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Hidrologia

IPH 01019

Evaporação e Evapotranspiração

Walter Collischonn
IPH - UFRGS
Tópicos
• Evaporação, transpiração, evapotranspiração
• Variáveis da atmosfera
• Influência do solo, vegetação
• Medição da evaporação
• Estimativa da evaporação em lagos e reservatórios
• Medição da evapotranspiração
• Cálculo da evapotranspiração
• Penman-Monteith
• Equações simplificadas
• Evapotranspiração potencial x real
• Evapotranspiração potencial de referência
• Stress hídrico
Conceitos
• Evaporação

• Transpiração

• Evapotranspiração
Evaporação
• Oceanos, lagos, rios, poças d’água, água
interceptada na vegetação
• Evaporação direta do solo
Transpiração
Conceito Geral
IPH 01027
Evaporação

Evaporação (E) – Processo pelo qual se transfere água do solo


e das massas líquidas para a atmosfera. No caso da água no
planeta Terra ela ocorre nos oceanos, lagos, rios e solo.

Transpiração (T) – Processo de evaporação que ocorre através


da superfície das plantas. A taxa de transpiração é função dos
estômatos, da profundidade radicular e do tipo de vegetação.
Evapotranspiração
• Normalmente os dois processos (evaporação
e transpiração) ocorrem juntos
• Em áreas relativamente grandes é difícil saber
cada parcela em separado
• O fluxo total de calor latente para a atmosfera
é a evapotranspiração
Definições
IPH 01027
Evaporação
Processo de Transpiração no Sistema Solo Planta Atmosfera.

Evapotranspiração (ET)

Processo simultâneo de
transferência de água para a
atmosfera através da evaporação
(E) e da transpiração (T).

ET  E  T
Evaporação
• Evaporação ocorre quando o estado líquido da água é
transformado de líquido para gasoso.
• As moléculas de água estão em constante movimento, tanto
no estado líquido como gasoso.
• Algumas moléculas da água líquida tem energia suficiente
para romper a barreira da superfície, entrando na atmosfera,
enquanto algumas moléculas de água na forma de vapor do
ar retornam ao líquido, fazendo o caminho inverso.
• Quando a quantidade de moléculas que deixam a superfície é
maior do que a que retorna está ocorrendo a evaporação.
Energia e evaporação
• A quantidade de energia que uma molécula
de água líquida precisa para romper a
superfície e evaporar é chamada calor latente
de evaporação.

  2,501  0,002361  Ts em MJ.kg-1

Portanto o processo de evaporação exige um fornecimento de energia,


que, na natureza, é provido pela radiação solar.

Ts é a temperatura da superfície da água em oC.


Condições para ocorrer evaporação

• Assim, para ocorrer a evaporação são


necessárias duas condições:
– que a água líquida esteja recebendo energia para
prover o calor latente de evaporação
– esta energia (calor) pode ser recebida por radiação ou por
convecção (transferência de calor do ar para a água)
– que o ar acima da superfície líquida não esteja
saturado de vapor de água.
Variáveis meteorológicas
IPH 01019
Evaporação

Fatores que afetam a Evaporação (E)

 umidade do ar
 pressão atmosférica
 temperatura do ar
velocidade do vento
 radiação solar
Temperatura

• Quanto maior a temperatura,


maior a pressão de saturação do
vapor de água no ar, isto é,
maior a capacidade do ar de
receber vapor.

• Para cada 10oC, P0 é duplicada.

Temp. oC 0 10 20 30
P0 (atm) 0,0062 0,0125 0,0238 0,0431
Umidade do Ar
IPH 01027
Evaporação
A umidade relativa é a medida do conteúdo de vapor de
água do ar em relação ao conteúdo de vapor que o ar teria se
estivesse saturado. Assim, ar com umidade relativa de 100% está
saturado de vapor, e ar com umidade relativa de 0% está
completamente isento de vapor.

w
UR  100. em %
ws

onde UR é a umidade relativa; w é a massa de vapor pela massa


de ar e ws é a massa de vapor por massa de ar no ponto de

saturação.
Exercício
Uma sala de 10 m de largura, 20 m de
comprimento e 4 m de altura, com ar a 30º C,
saturado de vapor, é resfriada para a
temperatura de 10º C. Qual é a quantidade
(massa ou volume) de vapor de água que deve
condensar?
Umidade do Ar
IPH 01027
Evaporação
A umidade relativa também pode ser expressa em termos de
pressão parcial de vapor. De acordo com a lei de Dalton cada gás
que compõe um a mistura exerce uma pressão parcial,
independente da pressão dos outros gases, igual à pressão que se
fosse o único gás a ocupar o volume. No ponto de saturação a
pressão parcial do vapor corresponde à pressão de saturação do
vapor no ar, e a equação anterior pode ser reescrita como:
e
UR  100. em %
es
onde UR é a umidade relativa; e é a pressão parcial de vapor no
ar e es é pressão de saturação.
Umidade do Ar
IPH 01027
Evaporação

• E = C (es – e)
• E = evaporação (mm/hora; mm/dia)
• es = pressão de saturação do vapor de água no ar
atmosférico
• e = pressão do vapor presente na atmosfera
• C = constante
• Ar mais seco – mais evaporação
• Ar mais úmido – menos evaporação
Vento
IPH 01027
Evaporação
• O vento renova o ar em contato com a superfície que está
evaporando (superfície da água; superfície do solo;
superfície da folha da planta).
• Com vento forte a turbulência é maior e a transferência
para regiões mais altas da atmosfera é mais rápida, e a
umidade próxima à superfície é menor, aumentando a taxa
de evaporação.

pouco vento muito vento


Radiação Solar
IPH 01027
Evaporação

A quantidade de energia solar que atinge a Terra no topo da


atmosfera está na faixa das ondas curtas. Na atmosfera e na
superfície terrestre a radiação solar é refletida e sofre
transformações, de acordo com a figura.

