSIDADE

Aplicam-se à matéria ou conteúdo das proposições. Se


estiverem de acordo com a realidade, as proposições são
verdadeiras; se não estiverem, são falsas.

São qualidades próprias dos argumentos, resultantes do facto


de as premissas apoiarem ou não a conclusão.

VALIDADE INVALIDADE

ARGUMENTOS

VALIDADE A validade traduz uma certa relação entre os valores de VALIDADE


DEDUTIVA verdade das premissas e o valor de verdade da conclusão. NÃO DEDUTIVA
ARGUMENTOS
DEDUTIVOS

A sua validade depende apenas da forma lógica.


Se as premissas
forem verdadeiras
Num argumento dedutivo válido é logicamente impossível que e a conclusão
as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. falsa, então o
argumento é
inválido.

Os argumentos dedutivos válidos são especialmente


apreciados pelos filósofos.

Estes argumentos
preservam a verdade.
Exemplo Exemplo

Todos os alunos são sensatos. Todos os alunos são sensatos.


Todos os jovens de dezasseis anos são alunos. Todos os jovens de dezasseis anos são sensatos.
Logo, todos os jovens de dezasseis anos são sensatos. Logo, todos os jovens de dezasseis anos são alunos.

Argumento válido Argumento inválido

É logicamente impossível as duas premissas A verdade da conclusão não é garantida pela


serem verdadeiras e a conclusão falsa. verdade das premissas.

Todos os A são B. Importância da Todos os A são B.


Todos os C são A. forma lógica do Todos os C são B.
Logo, todos os C são B. argumento. Logo, todos os C são A.

Forma válida Forma inválida


Pode haver argumentos dedutivos válidos com premissas e conclusão falsas.

Todos os portugueses são pintores.


Bertrand Russell é português.
Logo, Bertrand Russell é pintor.

Pode haver argumentos dedutivos inválidos com premissas e conclusão verdadeiras.

Todos os naturais de Lisboa são portugueses.


Fernando Pessoa é português.
Logo, Fernando Pessoa é natural de Lisboa.
Argumentos dedutivos

Argumento dedutivo válido Argumento dedutivo inválido

Argumento que tem uma forma lógica tal


que a verdade das premissas garante Argumento que tem uma forma lógica tal
sempre a verdade da conclusão, sendo que a verdade das premissas não
impossível que as premissas sejam garante a verdade da conclusão.
verdadeiras e a conclusão falsa.

Premissas Argumento Conclusão


Verdadeira
Válido
Verdadeiras É impossível ser falsa
Verdadeira
Inválido
Falsa
Verdadeira
Válido
Falsa
Falsas
Verdadeira
Inválido
Falsa

Argumentos sólidos: argumentos válidos constituídos por proposições verdadeiras.


ARGUMENTOS NÃO
DEDUTIVOS

A sua validade depende de aspetos que vão para lá da


forma lógica do argumento.

Num argumento não dedutivo, a verdade das premissas


apenas sugere a plausibilidade da conclusão ou a
probabilidade de ela ser também verdadeira.

Um argumento não dedutivo é válido quando é


improvável, mas não propriamente impossível, ter
premissas verdadeiras e conclusão falsa.
ARGUMENTOS NÃO DEDUTIVOS

INDUTIVOS OUTROS

A indução conduz-nos a conclusões que não derivam


necessariamente das premissas.

Alguns estudantes copiam nos testes. Até hoje, todos os cavalos nasceram quadrúpedes.
Logo, todos os estudantes copiam nos testes. Logo, o próximo cavalo a nascer será quadrúpede.

Argumento Argumento
Argumento indutivo inválido Argumento indutivo válido forte
fraco

A verdade das premissas não A verdade das premissas fornece


fornece fortes razões para pensar fortes razões para pensar que a
que a conclusão é verdadeira. conclusão é verdadeira.
FORMA LÓGICA
 Lógica formal começa pela tomada de consciência de que a validade de
alguns argumentos depende de certos aspetos da sua estrutura. Por
exemplo:
Se Sócrates era asiático, não era grego.
Mas ele era grego.
Logo, não era asiático.
Se a liberdade autêntica existe, o mundo não está inteiramente determinado.
Contudo, o mundo está inteiramente determinado.
Logo, a liberdade autêntica não existe.

