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ESPECIALIZAÇÃO EM PICANÁLISE

PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA
PSICOSE
AULA 1

PROF. LAURENCE BITTENCOURT LEITE (Ms)


A PSICOSE NO PENSAMENTO DE FREUD E NO
PENSAMENTO DE LACAN
PSICOSE – 1ª PARTE
“É lugar-comum de que a teoria psicanalitica não é
efeito do interesse de Freud pela Psicose”.

“Toda elaboração conceitual necessita de um ponto de


partida; o freudiano foi a histeria ”.

No entanto, Freud irá se interessar sim,


Pela Psicose, desde o inicio de suas pesquisas e
trabalhos apresentados a partir da clínica.
PSICOSE – PARTE 1
O inicio das formulações freudianas sobre a Psicose.

- Nos textos freudianos nos quais se situam as primeiras


formulações sobre a PSICOSE, o ponto de vista a partir do qual
as investigações são levadas a cabo é determinado tal qual as
Neuroses, pela especificidade do mecanismo do recalque.

A maneira como Freud concebeu a psicose nos


momentos mais iniciais de sua teorização traz a
marca de seu interesse privilegiado pelo
mecanismo psíquico da neurose: O Recalque.
PSICOSE - PARTE 1
- Ainda que tenha vislumbrado elementos indicativos de
especificidades no mecanismo psíquico das psicoses,
Freud insistiu, por muito tempo, em teorizá-las a partir
de referências advindas de suas formulações sobre a
neurose.

Com isso, pode-se afirmar que ele não foi


capaz de formular, com todo o RIGOR e
PRECISÃO, o mecanismo psíquico da psicose.
PSICOSE - PARTE 1

Lacan, valendo-se do legado freudiano, avançou na


teorização e no tratamento da psicose pela Psicanálise.
PSICOSE - PARTE 1

Mas a contribuição de LACAN para a teoria


psicanalítica da psicose só foi possível porque ele
reconheceu em Freud (precisamente, na análise do
caso Schreber) um esforço inicial nesse sentido.
PSICOSE - PARTE 1
AS FORMULAÇÕES INCIPIENTES DE FREUD
PARA A PSICOSE

A novidade da descoberta freudiana é que o ser


humano não domina a linguagem primordial: ele
foi introduzido nessa engrenagem, e aí se
encontra preso.
PSICOSE - PARTE 1
Lacan (1955-1985, p. 383-384) chamou a atenção,
A PARTIR dos Textos de Freud, para o fato de que
o homem se encontra inserido em um primitivo
simbolismo.

No inicio a criança, o bebê, é FALADO, pela


Linguagem que já existe.
LINGUAGEM
PAI E MÃE E
O SOCIAL

A CRIANÇA
PSICOSE - PARTE 1

Lacan irá propor que na Psicose, dentro do seu


esquema de SIMBÓLICO, IMAGINÁRIO e REAL,

Há uma “PREGNÂNCIA DO IMAGINÁRIO”,


em Detrimento do Simbólico, algo próprio das
Neuroses, impedindo as manifestações do modo
de funcionamento do registro simbólico.
PSICOSE - PARTE 1

Em outras palavras, para Lacan, o IMAGINÁRIO só se


configura como algo pernicioso por meio de um apego
exagerado ao seu modo típico de funcionamento: a
prevalência do ''dois'‘ e não da concepção TERNÁRIA.

A psicose se situa
no EIXO a’ - a
PSICOSE - PARTE 1

As primeiras formulações de Freud sobre a


Psicose, a paranóia e a psicose alucinatória são,
ao lado das histerias, das obsessões e das
fobias, consideradas neuroses de defesa.

Paranoia e Psicose
Mecanismo de Defesa
Alucinatória

Defesa
contra o
quê?
PSICOSE - PARTE 1

Defesa contra desejos que se tornaram


inconscientes e que são reprováveis à
Consciência OU FRUSTAÇÕES
INTENSAS difíceis de digeridas e aceitas
pelo Ego.
PSICOSE - PARTE 1
ESTRUTURA PSICÓTICA
UM ALERTA INICIAL

Freud, fundamentado na questão prática da


RELAÇÃO TRANSFERENCIAL, pensava
ser difícil, senão impossível, o atendimento
psicanalítico com psicóticos.
PSICOSE - PARTE 1
Interesse inicial de Freud:
Esquizofrenia ou Paranoia?