Parte da energia incidente é refletida pelo ar e pelas nuvens


(26%) e parte é absorvida pela poeira, pelo ar e pelas nuvens
(19%). Parte da energia que chega a superfícies é refletida de
volta para o espaço ainda sob a forma de ondas curtas (4% do
total de energia incidente no topo da atmosfera).
Radiação Solar
IPH 01027
Evaporação
A energia absorvida pela terra e pelos oceanos contribui
para o aquecimento destas superfícies que emitem radiação de
ondas longas. Além disso, o aquecimento das superfícies
contribuem para o aquecimento do ar que está em contato,
gerando o fluxo de calor sensível (ar quente), e o fluxo de calor
latente (evaporação).

Finalmente, a energia absorvida pelo ar, pelas nuvens e a


energia dos fluxos de calor latente e sensível retorna ao espaço
na forma de radiação de onda longa, fechando o balanço de
energia.
Radiação solar
• A quantidade de energia solar que atinge a Terra no topo da
atmosfera está na faixa das ondas curtas. Na atmosfera e na
superfície terrestre a radiação solar é refletida e sofre
transformações.
• O processo de fluxo de calor latente é onde ocorre a
evaporação. A intensidade desta evaporação depende da
disponibilidade de energia. Regiões mais próximas ao
Equador recebem maior radiação solar, e apresentam
maiores taxas de evapotranspiração. Da mesma forma, em
dias de céu nublado, a radiação solar é refletida pelas nuvens,
e nem chega a superfície, reduzindo a energia disponível para
a evapotranspiração.
Radiação Solar
IPH 01027
Evaporação
Outros fatores
• Tipos de Solos: para evaporação direta do solo
• Vegetação: diferentes vegetações podem
exercer mais ou menos controle sobre a
transpiração
• Tamanho do reservatório, ou lago
Solo
IPH 01027
Evaporação

• Solos arenosos úmidos tem evaporação maior


do que solos argilosos úmidos.
Medição de evaporação
IPH 01027
Evaporação

• Tanque classe A

• Evaporímetro de Piché
Tanque classe A
IPH 01027
Evaporação
• O mais usado é o tanque classe A, que tem forma circular com
um diâmetro de 121 cm e profundidade de 25,5 cm. Construído
em aço ou ferro galvanizado, deve ser pintado na cor alumínio e
instalado numa plataforma de madeira a 15 cm da superfície do
solo. Deve permanecer com água variando entre 5,0 e 7,5 cm da
borda superior.

• O fator que relaciona a


evaporação de um
reservatório e do tanque
classe A oscila entre 0,6 e
0,8, sendo 0,7 o valor mais
utilizado.
Tanque classe A
IPH 01027
Evaporação

Tanque "Classe A" – US Weather Bureau


Tanque Classe A

Fonte : Sabesp
Medindo a evaporação

Tanque classe A
Evaporímetro de Piché
IPH 01027
Evaporação
O evaporímetro de Piché é constituído
por um tubo cilíndrico, de vidro, de
aproximadamente 30 cm de comprimento e
um centímetro de diâmetro, fechado na
parte superior e aberto na inferior. A
extremidade inferior é tapada, depois do
tubo estar cheio com água destilada, com
um disco de papel de feltro, de 3 cm de
diâmetro, que deve ser previamente
molhado com água. Este disco é fixo depois
com uma mola. A seguir, o tubo é preso por
intermédio de uma argola a um gancho
situado no interior do abrigo.
 
Evaporímetro de Piché
Comentários
IPH 01027
Evaporação

• Piché é pouco confiável


Evaporação de reservatórios e lagos
• A evaporação da água de reservatórios é de especial
interesse para a engenharia, porque afeta o
rendimento de reservatórios para abastecimento,
irrigação e geração de energia.
• Reservatórios são criados para regularizar a vazão
dos rios, aumentando a disponibilidade de água e de
energia nos períodos de escassez.
• A criação de um reservatório, entretanto, cria uma
vasta superfície líquida que disponibiliza água para
evaporação, o que pode ser considerado uma perda
de água e de energia.
Evaporação de lagos e reservatórios
• A evaporação da água em reservatórios pode ser estimada a partir de
medições de Tanques Classe A, entretanto é necessário aplicar um
coeficiente de redução em relação às medições de tanque.
• Isto ocorre porque a água do reservatório normalmente está mais fria do
que a água do tanque, que tem um volume pequeno e está
completamente exposta à radiação solar.

• Elago = Etanque . Ft

• onde 0,6 < Ft < 0,8.