Apesar de diferentes, é evidente que os argumentos têm uma estrutura comum:


Se P, então Q.
Q.
Logo, não P

 É esta estrutura partilhada por argumentos diferentes que se chama forma


lógica. Uma lógica é formal precisamente quando estuda os argumentos
indiretamente, estudando as suas estruturas.
EXERCÍCIOS
1) O que se entende por validade de um argumento?
2) O que são argumentos dedutivos?
3)O que são argumentos indutivos?
4) O que são argumentos dedutivos válidos?
5)O que são argumentos indutivos válidos?
6) Identifique e avalie o argumento:
Todos os corvos são negros.
Joly é um corvo.
Joly é negro.
7) Identifique e avalie o seguinte argumento:
Todos os corvos que foram observados até agora eram negros.
Logo, todos os corvos são negros.
7.1. Qual dos argumentos é mais forte. O anterior ou este? Justifique.
Todos os corvo até agora observados eram negros.
Logo, o próximo corvo que eu vir será negro.
EXERCÍCIOS - CORREÇÃO
1) O que se entende por validade de um argumento? É a relação que se estabelece entre o valor de
verdade das premissas e o valor de verdade da conclusão
2) O que são argumentos dedutivos? A sua validade depende unicamente da forma lógica
3)O que são argumentos indutivos? Argumentos em que a conclusão não deriva necessariamente das
premissas (há uma extrapolação)
4) O que são argumentos dedutivos válidos? Argumentos em que a partir da verdade das premissas
inferimos a V da conclusão
5)O que são argumentos indutivos válidos? Verdade das premissas torna fortemente provável a V da
conclusão
6) Identifique e avalie o argumento:
Todos os corvos são negros. Dedutivo válido
Joly é um corvo.
Joly é negro.
7) Identifique e avalie o seguinte argumento:
Todos os corvos que foram observados até agora eram negros.
Logo, todos os corvos são negros. Indutivo válido (é provável k…)
7.1. Qual dos argumentos é mais forte. O anterior ou este? Justifique.
Todos os corvo até agora observados eram negros.
Logo, o próximo corvo que eu vir será negro. Este pois a conclusão tem maior probabilidade de ser V
Tipos de proposições Forma lógica

Tipo A Universal afirmativa Todo o S é P.

Tipo E Universal negativa Nenhum S é P.

Tipo I Particular afirmativa Algum S é P.

Tipo O Particular negativa Algum S não é P.


QUADRADO DE OPOSIÇÃO

Exemplo: Todos os Exemplo: Nenhum papel


papéis são brancos. é branco.

A CONTRÁRIAS
E
SUBALTERNAS CONTRADITÓRIAS SUBALTERNAS

I SUBCONTRÁRIAS
O
Exemplo: Alguns papéis Exemplo: Alguns papéis
são brancos. não são brancos.
Proposições categóricas na sua forma-padrão ou forma
canónica e outras expressões das mesmas

Tipo A Universais afirmativas

O predicado é afirmado de todos os elementos da classe que o sujeito representa.

Forma-padrão Outras expressões

Qualquer filósofo é crítico.


Ser filósofo é ser crítico.
Todo o S é P Os filósofos são críticos.
O filósofo é crítico.
Todos os filósofos são críticos. Quem é filósofo é crítico.
Não há filósofos que não sejam críticos.
Só há filósofos críticos.
Tipo E Universais negativas

O predicado é negado de todos os elementos da classe que o sujeito representa.

Forma-padrão Outras expressões

Os animais não são perigosos.


O animal não é perigoso.
Nenhum S é P Ser perigoso não é uma característica dos
animais.
Nenhum animal é perigoso. Não há animal que seja perigoso.
Só existem animais não perigosos.
Todos os animais não são perigosos.
Tipo I Particulares afirmativas
O predicado é afirmado apenas de uma parte dos elementos da classe que o
sujeito representa.
Forma-padrão Outras expressões

Certos dias são belos.


Algum S é P
Há dias belos.
Existem dias belos.
Alguns dias são belos.
Existe pelo menos um dia que é belo.
Tipo O Particulares negativas
O predicado é negado apenas de uma parte dos elementos da classe que o
sujeito representa.
Forma-padrão Outras expressões

Certos caminhos não são transitáveis.