FREUD mesmo reconhecendo a


Esquizofrenia como um quadro clinico
importante da Psicose, chegando a
incentivar vivamente os trabalhos da
Escola de Zurique (Jung e Bleuler), no
inicio seu olhar ficou voltado muito mais
para a Paranoia.
PSICOSE - PARTE 1

(A Esquizofrenia inicialmente intitulada de


Demência Precoce – nome designado pelo
Psiquiatra Frances Augustin Morel sendo, a
partir de 1911, modificado para Esquizofrenia
pelo psiquiatra Eugen Bleuler).

Esquizofrenia = Esquizo
(divisão) + Frenia (mente)
PSICOSE - PARTE 1

Do ponto de vista histórico, as primeiras


formulações já conceituais de Freud, estão no
artigo “As neuropsicoses de defesa” escrito em
1894.

Nele Freud explicou o estado psicótico pela


formulação da hipótese de uma reação muito mais
enérgica em relação às neuroses, provocada pela
intensificação da tensão no aparelho psíquico
resultando na rejeição da representação incompatível
com o eu (Freud, 1894).
PSICOSE - PARTE 1

Assim escreve Freud “Há, entretanto, uma espécie


de defesa muito mais poderosa e bem-sucedida.
Nela, o eu rejeita a representação incompatível
juntamente com seu afeto e se comporta como se a
representação jamais lhe tivesse ocorrido”. (Freud,
1894). .

E acrescenta, a seguir
PSICOSE - PARTE 1

Continua Freud “Mas a partir do momento em que


isso é conseguido, o sujeito fica numa psicose que só
pode ser qualificada como “confusão alucinatória”.
(Freud, 1894).
PSICOSE - PARTE 1
Do Recalque a Rejeição

“A princípio, o tema da psicose – em especial a


paranóia – é desenvolvido por Freud no interior de
sua concepção sobre as neuroses, portanto, no terreno
da repressão (Verdrängung) para, posteriormente,
encontrar sua especificidade conceitual na rejeição
(Verwerfund) e na recusa (Verleugnung), conceitos
estes tributários das especulações freudianas sobre
o narcisismo e a elaboração da, assim chamada,
segunda tópica”.(Joyce Freire)
PSICOSE - PARTE 1

Já nas Cartas a Fliess, Freud já tentava dar um


explicação para o fenômeno da paranóia.

“De um ponto de vista histórico, nas cartas a Fliess, Freud já


tentava dar um explicação para o fenômeno da paranóia. Em
sua carta de 24 de janeiro de 1895 vemos que já considerava a
paranóia uma neurose de defesa, cujo mecanismo principal é a
projeção.

Esta noção de defesa aplicada à paranóia acompanhará Freud,


como veremos, em seus escritos posteriores (Caso Schreber)”
(Joyce Freire).
PSICOSE - PARTE 1
Exemplo Extraído do artigo de 1894
“As neuropsicoses de defesa”.

“Uma moça devotara a um homem sua primeira afeição impulsiva e acreditava


firmemente que ele lhe retribuía o amor. Na verdade, estava enganada; o rapaz tinha
motivos diferentes para visitar sua casa.

Não faltaram decepções. A princípio, a jovem se defendeu delas, fazendo uma


conversão histérica das experiências em questão, e assim preservou sua crença de que
um dia ele pediria sua mão.

Ao mesmo tempo, porém, sentia-se doente e infeliz, porque a conversão fora


incompleta e ela deparava-se continuamente com novas impressões dolorosas. Por
fim, num estado de grande tensão, aguardou a chegada dele em determinado dia, que
era de celebração familiar.

Mas o dia passou e ele não apareceu.