Evaporação em reservatórios
IPH 01027
Evaporação

Assim, para estimar a evaporação em reservatórios e lagos


costuma-se considerar que esta tem um valor de
aproximadamente 60 a 80% da evaporação medida em Tanque
Classe A na mesma região, isto é:

Elago  Etan que  Ft


Onde Ft tem valores entre 0,6 e 0,8.
Sobradinho: um rio de água para a
atmosfera
• O reservatório de Sobradinho, um dos mais importantes do
rio São Francisco, tem uma área superficial de 4.214 km2,
constituindo-se no maior lago artificial do mundo, está numa
das regiões mais secas do Brasil.
• Em conseqüência disso, a evaporação direta deste
reservatório é estimada em 200 m3.s-1, o que corresponde a
cerca de 10% da vazão regularizada do rio São Francisco.
• Esta perda de água por evaporação é superior à vazão
prevista para o projeto de transposição do rio São Francisco,
idealizado pelo governo federal.
Exercício
IPH 01027
Evaporação

• Um rio cuja vazão média é de 34 m3/s foi represado


por uma barragem para geração de energia elétrica. A
área superficial do lago criado é de 5000 hectares.
Medições de evaporação de um tanque classe A
correspondem a 1500 mm por ano, qual é a nova vazão
média a jusante da barragem após a formação do lago?
Solução
IPH 01027
Evaporação

E(mm / ano )  A(km )


2
E(m / s ) 
3
 1000
3600 . 24 . 365

E = 1500 x 0,7 mm/ano


E = 1,66 m3/s
Q = 34 – 1,66 = 32,34 m3/s
Redução de 4,9 % da vazão
Estimativa da evapotranspiração
IPH 01027
Evaporação

• Medição

• Cálculo
Medição da evapotranspiração
IPH 01027
Evaporação

• Lisímetro
– Peso
– Medir chuva
– Coletar água percolada
– Coletar água escoada
– Superfície homogênea
Medições de evapotranspiração
IPH 01027
Evaporação
Lisímetro: depósito enterrado, aberto na parte superior, contendo o
terreno que se quer estudar. O solo recebe a precipitação, e é drenado
para o fundo do aparelho onde a água é coletada e medida.
ET = P - D - R
Lisímetro
IPH 01027
Evaporação
Lisímetro
IPH 01027
Evaporação
Estimativa da Evapotranspiração

A Evapotranspiração pode ser estimada por:

• Equações com base na temperatura do ar:


• Método de Thornthwaite,
• Método de Blaney-Criddle;

• Equações com base nos dados do tanque classe A;

• Equações com base na evaporação potencial:


• Método do Balanço de Energia;
• Método Aerodinâmico;
• Método Combinado.
Método de Thornthwaite

O Método de Thornthwaite foi desenvolvido com


base em dados de evapotranspiração medidos e dados
de temperatura média mensal, para dias com 12 horas
de brilho solar e mês com 30 dias.
Método de Thornthwaite
O método de Thorntwaite é calculado da seguinte forma:
a
 T
ETP  Fc 16  10  
 I
Onde:
• ETP = Evapotranspiração potencial (mm/mês)
• Fc = Fator de correção em função da latitude e mês do ano;
• a = 6,75 . 10-7 . I3 – 7,71 . 10-5 . I2 + 0,01791 . I + 0,492 (mm/mês)
• I = índice anual de calor, correspondente a soma de doze
índices mensais; 12
 Ti 
1, 514

I   
i 1  5 

• T =Temperatura média mensal (oC)


Método de Thornthwaite
Método de Thornthwaite

Para corrigir os valores da evapotranspiração para cada tipo de


cultura é só multiplicar a ETP pelo coeficiente de cultura Kc:

ETPcultura = Kc . ETP

Onde:
ETPcultura = Evapotranspiração potencial da cultura (mm/mês);
ETP = evapotranspiração potencial (mm/mês).
Kc = coeficiente de cultura.
Coeficiente de Cultivo
Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas
nos seus vários estágios de desenvolvimento.
Exercício

Para uma latitude de 23o S, calcule o valor da ETP pelo


Método de Thornthwaite para o mês mais frio e mais
quente, sabendo que a bacia é coberta por pasto.

Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
T (°C) 26,9 26,1 26,2 25,6 25,5 24,9 25,0 25,7 26,7 27,3 27,5 27,1
Método de Blaney-Criddle

Foi desenvolvido originalmente para estimativas de


uso consutivo em regiões semi-áridas, e utiliza a
seguinte equação:

ETP = (0,457 . T + 8,13) . p

Onde:
ETP = evapotranspiração mensal (mm/mês);
T = temperatura média anual em oC
p = percentagem de horas diurnas do mês sobre o total de horas
diurnas do ano
Método de Blaney-Criddle
Método de Blaney-Criddle
Para corrigir os valores da evapotranspiração para cada tipo de
cultura é só multiplicar a ETP pelo coeficiente de cultura Kc:

ETPcultura = Kc . ETP

Onde:
ETPcultura = evapotranspiração potencial da cultura (mm/mês);
ETP = evapotranspiração potencial (mm/mês);
Kc = coeficiente de cultura.
Coeficiente de Cultivo
Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas
nos seus vários estágios de desenvolvimento.
Estimação da Evapotranspiração
pelo Tanque Classe A
A Evapotranspiração Potencial pode ser estimada a partir da
evaporação potencial medida pelo Tanque Classe A.