Algum S não é P Há caminhos não transitáveis.
Existem caminhos não transitáveis.
Alguns caminhos não são Existe pelo menos um caminho que não é
transitáveis. transitável.
Nem todos os caminhos são transitáveis.
EXERCÍCIOS
1. Negue as seguintes proposições:
a) Os filósofos não eram atenienses.
b) Há pelo menos um país que não é
democrático.
c) Cada um dos cientistas é rigoroso.
d) Certas doenças são contagiosas.
e) Não existem tiranias democráticas.
f) Qualquer computador é máquina.
EXERCÍCIOS - CORREÇÃO
1. Negue as seguintes proposições:
a) Os filósofos não eram atenienses.
Alguns filósofos eram atenienses. E I
b) Há pelo menos um país que não é democrático.
Todos os países são democráticos. O A
c) Cada um dos cientistas é rigoroso.
Alguns cientistas não são rigorosos. A O
d) Certas doenças são contagiosas.
Nenhuma doença é contagiosa. I E
e) Não existem tiranias democráticas.
algumas tiranias são democráticas E I
f) Qualquer computador é máquina.
Alguns computadores não são máquinas A O
1.2.2. Lógica proposicional
Copiar a partir de prop. PROPOSIÇÃO
Simples e complexas
Pensamento ou conteúdo expresso por uma frase declarativa, suscetível de
ser considerada verdadeira ou falsa.

As proposições têm valor de verdade.

Simples ou elementares Complexas ou compostas

São proposições em que São proposições em que


não estão presentes está presente um operador
quaisquer operadores. ou mais do que um.

Exemplos Exemplos
As casas são brancas. As casas são amarelas. As casas são brancas ou as casas são amarelas.
Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro.
Deus existe. O mundo foi criado por Deus. Se Deus existe, então o mundo foi criado por ele.
Eu sou jogador de futebol. Eu não sou jogador de futebol.
Proposições

Simples Complexas

O seu valor de verdade


O seu valor de verdade
depende do valor de
depende do facto de elas
verdade das proposições
estarem ou não de acordo
simples e dos operadores
com a realidade.
utilizados.

Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro.

verdadeira falsa falsa

Gertrudes é arquiteta ou Paulo é engenheiro.

copiar
verdadeira
EXERCÍCIOS:
1.Refira quais das seguintes proposições são
simples e quais são as complexas:
a) És pintor ou és mecânico.
b) Se vens ter comigo, então sabes onde estou.
c) A vida não é uma realidade misteriosa.
d) Descartes é filósofo.
e) Tudo o que percecionamos é ilusório.
f) João estuda.
g) João é estudante ou cantor.
EXERCÍCIOS - CORREÇÃO
1.Refira quais das seguintes proposições são
simples e quais são as complexas:
a) És pintor ou és mecânico. - complexa
b) Se vens ter comigo, então sabes onde estou.
complexa
c) A vida não é uma realidade misteriosa.complexa
d) Descartes é filósofo. simples
e) Tudo o que percecionamos é ilusório.simples
f) João estuda. simples
g) João é estudante ou cantor. complexa
LINGUAGEM PROPOSICIONAL
 Do vocabulário usado pela logica proposicional fazem parte:
1) Letras proposicionais – letras maiúsculas d meio do alfabeto:
P, Q, R,S que representam proposições simples. Chama-se
interpretação ou dicionário, à indicação do código usado para
representar as proposições simples:

Exemplo: em linguagem proposicional, a proposição composta «O


céu é azul e a relva é verde» é representada por P ^ Q
Dicionário:
P: O céu é azul
Q: a relva é verde
2) Conectivas lógicas, os operadores de
formação de frases verofuncionais representadas
por sinais lógicos
LINGUAGEM PROPOSICIONAL

 Parêntesis – indicam o âmbito do operador,


i.e., a proposição(ões) que o operador afeta; no
cálculo lógico têm um uso semelhante ao da
Matemática
 Exemplo:

Na proposição (P V Q) Λ P, parêntesis indica que


a conjunção ligou (P V Q) a P.
Operadores Proposicionais

Trata-se de palavras ou expressões que, sendo ligadas a determinada(s)


proposição(ões), permitem formar novas proposições.

«Penso que», «visto


«E», «ou», «se…,
que», «acredito que»,
então», etc.
«é possível que», etc.

Operadores
verofuncionais
(operadores lógicos
ou conetivas
Proposição complexa função de verdade proposicionais).

Operadores que nos permitem, uma vez conhecidos os valores de verdade das
proposições simples, determinar, apenas com base nessa informação, o valor de
verdade da proposição resultante.
Variáveis Letras P: Deus existe.
proposicionais proposicionais Q: A vida tem sentido.

Exemplo Forma lógica

Deus existe e a vida tem sentido. P e Q.


Logo, Deus existe. Logo, P.

Argumento dedutivamente válido.