PSICOSE – PARTE 1

Extrato do caso clinico (1984)


Quando todos os trens em que ele poderia vir já tinham chegado e partido, ela entrou
num estado de confusão alucinatória: ele chegara, ela ouviu sua voz no jardim, desceu
às pressas, de camisola, para recebê-lo.

Daquele dia em diante, durante dois meses, ela viveu um sonho encantador cujo
conteúdo era que ele estava presente, ao seu lado, e tudo voltara a ser como antes
(antes da época das decepções que ela rechaçara com tanto empenho).

Sua histeria e seu desânimo foram superados. Durante a enfermidade, ela silenciou
sobre todo o período final de dúvida e sofrimento; ficava feliz desde que não fosse
perturbada, e só explodia de ódio quando alguma norma de conduta reiterada pelos que
a rodeavam vinha atrapalhá-la em algo que lhe parecia ser uma decorrência lógica de
seu abençoado sonho.

Essa psicose, que fora ininteligível na época, foi explicada dez anos depois com a
ajuda de uma análise hipnótica.
PSICOSE - PARTE 1

Extrato do caso clinico (1984) - conclusão

O fato para o qual desejo agora chamar atenção é que o conteúdo de uma psicose
alucinatória desse tipo consiste precisamente na acentuação da representação que
era ameaçada pela causa precipitante do desencadeamento da doença.

Portanto, é justificável dizer que o eu rechaçou a representação incompatível


através de uma fuga para a psicose.

O fato deve ser encarado...como se segue.

O eu rompe com a representação incompatível (qual? O fato do jovem não


querer amá-la); esta, porém, fica inseparavelmente ligada a um fragmento da
realidade, de modo que, à medida que o eu obtém esse resultado, também ele se
desliga, total e parcialmente, da realidade.
PSICOSE - PARTE 1

Extrato do caso clinico (1984) - conclusão

Disponho apenas de muito poucas análises de psicoses dessa natureza. Penso,


entretanto, que deparamos aqui com um tipo de enfermidade psíquica muito
frequentemente empregada, pois em nenhum manicômio faltam exemplos que
podem ser considerados análogos –

a mãe que adoeceu pela perda de seu bebê e que agora embala incessantemente
um pedaço de madeira nos braços, ou a noiva rejeitada que, adornada com seus
trajes nupciais, espera durante anos pelo noivo.

A doença, portanto, emerge como uma tentativa de recalcar uma representação


incompatível (a desilusão amorosa) que se opunha aflitivamente ao ego do
paciente.
PSICOSE – PARTE I

IMPORTANTE

Pode-se perceber que com esses textos e


caso clínico, Freud se afasta de explicações
psiquiátricas, para pensar a Psicose em
termos Psicológicos.
PSICOSE – PARTE I

DECISIVO

Com as primeiras explicações fica claro em relação a


Psicose.

1. Há uma defesa muito mais radical no Eu.


Tentativa de se ver livre das contradições.
Conflito.

2. Há falhas na defesa.

3. Há perda da realidade. O Eu rejeita ou recusa


PARTE da REALIDADE.

4. E o Retorno do recalcado (sintomas) se dá pela


Alucinação e delírios.
PSICOSE – PARTE 1

- A evolução dos conceitos e explicações da


Psicose.
O conceito de Narcisismo e sua implicação na Psicose.

O Caso Schreber

Concepções finais: As diferenças entre Neurose e Psicose


PSICOSE – NARCISISMO

O Primeiro momento da aparição do conceito


de Narcisismo se dá numa nota de rodapé em
1910 nos “Três ensaios sobre a teoria da
sexualidade”.
Nesse momento o Narcisismo tem como meta a explicação dos casos
de Inversão sexual.