Ou seja, só é necessário corrigir os valores da evaporação


com o coeficiente de cultura Kc:

ETP = Kp . EP
Onde:
ETP = evapotranspiração potencial (mm/dia)
E = evaporação do tanque classe A (mm/dia)
Kp = coeficiente para correção de Evaporação de Tanque Classe A
(ECA) para ETo
Estimação da Evapotranspiração
pelo Tanque Classe A
Estimação da Evapotranspiração
pelo Tanque Classe A
A Evapotranspiração Potencial pode ser estimada a partir da
evaporação potencial medida pelo Tanque Classe A.

Ou seja, só é necessário corrigir os valores da evaporação


com o coeficiente de cultura Kc:

ETP = Kc . EP
Ou seja,

ETP = Kc . (Kt . Etanque)


Onde:
ETP = evapotranspiração potencial (mm/dia)
E = evaporação do tanque classe A (mm/dia)
K = coeficiente do tanque (No semi-árido, adotar-se K = 0,75).
Estimação da Evapotranspiração
pelo Tanque Classe A
Kp
Coeficiente de Cultivo
Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas
nos seus vários estágios de desenvolvimento.
Exercício
Calcule o valor da ETP através do Tanque Classe A para
cada mês, sabendo que a bacia é coberta por pasto.

Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
ETanque 231,9 159,5 164,0 138,9 202,8 194,5 234,1 283,3 291,7 301,9 285,1 275,6
Equações com base na evaporação
potencial
Para estimar os valores da evapotranspiração potencial através
da evaporação potencial, é preciso multiplicar a EP pelo
coeficiente de cultura Kc.

Ou seja, é necessário acrescentar o coeficiente de


cultura (Kc) em cada equação dos métodos de
estimativa de evaporação citados abaixo:

• Método do Balanço de Energia;

• Método Aerodinâmico;

• Método Combinado.
Método do Balanço de Energia
 Rl 6
ETP  K c    86,4  10 
 lv   w 

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial diária (mm/dia)
RL = Radiação líquida (W/m2);
lv = Calor latente de vaporização (J/kg)
lv = 2,501 . 106 – 2370 . T ;
ρw = massa específica da água (ρw = 977 kg/m3);
T = Temperatura do ar (°C);
Kc = Coeficiente de Cultivo.
Método Aerodinâmico
ETP  K c   B   es  ea  
Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia);
Kc = Coeficiente de Cultivo;
es = Pressão de vapor saturado (Pa)
 17 , 27T 
 
 237 , 3T 
es  611  e

ea = Pressão de vapor atual (Pa) ea = UR . es ;


u = Velocidade do vento na altura z2 (m/s);
z2 = Altura da medição da velocidade do vento
(geralmente é adotado 2 m a partir da
superfície);
z1 = Altura de rugosidade da superfície natural.
Método Combinado ou de
Penmam
      
ETP  K c     Er     Ea 
         

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia);
Kc = Coeficiente de Cultivo;
Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia
(mm/dia);
Ea = Evaporação calculada pelo método aerodinâmico
(mm/dia);
∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C)
= 66,8 Pa/°C
Método de Priestley - Taylor
  
ETP  K c     Er 
   

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia)
Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia
(mm/dia);
∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C)
 = 66,8 Pa/°C
 = 1,3
Coeficiente de Cultivo
Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas
nos seus vários estágios de desenvolvimento.
Exercício
Para um albedo igual a 0,3 e a altura da rugosidade natural igual a 0,41 cm, e
sabendo que a bacia é coberta por pasto, calcule o valor da ETP pelos
métodos:
a) Balanço de Energia para cada mês;
b) Aerodinâmico;
c) Combinado ou Penmam;
d) Priestley – Taylor.

Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
T 26,9 26,1 26,2 25,6 25,5 24,9 25,0 25,7 26,7 27,3 27,5 27,1

Ri 488 499 482 464 424 399 410 501 527 553 537 506

UR 60,3 67,7 72,1 71,4 68,4 64,6 60,3 55,8 54,0 53,3 54,8 56,0

u 1,33 1,04 1,05 1,07 1,29 1,73 1,75 2,14 2,04 2,11 1,73 1,44

T (oC); Rl (cal / cm2 / dia); UR (%) ; u (m/s)


Balanço hídrico
IPH 01027
Evaporação
• Método de estimativa simples com base nos dados
precipitação e vazão de uma bacia.

• A equação da continuidade
S(t+1)=S(t) + (P –E - Q)dt

• Desprezando a diferença entre S(t+1) – S(t)


Q= P- E

• Simplificação aceita para dt longos como o um ano


ou seqüência de anos.
Cálculo da evapotranspiração
por balanço hídrico
IPH 01027
Evaporação
Exemplo:
Uma bacia recebe anualmente 1600 mm de
chuva, e a vazão média corresponde a 700 mm. A
evaporação pode ser calculada por balanço hídrico:

E=P-Q
E = 1600 - 700 = 900 mm/ano

P=Q+E

Atenção: Não estamos considerando o armazenamento!!!!