É possível determinar, com base nos operadores


verofuncionais, a validade dos argumentos em que as
proposições se integram.
Forma lógica Exemplos
P Não P. Deus não existe.
PQ P e Q. Deus existe e a vida tem sentido.
PQ P ou Q. Deus existe ou a vida tem sentido.
P→Q Se P, então Q. Se Deus existe, então a vida tem sentido.
P↔Q P se, e só se, Q. Deus existe se, e só se, a vida tiver sentido.

Operador singular,
Aplica-se apenas a uma proposição. «Não».
unário ou monádico

Operador binário ou «E», «ou», «se..., então»,


Aplica-se a duas proposições.
diádico «se, e só se».
DEFINIÇÃO DAS FUNÇÕES DE VERDADE

 A determinação do valor de verdade de uma


proposição complexa obedece a um conjunto
de regras específicas para cada uma das
conectivas. Essa regra é apresentada numa
tabela de verdade específica para cada
conectiva.
Negação Tabela de verdade

P: Portugal é um país asiático. Tabela que apresenta as diversas condições


de verdade de uma forma proposicional
específica, permitindo determinar de modo
 P (Não P)
mecânico a sua verdade ou falsidade.
Portugal não é um país asiático.
A tabela de verdade exibe os valores de
Expressões verdade possíveis da(s) proposição(ões) e os
alternativas valores de verdade resultantes das
operações efetuadas.
Não é verdade que Portugal é um país asiático.
É falso que Portugal seja um país asiático.
É errado afirmar que Portugal é um país asiático. Tabela de verdade
da negação

A negação é uma proposição com a


P P
forma «Não P», representando-se por
« P». Se P é verdadeira,  P é falsa;
V F
Coluna de referência
se P é falsa,  P é verdadeira. F V
A negação de uma negação (ou dupla Primeira parte Segunda parte
negação) – que se representa por «  P» Sendo o operador da negação o único operador
– equivale a uma afirmação. unário, só haverá duas filas na tabela.
EXERCÍCIOS NEGAÇÃO (COPIAR PARA O CADERNO)
1. Complete a afirmação:
a) Uma negação ¬ P será verdadeira se e só se, a proposição P for
______
2. Qual a negação de “Alguns filósofos são analfabetos?
3. Qual a proposição que está a ser negada na frase: “Raimundo nunca
mente”?
4. Qual a proposição que está a ser negada na frase “Alguns lógicos não
são admiradores de Aristóteles”?
Há, por vezes, outras partículas negativas na língua portuguesa além do
não. Sabendo isso, diga quais as proposições que estão a ser negadas
em:
a) Camões é imortal.
b) É impossível viajar mais rápido do que a luz.
EXERCÍCIOS
1. Complete a afirmação:
Uma negação ¬ P será verdadeira se e só se, a proposição P for falsa
2. Qual a negação de “Alguns filósofos são analfabetos? Nenhum filósofo é
analfabeto
3. Qual a proposição que está a ser negada na frase: “Raimundo nunca
mente”? Raimundo às vezes mente.
4. Qual a proposição que está a ser negada na frase “Alguns lógicos não são
admiradores de Aristóteles”? Todos os lógicos são admiradores de Aristóteles.
5. Há, por vezes, outras partículas negativas na língua portuguesa além do
não. Sabendo isso, diga quais as proposições que estão a ser negadas em:
a) Camões é imortal. Camões é mortal.
b) É impossível viajar mais rápido do que a luz. É possível viajar mais rápido
do que a luz.
Tabela de verdade da conjunção
Conjunção
P Q PQ
P: A vida é enigmática.
Q: A morte é enigmática. V V V
V F F
P  Q (P e Q) F V F
A vida é enigmática e a morte é F F F
enigmática.
Sendo o operador da conjunção, à semelhança dos
que estudaremos a seguir, um operador binário,
Expressões haverá na tabela quatro condições de verdade.
alternativas
A vida é enigmática e a morte também o é. A conjunção é uma proposição com
A vida e a morte são enigmáticas. a forma «P e Q», simbolizando-se por
A vida é enigmática, mas a morte é-o igualmente. «P  Q», a qual é verdadeira se as
Quer a vida quer a morte são enigmáticas.. proposições conectadas – que
também se chamam «proposições
conjuntas» – forem verdadeiras e é
falsa desde que pelo menos uma
dessas proposições seja falsa.
EXERCÍCIOS - CONJUNÇÃO (COPIAR PARA O CADERNO DIÁRIO)