Assim relata Freud

“Em todos os casos indagados, comprovamos que as pessoas depois de


invertidas atravessaram, nos primeiros anos de sua infância, uma fase
muita intensa, mas muito breve, de fixação à mulher (quase sempre a
mãe), após cuja superação se identificaram com a mulher e tomaram a si
mesmos como objeto sexual, vale dizer, a partir do narcisismo, e
buscaram homens jovens e parecidos com sua própria pessoa, que
deviam amá-los como a mãe os havia amado” (Freud, p. 56).
PSICOSE – NARCISISMO
Nessa Nota (ANTERIOR), podemos identificar, além de uma ESCOLHA DE
OBJETO SEXUAL, UM PROCESSO IDENTIFICATORIO NA ORIGEM DA
ESCOLHA HOMOSSEXUAL DE OBJETO.

Mas não qualquer identificação e sim uma identificação COM A MÃE.

Freud irá perceber e apontar que “Este vinculo erótico especial deve
estar relacionado – e talvez exija como condição – a um
DESMERECIMENTO do pai e a um relaxamento na influencia deste
sobre o desenvolvimento infantil.

Uma coisa Freud irá apontar como condição suplementar para justificar a
especificidade da escolha homossexual: é o horror em face da descoberta
da castração da mãe.
PSICOSE – NARCISISMO E PARANOIA
Essas questões relativas ao NARCISISMO serão fundamentais para Freud passar
a vincular a causa da PSICOSES a este conceito.

Em especial na Paranoia, SENDO ESTA:

“UM AGUDO CASO DE DEFESA EM FACE DA EMERGENCIA DE


PODEROSAS MOÇOES PULSIONAIS DE NATUREZA
HOMOSSEXUAL”.
PSICOSE – NARCISISMO
- O conceito de Narcisismo em 1911 (No Texto
Introdução ao narcisismo) passa a ser utilizado
como uma das etapas do desenvolvimento da Libido
(sexualidade);
- Se situando precisamente numa etapa
intermediaria entre a auto erótica e o amor de
objeto.
- Freud irá distinguir a partir do conceito de
Narcisismo, duas forças (caminhos) para a Libido:
- Libido do Eu (Ego) x Libido do Objeto.
As psicoses irão se vincular e ser explicitada em ligação
direta com O Narcisismo (Libido do Ego) nos 3 tipos:
Paranoia, Esquizofrenia e Melancolia.
PSICOSE – LIBIDO DO EU E LIBIDO DE OBJETO
As Neuroses passam a ser vista como
integradas ao fenômeno da Transferência
clinica, enquanto as Psicoses ter-se-ia a
dificuldade de ocorrer a Transferência.

Por que?

Porque as Neuroses se ligam a Libido de


Objeto;

As Psicoses se ligam a Libido do Ego.

Com Defesa Radical contra o amor de objeto que


para Freud seria de natureza homossexual.
PSICOSE – PARTE 1
Transferência
ao analista
Neuroses Libido de
Objeto

Psicoses Libido do
Sem Eu
Transferência
ao analista
PSICOSE – NARCISISMO
DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE NARCISISMO

Com a questão do Narcisismo alguns fatores serão apontados:

1. A distinção a ser efetuada entre o AUTO-EROTISMO e o


NARCISISMO.

2. Freud retira o termo narcisismo de sua vinculação exclusiva com a


patologia sexual, garantindo-lhe um lugar no Desenvolvimento sexual
regular do homem.

3. Será APENAS na Escrita do caso Schreber que a distinção entre as


fases começa ser feita.
PSICOSE – PARTE 1
DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE NARCISISMO
De acordo com Freud, um dos motivos arguidos para a suposição
de um Narcismo primário e normal, teria sido a tentativa de
colocar sob as premissas da Teoria da Libido o quadro da
Dementia Praecox ou esquizofrenia.

Esta se caracteriza por um DESENVESTIMENTO radical dos


objetos na realidade. Com sintomas de delirios e alucinações.

Enquanto na Paranoia nele o Sujeito busca se defender de uma


fantasia de desejo homossexual , reagindo com DELIRIO
PERSECUTÓRIO.

O objeto anteriormente amado, transforma-se em Perseguidor.