Balanço hídrico
IPH 01027
Evaporação
• Exemplo:
Uma bacia (Rio Passo Fundo) com Precipitação
média 1941 mm e Vazão de 803 mm (valores médios
de 10 anos). A evaporação real é
E= 1941 – 803 = 1137 mm

O coeficiente de escoamento é a relação entre Q/P

C = 803/1941 = 0,41
ou 41% da precipitação gera escoamento.
Conversão de unidades
IPH 01027
Evaporação

mm/ano m3/s

A = Área da bacia
Q = vazão

Q(mm / ano)  A(km2)


Q( m 3 / s )   1000
3600 . 24 . 365
Cálculo da evapotranspiração
IPH 01019
Evaporação

• Equações de evapotranspiração
• empíricas

• de base física
Equações de Cálculo da
evapotranspiração
IPH 01027
Evaporação

• Usando apenas a temperatura


• Usando a temperatura e a umidade do ar
• Usando a temperatura e a radiação solar
• Equações de Penmann (insolação,
temperatura, umidade relativa, velocidade
do vento)
Thornthwaite
IPH 01027
Evaporação
a
 10  T 
ET  16  
 I 
Para estimar evapotranspiração potencial mensal
T = temperatura média do mês (oC)
a = parâmetro que depende da região
I = índice de temperatura
1.514
12
 Tj 
I   
j 1  5 

a  6.75  107  I 3  7.71  105  I 2  1.792  102  I  0.49239


Exemplo
IPH 01027
Evaporação
Calcule a evapotranspiração Mês Temperatura
potencial mensal para o mês de Janeiro 24,6
Fevereiro 24,8
Agosto de 2006 em Porto Alegre
Março 23,0
onde as temperaturas médias Abril 20,0
mensais são dadas na figura Maio 16,8
abaixo. Suponha que a Junho 14,4
Julho 14,6
temperatura média de agosto de
Agosto 15,3
2006 tenha sido de 16,5°C. Setembro 16,5
Outubro 17,5
Novembro 21,4
Dezembro 25,5
Exemplo
IPH 01027
Evaporação
O primeiro é o cálculo do coeficiente I a partir das
temperaturas médias obtidas da tabela. O valor de I é 96. A
partir de I é possível obter a= 2,1. Com estes coeficientes, a
evapotranspiração potencial é:
2 ,1
 10.16,5 
E  16.   53,1 mm/mês
 96 
Portanto, a evapotranspiração potencial estimada para o
mês de agosto de 2006 é de 53,1 mm/mês.
1.514
12
 Tj 
I   
j 1  5 

a  6.75  107  I 3  7.71  105  I 2  1.792  102  I  0.49239


a
 10  T 
ET  16  
 I 
Métodos baseados na
temperatura e radiação
IPH 01027
Evaporação

• Jensen Haise

• Turc

• Grassi

• Stephens – Stewart

• Makkink
Métodos baseados na temperatura
do ar e na umidade
IPH 01027
Evaporação

• Blaney-Morin

• Hamon

• Hargreaves

• Papadakis
Equação de Penman-Monteith
IPH 01019
Evaporação

• Combina
– energia solar
– outras variáveis meteorológicas

    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E 
  
  rs  
      1  


W

  ra  
Penman-Monteith

O fluxo de água
para as camadas
superiores da
atmosfera deve
vencer a resistência
superficial (plantas)
e aerodinâmica
(camada mais baixa
de ar).

analogia com circuito elétrico


Penman - Monteith
IPH 01027
Evaporação

    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E 
  
  rs  
      1   
W

  ra  

E [m.s-1 ] taxa de evaporação da água;


 [MJ.kg-1 ] calor latente de vaporização;
 [kPa.C-1 ] taxa de variação da pressão de saturação do vapor;
R L [MJ.m- 2 .s -1 ] radiação líquida na superfície;
G [MJ.m- 2 .s -1 ] fluxo de energia para o solo;
 A [kg.m-3 ] massa específica do ar;
 W [kg.m- 3 ] massa específica da água;
Penman - Monteith
IPH 01027
Evaporação

Cp [MJ.kg-1 .C-1 ] calor específico do ar úmido (Cp  1,013.103 MJ.kg1 .C 1 );


e s [kPa] pressão de saturação do vapor;
e s [kPa] pressão do vapor;
 [kPa.C-1 ] constante psicrométrica (   0,66);
rs [ s.m-1 ] resistência superficial da vegetação;
ra [ s.m-1 ] resistência aerodinâmoca;
Fluxos de energia ao longo de um dia
Equação de Penman-Monteith
• Pode ser usada para calcular
evapotranspiração em intervalo de tempo de
horas ou dias.
    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E   
  rs  
     1   W
 ra  
  

calor latente e massa específica da água


    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E   
  rs  
     1   W
 ra  
  

energia solar líquida na superfície


Energia solar líquida
• Como calcular?

– A situação de estimativa mais simples ocorre quando existem


dados de radiação medidos, dados normalmente em MJ.m -
2.dia-1, ou cal.cm-2.dia-1.

– Neste caso, o termo RL da equação de Penman-Monteith pode


ser obtido da equação a seguir, que desconta a parte da
radiação refletida.