1. Se P for uma proposição verdadeira e Q for uma proposição


falsa, a conjunção (P Λ Q) será verdadeira ou falsa?
Justifique.
2. Se uma conjunção (P Λ Q) for verdadeira, qual será o valor
de verdade das proposições P e Q que a compõem?
3. Se P for uma proposição verdadeira e a conjunção (P Λ Q)
for falsa, a proposição Q será verdadeira ou falsa?
4. A proposição expressa por “Raimundo e Florbela gostam
um do outro é composta a partir de duas proposições
simples. Quais?
5. A proposição expressa por “Raimundo é católico, tal como
Florbela” é composta a partir de 2 proposições. Quais?
EXERCÍCIOS
1. Se P for uma proposição verdadeira e Q for uma proposição falsa, a
conjunção (P Λ Q) será verdadeira ou falsa? Justifique.F porque a
conjunção só será verdadeira se as proposições de partida forem
ambas verdadeiras.
2. Se uma conjunção (P Λ Q) for verdadeira, qual será o valor de
verdade das proposições P e Q que a compõem? V
3. Se P for uma proposição verdadeira e a conjunção (P Λ Q) for falsa, a
proposição Q será verdadeira ou falsa? F
4. A proposição expressa por “Raimundo e Florbela gostam um do outro
é composta a partir de duas proposições simples. Quais? Raimundo
gosta de Florbela e Florbela gosta de Raimundo.
5. A proposição expressa por “Raimundo é católico, tal como Florbela” é
composta a partir de 2 proposições. Quais?
Raimundo é católico e Florbela é católica.
P: Descartes era racionalista. Tabela de verdade da

Disjuntas
Disjunção
Q: Locke era empirista. disjunção inclusiva
inclusiva
P Q PQ
P  Q (P ou Q) V V V
Descartes era racionalista ou V F V
Locke era empirista. F V V
F F F
A disjunção inclusiva é uma proposição com a forma «P ou Q», simbolizando-se por «P  Q», a qual será
sempre verdadeira, exceto quando P e Q forem simultaneamente falsas.

Tabela de verdade da
Disjunção P: Vou ao cinema. disjunção exclusiva
exclusiva Q: Fico em casa. P Q PQ
V V F
P  Q (Ou P ou Q)
V F V
Ou vou ao cinema ou fico em F V V
casa. F F F
A disjunção exclusiva é uma proposição com a forma «Ou P ou Q», simbolizando-se por «P  Q», a qual é
verdadeira se P e Q possuem valores lógicos distintos e falsa se P e Q possuem o mesmo valor lógico.
EXERCÍCIOS DISJUNÇÃO(COPIAR PARA O CADERNO DIÁRIO)
1. Identifique quais das disjunções são inclusivas e quais são exclusivas:
a) Ou há justiça ou temos o direito de fazer o que quisermos.
b) A beleza existe no mundo inteligível ou no mundo sensível.
c) Ou concordas comigo ou gostas de errar.