PSICOSE – PARTE 1

Libido Auto Libido Libido aos


erótica Narcísica objetos

Esquizofren
ia – Auto
Dificuldade/ PSICOSES Erotismo
Frustação/ Regressão a
Medo da estágios
castração primitivos

Paranoia -
Narcisismo
PSICOSE – PARTE 1
A GRAMÁTICA PSICÓTICA A PARTIR DO CASO
SCHREBER E AS IMPLICAÇÕES DO NARCISISMO
Ao analisar o CASO SCHREBER Freud vai:

1. Situar o caso como Demência Paranoide.

2. Freud vai demarcar o caso como uma defesa contra desejos


homossexuais e com isso proporá 4 destinos a pulsão
rejeitada.

Delírio de perseguição:
Eu o amo → Eu não o amo → Eu o odeio → Ele me odeia.
Erotomania: 
Eu o amo → Eu não o amo → Eu a amo → Ela me ama. 
Delírios de ciúme: 
Eu não o amo → Ela o ama. 
Megalomania 
Eu o amo → Eu não amo a ninguém → Eu só amo a mim mesmo.
PSICOSE – A MELANCOLIA

As Psicoses – Psicoses Narcísicas


A partir do esquema gramatical anterior pode-se perceber DOIS
SINTOMAS PRINCIPAIS:

Projeção e Delírios + Alucinações. = Perda ou fuga da Realidade.

Delimitando a Esquizofrenia e a Paranoia no quadro geral do


Desenvolvimento da Libido, Freud acrescentará uma outra:

A MELANCOLIA.
,
PSICOSE – PARTE 1

A MELANCOLIA
Com a Inserção da Melancolia no quadro geral das
Psicoses, Freud consolida as 3 afecções como de um
retorno ao narcisismo.

Na Melancolia há um retorno a FASE NARCISICA,


com INTROJEÇÃO DO OBJETO NO EU.

Na Melancolia há uma forte Recusa em abondanar o


Objeto e com isso o Eu se identifica com o Objeto
Perdido.

“A sombra do Objeto cai sobre o EU”.


PSICOSE

A MELANCOLIA

A Melancolia será pensada por Freud através da


SEGUNDA TÓPICA.

Com a identificação do Objeto no Eu, passa a haver


uma CRÍTICA FEROZ DO SUPEREGO AO EGO.

O MELANCOLICO SE MALTRATA E SE ACUSA


BARBARAMENTE.
SEGUNDA TÓPICA

1) Esquizofrenia: Com a regressão ao autoerotismo, há uma


fragmentação do Eu.

2) Paranoia: Aqui há delírios de ser olhado, observado: O superego ou


o Ideal do Ego é quem “observa” o Ego.

3) Melancolia: a sombra do objeto perdido recai sobre o Eu.


NEUROSE E PSICOSE

Teoria Final: Diferenças entre Neurose e Psicose.

Os dois artigos finais publicados em 1924: “Neurose e Psicose” e


“A perda da realidade na Neurose e na Psicose”.

1) Nesses textos Freud se preocupa muito em esclarecer o papel


do SUPEREGO.
2) E as relações finais envolvendo o Complexo de Édipo.

Concepções finais

“A Neurose é o resultado de um conflito entre o Ego e o Id, enquanto


a psicose é o desenlace análogo de uma similar perturbação dos
vínculos entre o Ego e o Mundo Externo”.
MECANISMO DE DEFESAS E SINTOMAS

Concepções finais

“No caso da Neurose o Ego se coloca a serviço da realidade,


procedendo a Repressão (recalque). Mas isso não é ainda a neurose,
só ocorrendo essa com o FRACASSO DO RECALQUE, provocando
Sintomas”.

“ Com as psicoses há perda da realidade. O Ego abandona suas


relações com a realidade, e há prevalência, uma vitória dos desejos do
Id. O segundo passo da psicose é mais radical, com a construção de
um novo mundo interno, sob a forma de delírios e alucinações”.

“Nas neuroses com o recalque, o Ego se afasta da realidade, e vai para


a Fantasia; Já a psicose se afasta da realidade e recria um novo mundo
interior, de forma autocrática e alucinatória”.

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