R L  SSUP  1   
– onde  é o albedo da superfície
Albedo
Tipo de superfície Albedo mínimo Albedo máximo

Água profunda 0,04 0,08

Solo úmido escuro 0,05 0,15

Solos claros 0,15 0,25

Solos secos 0,20 0,35

Areia branca 0,30 0,40

Grama, vegetação baixa 0,15 0,25

Savana 0,20 0,30

Floresta 0,10 0,25

Neve 0,35 0,90


Energia solar líquida
• E quando não existem dados de radiação
medida?
– Quando existem apenas dados de horas de
insolação, ou da fração de cobertura de nuvens, a
radiação que atinge a superfície terrestre pode ser
obtida considerando-a como uma fração da
máxima energia, de acordo com a época do ano, a
latitude da região, e o tipo de cobertura vegetal
ou uso do solo.
Radiação no topo da atmosfera
• A radiação solar no topo
da atmosfera, medida por
sattélites, é da ordem de
1366 W.m-2.

• Sobre a superfície da terra


esta energia atinge áreas
diferentes, de acordo com
a latitude e a época do
ano.
Radiação no topo da atmosfera
Radiação no topo da atmosfera

W  
S TOP  15,392   d r   s  sen   sen   cos   cos   sen s 
1000
Exemplo
Radiação através da atmosfera
Horas de sol
valores máximos considerando ausência de nuvens e relevo plano
Numero máximo de horas de sol por
dia
• A insolação máxima em um determinado
ponto do planeta, considerando que o céu
está sem nuvens, é dada pela equação abaixo.

24
N  s

• s depende da latitude, da época do ano
    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E   
  rs  
     1   W
 ra  
  

fluxo de calor para o solo: pequena parte, pode ser estimado


pela diferença de temperaturas de um dia para o outro
    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E   
  rs  
     1   W
 ra  
  

dependem da temperatura do ar
    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E   
  rs  
     1   W
 ra  
  

déficit de umidade do ar: depende da temperatura e umidade relativa


do ar
    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E   
  rs  
     1   W
 ra  
  

termos que dependem da temperatura, umidade e pressão do ar


    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E   
  rs  
     1   W
 ra  
  

depende da velocidade do vento e da rugosidade

rugosidade depende da altura média da vegetação


2
6,25   10  
ra    ln    para h < 10 metros
u m ,10   z 0  

94
ra 
u m ,10 para h > 10 metros
    R L  G    A  cp   es  ed 
 

 ra  1
E   
  rs  
     1   W
 ra  
  

depende do tipo de vegetação e do stress hídrico


Comentários sobre eq.
Penman-Monteith
• É a melhor equação disponível
• é genérica
• precisa de muitos dados
• alguns dados são difíceis de obter
Potencial x real
Definições
IPH 01019
Evaporação

Evapotranspiração Potencial Evapotranspiração real (ETR)


(ETP) Quantidade de água
Quantidade de água transferida para a atmosfera por
transferida para a atmosfera por evaporação e transpiração, nas
evaporação e transpiração, em condições reais (existentes) de
uma unidade de tempo, de uma fatores atmosféricos e umidade
superfície extensa, do solo. A ETR é igual ou menor
completamente coberta de que a evapotranspiração
vegetação de porte baixo e bem potencial (Gangopadhyaya et al,
suprida de água (Penman, 1956) 1968)
Evapotranspiração
IPH 01019
Evaporação

• Evapotranspiração potencial : é a evaporação do


solo e a transpiração das plantas máxima que pode
ser transferida para atmosfera. Com base nas
condições climáticas e características das plantas é
possível estimar a EVT potencial;

• Evapotranspiração real: é a o total transferido para


a atmosfera de acordo com a disponibilidade hídrica
existente (umidade do solo) e a resistência das
plantas.
Relações
IPH 01019
Evaporação
EVTr = evapotranspiração depende da umidade do solo

EVTp

EVTr

Umidade do solo Smx


Potencial x real
solo úmido:
evapotranspiração real
se aproxima da potencial

solo seco:
evapotranspiração real
se afasta da potencial
Evapotranspiração potencial de
referência
• A evapotranspiração potencial é diferente para cada
tipo de vegetação.
• Para simplificar a análise freqüentemente se utiliza o
conceito da evapotranspiração potencial da
vegetação de referência.
• E, a partir desta, são calculados os valores de
evapotranspiração potencial de outros tipos de
vegetação, utilizando um ponderador denominado
“coeficiente de cultivo” (Kc).
Evapotranspiração potencial de
referência
• A vegetação de referência normalmente
adotada para os cálculos é um tipo de grama,
e a sua evapotranspiração pode ser estimada
a partir de dados de um lisímetro ou usando
uma equação como a de Penman-Monteith.
Evapotranspiração potencial de
referência

Grama
albedo =0,23
altura = 0,12 m
resistência superficial = 70 s.m-1

Usando estes valores em Penman-Monteith temos ET 0


Assim, ET0 vai ser diferente em cada região, dependendo das variáveis meteorológicas
Resistência aerodinâmica da grama de referência:
ra = 208/u2
Resistência superficial da grama de referência