2. Se P for uma proposição falsa e Q for uma proposição verdadeira, a disjunção (P V Q) será verdadeira
ou falsa? Justifique.
3. Se P for uma proposição falsa e a disjunção (P V Q) for falsa, a proposição Q será verdadeira ou falsa?
4. Quais são as duas proposições que estão a ser ligadas por disjunção na frase: “Raimundo lavou a loiça
ou foi Florbela quem o fez?
5. Se é verdade que já houve vida em Marte, qual o valor de verdade da disjunção “Há vida em Marte ou
já houve vida em Marte”?
6. Se Raimundo foi ao banco, mas é verdade que ele foi ao banco ou ao supermercado, a proposição
“Raimundo foi ao supermercado” é verdadeira ou falsa?
7. Considere a disjunção: «Ou o sentido da vida é alcançável ou estamos desorientados».
Refira qual o valor de verdade desta disjunção se se admitir que:
a) …é falso que «o sentido da via é alcançável», mas é verdadeiro que «estamos desorientados».
b) …é falso que «estamos desorientados» e que «o sentido da vida é alcançável».
EXERCÍCIOS - CORREÇÃO
1. Identifique quais das disjunções são inclusivas e quais são exclusivas:
a) Ou há justiça ou temos o direito de fazer o que quisermos. exclusiva
b) A beleza existe no mundo inteligível ou no mundo sensível. inclusiva
c) Ou concordas comigo ou gostas de errar. exclusiva
2. Se P for uma proposição falsa e Q for uma proposição verdadeira, a disjunção (P V Q) será verdadeira
ou falsa? Justifique.
V, porque a disjunção só será falsa se as proposições de origem forem ambas falsas.
3. Se P for uma proposição falsa e a disjunção (P V Q) for falsa, a proposição Q será verdadeira ou falsa?
F
4. Quais são as duas proposições que estão a ser ligadas por disjunção na frase: “Raimundo lavou a
loiça ou foi Florbela quem o fez?
Raimundo lavou a loiça e Florbela lavou a loiça.
5. Se é verdade que já houve vida em Marte, qual o valor de verdade da disjunção “Há vida em Marte ou
já houve vida em Marte”? V
6. Se Raimundo foi ao banco, mas é verdade que ele foi ao banco ou ao supermercado, a proposição
“Raimundo foi ao supermercado” é verdadeira ou falsa? V
Considere a disjunção: «Ou o sentido da vida é alcançável ou estamos desorientados».
Refira qual o valor de verdade desta disjunção se se admitir que:
a) …é falso que «o sentido da via é alcançável», mas é verdadeiro que «estamos desorientados».
verdadeira
b) …é falso que «estamos desorientados» e que «o sentido da vida é alcançável». falsa
Tabela de verdade da
Condicional P: Marco golos. condicional
(implicação Q: Sou desportista.
P Q P→Q
material)
P → Q (Se P, então Q) V V V
Se marco golos, então sou V F F
desportista. F V V
F F V
Expressões
Antecedente É uma condição suficiente
alternativas
(P) para o consequente.
Sou desportista, se marco golos.
Sou desportista, caso marque golos. Consequente É uma condição necessária
Desde que eu marque golos, sou desportista. (Q) para o antecedente.
Ser desportista é condição necessária para eu
A condicional é uma proposição
marcar golos.
composta com a forma «Se P, então
Marcar golos é condição suficiente para eu ser
Q», simbolizando-se por «P → Q», a
desportista.
qual só é falsa se P – o antecedente
Se marco golos, sou desportista.
– é verdadeira e Q – o consequente
Não sou desportista, a menos que marque golos.
– é falsa. Em todas as restantes
situações, a nova proposição é
verdadeira.
EXERCÍCIOS (COPIAR PARA O CADERNO DIÁRIO)
1. Se uma condicional com a forma (P→Q) é falsa,
quais são os valores de verdade das proposições
P e Q? Justifique.
2. “Haver oxigénio é uma condição necessária para
haver fogo”. Reformule a condicional, colocando-
a no forma “se…então…”
3. Suponha que uma condicional com a forma
(P→Q) é verdadeira e que a sua antecedente
também é verdadeira. O que podemos concluir
acerca do consequente? Exponha o seu
raciocínio.
EXERCÍCIOS
1. Se uma condicional com a forma (P→Q) é falsa, quais são
os valores de verdade das proposições P e Q? Justifique.
P= V e Q = F, porque a condicional só é falsa se o antecedente
for V e o consequente F
2. “Haver oxigénio é uma condicção necessária para haver
fogo”. Reformule a condicional, colocando-a no forma
“se…então…”
Se há fogo, então há oxigénio
3. Suponha que uma condicional com a forma (P→Q) é
verdadeira e que a sua antecedente também é verdadeira. O
que podemos concluir acerca do consequente? Exponha o seu
raciocínio. Q será V porque se Q fosse F, uma vez que P é V, a
condicional (P→Q) seria falsa.
Tabela de verdade da
Bicondicional P: Sou escritor. bicondicional
(equivalência Q: Publico livros.
material) P Q P↔Q
P ↔ Q (Se, e só se) V V V
Sou escritor se, e só se, publico V F F
livros. F V F
F F V

Expressões
alternativas
Sou escritor se, e somente se, publico livros. A bicondicional é uma proposição
Sou escritor se, e apenas se, publico livros. composta com a forma «P se, e só
Publicar livros é condição necessária e suficiente se, Q», simbolizando-se por «P ↔ Q»,
para eu ser escritor. a qual é verdadeira se ambas as
Se sou escritor, publico livros e vice-versa. proposições tiverem o mesmo valor
lógico e falsa se as proposições
tiverem valores lógicos distintos.
EXERCÍCIOS (COPIAR PARA O CADERNO DIÁRIO)

1. Se uma bicondicional com a forma (P↔ Q) é


falsa, e P é uma proposição verdadeira, qual
o valor de verdade da proposição Q?
Justifique.
2. Se P e Q são proposições falsas, qual é o valor
de verdade da bicondicional (P↔ Q)?
EXERCÍCIOS (COPIAR PARA O CADERNO DIÁRIO)