• Assume-se um valor de
• rs = 70 s.m-1
Vegetação de referência

Grama
albedo =0,23
altura = 0,12 m
resistência superficial = 70 s.m-1
ET0
Coeficiente de cultivo
IPH 01027
Evaporação

• Ec =Ep . Kc
Coeficientes de redução
O coeficiente de cultivo
O coeficiente de cultivo
Kc depende da frequencia da chuva ou
da irrigação
ETc  ET0  K c
Modelo simples para Kc dependendo
da umidade do solo

Kc=1,0

Kc=0,0
 PM
2
 PM
L  CC
Ponto de murcha Capacidade
de campo
Modelo simples Kc

  PM 
 L   CC  
 2 

Água disponível Wdisp  1000   L  z em mm

onde z é a profundidade ativa do solo, que realmente contribui


para a evapotranspiração
Modelo simples Kc

K c  1,0 para umidade maior que L

  PM 
  
 2 
Kc  para umidade PM/2 < L
  PM 
 L  
 2 

Kc  0 para umidade menor que PM/2


Outras opções para ET0
• Evaporação de tanque
• Evapotranspiração potencial calculada a partir
de outras equações
• por exemplo Thorntwaithe
Exemplo
• Considere uma camada de solo de 50 cm de
profundidade cujo conteúdo de umidade é 33% na
capacidade de campo e de 15% na condição de
ponto de murcha permanente. Quantos dias a
umidade do solo poderia sustentar a
evapotranspiração até atingir o ponto de murcha,
sem chuva ou irrigação? Considere que o Kc varia
conforme o modelo simples apresentado antes e
que a ETo é de 5 mm/dia. O solo inicia o período na
condição de capacidade de campo.
   W (mm)  

total 100% 500 tamanho da camada de solo em mm

CC 33% 165 capacidade de campo

PM 15% 75 ponto de murcha

PM/2 7,5% 37,5 metade do ponto de murcha (modelo simples)

L   127,5 ponto em que inicia o stress hídrico


Dia W ET0 Kc ET Wfim
1 165.0 5.0 1.00 5.0 160.0
2 160.0 5.0 1.00 5.0 155.0 Wfim = W - ET
3 155.0 5.0 1.00 5.0 150.0
4 150.0 5.0 1.00 5.0 145.0
5 145.0 5.0 1.00 5.0 140.0
6 140.0 5.0 1.00 5.0 135.0
7 135.0 5.0 1.00 5.0 130.0
8 130.0 5.0 1.00 5.0 125.0
9 125.0 5.0 0.97 4.9 120.1
10 120.1 5.0 0.92 4.6 115.5
11 115.5 5.0 0.87 4.3 111.2 W é o armazenamento de água
12 111.2 5.0 0.82 4.1 107.1
no solo em mm
13 107.1 5.0 0.77 3.9 103.2
14 103.2 5.0 0.73 3.7 99.6
15 99.6 5.0 0.69 3.4 96.1
16 96.1 5.0 0.65 3.3 92.9
17 92.9 5.0 0.62 3.1 89.8
18 89.8 5.0 0.58 2.9 86.9
19 86.9 5.0 0.55 2.7 84.2
20 84.2 5.0 0.52 2.6 81.6
21 81.6 5.0 0.49 2.4 79.1
22 79.1 5.0 0.46 2.3 76.8
23 76.8 5.0 0.44 2.2 74.6
24 74.6 5.0 0.41 2.1 72.6
Dia W ET0 Kc ET Wfim
1 165.0 5.0 1.00 5.0 160.0
2 160.0 5.0 1.00 5.0 155.0 Wfim = W - ET
3 155.0 5.0 1.00 5.0 150.0
4 150.0 5.0 1.00 5.0 145.0
5 145.0 5.0 1.00 5.0 140.0
6 140.0 5.0 1.00 5.0 135.0
7 135.0 5.0 1.00 5.0 130.0
8 130.0 5.0 1.00 5.0 125.0
9 125.0 5.0 0.97 4.9 120.1
10 120.1 5.0 0.92 4.6 115.5
11 115.5 5.0 0.87 4.3 111.2
12 111.2 5.0 0.82 4.1 107.1
13 107.1 5.0 0.77 3.9 103.2
14 103.2 5.0 0.73 3.7 99.6
15 99.6 5.0 0.69 3.4 96.1
16 96.1 5.0 0.65 3.3 92.9
17 92.9 5.0 0.62 3.1 89.8
18 89.8 5.0 0.58 2.9 86.9
19 86.9 5.0 0.55 2.7 84.2
20 84.2 5.0 0.52 2.6 81.6
21 81.6 5.0 0.49 2.4 79.1
22 79.1 5.0 0.46 2.3 76.8
23 76.8 5.0 0.44 2.2 74.6
24 74.6 5.0 0.41 2.1 72.6
Dia W ET0 Kc ET Wfim
1 165.0 5.0 1.00 5.0 160.0
2 160.0 5.0 1.00 5.0 155.0 ET = Kc . ET0
3 155.0 5.0 1.00 5.0 150.0
4 150.0 5.0 1.00 5.0 145.0
5 145.0 5.0 1.00 5.0 140.0
6 140.0 5.0 1.00 5.0 135.0
7 135.0 5.0 1.00 5.0 130.0
8 130.0 5.0 1.00 5.0 125.0
9 125.0 5.0 0.97 4.9 120.1 observe que ET diminui
10 120.1 5.0 0.92 4.6 115.5
a medida que W diminui
11 115.5 5.0 0.87 4.3 111.2
12 111.2 5.0 0.82 4.1 107.1
13 107.1 5.0 0.77 3.9 103.2
14 103.2 5.0 0.73 3.7 99.6
15 99.6 5.0 0.69 3.4 96.1
16 96.1 5.0 0.65 3.3 92.9
17 92.9 5.0 0.62 3.1 89.8
18 89.8 5.0 0.58 2.9 86.9
19 86.9 5.0 0.55 2.7 84.2
20 84.2 5.0 0.52 2.6 81.6
21 81.6 5.0 0.49 2.4 79.1
22 79.1 5.0 0.46 2.3 76.8
23 76.8 5.0 0.44 2.2 74.6
24 74.6 5.0 0.41 2.1 72.6
Dia W ET0 Kc ET Wfim
  PM 
1 165.0 5.0 1.00 5.0 160.0
  