1. Se uma bicondicional com a forma (P↔ Q) é


falsa, e P é uma proposição verdadeira, qual
o valor de verdade da proposição Q?
Justifique. É falsa, porque uma bicondicional
só é verdadeira se as proposições que a
compõem tiverem o mesmo valor de verdade.
2. Se P e Q são proposições falsas, qual é o valor
de verdade da bicondicional (P↔ Q)? É
verdadeira.
Formas proposicionais e operadores verofuncionais
Proposições
Disjunção
simples
Negação Conjunção Condicional Bicondicional
inclusiva exclusiva

P Q P Q PQ PQ PQ P→Q P↔Q


V V F F V V F V V
V F F V F V V F F
F V V F F V V V F
F F V V F F F V V
FORMALIZAÇÃO DE PROPOSIÇÕES
 Até aqui, caracterizámos:
 as conectivas proposicionais aplicando-as a proposições simples.
 Vimos como, a partir de uma proposição simples P, podemos gerar uma
negação ¬P; e como a partir de 2 proposições simples P e Q, podemos gerar
uma conjunção (PΛQ), ou uma disjunção (PVQ) ou a bicondicional (P↔Q).
 Descrevemos a maneira como os valores de verdade das proposições simples
determinam o valor de verdade da proposição complexa.

E nas proposições complexas?


 Também podemos, por exemplo, negar uma
conjunção (PΛQ), obtendo ¬ (PΛQ), tal como
podemos gerar a conjunção de 2 negações, como
em (¬ PΛ¬Q), entre outras.
EXERCÍCIOS
1. Formalize as seguintes proposições:
a) O João não vai a Paris.
b) O António vai ao cinema ou ao teatro.
c) Não é verdade que o João vá a Paris.
d) Não vou ao teatro se, e só se, não tiver dinheiro.
e) É falso que o João vá a Paris.
f) Cézanne é um pintor pós-expressionista e Camões é
um poeta épico.
g) Se Camões é um poeta épico, então Cézanne é um
pintor pós-expressionista.
h) Cézanne não é um pintor pós - expressionista.
EXERCÍCIOS - CORREÇÃO
1. Formalize as seguintes proposições:
a) O João não vai a Paris. ¬ P
b) O António vai ao cinema ou ao teatro. P v Q
c) Não é verdade que o João vá a Paris. ¬ P
d) Não vou ao teatro se, e só se, não tiver dinheiro. ¬ P ↔ ¬ Q
e) É falso que o João vá a Paris. ¬ P
f) Cézanne é um pintor pós-expressionista e Camões é um
poeta épico. P ^ Q
g) Se Camões é um poeta épico, então Cézanne é um pintor
pós-expressionista. Q → P
h) Cézanne não é um pintor pós - expressionista. ¬ P
Âmbito dos operadores P: Eu sonho.
Q: Eu estudo.

Operador principal:  Eu sonho e não estudo. PQ

Uma conjunção e uma negação que incide sobre a proposição Q.

Operador principal:  É falso afirmar que eu sonho e não estudo.  (P   Q)

Uma negação que incide sobre a conjunção de P e de  Q.

Âmbito de um operador: refere-se à proposição (ou proposições)


sobre a qual (ou sobre as quais) esse operador incide.

No segundo exemplo, o operador da negação (enquanto operador principal) apresenta


um âmbito diferente do do outro operador da negação.
Formalizar proposições complexas

Isolar as proposições simples


que as constituem e atribuir
Colocar as proposições na variáveis proposicionais a
forma canónica, identificando cada uma. A isto se chama Simbolizar ou formalizar a
os operadores verofuncionais «construir o dicionário» proposição complexa.
envolvidos. dessas proposições ou
proceder à sua
«interpretação».

Exemplo: Não sou bom aluno a Filosofia, a não ser que estude lógica.

Expressão canónica Interpretação (dicionário) Formalização

Se estudo lógica, então sou P: Estudo lógica.


P→Q
bom aluno a Filosofia. Q: Sou bom aluno a Filosofia.
Exemplo: Não sou rico se, e só se, não tenho dinheiro.

Expressão canónica Interpretação (dicionário) Formalização

Não sou rico se, e só se, não P: Sou rico.


P↔Q
tenho dinheiro. Q: Tenho dinheiro.

Exemplo: O ser humano não é feliz, a não ser que o dizer-se que Deus não existe e
a vida é absurda constitua uma falsidade.