2 160.0 5.0 1.00 5.0 155.0
 2 
3 155.0 5.0 1.00 5.0 150.0
Kc 
4 150.0 5.0 1.00 5.0 145.0
  PM 
 L  
5 145.0 5.0 1.00 5.0 140.0
6 140.0 5.0 1.00 5.0 135.0
7 135.0 5.0 1.00 5.0 130.0  2 
8 130.0 5.0 1.00 5.0 125.0
9 125.0 5.0 0.97 4.9 120.1
10 120.1 5.0 0.92 4.6 115.5
11 115.5 5.0 0.87 4.3 111.2 observe que Kc diminui
12 111.2 5.0 0.82 4.1 107.1 a medida que W diminui
13 107.1 5.0 0.77 3.9 103.2
14 103.2 5.0 0.73 3.7 99.6
15 99.6 5.0 0.69 3.4 96.1
16 96.1 5.0 0.65 3.3 92.9
17 92.9 5.0 0.62 3.1 89.8
 WPM 
18 89.8 5.0 0.58 2.9 86.9
W  
19 86.9 5.0 0.55 2.7 84.2
 2 
20 84.2 5.0 0.52 2.6 81.6
Kc 
21 81.6 5.0 0.49 2.4 79.1
 WPM 
22 79.1 5.0 0.46 2.3 76.8
WL  
 2 
23 76.8 5.0 0.44 2.2 74.6
24 74.6 5.0 0.41 2.1 72.6
Limite para o qual Kc = 1,0

  PM   WPM 
 L   CC   WL  WCC  
 2   2 

Kc=1,0

Kc=0,0
 PM
2
 PM
L  CC
Resultado
180.0
Armazenamento de água no solo (mm) .

160.0

140.0

120.0

100.0

80.0

60.0

40.0
ponto de murcha = 75 mm
20.0

0.0
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (dias)
Resultado
6.0

5.0
ET (mm) e Kc (adimensional) .

4.0

Kc
3.0
ET

2.0

1.0

0.0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Armazenamento de água no solo W (mm)
Exercício
• A vegetação tem um papel importante no processo de evapotranspiração,
exercendo algum controle sobre a quantidade de água que passa através das
raízes, caule e folhas. Tipos diferentes de plantas atuam de forma diferente,
controlando o processo de transpiração com maior ou menor intensidade.
Entretanto, a evapotranspiração real de qualquer tipo de vegetação
normalmente não supera a evapotranspiração potencial, que está limitada pela
disponibilidade de energia solar e pelas condições da atmosfera (umidade
relativa, velocidade do vento e temperatura). Em torno da questão da
evapotranspiração de uma espécie em particular, o eucalipto, cultivado para
produzir madeira e celulose, existe um intenso debate. Um antigo trabalho
afirma que o consumo de cada eucalipto em uma floresta no RS é de 36,6 mil
litros de água por ano. Faça um comentário sobre esta estimativa,
considerando:
• Florestas de eucalipto são plantadas com espaçamento entre as plantas que varia entre 2
m entre linhas e entre colunas, o que representa uma planta a cada 4 m 2 e 2x3 m
(representando uma planta a cada 6 m2).
• Uma estimativa do limite superior para o valor da evapotranspiração potencial de
qualquer tipo de vegetação é energia recebida no topo da atmosfera. As latitudes da
região sul do RS estão ao sul de 30 S.
Leituras adicionais
• Uma boa fonte de referência para ampliar os
conhecimentos sobre o processo de
evapotranspiração e sobre a estimativa da
evapotranspiração para diferentes tipos de
vegetação, especialmente os cultivos
agrícolas, é o FAO Irrigation and Drainage
Paper no. 56, de autoria de Richard G. Allen;
Luis S. Pereira; Dirk Raes; e Martin Smith, que
pode ser encontrado em formato PDF na
Internet.
Material Bibliográfico Inserido

ESTÁGIO DOCÊNCIA de MYRLA DE SOUZA BATISTA na Disciplina


Hidrologia Aplicada. Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
DEC/CCT/UFCG – Pós-Graduação
Área de concentração: Recursos Hídricos

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