Expressão canónica Interpretação (dicionário) Formalização

Se é falso que Deus não P: Deus existe.


existe e que a vida é absurda, Q: A vida é absurda.  ( P  Q) → R
então o ser humano é feliz. R: O ser humano é feliz.
PARA FORMALIZAR PROPOSIÇÕES COMPLEXAS
DEVEMOS … COPIAR PARA O CADERNO

1. Colocar essas proposições na forma canónica


2. Isolar as proposições simples que as
constituem e atribuir variáveis proposicionais
a cada uma = construir o dicionário ou
interpretação
3. Simbolizar ou formalizar a proposição
complexa
O método das tabelas de verdade

Expressão canónica Interpretação Formalização

Não é verdade que se está P: Está sol.


 (P → Q))
sol então está bom tempo. Q: Está bom tempo.

1. P Q  (P → Q) 2. P Q  (P → Q)
Desenhar a tabela, Colocar na tabela
colocando aí as os valores de V V
verdade das
letras
proposições
V F
proposicionais e a
proposição simples, esgotando F V
complexa. as possibilidades.
F F

3. P Q  (P → Q) 4. P Q  (P → Q)
Calcular os valores
de verdade das V V V Calcular os valores V V F V
proposições, de verdade da
excetuando os
V F F proposição relativa
V F V F
daquela que é F V V ao operador F V F V
relativa ao principal.
operador principal. F F V F F F V
Tautologias ou
verdades lógicas

Fórmulas proposicionais que são sempre verdadeiras, qualquer que seja o


valor de verdade das proposições simples que as constituem.

Exemplo Forma lógica

Se acendo e apago a luz,


(P  Q) → P
então acendo a luz.

P Q (P  Q) → P
V V V V
V F F V
F V F V
F F F V
Contradições ou
falsidades lógicas

Fórmulas proposicionais que são sempre falsas, independentemente do


valor de verdade das proposições simples que as compõem.

Exemplo Forma lógica

Não penso ou não sonho se,


( P   Q) ↔ (P  Q)
e só se, penso e sonho.

P Q ( P   Q) ↔ (P  Q)
V V F F F F V
V F F V V F F
F V V V F F F
F F V V V F F
Contingências ou proposições indeterminadas

Fórmulas proposicionais que tanto podem ser verdadeiras como falsas,


consoante os valores lógicos das proposições simples que as compõem.
Exemplo Forma lógica

Se passeio ou corro, então


(P  Q) → R
mantenho a saúde.

P Q R (P  Q) → R

V V V V V
V V F V F
V F V V V
V F F V F
F V V V V
F V F V F
F F V F V
F F F F V
Equivalências lógicas

Duas proposições são logicamente equivalentes se apresentarem as mesmas


condições de verdade: quando uma for verdadeira, a outra também o será e,
quando uma for falsa, a outra sê-lo-á também. Tal significa que a sua
bicondicional constitui uma verdade lógica ou uma tautologia.

Bicondicional ou equivalência
Equivalência lógica
material

Pode ser verdadeira ou falsa. É sempre verdadeira.

Copiar caderno
diário
Exemplo: P Q P↔Q
As duas proposições
Trabalho se, e só se, tenho saúde. complexas são
V V V equivalentes, pois
Forma lógica
V F F apresentam as mesmas
F V F condições de verdade:
têm o mesmo valor de
P↔Q F F V
verdade em qualquer
circunstância.

Exemplo: P Q (P → Q)  (Q → P)
Se trabalho, então tenho saúde e,
se tenho saúde, então trabalho. V V V V V
Forma lógica
V F F F V
F V V F F
(P → Q)  (Q → P) F F V V V
Pode construir-se
P Q (P ↔ Q) ↔ [(P → Q)  (Q → P)] apenas uma tabela
de verdade mas,
V V V V V V V neste caso, o
V F F V F F V resultado tem que
F V F V V F F ser uma tautologia
F F V V V V V

Tautologia

P ↔ Q  (P → Q)  (Q → P)
ALGUMAS EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Símbolo de
equivalência P → Q   (P   Q)
lógica P→QPQ
P  Q   ( P   Q)
P  Q   ( P   Q)
PP
P↔QQ↔P
EXERCÍCIOS – COPIAR PARA CADERNO

1. Verifique, usando o método das tabelas de


verdade se as seguintes proposições são
tautologias, contradições ou contingências.
a) ¬ (P →Q)
b) (PΛQ) → P
c) P → (Q V ¬R)
d) (¬ P V Q ¬Q) ↔ (PΛQ)

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